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Época da Páscoa
Essa festa nos proporciona
a introspecção, com a
possibilidade de
transformação.
Nesta época, o ritmo vital da Natureza revela esses sinais. A
lagarta surge, faminta, comendo folhas até saciar-se. Depois,
recolhe - se e faz surgir um casulo, iniciando o processo da
metamorfose. De dentro do casulo surge uma leve borboleta.
Esse evento representa, de forma real, as energias que
emergem na época da Páscoa.
De outra forma, esse processo também pode ser vivenciado
pelo ser humano, que, mergulhado no impulso cósmico da
introspecção, as forças anímicas e espirituais parecem
chacoalhar -se, como se estivessem tecendo um casulo, com o
emaranhado de vivências, o que pode dar origem um estado de
"crise". Desta forma, mais uma vez o ser humano surge diante
da possibilidade de um novo nascimento; o manifesto das
forças crísticas, na passagem da morte para a ressurreição.
Pedro, o Coelhinho
Irmã Wilde
Pedro, o Coelhinho
Irma Wilde
Pedro, o coelhinho, um dia saiu de sua cama com o pé
esquerdo. Estava realmente de mau humor,
desobediente, teimoso, manhoso. Não quis lavar seu
rosto nem suas longas orelhas sedosas, e fez cara feia
quando sua mãe lhe serviu um prato cheio de alface e
cenouras, coisa que ele normalmente gostava muito de
comer. Empurrou seu prato que caiu no chão e se
quebrou. Isto foi demais para a paciência de sua mãe:
- Está bem, Pedro - disse ela.
- Você pode sair e ver se consegue coisa melhor. E só
volte quando tiver aprendido a ser bonzinho e
obediente.
Pedro achou ótimo e saiu saltitando. Pensou onde
poderia ir tomar seu café da manhã. Lembrou-se então
do cachorrinho que morava na fazenda, e aos pulos, foi
até lá.
- Bom dia, cachorrinho - disse Pedro. -
- Queria saber se você tem algo de comer para um amigo
faminto.
-Ah, você chegou na hora certa, acabei de desenterrar
um osso - disse o cachorrinho. - Quer roer um pouco?
- Não, obrigado - disse Pedro. - Não gosto muito de ossos
velhos.
E rapidinho saiu pulando. Então encontrou-se com o
bezerro.
- Muh, muh -- chamou o bezerro. - Acabei de tomar o
meu leite, mas posso dar-lhe algo desse belo feno.
- Não, obrigado - disse Pedro - o feno me dá cócegas no
nariz.
Que tal um pouquinho de aveia, Pedro? - perguntou o
potrinho.
-Não, obrigado querido potrinho, acho a aveia muito
seca.
Béh, béh, fez a ovelhinha... Essas florzinhas estão
deliciosas, muito docinhas. Sirva-se!
-Não, obrigado, não como flores. Não gosto de flores
disse Pedro.
Pedro então pulou até o laguinho e perguntou aos
patinhos se não teriam algo de comer para ele.
- Quá, quá - disseram os patinhos. - Pule na água, aqui
há suficiente para todos.
-Ih, não - disse Pedro. - Eu não sei nadar e não gosto de
mingau de pato.
Que fome! - pensou Pedro. - Que devo fazer?
Talvez seja melhor ir para a floresta, talvez possa comer
algo lá.
Um passarinho desceu voando de seu ninho.
-Posso tomar café da manhã com você? - perguntou
Pedro.
O passarinho tirou uma longa minhoca da terra.
Por favor, sirva-se! Dividirei tudo com você com muito
prazer - disse gentilmente o passarinho.
Pedro se sacudiu: - Mas eu não como minhocas!
Chegou um veadinho e disse: - Eu acho melhor é você ir
para casa e pedir à sua mãe que lhe dê algo de comer,
pois ela sabe do que você gosta!
- Isto é realmente uma boa idéia - disse Pedro e foi-se
embora saltitando. - Estou com uma fome de alface e
cenoura!
Pula, pula, pula e já estava em casa. Sua mãe abriu a
porta:
-Eh! meu pequeno Pedrinho - disse ela - achou algo para
comer ?
- Não, mamãe - respondeu Pedro. - E agora eu sei que
um grande prato de alface e cenouras é a melhor
refeição para um pequeno coelhinho faminto.
