Você está na página 1de 19

Épocas anuais

Época da Páscoa
Essa festa nos proporciona
a introspecção, com a
possibilidade de
transformação.
Nesta época, o ritmo vital da Natureza revela esses sinais. A
lagarta surge, faminta, comendo folhas até saciar-se. Depois,
recolhe - se e faz surgir um casulo, iniciando o processo da
metamorfose. De dentro do casulo surge uma leve borboleta.
Esse evento representa, de forma real, as energias que
emergem na época da Páscoa.
De outra forma, esse processo também pode ser vivenciado
pelo ser humano, que, mergulhado no impulso cósmico da
introspecção, as forças anímicas e espirituais parecem
chacoalhar -se, como se estivessem tecendo um casulo, com o
emaranhado de vivências, o que pode dar origem um estado de
"crise". Desta forma, mais uma vez o ser humano surge diante
da possibilidade de um novo nascimento; o manifesto das
forças crísticas, na passagem da morte para a ressurreição.

O evento da Páscoa nos traz dois momentos, o que vemos e o


que é sentido, o que está por traz.
Na Educação Infantil, nos apropriamos do que é mais
simbólico e adequado às faixas etárias das criancas. O ovo,
pintinho, passarinho, coelho nos representam as forças vitais,
etéricas que se manifestam intensamente na época da Páscoa,
bem como, o colorido dos ovos etc. A caça aos ovos nos
representa a busca pelo novo.
A RELIGIOSIDADE, a VENERAÇÃO e GRATIDAO, que
permeiam toda a Educação Waldorf, devem ser enfatizadas
nas vivências do dia a dia com as crianças. Também estão
presentes nas imagens dos contos sugeridos para essa época.
Os segredos da Páscoa não são revelados na Educação Infantil.
São sentidos nas vivências, que são preparadas,
cuidadosamente, respeitando o véu que protege a criança do
mundo real.
O ritmo cósmico nos proporciona a evolução em cada época.
Na época da Páscoa, as oportunidades são intensificadas.
Texto de:
Ana Ligia Machado S.
Assunção Oliveira
Contar histórias é uma forma
antiga de transmitir
conhecimentos, valores,
ampliando o mundo de fantasia
da criança e fortalecendo sua
memoria.

