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NOSSA HISTÓRIA
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1 – O TERCEIRO NO PROCESSO
Cria-se com isso o devido processo legal, que não se traduz somente nessa dicotomia
dialética das partes, mas também representado pelo conjunto de princípios
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constitucionais e informativos que influenciam os atos processuais por elas ou por
terceiros produzidos no processo.
Diante dessa perspectiva que ninguém, em regra, gostaria de ver sua situação jurídica
alterada por meio de uma decisão judicial e que sequer tenha participado do
processo, ou seja, as relações jurídicas não permanecem isoladas com as partes e
em algumas ocasiões poderá atingir o interesse alheio (terceiro).
Já Fredie Didier Jr., numa linha mais contemporânea na questão conceitual, nos
apresenta que a intervenção de terceiro é um ato jurídico processual pelo qual este
(terceiro), autorizado por lei, assumirá uma posição no processo pendente conforme
duas premissas basilares:
Diante dessa visão contemporânea, não se olvida que, nem todo terceiro será
considerado parte no processo, assim como, por exemplo, com a oposição,
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inevitavelmente gera um novo processo, portanto, nem toda intervenção de terceiro
será no mesmo processo.
Cassio Scarpinella Bueno afirma que, para distinguir o terceiro das partes no
processo, deve-se analisar o estágio anterior ao momento de sua intervenção. Ou
seja, é saber quem pode e quem deve intervir na qualidade de terceiro, para após
olhar, em último aspecto, as relações de direito material que determinam a condição
legitimante.
Estabelece-se com essa doutrina, a preocupação com a análise das regras de direito
material, que também influenciarão na condição legitimante do terceiro interveniente
no processo.
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para o interveniente; e, procura-se esclarecer que, essa interpretação, não excluirá a
máxima ponderação do conceito, conforme afirmado em linhas anteriores, de que é
considerado terceiro no processo aquele que não é parte.
Essa afirmação, em linhas singelas, obriga-nos a repensar como esse terceiro será
tratado no processo e como poderá desenvolver seus atos processuais com
observância aos princípios processuais. Daí porque, cumpre ao intérprete aferir a
relação jurídica de direito material para a compreensão da figura do terceiro no
processo. Essa consideração encontra-se na análise do interesse jurídico que o
terceiro tenha no processo alheio.
Finalmente, não menos importante, o conceito que se adota para a compreensão das
modalidades da intervenção de terceiros no novo código de processo civil é
justamente aquela ratificada pelos processualistas, de que, o terceiro, é aquele que
não é considerado parte no processo, porém, apenas para complementação, essa
afirmação para ensejar um resultado declarativo diante de sua interpretação, depende
da análise conjunta do direito material e sua influência no interesse jurídico do
terceiro, pois, como comentado, há algumas figuras de terceiros que assumem o
processo no mesmo contexto que as partes. Os aspectos evidenciados e tratados no
novo código de processo civil, a respeito do tema, focam sob o prisma das mais
variadas interpretações que as suscitam, e, que, diante da atuação pragmática do
tema nos tribunais, tenha se verificado um acréscimo de questões processuais, que
hodiernamente representam o avanço da ciência processual no contexto da nova
empreitada do direito processual civil no trato aos terceiros e sua garantia ao acesso
à justiça.
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A admissibilidade da intervenção de terceiro no processo alheio garante que, por meio
de única decisão, possa o magistrado resolver duas lides ou mais, corroborando com
a duração razoável do processo, a entrega de uma prestação jurisdicional mais célere
e a garantia do acesso à justiça.
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dos terceiros conduzirão a uma diversidade de efeitos, diante de cada modalidade de
intervenção (tutela adequada do terceiro) sobre o próprio objeto do processo e, ainda,
sobre sua estrutura subjetiva e objetiva.
O atual código de processo civil traz no Capítulo I, Seção II, a figura da assistência e,
no Capítulo VI, faz referência à oposição, nomeação à autoria, denunciação da lide e
chamamento ao processo. Essa apresentação pela atual lei processual civil deixou a
figura da assistência alheia ao capítulo das intervenções de terceiros, mas nem por
isso deixou de ser um instituto tratado como uma modalidade de terceiros. E
ainda cumpre lembrar que o atual CPC faz menção a essas modalidades de modo
generalizado no “processo de conhecimento”.
