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RESOLUÇÃO CFC N.º 1.

407/12

Aprova o CTO 01 – Emissão de Relatório de Asseguração


Relacionado com Sustentabilidade e Responsabilidade Social e
altera os Anexos I e II do CTR 01.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas


atribuições legais e regimentais e com fundamento no disposto na alínea “f” do Art. 6º do Decreto-
Lei n.º 9.295/46, alterado pela Lei n.º 12.249/10,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar o Comunicado Técnico CTO 01 – Emissão de Relatório de


Asseguração Relacionado com Sustentabilidade e Responsabilidade Social, que tem por base o
Comunicado Técnico IBRACON n.º 07/12.

Art. 2º No CTR 01, aprovado pela Resolução CFC n.º 1.345/11, substituir
“de acordo as” por “de forma consistente com as” no texto do título Demonstrações do valor
adicionado dos Anexos I e II. (Revogado pelo CTR 01 (R1), de 8/8/2019)

Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 21 de setembro de 2012.

Contador Juarez Domingues Carneiro


Presidente

Ata CFC n.º 969


NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE
CTO 01 – EMISSÃO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO RELACIONADO COM
SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL

Índice Item
OBJETIVO 1
INTRODUÇÃO E CONTEXTO PARA EMISSÃO DESTE COMUNICADO 2–6
CONCEITOS-CHAVE, ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO 7 – 16
DAS INFORMAÇÕES E TIPO DE INFORMAÇÃO APRESENTADA
Sustentabilidade 7–9
Balanço social 10 – 12
Demonstração de informações de natureza social e ambiental 13
Informações de natureza social, ambiental e de responsabilidade social 14
apresentadas nessa demonstração, em balanços sociais ou nos relatórios de
sustentabilidade
Principais estruturas conceituais (frameworks) e critérios observados na elaboração 15 – 16
das informações sobre sustentabilidade e responsabilidade social
ENTENDIMENTO 17 – 20
Tipo de trabalho requerido pelo mercado e estrutura conceitual para trabalhos de 17 – 20
asseguração
NBC TO 3000 – TRABALHO DE ASSEGURAÇÃO DIFERENTE DE 21 – 33
AUDITORIA E REVISÃO
Requisitos éticos (independência) e controle de qualidade 21 – 23
Aceitação ou continuidade de relacionamento ou do trabalho e os termos de sua 24 – 26
contratação
Contratação de outro auditor independente para execução dos trabalhos de 27 – 28
asseguração sobre as informações relacionadas com sustentabilidade e
responsabilidade social
Planejamento e execução do trabalho sobre as informações relacionadas com 29
sustentabilidade e responsabilidade social e tipo de asseguração fornecida
Relevância (ou materialidade) 30
Uso de especialista 31
Documentação 32 – 33
RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO RELACIONADO COM AS INFORMAÇÕES 34 – 40
SOBRE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL
Conteúdo do relatório 34 – 37
Conclusão do relatório de asseguração limitada 38
Conclusão com ressalva, adversa ou abstenção de conclusão 39 – 40
Anexo I – Principais estruturas conceituais (frameworks) e critérios utilizados na
elaboração de informações sobre sustentabilidade e responsabilidade social
Anexo II – Exemplo de relatório de asseguração limitada
Objetivo

1. Este Comunicado Técnico tem por objetivo orientar os auditores independentes sobre a
execução de trabalhos e a emissão de relatórios de asseguração sobre informações
relacionadas com sustentabilidade e responsabilidade social, objetivando prover alinhamento
e uniformidade na aplicação dos procedimentos de revisão e na emissão dos relatórios de
asseguração sobre esses temas divulgados no Balanço Social, Demonstração de Informações
de Natureza Social e Ambiental, Relatório de Sustentabilidade ou em outras partes do
Relatório Anual da Administração.

Introdução e contexto para emissão deste Comunicado


2. O Brasil, por meio do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), tem o compromisso de
adotar as normas internacionais de auditoria, de revisão, de asseguração e de outros serviços
correlatos emitidos pelo International Auditing and Assurance Standards Board (IAASB) da
Federação Internacional de Contadores (IFAC). O IAASB vem trabalhando na emissão de
normas para trabalhos dessa natureza. Como exemplo, já foi colocada em audiência pública e
aprovada a norma ISAE 3410 – Assurance Engagements on Greenhouse Gas Statements, que
trata do efeito estufa.

3. Como se trata de tema em desenvolvimento, alguns países, como, por exemplo, a Alemanha e
a Holanda, possuem normas específicas para esses tipos de trabalho. Por sua vez, a Federação
dos Peritos Contábeis Europeus (*) (Fédération des Experts Comptables Européens – FEE)
estudou o assunto e emitiu um extenso documento resumindo as práticas que vêm sendo
seguidas em quatro países europeus (Suécia, França, Holanda e Alemanha).
(*) A Federação dos Peritos Contábeis Europeus (Fédération des Experts Comptables Européens – FEE) é a
organização representativa da profissão de contador na Europa. Entre os associados da FEE, contam-se 44
institutos profissionais de Contabilidade, referentes a 32 países. Os órgãos membros da FEE representam mais de
500.000 contadores na Europa.

4. Nesse documento, a FEE conclui que precisa ser emitida uma norma específica para tratar de
trabalhos dos auditores independentes e emissão de relatórios de asseguração sobre os temas
de sustentabilidade, uma vez que atualmente os auditores independentes têm utilizado a
norma internacional ISAE 3000 Assurance Engagements Other than Audits or Reviews of
Historical Financial Information (A NBC T0 3000 – Trabalho de Asseguração Diferente de
Auditoria e Revisão, emitida pelo CFC, é a norma equivalente ao ISAE 3000 do IAASB da
IFAC), mas que, considerando a complexidade do tema, essa norma não endereça
completamente todas as peculiaridades e, assim, deveria ser editada norma específica pelo
IAASB da IFAC.

5. O desenvolvimento deste assunto vem sendo acompanhado e poderá ocasionar a emissão de


orientações adicionais no período de transição, até que se tenha uma norma internacional
aprovada, que ensejará a emissão pelo CFC de uma NBC TO específica para ser
compulsoriamente aplicada no Brasil, após amplo processo de audiência pública.

6. Eliminado.

Conceitos-chave, estrutura conceitual para elaboração das informações e tipo de


informação apresentada
Sustentabilidade
7. O conceito de sustentabilidade nasceu na década de 80 com críticas da ONU sobre o
comportamento predatório de desenvolvimento econômico adotado pelos países
desenvolvidos que se mostravam incapazes em manter o progresso em todo o planeta e de, em
longo prazo, partilhá-lo com os países em desenvolvimento.

8. Nascia, assim, o conceito de desenvolvimento sustentável ou sustentabilidade. A ideia se


popularizou nas conferências do Rio de Janeiro, a Eco Rio 92, e de Johanesburgo em 2002.
Desde então, o debate sobre desenvolvimento sustentável está presente na sociedade civil,
governos, empresas, organismos internacionais e ONGs e foi tema central na Rio+20,
realizada neste ano no Rio de Janeiro.

9. O Banco Mundial e o International Finance Corporation (IFC), em pesquisas, constataram


que é cada vez maior a preocupação das empresas multinacionais com questões relacionadas à
responsabilidade social corporativa. As negociações internacionais também avançam nesse
sentido e são preocupações reais para a União Europeia, Canadá e a maioria das nações
emergentes, como Brasil, China e Índia.

Balanço social

10. Balanço social é o nome dado à divulgação do conjunto de informações e de indicadores dos
investimentos e das ações realizadas pelas entidades no cumprimento de sua função social,
informações essas dirigidas aos seus empregados, investidores, analistas de mercado, governo
e às comunidades com quem interagem, direta ou indiretamente.

11. É considerado, também, um instrumento de demonstração das atividades das entidades, que
tem por finalidade conferir maior transparência e visibilidade às informações que interessam
não apenas aos sócios e acionistas das entidades, mas também a um número maior de
interessados (stakeholders), formado pelos empregados, fornecedores, investidores, parceiros,
financiadores, consumidores e comunidade em geral.

12. Ele surgiu como instrumento de comunicação de responsabilidade corporativa, constituindo o


conjunto de informações de natureza econômica, social, laboral e ambiental pelo qual se
avalia o desempenho da entidade na comunidade na qual está inserida e com a qual interage.
Transcende, assim, da tradicional avaliação de natureza econômico-financeira, passando a
medir o nível de respeito e comprometimento das entidades com o seu meio social.

Demonstração de informações de natureza social e ambiental

13. Essa demonstração, não obrigatória, foi instituída no Brasil pelo CFC, por intermédio da
NBC T 15, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2006. Quando apresentada, ela deve ser
considerada como informação suplementar às demonstrações contábeis e não deve se
confundir com as notas explicativas às demonstrações contábeis. A referida NBC T 15
estabelece quais são as informações que devem ser incluídas nessa demonstração.

Informações de natureza social, ambiental e de responsabilidade social apresentadas nessa


demonstração, em balanços sociais ou em relatórios de sustentabilidade

14. Essas informações possuem as seguintes características, que diferem de demonstração


financeira ou outras informações financeiras históricas e que afetam a forma pela qual os
trabalhos de asseguração são executados:
• O balanço social, demonstração de informações de natureza social e ambiental ou relatório
de sustentabilidade, doravante denominados Informações sobre Sustentabilidade e
Responsabilidade Social neste Comunicado, são direcionados geralmente para um grupo
mais amplo e heterogêneo de usuários do que os usuários previstos de demonstrações
contábeis.
• Elas geralmente incluem informações qualitativas de divulgações de políticas e
gerenciamento, que são relevantes para ampla gama de usuários. A determinação da
relevância para o propósito de proporcionar asseguração em tais informações requer
entendimento das necessidades de informações dos usuários e a aplicação de julgamento
profissional.
• As informações quantitativas divulgadas não são necessariamente mensuradas em unidade
monetária, mas em diversas unidades aplicáveis para cada indicador e que são mutuamente
independentes. Por exemplo, indicadores de desempenho relacionados à emissão de
dióxido de carbono não podem ser agregados com informações sobre recursos humanos.
• As informações quantitativas divulgadas são derivadas usualmente de sistemas de
informações não necessariamente integrados com os sistemas contábeis das entidades.
• Em determinadas situações, podem não existir sistemas de controles internos efetivos sobre
essas informações. Em alguns casos, os sistemas de informação são menos desenvolvidos
do que aqueles existentes para a geração de informações contábeis ou financeiras e,
consequentemente, a informação fornecida pode não ser tão confiável no que se refere à
sua integridade e precisão.
• As informações relevantes podem ser obtidas de outras áreas ou entidades sobre as quais a
entidade que reporta possui diferentes níveis de influência, como, por exemplo,
informações referentes a empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) e de
fornecedores.

Principais estruturas conceituais (frameworks) e critérios observados na elaboração das


informações sobre sustentabilidade e responsabilidade social

15. Na elaboração das informações que tratem de sustentabilidade e de responsabilidade social,


não existe apenas um instrumento ou estrutura conceitual que regule a sua elaboração ou que
possa ser considerada a “melhor” alternativa para as entidades. Na prática, observa-se que as
entidades têm utilizado a estrutura conceitual que melhor atende as suas necessidades,
considerando o seu nível de maturidade à frente dos temas relacionados.

16. Dessa forma, a divulgação, pela entidade, dos critérios utilizados na elaboração dessas
informações, incluindo a estrutura conceitual utilizada é informação relevante que deve
constar das informações submetidas à análise dos auditores independentes. Assim, estão
apresentados no Anexo I deste Comunicado algumas das principais estruturas conceituais
(frameworks) e critérios aceitos na elaboração das informações relacionados com o tema.

Entendimento
Tipo de trabalho requerido pelo mercado e estrutura conceitual para trabalhos de
asseguração

17. A execução de trabalhos e emissão de relatórios do tipo Procedimentos Previamente


Acordados (PPA), em que as partes específicas (cliente e auditor) acordam previamente a
extensão dos trabalhos, não atende à demanda do amplo mercado que requer uma asseguração
sobre as informações relacionadas com esses temas. Portanto, a NBC TSC 4400, que não se
enquadra na Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração, não serve e não deve ser
utilizada em trabalhos dessa natureza.

18. De acordo com a NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para


Trabalhos de Asseguração, trabalho de asseguração significa um trabalho no qual o auditor
independente expressa uma conclusão com a finalidade de aumentar o grau de confiança dos
usuários previstos da informação, outros que não a parte responsável, acerca do resultado da
avaliação ou mensuração de determinado objeto de acordo com os critérios aplicáveis.

19. Essa estrutura define dois tipos de trabalho de asseguração. O primeiro, como trabalho de
asseguração razoável, permite que o auditor independente emita uma opinião (como, por
exemplo: Em nossa opinião, os controles internos são eficazes, em todos os seus aspectos
relevantes, de acordo com os critérios XYZ; e o segundo, de natureza limitada, conhecido
como trabalho de asseguração limitada, permite que o auditor emita uma conclusão na forma
negativa, do tipo Com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que
nos leve a acreditar que os controles internos não são eficazes, em todos os seus aspectos
relevantes, de acordo com os critérios XYZ.

20. Os trabalhos de asseguração podem envolver informações históricas, como no caso das
demonstrações contábeis, em que normalmente se utilizam os termos auditoria ou revisão, e
observam-se as NBCs TA ou NBCs TR, conforme seja o tipo de segurança fornecido pelo
auditor, ou informações não históricas em que se utilizam as normas NBCs TO. No caso
específico de Informações sobre Sustentabilidade e Responsabilidade Social, enquanto não
houver norma específica, deve ser utilizada a NBC TO 3000, cujos principais aspectos estão a
seguir descritos.

NBC TO 3000 – Trabalho de Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão

Requisitos éticos (independência) e controle de qualidade

21. Este Comunicado tem como objetivo estabelecer os requisitos e procedimentos essenciais,
além de fornecer orientação aos auditores independentes, para a realização de trabalhos de
asseguração sobre informações não históricas, trabalhos esses que estão sujeitos ao
cumprimento dos requisitos éticos de independência e ao necessário controle de qualidade
sobre o trabalho e relatório a ser emitido.

22. Na oportunidade em que a NBC TO 3000 foi originalmente emitida pelo CFC ainda não
existia a NBC PA 291, que trata da independência do auditor em outros trabalhos de
asseguração. Portanto, a NBC TO 3000 está dividida em duas partes. A primeira parte (Parte
A) trata da norma técnica propriamente dita, enquanto que a Parte B (que não existe na norma
ISAE 3000) trata dos aspectos de independência, que ora estão contidos na NBC PA 291, que
tem por base a Seção 291 do Código de Ética do Contador do IESBA da IFAC e que,
portanto, deve ser integralmente observado em trabalhos dessa natureza.

23. O auditor independente, para poder executar trabalho de asseguração sobre as informações
que tratam de sustentabilidade e responsabilidade social, deve possuir um controle de
qualidade apropriado. Em conformidade com a NBC PA 01(*) do CFC, esse controle de
qualidade deve incluir políticas e procedimentos que tratam dos seguintes elementos:
• responsabilidades da liderança pela qualidade na firma;
• exigências éticas relevantes;
• aceitação e continuidade do relacionamento com clientes e de trabalhos específicos;
• recursos humanos;
• execução do trabalho; e
• monitoramento da qualidade.
(*) O CFC disponibilizou em seu website um guia prático contendo orientações para implantação de políticas
e procedimentos de controle interno requeridos pela NBC PA 01.
Aceitação ou continuidade de relacionamento ou do trabalho e os termos de sua contratação

24. Conforme itens 7 a 9 da NBC TO 3000, o auditor independente somente deve aceitar (ou
manter, se for o caso) o trabalho de asseguração dessa natureza se o seu objeto for de
responsabilidade de uma parte que não sejam os usuários previstos e nem o próprio auditor, e
se nada indicar ao auditor que ele ou as pessoas que executarão o trabalho (equipe) não
possuam a competência técnica necessária ou não possam cumprir com as exigências éticas de
independência. Adicionalmente, o trabalho deve apresentar:
(a) objeto apropriado;
(b) critérios adequados e disponíveis aos usuários previstos;
(c) acesso irrestrito, apropriado e suficiente do auditor independente às evidências que
respaldarão sua conclusão;
(d) possibilidade de o auditor independente apresentar uma conclusão por escrito; e
(e) possibilidade de o auditor independente se convencer de que há um propósito apropriado
para o trabalho. Se houver limitação relevante na extensão de seu trabalho,
provavelmente o trabalho não terá um propósito apropriado.

25. Dessa forma, essas condições devem ser consideradas nos termos da contratação, por meio de
contrato, carta de contratação ou outra forma que evidencie as condições estabelecidas e as
responsabilidades de cada parte envolvida na contratação do trabalho. Nesse tocante, é
importante destacar, em particular, a identificação do objeto do trabalho e dos critérios a
serem utilizados na elaboração e divulgação das Informações sobre Sustentabilidade e
Responsabilidade Social, que será base para a conclusão do auditor.

26. Esses critérios, que levam em consideração a Estrutura Conceitual selecionada (ver Anexo I),
devem ser adequados para permitir uma adequada mensuração do objeto, com vistas a atender
às características apresentadas no item 19 da NBC TO 3000.

Contratação de outro auditor independente para execução dos trabalhos de asseguração sobre
as informações relacionadas com sustentabilidade e responsabilidade social

27. Em princípio, não existe qualquer restrição e, dessa forma, a entidade pode contratar
diferentes auditores independentes para analisar suas demonstrações contábeis e suas
informações sobre sustentabilidade e responsabilidade social. Todavia, o auditor que for
contratado nessa circunstância para efetuar um trabalho isolado sobre essas informações a
respeito de sustentabilidade e responsabilidade social deve levar em consideração que ele não
possui o mesmo nível de conhecimento de como a entidade opera, do seu ambiente de
controle interno e dos sistemas de controle interno que geram as informações sobre as quais
ele emitirá seu relatório de asseguração.

28. Assim, o auditor independente, contratado de forma isolada, deve aplicar procedimentos
adicionais em relação ao auditor independente das demonstrações contábeis que possui maior
conhecimento e aplicou a NBC TA 315 para identificar e avaliar os riscos de distorção
relevante nas demonstrações contábeis por meio do entendimento da entidade e seu ambiente
de controle interno.

Planejamento e execução do trabalho sobre as informações relacionadas com sustentabilidade


e responsabilidade social e tipo de asseguração fornecida

29. Conforme mencionado no item 14, as informações sobre sustentabilidade e responsabilidade


social apresentam certas características específicas, destacando-se que, além de os aspectos
quantitativos não serem mensurados em unidades monetárias, elas apresentam aspectos
qualitativos. As evidências são geralmente obtidas mais por indagações e revisões analíticas
do que por evidências substantivas que poderiam fornecer segurança em nível mais elevado
do que aquele que o auditor independente pode obter em decorrência dos procedimentos
aplicados em trabalhos dessa natureza. Assim, embora a NBC TO 3000 admita as duas formas
de asseguração (razoável ou limitada), o exemplo contido neste Comunicado, considerando os
aspectos acima, é de relatório de asseguração limitada.

Relevância (ou materialidade)

30. Conforme mencionado no item 23 da NBC TO 3000, o auditor independente deve considerar
a relevância para determinar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de obtenção
de evidências e na avaliação se as informações sobre o objeto não contêm imprecisões.
Assim, o auditor independente deve entender o que é relevante, principalmente para os
usuários das informações sobre sustentabilidade e responsabilidade social para estabelecer e
documentar o raciocínio utilizado para determinar o nível quantitativo da materialidade (se for
o caso) e os seus fatores qualitativos.

Uso de especialista

31. Os trabalhos desenvolvidos sobre sustentabilidade e responsabilidade social geralmente


requerem algum nível de especialização e podem exigir o uso de especialistas, que podem ser
internos, ou seja, de outros departamentos da própria firma de auditoria ou especialistas
externos (ver requerimentos na NBC TA 620). De acordo com o item 30 da NBC TO 3000, o
auditor independente deve envolver-se no trabalho e compreender o serviço para o qual o
especialista é utilizado na extensão que lhe permita aceitar a responsabilidade pela conclusão
em relação às informações sobre o objeto. O auditor independente avalia até que ponto os
serviços de especialista devem ser utilizados para formar a sua própria conclusão.

Documentação

32. Os trabalhos sobre essas informações têm como objetivo assegurar os dados quantitativos e
qualitativos. Portanto, devem obedecer à mesma conceituação e requerimentos de
documentação observados na auditoria ou revisão de demonstrações contábeis. A
documentação deve capacitar a reexecução dos procedimentos e o entendimento sobre a
adequação e a definição de amostras para os testes executados, bem como o necessário
controle de qualidade sobre o trabalho efetuado.

33. Esses aspectos acima destacados nos itens 29 a 32, assim como a avaliação da adequação do
objeto e dos critérios, preliminarmente analisados e avaliados na aceitação do trabalho, devem
ser reavaliados e monitorados de forma permanente ao longo do trabalho (desde o
planejamento até a conclusão final). Assim, o auditor deve considerar integralmente a NBC
TO 3000, cujos principais aspectos estão sumariados na tabela a seguir:

Itens da NBC TO 3000 Assuntos envolvidos


22 a 25 Relevância e risco do trabalho de
asseguração
26 a 32 Utilização de serviço de especialista
33 a 37 Obtenção de evidências
38 a 40 Representação da parte responsável
41 Consideração de eventos subsequentes
42 a 44 Documentação
Relatório de asseguração relacionado com as informações sobre sustentabilidade
e responsabilidade social
Conteúdo do relatório

34. A NBC TO 3000 não requer que os relatórios de trabalhos de asseguração tenham formato-
padrão. Em vez disso, ela identifica, no seu item 49, os elementos básicos que o relatório de
asseguração deve incluir, a saber:
(a) título que indique claramente que se trata de relatório de asseguração emitido por auditor
independente e que ajude diferenciá-lo de relatórios emitidos por outros profissionais;
(b) destinatário, identificando a parte ou as partes a quem o relatório de asseguração é
dirigido;
(c) identificação do objeto e descrição das informações sobre esse objeto, incluindo, por
exemplo: (i) data-base ou período a que a avaliação ou a mensuração se refere; (ii) nome
da entidade à qual o objeto se refere; e (iii) explicação das características do objeto ou das
informações sobre esse objeto. Por exemplo:
• grau com que as informações do objeto são quantitativa ou qualitativa, objetiva ou
subjetiva e histórica ou prospectiva;
• mudanças no objeto ou outras circunstâncias do trabalho que afetam a
comparabilidade das informações de um período para outro;
(d) identificação dos critérios. O relatório de asseguração pode incluir os critérios ou referir-
se a eles, caso façam parte da afirmação ou das informações elaboradas pela parte
responsável;
(e) quando apropriado, apresentação de qualquer limitação inerente que seja significativa;
(f) quando os critérios utilizados para avaliar ou medir o objeto são disponibilizados somente
aos usuários previstos específicos ou são relevantes apenas para uma finalidade
específica, inclusão de declaração restringindo o uso do relatório de asseguração a esses
usuários ou para essa finalidade;
(g) declaração, identificando a parte responsável e suas responsabilidades, e as
responsabilidades do auditor independente, ficando claro aos usuários a responsabilidade
de cada parte;
(h) declaração de que o trabalho foi realizado de acordo com a NBC TO 3000;
(i) resumo do trabalho realizado, principalmente nos trabalhos de asseguração limitada, pois
esse resumo ajuda aos usuários previstos entenderem a natureza da segurança
proporcionada pelo relatório de asseguração;
(j) conclusão do auditor independente;
(k) data do relatório de asseguração. Essa data torna implícito que o auditor independente
considerou os efeitos de eventos ocorridos sobre as informações relativas ao objeto até
essa data;
(l) nome da firma e do auditor independente responsável técnico, os números de seus
respectivos registros profissionais e o local de emissão do relatório.

35. Embora o relatório possa ser na forma curta ou na forma longa, a experiência tem indicado a
preferência pela forma curta. Os relatórios em forma curta costumam incluir apenas os
elementos básicos, enquanto na forma longa podem descrever em detalhe os termos do
trabalho, os critérios utilizados, as constatações em relação a aspectos particulares do trabalho
e, em alguns casos, as recomendações. O exemplo apresentado no Anexo II é de relatório na
forma curta.
36. Outro aspecto que está sendo considerado na apresentação do exemplo de relatório neste
Comunicado é o fato de que, conforme já mencionado anteriormente, a NBC TO 3000 não
apresenta modelos de redação de relatório e, dessa forma, está-se incorporando no exemplo
apresentado os progressos verificados na Norma ISAE 3420 da IFAC, que no Brasil encontra-
se em fase de emissão pelo CFC como NBC TO 3420.

37. Nesse sentido, a conclusão do relatório fornece asseguração sobre a compilação das
informações no contexto de uma estrutura em conformidade com os critérios estabelecidos e
divulgados pela parte responsável.

Conclusão do relatório de asseguração limitada

38. A conclusão pode ser na forma direta ou indireta. Na forma indireta, a avaliação ou a
mensuração do objeto é realizada pela própria parte responsável e o auditor independente
conclui quanto às afirmações feitas pela parte responsável, enquanto que na forma direta, o
auditor faz a avaliação e apresenta sua própria conclusão. O exemplo apresentado no Anexo II
considera apenas o relatório na forma direta.

Conclusão com ressalva, adversa ou abstenção de conclusão

39. De forma similar aos relatórios sobre informações históricas (demonstrações contábeis), os
relatórios de asseguração sobre informações de sustentabilidade e responsabilidade social
podem ser emitidos com modificação, ou seja, conclusão com ressalva ou adversa e abstenção
de conclusão. Os itens 51 a 53 da NBC TO 3000 apresentam orientações para essas situações,
que são similares às orientações contidas na NBC TA 705.