As histórias e contos são de extrema


importância para as vivências na
infância. São ferramentas que podem
abrir vários caminhos para a imaginação
e a criatividade das crianças. Uma
história ou conto proporciona produções
de imagens através das palavras,
exercendo influencia sobre as crianças
nas assimilação das mensagens, pois
vivem em um mundo em que as imagens
exercem uma influência para elas.
“A alma do ser humano tem uma
necessidade inesgotável de que a
substância contida nos contos de fada
flua em suas veias, da mesma maneira
que o corpo precisa de substâncias
nutritivas fluindo dentro de si” (Rudolf
Steiner)
Pensando nas imagens condizentes com a época, apresentamos
algumas sugestões de contos:
Conto:
Marianka e
sua Galinha
Era ainda muito cedo. O galo grande, de penas
verdes, foi o primeiro a cantar:
- Co-co-ro-ró!
Depois, um pardalzinho pipilou. O cavalo na
cocheira, bateu com as patas no chão. a velha
vaquinha começou a comer. Um novo dia surgia! E
era, justamente, véspera da Páscoa!
Marianka levantou-se para dar de comer às
galinhas. Vestiu-se, colocou o pequeno lenço
vermelho na cabeça e, pé ante pé, desceu as
escadas e foi para a cozinha. Encheu uma tigela
com a mistura das aves e colocou no bolso uma
linda ameixa azul, uma pimenta verde brilhante,
uma folha de couve verde claro, uma beterraba
encarnada, um punhado de arroz branquinho e
toda a casca de uma maçã vermelha. Depois, saiu,
passou pela cocheira e foi dar de comer às aves, no
lugar costumeiro.
—- Pri-i-i-il –-Era assim que Marianka chamava
as galinhas e, à medida que elas apareciam,
jogava-lhes a mistura.--Pri-i-i-i! Venham!
Em pouco tempo, todas elas estavam em volta da
menina: a galinha ruiva que punha ovos pequenos
e escuros; a galinha branca que punha, também,
ovos pequenos, mas claros como o algodão, e a
grande Carijó que punha ovos grandes e pintados.
Como eram lindos seus ovos!
Naquele dia, Marianka queria que a Carijó
pusesse o ovo mais bonito do mundo, porque no
dia seguinte era domingo de Páscoa e a menina
desejava fazer uma surpresa à sua irmãzinha,
Baduska.
Por isso, deu toda a casca da maçã vermelha para a Carijó
comer.
—- Có-có! —- cacarejou a Carijó, engolindo-a.
Marianka, depois, deu-lhe a linda ameixa azul. Deu-lhe a
pimenta verde brilhante e, logo depois, a folha de couve
verde claro. A Carijó, em seguida, bicou a beterraba
encarnada até a última migalha. E, por fim, a menina
espalhou no chão, o arroz branquinho para que a galinha o
comesse.
—Có-có! —- cacarejava a Carijó a todo
momento.
Marianka esperava que a Carijó pusesse um ovo com
pintas coloridas. Seria um ovo pintado de vermelho, azul,
verde brilhante, verde claro, encarnado e branco. Durante
toda a manhã a menina esperou pelo ovo. No entanto, a
Carijó não pôs essa espécie de ovo. Na verdade, naquela
manhã, ela não pôs ovo algum.
Marianka esperou a tarde toda. Esperou até a hora da ceia.
Afinal ela não pôde esperar mais. Apanhou os ovos escuros
e os claros que as outras galinhas tinham posto e correu à
cozinha a fim de entregá-los à sua mamãe.
—"Maminka", disse a menina, entregando-lhe seis ovinhos,
- aqui estão alguns ovos para a senhora.
—"Muito obrigada, queridinha" disse a mamãe. Vou fazer
um gostoso bolo de Páscoa.
A mamãe, então, amarrou o avental na cintura, quebrou
os ovos dentro de uma tigela grande e começou a preparar
o bolo.
—"Maminka"!
—"Sim, que quer agora?" perguntou a mamãe.
—"Sabe o que a Carijó comeu esta
manhã?" — E, contando nos dedos, Marianka continuou:
—- "Uma linda ameixa azul, uma pimenta verde brilhante,
uma folha de couve verde claro, uma beterraba encarnada,
um punhado de arroz branquinho e toda a casca de uma
maçã vermelha.
Depois de ter comido tudo isso, a senhora não acha que a
Carijó podia ter posto o ovo mais bonito do mundo?"
—"Certamente que acho!" riu a mãe, continuando a bater
os ovos.
—"Ele seria o meu presente de Páscoa para Baduska",
murmurou Marianka tristemente.
—"Queridinha", disse a mamãe, dando-lhe uma palmadinha no
rosto. "vá dormir! Talvez a
manhã a Carijó ponha esse ovo que você tanto deseja oferecer à
Baduska."
Marianka obedeceu, prontamente, à mamãe.
Na manhã seguinte, o galo grande, e penas verdes, cantou: — Có-
có-ró-có! Logo, Marianka se levantou para dar de comer às
galinhas. Vestiu-se, colocou o pequeno lenço vermelho na cabeça,
desceu as escadas e foi para a cozinha.
Encontrou a mamãe, junto do fogão, com as faces coradas
terminando o bolo de Páscoa.
—"Maminka"! gritou a menina, pulando e
batendo palmas.
Marianka nunca tinha visto coisa mais
bonita! Em cima do fogão voavam seis pequenos pássaros, três
claros e três escuros. Eles tinham sido feitos com as cascas dos
ovos. As cabeças, as asas e os rabos de papel amarelo.
—"Psiu!", fez a mamãe. - "São para
Baduska."
—"Que bom, Maminka!" sussurrou a menina.
Marianka estava tão feliz que encheu a tigela até as bordas com a
mistura das aves. Estava tão contente que passou pela cocheira,
dançando, só para dar de comer às galinhas, no lugar costumeiro.
—"Pri-i-i-il Venham! Hoje é domingo de Páscoa!" disse Marianka,
muito satisfeita, enquanto jogava a mistura para as galinhas. —
Pri-i-i-i!
Apareceram, logo, a galinha ruiva, a galinha branca, e o galo
grande, de penas verdes. E a Carijó? Onde estaria? Marianka
correu ao galinheiro e abriu a porta. Lá estava Carijó, sentada no
ninho.
—-"Carijó!", disse a menina. - "Você pôs um ovo como eu queria?"
—-"Có-có! Có-có!" cacarejou a Carijó, levantando-se do ninho.
—-"Oh! Oh!" exclamou a menina.
Que coisa assombrosa! No ninho da Carijó estava um lindo ovo!
Ele era pintado de vermelho, azul, verde brilhante, verde claro,
branco e, também, estava cheio de pequenas listras e flores
delicadas, formando uma linda guirnalda. Era, realmente, o ovo
mais bonito do mundo!
—"Obrigada, minha Carijó", disse Marianka, abraçando-a.
— Posso oferecê-lo à Baduska?
—"Có-có! Có-có!" cacarejou a galinha, parecendo dizer: "Pois não,
pois não..."
Conto:

