Você está na página 1de 40

A PARTICIPAÇÃO DE TERCEIROS NO PROCESSO

ASSISTÊNCIA, AMICUS CURIE, DENUNCIAÇÃO DA LIDE


Sumário
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 3

1 – O TERCEIRO NO PROCESSO ............................................................. 4


1.1 – O interesse Jurídico do Terceiro ...................................................... 8
1.2 - A Análise do Interesse Jurídico para Auxílio na Definição de Partes e
Terceiros no Processo- Tutela Adequada do Terceiro no Processo Atual do CPC 9
2. O NOVO CPC E AS MODALIDADES DAS INTERVENÇÕES DE
TERCEIROS ......................................................................................................... 12
2.1- Assistência .......................................................................................... 14
2.2 – Denunciação da Lide ........................................................................ 17
2.2.1- Hipóteses de Cabimento da Denunciação da Lide no Novo CPC ... 20
2.2.3- Procedimento da Denunciação da Lide ........................................... 22
2.3 –Chamamento ao Processo ................................................................. 24
2.4- Do Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica ............ 25
2.5- Amicus Curiae ..................................................................................... 26
2.6- Da Oposição ....................................................................................... 29
2.7 - Correção do Polo Passivo (Nomeação à Autoria) ............................. 30
BIBLIOGRAFIA .......................................................................................... 35

2
NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

3
1 – O TERCEIRO NO PROCESSO

O exercício do direito de ação materializa-se no instrumento denominado “processo”,


que em linhas singelas traduz no seio pragmático, a pretensão posta em discussão e
aquela resistida perante a jurisdição, cada qual, realizadas pelas partes no processo.

As partes protagonizam a discussão que se desenvolve no processo, daí porque o


autor é aquele que deduz a pretensão em juízo, exerce seu direito de ação
provocando a jurisdição para que o magistrado resolva o conflito; O réu, por sua vez,
é aquele contra quem é oferecida essa pretensão.

Cria-se com isso o devido processo legal, que não se traduz somente nessa dicotomia
dialética das partes, mas também representado pelo conjunto de princípios

4
constitucionais e informativos que influenciam os atos processuais por elas ou por
terceiros produzidos no processo.

Diante dessa perspectiva que ninguém, em regra, gostaria de ver sua situação jurídica
alterada por meio de uma decisão judicial e que sequer tenha participado do
processo, ou seja, as relações jurídicas não permanecem isoladas com as partes e
em algumas ocasiões poderá atingir o interesse alheio (terceiro).

É nesse introito que se busca analisar a figura o terceiro no processo. As


considerações preliminares sobre como conceituá-lo doutrinariamente poderão
refletir ao intérprete, num primeiro momento, uma falsa imagem de sua simplicidade
e as consequências no processo judicial. O que realmente se deve aferir é como
atuará esse terceiro no processo; e quais as consequências da coisa julgada formada
para ele no processo.

Diante disso, Barbosa Moreira, inclinou-se conceitualmente que o terceiro é todo


aquele que não é considerado parte no processo. Esse conceito, embora singelo, é
adotado pela maioria dos processualistas. Sua utilidade pragmática e acadêmica
despertam alguns interesses na análise das consequências decorrentes da
intervenção de terceiros no processo, por exemplo, a coisa julgada.

Já Fredie Didier Jr., numa linha mais contemporânea na questão conceitual, nos
apresenta que a intervenção de terceiro é um ato jurídico processual pelo qual este
(terceiro), autorizado por lei, assumirá uma posição no processo pendente conforme
duas premissas basilares:

 que se tornará parte no momento que intervenham;


 e que o acréscimo de sujeitos no processo não importa na criação de um
processo novo.

Diante dessa visão contemporânea, não se olvida que, nem todo terceiro será
considerado parte no processo, assim como, por exemplo, com a oposição,

5
inevitavelmente gera um novo processo, portanto, nem toda intervenção de terceiro
será no mesmo processo.

Cassio Scarpinella Bueno afirma que, para distinguir o terceiro das partes no
processo, deve-se analisar o estágio anterior ao momento de sua intervenção. Ou
seja, é saber quem pode e quem deve intervir na qualidade de terceiro, para após
olhar, em último aspecto, as relações de direito material que determinam a condição
legitimante.

Estabelece-se com essa doutrina, a preocupação com a análise das regras de direito
material, que também influenciarão na condição legitimante do terceiro interveniente
no processo.

Tem-se diante dessas premissas, uma discussão multifacetária daquilo que se


compreende por terceiro no processo.

Luis Torello Giordano apresenta cinco categorias de terceiros:

 terceiros juridicamente indiferentes;


 terceiros com mero interesse de fato;
 terceiros que são titulares de uma relação jurídica conexa e dependente
com aquela que se discute no processo;
 terceiros que poderão ter a mesma legitimidade das partes sobre o
direito discutido;
 terceiros que poderão deduzir uma pretensão totalmente incompatível
com o que se discute no processo.

Assim, a conceituação do terceiro no processo se complementa, num ou outro


entendimento, para justamente trazer a visão pragmática de como esse terceiro se
comportará no processo e quais seriam as consequências decorrentes da decisão

6
para o interveniente; e, procura-se esclarecer que, essa interpretação, não excluirá a
máxima ponderação do conceito, conforme afirmado em linhas anteriores, de que é
considerado terceiro no processo aquele que não é parte.

Essa afirmação, em linhas singelas, obriga-nos a repensar como esse terceiro será
tratado no processo e como poderá desenvolver seus atos processuais com
observância aos princípios processuais. Daí porque, cumpre ao intérprete aferir a
relação jurídica de direito material para a compreensão da figura do terceiro no
processo. Essa consideração encontra-se na análise do interesse jurídico que o
terceiro tenha no processo alheio.

Finalmente, não menos importante, o conceito que se adota para a compreensão das
modalidades da intervenção de terceiros no novo código de processo civil é
justamente aquela ratificada pelos processualistas, de que, o terceiro, é aquele que
não é considerado parte no processo, porém, apenas para complementação, essa
afirmação para ensejar um resultado declarativo diante de sua interpretação, depende
da análise conjunta do direito material e sua influência no interesse jurídico do
terceiro, pois, como comentado, há algumas figuras de terceiros que assumem o
processo no mesmo contexto que as partes. Os aspectos evidenciados e tratados no
novo código de processo civil, a respeito do tema, focam sob o prisma das mais
variadas interpretações que as suscitam, e, que, diante da atuação pragmática do
tema nos tribunais, tenha se verificado um acréscimo de questões processuais, que
hodiernamente representam o avanço da ciência processual no contexto da nova
empreitada do direito processual civil no trato aos terceiros e sua garantia ao acesso
à justiça.

7
A admissibilidade da intervenção de terceiro no processo alheio garante que, por meio
de única decisão, possa o magistrado resolver duas lides ou mais, corroborando com
a duração razoável do processo, a entrega de uma prestação jurisdicional mais célere
e a garantia do acesso à justiça.

1.1 – O interesse Jurídico do Terceiro

As modalidades de terceiros, classificadas por Luis Torello Giordano, traduzem o fato


de que a relação jurídica de direito material influenciará na análise do terceiro no
processo alheio. Certamente que o resultado de uma demanda pode repercutir na
esfera patrimonial ou afetiva de outrem, que poderá ultrapassar o plano dos fatos e
refletir no plano jurídico do terceiro; ou também, poderá permanecer no plano dos
fatos sem atingir a esfera jurídica e, neste caso, têm-se os interesses juridicamente
indiferentes.