40. Quando o relatório contiver modificações, ele deve apresentar em um parágrafo específico a
descrição clara de todas as razões que levam o auditor a emitir o relatório com ressalva,
adverso ou com abstenção de conclusão, sob o título: Base para emissão do relatório com
ressalva, adverso ou Base para abstenção de conclusão. O exemplo apresentado no Anexo II
está na forma curta e não apresenta modificações.
ANEXO I
Principais Estruturas Conceituais (Frameworks) e critérios utilizados na elaboração de Informações sobre Sustentabilidade e
Responsabilidade Social

Estrutura Origem Ano de Conceito e Principais Características Maiores Informações


Conceitual Criação
(Framework)
Código de França 1961 A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é uma organização www.oecd.org
Conduta internacional e intergovernamental que agrupa os países mais industrializados da economia do
http://www.cgu.gov.br/ocde/sobre/index.asp
Global (OCDE) mercado. Na OCDE, os representantes dos países membros se reúnem para trocar informações e
definir políticas e diretrizes com o objetivo de maximizar o crescimento econômico e o
desenvolvimento dos países membros.
As diretrizes descrevem padrões voluntários, recomendações para uma conduta empresarial
responsável em ampla gama de questões sociais e ambientais, tais como direitos humanos,
divulgação de informações, trabalho e meio ambiente. O Brasil aderiu às diretrizes em 1997, o
que foi reafirmado em junho de 2000 ao final do processo de revisão do documento.
IBASE Brasil 1997 O Balanço Social IBASE (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas) é um http://www.balancosocial.org.br/cgi/cgilua.e
demonstrativo numérico sobre as atividades sociais da entidade em forma de tabela de uma xe/sys/start.htm
página. De fácil preenchimento, permite a verificação dos dados e a comparação com outras
entidades.
De acordo com o IBASE, o balanço social é um demonstrativo publicado, anualmente, pelas
entidades, que reúne um conjunto de informações sobre os projetos, benefícios e ações sociais,
informações essas dirigidas aos empregados, investidores, analistas de mercado, acionistas e à
comunidade. Este instrumento, que deve ser resultado de amplo processo participativo que
envolva comunidade interna e externa, visa dar transparência às atividades das empresas e
apresentar os projetos efetivamente. Ou seja, sua função principal é tornar pública a
responsabilidade social empresarial, construindo maiores vínculos entre a entidade, a sociedade
e o meio ambiente.
SA 8000 Estados 1997 A SA8000 (Social Accountability 8000) é a primeira certificação internacional da http://www.sa-
Unidos responsabilidade social. Seu principal objetivo é garantir os direitos dos trabalhadores, de forma intl.org/index.cfm?&stopRedirect=1
que todos os envolvidos ganhem: empresas, trabalhadores, sindicatos, governo.
Lançada em 1997 pela Council on Economics Priorities Accreditation Agency (CEPAA),
atualmente chamada Social Accountability International (SAI), organização não governamental
norte-americana, a Social Accountability 8000 (SA8000) é a primeira certificação de um aspecto
da responsabilidade social de empresas com alcance global. Com base em normas internacionais
sobre direitos humanos e no cumprimento da legislação local, a SA8000 busca garantir direitos
básicos dos trabalhadores envolvidos em processos produtivos. A norma é composta por 9
requisitos.
Indicadores Brasil 1998 Trata-se de ferramenta de uso essencialmente interno, que permite a avaliação da gestão no que http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_prat
ANEXO I
Principais Estruturas Conceituais (Frameworks) e critérios utilizados na elaboração de Informações sobre Sustentabilidade e
Responsabilidade Social

Estrutura Origem Ano de Conceito e Principais Características Maiores Informações


Conceitual Criação
(Framework)
Ethos diz respeito à incorporação de práticas de responsabilidade social, além do planejamento de icas/indicadores/default.asp
estratégias e do monitoramento do desempenho geral da empresa. Os indicadores abrangem os
temas Valores, Transparência e Governança, Público Interno, Meio Ambiente, Fornecedores,
Consumidores e Clientes, Comunidade e Governo e Sociedade.
AA1000 Reino Unido 1999 AA1000 (AccountAbility 1000) é um padrão de processo para a gestão da contabilidade, www.accountability.org.uk
auditoria e relato da responsabilidade corporativa. Seu principal diferencial está na inclusão das
partes interessadas em todos os seus passos, dando credibilidade à responsabilidade corporativa
da organização que o adota.
Lançada em novembro de 1999 pelo Institute of Social and Ethical Accountability (ISEA), a
norma AA1000 tem o desafio de ser o primeiro padrão internacional de gestão de
responsabilidade corporativa. A versão preliminar da Estrutura AA1000 foi testada em projetos
pilotos em várias organizações que realizaram auditoria social e ética em seu planejamento e
gestão estratégica.
Global Fórum 1999 Acordo para empresas elaborado pelas Organizações das Nações Unidas, que pretende conciliar http://www.unglobalcompact.org/
Compact Econômico a força do mercado aos ideais dos direitos humanos, levando-se em conta os impactos sociais e
http://www.pactoglobal.org.br/
de Davos, ambientais produzidos pela globalização.
Suíça
O acordo estabelece dez princípios básicos relacionados com direitos humanos, trabalho, meio
ambiente e combate à corrupção, com os quais as empresas devem se comprometer
voluntariamente. O Global Compact não monitora a obediência aos princípios nem prevê
sanções em caso de rompimento. A adesão ao Pacto ocorre com a assinatura do documento,
intitulado Os Nove Princípios do Pacto Global, no qual se comprometem a apoiá-lo e realizar
parcerias com as agências e programas da ONU que promovem os princípios do Pacto. As
premissas do Pacto foram inspiradas na Declaração Universal dos Direitos Humanos, nos
Princípios Fundamentais dos Direitos ao Trabalho da Organização Mundial do Trabalho (OIT) e
dos Princípios do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.
O Pacto Global não é instrumento regularizador ou código de conduta, mas uma plataforma
baseada em valores que visam a promover a educação institucional. Utiliza o poder da
transparência e do diálogo para identificar e divulgar novas práticas que tenham como base
princípios universais, como são aqueles dos direitos humanos.
Global Holanda 2000 Iniciativa conjunta da organização não governamental Coalition for Environmentally http://www.globalreporting.org/languages/po
Reporting Responsible Economies (CERES) e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o rtugueseportugal/Pages/default.aspx
Initiative (GRI) Global Reporting Initiative (GRI) é um processo internacional que conta com a participação de
diversos “stakeholders” e cuja principal proposta é desenvolver e disseminar globalmente
diretrizes para a elaboração de relatórios de sustentabilidade (Sustainability Reporting
ANEXO I
Principais Estruturas Conceituais (Frameworks) e critérios utilizados na elaboração de Informações sobre Sustentabilidade e
Responsabilidade Social

Estrutura Origem Ano de Conceito e Principais Características Maiores Informações


Conceitual Criação
(Framework)
Guidelines), para uso voluntário por organizações que queiram relatar as dimensões econômicas,
sociais e ambientais de suas atividades, produtos e serviços.
ISO 14000 Suécia 2006 ISO 14000 é uma série de normas desenvolvidas pela International Organization for http://www.iso.org/iso/home/standards/man
Standardization (ISO) e que estabelecem diretrizes sobre a área de gestão ambiental dentro de agement-standards/iso14000.htm
empresas.
O principal uso da ISO 14000 é a certificação de uma terceira entidade, embora ela possa ser
usada internamente com finalidades de autodeclaração e para o atendimento a demandas
específicas. O principal uso, hoje em dia, está na certificação de terceiros, o que faz com que a
ISO 14000 contenha apenas as exigências que podem ser objeto de auditoria, com o objetivo de
certificação e/ou de autodeclaração.
Anexo II – Exemplo de relatório de asseguração limitada

Relatório de asseguração limitada dos auditores independentes relacionado com informações


sobre sustentabilidade e responsabilidade social [ou outra denominação apropriada]

Ao
Conselho de Administração e Acionistas da Cia ABC
São Paulo - SP

Introdução

Fomos contratados pela [identificar parte contratante, por exemplo, a Administração da Cia ABC]
para apresentar nosso relatório de asseguração limitada sobre a compilação das Informações
relacionadas com Sustentabilidade e Responsabilidade Social [ou outra denominação apropriada]
da Cia ABC, relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 20X1.

Responsabilidades da administração da Companhia

A administração da Cia ABC é responsável pela elaboração e apresentação de forma adequada das
informações constantes do (colocar a denominação apropriada constante no parágrafo
introdutório) de acordo com os critérios xyz (descrever os critérios ou fazer referência para o local
onde esses critérios estão descritos) e pelos controles internos que ela determinou como necessários
para permitir a elaboração dessas informações livres de distorção relevante, independentemente se
causada por fraude ou erro.

Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é expressar conclusão sobre as informações constantes do (colocar a


denominação apropriada constante no parágrafo introdutório), com base no trabalho de
asseguração limitada conduzido de acordo com o Comunicado Técnico CTO 01/12, aprovado pelo
Conselho Federal de Contabilidade e elaborado tomando por base a NBC TO 3000 – Trabalho de
Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão, emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade
(CFC), que é equivalente à norma internacional ISAE 3000, emitida pela Federação Internacional
de Contadores, aplicáveis às informações não históricas. Essas normas requerem o cumprimento de
exigências éticas, incluindo requisitos de independência e que o trabalho seja executado com o
objetivo de obter segurança limitada de que as informações constantes do (colocar a denominação
apropriada constante no parágrafo introdutório), tomadas em conjunto, estão livres de distorções
relevantes.

Um trabalho de asseguração limitada conduzido de acordo com a NBC TO 3000 (ISAE 3000)
consiste principalmente de indagações à administração da Companhia e outros profissionais da
Companhia que estão envolvidos na elaboração das informações constantes do (colocar a
denominação apropriada constante no parágrafo introdutório), assim como pela aplicação de
procedimentos analíticos para obter evidência que nos possibilite concluir na forma de asseguração
limitada sobre as informações tomadas em conjunto. Um trabalho de asseguração limitada requer,
também, a execução de procedimentos adicionais, quando o auditor independente toma
conhecimento de assuntos que o leve a acreditar que as informações constantes do (colocar a
denominação apropriada constante no parágrafo introdutório), tomadas em conjunto, podem
apresentar distorções relevantes.
Os procedimentos selecionados basearam-se na nossa compreensão dos aspectos relativos à
compilação e apresentação das informações constantes do (colocar a denominação apropriada
constante no parágrafo introdutório) e de outras circunstâncias do trabalho e da nossa consideração
sobre áreas onde distorções relevantes poderiam existir. Os procedimentos compreenderam:

(a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância, o volume de informações


quantitativas e qualitativas e os sistemas operacionais e de controles internos que serviram de
base para a elaboração das informações constantes do (colocar a denominação apropriada
constante no parágrafo introdutório) da Cia ABC;

(b) o entendimento da metodologia de cálculos e dos procedimentos para a compilação dos


indicadores por meio de entrevistas com os gestores responsáveis pela elaboração das
informações;

(c) a aplicação de procedimentos analíticos sobre as informações quantitativas e indagações sobre


as informações qualitativas e sua correlação com os indicadores divulgados nas informações
constantes do (colocar a denominação apropriada constante no parágrafo introdutório); e

(d) o confronto dos indicadores de natureza financeira com as demonstrações contábeis e/ou
registros contábeis.

Os trabalhos de asseguração limitada compreenderam, também, a aderência às diretrizes e critérios


da estrutura de elaboração (ver exemplos de estruturas e critérios aplicáveis no Anexo I) aplicável
na elaboração das informações constantes do (colocar a denominação apropriada constante no
parágrafo introdutório).

Acreditamos que a evidência obtida em nosso trabalho é suficiente e apropriada para fundamentar
nossa conclusão na forma limitada.

Alcance e limitações

Os procedimentos aplicados no trabalho de asseguração limitada são substancialmente menos


extensos do que aqueles aplicados no trabalho de asseguração que tem por objetivo emitir uma
opinião sobre as informações constantes do (colocar a denominação apropriada constante no
parágrafo introdutório). Consequentemente, não nos possibilitam obter segurança de que tomamos
conhecimento de todos os assuntos que seriam identificados em trabalho de asseguração que tem
por objetivo emitir uma opinião. Caso tivéssemos executado um trabalho com objetivo de emitir
uma opinião, poderíamos ter identificado outros assuntos e eventuais distorções que podem existir
nas informações constantes do (colocar a denominação apropriada constante no parágrafo
introdutório). Dessa forma, não expressamos uma opinião sobre essas informações.

Os dados não financeiros estão sujeitos a mais limitações inerentes do que os dados financeiros,
dada a natureza e a diversidade dos métodos utilizados para determinar, calcular ou estimar esses
dados. Interpretações qualitativas de materialidade, relevância e precisão dos dados estão sujeitos a
pressupostos individuais e a julgamentos. Adicionalmente, não realizamos qualquer trabalho em
dados informados para os períodos anteriores [se aplicável], nem em relação a projeções futuras e
metas.

Conclusão

Com base nos procedimentos realizados, descritos neste relatório, nada chegou ao nosso
conhecimento que nos leve a acreditar que as informações constantes do (colocar a denominação
apropriada constante no parágrafo introdutório) não foram compiladas, em todos os aspectos
relevantes, de acordo com as diretrizes (mencionar a estrutura conceitual aplicável e os critérios
aplicáveis, fazendo referência ao local onde estão descritos).

[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador] (Alterado pela Revisão NBC 11)]
[Assinatura do auditor independente]
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE – CTO 02, DE 18 DE MARÇO DE 2016

Orientação aos auditores independentes para


emissão de relatórios de asseguração razoável
sobre informações financeiras pro forma
elaboradas para cumprimento do Art. 7º da
Instrução CVM n.º 565, de 15 de junho de 2015,
emitida pela Comissão de Valores Mobiliários.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições


legais e regimentais e com fundamento no disposto na alínea “f” do Art. 6º do Decreto-Lei n.º
9.295/1946, alterado pela Lei n.º 12.249/2010, faz saber que foi aprovada em seu Plenário a
seguinte Norma Brasileira de Contabilidade (NBC), que tem por base o CT 01/2016 do Ibracon:

CTO 02 – EMISSÃO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL SOBRE


INFORMAÇÕES FINANCEIRAS PRO FORMA PARA CUMPRIMENTO DA INSTRUÇÃO
CVM N.º 565

Sumário Item
OBJETIVO 1
INTRODUÇÃO 2–3
ENTENDIMENTO E ORIENTAÇÃO 4–6
EXIGÊNCIAS ÉTICAS RELEVANTES 7
MODELO DE RELATÓRIO 8
VIGÊNCIA 9
ANEXO I – MODELO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO DO AUDITOR
INDEPENDENTE SOBRE INFORMAÇÕES FINANCEIRAS PRO FORMA

Objetivo

1. Este Comunicado Técnico tem por objetivo orientar os auditores independentes na emissão de
relatórios de asseguração razoável sobre informações financeiras pro forma elaboradas para
cumprimento do Art. 7º da Instrução n.º 565, de 15 de junho de 2015, emitida pela Comissão
de Valores Mobiliários (CVM).

Introdução

2. Em 15 de junho de 2015, a CVM emitiu a Instrução n.º 565, que substitui a Instrução CVM
n.º 320/1999, assim como partes da Instrução CVM n.º 319/1999, que dispõe sobre operações
de fusão, cisão, incorporação e incorporação de ações, envolvendo emissores de valores
mobiliários registrados na categoria A (o registro na categoria A autoriza a negociação de
quaisquer valores mobiliários do emissor em mercados regulamentados de valores
mobiliários).
3. Os artigos 6º, 7º e 10 da Instrução CVM n.º 565 determinam a obrigatoriedade de auditoria
independente, conforme segue:

“CAPÍTULO III – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Art. 6º Para os efeitos da operação, as sociedades envolvidas devem divulgar demonstrações


financeiras, cuja data base:
I – seja a mesma para todas as sociedades envolvidas; e
II – não seja anterior a 180 (cento e oitenta) dias da data da assembleia que deliberará sobre a
operação.
§ 1º Ainda que algumas das sociedades envolvidas na operação não sejam sociedades
anônimas nem estejam sujeitas às normas expedidas pela CVM, as demonstrações financeiras
referidas no caput devem ser:
I – elaboradas de acordo com a Lei n.º 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e com as normas da
CVM; e
II – auditadas por auditor independente registrado na CVM (grifo nosso).
§ 2º As companhias abertas podem utilizar, para os efeitos do caput, as demonstrações
financeiras de final de exercício e os formulários de informações trimestrais regularmente exigidos
para cumprimento de suas obrigações periódicas junto à CVM.
....
Art. 7º As sociedades envolvidas na operação devem elaborar informações financeiras pro
forma das sociedades que subsistirem ou que resultarem da operação, como se estas já existissem,
referentes à data das demonstrações financeiras referidas no Art. 6º, I.
Parágrafo único. As informações financeiras referidas no caput devem ser:
I – elaboradas de acordo com a Lei n.º 6.404, de 1976, e com as normas da CVM; e
II – submetidas à asseguração razoável por auditor independente registrado na CVM (grifos
nossos).
.....

CAPÍTULO VI – DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 10. As obrigações previstas no Capítulo III não se aplicam a incorporações ou


incorporações de ações de companhias fechadas por emissor de valores mobiliários registrado na
categoria A caso a operação não represente uma diluição superior a 5% (cinco por cento).
§ 1º A diluição de que trata o caput será considerada superior a 5% (cinco por cento) quando
o resultado da divisão do número de ações emitidas em decorrência da operação pelo número de
ações total depois da emissão for superior a 0,05 (cinco centésimos).
§ 2º Nas operações reversas (incorporação ou incorporação de ações da controladora pela
controlada quando a controladora é companhia aberta) ou nas fusões envolvendo pelo menos uma
companhia aberta, a diluição de que trata o caput será considerada superior a 5% (cinco por cento)
quando o resultado da divisão do número de ações de emissão da sociedade incorporadora ou
resultante da fusão atribuídas aos acionistas originários da companhia aberta pelo número total de
ações de emissão da sociedade incorporadora ou resultante da fusão após a operação for inferior a
0,95 (noventa e cinco centésimos).
§ 3º As informações financeiras de que trata o Art. 7º são devidas em operações consideradas
relevantes pelos critérios estabelecidos pelas normas, orientações e interpretações contábeis a
respeito de informações financeiras pro forma, ainda que não impliquem diluição superior a 5%
(cinco por cento).”

Entendimento e orientação

4. A NBC TO 3420 – Trabalho de Asseguração sobre a Compilação de Informações Financeiras


Pro Forma Incluídas em Prospecto, aprovada pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC),
equivalente à Norma Internacional emitida pela Federação Internacional de Contadores ISAE
3420, trata em seu primeiro item sobre o alcance da norma, como segue:

“Alcance

1. A presente Norma para Trabalhos de Asseguração (NBC TO) trata dos trabalhos de
asseguração razoável de atestação executados por auditor independente para emitir relatório
sobre a compilação de informações financeiras pro forma incluídas em prospecto pela parte
responsável (esses termos Parte responsável e Auditor independente estão descritos no item
12 da NBC TO 3000). Esta norma é aplicável quando:
 esse tipo de relatório é exigido por lei ou pelo regulamento da bolsa de valores ou do órgão
regulador do mercado de capitais; (grifos nossos) ou
 a emissão desse tipo de relatório constitui prática geralmente aceita na referida jurisdição
(ver item A1).”

5. Em função de o requerimento de asseguração razoável sobre informações financeiras pro


forma ser proveniente de instrução emitida pelo órgão regulador do mercado de capitais (no
caso, a CVM), a NBC TO 3420 é a norma aplicável para a realização desses trabalhos de
asseguração. A NBC TO 3420 destaca, entre vários assuntos, aspectos como: aceitação do
trabalho; planejamento e execução; materialidade; obtenção de evidência sobre a adequação
dos ajustes pro forma; representações formais; formação da opinião; e elaboração do relatório
de asseguração. Portanto, é fundamental sua completa leitura e entendimento antes da
aceitação e realização do trabalho de asseguração sobre informações financeiras pro forma.

6. De acordo com o Art. 7º da Instrução CVM n.º 565, as informações financeiras pro forma
devem ser elaboradas de acordo com a Lei n.º 6.404, de 1976, e com as normas da CVM. Em
2013, o CFC aprovou o Comunicado CTG 06 – Apresentação de Informações Financeiras Pro
Forma, que trata da apresentação de informações financeiras pro forma. Portanto, o trabalho
de asseguração razoável somente pode ser executado sobre informações financeiras pro forma
elaboradas de acordo com as orientações previstas no CTG 06.

Exigências éticas relevantes

7. O auditor independente deve cumprir as exigências éticas relevantes, incluindo aquelas


pertinentes à independência, relacionadas com trabalhos de asseguração.

Modelo de relatório

8. Este Comunicado inclui, no Anexo I, modelo de relatório a ser emitido na situação em que
não haja modificações. Se o auditor independente determinar que uma opinião modificada é
apropriada de acordo com a NBC TO 3000, ele deve aplicar os requisitos da NBC TO 3000,
itens 72 a 77, referentes a opiniões modificadas.

Vigência
9. Este Comunicado entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 18 de março de 2016.

Contador Aécio Prado Dantas Júnior


Presidente em exercício

ANEXO I – MODELO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO DO AUDITOR


INDEPENDENTE SOBRE INFORMAÇÕES FINANCEIRAS PRO FORMA

RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO EMITIDO POR AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE


A COMPILAÇÃO DE INFORMAÇÕES FINANCEIRAS PRO FORMA PARA
ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO CVM N.º 565

Destinatário

Concluímos nosso trabalho de asseguração para emissão de relatório sobre a compilação de


informações financeiras pro forma da Companhia ABC, elaborada sob responsabilidade de sua
administração, para atendimento à Instrução n.o 565, emitida pela Comissão de Valores Mobiliários
(CVM). As informações financeiras pro forma compreendem o balanço patrimonial pro forma em
[data], a(s) demonstração(ões) do resultado pro forma para o(s) período(s) findo(s) em [data] e as
respectivas notas explicativas. Os critérios aplicáveis com base nos quais a administração da
companhia compilou as informações financeiras pro forma estão especificados no Comunicado
CTG 06 – Apresentação de Informações Financeiras Pro Forma, editado pelo Conselho Federal de
Contabilidade, e estão sumariados nas notas explicativas que integram as informações financeiras
pro forma.

As informações financeiras pro forma foram compiladas pela administração da companhia para
ilustrar o impacto do [evento ou transação] apresentado na nota explicativa X sobre o balanço
patrimonial da companhia em [especificar a data] e sua(s) demonstração(ções) do(s) resultado(s)
para o(s) período(s) findo(s) naquela(s) data(s), como se o [evento ou transação] tivesse ocorrido
em [especificar data]. Como parte desse processo, informações sobre a posição patrimonial e
financeira e do desempenho operacional da companhia foram extraídas pela administração da
companhia das demonstrações contábeis da companhia para o(s) período(s) findo(s) em [data],
sobre as quais [especificar se foi emitido algum relatório de auditoria ou de revisão pelo próprio
auditor ou por outro auditor independente, assim como no caso em que não foi emitido nenhum
relatório de auditoria ou revisão]. Explicar, também, se o relatório conteve alguma modificação e
se, em consequência dessa modificação, houve alguma descrição do seu impacto no prospecto.

Responsabilidade da administração da companhia pelas informações financeiras pro forma

A administração da companhia é responsável pela compilação das informações financeiras pro


forma com base no Comunicado CTG 06.

Responsabilidade do auditor independente


Nossa responsabilidade é expressar uma opinião, conforme requerido pela Comissão de Valores
Mobiliários, sobre se as informações financeiras pro forma foram compiladas pela administração da
companhia, em todos os aspectos relevantes, com base no Comunicado CTG 06.

Conduzimos nosso trabalho de acordo com a NBC TO 3420 – Trabalho de Asseguração sobre a
Compilação de Informações Financeiras Pro Forma Incluídas em Prospecto, emitida pelo Conselho
Federal de Contabilidade, equivalente à norma internacional emitida pela Federação Internacional
de Contadores ISAE 3420. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos
auditores e que os procedimentos de auditoria sejam planejados e executados com o objetivo de
obter segurança razoável de que a administração da companhia compilou, em todos os aspectos
relevantes, as informações financeiras pro forma com base no Comunicado CTG 06.

Para os fins deste trabalho, não somos responsáveis pela atualização ou reemissão de quaisquer
relatórios ou opiniões sobre quaisquer informações financeiras históricas usadas na compilação das
informações financeiras pro forma.

A finalidade das informações financeiras pro forma é a de exclusivamente ilustrar o impacto do


evento ou da transação relevante sobre as informações financeiras históricas da entidade, como se o
evento ou a transação tivesse ocorrido na data anterior selecionada para propósito ilustrativo. Dessa
forma, nós não fornecemos qualquer asseguração de que o resultado real do evento ou da transação
em [especificar data] teria sido conforme apresentado.

Um trabalho de asseguração razoável sobre se as informações financeiras pro forma foram


compiladas, em todos os aspectos relevantes, com base nos critérios aplicáveis, envolve a execução
de procedimentos para avaliar se os critérios aplicáveis adotados pela administração da companhia
na compilação das informações financeiras pro forma oferecem base razoável para apresentação dos
efeitos relevantes diretamente atribuíveis ao evento ou à transação, e para obter evidência suficiente
apropriada sobre se:
 os correspondentes ajustes pro forma proporcionam efeito apropriado a esses critérios; e
 as informações financeiras pro forma refletem a aplicação adequada desses ajustes às
informações financeiras históricas.

Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor independente, levando em


consideração seu entendimento sobre a companhia, sobre a natureza do evento ou da transação com
relação à qual as informações financeiras pro forma foram compiladas, bem como outras
circunstâncias relevantes do trabalho. O trabalho envolve ainda a avaliação da apresentação geral
das informações financeiras pro forma.

Acreditamos que a evidência obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião sobre
a compilação das informações financeiras pro forma.

Opinião

Em nossa opinião, as informações financeiras pro forma foram compiladas, em todos os aspectos
relevantes, com base no Comunicado CTG 06.

[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório)]


[Data do relatório do auditor independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador] (Alterado pela Revisão NBC 11)]
[Assinatura do auditor independente]
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, CTO 03, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2016

Emissão de relatório relacionado aos controles


mantidos pelas instituições autorizadas pela
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a prestar
serviços de depósito centralizado, custódia e
escrituração de valores mobiliários e de emissão de
certificado de valores mobiliários.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições


legais e regimentais e com fundamento no disposto na alínea “f” do Art. 6º do Decreto-Lei n.º
9.295/1946, alterado pela Lei n.º 12.249/2010, faz saber que foi aprovada em seu Plenário a
seguinte Norma Brasileira de Contabilidade (NBC), que tem por base o CT 03/2016 do Ibracon:

CTO 03 – EMISSÃO DE RELATÓRIO SOBRE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE


DEPÓSITO CENTRALIZADO, DE CUSTÓDIA, DE ESCRITURAÇÃO E DE EMISSÃO
DE CERTIFICADO DE VALORES MOBILIÁRIOS

Sumário Item
OBJETIVO 1
INTRODUÇÃO 2–3
ENTENDIMENTO E ORIENTAÇÃO 4 – 13
EXIGÊNCIAS ÉTICAS RELEVANTES 14
ABRANGÊNCIA DAS NORMAS 15 – 18
REPRESENTAÇÕES FORMAIS 19
RELATÓRIOS DE ASSEGURAÇÃO TIPOS 1 E 2 20 – 23
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS 24 – 25
MODELO DE RELATÓRIO 26
DESCRIÇÃO DE PROCEDIMENTOS APLICÁVEIS NOS TRABALHOS 27
VIGÊNCIA
ANEXOS I a IV

Objetivo

1. Este Comunicado Técnico tem por objetivo orientar os auditores independentes na emissão de
relatórios sobre os controles relacionados aos serviços de depósito centralizado, custódia e
escrituração de valores mobiliários e de emissão de certificado de valores mobiliários, para
atendimento aos requerimentos das seguintes Instruções (ICVMs) emitidas pela Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) vigentes a partir de 1º de julho de 2014:
 ICVM n.º 541/2013: Dispõe sobre a prestação de serviços de depósito centralizado de
valores mobiliários;
 ICVM n.º 542/2013: Dispõe sobre a prestação de serviços de custódia de valores
mobiliários; e
 ICVM n.º 543/2013: Dispõe sobre a prestação de serviços de escrituração de valores
mobiliários e de emissão de certificado de valores mobiliários.

Introdução

2. Em 20 de dezembro de 2013, a CVM emitiu as instruções n.os 541, 542 e 543, que revogaram
a Instrução CVM n.º 89/1988, entre outras, com o objetivo de aprimorar a regulamentação
sobre a prestação de serviços relacionados à infraestrutura de mercado, com vistas a assegurar
a existência e detenção de ativos financeiros ofertados publicamente ou negociados em
mercados organizados e estabelecendo em seus dispositivos determinadas obrigações e
responsabilidades que envolvem os escrituradores, custodiantes e depositários centrais.

3. Ainda, as citadas instruções estabelecem o requerimento para que o diretor estatutário da


organização prestadora de serviços responsável pelo cumprimento de normas encaminhe à
CVM relatório contendo a descrição, o projeto e a eficácia operacional dos controles,
elaborado pela administração, bem como relatório de asseguração emitido por auditor
independente registrado na CVM nos termos da NBC TO 3402 – Relatórios de Asseguração
de Controles em Organização Prestadora de Serviços (ISAE 3402), sendo:
 Relatório Tipo 1 – quando da solicitação de autorização para prestação dos serviços; e
 Relatório Tipo 2 – anualmente, com prazo de emissão até o último dia útil do mês de abril
do exercício subsequente.
A ICVM n.º 541, adicionalmente, requer que o auditor independente emita relatório
específico quando do encerramento da prestação dos serviços cobertos pelas referidas
instruções, nos casos em que a autorização concedida for cancelada a pedido do depositário
central. Nesses casos, o auditor independente deve avaliar qual relatório de auditoria é o mais
apropriado às circunstâncias.

Entendimento e orientação

4. A NBC TO 3402 é requerida para trabalhos de asseguração executados a partir de 15 de julho


de 2011.

5. A NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para Trabalhos de


Asseguração estabelece que o trabalho de asseguração pode ser de “asseguração razoável” ou
de “asseguração limitada”, que, por sua vez, pode ser um trabalho “baseado em afirmações”
ou de “relatório direto” e que a conclusão do relatório de asseguração para trabalho baseado
em afirmações pode ser redigida em termos da afirmação da parte responsável ou diretamente
em termos do objeto e dos critérios. A NBC TO 3402 trata somente de trabalhos baseados em
afirmações que proporcionam segurança razoável, cuja conclusão do relatório de asseguração
é redigida diretamente em termos do objeto e dos critérios.