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A assistência prevista no atual art. 50, do CPC, divide-se, diante do interesse jurídico
do assistente, de duas formas: Assistência simples e assistência litisconsorcial.
Percebe-se que, diante dessas breves linhas explicativas sobre o interesse jurídico e
a relação jurídica de direito material na assistência, as consequências da decisão
judicial com a formação da coisa julgada, serão diversas para cada um dos
assistentes, porque, antes de se realizar a intervenção na modalidade assistência,
cumpre ao interessado avaliar qual a repercussão do interesse jurídico do terceiro na
esfera do direito material, pois essa questão quando respondida
adequadamente acaba por resolver, se não todos, uma parcela de problemas de
ordem pragmática que às vezes, diante da complexidade do caso, é de difícil
visualização e trato como, exemplo, a coisa julgada.
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A nomeação à autoria vincula-se a possibilidade de correção do polo passivo da ação.
Se assim concretizado no processo, haverá a extromissão do réu anteriormente
mencionado na inicial para que o nomeado assuma o polo passivo, isto é, será parte
no processo, portanto, também se submeterá aos efeitos do decisório como parte.
(...)
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Entre os demais intervenientes citados, diante das modalidades que o atual CPC nos
apresenta, aufere-se que o terceiro, nesses casos, passará a condição de parte no
processo, portanto, submete-se aos regulares efeitos da decisão e coisa julgada
formada.
A “Parte Geral” do Novo CPC é dividida em 06 (seis) livros, assim denominada: “Das
normas processuais civis”; “Da função jurisdicional”; “Dos sujeitos do processo”; “Dos
atos processuais”; e “Da formação, da suspensão e da extinção do processo”.
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A “Parte Especial” é dividida em 03 (três) livros: “Do processo de conhecimento e do
cumprimento da sentença”; “Do processo de execução”; “Dos processos nos
Tribunais e dos meios de impugnação das decisões judiciais”.
A “Parte Geral” do Novo CPC é que interessa para análise das modalidades de
intervenções de terceiros e, inclusive digno de nota, recepcionou no Título III, a
assistência como modalidade de intervenção de terceiros, além do que faz referência
a denunciação da lide, chamamento ao processo, do incidente de desconsideração
da personalidade jurídica, amicus curiae, a oposição e a respeito da correção
da legitimidade passiva no processo (nomeação à autoria).
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dentro do que o Título III, da Parte Geral, do Novo CPC aspira, pois não se esquece
de que os embargos de terceiros também representam um meio de intervenção de
terceiro, assim como o recurso de terceiro prejudicado.
2.1- Assistência
disposições comuns;
a assistência simples;
a assistência litisconsorcial;
respectivamente distribuído nos arts. 119, 121 e 124 no novo texto legal.
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Rejeitado o pedido de assistência, conforme art. 1.015, inc. IX, do Novo CPC, admite
a interposição do recurso de agravo de instrumento.
O magistrado, com ou sem impugnação das partes que foram previamente intimadas
do pedido da assistência, decidirá a respeito, e, de sua decisão caberá recurso de
agravo de instrumento. O pedido de assistência e respectivas documentações serão
autuados em apenso ao processo alheio e uma vez admitida a intervenção, o
assistente, poderá exercer os atos processuais que lhe são pertinentes a depender
da modalidade de assistência adotada no processo.
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parágrafo único, do CPC, o assistente simples é considerado “gestor de negócios” na
omissão ou revelia do assistido, o que reflete na sua atuação no processo não na
qualidade de parte dele.
Por isso que, ao assistente simples, é vedado praticar atos processuais de disposição,
como a conciliação, renúncia a direito, reconhecimento jurídico do pedido, entre
outros. Ao se adotar a expressão “substituto processual”, amplia-se demasiadamente
a atuação do assistente simples, que num primeiro momento, no caput do art. 121,
do Novo CPC, atuará como auxiliar da parte principal. Ao substituto processual são
conferidos os mesmos poderes de se realizar atos processuais com qualidade de
parte, daí que incoerente o parágrafo único fazer referência a essa expressão
“substituto processual”, quando na verdade o assistente simples, pela sua intervenção
calcada na relação jurídica de direito material alheia que não lhe diz respeito, possa
realizar atos processuais de disposição.