Esses interesses que legitimam a intervenção se relacionam com a posição do


terceiro face ao objeto do processo, isto é, com a relação jurídica de direito material
apresentada para o Estado resolver o conflito. A consequência é que os interesses

8
dos terceiros conduzirão a uma diversidade de efeitos, diante de cada modalidade de
intervenção (tutela adequada do terceiro) sobre o próprio objeto do processo e, ainda,
sobre sua estrutura subjetiva e objetiva.

O relevo desse interesse sugere a possibilidade de uma análise pelo magistrado em


processo simultâneo ou não; e que, por isso, antevendo que a decisão do processo
nem sempre se limita a incidir sobre as partes, a lei processual se preocupou a
respeito do ingresso do terceiro diante do reflexo que seu interesse poderá ter na
relação jurídica de direito material.

Assim, ao se fazer referência ao interesse jurídico do terceiro para realizar a


intervenção no processo alheio, seja ela provocada por uma das partes no processo
ou espontaneamente realizada pelo terceiro, seu reflexo terá num primeiro plano a
análise do objeto do processo, a relação jurídica de direito material para que, em
segundo momento, possa o intérprete aferir qual a modalidade autorizada por lei que
imprime a concretização da intervenção no processo alheio, essa foi a preocupação
trazida pelo novo código de processo civil.

1.2 - A Análise do Interesse Jurídico para Auxílio na Definição de


Partes e Terceiros no Processo- Tutela Adequada do Terceiro no
Processo Atual do CPC

O atual código de processo civil traz no Capítulo I, Seção II, a figura da assistência e,
no Capítulo VI, faz referência à oposição, nomeação à autoria, denunciação da lide e
chamamento ao processo. Essa apresentação pela atual lei processual civil deixou a
figura da assistência alheia ao capítulo das intervenções de terceiros, mas nem por
isso deixou de ser um instituto tratado como uma modalidade de terceiros. E
ainda cumpre lembrar que o atual CPC faz menção a essas modalidades de modo
generalizado no “processo de conhecimento”.

9
A assistência prevista no atual art. 50, do CPC, divide-se, diante do interesse jurídico
do assistente, de duas formas: Assistência simples e assistência litisconsorcial.

Na assistência simples, o interesse do assistente não repercutirá na relação jurídica


material discutida pelas partes no processo, daí porque a regra processual sobre a
“coisa julgada” para esse assistente está previstas no art. 55, do CPC, que traz a
figura da “justiça da decisão”.

Quanto ao assistente litisconsorcial, seu interesse refletirá diretamente na relação


jurídica de direito material das partes no processo alheio, daí porque sua intervenção,
embora de terceiro, não o impediria que fosse parte na relação processual
estabelecida inicialmente. Para esse assistente, a coisa julgada refletirá diretamente
com seus efeitos, pois é um terceiro que exercerá seus atos processuais como se
parte fosse.

Percebe-se que, diante dessas breves linhas explicativas sobre o interesse jurídico e
a relação jurídica de direito material na assistência, as consequências da decisão
judicial com a formação da coisa julgada, serão diversas para cada um dos
assistentes, porque, antes de se realizar a intervenção na modalidade assistência,
cumpre ao interessado avaliar qual a repercussão do interesse jurídico do terceiro na
esfera do direito material, pois essa questão quando respondida
adequadamente acaba por resolver, se não todos, uma parcela de problemas de
ordem pragmática que às vezes, diante da complexidade do caso, é de difícil
visualização e trato como, exemplo, a coisa julgada.

Nesta mesma esteira que se passa para a análise de outras modalidades.

Na oposição, o opoente, além possibilitar um novo processo, deduz uma pretensão


sua sobre o direito material discutido pelas partes em processo alheio, inclusive leva
a formação do litisconsórcio passivo necessário entre os opostos. Essa circunstância
esclarece que o opoente será considerado parte e, portanto, submeterá aos mesmos
efeitos da decisão e coisa julgada como parte no processo.

10
A nomeação à autoria vincula-se a possibilidade de correção do polo passivo da ação.
Se assim concretizado no processo, haverá a extromissão do réu anteriormente
mencionado na inicial para que o nomeado assuma o polo passivo, isto é, será parte
no processo, portanto, também se submeterá aos efeitos do decisório como parte.

Na denunciação da lide, conforme trata o atual art. 75, do CPC, o denunciado


assumirá como litisconsorte do denunciado, portanto, o denunciante será considerado
parte no processo submetido a todos os efeitos decorrentes da decisão proferida na
demanda.

Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:

I - a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão


vinculado;

(...)

E, no chamamento ao processo, perfunctoriamente, sua utilidade encontra-se


atrelada às obrigações solidárias, isto é, nesse caso, o autor poderá propor a ação
contra um dos coobrigados ou contra todos. Assim, o chamamento ao processo
exercerá inevitavelmente reflexo na órbita da relação jurídica de direito material do
terceiro, que também é responsável pela obrigação em si. Desta forma, submete-se
o chamado aos efeitos da decisão tal como as partes no processo.

São essas linhas mnemônicas quem auxiliam na investigação dos terceiros no


processo, compreendendo-se o atual para análise do Novo Código de Processo Civil.
Inclusive para o trato do terceiro no processo alheio. A máxima conceitual de que o
terceiro é todo aquele que não é parte no processo é analisada com auxílio dessas
premissas pragmáticas, assim pode-se extrair que o único interveniente considerado
terceiro propriamente dito, será o assistente simples que não se submete aos efeitos
da coisa julgada, mas aos efeitos da justiça da decisão.

11
Entre os demais intervenientes citados, diante das modalidades que o atual CPC nos
apresenta, aufere-se que o terceiro, nesses casos, passará a condição de parte no
processo, portanto, submete-se aos regulares efeitos da decisão e coisa julgada
formada.

Desta forma, quando se tratar da questão conceitual do terceiro no processo judicial


alheio, não se pode olvidar que este poderá assumir a postura de parte, exercendo
atos processuais com os mesmos reflexos e consequências para os sujeitos
envolvidos originariamente na demanda; daí que, de terceiro, existirá essa
denominação somente em sua definição inicial e não no contexto pragmático da
relação jurídica de direito material apresentada à jurisdição, o que nos mostra a
diversidade e a riqueza de se estudar o terceiro no processo civil e que não se exaure
com as novas disposições do novo código de processo civil sobre o tema que se
passa a analisar.

2. O NOVO CPC E AS MODALIDADES DAS INTERVENÇÕES DE


TERCEIROS

Estruturalmente, o Novo CPC trouxe semelhante divisão que o CPC de 1939,


contendo uma “Parte Geral” e uma “Parte Especial” e também o “Livro
Complementar”.

A “Parte Geral” do Novo CPC é dividida em 06 (seis) livros, assim denominada: “Das
normas processuais civis”; “Da função jurisdicional”; “Dos sujeitos do processo”; “Dos
atos processuais”; e “Da formação, da suspensão e da extinção do processo”.

12
A “Parte Especial” é dividida em 03 (três) livros: “Do processo de conhecimento e do
cumprimento da sentença”; “Do processo de execução”; “Dos processos nos
Tribunais e dos meios de impugnação das decisões judiciais”.