6. O item 3 da NBC TO 3402 trata da aplicação da norma: “Esta norma se aplica somente
quando a organização prestadora de serviços é responsável pelo adequado projeto de
controles, ou consegue de outra forma fazer uma afirmação sobre eles.” A NBC TO 3402
define que a afirmação da organização prestadora de serviços é a afirmação por escrito sobre
os assuntos referidos nas definições de “relatório sobre a descrição e o projeto de controles”.
7. A NBC TO 3402 trata dos trabalhos de asseguração executados por contador, que atua na
prática da auditoria independente, para fornecer relatório a ser utilizado por entidades usuárias
e seus auditores sobre os controles em organização prestadora de serviços, que presta serviço
a essas entidades usuárias, e que é provavelmente relevante para o controle interno dessas
entidades por estar relacionado com relatórios financeiros.

8. No caso em questão, os usuários previstos são a própria instituição financeira prestadora dos
referidos serviços, os demais usuários que se utilizam do relatório e a CVM, autarquia federal,
que estabelece as condições, os procedimentos, os controles e os informes desses serviços,
bem como a necessidade de procedimentos de verificação por parte dos auditores
independentes, em relação à NBC TO 3402.

9. De acordo com o item 8 da NBC TO 3402, os objetivos do auditor da organização prestadora


de serviços são:
(a) obter segurança razoável, em todos os aspectos relevantes, com base em critérios
adequados de que:
(i) a descrição do sistema da organização prestadora de serviços apresenta
adequadamente o sistema que foi projetado e implementado durante o período
especificado (ou no caso de relatório tipo 1, na data especificada);
(ii) os controles relacionados com os objetivos dos controles especificados na descrição
do sistema da organização prestadora de serviços foram adequadamente projetados e
implementados durante o período especificado (ou no caso de relatório tipo 1, na
data especificada); e
(iii) quando incluídos no alcance do trabalho, os controles operaram de maneira efetiva
para fornecer segurança razoável de que os objetivos dos controles especificados na
descrição do sistema da organização prestadora de serviços foram alcançados durante
o período especificado; e
(b) emitir relatório sobre os assuntos da alínea “a”, de acordo com as constatações do auditor
da organização prestadora de serviços.

10. A NBC TO 3402 orienta que o auditor da organização prestadora de serviços não deve
declarar o cumprimento desta norma, a menos que tenha cumprido os requisitos da NBC TO
3402 e da NBC TO 3000 – Trabalho de Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão.

11. As condições para aplicação da NBC TO 3402 para atendimento das ICVMs descritas no item
2 estão presentes nos trabalhos objeto deste comunicado, uma vez que as instituições
autorizadas pela CVM a prestar serviços de depósito centralizado, custódia e escrituração de
valores mobiliários e de emissão de certificado de valores mobiliários são responsáveis por
estabelecer os controles sobre os sistemas a serem utilizados na prestação dos referidos
serviços.

12. Exceto para os casos de solicitação de autorização para prestação de serviços, relatório tipo 1,
para atender aos requerimentos das ICVMs n.os 541, 542 e 543, além de avaliar a descrição e
o projeto, o auditor independente deve realizar procedimentos para testar a eficácia
operacional dos controles sobre esse sistema.

13. De forma a orientar os auditores independentes na execução dos trabalhos necessários para
emissão dos relatórios de acordo com a NBC TO 3402, este comunicado inclui, no Anexo IV,
escopo sugerido a ser considerado na avaliação dos controles internos de instituição
prestadora dos serviços de depósito centralizado de valores mobiliários, custódia de valores
mobiliários e escrituração de valores mobiliários. O escopo sugerido no referido anexo não é
exaustivo, e caberá ao auditor exercer julgamento profissional para identificar eventuais
alterações no escopo ou objetivos de controle que ele julgue necessários para realizar, de
forma adequada, a prestação dos referidos serviços e para permitir a emissão de seu relatório
de acordo com a NBC TO 3402.

Exigências éticas relevantes

14. O auditor deve cumprir as exigências éticas relevantes, incluindo aquelas pertinentes à
independência, relacionadas aos trabalhos de asseguração.

Abrangência das normas

15. O escopo sugerido de revisão a ser coberto nos trabalhos de asseguração apresentado no
Anexo IV deve ser aplicado sobre todas as etapas de prestação dos serviços de que tratam as
ICVMs n.os 541, 542 e 543, inclusive as posições próprias, o que pode compreender diferentes
áreas da instituição que realizarem atividades relacionadas a estas normas.

16. Ainda com relação ao escopo sugerido apresentado no Anexo IV, deverá ser observado que a
revisão dos riscos e controles deve abranger todos os valores mobiliários tratados nos
processos da prestação dos serviços e das posições próprias.

17. Ao planejar o escopo dos trabalhos comentados neste comunicado, o auditor independente
deve considerar a definição da CVM do que são valores mobiliários, a saber: (i) todos os itens
listados nos incisos I ao VIII do Art. 2º da Lei n.º 6.385/1976; (ii) quaisquer outros criados
por lei ou regulamentação específica, como os certificados de recebíveis imobiliários (CRIs),
os certificados de investimentos audiovisuais e as cotas de fundos de investimento imobiliário
(FIIs), entre outros; e (iii) quaisquer outros que se enquadrem no inciso IX da Lei n.º
6.385/1976, conforme descrito no próximo item.

18. Em complemento à definição de valores mobiliários apresentada no item 17, a Lei n.º
10.303/2001 incorporou esse conceito ao seu Art. 2º da Lei n.º 6.385/1976, que vigora com a
seguinte redação:
“Art. 2º São valores mobiliários sujeitos ao regime desta Lei:
I - as ações, debêntures e bônus de subscrição;
II - os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos
aos valores mobiliários referidos no inciso II;
III - os certificados de depósito de valores mobiliários;
IV - as cédulas de debêntures;
V - as cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de clubes de investimento
em quaisquer ativos;
VI - as notas comerciais;
VII - os contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam
valores mobiliários;
VIII - outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subjacentes; e
IX - quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos ou contratos de investimento
coletivo, que gerem direito de participação, de parceria ou de remuneração, inclusive
resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor
ou de terceiros.
§ 1º Excluem-se do regime desta Lei:
I - os títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal;
II - os títulos cambiais de responsabilidade de instituição financeira, exceto as
debêntures."

Representações formais

19. O auditor da organização prestadora de serviços deve obter, dos responsáveis pela
organização prestadora de serviços, representações formais:
(a) que ratificam a afirmação que acompanha a descrição do sistema;
(b) que ela forneceu todas as informações e acesso acordados; e
(c) que ela divulgou para o seu auditor qualquer um dos assuntos abaixo sobre os quais tem
conhecimento:
(i) não cumprimento de leis e regulamentos, fraude ou desvios não corrigidos atribuíveis
à organização prestadora de serviços que podem afetar uma ou mais entidades
usuárias;
(ii) deficiências no projeto de controles;
(iii) casos em que os controles não operaram conforme descrito; e
(iv) quaisquer eventos subsequentes ao período coberto pela descrição do sistema da
organização prestadora de serviços, até a data do seu relatório de asseguração, que
possam ter efeito significativo sobre esse relatório de asseguração.
As representações devem estar na forma de carta de representação, endereçada ao auditor da
organização prestadora de serviços, datadas o mais próximo possível, mas não depois da data
do relatório de asseguração do auditor.

Relatórios de asseguração tipos 1 e 2

20. A NBC TO 3402 apresenta dois tipos de relatórios:


 Relatório
Tipo 1 – Relatório sobre a descrição e o projeto de controles em organização prestadora
de serviços; e
 Relatório
Tipo 2 – Relatório sobre a descrição, o projeto e a eficácia operacional dos controles em
organização prestadora de serviços.

21. O Relatório de Asseguração do Tipo 2 difere do Tipo 1 pela inclusão de asseguração dos
controles testados, enquanto o Tipo 1 assegura apenas o projeto dos controles especificados.

22. O conteúdo do Relatório de Asseguração do auditor da organização prestadora de serviços


está descrito no item 53 da NBC TO 3402. O item 53(k) descreve o tipo de opinião a ser
emitida nos relatórios do Tipo 1 ou do Tipo 2, conforme descrito abaixo:
(a) no caso de Relatório Tipo 1:
(i) a descrição apresenta adequadamente o sistema da organização prestadora de
serviços que foi projetado e implementado na data especificada; e
(ii) os controles relacionados com os objetivos de controle especificados na descrição do
sistema da organização prestadora de serviços foram adequadamente projetados na
data especificada;
(b) no caso de Relatório Tipo 2:
(i) a descrição apresenta, adequadamente, o sistema da organização prestadora de
serviços que foi projetado e implementado durante o período especificado;
(ii) os controles relacionados com os objetivos de controle especificados na descrição do
sistema da organização prestadora de serviços foram adequadamente projetados
durante o período especificado; e
(iii) os controles testados, que foram aqueles necessários para fornecer segurança
razoável de que os objetivos de controle especificados na descrição foram
alcançados, operaram de maneira efetiva durante o período especificado.

23. Destacamos que os apêndices da NBC TO 3402 apresentam exemplos ilustrativos de


relatórios de asseguração do auditor da organização prestadora de serviços e respectivas
afirmações das organizações prestadoras de serviços, inclusive, exemplos de relatório
contendo modificações.

Disposições transitórias

24. Conforme mencionado no item 4 deste comunicado, as Instruções da CVM n.os 541, 542 e
543 entraram em vigor a partir de 1º de julho de 2014. Nas disposições finais, a CVM
estabeleceu as seguintes disposições transitórias:
(a) ICVM n.º 541 para serviços de depósito centralizado de valores mobiliários: Art. 47 – O
depositário central que já esteja autorizado ou cujo pedido de registro já esteja
protocolizado na CVM deve se adaptar à instrução em até 1 (um) ano e 6 (seis) meses
após a entrada em vigor da norma;
(b) ICVM n.º 542 para prestação de serviços de custódia de valores mobiliários – Art. 22 –
As instituições já autorizadas à prestação de serviços de custódia de valores mobiliários
devem adaptar-se ao disposto nesta instrução em até 1 (um) ano e 6 (seis) meses após a
entrada em vigor da norma. O cronograma para o processo de adaptação dos custodiantes
foi estipulado no Ofício-Circular da CVM n.º 01/2015, emitido em 8 de janeiro de 2015
pela Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI);
(c) ICVM n.º 543 para prestação de serviços de escrituração de valores mobiliários e de
emissão de certificados de valores mobiliários – Art. 33 – As instituições já autorizadas à
prestação de serviços de escrituração de valores mobiliários e de emissão de valores
mobiliários devem adaptar-se ao disposto nesta instrução em até 1 (um) ano e 6 (seis)
meses após a entrada em vigor da norma. O cronograma para o processo de adaptação
dos escrituradores foi estipulado no Ofício-Circular da CVM n.º 02/2015, emitido em 23
de janeiro de 2015 pela Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários
(SMI).

25. Conforme
mencionado acima, as referidas ICVMs entraram em vigor em 1º de julho de 2014 e os
administradores possuem o prazo de 1 (um) ano e 6 (seis) meses para adaptação. Para os
prestadores de serviços já habilitados pela CVM até a data em vigor dessas novas normas e
que já elaboravam o relatório na forma da ICVM n.º 89/1988, a CVM informa nos ofícios-
circulares CVM n.os 01/2015 e 02/2015 que será admitida a entrega do relatório previsto no
Art. 8º da ICVM n.º 89/1988 para o exercício de referência de 2014. Para esses casos, deverá
ser adotado o modelo de relatório do Anexo III deste comunicado.

Modelo de relatório
26. Com o
objetivo de manter a consistência por parte dos auditores independentes na emissão dos
relatórios objeto deste comunicado, os anexos I, II e III contêm modelos de relatório. Os
referidos modelos não contemplam eventuais modificações que podem ser necessárias em
circunstâncias específicas. O exemplo de relatório explicitado neste documento é apenas para
orientação e não pretende ser completo ou aplicável a todas as situações.

Descrição de procedimentos aplicáveis nos trabalhos

27. O Anexo
IV apresenta um escopo exemplificativo a ser considerado na avaliação dos controles internos
de organização prestadora dos serviços de depósito centralizado de valores mobiliários,
custódia de valores mobiliários e escrituração de valores mobiliários, para atendimento aos
requerimentos das instruções n.os 541, 542 e 543 emitidas pela CVM.

Vigência

Este comunicado entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 25 de novembro de 2016.

Contador Joaquim de Alencar Bezerra Filho


Presidente em Exercício

Ata CFC n.º 1.024.

ANEXOS:

 ANEXO I – Modelo de relatório de asseguração dos auditores independentes sobre a


descrição de controles e seu projeto (Relatório Tipo 1).
 ANEXO II – Modelo de relatório de asseguração dos auditores independentes sobre a
descrição, projeto e eficácia operacional dos controles (Relatório Tipo 2).
 ANEXO III – Modelo de relatório de asseguração limitada dos auditores independentes
para atendimento aos ofícios-circulares da CVM n.º 01/2015 e 02/2015, no que se refere à
entrega do relatório previsto no Art. 8º da ICVM n.º 89/1988 (especificamente para o
exercício de 2014).
 ANEXO IV – Escopo exemplificativo a ser considerado na avaliação dos controles
internos de organização prestadora dos serviços de depósito centralizado de valores
mobiliários, custódia de valores mobiliários e escrituração de valores mobiliários, para
atendimento aos requerimentos das instruções n.os 541, 542 e 543 emitidas pela CVM.

ANEXO I – MODELO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO DOS AUDITORES


INDEPENDENTES SOBRE A DESCRIÇÃO DE CONTROLES E SEU PROJETO
(RELATÓRIO TIPO 1)
Relatório de Asseguração dos Auditores Independentes sobre a descrição de controles e seu
projeto
[ Destinatário apropriado - Organização Prestadora de Serviços XYZ ]
[ Nome da instituição ]

Alcance

Fomos contratados para emitir um relatório sobre a descrição elaborada pela Organização
Prestadora de Serviços XYZ, (páginas bb a cc) do seu sistema adotado na prestação de serviços de
ações escriturais, de custódia de valores mobiliários e de agente emissor de certificados, (ajustar
para a situação específica) em [data] (“descrição”), e sobre o projeto de controles relacionados com
os objetivos de controle especificados na descrição, para fins de atendimento à Instrução CVM n.o
[541, 542 ou 543 – adaptar conforme apropriado].

Não realizamos quaisquer procedimentos com relação à eficácia operacional dos controles incluídos
na descrição e, portanto, não foi expressa nenhuma opinião sobre isso.

Responsabilidades da Organização Prestadora de Serviços XYZ

A administração da Organização Prestadora de Serviços XYZ é responsável por: (i) elaborar a


descrição e a correspondente afirmação (página aa), incluindo a integridade, a precisão e o método
de apresentação da descrição e da afirmação referentes ao sistema adotado na prestação de serviços
de ações escriturais, de custódia de valores mobiliários e de agente emissor de certificados (adaptar
conforme apropriado para contemplar apenas os serviços prestados pela Organização
Prestadora de Serviços XYZ), para atender aos requerimentos da Instrução n.o [541, 542 ou 543 –
adaptar conforme apropriado], emitida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 20 de
dezembro de 2013 (“Instrução CVM n.os 541, 542 ou 543” – adaptar conforme apropriado); (ii)
prestar os serviços incluídos na descrição; (iii) especificar os objetivos de controle; e (iv) projetar,
implementar e operacionalizar os controles de maneira efetiva para alcançar os objetivos de
controle especificados.

Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre a descrição elaborada pela Organização
Prestadora de Serviços XYZ do sistema adotado na prestação de serviços de ações escriturais, de
custódia de valores mobiliários e de agente emissor de certificados (adaptar conforme apropriado
para contemplar apenas os serviços prestados pela Organização Prestadora de Serviços
XYZ), para atender aos requerimentos da Instrução CVM n.o [541, 542 ou 543 – adaptar conforme
apropriado], com base em nossos procedimentos. Conduzimos nosso trabalho de acordo com a
NBC TO 3402 – Relatórios de Asseguração de Controles em Organização Prestadora de Serviços,
emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Essa norma requer o cumprimento de
exigências éticas pelos auditores e que o trabalho seja planejado e executado para a obtenção de
segurança razoável sobre se a descrição está apresentada adequadamente, em todos os aspectos
relevantes, e se os controles foram apropriadamente projetados.

O trabalho de asseguração para emitir um relatório sobre a descrição e o projeto dos controles da
Organização Prestadora de Serviços XYZ envolve a execução de procedimentos selecionados para
obtenção de evidência sobre as divulgações na descrição do seu sistema e o projeto dos controles.
Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos
riscos de que a descrição não esteja apresentada adequadamente e de que os controles não foram
apropriadamente projetados. O trabalho de asseguração desse tipo também inclui a avaliação da
apresentação geral da descrição, da adequação dos objetivos nela especificados e da adequação dos
critérios especificados pela Organização Prestadora de Serviços XYZ e descritos na página [aa].

Conforme observado acima, não executamos quaisquer procedimentos em relação à eficácia


operacional dos controles incluídos na descrição e, portanto, não expressamos nenhuma opinião
sobre isso.

Acreditamos que a evidência obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Limitações de controles em organização prestadora de serviços

A descrição, elaborada pela Organização Prestadora de Serviços XYZ, do sistema adotado na


prestação de serviços de ações escriturais, de custódia de valores mobiliários e de agente emissor de
certificados (adaptar conforme o caso para contemplar apenas os serviços prestados pela
Organização Prestadora de Serviços XYZ) foi elaborada para atender aos requerimentos da
Instrução CVM n.o [541, 542 ou 543 – adaptar conforme apropriado]. Devido à sua natureza, os
controles da Organização Prestadora de Serviços XYZ podem não prevenir ou detectar todos os
erros ou omissões no processamento ou no relato das transações.

Opinião

Nossa opinião foi fundamentada nos assuntos descritos neste relatório. Os critérios utilizados na
formação de nossa opinião são aqueles descritos na página [aa]. Em nossa opinião, em todos os
aspectos relevantes:
(a) a descrição apresenta adequadamente o sistema adotado na prestação de serviços de ações
escriturais, de custódia de valores mobiliários e de agente emissor de certificados (adaptar
conforme o caso para contemplar apenas os serviços prestados pela Organização
Prestadora de Serviços XYZ), para atender aos requerimentos da Instrução CVM n.o [541,
542 ou 543 – adaptar conforme apropriado], conforme projetado e implementado em [data]; e
(b) o projeto de controles relacionados com os objetivos de controle especificados na descrição foi
considerado adequado em [data].

Usuários previstos e objetivo

Este relatório se destina exclusivamente à Organização Prestadora de Serviços XYZ e à Comissão


de Valores Mobiliários (CVM), para atender aos requerimentos da Instrução CVM n.o [541, 542 ou
543 – adaptar conforme apropriado] e não deve ser apresentado ou distribuído a terceiros, tendo em
vista sua finalidade específica descrita no primeiro parágrafo.

[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório]
[Assinatura do auditor independente]
ANEXO II – MODELO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO DOS AUDITORES
INDEPENDENTES SOBRE A DESCRIÇÃO, PROJETO E EFICÁCIA OPERACIONAL
DOS CONTROLES (RELATÓRIO TIPO 2)

Relatório de Asseguração dos Auditores Independentes sobre a descrição, projeto e eficácia


operacional dos controles

[ Destinatário apropriado - Organização Prestadora de Serviços XYZ ]


[ Nome da instituição ]

Alcance

Fomos contratados para emitir um relatório sobre a descrição elaborada pela Organização
Prestadora de Serviços XYZ, (páginas bb a cc) do seu sistema adotado na prestação de serviços de
ações escriturais, de custódia de valores mobiliários e de agente emissor de certificados, (ajustar
para cada situação específica) para o período de [data] a [data] (“descrição”), e sobre o projeto de
controles relacionados com os objetivos de controle especificados na descrição, para fins de
atendimento à Instrução CVM n.o [541, 542 ou 543 – adaptar conforme apropriado].

Responsabilidades da Organização Prestadora de Serviços XYZ

A administração da Organização Prestadora de Serviços XYZ é responsável por: (i) elaborar a


descrição e a correspondente afirmação (página aa), incluindo a integridade, a precisão e o método
de apresentação da descrição e da afirmação referentes ao sistema adotado na prestação de serviços
de ações escriturais, de custódia de valores mobiliários e de agente emissor de certificados (adaptar
conforme apropriado para contemplar apenas os serviços prestados pela Organização
Prestadora de Serviços XYZ), para atender aos requerimentos da Instrução n.o [541, 542 ou 543 –
adaptar conforme apropriado], emitida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 20 de
dezembro de 2013 (“Instrução CVM 541, 542 ou 543” – adaptar conforme apropriado); (ii) prestar
os serviços incluídos na descrição; (iii) especificar os objetivos de controle; e (iv) projetar,
implementar e operacionalizar os controles de maneira efetiva para alcançar os objetivos de
controle especificados.

Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre a descrição elaborada pela Organização
Prestadora de Serviços XYZ do sistema adotado na prestação de serviços de ações escriturais, de
custódia de valores mobiliários e de agente emissor de certificados (adaptar conforme o caso para
contemplar apenas os serviços prestados pela Organização Prestadora de Serviços XYZ), para
atender aos requerimentos da Instrução CVM n.o [541, 542 ou 543 – adaptar conforme apropriado],
bem como sobre o projeto e a operação de controles relacionados com os objetivos de controle
especificados nessa descrição, com base em nossos procedimentos. Conduzimos nosso trabalho de
acordo com a NBC TO 3402 – Relatórios de Asseguração de Controles em Organização Prestadora
de Serviços, emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade. A referida norma requer o
cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que o trabalho seja planejado e executado para a
obtenção de segurança razoável sobre se a descrição está apresentada adequadamente, em todos os
aspectos relevantes, e se os controles foram apropriadamente projetados e estão operando
efetivamente.

O trabalho de asseguração para emitir um relatório sobre a descrição, o projeto e a eficácia


operacional dos controles da Organização Prestadora de Serviços XYZ envolve a execução de
procedimentos selecionados para a obtenção de evidência sobre as divulgações na descrição do seu
sistema, projeto e eficácia operacional dos controles. Os procedimentos selecionados dependem do
julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de que a descrição não esteja apresentada
adequadamente e de que os controles não foram apropriadamente projetados ou não estão operando
efetivamente. Nossos procedimentos incluíram testes da eficácia operacional dos controles que
consideramos necessários para fornecer segurança razoável de que os objetivos de controle
especificados na descrição foram alcançados. O trabalho de asseguração desse tipo também inclui a
avaliação da apresentação geral da descrição, da adequação dos objetivos nele especificados e da
adequação dos critérios especificados pela Organização Prestadora de Serviços XYZ e descritos na
página [aa].

Acreditamos que a evidência obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Limitações de controles em organização prestadora de serviços

A descrição, elaborada pela Organização Prestadora de Serviços XYZ, do sistema adotado na


prestação de serviços de ações escriturais, de custódia de valores mobiliários e de agente emissor de
certificados (adaptar conforme o caso para contemplar apenas os serviços prestados pela
Organização Prestadora de Serviços XYZ) foi elaborada para atender aos requerimentos da
Instrução CVM n.o [541, 542 ou 543 – adaptar conforme apropriado]. Devido à sua natureza, os
controles da Organização Prestadora de Serviços XYZ podem não prevenir ou detectar todos os
erros ou omissões no processamento ou no relato das transações. Ainda, a projeção de qualquer
avaliação da eficácia para períodos futuros está sujeita ao risco de que os controles da Organização
Prestadora de Serviços XYZ podem se tornar inadequados ou falhar.

Opinião

Nossa opinião foi fundamentada nos assuntos descritos neste relatório. Os critérios utilizados na
formação de nossa opinião são aqueles descritos na página [aa]. Em nossa opinião, em todos os
aspectos relevantes:
(a) a descrição apresenta adequadamente o sistema adotado na prestação de serviços de ações
escriturais, de custódia de valores mobiliários e de agente emissor de certificados (adaptar
conforme o caso para contemplar apenas o(s) serviço(s) prestado(s) pela Organização
Prestadora de Serviços XYZ), para atender aos requerimentos da Instrução CVM n.o [541,
542 ou 543 – adaptar conforme apropriado], que foi desenhado e implementado durante o
período de [data] a [data];
(b) o projeto dos controles relacionados com os objetivos de controle especificados na descrição
foi adequado durante o período de [data] a [data]; e
(c) os controles testados, necessários para fornecer segurança razoável de que os objetivos de
controle especificados na descrição foram alcançados, operaram com eficácia durante o período
de [data] a [data].

Descrição dos testes de controle

Os controles testados, a natureza, a época e os resultados desses testes estão relacionados nas
páginas [yy-zz].

Usuários previstos e objetivo

Este relatório e a descrição dos testes de controles nas páginas [yy-zz] são destinados
exclusivamente à Organização Prestadora de Serviços XYZ e à Comissão de Valores Mobiliários
(CVM), para atender aos requerimentos da Instrução CVM n.o [541, 542 ou 543 – adaptar conforme
apropriado], e não deve ser apresentado ou distribuído a terceiros, tendo em vista sua finalidade
específica descrita no primeiro parágrafo.

[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório]
[Assinatura do auditor independente]

ANEXO III – MODELO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO LIMITADA DOS


AUDITORES INDEPENDENTES PARA ATENDIMENTO AOS OFÍCIOS-CIRCULARES
DA CVM N.os 01/2015 E 02/2015, NO QUE SE REFERE À ENTREGA DO RELATÓRIO
PREVISTO NO ARTIGO 8º DA ICVM N.º 89/1988

Relatório de asseguração limitada dos auditores independentes para atendimento a [incluir a


instrução/comunicado da CVM que orienta quanto à transição]
[ Destinatário apropriado - Organização Prestadora de Serviços XYZ ]
[ Nome da Instituição ]

Fomos contratados para realizar um serviço de asseguração limitada sobre o projeto de controles [e
a eficácia operacional, caso aplicável e caso o relatório anterior da ICVM n.º 89/1988 assim
considerasse] dos controles dos processos [incluir os processos], em operação durante o período de
[data] a [data] de acordo com os critérios descritos no Anexo I, para fins de atendimento [incluir a
instrução/comunicado da CVM que traz as informações quanto à transição conforme aplicável, de
acordo com item 24 deste comunicado], de XX de XXXX de XX. As informações fornecidas pela
administração da Organização Prestadora de Serviços XYZ, quanto aos aspectos gerais sobre o
ambiente de controles internos relacionados à prestação dos serviços de [incluir quais são os
serviços prestados], estão descritas no Anexo II.

Responsabilidade da administração

A administração da Organização Prestadora de Serviços XYZ é responsável pelo projeto de


controles, pela implantação e pela operação do ambiente de controles internos que atenda aos
objetivos de qualidade, segurança e exatidão das informações geradas dos sistemas utilizados na
prestação dos serviços de que trata a [incluir a instrução/comunicado da CVM que traz as
orientações quanto à transição], mencionados no primeiro parágrafo da instrução.

Responsabilidade do auditor

Nossa responsabilidade é de expressar uma conclusão sobre o projeto [e a eficácia operacional,


caso aplicável e caso o relatório anterior da ICVM n.º 89/1988 assim considerasse] e dos controles
dos processos de [incluir os processos – por exemplo, serviços de custódia e/ou serviços de
escrituração e/ou serviços de depósito centralizado] adotados na prestação dos serviços de [incluir
quais são os serviços prestados], com base nos procedimentos destacados no Anexo I.