O assistente litisconsorcial permanece com sua utilidade no art. 124, do Novo CPC,
como hipótese de litisconsórcio unitário facultativo ulterior, pois a sua relação jurídica
de direito material também diz respeito àquela posta em discussão no processo
alheio. Por isso que, aquele que possui legitimidade para ingressar com a ação para
postular uma pretensão e não o fez, e, se houvesse essa mesma pretensão deduzida
por outrem em juízo, poderá o omisso realizar a intervenção como assistente
litisconsorcial.
Assim, o que se observa diante da nova regra processual sobre o assunto, é que o
legislador poderia esclarecer melhor a atuação dos assistentes no processo alheio
para que não haja entraves processuais de discussões sobre a atuação do
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colegitimado ou mesmo sobre a realização dos atos processuais de disposição,
oportunidade que se esvaiu.
A denunciação da lide prevista no art. 125, do Novo CPC, noticia a causa para
alguém. Por isso o emprego correto da expressão é denunciação da lide e não
denunciação à lide, tal como adverte Cândido Rangel Dinamarco. É a forma
interventiva provocada em que, o autor ou o réu, solicitam ao terceiro, sua intervenção
no processo em razão de disposição legal ou contrato, tenha este (terceiro) a
obrigação de resguardar determinado proveito econômico ou seja também por
responder pela perda da coisa em razão da evicção.
O atual art. 70, caput, do CPC reza que a denunciação da lide seja obrigatória nas
hipóteses dos respectivos incisos, entretanto, o art. 125, do Novo CPC, excluiu essa
expressão do texto legal, tornando-a uma figura interventiva facultativa o que há muito
já se cogitava, desde o projeto do código de processo civil atual.
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convém tornar a denunciação verdadeiramente obrigatória, porque a parte
primitiva pode ter razões pessoais para não querer exercer o direito
regressivo, ou ao menos – quando possível- preferir reserva-se para exercê-
lo pessoalmente, em ação autônoma.
O Deputado Célio Borja, então Relator Geral do Projeto na Câmara Federal, à época,
apresentou a Emenda n. 96 e que foi afastada. Nessa Emenda, expôs pela não
obrigatoriedade da denunciação da lide. No Senado Federal, o Senador Nelson
Carneiro, ao atender a sugestão do Desembargador Luis Antônio de Andrade, isso
nas calorosas discussões sobre o instituto no atual CPC, apresentou a Emenda n. 95
que reproduziu a mesma Emenda apresentada pelo Deputado Célio Borja, mas todas
foram afastadas.
A ausência dessa obrigatoriedade para qualquer inciso previsto no art. 125, do Novo
CPC acabou por refletir no código civil, precisamente no art. 456, que ora foi revogado
pela nova lei processual civil (art. 1.086, inc. I, do Novo CPC). Abre-se com isso, a
possibilidade de se promover as ações autônomas de regresso (art. 125, §1º, do Novo
CPC) quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser promovida ou não
for permitida.
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Uma questão que surge com o Novo CPC é se há possibilidade de se admitir a
denunciação da lide sucessiva e a denunciação per saltum.
A leitura do art. 125, § 2º, do Novo CPC, traz a possibilidade clara da denunciação da
lide sucessiva, isto é, promovida pelo denunciado contra seu antecessor imediato ou
quem seja responsável pela indenização decorrente do direito de regresso na cadeia,
e, será permitida apenas única vez essa circunstância no processo, para que, no caso
de uma extensa cadeia dominial de responsáveis, não venha atrapalhar a tutela da
pretensão e resolução do caso. A denunciação da lide sucessiva já se encontra no
atual CPC diante de uma interpretação dada ao atual art. 73, como bem explica
Cassio Scarpinella Bueno que o termo intimação, previsto no teor do art. 73, do atual
CPC, na verdade, significa citação, possibilitando sucessivamente a integração de
todos os garantes no mesmo processo contribuindo com a economia processual.
A respeito do denunciado por salto, Humberto Theodoro Jr. alerta ser um caso de
legitimação extraordinária, justamente em razão de se permitir ao alienante anterior
(responsável qualquer na cadeia) realizar a defesa de interesses que seriam do
alienante imediato sucessivamente na cadeia.
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que, a hipótese de denunciação da lide nos termos do atual art. 70, inc. II, do CPC,
deixou de existir no Novo CPC, assim, antes das considerações sobre as hipóteses
no novo texto legal, analisa-se o motivo que ensejou essa exclusão legislativa.