A “Parte Geral” do Novo CPC é que interessa para análise das modalidades de
intervenções de terceiros e, inclusive digno de nota, recepcionou no Título III, a
assistência como modalidade de intervenção de terceiros, além do que faz referência
a denunciação da lide, chamamento ao processo, do incidente de desconsideração
da personalidade jurídica, amicus curiae, a oposição e a respeito da correção
da legitimidade passiva no processo (nomeação à autoria).

Em relação à oposição e a correção do polo passivo da ação, cumpre esclarecer


algumas peculiaridades de que o Novo CPC faz ao abordar os institutos.

A oposição foi alocada para a parte especial do código no Título III


“Dos Procedimentos Especiais”, no entanto, fica a crítica de Cassio Scarpinella
Bueno, a que se corrobora sobre a nova localização do instituto no campo dos
procedimentos especiais, pois de novo não há nada na oposição, muito menos no
fato de se repousar a necessidade de um novo processo para a recepção da
pretensão do opoente. Soma-se ainda que, se o procedimento da oposição não faz
menção à audiência do art. 334 do Novo CPC, essa circunstância, de per si, é muito
pouco para justificar a posição do instituto para os procedimentos especiais.

Não menos importante, cumpre alertar que a correção da legitimidade passiva na


ação passou a ser retratada como matéria na contestação, com procedimento
específico, ou seja, abandona-se a nomeação à autoria como modalidade da
intervenção de terceiros, aprimorando um contexto mais adequado à realidade
pragmática processual e sua idealização como ferramenta para adequar a
legitimidade do polo passivo da ação.

Passa-se a analisar as modalidades que o Novo Código de Processo Civil trouxe na


intervenção de terceiros, mas com a ressalva de que, não se esgotam as modalidades

13
dentro do que o Título III, da Parte Geral, do Novo CPC aspira, pois não se esquece
de que os embargos de terceiros também representam um meio de intervenção de
terceiro, assim como o recurso de terceiro prejudicado.

2.1- Assistência

O Novo CPC trouxe a assistência divida em:

disposições comuns;
a assistência simples;
a assistência litisconsorcial;
respectivamente distribuído nos arts. 119, 121 e 124 no novo texto legal.

Na assistência, o ingresso do terceiro tem a finalidade de melhorar o resultado a ser


obtido no processo, seja porque este tenha um interesse próprio sem que venha
refletir na relação jurídica de direito material alheia; ou porque tenha um direito que
também é aquele representado na relação jurídica de direito material discutida no
processo alheio.

Terá cabimento em qualquer grau de jurisdição ou mesmo em qualquer procedimento,


por meio de petição dirigida ao processo pelo assistente e não gera um novo processo
por meio dessa intervenção. Uma vez peticionado nos autos, o pedido de intervenção
do assistente não suspenderá o processo alheio, e deverá esclarecer ao magistrado
o interesse jurídico afetado pelo que vier a ser decidido no processo.

O art. 120, do Novo CPC, permite ao magistrado indeferir liminarmente o pedido da


assistência, caso contrário, intimará as partes para que ofereçam as impugnações ao
pedido no prazo de 15 (quinze) dias.

Art. 120. Não havendo impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, o pedido


do assistente será deferido, salvo se for caso de rejeição liminar.

14
Rejeitado o pedido de assistência, conforme art. 1.015, inc. IX, do Novo CPC, admite
a interposição do recurso de agravo de instrumento.

O magistrado, com ou sem impugnação das partes que foram previamente intimadas
do pedido da assistência, decidirá a respeito, e, de sua decisão caberá recurso de
agravo de instrumento. O pedido de assistência e respectivas documentações serão
autuados em apenso ao processo alheio e uma vez admitida a intervenção, o
assistente, poderá exercer os atos processuais que lhe são pertinentes a depender
da modalidade de assistência adotada no processo.

O assistente admitido posteriormente no processo, em razão do julgamento de seu


recurso que lhe foi favorável, não reabrirá a ele as preclusões consumadas, ocasião
em que receberá o processo no estágio em que se encontra.

O assistente simples manteve o mesmo interesse jurídico que atualmente se conhece


na doutrina e jurisprudência, seu objetivo é agregar o assistente a uma das partes
colimando que a decisão seja favorável àquela que está auxiliando. A nota que se faz
referência é o art. 121, parágrafo único, do Novo CPC, que trouxe a expressão
“substituto processual” quando o assistido for revel ou omisso no processo.

Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal,


exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais
que o assistido.

Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o


assistido, o assistente será considerado seu substituto processual.

Essa expressão está atrelada ao fato da legitimação extraordinária no processo, ou


seja, a permissão que a lei confere para que alguém postular em nome próprio o
direito alheio. Tal circunstância foge da realidade diante da atuação do assistente
simples conforme o novo texto legal. Explica-se, pois, no fato de o atual art. 52,

15
parágrafo único, do CPC, o assistente simples é considerado “gestor de negócios” na
omissão ou revelia do assistido, o que reflete na sua atuação no processo não na
qualidade de parte dele.

Por isso que, ao assistente simples, é vedado praticar atos processuais de disposição,
como a conciliação, renúncia a direito, reconhecimento jurídico do pedido, entre
outros. Ao se adotar a expressão “substituto processual”, amplia-se demasiadamente
a atuação do assistente simples, que num primeiro momento, no caput do art. 121,
do Novo CPC, atuará como auxiliar da parte principal. Ao substituto processual são
conferidos os mesmos poderes de se realizar atos processuais com qualidade de
parte, daí que incoerente o parágrafo único fazer referência a essa expressão
“substituto processual”, quando na verdade o assistente simples, pela sua intervenção
calcada na relação jurídica de direito material alheia que não lhe diz respeito, possa
realizar atos processuais de disposição.

Parece que a interpretação mais sensata à expressão “substituto processual” do art.


121, parágrafo único, do Novo CPC, seja restritiva para a atuação do assistente
simples aos atos de auxílio à parte assistida omissa ou revel, sem a possibilidade de
ingressar por meio de atos de disposição no direito material alheio.

O assistente litisconsorcial permanece com sua utilidade no art. 124, do Novo CPC,
como hipótese de litisconsórcio unitário facultativo ulterior, pois a sua relação jurídica
de direito material também diz respeito àquela posta em discussão no processo
alheio. Por isso que, aquele que possui legitimidade para ingressar com a ação para
postular uma pretensão e não o fez, e, se houvesse essa mesma pretensão deduzida
por outrem em juízo, poderá o omisso realizar a intervenção como assistente
litisconsorcial.

Assim, o que se observa diante da nova regra processual sobre o assunto, é que o
legislador poderia esclarecer melhor a atuação dos assistentes no processo alheio
para que não haja entraves processuais de discussões sobre a atuação do

16
colegitimado ou mesmo sobre a realização dos atos processuais de disposição,
oportunidade que se esvaiu.

2.2 – Denunciação da Lide

A denunciação da lide prevista no art. 125, do Novo CPC, noticia a causa para
alguém. Por isso o emprego correto da expressão é denunciação da lide e não
denunciação à lide, tal como adverte Cândido Rangel Dinamarco. É a forma
interventiva provocada em que, o autor ou o réu, solicitam ao terceiro, sua intervenção
no processo em razão de disposição legal ou contrato, tenha este (terceiro) a
obrigação de resguardar determinado proveito econômico ou seja também por
responder pela perda da coisa em razão da evicção.