Conto de presente
para os pais: (não recomendado
para crianças com
menos de 7 anos)
A bola dourada
Hella Krause Zimmer
Era uma vez um lindo jardim, que pertencia a um palácio,
onde brincavam muitos príncipes e princesas. O jardim era
cercado por um pequeno bosque, de modo que ninguém
podia olhar lá dentro.
Além disso havia lá uma cerca muito alta, que impedia a
entrada de qualquer pessoa que quisesse entrar.
Mesmo assim, sempre havia muitas crianças das aldeias na
cerca, tentando vislumbrar o brilho do jardim oculto, através
das árvores.
Um dia aconteceu algo maravilhoso! Num caminho estreito
entre as árvores surgiu um pequeno menino, vestido de seda
azul celeste, com longos cabelos cacheados, carregando uma
brilhante bola dourada nas mãos. Diante dele abriu-se um
portão na cerca, que sempre estivera fechada, e ele saiu.
As crianças das aldeias permaneceram em volta dele,
boquiabertas. Então o menino levantou a bola e jogou-a
morro abaixo, pois o jardim ficava no topo de um morro.
Quando as crianças se recuperaram do seu assombro,
começaram a perseguir como loucas a bola dourada,
correndo morro abaixo. Somente um pequeno menino ficou
parado ali, sem tirar os olhos daquele adorável príncipe e
sem importar-se em nada com a bola dourada. O pequeno
príncipe, então, estendeu a mão para ele, e disse: Venha!
O portão na cerca fechou-se atrás deles e de mãos foram
caminhando pelo bosque. O menino de seda azul mostrou ao
menino da aldeia todos os seus lugares prediletos: um
banquinho de musgo perto de uma fonte, um pequeno
caramanchão sob as árvores. Depois chegaram num campo
grande, iluminado pelo sol, no qual mais cinco príncipes
brincavam alegres.
Quando viram os dois chegando, correram ao seu encontro
e levaram o menino surpreso para um pequeno trono,
montado no gramado. "Você será o nosso reil!", exclamaram.
"Eu?" disse o menino surpreso.
"Sim, você. Somos seis príncipes e não sabíamos a quem
eleger para ser o nosso rei; então decidimos jogar a bola
dourada no mundo, e quem não a seguisse seria o nosso rei."
E levaram-no a um trono e colocaram uma coroa na sua
cabeça.
Com a coroa na cabeça, ele pode ver o que estava
acontecendo no mundo.
E ele viu, então, os homens correndo atrás da bola dourada.
Mal alguém tinha a bola na mão por um momento, outro já a
arrancava dele. Ninguém ficava feliz com a bola, todos
tornaram-se infelizes, desde que ela rolava entre os homens.
Quanto mais o menino via isso, mais triste ficava. "Os homens
não sabem brincar com a bola dourada", disse. E depois de uns
momentos ele adicionou: "Quero voltar ao mundo; talvez eu
possa ajudar-lhes."
Mas os príncipes advertiram-no: "Se você for ao mundo, terá
que tirar a coroa e descer para lá, pobre e desconhecido do
mesmo modo que subiu aqui. Se você contar aos homens que
é um rei, eles irão rir e caçoar de você."
"Eu quero ir assim mesmo", disse o menino e se pôs a
caminho. O portão fechou-se atrás dele e ele caminhou morro
abaixo para o mundo. Ao se despedir, os seis príncipes ainda
lhe disseram:
"Nunca esqueça que será
sempre o nosso rei e poderá voltar a qualquer hora.
Esperaremos por você."
Quando o menino chegou no mundo dos homens, viu que
ainda corriam atrás da bola dourada e a arrancavam uns aos
outros, não soube como ajudar-lhes. Não davam atenção ao
que lhes dizia e só tentavam tira-lo do caminho. Sentou-se
triste numa pedra na beira do caminho e observou a correria
dos homens no vale atrás da bola dourada.
Ele pensou e pensou, mas não conseguiu achar uma solução.
Então viu como a bola, de repente, adquiria duas pequenas
asas, tão douradas quanto ela mesma, e depois elevou-se de
entre os homens e voou em direção do jardim.
A terra então, escureceu, e os homens que ainda não tinham
compreendido o que se havia passado, continuaram a brigar
na escuridão.