O art. 125, incisos I e II, do Novo CPC trouxe duas hipóteses para admissibilidade da
denunciação da lide. A primeira consubstanciada para o exercício do direito de
regresso decorrente da evicção, não impõe a obrigatoriedade e não impede que esse
direito seja alvo de discussão por meio de uma ação própria, seja em razão da
exclusão da expressão obrigatoriedade no texto legal; seja em razão da revogação
do art. 456 do código civil pelo Novo Código de Processo Civil.
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Possuem ambas essas especies normas communs, quanto ao tempo e ao
modo do chamamento, quanto à competencia do juízo relativamente á acção
regressiva, que é sempre arrastada para o foro da acção principal, quanto ao
curso parallelo das duas causas, que devem ser decididas
contemporaneamente.
Fredie Didier Jr. pensa que não ser possível a utilização da denunciação da lide nos
termos do art. 70, inc. III, do atual CPC, somente para os casos de garantia própria,
excluindo-se os casos de garantia imprópria; pois se trata de uma dicotomia do direito
italiano sobre la chiamata in garanzia e intervento coato, e que, o direito brasileiro,
não abrigou essas modalidades de garantias.
Desta forma, ao analisar o texto do art. 125, inc. II, do Novo CPC, observa-se que,
a teoria do direito de regresso foi consagrada pelo legislador, não há na lei qualquer
forma de definição do que venha a representar a ação regressiva, daí, se o legislador
não especificasse o que seria alvo de ação regressiva, não poderá o intérprete fazê-
lo.
E, por fim, é pacífico em nossos Tribunais a utilização da teoria extensiva para abrigar
o maior número de causas que admitem a denunciação da lide àquele que estiver por
lei ou contrato, obrigado a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for
vencido na demanda.
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2.2.3- Procedimento da Denunciação da Lide
Preconiza o art. 126 do Novo CPC que, a denunciação da lide, será requerida pelo
autor em sua petição inicial; se o denunciante for o réu, será na contestação.
A diferença, com o atual art. 71 do CPC, em relação à sua forma, reside no fato de
que, o princípio da liberdade das formas, cede espaço para uma modalidade prescrita
em lei para a realização do pedido de denunciação da lide.
E ainda, o próprio art. 126 do Novo CPC impõe que a citação seja realizada no prazo
de 30 (trinta) dias, sob de ficar sem efeito o pedido de denunciação da lide, apenas
restando ao interessado, neste caso, a propositura da ação autônoma.
Essa citação, diante da nova regra processual (art. 126 do Novo CPC), não repetiu o
texto do atual art. 72 do CPC, que impõe a suspensão do processo quando ordenada
a citação do denunciado. Daí que, ao que parece, não existiria a suspensão da ação
principal para aguardar a citação do denunciado. Portanto, dizer que a ação principal
pode continuar com a sua tramitação regular, independentemente da citação do
denunciado, criaria um problema de ordem processual para se resolver, pois se
imagina o fato de a ação principal tramitar de forma independente, num estágio
avançado do processo, enquanto que na ação subsidiária (denunciação da lide) ainda
se encontrar num estágio inicial.
Como poderia o magistrado julgar ambas as ações em único processo? Parece que,
o mais sensato, será atribuir a possibilidade de suspensão do processo, aguardando-
se a citação do denunciado, para que ambas as ações possam tramitar
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conjuntamente, acompanhando é claro, o decurso do prazo de 30 (trinta) dias para
sua concretização.
E ainda, o art. 127 do Novo CPC, trouxe o denunciado com sujeição facultativa diante
da expressão “poderá assumir como litisconsorte do denunciado”, isto é, parece que
o Novo CPC coloca em discussão se realmente o denunciado é parte ou terceiro no
processo, o que não é novidade no nosso atual sistema.
A interpretação sistemática que surge pelos ideais do Novo CPC é que justifica o
entendimento aqui esboçado pela posição de litisconsorte do denunciado com o
denunciante. Quando a preocupação política, social e jurídica é a atuação do direito
posto em juízo para resolução do Estado, nada mais confiável alinhar esse aspecto
com as vestes das regras insculpidas no Novo CPC. Atribuir, por lei, a possibilidade
de cumprimento da sentença diretamente ao denunciado, não é outro o entendimento,
senão colocá-lo (denunciado) no plano pragmático como parte no processo.