A denunciação da lide é uma nova ação no mesmo processo. Comparando-a em


relação à ação principal, haverá então, uma relação acessória, uma relação de
subordinação ou uma relação de prejudicialidade, pois somente será examinada
quando o denunciante sofrer algum prejuízo em razão da derrota na ação principal.

O atual art. 70, caput, do CPC reza que a denunciação da lide seja obrigatória nas
hipóteses dos respectivos incisos, entretanto, o art. 125, do Novo CPC, excluiu essa
expressão do texto legal, tornando-a uma figura interventiva facultativa o que há muito
já se cogitava, desde o projeto do código de processo civil atual.

Para a compreensão histórica da questão, seguem as considerações de Manoel


Antonio Teixeira Filho, que à época, apresentou à própria Comissão Revisora do atual
CPC (1973), as advertências a respeito da obrigatoriedade da denunciação da lide:

A denunciação será necessária para a própria regularidade do contraditório


ou somente para preservar o direito regressivo do denunciante contra o
denunciado. No segundo caso, entretanto, não se trataria, propriamente, de
uma obrigação, mas de simples ônus para o denunciante, aliás já
consagrado no tocante a evicção, pelo direito material ( CC, art. 1.116). Não

17
convém tornar a denunciação verdadeiramente obrigatória, porque a parte
primitiva pode ter razões pessoais para não querer exercer o direito
regressivo, ou ao menos – quando possível- preferir reserva-se para exercê-
lo pessoalmente, em ação autônoma.

O Deputado Célio Borja, então Relator Geral do Projeto na Câmara Federal, à época,
apresentou a Emenda n. 96 e que foi afastada. Nessa Emenda, expôs pela não
obrigatoriedade da denunciação da lide. No Senado Federal, o Senador Nelson
Carneiro, ao atender a sugestão do Desembargador Luis Antônio de Andrade, isso
nas calorosas discussões sobre o instituto no atual CPC, apresentou a Emenda n. 95
que reproduziu a mesma Emenda apresentada pelo Deputado Célio Borja, mas todas
foram afastadas.

Aroldo Plínio Gonçalves esclareceu que a busca alentada para a tentativa de se


transformar a denunciação da lide em facultativa pela Comissão Revisora, foi em vão
e o resultado disso, são as inúmeras interpretações doutrinárias e jurisprudenciais
que assolam a questão nos Tribunais e que, em algumas vezes, interrompem o
percurso regular do processo.

Diante dessas linhas históricas, pode-se perceber que a questão da obrigatoriedade


da denunciação da lide não é aceita unanimemente no atual CPC, daí porque, com o
Novo CPC, a exclusão dessa obrigatoriedade alinha-se com as atuais concepções
doutrinárias e jurisprudenciais que tratam em seus textos sobre essa falsa
obrigatoriedade e que, diga-se de passagem, não é qualquer novidade.

A ausência dessa obrigatoriedade para qualquer inciso previsto no art. 125, do Novo
CPC acabou por refletir no código civil, precisamente no art. 456, que ora foi revogado
pela nova lei processual civil (art. 1.086, inc. I, do Novo CPC). Abre-se com isso, a
possibilidade de se promover as ações autônomas de regresso (art. 125, §1º, do Novo
CPC) quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser promovida ou não
for permitida.

18
Uma questão que surge com o Novo CPC é se há possibilidade de se admitir a
denunciação da lide sucessiva e a denunciação per saltum.

A leitura do art. 125, § 2º, do Novo CPC, traz a possibilidade clara da denunciação da
lide sucessiva, isto é, promovida pelo denunciado contra seu antecessor imediato ou
quem seja responsável pela indenização decorrente do direito de regresso na cadeia,
e, será permitida apenas única vez essa circunstância no processo, para que, no caso
de uma extensa cadeia dominial de responsáveis, não venha atrapalhar a tutela da
pretensão e resolução do caso. A denunciação da lide sucessiva já se encontra no
atual CPC diante de uma interpretação dada ao atual art. 73, como bem explica
Cassio Scarpinella Bueno que o termo intimação, previsto no teor do art. 73, do atual
CPC, na verdade, significa citação, possibilitando sucessivamente a integração de
todos os garantes no mesmo processo contribuindo com a economia processual.

Não obstante às considerações sobre a possibilidade de denunciação da lide


sucessiva, o mesmo art. 125, § 2º, do Novo CPC, trouxe a expressão: “ou quem seja
responsável por indenizá-lo”, isto é, a referência é que a realização da denunciação
da lide poderá saltar as pessoas sucessivas que compõe a cadeia dominial,
vinculando-se o responsável direto pelos prejuízos sofridos pelo denunciante. Neste
caso, concretiza-se a denunciação da lide “per saltum”, ou seja, a regra inserta no
Novo CPC traz a possibilidade de se utilizar, também em única vez no processo, a
denunciação da lide por salto para responsabilizar diretamente a pessoa que não
segue a cadeia sucessivamente, pelo ressarcimento do que o denunciante
despendeu.

A respeito do denunciado por salto, Humberto Theodoro Jr. alerta ser um caso de
legitimação extraordinária, justamente em razão de se permitir ao alienante anterior
(responsável qualquer na cadeia) realizar a defesa de interesses que seriam do
alienante imediato sucessivamente na cadeia.

Ultrapassadas as premissas acima, passa-se a análise dos motivos que


fundamentam a denunciação da lide no art. 125, do Novo CPC, mas impõe lembrar

19
que, a hipótese de denunciação da lide nos termos do atual art. 70, inc. II, do CPC,
deixou de existir no Novo CPC, assim, antes das considerações sobre as hipóteses
no novo texto legal, analisa-se o motivo que ensejou essa exclusão legislativa.

2.2.1- Hipóteses de Cabimento da Denunciação da Lide no Novo CPC

O art. 125, incisos I e II, do Novo CPC trouxe duas hipóteses para admissibilidade da
denunciação da lide. A primeira consubstanciada para o exercício do direito de
regresso decorrente da evicção, não impõe a obrigatoriedade e não impede que esse
direito seja alvo de discussão por meio de uma ação própria, seja em razão da
exclusão da expressão obrigatoriedade no texto legal; seja em razão da revogação
do art. 456 do código civil pelo Novo Código de Processo Civil.

A segunda possibilidade e a que admite uma inclinação de interpretação mais


cautelosa ao texto legal, faz referência àquele que estiver obrigado por contrato ou lei
a indenizar em ação regressiva o prejuízo de quem for vencido no processo.

Essa inclinação de base interpretativa nasce no fato de que, o poder legiferante,


perdeu a oportunidade de se evitar qualquer forma de interpretação restritiva para sua
utilização no processo; Pois, ainda que sob a vigência do atual CPC, discutem-se
duas teorias a respeito da aplicação do art. 125, inc. II, do Novo CPC, são elas: a
restritiva e a extensiva.

A teoria restritiva defende o cabimento da denunciação da lide somente para tutela


das garantias próprias, isto é, aquilo que decorre da transmissão de um direito, como
a evicção. Enquanto que a teoria extensiva permite a denunciação da lide sobre
qualquer garantia própria ou imprópria, isto é, sempre que exista uma
responsabilidade por qualquer título, a ressarcir o dano.