Procedimentos aplicados
Conduzimos nosso trabalho de acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade (NBC) TO 3000 –
Trabalho de Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão, emitida pelo Conselho Federal de
Contabilidade (CFC), a qual está de acordo com a International Standard on Assurance
Engagement (Isae) 3000, norma internacional para trabalhos de asseguração. A NBC TO 3000
exige o cumprimento com os padrões éticos e o planejamento e a realização do serviço para obter
asseguração limitada de que nenhuma questão tenha chegado ao nosso conhecimento que nos leve a
acreditar que o projeto [e a eficácia operacional, caso o relatório anterior da ICVM n.º 89/1988
assim considerasse] dos controles dos processos [incluir os processos] que asseguram a qualidade,
a segurança e a exatidão das informações geradas dos sistemas utilizados na prestação dos serviços
de [incluir quais são os serviços prestados] não esteja adequado, de acordo com os critérios
relacionados no Anexo I, em todos os seus aspectos relevantes.

Em um serviço de asseguração limitada, os procedimentos de obtenção de evidências são mais


limitados do que em serviço de asseguração razoável. Portanto, obtém-se um nível de asseguração
menor do que seria obtido em serviço de asseguração razoável. Os procedimentos selecionados
dependem do julgamento do auditor independente, incluindo a avaliação dos riscos do projeto de
controles dos processos [incluir os processos] que asseguram a qualidade, a segurança e a exatidão
das informações geradas dos sistemas utilizados na prestação dos serviços de [incluir quais são os
serviços prestados] não cumprir significativamente com os critérios. [o texto a seguir deve ser
incluído quando não forem efetuados testes sobre a eficácia operacional] Nossos procedimentos
não incluíram os testes da eficácia operacional dos controles e, consequentemente, não expressamos
uma conclusão sobre esse aspecto.

O trabalho compreendeu as seguintes etapas: (i) o planejamento dos trabalhos; (ii) a obtenção de
entendimento sobre a estrutura organizacional envolvida, processos estabelecidos e respectivos
aspectos tecnológicos utilizados na prestação dos serviços conforme detalhado no procedimento (x)
do Anexo I; e (iii) a revisão do projeto de controles [e da eficácia operacional, caso o relatório
anterior da ICVM n.º 89/1988 assim considerasse] dos controles de acordo com os procedimentos
destacados no item (y) do Anexo I.

Acreditamos que as evidências obtidas são suficientes e adequadas para constituir a base de nossa
conclusão.

Limitações inerentes

Nosso trabalho de asseguração limitada considerou o projeto de controles dos processos de [incluir
os processos] que asseguram a qualidade, a segurança e a exatidão das informações geradas dos
sistemas utilizados na prestação dos serviços de [incluir quais são os serviços prestados], em
operação em XX de XXXXXXXX de 20XX. Em virtude de eventuais mudanças (a) nos sistemas
ou nos controles; (b) nos requisitos dos processos; ou (c) outras possíveis mudanças de
circunstâncias, qualquer projeção da nossa conclusão para o futuro está sujeita ao risco de que a
atual situação não mais retrate os controles existentes em períodos futuros. Além disso, em razão de
sua natureza, os controles internos, implementados pela Organização Prestadora de Serviços XYZ,
podem não prevenir ou detectar e corrigir todos os erros ou omissões no seu sistema de prestação
dos serviços de [incluir quais são os serviços prestados].

Conclusão

Com base em nossos trabalhos de asseguração limitada, não temos conhecimento de quaisquer
desvios relevantes que nos levem a acreditar que o projeto de controles [e a eficácia operacional,
caso o relatório anterior da ICVM n.º 89/1988 assim considerasse] dos controles que asseguram a
qualidade, a segurança e a exatidão das informações geradas dos sistemas utilizados na prestação
dos serviços de [incluir quais são os serviços prestados], em operação em XX de XXXX de 20XX,
não esteja adequado, em todos os seus aspectos relevantes, em relação aos critérios estabelecidos no
Anexo I.

Restrições de uso e distribuição

Este relatório é para uso exclusivo da administração da Organização Prestadora de Serviços XYZ e
da Comissão de Valores Mobiliários e não deve ser apresentado ou distribuído a terceiros, tendo em
vista sua finalidade específica descrita no primeiro parágrafo.

[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório]
[Assinatura do auditor independente]

ANEXO IV – ESCOPO EXEMPLIFICATIVO A SER CONSIDERADO NA AVALIAÇÃO


DOS CONTROLES INTERNOS DE INSTITUIÇÃO PRESTADORA DOS SERVIÇOS DE
DEPÓSITO CENTRALIZADO DE VALORES MOBILIÁRIOS, CUSTÓDIA DE VALORES
MOBILIÁRIOS E ESCRITURAÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, PARA
ATENDIMENTO AOS REQUERIMENTOS DAS INSTRUÇÕES N.OS 541, 542 E 543
EMITIDAS PELA CVM.

Conteúdo
1. Introdução
2. Controles no nível da entidade
3. Objetivos de controle relacionados à prestação dos serviços
3.1. Controles dos processos operacionais da prestação dos serviços
3.1.1. Macro processos e objetivos de controle relacionados à ICVM n.° 541
3.1.2. Macro processos e objetivos de controle relacionados à ICVM n.° 542
3.1.3. Macro processos e objetivos de controle relacionados à ICVM n.° 543
3.2. Controles gerais dos processos de tecnologia da informação (TI)

1. Introdução

Este documento tem por objetivo apresentar um escopo exemplificativo a ser considerado na
avaliação dos controles internos de organização prestadora dos serviços de depósito centralizado de
valores mobiliários, custódia de valores mobiliários e escrituração de valores mobiliários, para
atendimento aos requerimentos das instruções n.os 541, 542 e 543 emitidas pela Comissão de
Valores Mobiliários (CVM).

O escopo sugerido a seguir não é exaustivo e cabe ao auditor exercer julgamento profissional para
identificar eventuais alterações no escopo ou objetivos de controle que ele julgue necessários para
realizar de forma adequada a prestação dos referidos serviços e para permitir a emissão de seu
relatório de acordo com a NBC TO 3402.

Conforme a NBC TO 3402, a responsabilidade por elaborar a descrição do sistema de prestação do


serviço, incluindo os objetivos de controle e os respectivos controles relacionados, é da
administração da instituição prestadora do serviço, que também é responsável por elaborar suas
afirmações sobre a adequação da sua descrição e dos seus controles internos e por estabelecer uma
base razoável para suportar suas afirmações sobre o serviço prestado.

A responsabilidade do auditor é a de emitir uma opinião sobre a descrição da administração e sobre


o projeto de controles e, no caso do relatório Tipo 2 da NBC TO 3402, sobre a operação dos
controles relacionados aos objetivos de controle indicados na descrição da administração, com base
em procedimentos de verificação selecionados pelo auditor para obtenção de evidências suficientes
para emissão de sua opinião.

2. Controles no nível da entidade (Entity Level Control (ELC))

Componentes Princípios
Ambiente de controle • Demonstra compromisso com a integridade e os valores éticos.
• Exerce a responsabilidade pela supervisão dos controles.
• Estabelece a estrutura, autoridade e responsabilidade.
• Demonstra o compromisso com a competência.
• Reforça a responsabilidade.
Avaliação de riscos • Estabelece os objetivos.
• Identifica e analisa o risco.
• Avalia o risco de fraude.
• Identifica e analisa mudanças significativas.
Atividades de controle • Seleciona e desenvolve atividades de controle.
• Seleciona e desenvolve controles gerais de tecnologia.
• Implanta políticas e procedimentos.
Informação e comunicação • Uso de informação relevante.
• Comunicação interna.
• Comunicação externa.
• Plano de continuidade de negócios.
Monitoramento dos • Realiza avaliações contínuas e/ou separadas.
controles • Avalia e comunica deficiências.
• Estabelece estruturas de auditoria interna e de supervisão dos
controles.

3. Objetivos de controle relacionados à prestação dos serviços


3.1. Controles dos processos operacionais da prestação dos serviços
3.1.1. Macro processos e objetivos de controle relacionados à ICVM n.° 541

Processo Objetivo de controle


Cadastro de Proporcionar segurança razoável de que o cadastro e a alteração das
participantes informações dos participantes nos sistemas internos estejam completos,
corretos e autorizados.
Contas de depósito Proporcionar segurança razoável de que as contas de depósito sejam
individualizadas por instituições financeiras autorizadas em nome dos
investidores finais.
Registro de ativos Proporcionar segurança razoável de que as operações registradas nos
sistemas internos existam e sejam válidas de acordo com as normas e
regulamentos definidos.
Existência de ativos Proporcionar segurança razoável de que a existência dos ativos
registrados nos sistemas internos esteja correta, completa e que
correspondam à posição dos emissores.
Registro de operações Proporcionar segurança razoável de que as movimentações e eventos
incidentes sobre os ativos registrados pelos participantes existam e
sejam adequados.
Monitoramento de Proporcionar segurança razoável de que os ônus e gravames incidentes
incidentes e/ou divergências dos ativos depositados sejam registrados, detectados
e corrigidos tempestivamente.
Emissão de extratos Proporcionar segurança razoável de que os extratos mensais dos
investidores sejam gerados de forma correta, completa e emitidos até o
10º dia útil do mês subsequente às movimentações.
Liquidação física e Proporcionar segurança razoável de que a liquidação física e financeira
financeira das operações nos sistemas internos ocorra de forma correta, completa,
autorizada e tempestiva.
Segregação de Proporcionar segurança razoável sobre a adequada segregação das
atividades atividades da depositária

3.1.2. Macro processos e objetivos de controle relacionados à ICVM n.° 542

Macro processos e objetivos de controle gerais aplicáveis a clientes investidores e emissores:

Processo Objetivo de controle


Cadastro e alteração de Proporcionar segurança razoável de que o cadastro, a alteração e o
clientes encerramento das informações do contrato do cliente nos sistemas
internos e nas centrais depositárias estejam completos e corretos.
Liquidação física e Proporcionar segurança razoável de que as operações de compra,
financeira venda e cessão de ativos são realizadas de maneira correta, autorizada
e tempestiva.
Atos corporativos / Proporcionar segurança razoável de que as informações sobre os atos
societários (corporate corporativos (corporate actions) são recebidas de fonte autorizada e
actions) registradas nas carteiras dos clientes de maneira correta e tempestiva.
Conciliação de ativos Proporcionar segurança razoável de que as posições financeiras dos
ativos constantes nas carteiras dos clientes são conciliadas com fonte
autorizada de maneira correta, e as exceções são identificadas,
investigadas e regularizadas tempestivamente.
Cadastro de ativos Proporcionar segurança razoável de que os ativos de renda fixa e de
renda variável são registrados nos sistemas internos de maneira correta.
Transferência da Proporcionar segurança razoável de que os ativos sejam transferidos de
custódia maneira correta, autorizada e tempestiva.
Prestação de Proporcionar segurança razoável de que as posições físicas e
informações financeiras são disponibilizadas para os clientes de maneira correta e
tempestiva.
Segregação de Proporcionar segurança razoável de que haja segregação adequada das
atividades atividades de custódia.
Registro de gravame de Proporcionar segurança razoável de que o registro de gravames sobre
ativos os ativos nos sistemas internos e externos, se aplicável, seja feito de
forma correta, autorizada e tempestiva.

Macro processos e objetivos de controle complementares aplicáveis a Fundos de Investimentos em


Direitos Creditórios (FIDC):

Processo Objetivo de controle


Validação dos direitos Proporcionar segurança razoável de que os direitos creditórios estejam
creditórios válidos em relação aos critérios de elegibilidade estabelecidos no
regulamento.
Documentação dos Proporcionar segurança razoável de que a documentação que evidencia
direitos creditórios o lastro dos direitos creditórios esteja completa e correta e seja mantida
atualizada e em perfeita ordem.
Verificação de lastro Proporcionar segurança razoável de que o lastro dos direitos creditórios
seja verificado trimestralmente para assegurar que a documentação
referente ao lastro esteja completa e correta.
Guarda física Proporcionar segurança razoável de que a custódia e a guarda física da
documentação relativa aos direitos creditórios e demais ativos
integrantes da carteira são realizadas de maneira completa e correta, e
as exceções são identificadas, investigadas e tratadas tempestivamente.
Cobrança Proporcionar segurança razoável de que os pagamentos, resgates de
títulos ou qualquer outra renda relativa aos títulos custodiados são
cobrados e recebidos de maneira correta, completa e tempestiva e que
os valores sejam creditados/debitados nas contas adequadas.

Observação: Os exemplos apresentados neste comunicado são geralmente aplicáveis a diversas


entidades, entretanto, o auditor deve se atentar para a necessidade de incluir outros objetivos de
controle relacionados a riscos específicos que possam existir na prestação do referido serviço para
determinados clientes, investidores ou emissores, ou determinados ativos custodiados.

3.1.3. Macro processos e objetivos de controle relacionados à ICVM n.º 543

Processo Objetivo de controle


Cadastro de emissores Proporcionar segurança razoável de que o cadastro dos emissores e a
implantação dos ativos nos livros de registros, em sistemas
informatizados internos e nas centrais depositárias, quando aplicável,
estejam completos, corretos e autorizados.
Titularidade de ativos Proporcionar segurança razoável de que a titularidade dos ativos seja
realizada de maneira correta, autorizada, tempestiva e em contas de
valores mobiliários individualizadas, abertas em nome de cada titular e
mantendo as informações exigidas em regulamentação vigente.
Registros de gravames Proporcionar segurança razoável de que o registro de gravames sobre
de ativos os ativos nos sistemas internos e externos, se aplicável, seja feito de
forma correta, autorizada e tempestiva.
Movimentação de Proporcionar segurança razoável de que a movimentação dos ativos
ativos nos livros de registros, em sistemas internos, esteja completa, correta,
autorizada e tempestiva.
Liquidação física e Proporcionar segurança razoável de que as liquidações físicas e
financeira financeiras relacionadas aos ativos são realizadas de maneira completa,
correta, autorizada e tempestiva.
Transferência de Proporcionar segurança razoável de que a transferência dos ativos seja
escrituração realizada de maneira correta, completa, autorizada e tempestiva.
Eventos Proporcionar segurança razoável de que apropriação e a liquidação de
eventos nos sistemas internos estejam completas, corretas, autorizadas
e tempestivas.
Conciliação de ativos Proporcionar segurança razoável de que a conciliação diária das
posições registradas nas contas de valores mobiliários e dos eventos
incidentes sobre essas posições registradas nos sistemas internos,
quando for o caso, com os registros mantidos e informados pelas
depositárias centrais esteja correta, autorizada e tempestiva.
Extratos Proporcionar segurança razoável de que as posições físicas e
financeiras são disponibilizadas para os investidores de maneira correta
e tempestiva (até o 10º dia do mês seguinte ao término do mês em que
ocorrer movimentação, quando solicitado, no prazo de até 2 dias úteis e
até o final do mês de fevereiro de cada ano as informações relativas ao
ano anterior).
Segregação de Proporcionar segurança razoável sobre a adequada segregação das
atividades atividades de escrituração dos ativos.
Cancelamento do Proporcionar segurança razoável de que os controles de cancelamento
serviço da prestação do serviço sejam realizados de maneira correta, autorizada
e que a comunicação referente aos cancelamentos dos serviços à CVM
e aos depositários centrais seja tempestiva, de acordo com a legislação
em vigor.

Macro processos e objetivos de controle complementares aplicáveis aos escrituradores que atuarem
também como agente emissor de certificados:

Processo Objetivo de controle


Emissão de certificados Proporcionar segurança razoável de que a emissão, alteração,
substituição e cancelamento de certificados representativos dos valores
mobiliários recebidos em depósito sejam corretos, autorizados e
tempestivos.
Manutenção dos Proporcionar segurança razoável de que a manutenção de certificados
certificados dos valores mobiliários, no que tange ao cancelamento e à alteração,
seja correta, autorizada e tempestiva.
Controle do lastro Proporcionar segurança razoável de que o controle dos valores
mobiliários que lastreiam os certificados emitidos seja realizado de
maneira correta, autorizada e tempestiva.
Substituição de Proporcionar segurança razoável de que os atos de substituição de
certificados certificados sejam praticados de maneira correta, autorizada e no
menor prazo possível, não excedente a 30 (trinta) dias da data do
recebimento dos documentos pertinentes.

Observação: Atentar para a necessidade de incluir outros objetivos de controle relacionados a


riscos específicos que possam existir na prestação do referido serviço para determinados ativos
escriturados.

Controles gerais dos processos de tecnologia da informação (TI)

Processo Objetivo de controle


Segurança lógica Proporcionar segurança razoável de que o acesso lógico à rede e aos
sistemas aplicativos é restrito a colaboradores adequadamente
autorizados.
Proporcionar segurança razoável de que os acessos aos bancos de
dados são autorizados e restritos aos profissionais adequados.
Proporcionar segurança razoável de que os acessos de usuários a
transações críticas dos sistemas aplicativos são registrados e mantidos
de forma adequada.
Segurança física Proporcionar segurança razoável de que os acessos físicos aos sistemas
são restritos a colaboradores adequadamente autorizados.
Gerenciamento de Proporcionar segurança razoável de que mudanças nos sistemas
mudanças aplicativos (normais e emergenciais) das plataformas distribuída e
mainframe sejam testadas e implantadas de maneira correta e
autorizada.
Operações Proporcionar segurança razoável de que políticas e procedimentos de
computacionais backup dos dados dos sistemas aplicativos foram elaborados de
maneira adequada e que tais procedimentos são executados conforme
definidos.
Proporcionar segurança razoável de que procedimentos de planos de
contingência de sistemas e recuperação de desastres foram elaborados,
documentados e que tais procedimentos são testados de forma
periódica.
Proporcionar segurança razoável de que o ambiente dos sistemas é
monitorado para possibilitar a identificação de incidentes e que estes
sejam tratados adequadamente.
Proporcionar segurança razoável sobre a adequada segregação das
atividades de TI.
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, CTO 04 (R1), DE 22 DE OUTUBRO DE 2020

Altera o CTO 04 que dispõe sobre orientação aos


auditores independentes para o trabalho de
Asseguração Razoável sobre a estrutura
(desenho, implementação e eficácia operacional)
de controles internos das operações de cessão de
créditos das instituições participantes da C3
Registradora, de acordo com a NBC TO 3000,
para atendimento ao previsto no Regulamento
Operacional - C3 Registradora, aprovado pelo
Banco Central do Brasil (Comunicado DC/DEBAN
nº 31.059/2017) e documentos correlatos,
incluindo o Manual de Operações - C3
Registradora.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e


regimentais e com fundamento no disposto na alínea “f” do Art. 6º do Decreto-Lei n.º 9.295/1946,
alterado pela Lei n.º 12.249/2010, faz saber que foi aprovada em seu Plenário a seguinte Norma
Brasileira de Contabilidade (NBC), elaborada com base no CT 03/2018(R1) do Ibracon:

CTO 04 (R1) – TRABALHO DE ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL SOBRE A ESTRUTURA DE


CONTROLES INTERNOS DE OPERAÇÕES DE CESSÃO DE CRÉDITO

Sumário Item
OBJETIVO 1

INTRODUÇÃO 2–3

PRÁTICAS CONTÁBEIS 2–3

ENTENDIMENTO E ORIENTAÇÃO 4-8

EXIGÊNCIAS ÉTICAS RELEVANTES 9

REPRESENTAÇÕES FORMAIS 10 – 11

MODELO DE RELATÓRIO 12 – 13

DESCRIÇÃO RESUMIDA DE PROCEDIMENTOS APLICÁVEIS NOS TRABALHOS 14

VIGÊNCIA
APÊNDICE 1
APÊNDICE 2
APÊNDICE 3

Objetivo

1. Este Comunicado Técnico tem por objetivo orientar os auditores independentes na emissão
de relatório sobre a estrutura (desenho, implementação e eficácia operacional) de controles
internos das operações de cessões de crédito entre as instituições participantes da C3
Registradora (instituições participantes ou instituições), na condição de cedentes ou
cessionários, para atendimento ao regulamento Operacional - C3 Registradora, aprovado
pelo Banco Central do Brasil (BCB) (Comunicado DC/DEBAN nº 31.059/2017) aos
documentos correlatos listados no Regulamento, incluindo o Manual de Operações - C3
Registradora, e à Circular nº 3.743/2015, com alterações introduzidas pela Circular n°
3.912/2018 e pela Circular n° 3.968/2019, BCB.

Introdução

2. Em 8 de janeiro de 2015, o BCB emitiu a Circular n.º 3.743, com alterações introduzidas pela
Circular n° 3.912, de 5 de setembro de 2018, e pela Circular n° 3.968, de 31 de outubro de
2019, aprovando o regulamento que disciplina as atividades de registro e de depósito
centralizado de ativos financeiros e a constituição de ônus e gravames sobre ativos
financeiros registrados ou depositados. Tal circular estabelece em seu Art. 11, que as
entidades que exercem essas atividades como registradoras serão supervisionadas pelo BCB
e, portanto, devem assegurar o acesso integral desse regulador às informações mantidas por
terceiros por elas contratados para realizar etapas importantes relacionadas com a atividade
de registro de ativos financeiros.

3. No contexto da determinação do BCB com relação as responsabilidades e atividade das


Entidades Registradoras, foi elaborado o Regulamento Operacional e seus documentos
correlatos, incluindo o Manual de Operações - C3 Registradora, aprovados pelo Comunicado
nº 31.059 do BCB. A partir dessa aprovação, a Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP)
deliberou que a C3 Registradora entraria em produção na data de 5 de fevereiro de 2018. O
citado Manual de Operações - C3 Registradora prevê:

(a) participação na C3 Registradora, do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), dos bancos,


das caixas econômicas e de outras instituições, financeiras ou não financeiras, e de
sociedades autorizadas a operar pelo BCB e que realizem ou que venham a realizar
lançamentos para registro e liquidação, na qualidade de cedente, cessionário, beneficiador ou
beneficiário, e que tenham celebrado o Termo de Adesão com a CIP;

(b) a fiscalização sobre os atos praticados pelos Participantes da C3 Registradora em seus


sistemas, inclusive o registro de informações, com vistas a zelar pela sua plena aderência às
regras estabelecidas no citado Regulamento e Manual de Operações. Entre os
procedimentos de fiscalização a serem efetuados pela CIP, está o requerimento de
contratação de auditor independente para trabalho de asseguração razoável, de acordo com
a NBC TO 3000 - Trabalho de Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão, sobre a
estrutura (desenho, implementação e eficácia operacional) de controles internos das
operações de cessões de créditos das instituições participantes da C3 Registradora.
Conforme artigo 28 do Regulamento Operacional da C3 Registradora instituído pela CIP,
esse trabalho de asseguração razoável deverá ser realizado por auditorias independentes
presentes no mercado, autorizadas pela CVM;

(c) que o relatório de asseguração razoável sobre o alcance citado acima, a ser emitido pelo
auditor independente, deve ser elaborado em bases anuais e entregue pelas instituições
participantes à CIP no mesmo prazo estabelecido na Circular nº 3.467/2009 do BCB às
instituições financeiras. Prevê, também, que caso o participante não seja instituição
financeira, o respectivo relatório deve ser elaborado em bases anuais e ser entregue no prazo
de até 60 dias após a data de emissão do relatório do auditor independente sobre suas
demonstrações contábeis anuais e que, caso o participante seja fundo de investimentos está
dispensado da apresentação do relatório de asseguração razoável. Para atender a regulação,
a CIP deve realizar a fiscalização indireta dos fundos de investimentos baseada nos controles
exercidos pelos custodiantes e nos documentos produzidos pela auditoria periódica. Os
custodiantes são entidades distintas dos administradores dos fundos e desempenham
diversas atividades de controle, incluindo a produção de relatórios, para atender a regulação
específica da CVM. Além dos controles exercidos pelos custodiantes, os fundos também
passam por auditoria periódica;

(d) que a administração da instituição participante é responsável pelo desenho (elaboração e


descrição), implementação, operação e manutenção dos controles existentes para o
adequado registro e manutenção das operações de cessão de crédito passíveis de registro
nos sistemas da CIP, bem como dos sistemas informatizados que suportam tais controles
internos. A responsabilidade do auditor é a de expressar uma opinião sobre a estrutura
(desenho, implementação e eficácia operacional) de controles das operações de cessão de
crédito das instituições participantes da C3 Registradora, de acordo com a NBC TO 3000, e
conforme os critérios descritos no Anexo II deste comunicado;

(e) Conforme art. 28, parágrafo único, do Regulamento Operacional da C3 Registradora,


datado de 23/12/2016 e aprovado pelo BCB em 03/08/2017, com atualizações em
18/02/2019, as instituições participantes da CIP devem fazer constar em seus contratos
celebrados com a sua auditoria independente a obrigação da apresentação à CIP do relatório
de asseguração razoável (conforme termo definido no Regulamento Operacional da C3
Registradora).

Entendimento e orientação

4. O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), aprovou a NBC TO 3000, que estabelece que
deve ser aplicado a toda asseguração que não se constitua em auditoria nem em revisão
limitada de informações financeiras históricas de que tratam as normas de auditoria
independente das demonstrações contábeis.

5. Ao conduzir o trabalho de asseguração, os objetivos dos auditores independentes são:

(a) obter segurança razoável ou segurança limitada, conforme apropriado, sobre se a


informação do objeto está livre de distorções relevantes;

(b) expressar a conclusão acerca do resultado da mensuração ou avaliação de determinado


objeto, por meio de relatório escrito que transmita uma asseguração razoável (opinião) ou
uma conclusão de asseguração limitada (tipo revisão) e descreva a base para a conclusão; e

(c) adicionalmente, proceder as comunicações requeridas pela NBC TO 3000 e outras NBCs
TO que sejam também aplicáveis.

6. O trabalho de asseguração é o trabalho no qual o auditor independente tem por objetivo obter
evidências apropriadas e suficientes de forma a expressar uma conclusão para aumentar o
nível de confiança dos outros usuários, que não seja a parte responsável sobre a informação
do objeto, ou seja, compreende o resultado da mensuração ou avaliação de determinado
objeto com base nos critérios aplicáveis. Os trabalhos de asseguração podem ser assim
classificados: de asseguração razoável ou de asseguração limitada. O trabalho de
asseguração razoável, objeto deste comunicado, é o trabalho de asseguração no qual o
auditor independente reduz o risco do trabalho para um nível aceitavelmente baixo nas
circunstâncias do trabalho como base para a sua conclusão. A conclusão do auditor
independente é emitida de forma que o possibilite expressar sua opinião sobre o resultado da
mensuração ou avaliação de determinado objeto de acordo com os critérios aplicáveis.

7. De forma a orientar os auditores independentes na execução dos trabalhos necessários para


emissão de seus relatórios de acordo com a NBC TO 3000, este comunicado inclui no Anexo
II, os critérios da asseguração a serem executados considerados pelo auditor independente
e, no Anexo III, a descrição de procedimentos mínimos necessários para cumprir com o
escopo definido no documento Termo de Definição do Objeto da Asseguração Razoável por
Auditor Independente, emitido em 02 de maio de 2016 pela CIP. Os procedimentos sugeridos
no referido anexo não são exaustivos e cabe ao auditor exercer seu julgamento profissional
para identificar eventuais procedimentos de asseguração adicionais que ele julgue
necessários para a execução do seu trabalho de asseguração. Para efeito desse julgamento,
o auditor pode considerar apropriado buscar orientação na NBC TO 3402 – Relatórios de
Asseguração de Controles em Organização Prestadora de Serviços. Embora essa norma
tenha objetivo diferente, também trata de trabalhos de asseguração sobre o desenho e
eficácia de controles internos e pode ser útil nas considerações do auditor para o presente
comunicado.

8. Considerando que a data de entrada em produção da C3 Registradora foi 05 de fevereiro de


2018, o primeiro relatório a ser emitido pelos auditores independentes deve corresponder ao
período entre essa data e 30 de junho de 2018.

Exigências éticas relevantes

9. O auditor deve cumprir com as NBCs PG 100 e 200 e as NBCs PA 400 e NBC PO 900
aplicáveis aos trabalhos de asseguração ou outras exigências profissionais impostas por leis
ou regulamentos que contenham requisitos ou exigências similares.