Cumpre ainda esclarecer, nesse sentido que, o denunciado, uma vez citado, poderá
contestar o pedido de denunciação e o processo terá, na ação principal, o
litisconsórcio entre o denunciante e o denunciado (art. 128, inc. I, do Novo CPC).
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Na fase de julgamento, ambas as ações, serão julgadas conjuntamente em única
sentença, numa relação de prejudicialidade, primeiro aferirá o magistrado se houve a
condenação do denunciante na ação principal, em caso positivo, passará ao
julgamento da denunciação da lide (art. 129, caput e parágrafo único, do Novo CPC).
(...)
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Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será
requerida pelo réu na contestação e deve ser promovida no prazo de 30
(trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento.
Proferida a sentença, poderá tanto o réu quanto o autor exigir o cumprimento dela,
embora o art. 132 do Novo CPC faça referência apenas à pessoa do réu.
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Uma vez instaurado, será imediatamente comunicado o distribuidor para as
anotações devidas.
A petição deverá ser dirigida ao magistrado com os motivos do direito material que
autorizam a possibilidade da desconsideração da personalidade jurídica, seja ela
inversa ou não (art. 133, § 2º, do Novo CPC).
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“Amigo da Corte” é um terceiro interveniente, daí porque o art. 138 do Novo CPC faz
a consideração do instituto no título das modalidades de intervenções de terceiros. A
ele se aplicam as considerações iniciais de parte e terceiro.
Esse terceiro não atua a favor de uma das partes, mas em razão de um “interesse
institucional”, ou seja, aquele que nasce diante dos efeitos que o julgado poderá
repercutir para grupos ou pessoas que não participam do processo. Assim, aqueles
que não participam do processo, poderão por meio dessa modalidade, auxiliar o
magistrado com elementos de fato e/ou de direito que se relacionam com o objeto do
processo.
É necessário aferir que a decisão, que admite ou solicita a participação desse terceiro
é irrecorrível (art. 138, caput, do Novo CPC), isto é, não se pode impedir que o
interesse institucionalizado fosse subtraído de um debate jurídico, cuja repercussão
incidirá para uma massa de entes e pessoas, daí porque soar essa consideração com
aquilo que já se tem firmado diante da doutrina e decisões judiciais reiteradas de
nossos Tribunais.
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controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das
partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação
de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com
representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.
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2.6- Da Oposição
Trata-se de uma verdadeira ação. Daí que, essa modalidade foi transferida para o
título dos procedimentos especiais no Novo CPC, precisamente no art. 682, porém,
salienta-se que, essa transposição, não o desnatura como uma modalidade de
intervenção de terceiros.
A oposição será apresentada por meio de petição dirigida ao mesmo juízo em que
demandam os opostos e, uma vez recebida a inicial, o magistrado ordenará a citação
dos opostos (autor e réu da demanda pendente). Haverá a formação do litisconsórcio
passivo necessário.
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em primeiro lugar, a oposição e depois a ação principal. Essa circunstância é o que
garante a eficiência processual nos termos do art. 5º, inc. LXXVIII, da Constituição
Federal.
Os arts. 338 e 339, ambos do Novo CPC, tratam da matéria na contestação. O réu
que arguir a ilegitimidade de parte, o juiz, facultará ao autor para que no prazo de 15
(quinze) dias altere a petição inicial para substituição do réu ou para incluir o novo réu
como litisconsorte passivo.
Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o
responsável pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze)
dias, a alteração da petição inicial para substituição do réu.(...)
Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito
passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob
pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos
prejuízos decorrentes da falta de indicação.
Essa modalidade substituiu e trouxe vantagem sobre a nomeação à autoria, que ora
depende da concordância do nomeado para que a extromissão seja realizada.
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§ 1º O autor, ao aceitar a indicação, procederá, no prazo de 15 (quinze) dias,
à alteração da petição inicial para a substituição do réu, observando-se,
ainda, o parágrafo único do art. 338 .
Portanto, aquilo que estava sob a denominação de nomeação à autoria, passa por
uma reformulação dentro de um contexto pragmático e com aplausos, pois se livra de
um procedimento estéril de pouca utilidade para regulamentar as considerações
sobre a correção do polo passivo na contestação apresentada pelo réu, isto é,
adéqua-se à tutela do terceiro que assumirá como parte na ação.
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O presente estudo foi idealizado para elucidar algumas questões que decorrem das
modalidades de intervenções de terceiros com o Novo Código de Processo Civil.