Lopes da Costa, foi um dos primeiros brasileiros a comentar a respeito dessas


garantias do direito italiano e expôs sua visão que:

20
Possuem ambas essas especies normas communs, quanto ao tempo e ao
modo do chamamento, quanto à competencia do juízo relativamente á acção
regressiva, que é sempre arrastada para o foro da acção principal, quanto ao
curso parallelo das duas causas, que devem ser decididas
contemporaneamente.

Fredie Didier Jr. pensa que não ser possível a utilização da denunciação da lide nos
termos do art. 70, inc. III, do atual CPC, somente para os casos de garantia própria,
excluindo-se os casos de garantia imprópria; pois se trata de uma dicotomia do direito
italiano sobre la chiamata in garanzia e intervento coato, e que, o direito brasileiro,
não abrigou essas modalidades de garantias.

Desta forma, ao analisar o texto do art. 125, inc. II, do Novo CPC, observa-se que,
a teoria do direito de regresso foi consagrada pelo legislador, não há na lei qualquer
forma de definição do que venha a representar a ação regressiva, daí, se o legislador
não especificasse o que seria alvo de ação regressiva, não poderá o intérprete fazê-
lo.

E, por fim, é pacífico em nossos Tribunais a utilização da teoria extensiva para abrigar
o maior número de causas que admitem a denunciação da lide àquele que estiver por
lei ou contrato, obrigado a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for
vencido na demanda.

O Novo CPC alinha-se com esse panorama estendendo a utilidade da denunciação


da lide em nome da celeridade e economia processual, pois, afinal, por meio dessa
intervenção, resolvem-se duas lides em único processo.

21
2.2.3- Procedimento da Denunciação da Lide

Preconiza o art. 126 do Novo CPC que, a denunciação da lide, será requerida pelo
autor em sua petição inicial; se o denunciante for o réu, será na contestação.

Art. 126. A citação do denunciado será requerida na petição inicial, se o


denunciante for autor, ou na contestação, se o denunciante for réu, devendo
ser realizada na forma e nos prazos previstos no art. 131 .

A diferença, com o atual art. 71 do CPC, em relação à sua forma, reside no fato de
que, o princípio da liberdade das formas, cede espaço para uma modalidade prescrita
em lei para a realização do pedido de denunciação da lide.

E ainda, o próprio art. 126 do Novo CPC impõe que a citação seja realizada no prazo
de 30 (trinta) dias, sob de ficar sem efeito o pedido de denunciação da lide, apenas
restando ao interessado, neste caso, a propositura da ação autônoma.

Essa citação, diante da nova regra processual (art. 126 do Novo CPC), não repetiu o
texto do atual art. 72 do CPC, que impõe a suspensão do processo quando ordenada
a citação do denunciado. Daí que, ao que parece, não existiria a suspensão da ação
principal para aguardar a citação do denunciado. Portanto, dizer que a ação principal
pode continuar com a sua tramitação regular, independentemente da citação do
denunciado, criaria um problema de ordem processual para se resolver, pois se
imagina o fato de a ação principal tramitar de forma independente, num estágio
avançado do processo, enquanto que na ação subsidiária (denunciação da lide) ainda
se encontrar num estágio inicial.

Como poderia o magistrado julgar ambas as ações em único processo? Parece que,
o mais sensato, será atribuir a possibilidade de suspensão do processo, aguardando-
se a citação do denunciado, para que ambas as ações possam tramitar

22
conjuntamente, acompanhando é claro, o decurso do prazo de 30 (trinta) dias para
sua concretização.

Uma vez citado o denunciado, assumirá como litisconsorte do denunciante. Essa


interpretação ganha maior espaço diante do art. 128, parágrafo único, do Novo CPC,
que traz a possibilidade de se idealizar o cumprimento da sentença diretamente
contra o denunciado.

E ainda, o art. 127 do Novo CPC, trouxe o denunciado com sujeição facultativa diante
da expressão “poderá assumir como litisconsorte do denunciado”, isto é, parece que
o Novo CPC coloca em discussão se realmente o denunciado é parte ou terceiro no
processo, o que não é novidade no nosso atual sistema.

A interpretação sistemática que surge pelos ideais do Novo CPC é que justifica o
entendimento aqui esboçado pela posição de litisconsorte do denunciado com o
denunciante. Quando a preocupação política, social e jurídica é a atuação do direito
posto em juízo para resolução do Estado, nada mais confiável alinhar esse aspecto
com as vestes das regras insculpidas no Novo CPC. Atribuir, por lei, a possibilidade
de cumprimento da sentença diretamente ao denunciado, não é outro o entendimento,
senão colocá-lo (denunciado) no plano pragmático como parte no processo.

Cumpre ainda esclarecer, nesse sentido que, o denunciado, uma vez citado, poderá
contestar o pedido de denunciação e o processo terá, na ação principal, o
litisconsórcio entre o denunciante e o denunciado (art. 128, inc. I, do Novo CPC).

Na omissão do denunciado citado, poderá o denunciante deixar de prosseguir com


sua defesa para declinar seu interesse formulado na denunciação da lide, para a ação
autônoma (art. 128 do Novo CPC). Essa ponderação feita pela lei concede ao
denunciante, neste caso, o réu, a desistir de seu pedido de denunciação da lide e de
eventual pretensão conexa.

23
Na fase de julgamento, ambas as ações, serão julgadas conjuntamente em única
sentença, numa relação de prejudicialidade, primeiro aferirá o magistrado se houve a
condenação do denunciante na ação principal, em caso positivo, passará ao
julgamento da denunciação da lide (art. 129, caput e parágrafo único, do Novo CPC).

Art. 129. Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao


julgamento da denunciação da lide.

Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não


terá o seu pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante
ao pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado.

2.3 –Chamamento ao Processo

É a modalidade de intervenção de terceiros pela qual o réu cria um litisconsórcio


passivo para vincular os demais coobrigados da mesma relação jurídica de direito
material.

O art. 130 do Novo CPC manteve as mesmas hipóteses de chamamento ao processo


previstas no art. 77 do atual código de processo civil.

Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu:

I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu;

(...)

É exercitado pelo réu no prazo da contestação, suspendendo-se o processo até a


finalização das diligências citatórias previstas no art. 131 do novo código de processo
civil.

24
Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será
requerida pelo réu na contestação e deve ser promovida no prazo de 30
(trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento.

Questão que se deflagra, é o fato de o réu chamar ao processo, antes, da


apresentação da contestação. Ao que parece, diante dessa possibilidade, a
apresentação da contestação dependerá dessa suspensão do processo e no prazo
que sobrar para o réu apresentar sua defesa.

Proferida a sentença, poderá tanto o réu quanto o autor exigir o cumprimento dela,
embora o art. 132 do Novo CPC faça referência apenas à pessoa do réu.

Art. 132. A sentença de procedência valerá como título executivo em favor


do réu que satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do
devedor principal, ou, de cada um dos codevedores, a sua quota, na
proporção que lhes tocar.

2.4- Do Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica

A desconsideração da personalidade jurídica inclina-se como modalidade de


intervenção de terceiro para responsabilização do sócio nos casos em que a lei de
direito material permita. Trata-se de regra processual heterotópica, pois sua
complementação e interpretação dependem das regras de direito material (art. 133,
§ 1º, do Novo CPC).