Pedro, o Coelhinho
Irmã Wilde
Pedro, o Coelhinho
Irma Wilde
Pedro, o coelhinho, um dia saiu de sua cama com o pé
esquerdo. Estava realmente de mau humor,
desobediente, teimoso, manhoso. Não quis lavar seu
rosto nem suas longas orelhas sedosas, e fez cara feia
quando sua mãe lhe serviu um prato cheio de alface e
cenouras, coisa que ele normalmente gostava muito de
comer. Empurrou seu prato que caiu no chão e se
quebrou. Isto foi demais para a paciência de sua mãe:
- Está bem, Pedro - disse ela.
- Você pode sair e ver se consegue coisa melhor. E só
volte quando tiver aprendido a ser bonzinho e
obediente.
Pedro achou ótimo e saiu saltitando. Pensou onde
poderia ir tomar seu café da manhã. Lembrou-se então
do cachorrinho que morava na fazenda, e aos pulos, foi
até lá.
- Bom dia, cachorrinho - disse Pedro. -
- Queria saber se você tem algo de comer para um amigo
faminto.
-Ah, você chegou na hora certa, acabei de desenterrar
um osso - disse o cachorrinho. - Quer roer um pouco?
- Não, obrigado - disse Pedro. - Não gosto muito de ossos
velhos.
E rapidinho saiu pulando. Então encontrou-se com o
bezerro.
- Muh, muh -- chamou o bezerro. - Acabei de tomar o
meu leite, mas posso dar-lhe algo desse belo feno.
- Não, obrigado - disse Pedro - o feno me dá cócegas no
nariz.
Que tal um pouquinho de aveia, Pedro? - perguntou o
potrinho.
-Não, obrigado querido potrinho, acho a aveia muito
seca.
Béh, béh, fez a ovelhinha... Essas florzinhas estão
deliciosas, muito docinhas. Sirva-se!
-Não, obrigado, não como flores. Não gosto de flores
disse Pedro.
Pedro então pulou até o laguinho e perguntou aos
patinhos se não teriam algo de comer para ele.
- Quá, quá - disseram os patinhos. - Pule na água, aqui
há suficiente para todos.
-Ih, não - disse Pedro. - Eu não sei nadar e não gosto de
mingau de pato.
Que fome! - pensou Pedro. - Que devo fazer?
Talvez seja melhor ir para a floresta, talvez possa comer
algo lá.
Um passarinho desceu voando de seu ninho.
-Posso tomar café da manhã com você? - perguntou
Pedro.
O passarinho tirou uma longa minhoca da terra.
Por favor, sirva-se! Dividirei tudo com você com muito
prazer - disse gentilmente o passarinho.
Pedro se sacudiu: - Mas eu não como minhocas!
Chegou um veadinho e disse: - Eu acho melhor é você ir
para casa e pedir à sua mãe que lhe dê algo de comer,
pois ela sabe do que você gosta!
- Isto é realmente uma boa idéia - disse Pedro e foi-se
embora saltitando. - Estou com uma fome de alface e
cenoura!
Pula, pula, pula e já estava em casa. Sua mãe abriu a
porta:
-Eh! meu pequeno Pedrinho - disse ela - achou algo para
comer ?
- Não, mamãe - respondeu Pedro. - E agora eu sei que
um grande prato de alface e cenouras é a melhor
refeição para um pequeno coelhinho faminto.
Conto de presente
para os pais: (não recomendado
para crianças com
menos de 7 anos)