Representações formais

10. O auditor deve obter da administração da instituição participante, entre outras, as seguintes
representações formais que:

(a) ratificam a afirmação que acompanha a descrição dos controles internos existentes e
sistemas informatizados que suportam tais controles internos;

(b) ela forneceu todas as informações, das quais ela está ciente de que são relevantes para
o trabalho; e

(c) ela divulgou para o seu auditor qualquer um dos assuntos abaixo sobre os quais tem
conhecimento:
(i) não cumprimento de leis e regulamentos, fraude ou desvios não corrigidos
atribuíveis à instituição participante que podem afetar uma ou mais entidades usuárias;

(ii) deficiências no desenho dos controles internos (caso a instituição participante tenha
realizado uma auto-avaliação de seus controles internos, o auditor deve considerar obter
essa avaliação);
(iii) casos em que os controles não operaram conforme desenhados; e

(iv) quaisquer eventos subsequentes ao período coberto pelo desenho, implementação e


eficácia operacional dos controles internos e sistemas informatizados que suportam tais
controles internos da instituição participante até a data do relatório de asseguração
razoável do auditor, que possam ter efeito significativo sobre esse relatório de
asseguração razoável.

11. As representações devem estar na forma de carta de representação endereçada ao auditor


independente datado mais próximo possível, mas não depois da data do relatório de
asseguração razoável do auditor.

Modelo de relatório

12. Com o objetivo de manter a consistência por parte dos auditores independentes na emissão
dos relatórios objeto deste comunicado, o Anexo I contém modelo de relatório. O referido
modelo não contempla eventuais modificações que podem ser necessárias em circunstâncias
específicas em linha como os requerimentos da NBC TO 3000.

13. O exemplo de relatório citado no item 12 é apenas para orientação e não pretende ser
completo ou aplicável a todas as situações.

Descrição resumida de procedimentos aplicáveis nos trabalhos

14. O Anexo III apresenta procedimentos mínimos a serem considerados na avaliação sobre a
estrutura de controles internos para operações de cessão de crédito dos cedentes e
cessionários participantes da C3 Registradora.

Vigência

Este Comunicado entra em vigor na data de sua publicação e revoga o CTO 04, publicado no
DOU, Seção 1, de 22/8/2018.

Brasília, 22 de outubro de 2020.

Contador Zulmir Ivânio Breda


Presidente

Ata CFC n.º 1.068.


ANEXO I

MODELO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL DOS AUDITORES


INDEPENDENTES SOBRE A ESTRUTURA (DESENHO, IMPLEMENTAÇÃO E EFICÁCIA
OPERACIONAL) DOS CONTROLES INTERNOS DA INSTITUIÇÃO PARTICIPANTE SOBRE AS
OPERAÇÕES DE CESSÃO DE CRÉDITO NO ÂMBITO DA C3 REGISTRADORA

Relatório de Asseguração Razoável dos Auditores Independentes sobre a estrutura dos controles
internos para operações de cessão de crédito no âmbito da C3 Registradora.
[Destinatário apropriado – Entidade Participante da C3 Registradora] [Nome da entidade
participante da C3 Registradora]

Alcance
Fomos contratados para emitir um relatório sobre a estrutura dos controles internos, os quais foram
descritos pela Instituição XYZ nas páginas bb a cc, referentes ao registro e manutenção das
operações de cessão de crédito [cedidas ou adquiridas, especificar] passíveis de registro na C3
Registradora, para o período de [data] a [data], para fins de atendimento ao previsto no
Regulamento Operacional - C3 Registradora, aprovado pelo Banco Central do Brasil (BCB)
(Comunicado DC/DEBAN n.º 31.059/2017), incluindo o Manual de Operações – C3 Registradora,
emitidos pela Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP).

Responsabilidades da instituição participante XYZ


A administração da Instituição XYZ é responsável por: (i) elaborar a descrição e a correspondente
afirmação sobre o desenho, a implementação e a eficácia operacional (página aa), incluindo a
integridade, a precisão e o método de apresentação da descrição e da afirmação referentes aos
controles internos existentes sobre o registro e a manutenção das operações de cessão de crédito
[cedidas ou adquiridas, especificar] passíveis de registro na C3 Registradora, para atender aos
requerimentos do Regulamento Operacional da C3 Registradora, incluindo o Manual de Operações
da C3 Registradora emitidos pela CIP; (ii) especificar os objetivos de controle; e (iii) desenhar,
implementar e operacionalizar os controles internos de maneira efetiva para alcançar os objetivos
de controle especificados.

Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre a estrutura (desenho, implementação


e eficácia operacional) dos controles internos, descritos pela Instituição XYZ, referentes ao registro
e à manutenção das operações de cessão de crédito [cedidas ou adquiridas, especificar], passíveis
de registro na C3 Registradora, adotados pela Instituição XYZ, para atender aos requerimentos do
Regulamento Operacional da C3 Registradora, incluindo o Manual de Operações – C3
Registradora. Conduzimos nosso trabalho de acordo com a NBC TO 3000 - Trabalho de
Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão. Essa norma requer o cumprimento de exigências
éticas, independência e demais responsabilidades referentes a ela, inclusive quanto à aplicação da
Norma Brasileira de Controle de Qualidade (NBC PA 01), e, portanto, a manutenção de sistema de
controle de qualidade abrangente, incluindo políticas documentadas e procedimentos sobre o
cumprimento de requerimentos éticos, normas profissionais e requerimentos jurídicos e regulatórios
aplicáveis. Adicionalmente, a referida norma requer que o trabalho seja planejado e executado para
a obtenção de segurança razoável, em todos os aspectos relevantes, sobre se os controles foram
apropriadamente desenhados, implementados e operaram efetivamente no período mencionado
acima.
Um trabalho de asseguração para emitir um relatório sobre a estrutura (desenho, implementação e
eficácia operacional) dos controles internos da Instituição XYZ, envolve a execução de
procedimentos selecionados para obtenção de evidência sobre as divulgações na descrição de tais
controles internos, sobre seu adequado desenho e implementação e sua eficácia operacional. Os
procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos
de que os controles internos não foram apropriadamente desenhados e implementados ou não
operaram efetivamente. Nossos procedimentos incluíram testes sobre a eficácia operacional dos
controles que consideramos necessários para fornecer segurança razoável de que os objetivos de
controle especificados na descrição foram alcançados. Um trabalho de asseguração desse tipo
também inclui a avaliação da adequação dos controles internos com relação aos respectivos
objetivos de controle, especificados na descrição dos controles internos pela Instituição XYZ e
descritos nas páginas [aa até bb].
Acreditamos que a evidência obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Limitações de controles em instituições


A descrição dos controles internos existentes para o registro e a manutenção das operações de
cessão de crédito [cedidas ou adquiridas, especificar] passíveis de registro na C3 Registradora, foi
elaborada pela Instituição XYZ para atender aos requerimentos do Regulamento Operacional – C3
Registradora, incluindo o Manual de Operações – C3 Registradora. Devido à sua natureza, os
controles internos da Instituição XYZ podem não prevenir ou detectar todos os erros ou omissões
no processamento ou no relato das transações.
Além disso, a projeção para períodos futuros de qualquer avaliação da adequação da apresentação
da descrição, bem como as opiniões sobre a adequação do desenho ou a eficácia operacional dos
controles para atingir os correspondentes objetivos de controle estão sujeitas ao risco de que os
controles internos da organização de prestação de serviço venham a tornar-se inadequados ou a
falhar.

Opinião

Nossa opinião foi fundamentada nos assuntos descritos neste relatório. Em nossa opinião, em
todos os aspectos relevantes:

os controles internos existentes para o registro e manutenção das operações de cessão de crédito
[cedidas ou adquiridas, especificar ], passíveis de registro na C3 Registradora, da Instituição XYZ,
referentes ao período de [data] a [data], foram desenhados e implementados, em todos os
aspectos relevantes, para endereçar os objetivos de controle especificados na descrição dos
controles internos, para fins de atendimento ao previsto no Regulamento Operacional da C3
Registradora, incluindo o Manual de Operações da C3 Registradora conforme os critérios descritos
no anexo II deste relatório; e

Os controles internos testados, necessários para fornecer segurança razoável de que os objetivos
de controle especificados na descrição foram alcançados, operaram com eficácia durante o período
de [data] a [data].

Descrição dos testes de controle

Os controles internos testados e a natureza, a época e os resultados desses testes estão


relacionados nas páginas [yy-zz].

Outros assuntos
Este relatório se destinada exclusivamente à Instituição XYZ e à Câmara Interbancária de
Pagamentos (CIP) para atender aos requerimentos do Regulamento Operacional da C3
Registradora, incluindo o Manual de Operações – C3 Registradora, e não deve ser apresentado ou
distribuído a terceiros, tendo em vista sua finalidade específica descrita no primeiro parágrafo.
Qualquer outra parte que não seja a [nome da entidade] e/ou [identificar outros usuários
pretendidos] que obtiver acesso ao nosso relatório ou à cópia do mesmo e confiar nas informações
contidas em nosso relatório (ou qualquer parte dela) irá fazê-lo por sua própria conta e risco. Não
aceitamos ou assumimos qualquer responsabilidade e negamos qualquer responsabilidade perante
qualquer outra parte que não seja a [nome da entidade] e/ou [identificar outros usuários
pretendidos] pelo nosso trabalho, pelo relatório de asseguração razoável ou pelas nossas
conclusões.

[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso do auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório]
[Assinatura do auditor independente]
ANEXO II

O OBJETIVO DESTE ANEXO É APRESENTAR OS CRITÉRIOS A SEREM CONSIDERADOS NO


TRABALHO DE ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL SOBRE A ESTRUTURA DOS CONTROLES
INTERNOS DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO DE ENTIDADE PARTICIPANTE DA C3
REGISTRADORA (CEDENTE OU CESSIONÁRIO)

Introdução

Este documento tem por objetivo descrever os critérios a serem considerados no trabalho de
asseguração razoável sobre a estrutura (desenho, implementação e eficácia operacional) de
controles internos das operações de cessão de crédito da entidade participante da C3
Registradora, conforme constante no documento Termo de Definição do Objeto da Asseguração
Razoável por Auditor Independente, emitido em 02 de maio de 2016 pela CIP.
- Critérios relacionados ao registro de contratos de crédito na C3 Registradora
Existência de procedimentos e controles adequados de tecnologia da informação relacionados ao
ambiente de tecnologia (sistemas) dos participantes que suportam os registros dos contratos no
ambiente da CIP, contemplando:

(a) controles de acesso;


(b) gerenciamento de mudanças;
(c) desenvolvimento de programas;
(d) operações computacionais.

Critérios relacionados às cessões de créditos

Existência de procedimentos e controles adequados para formalização e registro das cessões de


créditos no ambiente da CIP, relacionados aos processos do participante quando atua na cessão
dos créditos ou como cessionário.

Critérios relacionados às cessões fiduciárias (bloqueios)

Existência de procedimentos e controles adequados para formalização e registro das cessões


fiduciárias (bloqueios) de contratos de crédito no ambiente da CIP para beneficiadores e
beneficiários.
ANEXO III

O OBJETIVO DESTE ANEXO É APRESENTAR PROCEDIMENTOS MÍNIMOS A SEREM


CONSIDERADOS NO TRABALHO DE ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL SOBRE A ESTRUTURA
DOS CONTROLES INTERNOS DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO DE ENTIDADE
PARTICIPANTE DA C3 REGISTRADORA (CEDENTE OU CESSIONÁRIO)

Introdução

Este Anexo III tem por objetivo apresentar procedimentos mínimos a serem considerados no
trabalho de asseguração razoável sobre a estrutura (desenho, implementação e eficácia
operacional) de controles internos das operações de cessão de crédito de entidade participante da
C3 Registradora, conforme constante no documento Termo de Definição do Objeto da
Asseguração Razoável por Auditor Independente, emitido em 02 de maio de 2016 pela CIP.
O alcance sugerido a seguir não é exaustivo e cabe ao auditor exercer julgamento profissional para
identificar eventuais alterações no alcance ou objetivos de controle que ele julgue necessários para
realizar de forma adequada a prestação dos referidos serviços e para permitir a emissão de seu
relatório de acordo com a NBC TO 3000.

Conforme documento citado acima emitido pela CIP, a administração dos participantes é
responsável pela elaboração, descrição e implementação dos controles internos existentes para o
adequado registro e manutenção dos contratos de cessão nos sistemas da CIP, bem como dos
sistemas informatizados que suportem tais controles internos. Com base nessa descrição do
processo de controles internos e de seus sistemas informatizados que suportem tais controles
internos, os auditores independentes devem fazer seu exame para suportar a sua conclusão.

A responsabilidade por elaborar a descrição dos controles internos, incluindo os objetivos de


controle e os respectivos controles internos relacionados, é da administração da Instituição, que
também é responsável por elaborar sua afirmação sobre a adequação da sua descrição e dos seus
controles internos e por estabelecer uma base razoável para suportar sua afirmação sobre os
controles existentes.

A responsabilidade do auditor é a de emitir uma opinião sobre os controles internos, com base em
procedimentos de verificação selecionados pelo auditor para obtenção de evidências suficientes
para emissão de sua opinião.

Esse exame deve incluir, no mínimo, os seguintes aspectos a julgamento do auditor:


Registro de contratos de crédito na C3 Registradora

Entendimento do desenho, implementação e eficácia operacional dos controles gerais de


tecnologia da informação relacionados ao ambiente de tecnologia (sistemas) dos participantes que
suportem os registros dos contratos no ambiente da CIP, contemplando:

(a) controles de acesso;


(b) gerenciamento de mudanças;
(c) desenvolvimento de programas;
(d) operações computacionais.

Cessões de créditos
Entendimento do desenho, implementação e eficácia operacional dos controles internos existentes
para formalização e registro das cessões de créditos no ambiente da CIP, incluindo:

Cedentes:

(a) entendimento do processo de originação dos contratos cedidos no período, por meio de
indagação às pessoas que, no julgamento do auditor, podem ter informações relevantes;

(b) inspeção, com base em amostragem, de documentos que demonstrem a existência e a guarda
das documentações que suportam a existência dos contratos registrados e cedidos no período,

(c) verificação, com base em amostragem, da consistência das informações e das movimentações
registradas na C3 Registradora com os registros auxiliares dos participantes, considerando para
tanto a Circular n.º 3.743/2015, com alterações introduzidas pela Circular n° 3.912/2018 e pela
Circular n° 3.968/2019, do BCB, bem como o Regulamento da C3 Registradora e os documentos
correlatos definidos no referido regulamento;

(d) reexecução de controles.

Cessionários:

(a) entendimento do processo de registro dos contratos no período, por meio de indagação às
pessoas que, no julgamento do auditor, podem ter informações relevantes;

(b) inspeção, com base em amostragem, da existência e da guarda das documentações que
suportam a existência dos contratos registrados e adquiridos no período (lastro das operações)

(c) verificação, com base em amostragem, da consistência das informações e movimentações


registradas na C3 Registradora com os registros auxiliares dos participantes, considerando para
tanto a Circular n.º 3.743/2015, com alterações introduzidas pela Circular n° 3.912/2018 e pela
Circular n° 3.968/2019, do BCB, bem como o Regulamento da C3 Registradora e os documentos
correlatos definidos no referido regulamento;
(d) reexecução de controles.

Cessões fiduciárias (bloqueios)

Avaliação do desenho, da implementação e da eficácia operacional dos controles internos


existentes para formalização e registro das cessões fiduciárias (bloqueios) de contratos de crédito
no ambiente da CIP, incluindo:

Beneficiadores:

(a) entendimento do processo de originação dos contratos bloqueados no período;

(b) verificação, com base em amostragem, da existência e da guarda das documentações que
suportam a existência dos contratos bloqueados no período;

(c) verificação, com base em amostragem, da consistência das informações e das movimentações
registradas na C3 Registradora com os registros auxiliares dos participantes, considerando para
tanto a Circular n.º 3.743/2015, com alterações introduzidas pela Circular n° 3.912/2018 e pela
Circular n° 3.968/2019, do BCB, bem como o Regulamento da C3 Registradora e os documentos
correlatos definidos no referido regulamento.

Beneficiários:

(a) entendimento do processo de registro dos contratos no período;

(b) verificação, com base em amostragem, da existência e da guarda das documentações que
suportam a existência dos contratos bloqueados no período (lastro das operações);

(c) verificação, com base em amostragem, da consistência das informações e das movimentações
registradas na C3 Registradora com os registros auxiliares dos participantes, considerando para
tanto a Circular n.º 3.743/2015, com alterações introduzidas pela Circular n° 3.912/2018 e pela
Circular n° 3.968/2019, BCB, bem como o Regulamento da C3 Registradora e os documentos
correlatos definidos no referido regulamento.

Para fins do teste de eficácia operacional, o auditor deve executar testes de controle e, para isso, o
auditor deve:

(a) executar outros procedimentos juntamente com indagação para obter evidência sobre: (i) como
o controle foi aplicado; (ii) a uniformidade com que o controle foi aplicado; e (iii) por quem ou por
quais meios o controle foi aplicado;

(b) determinar se os controles a serem testados dependem de outros controles (indiretos) e, em


caso positivo, obter evidência para suportar a efetividade operacional desses controles indiretos; e

(c) determinar meios de selecionar itens para teste que sejam efetivos para atingir os objetivos do
procedimento.

Ao determinar a extensão dos testes de controle, o auditor deve considerar assuntos que incluem
as características da população a ser testada, como a natureza dos controles, a frequência da
aplicação (por exemplo, mensal, diária, número de vezes por dia) e a taxa de desvio esperada.

Usualmente o auditor utiliza amostragem e, para isso, ele deve:


(a) considerar o objetivo do procedimento e as características da população de onde serão
extraídos os dados para a determinação da amostra;
(b) determinar o tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de amostragem a um nível
apropriadamente baixo;

(c)selecionar itens para a amostra de forma que cada unidade de amostragem na população tenha
chance de seleção;

(d) se o procedimento projetado não for aplicável ao item selecionado, executar o procedimento
para um item substituto; e

(e) se não conseguir aplicar os procedimentos projetados, ou procedimentos alternativos


adequados, ao item selecionado, considerá-lo como distorção, conforme definição da NBC TO
3000.
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, CTO 05 (R2), DE 10 DE FEVEREIRO DE 2022

Dá nova redação ao CTO 05 (R1), que dispõe


sobre orientação aos auditores independentes
para o trabalho de asseguração razoável sobre
as informações contidas no Relatório
Demonstrativo Anual (RDA), para fins de
cumprimento dos requisitos da Lei n.º
13.969/2019 e alterações posteriores,
regulamentada pelo Decreto n.º 10.356/2020.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais


e regimentais e com fundamento no disposto na alínea “f” do Art. 6º do Decreto-Lei n.º
9.295/1946, alterado pela Lei n.º 12.249/2010, faz saber que foi aprovada em seu
Plenário, a seguinte Norma Brasileira de Contabilidade (NBC), que tem por base o CT
01/2022 do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon):

CTO 05 (R2) – TRABALHO DE ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL SOBRE AS INFORMAÇÕES DO


RELATÓRIO DEMONSTRATIVO ANUAL (RDA)

Sumário Item
OBJETIVO 1
INTRODUÇÃO 2–3
DEFINIÇÕES 4
ENTENDIMENTO E ORIENTAÇÃO AOS AUDITORES 5 – 50
INDEPENDENTES
Planejamento 11
Materialidade 12
Controles internos 13 – 14
Trabalho de especialistas 15 – 16
Considerações de fraude e de atos ilegais 17 – 18
Exigências éticas relevantes 19
Representações formais 20 – 22
Obtenção de evidência – Consideração de riscos e respostas aos 23
riscos
Procedimentos mínimos a serem executados pelos auditores 24 – 47
independentes
Formação da opinião dos auditores independentes 48 – 50
MODELOS 51 – 53
VIGÊNCIA
APÊNDICE I – MODELO DE RELATÓRIO
APÊNDICE II – SÍNTESE DOS PROCEDIMENTOS EXECUTADOS E
EXCEÇÕES VERIFICADAS

OBJETIVO

1. Este comunicado técnico tem o objetivo de orientar os auditores independentes quanto aos
procedimentos a serem executados para a emissão do relatório de asseguração razoável
sobre as informações contidas no Relatório Demonstrativo Anual (RDA) e anexos a partir do
ano- base 2020, para fins de cumprimento dos requisitos da Lei n.º 13.969/2019 e alterações
posteriores, Decreto n.º 10.356/2020 e alterações posteriores e Portaria n.º 5.150/2018 e
alterações posteriores, que dispõe sobre as instruções para elaboração do relatório
conclusivo pelas auditorias independentes. Além dessas normas, os auditores deverão,
adicionalmente, observar o “Manual de Análise do Relatório Demonstrativo Anual (RDA)”,
disponibilizado no sítio eletrônico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI),
que contém orientações sobre a metodologia a ser utilizada na análise, o enquadramento das
atividades como projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), o tratamento dos
dispêndios e normas técnicas emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

INTRODUÇÃO

2. De acordo com o Art. 4º da Lei n.º 13.969/2019, as entidades beneficiárias de


desenvolvimento ou produção de bens e serviços de tecnologias da informação e
comunicação que investirem em atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação desse
setor farão jus aos benefícios previstos na Lei n.º 13.969/2019, que trata do crédito financeiro
sobre o investimento em atividades de PD&I e depreciação acelerada para máquinas e
equipamentos.

3. Pela Lei n.º 13.969/2019 e alterações posteriores, as entidades beneficiárias devem


encaminhar, anualmente, ao Poder Executivo, conforme regulamento a ser editado pelo
MCTI:
• demonstrativos de cumprimento, no ano anterior
calendário, das obrigações estabelecidas nessa lei, mediante apresentação de relatórios
descritivos das atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação previstas no projeto
elaborado e dos resultados alcançados; e
• relatório e parecer conclusivo sobre as informações
contidas no Relatório Demonstrativo Anual (RDA) e anexos, elaborados por auditoria
independente, registrada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e cadastrada no
MCTI (conforme Portaria n.º 3.118/2018), que ateste a veracidade das informações
prestadas.1

DEFINIÇÕES

4. Para fins deste comunicado e para o cumprimento dos requerimentos da Lei n.º 13.969/2019
e alterações posteriores, regulamentada pelo Decreto n.º 10.356/2020 e alterações
posteriores, os termos possuem os seguintes significados:
• Relatório de asseguração razoável sobre as
informações contidas no Relatório Demonstrativo Anual (RDA) e anexos: expressão
utilizada neste comunicado para se referir ao relatório consolidado e parecer conclusivo a
ser emitido pelo auditor independente sobre os demonstrativos do inciso I do § 9º do Art.
11 da Lei n.º 13.674/2018.
• Distorção relevante: são consideradas relevantes as
distorções, incluindo omissões, se elas, individualmente ou em conjunto, puderem
influenciar as decisões relevantes dos usuários previstos tomadas com base na informação

1
O relatório conclusivo não é obrigatório às empresas cujo faturamento anual, calculado nos termos da lei, seja inferior
a R$10.000.000,00 (dez milhões de reais).
do objeto. A determinação do que é relevante é baseada no julgamento profissional do
auditor que utiliza a materialidade para determinações quantitativas e, quando aplicável,
qualitativas. A importância relativa dos fatores qualitativos e quantitativos, ao considerar a
materialidade de trabalho específico, é uma questão para o julgamento profissional do
auditor independente.

ENTENDIMENTO E ORIENTAÇÃO AOS AUDITORES INDEPENDENTES

5. A NBC TO 3000 – Trabalho de Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão (ISAE 3000 –


Assurance Engagements Other than Audits or Reviews of Historical Financial Information)
estabelece que a norma deve ser aplicada a toda asseguração que não se constitua em
auditoria nem em revisão de informações financeiras históricas.

6. Conforme o item 10 da NBC TO 3000, ao conduzir o trabalho de asseguração, os objetivos


dos auditores independentes são:
(a) obter segurança razoável ou segurança limitada,
conforme apropriado, sobre se a informação do objeto está livre de distorções relevantes;
(b) expressar a conclusão acerca do resultado da
mensuração ou avaliação de determinado objeto, por meio de relatório escrito que
transmita uma asseguração razoável ou uma conclusão de asseguração limitada e
descreva a base para a conclusão; e
(c) adicionalmente, proceder às comunicações requeridas
pela NBC TO 3000 que sejam também aplicáveis.

7. Para fins deste comunicado, os trabalhos devem ser de asseguração razoável. Nesses
trabalhos, o auditor independente tem por objetivo obter evidências apropriadas e suficientes
de forma a expressar uma conclusão para aumentar o nível de confiança dos outros usuários,
que não seja a parte responsável sobre a informação do objeto, ou seja, compreende o
resultado da mensuração ou da avaliação de determinado objeto com base nos critérios
aplicáveis. O trabalho de asseguração razoável é o trabalho de asseguração no qual o auditor
independente reduz o risco do trabalho para um nível aceitavelmente baixo nas circunstâncias
do trabalho como base para a sua conclusão. A conclusão do auditor independente é emitida
de forma que o possibilite expressar sua opinião sobre o resultado da mensuração ou da
avaliação de determinado objeto, de acordo com os critérios aplicáveis. Segurança razoável é
um alto nível de segurança, mas, não, uma garantia de que os procedimentos de
asseguração, de acordo com a NBC TO 3000, sempre detectem as eventuais distorções
relevantes existentes.

8. O escopo do trabalho possui características específicas, destacando-se os aspectos


quantitativos e qualitativos, principalmente no que se refere à avaliação sobre o
enquadramento dos projetos como atividade de pesquisa, desenvolvimento e inovação e
análise dos dispêndios. A asseguração sobre as informações contidas no RDA e anexos, para
fins de cumprimento dos requisitos da Lei n.º 13.969/2019, aplica-se a trabalho de
asseguração razoável, a ser executado consoante as normas gerais previstas na NBC TO
3000 e as orientações deste comunicado, que dispõe, entre outros, dos procedimentos
mínimos e específicos a serem executados pelo auditor.
9. Dessa forma, o auditor deve executar os procedimentos necessários para cumprir com as
exigências previstas na Lei n.º 13.969/2019 e alterações posteriores, regulamentada pelo
Decreto n.º 10.356/2020 e alterações posteriores, com o objetivo de emitir uma opinião sobre
se as informações contidas no RDA e anexos da entidade beneficiária foram elaboradas, em
todos os aspectos relevantes, de acordo com a Metodologia de Avaliação de RDA, versão 1.1
e versões posteriores, aprovada pela Secretaria de Empreendedorismo e Inovação (Sempi) e
pelo Manual de Instruções para Preenchimento do Sistema de Gestão da Lei de Informática
(Sigplani),disponíveis no sítio do MCTI para fins do cumprimento dos requisitos da legislação
citada, incluindo os critérios de análise de enquadramento de Pesquisa, Desenvolvimento e
Inovação (PD&I) e sua gradação.

10. O auditor ou o sócio auditor encarregado do trabalho não poderá prestar serviços de que trata
este CT a uma mesma empresa beneficiária por prazo superior a 5 (cinco) anos consecutivos,
contados da primeira prestação de serviços, exigindo-se um intervalo mínimo de 3 (três) anos
para a sua recontratação, observada a Portaria MCTIC n.º 1.662/2020 e suas alterações
posteriores.

Planejamento

11. De acordo com o item 40 da NBC TO 3000, o auditor independente deve planejar o trabalho
para que ele seja executado de maneira eficaz, incluindo a definição do alcance, da época e
da coordenação do trabalho, assim como determinar a natureza, a época e a extensão dos
procedimentos planejados que são requeridos de forma a alcançar o seu objetivo.

Materialidade

12. O auditor independente deve levar em consideração a materialidade quando planejar e


executar o seu trabalho, inclusive ao determinar a natureza, a época e a extensão dos
procedimentos; e avaliar se a informação do objeto está livre de distorções relevantes,
conforme item 3.

Controles internos

13. O auditor independente deve obter entendimento dos controles internos relacionados com a
elaboração da informação contida no Relatório Demonstrativo Anual (RDA) e anexos. Isso
inclui a avaliação do desenho dos controles relevantes ao trabalho e à determinação se eles
foram implementados, mediante execução de procedimentos em adição às indagações feitas
aos responsáveis pela informação do objeto.

14. No trabalho de asseguração razoável, entender os controles internos sobre a informação do


objeto auxilia o auditor independente a identificar os tipos de distorções e fatores que afetam
o risco de distorções relevantes na informação do objeto. O auditor independente é requerido
a avaliar o desenho dos controles relevantes e a determinar se eles foram implementados ao
realizar procedimentos adicionais às indagações da parte responsável. O julgamento
profissional é necessário para determinar quais controles são relevantes nas circunstâncias
do trabalho.

