Aula 08 - Compactação 2022

Tema:
- Compactação dos Solos
PROF.: ROSIEL FERREIRA LEME

Compactação de solos
O que é compactação?
Reduzir os vazios do solo pela expulsão do ar!!!
Vazio
Sólido
(FOFA) do solo
(COMPACTO)
Rolo pé de carneiro Rolo liso
(COMPACTO)
Compactador manual
...
A compactação de um solo é a sua densificação por meio de

equipamento mecânico, geralmente um rolo compactador ou
compactadores manuais.
Qual a importância?
Recalques
Permeabilidade
Capacidade de carga
- Aumenta a resistência
- Reduz a deformação
- Diminui a permeabilidade
Quando surgiu o conceito de compactação?
O engenheiro Ralph Proctor, que em 1933 mostrou que a massa
específica resultante é função da umidade do solo para uma aplicação de
uma certa energia de compactação.
Ralph Roscoe Proctor

(1894-1962)
Processo de compactação
Quando se compacta com umidade baixa, o atrito entre as partículas
é muito alto e não se consegue uma significativa redução dos vazios.
Ao adicionar mais água ao solo seco, proporciona-se uma

lubrificação das partículas e aumenta-se a trabalhabilidade do
solo.

solo.

solo.
Curva de compactação
Densidade seca
W1
umidade
Adicionar água ao solo
seco, proporciona-se uma
lubrificação das partículas
Densidade seca
W2
umidade
Adicionar água ao solo
seco, proporciona-se uma
lubrificação das partículas
Densidade seca
W2
umidade
Densidade seca
W3
umidade
Grãos densificados
gd, max Neste ponto o solo atinge
a densidade máxima!
Densidade seca
Teor de umidade ótimo
W3
umidade
gd, max A compactação não

consegue mais expulsar o
Densidade seca
ar dos vazios pois o grau

de saturação já é elevado.
W4
umidade
gd, max A compactação não

consegue mais expulsar o
Densidade seca
ar dos vazios pois o grau

de saturação já é elevado.
W4
umidade
gd, max Com a umidade elevada, a

água passa a ocupar o espaço
Densidade seca
onde existia partículas de

solo, reduzindo a densidade.
W5
umidade
gd, max Ramo Seco Com a umidade elevada, a

Densidade seca

umidade
gd, max
Ramo Ótimo Com a umidade elevada, a
Densidade seca

umidade
gd, max Ramo Úmido Com a umidade elevada, a

Densidade seca

umidade
Ensaio de compactação
Objetivo do ensaio
O objetivo do ensaio é obter a curva de compactação e definir o teor de
umidade ótimo e densidade seca máxima para uma energia especificada.
gd, max
Densidade seca
W
umidade
Equipamentos
Equipamentos para o ensaio de compactação

Equipamentos
Colarinho
Cilindro
Base
Equipamentos
1) Coloca-se uma camada de solo
2) Compactar com o soquete

Equipamentos

Equipamentos
3) Repete-se o processo de 3 a 5x
Energias de compactação
A compactação apresenta, pelo menos, três energias:
- Proctor Normal (6 kg.cm/cm³)
- Proctor intermediário (13 kg.cm/cm³)
- Proctor modificado (27 kg.cm/cm³)
Ensaio: Ensaio:
E = 27 kg. cm/cm³
E = 6 kg. cm/cm³
Modificado
• 3 camadas • 5 camadas
Normal
• 26 golpes por camada • 27 golpes por camada
• Soquete de 2.5 kg • Soquete de 4.5 kg

• Altura de queda 305 mm • Altura de queda 457 mm
Energias de compactação
A energia de compactação, proctor normal por exemplo, é definido
pela seguinte expressão:
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎
𝑑𝑒 𝑔𝑜𝑙𝑝𝑒𝑠 𝑥 𝑑𝑒 𝑥 𝑑𝑜 𝑥 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑒𝑑𝑎
𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑎𝑚𝑎𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑚𝑎𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑞𝑢𝑒𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑞𝑢𝑒𝑡𝑒
𝐸=
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑑𝑒
26 𝑥 03 𝑥 2,5𝑘𝑔 𝑥 0,305𝑚
𝐸=
1 𝑥 10−3 𝑚³
𝐸 = 59,5 𝑘𝑔. 𝑚/𝑚³ = 6 𝐾𝑔. 𝑐𝑚/𝑐𝑚³

ENERGIA
Características inerentes a
Cilindro
cada energia de compactação
Normal Intermediária Modificada
Soquete Pequeno
(Massa = 2,5 Kg e altura de Pequeno Grande Grande
Pequeno queda = 30cm)
(1000 cm3)
Nº de camadas 3 3 5
Nº de golpes por camadas 26 21 27
Soquete Grande
(Massa = 4,5 Kg e altura de Grande Grande Grande
Grande queda = 45cm)
(2085 cm3)
Nº de camadas 5 5 5
Nº de golpes por camadas 12 26 55
Exercício 1
Os resultados do laboratório para o ensaio de proctor padrão são
fornecidos na tabela a seguir
Volume do Peso do solo Teor de Massa específ.
molde cm³ úmido g umidade (%) Úmida(g/cm³)
944 1681 10
944 1784 12
944 1841 14
944 1833 16
944 1784 18
944 1735 20
Exercício 1
Volume do Peso do solo Teor de Massa específ.
molde cm³ úmido g umidade (%) Úmida(g/cm³)
944 1681 10 1,78