A bola dourada
Hella Krause Zimmer
Era uma vez um lindo jardim, que pertencia a um palácio,
onde brincavam muitos príncipes e princesas. O jardim era
cercado por um pequeno bosque, de modo que ninguém
podia olhar lá dentro.
Além disso havia lá uma cerca muito alta, que impedia a
entrada de qualquer pessoa que quisesse entrar.
Mesmo assim, sempre havia muitas crianças das aldeias na
cerca, tentando vislumbrar o brilho do jardim oculto, através
das árvores.
Um dia aconteceu algo maravilhoso! Num caminho estreito
entre as árvores surgiu um pequeno menino, vestido de seda
azul celeste, com longos cabelos cacheados, carregando uma
brilhante bola dourada nas mãos. Diante dele abriu-se um
portão na cerca, que sempre estivera fechada, e ele saiu.
As crianças das aldeias permaneceram em volta dele,
boquiabertas. Então o menino levantou a bola e jogou-a
morro abaixo, pois o jardim ficava no topo de um morro.
Quando as crianças se recuperaram do seu assombro,
começaram a perseguir como loucas a bola dourada,
correndo morro abaixo. Somente um pequeno menino ficou
parado ali, sem tirar os olhos daquele adorável príncipe e
sem importar-se em nada com a bola dourada. O pequeno
príncipe, então, estendeu a mão para ele, e disse: Venha!
O portão na cerca fechou-se atrás deles e de mãos foram
caminhando pelo bosque. O menino de seda azul mostrou ao
menino da aldeia todos os seus lugares prediletos: um
banquinho de musgo perto de uma fonte, um pequeno
caramanchão sob as árvores. Depois chegaram num campo
grande, iluminado pelo sol, no qual mais cinco príncipes
brincavam alegres.
Quando viram os dois chegando, correram ao seu encontro
e levaram o menino surpreso para um pequeno trono,
montado no gramado. "Você será o nosso reil!", exclamaram.
"Eu?" disse o menino surpreso.
"Sim, você. Somos seis príncipes e não sabíamos a quem
eleger para ser o nosso rei; então decidimos jogar a bola
dourada no mundo, e quem não a seguisse seria o nosso rei."
E levaram-no a um trono e colocaram uma coroa na sua
cabeça.
Com a coroa na cabeça, ele pode ver o que estava
acontecendo no mundo.
E ele viu, então, os homens correndo atrás da bola dourada.
Mal alguém tinha a bola na mão por um momento, outro já a
arrancava dele. Ninguém ficava feliz com a bola, todos
tornaram-se infelizes, desde que ela rolava entre os homens.
Quanto mais o menino via isso, mais triste ficava. "Os homens
não sabem brincar com a bola dourada", disse. E depois de uns
momentos ele adicionou: "Quero voltar ao mundo; talvez eu
possa ajudar-lhes."
Mas os príncipes advertiram-no: "Se você for ao mundo, terá
que tirar a coroa e descer para lá, pobre e desconhecido do
mesmo modo que subiu aqui. Se você contar aos homens que
é um rei, eles irão rir e caçoar de você."
"Eu quero ir assim mesmo", disse o menino e se pôs a
caminho. O portão fechou-se atrás dele e ele caminhou morro
abaixo para o mundo. Ao se despedir, os seis príncipes ainda
lhe disseram:
"Nunca esqueça que será
sempre o nosso rei e poderá voltar a qualquer hora.
Esperaremos por você."
Quando o menino chegou no mundo dos homens, viu que
ainda corriam atrás da bola dourada e a arrancavam uns aos
outros, não soube como ajudar-lhes. Não davam atenção ao
que lhes dizia e só tentavam tira-lo do caminho. Sentou-se
triste numa pedra na beira do caminho e observou a correria
dos homens no vale atrás da bola dourada.
Ele pensou e pensou, mas não conseguiu achar uma solução.