Trabalho de especialistas
15. O trabalho sobre a avaliação do enquadramento dos projetos na atividade de pesquisa e
desenvolvimento e processo produtivo básico (PPB) requer especialização, o que demandará
o uso de especialistas com capacidade técnica e experiência em projetos de PD&I e/ou na
área de Tecnologias da Informação e Comunicações (TICs), que podem ser internos e/ou
externos. De acordo com o item 52 da NBC TO 3000, citado a seguir, o auditor independente
deve se envolver no trabalho para compreender, acordar e avaliar o serviço para o qual o
especialista é utilizado na extensão que lhe permita aceitar a responsabilidade pela conclusão
em relação às informações sobre o objeto. O auditor independente avalia até que ponto os
serviços de especialista devem ser utilizados para formar a sua própria conclusão.

16. “Quando o trabalho de especialista for utilizado, o auditor independente deve, também:
(a) avaliar se o especialista possui a competência, a
capacidade e a objetividade necessárias para os seus propósitos. No caso de
especialista externo, a avaliação da objetividade deve incluir indagação sobre interesses
e relações que podem criar ameaças para a objetividade desse especialista;
(b) obter o suficiente entendimento da área de
especialidade do especialista;
(c) acordar com o especialista a natureza, o alcance e a
extensão do trabalho dele; e
(d) avaliar a adequação do trabalho do especialista para
os propósitos do auditor independente.”

Considerações de fraude e de atos ilegais

17. A responsabilidade primária pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela
governança e da administração da entidade beneficiária. Portanto, é importante que a
administração, com a supervisão geral dos responsáveis pela governança, enfatize a
prevenção da fraude, o que pode reduzir as oportunidades de sua ocorrência, e a dissuasão
da fraude, o que pode persuadir os indivíduos a não perpetrar fraude por causa da
probabilidade de detecção e punição.

18. Por sua vez, o auditor é responsável por obter segurança de que as informações, como um
todo, não contêm distorções relevantes, causadas por fraude ou erro. Devido às limitações
inerentes nos trabalhos do auditor, há risco inevitável de que algumas distorções relevantes
nas informações possam não ser detectadas, apesar dos procedimentos executados pelos
auditores tenham sido devidamente planejados e realizados.

Exigências éticas relevantes

19. O auditor deve cumprir com as exigências éticas relevantes aplicáveis aos trabalhos de
asseguração ou outras exigências profissionais impostas por leis ou regulamentos que
contenham requisitos ou exigências similares aplicáveis a esses trabalhos. Adicionalmente, o
auditor deve observar demais exigências conforme Portaria MCTI n.º 3.118 de 12 de junho de
2018 e alterações posteriores.

Representações formais

20. O auditor deve obter representações formais da administração da entidade beneficiária


contendo, entre outras, as declarações de:
• que ela forneceu todas as informações das quais ela
tenha conhecimento e que sejam relevantes ao trabalho;
• que ela é responsável pela elaboração das
informações contidas no RDA, as quais foram elaboradas para fins do cumprimento dos
requerimentos da Lei n.º 13.969/2019 e alterações posteriores, regulamentada pelo
Decreto n.º 10.356/2020 e alterações posteriores;
• que ela é responsável pelos controles internos que ela
determinou como necessários para permitir que as informações estejam livres de distorção
relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

21. Se o auditor independente determinar que é necessário obter uma ou mais representações
adicionais para dar suporte a outras evidências relevantes para a informação do objeto, o
auditor deve requerer tais representações por escrito.

22. As representações devem estar na forma de carta endereçada ao auditor independente


datada o mais próximo possível, mas, não, depois da data do relatório de asseguração do
auditor.

Obtenção de evidência – Consideração de riscos e respostas aos riscos

23. Com base no seu entendimento, o auditor independente deve:


(a) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante
nas informações contidas no RDA e anexos; e
(b) planejar e executar procedimentos para responder aos
riscos avaliados e para obter segurança razoável que dê suporte à sua opinião. Em adição
a qualquer outro procedimento nas informações do RDA e anexos que sejam apropriadas
nas circunstâncias do trabalho, os procedimentos do auditor devem incluir a obtenção de
evidência apropriada e suficiente sobre a efetiva operação dos controles relevantes
quando:
(i) a avaliação de riscos pelo auditor incluir a expectativa
de que os controles estejam operando de forma efetiva; ou
(ii) outros procedimentos, que não sejam testes de
controles, não podem, sozinhos, fornecer evidências apropriadas e suficientes.

Procedimentos mínimos a serem executados pelos auditores independentes

24. De forma a orientar os auditores independentes na execução dos trabalhos e emissão do seu
relatório de acordo com a NBC TO 3000, este comunicado apresenta a seguir a descrição dos
procedimentos mínimos sugeridos para a asseguração, os quais não são exaustivos, cabendo
ao auditor exercer seu julgamento profissional para determinar a necessidade de executar
procedimentos adicionais.

Procedimentos específicos para as informações de faturamento

Faturamento total

25. Avaliar o desenho dos controles relevantes da entidade beneficiária relacionado ao


faturamento total para possibilitar identificar riscos de distorções relevantes nas informações
contidas no RDA e informar a existência de possíveis deficiências significativas nos controles
internos relacionados ao faturamento que possam afetar o RDA. Com base no julgamento do
auditor e na avaliação dos controles internos da entidade beneficiária, levando-se em
consideração os aspectos contidos no item 22, o auditor deve planejar e executar os
procedimentos apropriados e suficientes, relacionados às informações de faturamento total.

26. Determinar uma amostra e efetuar o confronto dos relatórios fiscais auxiliares com os
registros contábeis, inspecionando, quando aplicável, as necessárias conciliações preparadas
pela administração da entidade beneficiária, bem como do faturamento total constante no
relatório fiscal auxiliar com o informado no RDA. Isso não se aplica a empresas contratantes
de produção terceirizada, via contrato de assunção, em que não haja produção e faturamento
de bens incentivados próprios.

Faturamento incentivado trimestral

27. Avaliar o desenho dos controles relevantes da entidade beneficiária relacionado com o
processo de classificação de cada tipo de produto incentivado por Nomenclatura Comum do
Mercosul (NCM) e de elaboração do relatório fiscal auxiliar contendo as informações do
faturamento incentivado trimestral apresentadas no RDA e determinar se os controles
internos foram implementados de forma apropriada. Com base no julgamento do auditor e na
avaliação dos controles internos da entidade beneficiária, levando-se em consideração os
aspectos contidos no item 22, o auditor deve planejar e executar os procedimentos
apropriados e suficientes, relacionados às informações de faturamento incentivado trimestral.

28. Obter o relatório elaborado pela entidade beneficiária que identifica a classificação NCM de
cada tipo de produto identificado como incentivado, e confrontar sua classificação NCM com
aquelas previstas no Anexo II do Decreto n.º 10.356/2020 e alterações posteriores.
29. Determinar uma amostra e obter o relatório fiscal auxiliar elaborado pela entidade beneficiária
contendo informações sobre o faturamento gerado por produto incentivado trimestralmente, a
região, as devoluções e os impostos incidentes sobre a venda, conforme previsto no Art. 9º
§1 do Decreto n.º 10.356/2020. e confrontar essas informações com aquelas apresentadas no
RDA. Isso não se aplica a empresas contratantes de produção terceirizada, via contrato de
assunção, em que não haja produção e faturamento de bens incentivados próprios.

Procedimentos específicos para os dispêndios

30. Avaliar o desenho dos controles relevantes da entidade beneficiária relacionado aos
dispêndios, inclusive em relação aos processos utilizados para rateio trimestrais, para
identificar riscos de distorções relevantes nas informações e determinar se os controles
internos foram implementados de forma apropriada para fornecer uma base para planejar e
executar procedimentos de asseguração relacionados aos dispêndios trimestralmente. Com
base no julgamento do auditor e na avaliação dos controles internos da entidade beneficiária,
levando-se em consideração os aspectos contidos no item 22, o auditor deve planejar e
executar os procedimentos apropriados e suficientes, relacionados às informações de
dispêndios.

31. Para os projetos em que não foram identificadas exceções de enquadramento de atividade de
PD&I, nos termos da legislação vigente, o auditor independente deve, para cada um dos
projetos:
(a) analisar, com o apoio de especialistas, se os
dispêndios atendem aos critérios de elegibilidade, pertinência e adequação definidos de
acordo com a Metodologia de Avaliação de RDA, versão 1.1 e versões posteriores,
aprovada pela Sempi e pelo manual de instruções para preenchimento do Sigplani;
(b) para projetos extraconvênio (Art. 18 da Lei n.º
13.969/2019), inspecionar a documentação suporte dos dispêndios, como, por exemplo,
nota fiscal/fatura, folha de pagamento, planilhas gerenciais de rateio de dispêndios ou
demais documentos comprobatórios dos dispêndios declarados. Estas inspeções
documentais devem ser realizadas em base amostral por trimestre;
(c) com relação aos projetos realizados mediante
convênio com centros ou institutos de pesquisa ou entidades brasileiras de ensino, oficiais
ou reconhecidas, credenciados pelo Comitê da Área de Tecnologia da Informação – CATI
(Art. 18 da Lei n.º 13.969/2019), deverão ser verificadas as informações relativas ao
repasse financeiro realizado pela empresa beneficiária trimestralmente em favor do
convênio, bem como eventuais pagamentos antecipados, conforme inciso III do Art. 34 do
Decreto 10.356/2020. Para estas verificações, aplicar teste amostral e inspecionar a
documentação suporte dos totais de repasses para as instituições, como, por exemplo,
nota fiscal/fatura, planilhas gerenciais etc. De forma complementar, efetuar procedimento
de confirmação externa – circularização – de informação, para cada um dos projetos, com
a contraparte e confrontar os dados trimestrais com as informações inseridas no RDA.
(d) não se aplicam os critérios explícitos nesse inciso na
análise do valor declarado para as despesas operacionais e administrativas incorridas na
execução dos projetos e para a constituição de reserva no âmbito do convênio com centros
ou institutos de pesquisa ou entidades brasileiras de ensino, oficiais ou reconhecidas,
credenciados pelo CATI, nos termos do § 20 do Art. 11 da Lei n.º 8.248, de 1991 e
alterações posteriores, cabendo somente a verificação do limite percentual e do cálculo
estabelecidos na legislação.
32. O valor referente à prestação de serviço para a realização do trabalho no ano-base referente
aos honorários do auditor, mesmo que o gasto ainda não tenha sido considerado como
dispendido no RDA, serão avaliados por regime de competência.

33. Para fins dos procedimentos mencionados no item 32(b), o auditor deve determinar a amostra
com base na materialidade consolidada do total de dispêndios dos projetos. Caso existam
projetos para os quais a metodologia de seleção do auditor não resulte na seleção de pelo
menos um item de dispêndio para testes em sua amostra, incluir, adicionalmente, na amostra
pelo menos um item de dispêndio para tais projetos.

Procedimentos específicos para a distribuição de investimentos em PD&I – Obrigação

34. Para fins do atendimento dos artigos 12, 13 e 14 do Decreto n.º 10.356/2020 e alterações
posteriores, o auditor deve confirmar se a entidade beneficiária aplicou em projetos de PD&I o
percentual mínimo do seu faturamento, conforme previsto na legislação vigente, e:
(a) no caso dos investimentos do Art. 13, incisos I e II,
obter a composição analítica dos convênios celebrados e, com base em amostragem,
confrontar as informações reportadas no RDA sobre o convênio com o contrato e o termo
aditivo de acordo firmado;
(b) no caso dos investimentos do Art. 13, inciso III, obter
evidência se, durante o ano-base, a entidade beneficiária repassou os recursos de 0,4% do
seu faturamento bruto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento.
35. Para fins do atendimento da Portaria n.º 2.495/2020 e do Decreto n.º 10.356/2020, que trata
da produção terceirizada, efetuar procedimento de confirmação de informação com a
contraparte e confrontar os dados referentes à tela “projetos executados por contratantes” no
RDA, com as informações contidas no contrato de assunção de obrigações entre contratante
e contratada.

Procedimentos específicos para avaliação da atividade de pesquisa, desenvolvimento e inovação


(PD&I) e pesquisa, desenvolvimento e inovação mínimo (PD&IM)

36. O auditor deve aplicar os seguintes procedimentos, com o apoio de especialistas, para cada
um dos projetos informados no RDA:
(a) efetuar a leitura do material descritivo dos projetos
elencados no RDA e anexos e, baseados no manual do Sigplani, obter evidências: (i) se os
campos foram adequadamente preenchidos, (ii) se as atividades foram desenvolvidas
dentro do período válido para o ano-base relativo ao RDA apresentado, (iii) se as
atividades se referem à Tecnologia da Informação e (iv) se o projeto reportado foi
apresentado de forma individualizada;
(b) observar se a entidade beneficiária efetuou a
adequada classificação dos projetos reportados entre stricto sensu ou projetos de
formação e capacitação nos termos definidos na Lei n.º 13.969/2019 e alterações
posteriores, regulamentada pelo Decreto n.º 10.356/2020 e alterações posteriores;
(c) efetuar leitura do material descrito nos projetos
reportados no RDA e avaliar o enquadramento desses projetos como atividades de PD&I,
nos termos definidos na Lei n.º 13.969/2019 e alterações posteriores, regulamentada pelo
Decreto n.º 10.356/2020 e alterações posteriores, por meio da gradação do conjunto de
critérios estabelecidos no modelo de referência da Metodologia de Avaliação de RDA,
versão 1.1 e alterações posteriores;
(d) para fins de atendimento a Lei n.º 13.969/2019, que
trata da isenção do crédito financeiro sobre o investimento em atividades de PD&I, no caso
dos investimentos repassados por meio de contrato de assunção de obrigações entre
contratante e contratada, a auditoria da empresa contratante deverá obter evidências, por
meio de circularização enviada para a contratada, dos investimentos assumidos por essa;
e
(e) revisar a base de cálculo da PD&IM de acordo com o
ANEXO I do Decreto nº 10.356/20 e manual do RDA.

Procedimentos específicos para certas declarações da entidade beneficiária

37. Obter evidência de que a entidade beneficiária cumpriu com o prazo de entrega do RDA.

38. Obter evidência por meio de declaração da existência do Processo Produtivo Básico (PPB),
definido por meio da Lei n.º 13.969/2019 e alterações posteriores, e regulado por portaria
específica emitida pelo MCTI.

39. Obter evidência por meio de declaração de que a entidade beneficiária está com regularidade
fiscal e previdenciária com base em Certidão Negativa de Débitos (CND).

40. Obter evidência de que a entidade beneficiária possui Programa de Participação dos
Trabalhadores nos Lucros e Resultados (PPLR) devidamente homologado no sindicato de
categoria de classe, conforme descrito no Art. 4ª da Portaria MCTIC 4.899/2018, exigindo que
“A empresa habilitada à fruição dos benefícios previstos no Decreto n.º 10.356/2020, deve
implantar Programa de Participação dos Trabalhadores nos Lucros ou Resultados da
empresa (PPLR), nos termos da legislação vigente aplicável, em prazo não superior a 24
(vinte e quatro) meses, contados a partir da data de sua primeira habilitação, definitiva ou
provisória, se houver, à fruição desses benefícios fiscais.”

41. Obter evidência de que a entidade beneficiária possui a certificação de qualidade baseada
nas normas ISO 9001, conforme estabelecido no Decreto n.º 10.356/2020 e alterações
posteriores.

42. Nos casos em que não é requerida declaração por parte da entidade beneficiária, fica a
critério do julgamento do auditor a obtenção ou não de declaração ou representação formal
da entidade beneficiária.

Procedimentos específicos para as informações de Processo Produtivo Básico (PPB)

43. O auditor deve aplicar, no mínimo, os seguintes procedimentos, com o apoio de especialistas,
para assegurar comprovar no âmbito documental, o total acumulado em pontos das etapas de
produção, de cada produto incentivado que teve faturamento bruto no ano-base, informados
no RDA, nos termos das portarias de PPB vigentes:
(a) para a pontuação obtida por meio de investimento
adicional em PD&I, ou em substituição a etapas produtivas, conforme estabelecido nas
portarias dos produtos incentivados, deve ser avaliado conjuntamente com os demais
investimentos em PD&I, conforme itens 30, 31 e 36;
(b) para a pontuação obtida por meio de Projeto de
Desenvolvimento no País, deve ser analisada a aderência da empresa habilitada ao
determinado na portaria de habilitação considerando os termos da Portaria MCT n.º 950,
de 12 de dezembro de 2006, ou Portaria MCTI n.º 1.309, de 19 de dezembro de 2013, ou
Portaria MCTIC n.º 356, de 19 de janeiro de 2018, ou Portaria MCTIC n.º 3.303, de 25 de
junho de 2018, e suas alterações;
(c) para a pontuação obtida por meio de realização de
etapas tangíveis (quantitativas – que envolvem elementos físicos), deve-se inspecionar, de
forma amostral, documentação suporte de insumos ou fabricação na empresa, como notas
fiscais, planilhas de movimentação de estoque, cartas de circularização, listagem de
insumos, instruções de trabalho ou outros meios que evidenciem o PPB; e
(d) para as etapas intangíveis, deve-se inspecionar, de
forma amostral evidências documentais, como atas de desenvolvimento e instruções de
trabalho.

44. São etapas intangíveis do PPB, aquelas a que se referem a uma etapa sem substância física.

45. No caso de não haver pontuação mínima estabelecida em portarias de PPB do produto, o seu
cumprimento deverá ser atestado em sua totalidade.

46. As análises limitam-se a validações quantitativas de volumes, ficando excluída qualquer


validação quanto a custos dos insumos ou demais gastos gerais apropriados ao longo da
realização das etapas produtivas.
47. As análises relacionadas aos procedimentos específicos relacionados acima para as
informações de processo produtivo básico (PPB) se aplicam somente às empresas que
realizam produção de produtos incentivados.

Formação da opinião dos auditores independentes

48. O auditor independente deve expressar uma opinião sem modificação quando ele concluir
que, com base nos procedimentos executados e nas evidências obtidas, as informações
contidas no RDA e anexos foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo a
Metodologia de Avaliação de RDA, versão 1.1 e versões posteriores, aprovada pela Sempi e
pelo Manual de Instruções para Preenchimento do Sigplani, para fins do cumprimento dos
requisitos da Lei n.º 13.969/2019 e alterações posteriores, regulamentada pelo Decreto n.º
10.356/2020 e alterações posteriores.

49. O auditor independente deve expressar uma opinião com modificação nas seguintes
circunstâncias, quando no seu julgamento profissional:
(a) existir uma limitação no alcance e o efeito desse
assunto seja relevante. Em tais casos, o auditor deve expressar uma opinião com ressalva
se os possíveis efeitos forem relevantes ou se abster de apresentar uma opinião se os
possíveis efeitos forem relevantes e generalizados;
(b) a informação do objeto estiver distorcida de forma
relevante. Em tais casos, o auditor deve expressar uma opinião com ressalvas se os
efeitos forem relevantes ou uma opinião adversa, se os efeitos forem relevantes e
generalizados.

50. Reportar, no APÊNDICE II que acompanha o relatório do auditor, as exceções consideradas,


nos termos do Art. 12 do Decreto n.º 10.356/2020, no seu julgamento, como relevantes.

MODELOS

51. Com o objetivo de manter a consistência por parte dos auditores independentes na emissão
dos relatórios, este comunicado contém um modelo de relatório de asseguração razoável, que
possui a seguinte estrutura:
• APÊNDICE I – Modelo de relatório de asseguração
razoável sobre as informações contidas no Relatório Demonstrativo Anual (RDA);
• APÊNDICE II – Síntese dos procedimentos
executados e exceções identificadas.

52. O APÊNDICE II – Síntese dos procedimentos executados e exceções identificadas deve


conter as informações inseridas no RDA e anexos elaborados pela administração da entidade
beneficiária, os principais procedimentos executados pelo auditor e as exceções relevantes
identificadas quando da execução dos seus procedimentos, com o apoio de seu especialista.

53. O exemplo de relatório é apenas uma orientação e não contempla eventuais modificações
que possam ser necessárias em circunstâncias específicas, nos termos previstos na NBC TO
3000.

VIGÊNCIA
Este comunicado entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se aos trabalhos sobre o
processo de elaboração das informações contidas no RDA a partir do ano-base 2020, conforme
legislação aplicável, revogando o CTO 05 (R1), publicado no DOU, Seção 1, de 24/12/2020.

Brasília, 10 de fevereiro de 2022.

Contador Aécio Prado Dantas Júnior


Presidente

Ata CFC n.º 1.083.


APÊNDICE I – MODELO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL SEM RESSALVA
SOBRE AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NO RELATÓRIO DEMONSTRATIVO ANUAL (RDA)

Relatório de asseguração razoável sobre as informações contidas no Relatório


Demonstrativo Anual (RDA)

[Destinatário apropriado – Entidade Beneficiária]

Alcance

Fomos contratados pela [nome da entidade] (Entidade Beneficiária) para apresentar relatório de
asseguração razoável sobre as informações contidas no Relatório Demonstrativo Anual (RDA) e
anexos do ano-base 20__, reportado ao MCTI sob o Recibo n.º [inserir número do recibo] e
Processo SEI n.º [inserir número do processo], para fins de cumprimento dos requisitos da Lei n.º
13.969/2019 e alterações posteriores, regulamentada pelo Decreto n.º 10.356/2020 e Portaria n.º
5.150/2018 e alterações posteriores.

Responsabilidade da administração

A administração da Entidade Beneficiária é responsável:

(a) pela apresentação das informações contidas no RDA,


reportado ao MCTI sob o Recibo n.º [inserir número do recibo] e Processo SEI n.º [inserir
número do processo], de acordo com a Metodologia de Avaliação de RDA, versão 1.1 e
versões posteriores, aprovada pela Secretaria de Empreendedorismo e Inovação (Sempi) e
pelo Manual de Instruções para Preenchimento do Sistema de Gestão da Lei de Informática
(Sigplani), para fins do cumprimento dos requisitos da Lei n.º 13.969/2019 e alterações
posteriores, regulamentada pelo Decreto n.º 10.356/2020 e alterações posteriores; e
(b) pelos controles internos que ela determinou como
necessários para permitir que tais informações estejam livres de distorção relevante,
independentemente se causada por fraude ou erro.

Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre as informações contidas no RDA e


anexos, foram elaboradas pela Entidade Beneficiária para cumprir, em todos os aspectos
relevantes, com os requisitos da Lei n.º 13.969/2019 e alterações posteriores, regulamentada pelo
Decreto n.º 10.356/2020 e alterações posteriores e Portaria n.º 5.150/2018 e alterações
posteriores, que dispõe sobre as instruções para elaboração do relatório conclusivo pelos
auditores independentes.

Conduzimos nosso trabalho de acordo com o Comunicado CTO 05, emitido pelo Conselho
Federal de Contabilidade, tomando por base a NBC TO 3000 – Trabalho de Asseguração
Diferente de Auditoria e Revisão (ISAE 3000 (Revised), Assurance Engagements Other than
Audits or Reviews of Historical Financial Information).

Essa norma requer o cumprimento de exigências éticas, de independência e demais


responsabilidades dessas normas, inclusive quanto à aplicação da Norma Brasileira de Controle
de Qualidade (NBC PA01) e, portanto, a manutenção de sistema de controle de qualidade
abrangente, incluindo políticas documentadas e procedimentos sobre o cumprimento de
requerimentos éticos, normas profissionais e requerimentos jurídicos e regulatórios aplicáveis.
Adicionalmente, a referida norma requer que o trabalho seja planejado e executado de forma a
obter segurança razoável a respeito das informações apresentadas no RDA, em todos os
aspectos relevantes, de acordo com a Metodologia de Avaliação de RDA, versão 1.1 e versões
posteriores, aprovada pela Sempi e pelo Manual de Instruções para Preenchimento do Sigplani,
para fins de cumprimento dos requisitos da Lei n.º 13.969/2019 e alterações posteriores,
regulamentada pelo Decreto n.º 10.356/2020 e Portaria n.º 5.150/2018 e alterações posteriores..

Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas, não, uma garantia de que os
procedimentos de asseguração, de acordo com NBC TO 3000, sempre detectem as eventuais
distorções relevantes existentes. Os procedimentos aplicados basearam-se na nossa
compreensão do processo adotado pela Entidade Beneficiária para a elaboração das informações
de acordo com o Manual para Preenchimento do RDA = ano-base 20XX e de outras
circunstâncias do trabalho e da nossa consideração sobre distorções relevantes que poderiam
existir nas informações, independentemente de estas serem causadas por fraude ou erro.
Entretanto, tais procedimentos não incluem a investigação ou detecção de fraude ou erro.

Os procedimentos selecionados dependem de nosso julgamento, inclusive a avaliação dos riscos


de controles não atender significativamente aos critérios. Ao fazer tais avaliações, consideramos
os controles internos implementados para permitir a elaboração e o preenchimento do RDA, a fim
de estabelecer procedimentos adequados às circunstâncias, mas, não, com a finalidade de
expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos da Entidade Beneficiária.

Acreditamos que as evidências obtidas são suficientes e apropriadas para fundamentar nossa
opinião.

Opinião

Em nossa opinião, com base nos procedimentos realizados, as informações contidas no RDA e
anexos foram elaboradas em todos os aspectos relevantes, de acordo com a Metodologia de
Avaliação de RDA, versão 1.1 e versões posteriores, aprovada pela Sempi e pelo Manual de
Instruções para Preenchimento do Sigplani, para fins de cumprimento dos requisitos da Lei n.º
13.969/2019 e alterações posteriores, regulamentada pelo Decreto n.º 10.356/2020 e alterações
posteriores e Portaria n.º 5.150/2018 e alterações posteriores.

Restrição de uso e distribuição do relatório

De acordo com os termos do nosso trabalho, este relatório foi elaborado para a Administração da
Entidade Beneficiária e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) para cumprimento
dos requisitos da Lei n.º 13.969/2019 e alterações posteriores, regulamentada pelo Decreto n.º
10.356/2020 e alterações posteriores e Portaria n.º 5.150/2018 e alterações posteriores, e não
deve ser apresentado ou distribuído a terceiros, tendo em vista sua finalidade específica descrita
no primeiro parágrafo deste relatório.

Qualquer outra parte que não seja a Entidade Beneficiária e o MCTI que obtiver acesso ao nosso
relatório ou à cópia dele e confiar nas informações contidas em nosso relatório (ou qualquer parte
dela) irá fazê-lo por sua própria conta e risco. Não aceitamos ou assumimos qualquer
responsabilidade e negamos qualquer responsabilidade perante qualquer outra parte que não seja
a [nome da entidade] e/ou [identificar outros usuários pretendidos pelo nosso trabalho, pelo
relatório de asseguração razoável ou pelas nossas conclusões.

[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]
APÊNDICE 2 – SÍNTESE DOS PROCEDIMENTOS EXECUTADOS E EXCEÇÕES VERIFICADAS

Objeto

Informações contidas no Relatório Demonstrativo Anual (RDA) e anexos do ano-base de 20XX,


reportado ao MCTI sob o recibo n.º [inserir número do recibo] e processo SEI n.º [inserir número
do processo], para fins de cumprimento dos requisitos Lei n.º 13.969/2019 e alterações
posteriores, regulamentada pelo Decreto n.º 10.356/2020 e alterações posteriores e Portaria n.º
5.150/2018 e alterações posteriores, que dispõe sobre as instruções para elaboração do relatório
conclusivo pelas auditorias independentes.

Envolvimento de especialistas

Na execução de nossos procedimentos, envolvemos especialistas para a avaliação do


enquadramento dos projetos reportados no RDA como atividades de pesquisa e desenvolvimento
e do Processo Produtivo Básico, assim como se seus dispêndios são elegíveis para o
cumprimento das obrigações, de acordo com os manuais e orientações expedidas pelo Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovações – MCTI.