944 1784 12 1,89
944 1841 14 1,95
944 1833 16 1,94
944 1784 18 1,89
944 1735 20 1,84
Exercício 1
Volume do Peso do solo Teor de Massa específ. Massa específ.
molde cm³ úmido g umidade (%) Úmida(g/cm³) Seca (g/cm³)
944 1681 10 1,78

944 1784 12 1,89
944 1841 14 1,95
944 1833 16 1,94
944 1784 18 1,89
944 1735 20 1,84
Exercício 1
Volume do Peso do solo Teor de Massa específ. Massa específ.
molde cm³ úmido g umidade (%) Úmida(g/cm³) Seca (g/cm³)
944 1681 10 1,78 1,62

944 1784 12 1,89 1,69
944 1841 14 1,95 1,71
944 1833 16 1,94 1,67
944 1784 18 1,89 1,60
944 1735 20 1,84 1,53
Exercício 1
Teor de Massa específ. 1,75
1,71;14
Massa Esp. Seca (g/cm³)

umidade (%) Seca (g/cm³)
1,70
1,67;16
10 1,62 1,65 1,69;12
12 1,69 1,60
1,60;18
1,62;10
14 1,71
1,55 1,53;20
16 1,67
1,50
18 1,60 8 10 12 14 16 18 20 22
20 1,53 Umidade (%)
Métodos alternativos de
compactação
Métodos alternativos de compactação
Ensaio sem reuso do material
O ensaio pode ser feito com amostras virgens para cada ponto da curva.
Embora exija maior quantidade de material, o resultado é mais fiel.
Pouco utilizado na prática!

Métodos alternativos de compactação
Ensaio com secagem prévia do solo
A experiência mostra que a pré-secagem da amostra influi nas
propriedades do solo, além de dificultar a posterior homogeneização da
umidade incorporada.
Fatores que afetam a
compactação
Fatores que afetam a compactação
Efeito do tipo do solo
O tipo de solo (granulometria, a) Pedregulho bem
a graduado, pouco argiloso
formato dos grãos, peso b) Areia siltosa
específico dos grãos, tipo de b c) Areia silto-argilosa
minerais presentes) irão afetar d) Silte pouco argiloso
Massa Esp. Seca

c e) Argila siltosa
os parâmetros de compactação.
d f) Argila
f
Pedra de mão Partículas de areia
Umidade
Influência da energia de compactação
Conforme aumenta a energia de compactação, constatamos:
1. Aumenta o peso específico seco máximo
2. O teor de umidade reduz

Massa Esp. Seca
a) Normal (6 kg.cm/cm³)
Estrutura do solo
Umidade PN
Influência da energia de compactação
Conforme aumenta a energia de compactação, constatamos:
1. Aumenta o peso específico seco máximo

c 2. O teor de umidade reduz
Massa Esp. Seca
a) Normal (6 kg.cm/cm³)
b) Intermediário (13 kg.cm/cm³)
c) Modificado (27 kg.cm/cm³)

Estrutura do solo
Umidade PI
Compactação de campo
História Compactação no campo
No Neolítico, com o controle sobre a técnica da pedra lascada, o
homem constrói suas primeiras habitações...
Despertando assim a noção

preliminar da estabilidade das
construções e da resistência dos
materiais sobre os quais estas se
apoiavam
Construções de abrigos de madeira

Na civilização primitiva, os métodos de compactação do solo
empregavam as forças dinâmicas de animais e homens. O movimento dos
pés (ou cascos) é semelhante em alguns aspectos ao movimento de um
tambor de compactação.
Os gregos fizeram o uso do mármore e da
pedra calcária em grandes templos
arquitetônicos, caracterizados pelos grandes
pórticos e colunas.
O Partenon (Atenas)
Em lugares de terrenos fracos, os gregos promoviam a melhoria do solo...
+
SOLO MOLE Compactação
Cinza de carvão Pedregulho

Com os romanos vieram o avanço da civilização e da arte de
construção de estradas. O método romano baseava-se em primeiramente
fazer uma escavação e, na parte inferior do corte era compactada com o
uso de compactadores pesados e uma fundação com camada de pedras
era colocada sobre esta base.
Em 1869, uma inovação da Inglaterra, conhecida como “rolo
compressor”, foi usada em Nova Iorque. Este tipo de rolo liso com rodas
provou ser muito eficaz na construção de rodovias.
O rolo pé-de-carneiro foi patenteado em 1904. O cilindro era
preenchido com areia.
Em 1947, surgiu a roda de trator instalada no compactador que
permitiu velocidades mais altas (13,5 mph).
Tipos de compactadores
Rolo Pé de Carneiro
• São os mais eficientes na compactação de solos argilosos.
• A pressão pode variar entre 1400 kN/m² à 7000 kN/m²