A admissão do processo;
a justiça da decisão;
a efetividade da decisão.
Basicamente, não existem barreiras para o exercício do direito de ação por meio do
processo. O acesso à justiça é uma garantia do art. 5º, inc. XXXV, da CF/88, e, que,
nas palavras de Cesar Asfor Rocha, exprime como o meio de buscar uma solução
equilibrada, com segurança, rapidez e justiça, pacificando a sociedade.
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Os atos processuais desenvolvem-se numa ordem legal e por meio deles é que
influenciam na segurança das partes e terceiros no processo, possibilitando sempre
o contraditório e a ampla defesa. Não se olvida, inclusive, que os atos também
obedecerão ao tempo para sua realização, justamente para que o resultado seja
alcançado com rapidez. Em suma, este pilar se sustenta nas raízes do devido
processo legal.
Importante não confundir esse ato de interpretação com ato discricionário, neste
contexto, José Roberto dos Santos Bedaque, bem ensina a respeito:
Ao interpretar a norma, o Pode Judiciário não age dessa forma, visto que,
representando a visão de determinado integrante da função jurisdicional a respeito do
fenômeno em exame, a decisão será sempre passível de impugnação, pois a solução
adotada pode não ser a melhor, segundo entendimento de quem dela discorda.
O magistrado deve atender aos fins sociais e às exigências do bem comum o que
garante a eficácia de suas decisões. Em algumas ocasiões, o magistrado, ao
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interpretar o texto de lei, poderá desfazer dogmas ou reler princípios por um prisma
evolutivo, o que não significa renunciar a estes ou repudiar a ciência e a técnica do
processo. Obviamente, essa interpretação visa obter o máximo de efetividade ao
processo e à decisão proferida pelo magistrado.
É sob esse prisma que se traçou a breve análise das modalidades de intervenções
de terceiros no Novo CPC, desde a assistência até a arguição da ilegitimidade passiva
da ação pelo réu na sua contestação.
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participantes do processo, desde a origem até as instâncias superiores, trazendo
consigo um meio de se estabilizar os conflitos pelas decisões judiciais, que ora
poderão favorecer a edição das Súmulas ou precedentes dominantes nos Tribunais.
O que se espera diante do Novo Código de Processo Civil é que o intérprete não
permaneça estéril diante do texto legal, que se utilize das bases doutrinárias com a
sistematização da Constituição Federal e as novas regras processuais, pois tenha a
crença de que a certeza é bela, mas a dúvida possui uma sutil beleza que chega a
ser apaixonante.
Bons Estudos!
BIBLIOGRAFIA
35
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36
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ROCHA, Cesar Asfor. A luta pela efetividade da jurisdição. São Paulo: RT, 2008.
Novo CPC traz a assistência no Título III, Da intervenção de Terceiros, Capítulo I, art.
119.
Luiz Fux. Intervenções de terceiros, p. 08: “Sob esse ângulo, assenta-se que o
primeiro efeito da intervenção é a assunção, pelo terceiro, em alguns casos, da
qualidade de parte, auxiliando, secundando ou opondo-se às partes originárias”.
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A menção a essa audiência é regra cogente a ser analisada na petição inicial (art.
319, do Novo CPC) e na contestação oferecida pelo réu, para maiores detalhes vide
o art. 334 e respectivos parágrafos do Novo Código de Processo Civil.
Cassio Scarpinella Bueno. Curso sistematizado de processo civil. v.2. T.I, p. 480.
Maria Berenice Dias.O terceiro no processo, p. 124: “Cabe perquirir se, não
provocada a denunciação, é possível o ingresso, de forma espontânea, de quem teria
condições de ser denunciado à lide. Pode espontaneamente participar da demanda
como assistente.”
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[33] Intervenção. Cit. p. 36.
[36] Contra, por entender que se trata de caso de assistência simples: Cassio
Scarpinella Bueno. Curso sistematizado de processo civil. v.2. T.I, p.508: “Não
obstante a letra da lei, que o denunciado seja assistente simples do denunciante,
aplicando a ele o regime jurídico daquela modalidade.
[38] Cândido Rangel Dinamarco; Ada Pellegrini Grinover e Antonio Carlos de Araújo
Cintra. Teoria geral do processo. p. 40 - 42.
[40] José Roberto dos Santos Bedaque. Poderes instrutórios do juiz. p. 160.
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