O incidente processual terá cabimento em todas as fases do processo e no processo


de execução de título executivo extrajudicial (art. 134, caput, do Novo CPC),
entretanto, a lei consagra a dispensa desse incidente quando a desconsideração tiver
sido requerida na petição inicial, hipótese em que, o sócio ou pessoa jurídica, serão
citados.

25
Uma vez instaurado, será imediatamente comunicado o distribuidor para as
anotações devidas.

A petição deverá ser dirigida ao magistrado com os motivos do direito material que
autorizam a possibilidade da desconsideração da personalidade jurídica, seja ela
inversa ou não (art. 133, § 2º, do Novo CPC).

Após, o sócio ou a pessoa jurídica, serão citados para apresentar manifestação e


provas no prazo de 15 (quinze) dias.

A decisão que resolve o incidente é interlocutória, recorrível por meio do recurso de


agravo de instrumento (art. 1.015, inc. IV, do Novo CPC), e, se proferida por Relator
no âmbito dos Tribunais, caberá recurso de agravo interno (art. 136, parágrafo único,
do Novo CPC).

Os efeitos decorrentes do reconhecimento da desconsideração da personalidade


jurídica estão no art. 137 do Novo CPC, em que, uma vez acolhida, a alienação ou
oneração de bens, em fraude à execução, será ineficaz em relação ao requerente do
incidente, com isso, parece que a lei processual estabelece que o negócio jurídico em
si, persistirá entre o terceiro e o alienante, porém esse negócio será ineficaz apenas
em relação ao requerente que poderá, então, realizar os atos de constrição.

Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração


de bens, havida em fraude de execução, será ineficaz em relação ao
requerente.

2.5- Amicus Curiae

26
“Amigo da Corte” é um terceiro interveniente, daí porque o art. 138 do Novo CPC faz
a consideração do instituto no título das modalidades de intervenções de terceiros. A
ele se aplicam as considerações iniciais de parte e terceiro.

Esse terceiro não atua a favor de uma das partes, mas em razão de um “interesse
institucional”, ou seja, aquele que nasce diante dos efeitos que o julgado poderá
repercutir para grupos ou pessoas que não participam do processo. Assim, aqueles
que não participam do processo, poderão por meio dessa modalidade, auxiliar o
magistrado com elementos de fato e/ou de direito que se relacionam com o objeto do
processo.

O magistrado poderá de ofício ou mediante provocação do interessado, admitir, por


decisão irrecorrível, a participação de pessoa natural ou jurídica para auxiliar com a
discussão do objeto no processo que se fará no prazo de 15 (quinze) dias a contar de
sua intimação.

É necessário aferir que a decisão, que admite ou solicita a participação desse terceiro
é irrecorrível (art. 138, caput, do Novo CPC), isto é, não se pode impedir que o
interesse institucionalizado fosse subtraído de um debate jurídico, cuja repercussão
incidirá para uma massa de entes e pessoas, daí porque soar essa consideração com
aquilo que já se tem firmado diante da doutrina e decisões judiciais reiteradas de
nossos Tribunais.

Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a


especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da

27
controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das
partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação
de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com
representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.

Admitida sua participação, o magistrado poderá definir os poderes que o amicus


curiae exercerá no processo (Art. 138, § 2º, do Novo CPC). Inclusive resta assegurado
o direito de recorrer desse terceiro contra a decisão que julgar o incidente de
resolução de demandas repetitivas (art. 138, § 3º, do Novo CPC).

A garantia da participação do amicus curiae é imprescindível para a legitimação das


decisões judiciais que enfrentam questões de ordem institucional, repercutindo seus
efeitos perante aqueles que não participaram do processo, essa figura no Novo CPC,
é, em outras palavras, uma inesgotável fonte do acesso à justiça.

28
2.6- Da Oposição

É a modalidade de intervenção em que o terceiro pretende o mesmo direito sobre o


qual outros litigam em um processo pendente. Essa intervenção coaduna com a
economia, eficiência e duração razoável do processo, pois além de atuar perante o
mesmo juízo do processo já pendente, será julgada conjuntamente com este.

Trata-se de uma verdadeira ação. Daí que, essa modalidade foi transferida para o
título dos procedimentos especiais no Novo CPC, precisamente no art. 682, porém,
salienta-se que, essa transposição, não o desnatura como uma modalidade de
intervenção de terceiros.

A oposição será apresentada por meio de petição dirigida ao mesmo juízo em que
demandam os opostos e, uma vez recebida a inicial, o magistrado ordenará a citação
dos opostos (autor e réu da demanda pendente). Haverá a formação do litisconsórcio
passivo necessário.

O prazo para os opostos apresentarem a contestação será de 15 (quinze) dias a


contar de sua intimação juntada nos autos ou a inequívoca ciência pelos seus
advogados a respeito do prazo. Esse prazo não será em dobro (art. 229 do Novo
CPC), pois o art. 683, parágrafo único, do Novo CPC trouxe um prazo específico para
a oposição, portanto, não se deve interpretar extensivamente o art. 229 do Novo CPC
para a oposição.

Os atos de disposição de direitos, realizados no processo por um dos opostos, não


afetará a defesa do outro, assim, por mais que um deles reconheça o pedido do
opoente, o processo prosseguirá em relação ao outro oposto (art. 684 do Novo CPC).

A oposição será apensada a ação principal e ambas prosseguirão concomitantemente


para que o magistrado decida por meio de única sentença as pretensões deduzidas,

29
em primeiro lugar, a oposição e depois a ação principal. Essa circunstância é o que
garante a eficiência processual nos termos do art. 5º, inc. LXXVIII, da Constituição
Federal.

2.7 - Correção do Polo Passivo (Nomeação à Autoria)

Os arts. 338 e 339, ambos do Novo CPC, tratam da matéria na contestação. O réu
que arguir a ilegitimidade de parte, o juiz, facultará ao autor para que no prazo de 15
(quinze) dias altere a petição inicial para substituição do réu ou para incluir o novo réu
como litisconsorte passivo.

Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o
responsável pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze)
dias, a alteração da petição inicial para substituição do réu.(...)

Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito
passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob
pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos
prejuízos decorrentes da falta de indicação.

Uma vez realizada a extromissão do réu, cumprirá ao autor, reembolsar as despesas


e honorários advocatícios do réu.

Essa modalidade substituiu e trouxe vantagem sobre a nomeação à autoria, que ora
depende da concordância do nomeado para que a extromissão seja realizada.

E ainda, incumbe ao réu, ao alegar a ilegitimidade passiva, indicar o sujeito passivo


correto, sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas
processuais e indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação (art.
339, § 1º e § 2º, do Novo CPC), verbis:

30
§ 1º O autor, ao aceitar a indicação, procederá, no prazo de 15 (quinze) dias,
à alteração da petição inicial para a substituição do réu, observando-se,
ainda, o parágrafo único do art. 338 .

§ 2º No prazo de 15 (quinze) dias, o autor pode optar por alterar a petição


inicial para incluir, como litisconsorte passivo, o sujeito indicado pelo réu.

Portanto, aquilo que estava sob a denominação de nomeação à autoria, passa por
uma reformulação dentro de um contexto pragmático e com aplausos, pois se livra de
um procedimento estéril de pouca utilidade para regulamentar as considerações
sobre a correção do polo passivo na contestação apresentada pelo réu, isto é,
adéqua-se à tutela do terceiro que assumirá como parte na ação.

31
O presente estudo foi idealizado para elucidar algumas questões que decorrem das
modalidades de intervenções de terceiros com o Novo Código de Processo Civil.