Então viu como a bola, de repente, adquiria duas pequenas
asas, tão douradas quanto ela mesma, e depois elevou-se de
entre os homens e voou em direção do jardim.
A terra então, escureceu, e os homens que ainda não tinham
compreendido o que se havia passado, continuaram a brigar
na escuridão.
Perseguiam-se e como tinham agido assim por tanto tempo,
chegaram a acreditar que isso fazia parte da vida. Esqueceram
completamente a época em que tinham estado lado a lado, de
comum acordo, na cerca de um belo jardim celestial,
esperando que acontecesse um milagre.
Quando o menino percebeu o que acontecera, pos-se a
caminho e voltou ao jardim. No portão os seis príncipes foram
ao seu encontro e o saudaram. Ele perguntou: "A bola dourada
voltou para o jardim?"
"Sim", disseram os príncipes. "O rei no palácio chamou-a. Ele
disse que não adianta dar presentes aos homens, eles não
sabem lidar com eles. Meus príncipes brincam com a bola
dourada desde tempos imemoriais, mas os homens se matam
por causa dela."
"Mas o que podemos fazer?" perguntou o menino.
"Teremos que esperar até que os homens voltem a lembrar-se
de nós, responderam os príncipes. "Quando eles, como você,
quiserem tornar-se nossos companheiros, então
reencontrarão também a bola dourada. Entre, então."
O menino foi brincar com os príncipes e sentou-se
novamente no trono. Puseram-lhe também a coroa na cabeça
e ele viu o que acontecia no mundo.
Não demorou muito para que os homens lhe causassem tanta
pena na sua desgraça e escuridão, que quis novamente descer
para lá. "Vocês agora precisam dar-me a coroa", disse ele aos
príncipes,
"porque ficou escuro no mundo. Se eu não tiver nada que
irradie luz, os homens não me verão e serei pisado."
"Leve uma pedra da coroa, se o rei deixar."
O menino, então, foi falar com o rei no palácio. O rei disse: "O
que você prefere: que eu deposite o grande rubi da coroa no
seu coração, quando você for ao mundo, ou que eu oculte os
diamantes atrás da sua testa como o cintilante mecanismo de
um relógio, para que os homens o admirem?"
O menino pensou longamente, depois disse:
"Senhor, eu quero ajudar os homens. Eu não vou ao mundo
para que admirem diamantes preciosos em mim ou queiram
tomar o meu coração, por parecer-lhes valioso. Dê-me o que
considera bom para os homens, pois quero ir a eles como teu
servo."
O rei então sorriu, afagou o seu cabelo e colocou a coroa
inteira na sua cabeça e despediu-o para que pudesse descer
para o mundo dos homens.
Trabalho Manuais para fazer junto com os
filhos:
Pintar cascas de ovos furados:
1. Prepare a casquinha
O primeiro cuidado é saber se o ovo está bom e preparar as casquinhas.
Você precisará pegar o ovo e lavá-lo delicadamente para remover qualquer resíduo
da superfície. Com tudo pronto, siga as etapas abaixo:
Com a ajuda de um objeto pontiagudo, faça um pequeno furo em cada ponta do
ovo;
No lado da base do ovo, lasque a casca com um objeto de ponta ou utilizando os
dedos;
Depois, introduza, com o máximo de cuidado, o objeto ou o dedo no furinho, e
comece a recortar o local. Você deverá cortar um círculo pequeno, para que a
clara e a gema saiam rapidamente. Um truque bacana é assoprar o outro furinho
para que o conteúdo seja expelido com mais rapidez;
Assim que a gema e a clara forem retiradas, lave novamente o local. Não se
esqueça de aproveitar o conteúdo dos ovos para preparar uma receita.

