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Tipos de Coisa Julgada no CPC/15: Uma Análise Abrangente

1. Introdução

No ordenamento jurídico brasileiro, a coisa julgada representa um dos pilares


fundamentais da segurança jurídica, garantindo a estabilidade das decisões proferidas
pelo Poder Judiciário (THEODORO JÚNIOR, 2020, p. 450). Com a entrada em vigor
do Código de Processo Civil de 2015 (CPC/15), foram estabelecidos diferentes tipos de
coisa julgada, cada um com suas características e efeitos específicos. Neste artigo, será
realizada uma análise detalhada dos principais tipos de coisa julgada previstos no
CPC/15, visando proporcionar uma compreensão abrangente desses institutos.

2. Resumo

A coisa julgada no CPC/15 abrange três tipos principais: a coisa julgada formal, a coisa
julgada material e a coisa julgada ultra ou citra petita. Cada tipo possui particularidades
que influenciam sua formação, extensão e efeitos sobre as partes e terceiros. Este artigo
visa fornecer uma visão geral desses tipos de coisa julgada, destacando suas
características distintivas e sua importância no contexto do direito processual civil
brasileiro.

3. Desenvolvimento

3.1 Coisa Julgada Formal


3.2
A coisa julgada formal decorre da preclusão máxima da decisão judicial, ou seja, da
impossibilidade de modificar a decisão por meio de recursos (CAMBI, 2019, p. 320).
Seus efeitos limitam-se à autoridade da decisão proferida, não abrangendo a
imutabilidade da matéria decidida. A coisa julgada formal é requisito para a existência
da coisa julgada material, sendo indispensável para conferir estabilidade ao processo.

3.3 Coisa Julgada Material


3.4
Por sua vez, a coisa julgada material implica a imutabilidade das questões de fato e de
direito decididas na sentença judicial, tornando-as indiscutíveis entre as partes e
terceiros (THEODORO JÚNIOR, 2020, p. 455). Sua formação decorre da combinação
entre a coisa julgada formal e a preclusão lógica, que impede a rediscussão da matéria
decidida. A coisa julgada material confere segurança jurídica às relações sociais,
promovendo a pacificação social e a efetividade do sistema judicial.

3.3 Coisa Julgada Ultra ou Citra Petita

A coisa julgada ultra ou citra petita ocorre quando a decisão judicial ultrapassa ou fica
aquém dos limites estabelecidos pelo pedido das partes (BRASIL, 2015, p. 255). Nesses
casos, a decisão é passível de anulação, pois não respeita os limites da lide e viola o
princípio da congruência entre pedido e sentença. A coisa julgada ultra ou citra petita é
uma exceção à regra geral da imutabilidade das decisões judiciais, sendo reconhecida
como uma hipótese de nulidade processual.

4. Conclusão

Em suma, os tipos de coisa julgada previstos no CPC/15 desempenham um papel


fundamental na garantia da segurança jurídica e na efetividade do sistema judicial
brasileiro. A compreensão desses institutos é essencial para os operadores do direito,
pois permite a adoção das medidas cabíveis para a proteção dos direitos das partes e a
promoção da justiça material. Diante da importância da coisa julgada, é imprescindível
que os profissionais do direito estejam familiarizados com suas características e efeitos,
a fim de assegurar a regularidade e a legitimidade dos processos judiciais.

5. Referências

Diretas:

CAMBI, Eduardo. Manual de Direito Processual Civil: Teoria Geral do Processo e


Processo de Conhecimento. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2019.
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil: Teoria Geral do
Direito Processual Civil, Processo de Conhecimento e Procedimento Comum. Rio de
Janeiro: Forense, 2020.
BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).
Indiretas:
CAMBI, Eduardo. Manual de Direito Processual Civil: Teoria Geral do Processo e
Processo de Conhecimento. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2019.
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil: Teoria Geral do
Direito Processual Civil, Processo de Conhecimento e Procedimento Comum. Rio de
Janeiro: Forense, 2020.
Normativas:

BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).

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