Rolo Liso
• Indicados para solos arenosos.
• Acabamentos de aterros argilosos

Rolo Pneumático
• Também indicados para solos argilosos e arenosos.
• Com pneus de borracha, a pressão pode variar entre 600

kN/m² à 700 kN/m², cobrindo cerca de 80% da área.
• Indicado para aterros de pequeno a médio porte

Fatores que afetam a
Fatores que afetam a Compactação de campo
Processo construtivo
Um dos trabalhos iniciais da compactação é feito na jazida
.
Exploração do solo na jazida

O solo deve ser colocado na umidade ótima através de acréscimos
de água e Homogenização do material.
.
Correção da umidade na Correção da umidade na

jazida praça de trabalho
O solo é colocado no caminhão basculante e transportado até o local
de trabalho
.
O material é espalhado em camadas, com espessura adequada e
compactadas com rolo adequado.
.
Número de passadas do compactador
O grau de compactação aumenta substancialmente nas primeiras
passadas, e as seguintes não contribuem significativamente para essa
elevação.
Geralmente é preferível adotar
gd, .
número de passadas
18
17
gd, max entre 6 e 12!
16
15
Aumentar o peso e/ou diminuir a
14
13 velocidade.
N
0 5 10 15 20 25 Numero de passadas
Controle de compactação
Especificações da compactação
Na maior parte das especificações de campo, a contratada é instruída
a obter um grau de compactação “GC” de 90% à 95%.
𝛾𝑑(𝑐𝑎𝑚𝑝𝑜)
GC(%)= 𝛾 𝑥 100
𝑑(𝑚á𝑥−𝑙𝑎𝑏𝑜𝑟𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜)
Ensaio de campo para determinação do GC
Determinação da massa específica
massa específica aparente, in situ, com o
emprego do frasco de areia.
Exercício 2
Dado um aterro de solo argiloso com o peso específico seco máximo
definido em laboratório (gdmax=19 kN/m³), determine o grau de
compactação a partir do ensaio de frasco de areia:
• Massa específica seca da areia calibrada: 1570 kg/m³

• Massa da areia no cone: 0,545 kg
• Massa do frasco + cone + areia (antes) : 7,59 kg
• Massa do frasco + cone + areia (depois) : 4,78 kg
• Massa do solo retirado do furo: 3,007 kg
• Teor de umidade do solo úmido: 10,2%
BIBLIOGRAFIA
Brajan Das: Capitulo 5
Sousa Pinto: Capitulo 3
Caputo: Capitulo 13

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- Compactação dos Solos

PROF.: ROSIEL FERREIRA LEME

Rolo pé de carneiro Rolo liso

A compactação de um solo é a sua densificação por meio de

Ralph Roscoe Proctor

Ao adicionar mais água ao solo seco, proporciona-se uma

Ao adicionar mais água ao solo seco, proporciona-se uma

Ao adicionar mais água ao solo seco, proporciona-se uma

Teor de umidade ótimo

gd, max A compactação não

ar dos vazios pois o grau

Teor de umidade ótimo

gd, max A compactação não

ar dos vazios pois o grau

Teor de umidade ótimo

gd, max Com a umidade elevada, a

onde existia partículas de

Teor de umidade ótimo

gd, max Ramo Seco Com a umidade elevada, a

onde existia partículas de

Teor de umidade ótimo

onde existia partículas de

Teor de umidade ótimo

gd, max Ramo Úmido Com a umidade elevada, a

onde existia partículas de

Teor de umidade ótimo

Teor de umidade ótimo

Equipamentos para o ensaio de compactação

1) Coloca-se uma camada de solo

2) Compactar com o soquete

1) Coloca-se uma camada de solo

2) Compactar com o soquete

1) Coloca-se uma camada de solo

2) Compactar com o soquete

• 26 golpes por camada • 27 golpes por camada

• Soquete de 2.5 kg • Soquete de 4.5 kg

𝐸 = 59,5 𝑘𝑔. 𝑚/𝑚³ = 6 𝐾𝑔. 𝑐𝑚/𝑐𝑚³

944 1681 10 1,78

944 1681 10 1,78

944 1681 10 1,78 1,62

Massa Esp. Seca (g/cm³)

Pouco utilizado na prática!

Massa Esp. Seca

1. Aumenta o peso específico seco máximo

2. O teor de umidade reduz

1. Aumenta o peso específico seco máximo

b) Intermediário (13 kg.cm/cm³)

c) Modificado (27 kg.cm/cm³)

Despertando assim a noção

Construções de abrigos de madeira

Cinza de carvão Pedregulho

• A pressão pode variar entre 1400 kN/m² à 7000 kN/m²

• Acabamentos de aterros argilosos

• Com pneus de borracha, a pressão pode variar entre 600

• Indicado para aterros de pequeno a médio porte

Exploração do solo na jazida

Correção da umidade na Correção da umidade na

• Massa específica seca da areia calibrada: 1570 kg/m³

Brajan Das: Capitulo 5

Sousa Pinto: Capitulo 3

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