Prontinho, o ovo já pode ser decorado, só usar a


imaginação e aplicar diversos materiais, como
tinta e cola. Pra colorir os ovos, podemos molhar
papeis de cedas picados em diferentes cores,
aplicar sobre a casca dos ovos e esperar secar ate o
dia seguinte para remover os papeis. O ovos
podem ser recheados com chocolate derretido ou
com sementes de castanha, uva passas e entre
outro. Com os ovos prontos, podem fazer uma
caça aos ovos, escondendo os ovos e propondo a
criança a procura-los
Ovinhos de Feltro

Feltro nas cores desejadas


Fitas/ Cordão
Aplique no tema páscoa
Fibra para enchimento
Linha de bordar
Agulha de ponta fina
Alfinetes
Molde
1. Seguindo o molde, corte dois
ovos no feltro.

2. Faça a união das duas


camadas de feltro com o ponto
caseado. Deixe uma abertura
para o enchimento e para
colocar um cordão ou fita.
4. Depois de encher, insira o
cordão/fita e posicione com o
alfinete.
Plantio:
Plantar uma sementinha nesta época
com às crianças é uma ótima vivência a
ser desenvolvida. Observar o
crescimento de uma plantinha é uma
forma de analisarmos a vida de um jeito
muito especial, além de estabelecermos
uma atitude de respeito e amor pela
natureza. Isso é um exemplo de grande
importância na vida das crianças e deve
ser praticado sempre.
Para plantar suas sementinhas você vai
precisar de:
Um canteiro ou um vasinho de 20 a
25 cm de altura com furos embaixo;
Pedrinhas, areia e um pouco de
adubo;
Utensílios de jardinagem.
Sementes (de sua escolha)
No vasinho coloque uma camada
pequena de pedrinhas, depois misture a
areia com o adubo e coloque a terra até
preencher todo o vasinho deixando um
espaço de dois dedos na borda. Regue
um pouco a terra, abra uma covinha e
coloque gentilmente as sementinhas e
cubra com a terra.
Pão de pascoa
Ingredientes:
1kg de farinha de trigo
2 colheres (sopa) de fermento instantâneo para pão
50 g de açúcar
170 g de manteiga amolecida (temperatura ambiente)
6 ovos
1/4 litro (250ml) de leite morno
350 g de passas umedecidas
200 g frutas cristalizadas picadas
200 g amêndoas picadas
1 colher (café) de canela em pó
1 pitada de noz-moscada
1 ovo para pincelar
Modo de preparo:
1. Coloque a farinha, o açúcar, os ovos, a manteiga, as uvas passas, as
frutas cristalizadas e as amêndoas, além das especiarias em uma tigela.
Misture o fermento rapidamente no leite morno e junte ao restante dos
ingredientes.
2. Misture vigorosamente até que a massa se solte da tigela por no mínimo
30 minutos
3. Coloque a massa em uma superfície polvilhada com farinha e sove até
ficar homogênea.
4. Em seguida coloque-a em uma tigela pré-aquecida, cubra com um pano
úmido e deixe em um lugar quente até que dobre de tamanho (mais ou
menos uma hora).
5. Solve novamente a massa para formar dois pães, coloque em um prato,
cubra com um pano úmido e deixe descansar por mais 1h30min.
6. Preaqueça o forno a 175°C.
7. Depois de pincelar os pães com ovo e fazer cortes transversais, coloque
no forno. Se quiser, polvilhe com amêndoas. Asse os pães durante 60
minutos.
Exposição do Ritmo e vivencias da sala:
Conto contado em sala