Trata-se de uma perfunctória análise de como se buscar a tutela adequada do terceiro


no processo, sem perder, com isso, a visão da duração razoável do processo e sua
efetividade.

No plano da teoria geral do processo, a efetividade é tratada sob quatro pilares:

 A admissão do processo;

 o modo - de – ser do processo;

 a justiça da decisão;

 a efetividade da decisão.

O primeiro pilar é o acesso à justiça.

Basicamente, não existem barreiras para o exercício do direito de ação por meio do
processo. O acesso à justiça é uma garantia do art. 5º, inc. XXXV, da CF/88, e, que,
nas palavras de Cesar Asfor Rocha, exprime como o meio de buscar uma solução
equilibrada, com segurança, rapidez e justiça, pacificando a sociedade.

O núcleo do princípio do acesso à justiça deve ser estudado conjuntamente com os


elementos que viabilizam sua efetividade, quais sejam: a segurança das partes no
processo; o tempo de sua duração; e a eficácia das decisões judiciais.

Esses elementos representam o segundo pilar da efetividade do processo, qual seja:


o modo – de – ser do processo.

32
Os atos processuais desenvolvem-se numa ordem legal e por meio deles é que
influenciam na segurança das partes e terceiros no processo, possibilitando sempre
o contraditório e a ampla defesa. Não se olvida, inclusive, que os atos também
obedecerão ao tempo para sua realização, justamente para que o resultado seja
alcançado com rapidez. Em suma, este pilar se sustenta nas raízes do devido
processo legal.

O terceiro pilar da efetividade do processo diz respeito à justiça da decisão, ou seja,


o magistrado pautar-se-á pelo entendimento mais justo para resolver o conflito, por
mais que não seja, aparentemente, a vontade do legislador. Não significa que o
magistrado decidirá em sentido contrário da lei, mas justamente busca aplicá-la com
base na interpretação dos textos legais.

Importante não confundir esse ato de interpretação com ato discricionário, neste
contexto, José Roberto dos Santos Bedaque, bem ensina a respeito:

Discricionariedade implica reconhecimento, pelo sistema jurídico, da


possibilidade de adoção de duas ou mais soluções, cabendo ao ente público
a opção por qualquer delas, pois todas são aceitas como legítimas,
adequadas e corretas pelo Direito. Dentro desse limite estabelecido pela lei,
está ele imune de controle.

Ao interpretar a norma, o Pode Judiciário não age dessa forma, visto que,
representando a visão de determinado integrante da função jurisdicional a respeito do
fenômeno em exame, a decisão será sempre passível de impugnação, pois a solução
adotada pode não ser a melhor, segundo entendimento de quem dela discorda.

O quarto e último pilar é a efetividade da decisão proferida pelo magistrado. O


processo deve dar a quem tem um direito, tudo e precisamente aquilo que ele tem o
direito de obter.

O magistrado deve atender aos fins sociais e às exigências do bem comum o que
garante a eficácia de suas decisões. Em algumas ocasiões, o magistrado, ao

33
interpretar o texto de lei, poderá desfazer dogmas ou reler princípios por um prisma
evolutivo, o que não significa renunciar a estes ou repudiar a ciência e a técnica do
processo. Obviamente, essa interpretação visa obter o máximo de efetividade ao
processo e à decisão proferida pelo magistrado.

É sob esse prisma que se traçou a breve análise das modalidades de intervenções
de terceiros no Novo CPC, desde a assistência até a arguição da ilegitimidade passiva
da ação pelo réu na sua contestação.

Esboça-se, no presente estudo, um intróito enfático na denunciação da lide, eis que é


uma das modalidades de intervenções de terceiros, senão a maior, que traz
repercussões em nossos Tribunais diante da utilidade e interpretação extensiva para
seu cabimento. Traçou-se uma breve análise histórica do poder legiferante para
compreensão das pseudo novidades em relação ao instituto no Novo Código de
Processo Civil.

Analisa-se, sem aprofundar muito no assunto de direito material, o incidente da


desconsideração da personalidade jurídica que, como novidade do Novo CPC, trouxe
regra processual para que os interessados possam discutir a responsabilidade do
sócio ou pessoa jurídica no mesmo processo. Os princípios da economia, celeridade
e duração razoável do processo aparecem nesta ocasião para justificar a inclusão
dessas regras no código de processo civil.

O amicus curiae como protagonista nas intervenções de terceiros no Novo CPC,


surge como outra novidade, agora sacramentada, não apenas nas leis extravagantes,
mas também, no Novo CPC com a preocupação de que, os interesses institucionais,
não afetam apenas as discussões nos Tribunais Superiores, mas aquelas proferidas
em sede de instância inferior ou de modo difuso.

Essa questão esbarra com a segurança jurídica do nosso sistema processual


brasileiro; pois a sua adequação no texto do Novo CPC, traz a possibilidade de se
discutir as questões institucionais, que afetam uma gama de pessoas não

34
participantes do processo, desde a origem até as instâncias superiores, trazendo
consigo um meio de se estabilizar os conflitos pelas decisões judiciais, que ora
poderão favorecer a edição das Súmulas ou precedentes dominantes nos Tribunais.

Assim, o que se observa diante das modalidades apresentadas no texto do Novo


CPC, é que, a preocupação do legislador, foi primado pela celeridade, economia,
duração razoável do processo e a efetividade. Incluindo-se novidades e pseudo
novidades sobre as intervenções de terceiros para buscar uma solução pragmática
diante das atuais interpretações doutrinárias e dos Tribunais diante da tutela
adequada do terceiro, seu acesso á justiça e a segurança jurídica das decisões
judiciais.

O que se espera diante do Novo Código de Processo Civil é que o intérprete não
permaneça estéril diante do texto legal, que se utilize das bases doutrinárias com a
sistematização da Constituição Federal e as novas regras processuais, pois tenha a
crença de que a certeza é bela, mas a dúvida possui uma sutil beleza que chega a
ser apaixonante.

Bons Estudos!

BIBLIOGRAFIA

35
ARRUDA ALVIM NETTO, José Manoel de; ARRUDA ALVIM PINTO, Teresa.
Assistência – Litisconsórcio: Repertório de jurisprudência e doutrina. São Paulo: RT,
1986.

______. Manual de direito processual civil. 11. ed. São Paulo:RT, 2007. 2.v.

ASSIS, Jacy de. Procedimento ordinário. São Paulo: Livraria dos Advogados Editora
Ltda. 1975.

BAPTISTA DA SILVA, Ovídio Araújo. Curso de processo civil.8. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2008. 1. v. T.I.

BEDAQUE, José Roberto dos Santos. Efetividade do processo e técnica processual.


São Paulo: Malheiros Editores, 2006.

______. Poderes instrutórios do juiz. 5. ed. São Paulo: RT, 2011.

BUENO, Cassio Scarpinella. Partes e terceiros no processo civil brasileiro. São Paulo:
Saraiva, 2003.

______.Curso sistematizado de direito processual civil. São Paulo: Saraiva, 2007.

______.Novo código de processo civil anotado. São Paulo: Saraiva, 2015.

CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de direito processual civil. 16. ed. Rio de Janeiro:
Lumen Juris, 2007. v. 1.

CARNEIRO, Athos Gusmão. Intervenção de terceiros. 17. ed. São Paulo: Saraiva,
2008.

