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povos bárbaros
• Geralmente os soldados de infantaria bárbaros não usavam armadura, nem peitilho, nem capacete. Os
nobres dispunham de uma espécie de elmo, e alguns guerreiros possuíam uma cota de malha, fruto de
despojos. O escudo costumava ser de madeira ligeira ou de vime, com uma peça de ferro central que
servia para bater.
• No fabrico de armas estavam muito atrasados em relação aos Romanos, mas equipavam-se despojando
os mortos e os prisioneiros, ou recebendo armas romanas pela sua condição de federados.
• Por outro lado, a cavalaria dos Romanos e dos Hunos dispunha de arqueiros montados sendo
devastadora. Ao invés, os Germanos não utilizavam arcos a cavalo, o que os deixava em grande
inferioridade táctica.
• A infantaria dos Godos e dos Vândalos estava armada com arcos, e os Francos dispunham de uma
infantaria pesada munida de algumas peças defensivas e armadas com espadas e machados de cabeça
dupla.
ROMANOS (infantaria do final do Império, século V – claras influências bárbaras)
GERMANOS (período inicial)
Chefe godo
infante
OSTROGODOS
CHEFE OSTROGODO
Protecção em pele de
carneiro, sem metal
Escudo visigodo
de forma característica
scaramasax
ANGLO-SAXÕES (infantaria)
ESCANDINAVOS (infantaria)
Britania.
LOMBARDOS (cavalaria)
ALANOS (cavalaria)
Os Alanos eram um povo de
origem iraniana, habitante
das estepes, e cujo exército
se baseava na força da
cavalaria.
FRANCOS (origens)
• Apesar da vontade de
imitar a disciplina
romana e de a
manter em combate,
fora dele os
guerreiros francos
eram o oposto, e as
suas discussões,
desordens e motins
eram quase
incessantes.
Iluminura do século XIV representando Childerico I, rei dos Francos Sálios e pai de Clodoveu.
FRANCOS (cronologia)
FRANCOS
• A infantaria dos primeiros tempos tinha sido uma turba que atacava atrás dos cavaleiros, sem
organização nem prestígio. O passar dos anos converteu-a na arma mais importante dos
Francos, sendo um corpo disciplinado, munido de grandes escudos e lanças e com capacidade
para atacar a infantaria e para resistir às cargas da cavalaria. Um texto árabe da época defini-a
como um muro imóvel e frio, impassível face às flechas e azagaias.
• Os reis francos viram na infantaria um corpo militar mais fácil de controlar e mais adequado
para contrabalançar o poder que a nobreza exercia sobre a cavalaria, cujo armamento
compreendia uma lança de dois a três metros de comprimento, uma espada, cota de malha,
esporas, elmo e escudo. Por outro lado, a infantaria costumava usar lança, elmo, escudo e um
machado chamado francisca, que podia ser usado no corpo a corpo ou como arma de
arremesso, em cujo manejo os Francos eram mestres.
MEROVÍNGIOS (infantaria)
OS GUERREIROS PROFISSIONAIS
• O único contingente permanente do estado
merovíngio era o truste ou scare, pequena
guarda pessoal do rei formada por guerreiros
seleccionados e bem armados, chamados
inicialmente antrustiones e mais tarde leudes.
• Os grandes senhores também dispunham de
um grupo de guerreiros que se podiam
chamar satellites, sicarii, pueri, viri, fortes,
amici ou lictores.
• Em geral os guerreiros permanentes
constituíam a scare ou scariti, muito
diferente do exercitus formado pelos
soldados, que os condes convocavam por
mandato do rei.
ARMAMENTO
• O spangenhelm é um
capacete com origem
nos povos das estepes,
mas rapidamente
adoptado, a partir do
século II, por muitos
povos “bárbaros”.
ALAMANOS (infantaria)
para seis.
CAROLÍNGIOS (750-850)
por cuidar.
rei dispunha da sua própria TRUSTE ou SCARE, formada por umas centenas de soldados, 722-804 - Campanhas para subjugar os
saxões
armados à sua própria custa, que constituíam a guarda pessoal e o núcleo do exército.
773 - Conquista do reino lombardo
778 - Derrota de Roncesvales
• Nas regiões do império, Carlos Magno suprimiu o direito merovíngio do FODRUM, ou
789-812 - Campanhas vitoriosas contra
requisição gratuita em terras do reino, e proibiu a pilhagem ao ponto de só se poder os eslavos
exigir dos habitantes dormida, lume e água. A intendência deslocava-se em basternas, 795 - Criação da Marca Hispânica
enormes carromatos cobertos de peles que os tornavam estanques para atravessar os 796 - Leão III coroa Carlos Magno,
rios. O seu grande peso e o seu número convertiam-nos numa enorme e pesada coluna. imperador do Ocidente
814 - Morte de Carlos Magno
814-840 - Luís, o piedoso sobe ao trono
• Pelo contrário, em território inimigo, os guerreiros podiam roubar livremente toda a
843 - Tratado de Verdun: o império é
espécie de animais, joias, armas e roupas. Não recebiam nenhum soldo e tinham de se
repartido entre os filhos
manter à custa da população.
CAROLÍNGIOS (recrutamento)
• O rei apelava às armas através do ban ou bannum, obrigatório para todos os súbditos,
inclusivamente os recém-conquistados. O recrutamento geral ou lantweri era exigido em
caso de invasão inimiga, apenas na região ameaçada, e o seu incumprimento levava à
pena de morte.
• A partir de 806, o recrutamento foi mais preciso, distinguindo entre homens livres, cujas
obrigações eram limitadas, e nobres laicos ou religiosos, assim como vassalos mantidos
pelo rei, todos com contribuições estritas. Nas zonas fronteiriças, exigiam-se corveias ou
trabalhos gratuitos destinados a manter e a construir as fortificações.
• Por vezes, a defesa era confiada à população local, wacta ou warda, e noutros casos a
guerreiros profissionais, que constituíam verdadeiras «colónias» militares ou scarae.