Perseguiam-se e como tinham agido assim por tanto tempo,
chegaram a acreditar que isso fazia parte da vida. Esqueceram
completamente a época em que tinham estado lado a lado, de
comum acordo, na cerca de um belo jardim celestial,
esperando que acontecesse um milagre.
Quando o menino percebeu o que acontecera, pos-se a
caminho e voltou ao jardim. No portão os seis príncipes foram
ao seu encontro e o saudaram. Ele perguntou: "A bola dourada
voltou para o jardim?"
"Sim", disseram os príncipes. "O rei no palácio chamou-a. Ele
disse que não adianta dar presentes aos homens, eles não
sabem lidar com eles. Meus príncipes brincam com a bola
dourada desde tempos imemoriais, mas os homens se matam
por causa dela."
"Mas o que podemos fazer?" perguntou o menino.
"Teremos que esperar até que os homens voltem a lembrar-se
de nós, responderam os príncipes. "Quando eles, como você,
quiserem tornar-se nossos companheiros, então
reencontrarão também a bola dourada. Entre, então."
O menino foi brincar com os príncipes e sentou-se
novamente no trono. Puseram-lhe também a coroa na cabeça
e ele viu o que acontecia no mundo.
Não demorou muito para que os homens lhe causassem tanta
pena na sua desgraça e escuridão, que quis novamente descer
para lá. "Vocês agora precisam dar-me a coroa", disse ele aos
príncipes,
"porque ficou escuro no mundo. Se eu não tiver nada que
irradie luz, os homens não me verão e serei pisado."
"Leve uma pedra da coroa, se o rei deixar."
O menino, então, foi falar com o rei no palácio. O rei disse: "O
que você prefere: que eu deposite o grande rubi da coroa no
seu coração, quando você for ao mundo, ou que eu oculte os
diamantes atrás da sua testa como o cintilante mecanismo de
um relógio, para que os homens o admirem?"
O menino pensou longamente, depois disse:
"Senhor, eu quero ajudar os homens. Eu não vou ao mundo
para que admirem diamantes preciosos em mim ou queiram
tomar o meu coração, por parecer-lhes valioso. Dê-me o que
considera bom para os homens, pois quero ir a eles como teu
servo."
O rei então sorriu, afagou o seu cabelo e colocou a coroa
inteira na sua cabeça e despediu-o para que pudesse descer
para o mundo dos homens.
Trabalho Manuais para fazer junto com os
filhos:
Pintar cascas de ovos furados:
1. Prepare a casquinha
O primeiro cuidado é saber se o ovo está bom e preparar as casquinhas.
Você precisará pegar o ovo e lavá-lo delicadamente para remover qualquer resíduo
da superfície. Com tudo pronto, siga as etapas abaixo:
Com a ajuda de um objeto pontiagudo, faça um pequeno furo em cada ponta do
ovo;
No lado da base do ovo, lasque a casca com um objeto de ponta ou utilizando os
dedos;
Depois, introduza, com o máximo de cuidado, o objeto ou o dedo no furinho, e
comece a recortar o local. Você deverá cortar um círculo pequeno, para que a
clara e a gema saiam rapidamente. Um truque bacana é assoprar o outro furinho
para que o conteúdo seja expelido com mais rapidez;
Assim que a gema e a clara forem retiradas, lave novamente o local. Não se
esqueça de aproveitar o conteúdo dos ovos para preparar uma receita.
A páscoa na
floresta
Ana Lígia e Carla Nilana
Lira, depois de tudo que ouviu de seus amigos, foi embora saltitando muito feliz
e motivada para sua toca, já sabendo o que iria fazer. Chegando na sua toca,
Lira preparou muitos ovos de todas as cores, alguns vermelhos com bolinhas,
outros azuis da cor do céu com listras prateadas. Depois do longo trabalho, Lira
foi até a aldeia próxima a floresta e deu para cada criança e família seu ovinho
que preparou com tanto amor. Lira vendo o sorriso e a felicidade das crianças e
de suas famílias entendeu o verdadeiro sentido da Páscoa.
Roda Rítmica da época feita em sala:
“ De manhã o sol levanta
Acorda o lindo girassol
A violeta ainda está sonhando
Mas logo chega um raio de sol.
)música)
Acorda, acorda, linda florzinha,
O dia já raiou, o galo já cantou,
E todas as flores enfeitam o campo de cores.