DIAS, Maria Berenice. O terceiro no processo. Rio de Janeiro: Aide Ed., 1993.

DIDIER JUNIOR, Fredie. Curso de direito processual civil. 9. ed. Bahia: Juspodivm,
2008. v. 1.

36
______. “A denunciação da lide e o art. 456 do CC: A denunciação per saltum e a
obrigatoriedade”. In: DIDIER JÚNIOR, Fredie; CERQUEIRA, Luiz Otávio Sequeira de;
CALMON FILHO, Petrônio; TEIXEIRA, Sálvio de Figueiredo; WAMBIER, Teresa
Arruda Alvim (coords.). O terceiro no processo civil brasileiro e assuntos correlatos.
Estudos em homenagem ao Professor Athos Gusmão Carneiro. São Paulo: RT, 2010.

DINAMARCO, Cândido Rangel. Intervenção de terceiros. 5. ed. São Paulo: Malheiros


Editores, 2009.

______. Litisconsórcio. 8. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2009.

______. Direito processual civil. São Paulo: Editor José Bushatsky, 1975.

______. A nova era do processo civil. 3. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2009.

______. CINTRA, Antônio Carlos de Araújo. GRINOVER, Ada Pelegrini. Teoria geral
do processo. 26. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2010.

______. A instrumentalidade do processo. 13. ed. São Paulo: Malheiros Editores,


2008.

FUX, Luiz. Intervenção de terceiros aspectos do instituto. São Paulo: Saraiva, 1990.

GONÇALVES, Aroldo Plínio. Da denunciação da lide. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense,


1995.

LOPES DA COSTA, Alfredo Araujo. Da intervenção de terceiros no processo. São


Paulo: C. Teixeira Editores, 1930.

MARINONI, Luiz Guilherme. ARENHART, Sérgio Cruz. Processo de


conhecimento. 6. ed. São Paulo: RT, 2007. V. 2.

______; MITIDIERO, Daniel. O projeto do CPC. São Paulo: RT, 2010.

37
MONIZ DE ARAGÃO, Egas Dirceu. Sobre o chamamento à autoria. Revista da
Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul- AJURIS, Porto Alegre, Ano IX, n. 25.

MOREIRA, José Carlos Barbosa. Estudos sobre o novo Código de Processo Civil.
Rio de janeiro: Editora Liber Juris, 1974.

ROCHA, Cesar Asfor. A luta pela efetividade da jurisdição. São Paulo: RT, 2008.

TEIXEIRA FILHO, Manoel Antonio. Litisconsórcio, assistência e intervenção de


terceiros no processo do trabalho. 2. ed. São Paulo: LTr, 1993.

THEODORO JÚNIOR, Humberto. Direito processual civil. 50.ed. Rio de Janeiro:


Forense, 2009. 1.v.

______. “Uma novidade no campo da intervenção de terceiros no processo civil: A


denunciação da lide per saltum (Ação direta)”. In: DIDIER JÚNIOR, Fredie;
CERQUEIRA, Luiz Otávio Sequeira de; CALMON FILHO, Petrônio; TEIXEIRA, Sálvio
de Figueiredo; WAMBIER, Teresa Arruda Alvim (coords.). O terceiro no processo civil
brasileiro e assuntos correlatos. Estudos em homenagem ao Professor Athos
Gusmão Carneiro. São Paulo: RT, 2010.

Cândido Rangel Dinamarco. Intervenção de terceiros, p. 13-37. Traz a mesma


preocupação para se analisar as intervenções de terceiros no processo.

Curso de direito processual civil. v.1, p. 323.

Athos Gusmão Carneiro. Intervenção de terceiros, p. 69.

Novo CPC traz a assistência no Título III, Da intervenção de Terceiros, Capítulo I, art.
119.

Luiz Fux. Intervenções de terceiros, p. 08: “Sob esse ângulo, assenta-se que o
primeiro efeito da intervenção é a assunção, pelo terceiro, em alguns casos, da
qualidade de parte, auxiliando, secundando ou opondo-se às partes originárias”.

38
A menção a essa audiência é regra cogente a ser analisada na petição inicial (art.
319, do Novo CPC) e na contestação oferecida pelo réu, para maiores detalhes vide
o art. 334 e respectivos parágrafos do Novo Código de Processo Civil.

José Manoel de Arruda Alvim Neto. Assistência e litisconsórcio- Repertório de


jurisprudência e doutrina, p. 11.

Nem todo procedimento admite a figura e em outros é discutível doutrinariamente


essa possibilidade, p.e. no procedimento dos embargos à execução e juizados
especiais cíveis.

Cassio Scarpinella Bueno. Curso sistematizado de processo civil. v.2. T.I, p. 480.

Fredie Didier Jr. Curso de direito processual civil. v.1.¸ p. 181.

Cândido Rangel Dinamarco. Intervenção. Cit. p. 154.

Maria Berenice Dias.O terceiro no processo, p. 124: “Cabe perquirir se, não
provocada a denunciação, é possível o ingresso, de forma espontânea, de quem teria
condições de ser denunciado à lide. Pode espontaneamente participar da demanda
como assistente.”

Manoel Antonio Teixeira Filho. Litisconsórcio, assistência e intervenção de terceiros


no processo do trabalho, p. 201.

Jacy de Assis. Procedimento ordinário, p. 247, defendeu o ideal da falsa


obrigatoriedade em todos os incisos do art. 70 do atual código de processo civil.

Humberto Theodoro Júnior. “Uma novidade no campo da intervenção de terceiros no


processo civil: A denunciação da lide per saltum (Ação direta)”. In: DIDIER JÚNIOR,
Fredie. et alii (coords.). O terceiro no processo civil brasileiro e assuntos correlatos.
Estudos em homenagem ao Professor Athos Gusmão Carneiro. São Paulo: RT, 2010.
p. 309; No mesmo sentido: Cassio Scarpinella Bueno. Partes. Cit. p. 250.

39
[33] Intervenção. Cit. p. 36.

[34] Alfredo Araujo Lopes da Costa. Da intervenção de terceiros no processo, p. 22-


23.

[35] Fredie Didier Jr. Curso de direito processual civil, p. 354-355.

[36] Contra, por entender que se trata de caso de assistência simples: Cassio
Scarpinella Bueno. Curso sistematizado de processo civil. v.2. T.I, p.508: “Não
obstante a letra da lei, que o denunciado seja assistente simples do denunciante,
aplicando a ele o regime jurídico daquela modalidade.

[37] Sobre a desconsideração da personalidade jurídica vide: Agravo de Instrumento


n. 0023434-67.2013.8.26.000- 13ª Câmara de Direito Privado, j. 17/05/2013. Rel.
Cauduro Padin. Este acórdão traz notas históricas sobre o instituto; considerações na
Constituição Federal; a primeira decisão do TJSP que enfrentou o tema; e explicações
contemporâneas.

[38] Cândido Rangel Dinamarco; Ada Pellegrini Grinover e Antonio Carlos de Araújo
Cintra. Teoria geral do processo. p. 40 - 42.

[39] Cesar Asfor Rocha. A luta pela efetividade da jurisdição.p. 72.

[40] José Roberto dos Santos Bedaque. Poderes instrutórios do juiz. p. 160.

[41] Cândido Rangel Dinamarco. A nova era do processo civil. 3. p. 23.

40

Você também pode gostar