1. Base de contrapartida (Art 9º Decreto n.º


10.356/2020)

Tabela 1.1 – Faturamento da Contrapartida Período de Fruição: de xx/xx/xxxx a xx/xx/xxxx

Faturamento da Contrapartida
A Faturamento bruto em TIC, no mercado interno, dos bens R$
incentivados 0,00
B Tributos não cumulativos R$
0,00
C Devoluções R$
0,00
Faturamento da Contrapartida (A-B-C) R$
0,00

Tabela 1.1.a - Faturamento da Contrapartida Período de Fruição: de xx/xx/xxxx a xx/xx/xxxx

A Faturamento bruto em TIC, no mercado interno, dos bens R$ 0,00


incentivados
B Tributos não cumulativos R$ 0,00
C Aquisições incentivadas R$ 0,00
D Devoluções R$ 0,00
Faturamento da Contrapartida (A-B-C-D) R$ 0,00
A Tabela 1.1.a será utilizada somente para apresentação das informações referente ao 1º
trimestre de 2020 conforme a Lei n.º 8.248/1991.

Tabela 1.2 – Detalhamento da Tabela 1.1 (regiões Sudam/Sudene e Centro-Oeste)

Faturamento
Faturamento R$ a investir
Produto Tributos Devoluções de
bruto (*)
contrapartida
1 Produto X R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
2 Produto Y R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Total R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
(*) Calculado como "faturamento de contrapartida" multiplicado pelo percentual dos investimentos
em PD&I para produtos, produzidos por entidades beneficiárias sediadas nas Regiões
Sudam/Sudene e Centro-Oeste, que, no exercício de 20xx, é de x%, conforme o Decreto n.º
10.356/2020 e alterações posteriores.

Tabela 1.2.a – Detalhamento da Tabela 1.1.a (regiões Sudam/Sudene e Centro-Oeste)

Aquisições Faturamento
Faturamento R$ a
Produto Tributos Incentivadas Devoluções de
bruto investir (*)
contrapartida
1 Produto
R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
X
2 Produto
R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Y
Total R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
(*) Calculado como "faturamento de contrapartida" multiplicado pelo percentual dos investimentos
em PD&I para produtos, produzidos por entidades beneficiárias sediadas nas egiões
Sudam/Sudene e Centro-Oeste, que, no exercício de 20xx, é de x%, conforme Decreto n.º
5.906/2006.

A Tabela 1.2.a será utilizada somente para apresentação das informações referente ao 1º
trimestre de 2020 conforme a Lei n.º 8.248/1991.

Tabela 1.3 – Detalhamento da Tabela 1.1 (demais regiões)

Faturamento
Faturamento
Produto Tributos Devoluções de R$ a investir (*)
bruto
contrapartida
1 Produto
R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
X
2 Produto
R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Y
Total R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
(*) Calculado como "faturamento de contrapartida" multiplicado pelo percentual dos investimentos
em PD&I para produtos, produzidos por entidades beneficiárias sediadas nas regiões
Sudam/Sudene e Centro-Oeste, que, no exercício de 20xx , é de x%, conforme o Decreto n.º
10.356/2020 e alterações posteriores.

Tabela 1.3.a – Detalhamento da Tabela 1.1.a (regiões Sudam/Sudene e Centro-Oeste)

Aquisições Faturamento
Faturamento R$ a
Produto Tributos Incentivadas Devoluções de
bruto investir *
contrapartida
1 Produto X R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
2 Produto Y R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Total R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
* Calculado como "faturamento de contrapartida" multiplicado pelo percentual dos investimentos
em PD&I para produtos, produzidos por entidades beneficiárias sediadas nas regiões
Sudam/Sudene e Centro-Oeste, que, no exercício de 20xx , é de x%, conforme o Decreto n.º
5.906/2006.
**A Tabela 1.3.a será utilizada somente para apresentação das informações referente ao 1º
trimestre de 2020 conforme a Lei n.º 8.248/1991.
2. Base de cálculo do Pesquisa, Desenvolvimento e
Inovação Mínimo (PD&IM) e investimento

Tabela 2 – Base de cálculo do PD&IM e investimento declarado


Valor Exceção em Real
declarado
no RDA
Base de cálculo do PD&IM
Investimento PD&I declarado Produto
X

Tabela 2.1 – Detalhamento da tabela 2 Base de cálculo do PD&IM ano calendário XXX
Valor Exceção em Notas 1
declarado no Real
RDA

Trimestre

Trimestre

Trimestre

Trimestre

Tabela 2.2 – Detalhamento da tabela 2 – Investimento PD&I declarado


Valor declarado no RDA Exceção em Notas 1
Real
1º Trimestre
2º Trimestre
3º Trimestre
4º Trimestre

2.1. Exceções identificadas na Base de cálculo do PD&IM


e investimento declarado (nota 1)

3. Processo Produtivo Básico

Tabela 3 – Resumo do cumprimento do Processo Produtivo Básico


Pontuação Exceção
Produto declarada no Procedimento cumprimento do Notas 1
RDA * PPB
1 Produto X [sim/não]
2 Produto Y [sim/não]
Indicar “N/A” no campo de “Pontuação declarada no RDA” quando a portaria expressar menção a
este critério
3.1 Exceções identificadas no cumprimento do Processo Produtivo Básico (Notas 1)

4. Resumo das obrigações


Tabela 4 – Resumo das obrigações reportadas no RDA e exceções identificadas
Exceções dos dispêndios (*)
Procedimentos Exceção
Obrigações Valor Exceção
de Notas do
reportadas no declarado enquadramento Exceção Notas
asseguração 3 enquadra
RDA no RDA PD&I documental 4
aplicados mento do
dispêndio
FNDCT [(i)/(ii)/(
N/A [N/A]
trimestral iii)...]
Fundos de [(i)/(ii)/
N/A [N/A]
investimento (iii)...]
Auditoria [(i)/(ii)/
N/A [N/A]
independente (iii)...]
Convênio
Instituições
Públicas - - -
(Sudam/Sudene
e Centro-Oeste)
[3.1.X [4.1.X
[(i)/(ii)/
Convênio X [sim/não] ou ou
(iii)...]
N/A] N/A]
[3.1.X [4.1.X
[(i)/(ii)/
Convênio Y [sim/não] ou ou
(iii)...]
N/A] N/A]
Convênio
Instituições
Privadas - - -
(Sudam/Sudene
e Centro-Oeste)
[3.2.X [4.2.X
[(i)/(ii)/
Convênio A [sim/não] ou ou
(iii)...]
N/A] N/A]
[3.2.X [4.2.X
[(i)/(ii)/
Convênio B [sim/não] ou ou
(iii)...]
N/A] N/A]
Convênio
demais - - -
regiões
[3.3.X
[(i)/(ii)/ [4.3.X
Convênio 1 [sim/não] ou
(iii)...] ou N/A]
N/A]
[3.3.X
[(i)/(ii)/ [4.3.X
Convênio 2 [sim/não] ou
(iii)...] ou N/A]
N/A]
Extraconvênio
e Projetos - - -
Próprios
[3.4.X
[(i)/(ii)/ [4.4.X
Projeto 1 [sim/não] ou
(iii)...] ou N/A]
N/A]
[3.4.X
[(i)/(ii)/ [4.4.X
Projeto 2 [sim/não] ou
(iii)...] ou N/A]
N/a]
Total das
considerações
factuais
(*) Não aplicável se identificada exceção de enquadramento PD&I.

Tabela 4.1 – Consolidação da tabela relativa aos dispêndios por modalidade de execução
Dispêndios
Com
Consolidados por modalidade
Declarado exceção
(*)
FNDCT trimestral
Fundos de investimento (**)
Auditoria independente
Projetos realizados internamente, extraconvênio
Projetos realizados em convênios com instituições públicas situadas
nas regiões Sudam/Sudene e Centro-Oeste
Projetos em convênios com instituições privadas situadas nas regiões
Sudam/Sudene e Centro-Oeste
Projetos em convênios com instituições situadas nas demais regiões
Total
(*) Os valores apresentados na coluna "Com Exceção" são resultado da extrapolação de desvios
identificados nos testes amostrais dos projetos efetuados nos termos dos itens 29 e 30 do CTO 05
e atualizações. Os valores apresentados na coluna "Declarado" correspondem ao resultado dos
testes nos quais não encontramos exceções e também às rubricas de dispêndios não
selecionadas para testes nos termos dos itens 29 e 30 do CTO 05 e atualizações. Portanto, a
conclusão relativa a esta coluna deve ser avaliada no contexto dos requisitos do CTO 05 e
atualizações.
(**) Destinados à capitalização de empresas de base tecnológica, e sob a forma de aplicação em
programa do Governo federal, que se destine ao apoio a empresas de base tecnológica, nos
termos do disposto em regulamento editado pelo Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações;

5. Exceções identificadas na análise de


enquadramento dos projetos nos termos do Art. 2 do Decreto n.º 10.356/2020 e
alterações posteriores

5.1 Projetos realizados em convênios com instituições públicas situadas nas regiões
Sudam/Sudene e Centro-Oeste

5.1.1 Projeto 1 [repete-se para todos os projetos identificados com exceção]


Título: [descrever]
Data de início: / /20__
Data de término: / /20__
Análise de enquadramento
[Descreva a exceção identificada na análise do enquadramento das atividades de PD&I, baseado
na gradação atribuída conforme metodologia (C1, C2, C3, C4, C5, C6 e C7).]

5.2 Projetos em convênios com instituições privadas situadas nas regiões Sudam/Sudene e
Centro-Oeste

5.2.1 Projeto 1 [repete-se para todos os projetos identificados com exceção]


Análise de enquadramento
[Descreva a exceção identificada na análise do enquadramento das atividades de PD&I, baseado
na gradação atribuída conforme metodologia (C1, C2, C3, C4, C5, C6 e C7).]
5.3 Projetos em convênios com instituições situadas nas demais regiões

5.3.1 Projeto 1 [repete-se para todos os projetos identificados com exceção]


Título: [descrever]
Data de início: / /20__
Data de término: / /20__
Análise de enquadramento
[Descreva a exceção identificada na análise do enquadramento das atividades de PD&I, baseado
na gradação atribuída conforme metodologia (C1, C2, C3, C4, C5, C6 e C7).]

5.4 Projetos realizados internamente, extraconvênio

5.4.1 Projeto 1 [repete-se para todos os projetos identificados com exceção]


Título: [descrever]
Data de início: / /20__
Data de término: / /20__
Análise de enquadramento
Título: [descrever]
Data de início: / /20__
Data de término: / /20__
[Descreva a exceção identificada na análise do enquadramento das atividades de PD&I, baseado
na gradação atribuída conforme metodologia (C1, C2, C3, C4, C5, C6 e C7).]

6. Exceções identificadas na análise de


enquadramento dos dispêndios nos termos do Art. 12 do Decreto n.º 10.356/2020 e
alterações posteriores

6.1 Exceções identificadas em dispêndios de projetos realizados em convênios com instituições


públicas situadas nas regiões Sudam/Sudene e Centro-Oeste

6.1.1 Projeto 1 [repete-se para todos os projetos identificados com exceção relevante]
Título: [descrever]
Data de início: / /20__
Data de término: / /20__
Tabela 5.1.1 - Dispêndios Projeto 1
Valor Com exceção Com exceção
Inciso Dispêndios
declarado enquadramento documentação (*)
Equipamentos,
I R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
softwares e outros
II Obras civis R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
III RH R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
IV Material de protótipo R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
V Material de consumo R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
VI Livros e periódicos R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
VII Viagens R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
VIII Treinamento R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
IX Serviços de terceiros R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
X Outros correlatos R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Custos incorridos R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Total R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
(*) Considerando que os testes são realizados em base amostral, o auditor independente deve
detalhar a sua avaliação e julgamento das exceções identificadas na sua conclusão sobre o efeito
na população como um todo e, se aplicável, efetuar referências cruzadas para a modificação em
seu relatório de asseguração.
Detalhamento das exceções identificadas de enquadramento de dispêndios
[Descreva as exceções identificadas na análise do enquadramento dos dispêndios, conforme a
metodologia de análise. Se necessário, tabelas adicionais podem ser incluídas para melhor
entendimento das exceções.]

Detalhamento das exceções identificadas em testes documentais de dispêndio


[Descreva as exceções identificadas nos testes documentais dos dispêndios, detalhando
informação analisada (ou não fornecida/identificada, se for o caso). Se necessário, tabelas
adicionais podem ser incluídas para melhor entendimento das exceções.]

6.2. Exceções identificadas em dispêndios de projetos realizados em convênios com instituições


privadas situadas nas regiões SUDAM/SUDENE e Centro-Oeste

6.2.1 Projeto 1 [repete-se para todos os projetos identificados com exceção]


Título: [descrever]
Data de início: / /20__
Data de término: / /20__
Tabela 6.2.1 Dispêndios Projeto 1
Valor Com exceção Com exceção
Inciso Dispêndios
declarado enquadramento documentação (*)
Equipamentos,
I R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
softwares e outros
II Obras civis R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
III RH R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
IV Material de protótipo R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
V Material de consumo R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
VI Livros e periódicos R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
VII Viagens R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
VIII Treinamento R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
IX Serviços de terceiros R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
X Outros correlatos R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Custos incorridos R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Total R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
(*) Considerando que os testes são realizados em base amostral, o auditor independente deve
detalhar a sua avaliação e julgamento das exceções identificadas na sua conclusão sobre o efeito
na população como um todo e, se aplicável, efetuar referências cruzadas para a modificação em
seu relatório de asseguração.
Detalhamento das exceções identificadas de enquadramento de dispêndios
[Descreva as exceções identificadas na análise do enquadramento dos dispêndios, conforme a
metodologia de análise. Se necessário, tabelas adicionais podem ser incluídas para melhor
entendimento das exceções.]

Detalhamento das exceções identificadas em testes documentais de dispêndio


[Descreva as exceções identificadas nos testes documentais dos dispêndios, detalhando
informação analisada (ou não fornecida/identificada, se for o caso). Se necessário, tabelas
adicionais podem ser incluídas para melhor entendimento das exceções.]

6.3 Exceções identificadas em dispêndios de projetos realizados em convênios com instituições


situadas nas demais regiões
6.3.1 Projeto 1 [repete-se para todos os projetos identificados com exceção]
Título: [descrever]
Data de início: / /20__
Data de término: / /20__
Tabela 6.3.1 Dispêndios Projeto 1
Valor Com exceção Com exceção
Inciso Dispêndios
declarado enquadramento documentação (*)
Equipamentos,
I R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
softwares e outros
II Obras civis R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
III RH R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
IV Material de protótipo R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Material de
V R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
consumo
VI Livros e periódicos R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
VII Viagens R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
VIII Treinamento R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Serviços de
IX R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
terceiros
X Outros correlatos R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Custos incorridos R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Total R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
(*) Considerando que os testes são realizados em base amostral, o auditor independente deve
detalhar a sua avaliação e julgamento das exceções identificadas na sua conclusão sobre o efeito
na população como um todo e, se aplicável, efetuar referências cruzadas para a modificação em
seu relatório de asseguração.
[Descreva as exceções identificadas nos testes documentais dos dispêndios, detalhando
informação analisada (ou não fornecida/identificada, se for o caso). Se necessário, tabelas
adicionais podem ser incluídas para melhor entendimento das exceções.]

6.4 Exceções identificadas em dispêndios de projetos realizados internamente, extraconvênio


6.4.1 Projeto 1 [repete-se para todos os projetos identificados com exceção]
Título: [descrever]
Data de início: / /20__
Data de término: / /20__
Tabela 5.4.1 Dispêndios Projeto 1
Valor Com exceção Com exceção
Inciso Dispêndios
declarado enquadramento documentação (*)
Equipamentos,
I R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
softwares e outros
II Obras civis R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
III RH R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
IV Material de protótipo R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
V Material de consumo R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
VI Livros e periódicos R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
VII Viagens R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
VIII Treinamento R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
IX Serviços de terceiros R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
X Outros correlatos R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Custos incorridos R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Total R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
(*) Considerando que os testes são realizados em base amostral, o auditor independente deve
detalhar a sua avaliação e julgamento das exceções identificadas na sua conclusão sobre o efeito
na população como um todo e, se aplicável, efetuar referências cruzadas para a modificação em
seu relatório de asseguração.

Detalhamento das exceções identificadas de enquadramento de dispêndios


[Descreva as exceções identificadas na análise do enquadramento dos dispêndios, conforme a
metodologia de análise. Se necessário, tabelas adicionais podem ser incluídas para melhor
entendimento das exceções.]

Detalhamento das exceções identificadas em testes documentais de dispêndio

Detalhamento das exceções identificadas de enquadramento de dispêndios


[Descreva as exceções identificadas na análise do enquadramento dos dispêndios, conforme a
metodologia de análise. Se necessário, tabelas adicionais podem ser incluídas para melhor
entendimento das exceções.]

Detalhamento das exceções identificadas em testes documentais de dispêndio


[Descreva as exceções identificadas nos testes documentais dos dispêndios, detalhando
informação analisada (ou não fornecida/identificada, se for o caso). Se necessário, tabelas
adicionais podem ser incluídas para melhor entendimento das exceções.]

7. Demonstrativos das exceções identificadas


referente às aplicações em PD&I

7.1 Demonstração das Aplicações com Valores Antecipados do Ano Anterior

Regiões Sudam/Sudene e Centro-


Aplicações
Oeste Convênio
Convênio Convênio Demais Total
Instituições Instituições Regiões
Públicas Privadas
Adiantamentos declarados no
ano anterior para este ano
Dispêndios sem exceção (*)
Consolidação dos Débitos
(*) Os valores apresentados como "Sem Exceção" correspondem ao resultado dos testes nos
quais não encontramos exceções e também às rubricas de dispêndios não selecionadas para
testes nos termos dos itens 29 e 30 do CTO 05 e atualizações. Portanto, a conclusão relativa a
essa linha deve ser avaliada no contexto dos requisitos do CTO 05 e atualizações.
Todos os valores estão em (R$) reais
Débito Final de Antecipações: é o somatório da consolidação dos projetos que informaram
"Valores Antecipados do ano anterior", abatidos pelo Valor Gasto desses projetos.

7.2 Demonstração das obrigações

Regiões
FNDCT Sudam/Sudene e
Centro-Oeste Convênio Co
Fundos de Auditoria
Aplicações PPI Demais
Convênio Convênio Regiões Investimento Independente P
Residual
Trimestral Instituições Instituições P
Insuficiência
Públicas Privadas
Obrigações
geradas pelo
faturamento
Obrigações
Repassadas *
Obrigações
Assumidas *
Dispêndios
Declarados
Adiantamento
válido para o
ano seguinte
Dispêndios sem
exceção** no
ano
Demonstração
dos Débitos
Intermediários***
Demonstração
dos Débitos
Final***
Todos os valores estão em (R$) reais.
Demonstração dos Débitos Intermediários: Corresponde à diferença entre Aplicações Totais e
Obrigações Totais.
Demonstração dos Débitos Final: débito final após realizadas as compensações dos valores
obtidos no Débito Intermediário.
(*) As obrigações repassadas e obrigações assumidas poderão ser suprimidas da tabela caso a
empresa beneficiária não seja classificada como empresa contratante e/ou contratada.
(**) Os valores apresentados como "Sem Exceção" correspondem ao resultado dos testes nos
quais não encontramos exceções e também às rubricas de dispêndios não selecionadas para
testes nos termos dos itens 29 e 30 do CTO 05 e atualizações. Portanto, a conclusão relativa a
essa linha deve ser avaliada no contexto dos requisitos do CTO 05 e atualizações.
(***) Os valores apresentados nas Demonstrações de Débitos, intermediário e final, poderão ser
alvos de revisão pelo MCTIC, quando avaliados os projetos realizados pelas contratantes,
mediante contrato de assunção.
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, CTO 06, DE 20 DE MAIO DE 2021

Orientação aos auditores independentes para os


trabalhos de asseguração razoável em conexão com
processo de relicitação dos contratos de parcerias
aeroportuárias, para fins de cumprimento dos
requisitos da Lei n.º 13.448/2017, regulamentada pelo
Decreto n.º 9.957/2019 e para fins de cumprimento da
Resolução da Agência Nacional de Aviação Civil
(ANAC) n.º 533, de 7 de novembro de 2019

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e


regimentais e com fundamento no disposto na alínea “f” do Art. 6º do Decreto-Lei n.º 9.295/1946,
alterado pela Lei n.º 12.249/2010, faz saber que foi aprovada em seu Plenário, a seguinte Norma
Brasileira de Contabilidade (NBC), que tem por base o CT 01/2021 do Instituto dos Auditores
Independentes do Brasil (Ibracon):

CTO 06 – TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL REFERENTE AO PROCESSO DE


RELICITAÇÃO DOS CONTRATOS DE PARCERIAS AEROPORTUÁRIAS, PARA FINS DE
CUMPRIMENTO DA RESOLUÇÃO DA AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL (ANAC) N.º
533, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2019

Sumário Item
OBJETIVO 1
INTRODUÇÃO 2-5
DEFINIÇÕES 6
ENTENDIMENTO E ORIENTAÇÃO AOS AUDITORES INDEPENDENTES 7 - 13
Planejamento 14
Materialidade 15
Controles internos 16 - 17
Trabalho de especialistas 18
Considerações de fraude e de atos ilegais 19 - 20
Exigências éticas relevantes 21
Representações formais 22 - 25
Obtenção de evidência – Consideração de riscos e respostas aos riscos 26 - 27
Seções A) e B) – Orientações específicas para a execução dos trabalhos 28
pelos auditores independentes
Seção A) Trabalhos de asseguração do acompanhamento do processo da 29 - 72
relicitação
A.1) Movimentação dos bens 29 - 36
A.2) Acompanhamento dos aspectos de governança 37 - 52
A.3) Compilação de projeção de fluxo de caixa 53 - 72
Seção B) Trabalhos de asseguração do cálculo de indenização 73 - 111
Formação da opinião dos auditores independentes 112 -
114
VIGÊNCIA
MODELOS DOS RELATÓRIOS DE ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL
MODELO A.1) Asseguração razoável sobre a movimentação dos bens
MODELO A.2) Asseguração razoável sobre acompanhamento aspectos de
governança
MODELO A.3) Asseguração razoável sobre a compilação do fluxo de caixa
projetado
MODELO – B) Asseguração razoável sobre o cálculo da indenização
ANEXO I – Relatório de cálculo da indenização (RCI)
Objetivo

1. Este Comunicado Técnico (CT) tem o objetivo de orientar os auditores independentes


quanto aos procedimentos a serem executados para a emissão dos relatórios de
asseguração razoável referente ao processo de relicitação dos contratos de parcerias
aeroportuárias, para fins de cumprimento dos requisitos da Lei n.º 13.448, de 5 de junho de
2017 (Lei n.º 13.448), regulamentada pelo Decreto n.º 9.957, de 6 de agosto de 2019
(“Decreto n.º 9.957”), incluindo os aspectos específicos da Resolução n.º 533, de 7 de
novembro de 2019 (Resolução n.º 533), da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), do
seu Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC (Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-
ANAC”) e de eventuais outros ofícios circulares e orientações relacionados ao processo de
relicitação (eventuais orientações complementares emitidas pela ANAC).

Introdução

2. A Lei n.º 13.448/2017 estabelece diretrizes gerais para prorrogação e relicitação dos
contratos de parceria nos setores rodoviário, ferroviário e aeroportuário da administração
pública federal, definidos nos termos da Lei n.º 13.334, de 13 de setembro de 2016, que cria
o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), e altera a Lei n.º 10.233, de 5 de junho de
2001, e a Lei n.º 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.

3. O Art. 15 da Lei n.º 13.448/2017 menciona que a relicitação do contrato de parceria será
condicionada à celebração de termo aditivo com o atual contratado e, ainda de acordo com
Art. 17, o órgão ou a entidade competente deverá promover o estudo técnico necessário de
forma precisa, clara e suficiente para subsidiar a relicitação dos contratos de parceria,
visando assegurar sua viabilidade econômico-financeira e operacional.

4. O Decreto n.º 9.957 foi emitido para regulamentar o procedimento para relicitação dos
contratos de parceria nos setores rodoviário, ferroviário e aeroportuário e, em seus Arts. 7º e
11, mencionam a necessidade de trabalhos a serem executados por auditores
independentes, como se observa a seguir:

Art. 7º Caberá à agência reguladora competente ou ao Ministério da Infraestrutura,


quando for o caso, adotar as medidas necessárias à realização da relicitação do
empreendimento qualificado nos termos do disposto no Capítulo II, em especial:
I- elaborar e celebrar o termo aditivo de que trata o Art. 15 da Lei n.º 13.448,
de 2017;
II- realizar ou dar suporte aos estudos técnicos necessários à realização da
licitação do
empreendimento qualificado, observado o disposto no Art. 17 da Lei n.º 13.448, de
2017;
III- publicar o edital, julgar a licitação e conduzir o procedimento licitatório do
empreendimento qualificado; e
IV- celebrar e gerir o futuro contrato de parceria e os instrumentos
administrativos decorrentes do processo de relicitação de que trata este Decreto.
Parágrafo único. A agência reguladora competente contratará empresa de
auditoria independente para acompanhar o processo de relicitação do contrato de
parceria, o cumprimento das obrigações assumidas no termo aditivo e as
condições financeiras da sociedade de propósito específico.”
“Art. 11. Serão descontados do valor calculado pela agência reguladora
competente, a título de indenização pelos bens reversíveis não amortizados ou
depreciados vinculados ao contrato de parceria, de que trata o inciso VII do § 1º
do Art. 17 da Lei n.º 13.448, de 2017:
I- as multas e outras somas de natureza não tributária devidas pelo contratado
originário ao órgão ou à entidade competente e não adimplidas até o momento do
pagamento da indenização;
II- as outorgas devidas até a extinção do contrato de parceria e não pagas até
o momento do pagamento da indenização; e
III- o valor excedente da receita tarifária auferida pelo contratado originário em
razão da não contabilização do impacto econômico-financeiro no valor da tarifa
decorrente da suspensão das obrigações de investimentos não essenciais no
momento da celebração do termo aditivo.
§ 1º As outorgas vencidas e pagas, incluído o ágio, não compõem o cálculo da
indenização devida.
§ 2º O pagamento dos valores de que trata o caput será condição para o início
do novo contrato de parceria, nos termos do disposto no § 3º do Art. 15 da Lei n.º
13.448, de 2017, sem prejuízo de outros valores a serem apurados e pagos
posteriormente, decorrentes de decisão judicial, arbitral ou outro mecanismo
privado de resolução de conflitos, na forma prevista no inciso IV do caput do Art.
8º.
§ 3º O cálculo da indenização de que trata o caput será certificado por empresa
de auditoria independente de que trata o parágrafo único do Art. 7º.

5. Nesse sentido, este CT apresenta um entendimento sobre a necessidade da agência


reguladora relativa à atuação dos auditores independentes, orienta sobre as normas de
auditoria e asseguração aplicáveis, o tipo de trabalho e os procedimentos mínimos a serem
executados, assim como contempla modelos de relatórios a serem emitidos para os
processos de relicitação considerando os períodos aplicáveis de cada relicitação. Para fins
deste CT, “período” refere-se ao período determinado em cada processo de relicitação.

Definições

6. Para fins deste comunicado e para o cumprimento dos requisitos da Lei n.º 13.448,
regulamentada pelo Decreto n.º 9.957, e para fins de cumprimento da Resolução n.º 533, os
termos possuem os seguintes significados:
Relicitação: procedimento que compreende a extinção amigável do contrato de parceria e a
celebração de novo ajuste negocial para o empreendimento, em novas condições
contratuais e com novos contratados, mediante licitação promovida para esse fim, neste
caso em especial aos contratos de parceria no setor aeroportuário, cujas disposições
contratuais não estejam sendo atendidas ou cujos contratados demonstrem incapacidade de
adimplir as obrigações contratuais ou financeiras assumidas originalmente, e desde que
estejam garantidas a continuidade, regularidade e eficiência na prestação dos serviços
contratados aos usuários bem como a transparência, necessidade e adequação das
decisões dos órgãos e das entidades competentes.
Termo aditivo: documento celebrado com a atual entidade concessionária e condicionante
para a relicitação do contrato de parceria, no qual constarão a aderência aos termos da
relicitação e posterior extinção do contrato original, a suspensão de obrigações de
investimentos vincendas não consideradas como essenciais, as condições mínimas de
prestação de serviço durante o período da relicitação até o início de um novo contrato de
parceria, a previsão do pagamento de indenização e adoção de arbitragem e outros
mecanismos de resolução de conflitos com relação ao cálculo de indenização, entre outros
elementos julgados pertinentes pela agência reguladora.
Bens reversíveis: bens indispensáveis à continuidade e atualidade da prestação do serviço
objeto da concessão, assim considerados, como bens repassados à entidade
concessionária pelo Poder Público, o próprio sítio aeroportuário e suas edificações,
instalações, obras civis e benfeitorias nele localizadas, máquinas, equipamentos, bens de
informática, aparelhos, utensílios, instrumentos, veículos e móveis, softwares utilizados na
prestação dos serviços objeto da concessão, e licenças ambientais, projetos de obras
executadas pela entidade concessionária e manuais técnicos vigentes. Bens e sistemas
adquiridos pela entidade concessionária utilizados exclusivamente em atividades
administrativas não são considerados reversíveis.
Entendimento e orientação aos auditores independentes

7. O escopo deste trabalho possui características específicas, destacando-se os aspectos


quantitativos e qualitativos, principalmente no que se refere à movimentação dos bens, ao
acompanhamento das obrigações assumidas no termo aditivo e às condições financeiras da
sociedade de propósito específico participante da relicitação (entidade concessionária),
como também a análise do cálculo da indenização a ser elaborado pela ANAC.