A páscoa na
floresta
Ana Lígia e Carla Nilana

Em uma floresta, próxima a uma aldeia, viviam


Chiquinha, a galinha tagarela ,que sempre estava
ocupada cacarejando sobre tudo; o Zezinho, um
passarinho cantor, que alegrava a todos com suas
melodias; Bela, a borboleta colorida que dançava
graciosamente entre as flores e Zilá, a coruja
sábia que observava silenciosamente tudo ao seu
redor.
Certo dia, enquanto Lira, a lebre travessa,
saltitava pela clareira, encontrou seus amigos
reunidos sob uma árvore.
Aproximando-se Lira perguntou:
-Ei pessoal! O que estão fazendo?
A galinha chiquinha logo respondeu:
-Estamos nos preparando para a Páscoa
E Lira muito curiosa perguntou:
Mas, o que você vai fazer?
A galinha respondeu:
-Vou colher algumas palhas para preparar um
ninho para pôr meus ovos.
E Lira olhou para Zezinho o passarinho e
perguntou:
-E você caro amigo, o que planejas para essa tão
falada e especial Páscoa?
Zezinho respondeu:
-Eu também vou colher alguns Ramos e ervas
para fazer meu ninho, mas vou fazê-lo em uma
árvore bem alta!
Lira olhou para a Bela a borboleta e antes de
perguntar o que faria não conseguiu não reparar
no quão linda era suas cores:
-E você Bela a borboleta, tão graciosa e bela, o
que irá fazer?
Bela respondeu:

Vou voar para longe, sem medo e quando eu ver


o jardim mais bonito, vou pousar e aproveitar
suas flores.

Lira então, perguntou para a Zila, a coruja, sua


última amiga que estava por perto e disse:
-Dona Zilar, aposto que você vai fazer algo
maravilhoso na Páscoa!
E Zilar muita sábia respondeu:
-Com certeza meu amigo, primeiro eu vou
colher muitos ingredientes para fazer um
enorme pão, depois de pronto, ainda quentinho
vou chamar todos os meus amigos e minha
família para compartilhar o pão com todos!

Lira, depois de tudo que ouviu de seus amigos, foi embora saltitando muito feliz
e motivada para sua toca, já sabendo o que iria fazer. Chegando na sua toca,
Lira preparou muitos ovos de todas as cores, alguns vermelhos com bolinhas,
outros azuis da cor do céu com listras prateadas. Depois do longo trabalho, Lira
foi até a aldeia próxima a floresta e deu para cada criança e família seu ovinho
que preparou com tanto amor. Lira vendo o sorriso e a felicidade das crianças e
de suas famílias entendeu o verdadeiro sentido da Páscoa.
Roda Rítmica da época feita em sala:
“ De manhã o sol levanta
Acorda o lindo girassol
A violeta ainda está sonhando
Mas logo chega um raio de sol.
)música)
Acorda, acorda, linda florzinha,
O dia já raiou, o galo já cantou,
E todas as flores enfeitam o campo de cores.

O beija-flor numa plantinha pousou


Mas logo se assustou!
Pois uma lagarta peluda e gordinha
Subia na plantinha com mil perninhas.
Comeu uma folha, duas, três,
Comeu tão depressa, nem pausa ela fez.
(música)
Lagarta arrasta-se no chão
Comendo folhinhas de montão
Come, come e não pára não.
Mas um dia a lagarta parou
Pois com muito sono ficou.
Num galho alto ela se segurou
E num casulo se enrolou.
O sono era tão profundo
Que para ela acabou-se o mundo.
Parecia até que a lagarta morreu
Pois nenhum sinal de vida mais deu.
Passou-se o tempo e um belo dia
A lagarta tão leve se sentia.
É que um grande milagre aconteceu.
Uma linda borboleta da lagarta nasceu!
(música)
Borboleta azul
Voa pelos campos
Campos multicores, cheio de flores
Observação: Não é recomendado que
Voa pelos ares, no azul do seu as historia e ritmos feitos em sala
Brinca com o vento, voa ao leo” sejam reproduzidos em casa, estando
aqui de forma expositiva.
O momento em família
de pais e filhos é um
momento sagrado que
deve ser cultivado há
cada época do ano! Feliz
Páscoa !!
Equipe Jardim Samauma

Você também pode gostar