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Tabela 1 – Resultados de DSC para as polimerizações introdução do catalisador sindioespecífico. Notou-se ainda
de propileno com a mistura catalítica (1)/(2) SiMe2(2- um pico de pequena intensidade a 2 Ө=14,1o (200)I,
Me,4-PhInd)2ZrCl2/ Ph2C(Flu)(Cp)ZrCl2 característico do sPP. Este último fica mais pronunciado à
a
cat Atividade Tm Hm medida que o teor de sPP no polipropileno aumenta,
b
(1)/(2) iPP/sPP (atividade (oC) (J/g) enquanto que o pico característico da forma desaparece.
esperadac) Mais uma vez nota-se que a presença do catalisador
(Kg/[Zr][M].h) sindioespecífico em determinadas concentrações aumenta
100/0 100/0 5585 (-) 149 84,4 o controle estéreo/regiorregulador do catalisador
isoespecífico, considerando que o desaparecimento da
40/60 70/30 2962 (3524) 154,4 71,6 forma cristalina γ pode ser atribuída à diminuição da
quantidade de estere/regioerros na cadeia polimérica.
22/78 50/50 2358 (2906) 153 69,7 Quanto ao s-PP puro, a cristalização na forma
mesomórfica também depende da estereorregularidade do
11/89 30/70 1556 (2528) 116,2/ 8,8 polímero. A estereorregularidade influencia a taxa de
157,5 43,9 formação da forma mesomórfica a 0oC. O aumento da
0/100 0/100 2150 110,6/ 22,0 sindiotaticidade favorece a formação da estrutura
122,4 mesomórfica transplanar. Este comportamento pode ser
Temperatura de polimerização=40oC, [Al]/[Zr]=2000, 3 bar de
propileno; a- proporção molar de catalisador; b- proporção estimada
explicado considerando-se que a presença de defeitos
de polímero; c- atividade esperada calculada a partir da proporção de configuracionais (tríades mm, por exemplo) são
catalisador provavelmente mais toleráveis na conformação helicoidal
que na trans-planar [7]. Isto corrobora com o não
Quando estas seqüências são bastantes curtas, o iPP
aparecimento nos difratogramas da forma mesomórfica
cristaliza na forma , enquanto que as seqüências mais (2ө=17 e 24º) ou das formas cristalinas III e IV, já que a
longas geralmente cristalizam na forma α. A forma estereorregularidade do catalisador sindioespecífico deste
cristalina é favorecida pela presença de estudo não é tão elevada.
estereodefeitos, como tríades rr isoladas e/ou
regiodefeitos (inserções 2,1 e 1,3). Sabe-se que nas Conclusões
cadeias de iPP obtidas por catalisador metalocênico, a Os resultados de DSC e DRX sugerem que há uma
distribuição de defeitos é aleatória e o comprimento da diminuição dos estéreo/regioerros nas cadeias de
seqüência completamente isotática é inversamente polipropileno isotático na presença de catalisador
proporcional à quantidade de erros de inserção. Como sindioespecífico (destacando-se a ausência da forma
conseqüência, mesmo uma pequena quantidade de cristalina nos polipropilenos com maior teor de
defeitos diminui o comprimento da seqüência catalisador sindioespecífico).
estereorregular, induzindo a cristalização da forma .
O difratograma do i-PP puro mostra claramente as Referências Bibliográficas
reflexões características da forma cristalina α do
polipropileno isotático (Figura 1). O difratograma 1- A K. Mehta, M. C. Chen & C. Y. Lin, “Film
mostra ainda a presença de dois picos de cristalitos do applications for metallocene-based propylene
tipo , o primeiro a 2Ө =16,2o (111) que não foi polymers”. In: “Metallocene-based polyolefins”,
separado do pico a 2Ө= 16,4o (110)α, e o segundo a 2 editado por J. Scheirs & W. Kaminsky, John Wiley &
Ө =23,05o. Sons, Ltd, Chichester, 2000, capítulo 21, pp. 463-488.
2- J. C. W. Chien, Y. Iwamoto, M. D. Rausch (1999);
Figura 1- Difratograma de raios-X para o polipropileno Journal of Polymer Science, Part A, Polymer
isotático (100/0) Chemistry 37, 2439-2445.
3- M. F. V. Marques, C. C. Pombo, R. A. Silva (2003);
1- 2?=16,20 (111)γ d=6,42 European Polymer Journal 39, 561-567.
2
2- 2?=16,40 (110)α d=6,25
1
3
4 6
7
3- 2?=19,35 (040)α d=5,25
4- 19- J. C. W. Chien, Y. Iwamoto, M. D. Rausch, W.
4- 2?=21,40 (120)α d=4,76 Wedler, H. H. Winter (1997); Macromolecules 30,
5- 2?=23,05 (117)γ d=4,47 3447-3456
5 6- 2?=24,40 (131)α d=4,19
7- 2?=25,30 (041)α d=4,06 5- C. de Rosa, F. Auriemma, D. Speca, G. Talarico, M.
Gahleitner (2004); Polymer 45, 5875-5888
6- C. de Rosa, F. Auriemma, T. Circelli, R. M. Waymouth
(2002); Macromolecules 35, 3622-3629.
7- C. de Rosa, O. R. Ballesteros, M. Santoro, F. Auriema
Já para o polipropileno 70/30 iPP/sPP, observa-se (2003); Polymer 44, 6267-6272.
também o pico a 2Ө=23,05o (117) , sendo que a
reflexão a 2Ө=16,1o (111) não foi mais identificada,
indicando a diminuição da fração cristalina com a
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