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Resumo
INTRODUÇÃO
Outra contribuição do autor, que tem uma relação direta com ideias que
pretendo desenvolver na minha pesquisa, diz respeito aos Mecanismos De
Conservação Das Estruturas De Poder. Para Bourdieu, o Sistema De Ensino é
um dos principais mecanismos através dos quais as Estruturas De Poder se
perpetuam. Para a sociedade moderna, o sistema de ensino tem uma
influência muito grande na preservação das Estruturas De Poder.
Escritor prolixo, com mais de 30 obras publicadas, tornou-se uma figura pública
de liderança na mobilização global contra o neoliberalismo, enquanto seu
trabalho ganhou influência internacional nas ciências sociais e humanas.
Bourdieu quer demonstrar que uma estrutura só pode ser estruturante porque é
estruturada. Um bom exemplo é a mídia, que procura estruturar a sociedade
conforme sua própria estrutura, ou seja, quando ela transmite uma ideia à
sociedade, está estruturando e na grande maioria das vezes, de acordo com a
ideologia dominante, que consequentemente é a ideologia da classe
dominante.
Essa cultura dominante é tida por naturalizada pelos dominados através do que
Bourdieu chama de habitus.
2.2 HABITUS
Isso é o que determina o gosto individual. Esse “gosto” por algo, como por
exemplo, um quadro, uma música, um livro, é percebido pelo indivíduo como
puramente pessoal, inteiramente subjetivo. No entanto, esse "gosto" é de fato
formado pelo habitus, é adquirido por um indivíduo pertencente a um
determinado campo, sem que este tenha consciência disso.
2.3 CAMPO
Parafraseando Bourdieu, os campos seriam “microcosmos relativamente
autônomos.” (BOURDIEU, 2004: 18)
Com a noção de Campo, Bordieu queria fugir dos dois tipos recorrentes de
explicações: as internalistas, que defendem, por exemplo, que para se
entender um texto ou um livro bastaria lê-los ou que para se enteder um quadro
bastaria conhecer os aspectos expressos na própria arte; e as externalistas,
que afirmam que para se entender uma obra literária ou uma obra de arte faz-
se necessário conhecer os aspectos externos, o meio em que foi produzido, a
classe social do autor e os aspectos econômicos que influenciaram sua
produção.
O conceito de campo surge como um contraponto entre esses dois polos. São
os “campos literário, artístico, jurídico ou científico, isto é, o universo no qual
estão inseridos os agentes e as instituições que produzem, reproduzem ou
difundem a arte, a literatura ou a ciência. Esse universo é um mundo social
como os outros, mas obedece a leis próprias” (BOURDIEU, 2004: 20).
Cada campo impõe um preço de entrada tácito: „Que não entre aqui
quem não for geômetra‟, isto é, que ninguém entre aqui se não estiver
pronto a morrer por um teorema. Se tivesse de resumir por meio de
uma imagem tudo o que acabo de dizer sobre a noção de campo e
sobre a illusio, que é tanto condição quanto produto do
funcionamento do campo, evocaria uma escultura que se encontra na
catedral de Auch, em Gers, sob os assentos do capítulo, e que
representa dois monges lutando pelo bastão de prior. Em um mundo
como o universo religioso, e sobretudo o universo monástico, que é o
lugar por excelência do Ausserweltlich, do supramundano, do
desinteresse no sentido ingênuo do termo, encontramos pessoas que
lutam por um bastão que só tem valor para quem está no jogo, preso
ao jogo. (BOURDIEU, 1996: 141)
O grau de autonomia em um campo está relacionado à sua capacidade de
refratar, em outras palavras, a capacidade do campo retraduzir de forma
específica as pressões ou as demandas externas (BOURDIEU, 2004: 22). E
quando os fatores externos, como econômicos e políticos, transparecem dentro
de um campo, e onde os interesses do campo estão ligados a interesses
externos, é onde o campo é mais dependente.
2.4 CAPITAL
"Design for the Real World", publicado originalmente em 1971 e traduzido para
mais de 24 idiomas, teve um impacto internacional imediato, sendo
considerado, até hoje, o livro best seller de design no mundo. É uma
abordagem que traz consigo o embrião do design social, sendo encarado como
um manifesto:
Para o autor, o Design era uma ferramenta politica que deveria ser usada longe
das grandes corporações e devolvida para as mãos das pessoas. Suas ideias
permanecem atuais meio século após escritas. Trazendo para o debate as
práticas elitistas e excludentes praticadas pelos designers, ele promoveu uma
abertura para outras vertentes do design, preocupadas com o bem estar das
minorias, das comunidades e de toda população menos privilegiada, com
responsabilidade social e ecológica. A partir destas ideias nasceram diversas
vertentes do design voltadas para o social.
O autor diz que nesta era de produção em massa, onde tudo é planejado e
projetado, o design se tornou a mais poderosa ferramenta com a qual o homem
constrói suas próprias ferramentas e seu ambiente, e por extensão constrói a si
mesmo.
CONCLUSÃO
.
REFERÊNCIAS
PAPANEK, Victor. Design for the real world. London: Thames & Hudson ltd,
2019.