8. A NBC TO 3000 – Trabalho de Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão (ISAE 3000 –


Assurance Engagements Other than Audits or Reviews of Historical Financial Information)
deve ser aplicada a trabalhos de asseguração que não se constitua em auditoria nem em
revisão de informações financeiras históricas.

9. Conforme o item 10 da NBC TO 3000, ao conduzir o trabalho de asseguração, os objetivos


dos auditores independentes são:
a) obter segurança razoável ou segurança limitada, conforme apropriado, sobre se a
informação do objeto está livre de distorções relevantes;
b) expressar a conclusão acerca do resultado da mensuração ou avaliação de
determinado objeto, por meio de relatório escrito que transmita uma asseguração
razoável ou uma conclusão de asseguração limitada e descreva a base para a
conclusão; e
c) adicionalmente, proceder às comunicações requeridas pela NBC TO 3000 que sejam
também aplicáveis.

10. Assim, os trabalhos de asseguração sobre o processo de acompanhamento das obrigações


assumidas, sobre os aspectos relacionados às condições financeiras da entidade
concessionária, bem como sobre as informações contidas no cálculo de indenização
preparadas pela entidade concessionária, para fins de cumprimento da Resolução n.º 533,
serão executados consoante às normas gerais previstas na NBC TO 3000 e as orientações
deste comunicado, que dispõe, entre outros, os procedimentos mínimos e específicos a
serem executados pelo auditor nesses trabalhos.

11. Para fins deste comunicado, os trabalhos devem ser de asseguração razoável. O trabalho
de asseguração razoável é o trabalho de asseguração no qual o auditor independente reduz
o risco do trabalho para um nível aceitavelmente baixo nas circunstâncias do trabalho como
base para a sua conclusão. A conclusão do auditor independente é emitida de forma que o
possibilite expressar sua opinião sobre o resultado da mensuração ou da avaliação de
determinado objeto, de acordo com os critérios aplicáveis. Segurança razoável é um alto
nível de segurança, mas não uma garantia de que os procedimentos de asseguração, de
acordo com a NBC TO 3000, sempre detectem as eventuais distorções relevantes
existentes.

12. Dessa forma, o auditor deve executar os procedimentos necessários, com o objetivo de
emitir relatórios distintos contendo opinião sobre:
a) o relatório de movimentação dos bens preparado pela entidade concessionária foi
elaborado, em todos os aspectos relevantes, de acordo com as exigências contidas na
Resolução n.º 533 e eventuais orientações complementares emitidas pela ANAC
aplicáveis;
b) determinados aspectos de governança (seção A.2) no processo de acompanhamento
das obrigações assumidas cumprem, em todos os aspectos relevantes, os requisitos
de governança previstos no Termo Aditivo firmado entre a ANAC e a entidade
concessionária;
c) o fluxo de caixa da entidade concessionária foi preparado de acordo com o Ofício-
Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC; e
d) as informações contidas no cálculo da indenização apresentado pela ANAC em
relação à entidade concessionária foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, de acordo com as exigências contidas na Resolução n.º 533 e eventuais
orientações complementares emitidas pela ANAC aplicáveis ao cálculo da
indenização.

13. Em relação ao parágrafo anterior, no que se refere ao item (a) movimentação dos bens, ao
item (b) acompanhamento das obrigações assumidas no termo aditivo e ao item (c) fluxo de
caixa da entidade concessionária, o auditor deve executar procedimentos mínimos de
asseguração razoável específicos apresentados na seção “A” deste CT, baseados nas
definições dispostas no termo aditivo, nas orientações do Ofício-Circular n.º
1/2021/GEIC/SRA-ANAC e eventuais orientações complementares emitidas pela ANAC.
Quanto ao item (d) cálculo de indenização, o auditor deve executar os procedimentos
mínimos de asseguração razoável apresentados na seção “B” deste CT, baseados também
nos requerimentos e exigências da Resolução n.º 533.

Planejamento

14. De acordo com o item 40 da NBC TO 3000, o auditor independente deve planejar o trabalho
para que ele seja executado de forma eficaz, incluindo a definição do alcance, da época e
da coordenação do trabalho; assim como determinar a natureza, a época e a extensão dos
procedimentos planejados que são requeridos de forma a alcançar o seu objetivo.

Materialidade

15. O auditor independente deve levar em consideração a materialidade quando planejar e


executar o seu trabalho, inclusive ao determinar a natureza, a época e a extensão dos
procedimentos; e avaliar se a informação do objeto está livre de distorções relevantes.

Controles internos

16. O auditor independente deve obter entendimento dos controles internos da entidade
concessionária relacionados ao cumprimento das obrigações assumidas no Termo Aditivo
(que inclui aspectos de governança no processo de relicitação) e à compilação da
movimentação dos bens e do fluxo de caixa, destinado ao acompanhamento econômico-
financeiro do processo de relicitação, apresentados pela entidade concessionária, bem
como em relação aos dados e informações apresentados à ANAC e que fundamentam o
cálculo da indenização devida pelos bens reversíveis não amortizados.

17. Entender os controles internos sobre a informação do objeto auxilia o auditor independente
a identificar os tipos de distorções e fatores que afetam o risco de distorções relevantes na
informação do objeto. O auditor independente é requerido a avaliar o desenho dos controles
relevantes e a determinar se eles foram implementados ao realizar procedimentos adicionais
às indagações da parte responsável. O julgamento profissional é necessário para determinar
quais controles são relevantes nas circunstâncias do trabalho e se estes serão testados
durante o processo de asseguração.

Trabalho de especialistas

18. Determinados aspectos dos objetos submetidos aos trabalhos de asseguração poderão
requerer especialização, o que demandará o uso de especialistas com capacidade técnica e
experiência, entre outros, em projetos de infraestrutura. De acordo com o item 52 da NBC
TO 3000, citado a seguir, o auditor independente, sempre que aplicável, deve entender a
natureza do trabalho do especialista com objetivo de compreender o serviço para o qual o
especialista é utilizado na extensão que lhe permita aceitar a responsabilidade pela
conclusão em relação às informações sobre o objeto. O auditor independente avalia até que
ponto os serviços de especialista devem ser utilizados para formar a sua própria conclusão.

52. Quando o trabalho de especialista for utilizado, o auditor independente deve,


também:
a) avaliar se o especialista possui a competência, a capacidade e a
objetividade necessárias para os seus propósitos. No caso de especialista
externo, a avaliação da objetividade deve incluir indagação sobre interesses e
relações que podem criar ameaças para a objetividade desse especialista;
b) obter o suficiente entendimento da área de especialidade do especialista;
c) acordar com o especialista a natureza, o alcance e a extensão do trabalho
dele; e
d) avaliar a adequação do trabalho do especialista para os propósitos do
auditor independente.

Considerações de fraude e de atos ilegais

19. A responsabilidade primária pela prevenção e detecção de fraude e de atos ilegais é dos
responsáveis pela governança e da administração da entidade concessionária. Portanto, é
importante que a administração, com a supervisão geral dos responsáveis pela governança,
enfatize a prevenção de fraude, o que pode reduzir as oportunidades de sua ocorrência, e a
dissuasão de fraude, o que pode persuadir os indivíduos a não perpetrar fraude por causa
da probabilidade de detecção e punição.

20. Por sua vez, o auditor é responsável por obter segurança de que as informações, como um
todo, não contêm distorções relevantes, causadas por fraude ou erro. Devido às limitações
inerentes nos trabalhos do auditor, há risco inevitável de que algumas distorções relevantes
nas informações possam não ser detectadas, apesar dos procedimentos executados pelos
auditores tenham sido devidamente planejados e realizados.

Exigências éticas relevantes

21. O auditor deve cumprir com as exigências éticas relevantes aplicáveis aos trabalhos de
asseguração ou outras exigências profissionais impostas por leis ou regulamentos que
contenham requisitos ou exigências similares aplicáveis a esses trabalhos.

Representações formais

22. O auditor deve obter representações formais da administração da entidade concessionária e


da ANAC, conforme aplicável, contendo sua responsabilidade em relação a documentos e
informações relacionados aos objetos relativos aos trabalhos de asseguração de acordo
com a norma NBC TO 3000, confirmando, entre outros, os seguintes aspectos e
responsabilidades:
a) responsabilidade sobre as informações (dados utilizados) nos objetos submetidos ao
trabalho de asseguração, confirmando que os mesmos são preparados sob a
responsabilidade da administração da entidade concessionária;
b) a administração da entidade concessionária responsável deve disponibilizar ao auditor
acesso a todas as informações relevantes de que a administração tem conhecimento
para a elaboração dessas informações (dados) do objeto, como registros,
documentação e outros assuntos, além de informações adicionais que o auditor pode
solicitar da administração para fins do serviço proposto e acesso irrestrito a pessoas
da administração da concessionária que o auditor determina ser necessário para obter
evidência ao trabalho de asseguração;
c) a responsabilidade primária na prevenção e detecção de erros e fraudes é da
administração da parte responsável. Dessa forma, uma estrutura eficaz de controles
internos reduz a possibilidade de que estes venham a ocorrer ou, no mínimo, contribui;
d) conforme requerido pelas normas de asseguração, indagaremos da administração e
de outras pessoas da parte responsável sobre aspectos relacionados ao objeto de
asseguração, tais como os critérios para a sua avaliação ou mensuração e a eficácia
dos correspondentes controles internos.
23. As normas de asseguração também estabelecem que o auditor deve obter uma carta de
representação da alta administração ou responsáveis pela governança da parte
responsável, sobre temas significativos e afirmações básicas em relação ao objeto de
asseguração. Adicionalmente, a administração da parte responsável deve concordar em
informar fatos que podem afetar as informações (dados) em relação ao objeto de
asseguração, dos quais tenha tomado conhecimento durante o período entre a data do
relatório do auditor e a data de sua utilização / publicação.

24. Se o auditor independente determinar que é necessário obter uma ou mais representações
adicionais para dar suporte a outras evidências relevantes para a informação do objeto, o
auditor deve requerer tais representações por escrito.

25. As representações devem estar na forma de carta endereçada ao auditor independente


datada o mais próximo possível, mas não depois da data do relatório de asseguração do
auditor, conforme item 59 da NBC TO 3000.

Obtenção de evidência – Consideração de riscos e respostas aos riscos

26. Com base no seu entendimento, o auditor independente deve:


a) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante nas informações contidas na
movimentação dos bens, na compilação do fluxo de caixa e demais informações sobre
aspectos de governança do processo de relicitação, apresentados pela entidade
concessionária, bem como nas informações fornecidas pela entidade concessionária
que sustentam o cálculo da indenização apresentado pela ANAC; e
b) planejar e executar procedimentos para responder aos riscos avaliados e para obter
segurança razoável que dê suporte à sua opinião.

27. Nesse sentido, o auditor deve obter evidência apropriada e suficiente sobre a efetiva
operação dos controles relevantes quando:
a) a avaliação de riscos pelo auditor incluir a expectativa de que os controles estejam
operando de forma efetiva; ou
b) outros procedimentos, que não sejam testes de controles, não podem, sozinhos,
fornecer evidências apropriadas e suficientes.

Seções A) e B) – Orientações específicas para a execução dos trabalhos pelos auditores


independentes

28. De forma a orientar os auditores independentes na execução dos trabalhos e emissão dos
seus relatórios de acordo com a NBC TO 3000, este comunicado apresenta a seguir a
descrição das orientações mínimas sugeridas para asseguração, as quais não são
exaustivas, cabendo ao auditor exercer seu julgamento profissional para determinar a
necessidade de executar procedimentos adicionais.

Seção A) Trabalhos de asseguração do acompanhamento do processo da relicitação

A.1) Movimentação dos bens

29. Esta seção tem o objetivo de orientar os auditores independentes quanto aos procedimentos
mínimos a serem executados nos trabalhos de asseguração relacionados ao relatório de
movimentação de bens apresentado pela entidade concessionária, conforme os critérios
definidos na Resolução n.º 533, as definições dispostas no Termo Aditivo, as orientações do
Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC e eventuais orientações complementares
emitidas pela ANAC quanto à movimentação de bens.

Objeto
30. O auditor deve assegurar que o registro das movimentações dos bens vinculados a bens
reversíveis não amortizados e que a existência, valorização e integridade dos ativos que
farão parte do cálculo indenizatório e das suas movimentações (adições e baixas) durante o
período de acompanhamento da relicitação foram elaborados, em todos os aspectos
relevantes, conforme os critérios definidos na Resolução n.º 533, as definições dispostas no
Termo Aditivo, as orientações do Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC e eventuais
orientações complementares emitidas pela ANAC quanto à movimentação de bens.

Critérios de asseguração

31. A Resolução n.º 533 em seu Capítulo I – Dos Bens Reversíveis regulamenta os critérios a
serem observados na definição e classificação dos bens reversíveis que serão incluídos no
relatório de movimentação de bens.

32. Conforme Art. 2º, são bens reversíveis aqueles indispensáveis à continuidade e atualidade
da prestação do serviço objeto da concessão, assim considerados:

I- os bens repassados à entidade concessionária pelo Poder Público, exceto os que


tiveram o seu desfazimento realizado;
II - o sítio aeroportuário e suas edificações, instalações, obras civis e benfeitorias nele
localizadas;
III - as máquinas, os equipamentos, os bens de informática, os aparelhos, os utensílios, os
instrumentos, os veículos e os móveis;
IV - os softwares utilizados na prestação dos serviços objeto da concessão; e
V - as licenças ambientais, os projetos de obras executadas pela entidade concessionária
e os manuais técnicos vigentes.

33. Não são reversíveis os bens e sistemas adquiridos pela entidade concessionária utilizados
exclusivamente em atividades administrativas, bem como outros não mencionados no item
32 acima.

Procedimentos mínimos

34. O auditor independente deve efetuar procedimentos de asseguração sobre a movimentação


dos bens para cobrir as seguintes afirmações:

a) Existência – os ativos que compõem os bens reversíveis não amortizados existem na


data do relatório de asseguração;
b) Valorização – esses ativos estão registrados e avaliados de acordo com a metodologia
de cálculo do valor dos investimentos não amortizados informada no capítulo II da
Resolução n.º 533 – “Metodologia de cálculo do valor dos investimentos não
amortizados”;
c) Classificação – os ativos que compõem os bens reversíveis estão classificados de
acordo com o capítulo II da Resolução n.º 533;
d) Integridade – não existem ativos que não tenham sido apropriadamente registrados e
considerados no cálculo indenizatório; e
e) Direitos – os bens reversíveis registrados e considerados no cálculo indenizatório
foram adquiridos ou objeto de desembolso financeiro por parte da entidade
concessionária.

35. Conforme destacado no item 18 acima, o auditor poderá fazer uso de trabalhos de
especialistas, sempre que julgar necessário, para a avaliação da reversibilidade dos bens
inclusos no cálculo da indenização.

36. Adicionalmente, o auditor deve, com base em seu julgamento profissional, determinar e
realizar os procedimentos de asseguração, o que inclui, dentre outros procedimentos, a
seleção de uma amostragem para obter evidências persuasivas relacionadas com os
tópicos mencionados acima.

A.2) Acompanhamento dos aspectos de governança

Visão Geral

37. Esta seção tem o objetivo de orientar os auditores independentes quanto aos procedimentos
mínimos a serem executados nos trabalhos de asseguração relacionados ao
acompanhamento do processo de relicitação, incluindo o cumprimento das obrigações
assumidas em termo aditivo, tal como requerido pelo Decreto n.º 9.957 e esclarecido por
orientações do Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC e eventuais orientações
complementares emitidas pela ANAC.

Objeto

38. O auditor deve assegurar sobre a observação pela entidade concessionária,


semestralmente durante todo o período de relicitação, a determinadas obrigações
assumidas por meio de termo aditivo, com relação a certos aspectos abordados no Art. 8º
do Decreto n.º 9.957 e detalhados no termo aditivo, especialmente no que diz respeito a
reuniões de Conselho de Administração, transações com partes relacionadas, remuneração
aos acionistas da entidade concessionária, reduções de capital da entidade concessionária,
cessão de bens e garantias, e/ou dação em garantia de ativos e pedidos de falência e
recuperação judicial.
Critérios de asseguração

39. O Art. 8º do Decreto n.º 9.957 estabelece os aspectos mínimos que devem ser observados
pela entidade concessionária até o fim do período de relicitação e consequente extinção do
contrato de concessão. Tais obrigações estão detalhadas e acordadas entre ANAC e
entidade concessionaria por meio do termo aditivo. Outras orientações da ANAC por meio
de ofícios-circulares podem prover critérios adicionais sobre como devem ser observadas
pela entidade concessionária as obrigações assumidas.

Procedimentos mínimos

Reuniões de Conselho de Administração

40. O auditor deve obter pautas e atas de reunião do Conselho de Administração realizadas no
período e verificar se há evidências de que ocorreu o envio da pauta das reuniões para a
ANAC, com antecedência mínima de quinze dias.

41. O auditor deve verificar se todas as atas de reunião de Conselho de Administração foram
encaminhadas para a ANAC em período de até cinco dias a contar da data de realização da
reunião.

Transações com partes relacionadas

42. O auditor deve confirmar o entendimento sobre a definição de partes relacionadas com a
administração da entidade concessionária e a extensão dos seus níveis de relacionamento
para fins dos procedimentos a seguir, tomando por base os conceitos existentes no contrato
original de concessão entre ANAC e entidade concessionária. Espera-se que tais conceitos
estejam substancialmente alinhados com a definição existente nas normas contábeis
brasileiras em vigor relacionadas a esse tema.
43. O auditor deve obter representação específica e formal da entidade concessionária com a
lista de suas partes relacionadas e eventuais transações ocorridas no período. Caso no
período e data-base de reporte tenha havido transações com partes relacionadas, o auditor
deve também obter a relação das transações ocorridas e a documentação de aprovação e
anuência prévia pela ANAC que autoriza a realização da transação com partes
relacionadas, conforme as definições estabelecidas no Termo Aditivo da relicitação.

44. O auditor deve obter as informações financeiras intermediárias, individuais e consolidadas,


conforme aplicável, referentes ao período de seis meses findo em determinada data, e as
demonstrações financeiras anuais, individuais e consolidadas, conforme aplicável, e verificar
a divulgação de transações com partes relacionadas ocorridas no dado período ou
exercício. Caso tenha havido divulgação, cabe ao auditor verificar se a entidade
concessionária possui evidência de aprovação e anuência prévia pela ANAC que autoriza a
realização da transação com partes relacionadas, conforme as definições estabelecidas no
Termo Aditivo da relicitação. A remuneração da administração, divulgada como transações
com partes relacionadas, está excluída da necessidade de aprovação prévia.

Remuneração aos acionistas

45. O auditor deve obter representação específica e formal da entidade concessionária com
afirmação se houve ou não pagamento de remuneração aos acionistas no período. Caso no
período e data-base de reporte tenha havido pagamento de remuneração a acionistas, o
auditor deve também obter a relação dos pagamentos efetuados e avaliar eventuais
exceções identificadas em relação às disposições do Decreto n.º 9.957.

46. O auditor deve obter as informações financeiras intermediárias, individuais e consolidadas,


conforme aplicável, referentes ao período de seis meses findo em determinada data, e as
demonstrações financeiras anuais, individuais e consolidadas, conforme aplicável, auditadas
por auditor independente, e verificar, com base na leitura das notas explicativas e da
demonstração das mutações do patrimônio líquido ou do passivo a descoberto, se houve
pagamento de remuneração a acionistas na forma de dividendos e/ou juros sobre capital
próprio. Caso tenham sido distribuídos dividendos e/ou juros sobre capital próprio, pagos ou
não, cabe ao auditor avaliar eventuais exceções identificadas em relação às disposições do
Decreto n.º 9.957.

Redução de capital

47. O auditor deve obter representação específica e formal da entidade concessionária com
afirmação se houve ou não evento de redução de capital no período. Caso no período e
data-base de reporte tenha havido redução de capital, o auditor deve também obter a
relação das transações ocorridas e avaliar eventuais exceções identificadas em relação às
disposições do Decreto n.º 9.957.

48. O auditor deve obter as informações financeiras intermediárias, individuais e consolidadas,


conforme aplicável, referentes ao período de seis meses findo em determinada data, e as
demonstrações financeiras anuais, individuais e consolidadas, conforme aplicável, auditadas
por auditor independente, e verificar, com base na leitura das notas explicativas e da
demonstração das mutações do patrimônio líquido ou do passivo a descoberto, se houve
redução de capital social. Caso tenha havido redução de capital, cabe ao auditor avaliar
eventuais exceções identificadas em relação às disposições do Decreto n.º 9.957.
Cessão de bens e garantias, e/ou dação em garantia de ativos

49. O auditor deve obter representação específica e formal da entidade concessionária com
afirmação se houve ou não cessão de bens e garantias, e/ou dação em garantia de ativos
no período. Caso no período e data-base de reporte tenha havido transação cessão de bens
e garantias, e/ou dação em garantia de ativos, o auditor deve também obter a relação das
transações ocorridas e avaliar eventuais exceções identificadas em relação às disposições
do Decreto n.º 9.957.

50. O auditor deve obter as informações financeiras intermediárias, individuais e consolidadas,


conforme aplicável, referentes ao período de seis meses findo em determinada data, e as
demonstrações financeiras anuais, individuais e consolidadas, conforme aplicável, auditadas
por auditor independente, e verificar, com base na leitura das notas explicativas, se houve
cessão de bens ou direitos, e/ou dação em garantia de ativos. Caso tenha havido cessão de
bens ou direitos, e/ou dação em garantia de ativos, cabe ao auditor avaliar eventuais
exceções identificadas em relação às disposições do Decreto n.º 9.957.

Falência e recuperação judicial

51. O auditor deve obter as informações financeiras intermediárias, individuais e consolidadas,


conforme aplicável, referentes ao período de seis meses findo em determinada data, e as
demonstrações financeiras anuais, individuais e consolidadas, conforme aplicável, auditadas
por auditor independente, e verificar, com base na leitura das notas explicativas, se houve
pedido de falência ou recuperação judicial pela entidade concessionária.

52. Obter representação específica e formal da administração da entidade concessionária com a


lista de todas as atas de reunião de diretoria, do Conselho Fiscal, do Conselho de
Administração e do Comitê de Auditoria, conforme aplicável, a existência destes órgãos na
entidade concessionária, e verificar, com base na leitura das atas, se houve pedido de
falência ou recuperação judicial. Caso tenha havido pedido de falência ou recuperação
judicial, cabe ao auditor avaliar eventuais exceções identificadas em relação às disposições
do Decreto n.º 9.957.

A.3) Compilação do fluxo de caixa projetado

Visão Geral

53. Com o objetivo de avaliar a continuidade da operação aeroportuária durante o período de


relicitação, o Decreto n.º 9.957 prevê que a agência reguladora deve avaliar as condições
financeiras da entidade concessionária.

54. Para tanto, a ANAC estabeleceu em seu Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC que a
entidade concessionária deve elaborar semestralmente projeções de fluxo de caixa do início
da vigência do processo de relicitação até a data prevista para que ocorra a transição das
operações do aeroporto, tendo como data-base o último dia de cada semestre-calendário
(30/6 e 31/12).

55. Ademais, as projeções dos semestres seguintes deverão também demonstrar o fluxo de
caixa efetivamente realizado até a data do relatório, bem como comparação com as
projeções realizadas nos semestres anteriores.

Objeto
56. O auditor deve assegurar que o fluxo de caixa projetado, preparado pela entidade
concessionária a cada semestre para o período completo da relicitação, tenha sido
compilado, em todos os aspectos relevantes, de acordo com o Ofício-Circular n.º
1/2021/GEIC/SRA-ANAC e eventuais orientações complementares emitidas pela ANAC.

57. Este comunicado não se aplica ao exame e/ou asseguração dos fluxos de caixa projetados,
tampouco sobre as perspectivas futuras da administração, dado que o auditor está
assegurando apenas sua compilação.

Critérios de asseguração

58. O Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC da ANAC estabelece que o fluxo de caixa


deve evidenciar o saldo de caixa no início e no final do período projetado e sugere o
conteúdo mínimo esperado para composição e elaboração do fluxo de caixa projetado.

59. O fluxo de caixa projetado deve ser preparado de forma consistente com o Ofício-Circular
n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC da ANAC, considerando-se as políticas contábeis aplicadas
pela entidade concessionária, conforme divulgadas nas notas explicativas às suas
demonstrações contábeis.

Procedimentos mínimos

Conhecimento do negócio

60. O auditor deve obter um nível suficiente de conhecimento do negócio para poder avaliar se
todos os elementos significativos necessários para a preparação dos fluxos de caixa
projetados foram identificados (ex: informações financeiras aplicáveis, práticas contábeis
adotadas, aspectos tributários, dentre outros). O auditor também precisará se familiarizar
com o processo da entidade concessionária para preparar fluxos de caixa projetados, por
exemplo, considerando os itens 61 e 62 a seguir.

61. Os controles internos sobre o sistema usado para preparar fluxos de caixa projetados e o
conhecimento e experiência das pessoas que preparam os fluxos de caixa projetados.

62. A natureza da documentação preparada pela entidade concessionária que apoia as


premissas da administração no que se refere:
a) até que ponto as técnicas estatísticas, matemáticas e assistidas por computador são
usadas;
b) aos métodos usados para desenvolver e aplicar suposições; e
c) à capacidade da administração em elaborar fluxos de caixa projetados de forma
adequada e factíveis com sua operação.

63. Como procedimento para a avaliação de risco, o auditor pode considerar a precisão dos
fluxos de caixa projetados preparados em períodos anteriores e os motivos de variações
significativas em relação aos números realizados (orçado x realizado).

64. O auditor deve obter conhecimento das informações financeiras históricas da entidade
concessionária para avaliar se os fluxos de caixa projetados foram preparados de maneira
consistente com as informações financeiras históricas. O auditor precisará estabelecer, por
exemplo, se informações históricas relevantes foram auditadas ou revisadas e se princípios
contábeis aceitáveis foram usados em sua preparação.
65. Se o relatório de auditoria ou revisão de informações financeiras históricas de períodos
anteriores for outro que não “opinião/conclusão sem modificação” ou se a entidade
concessionária estiver em uma fase inicial, o auditor deve considerar os fatos circundantes e
o efeito na asseguração da compilação dos fluxos de caixa projetados.

Processo de compilação

66. Ao determinar a natureza, época e extensão dos procedimentos de asseguração razoável,


as considerações do auditor devem incluir:
a) a probabilidade de distorção relevante;
b) o conhecimento obtido em quaisquer trabalhos anteriores;
c) competência da administração em relação à preparação de fluxos de caixa projetados;
d) a extensão em que os fluxos de caixa projetados são afetados pelo julgamento da
administração; e
e) a adequação e confiabilidade dos dados subjacentes.

67. O auditor deve avaliar a fonte e a confiabilidade das informações financeiras compiladas que
sustentam o fluxo de caixa elaborado pela administração. Evidências apropriadas e
suficientes que sustentam tais informações financeiras compiladas seriam obtidas de fontes
internas e externas, incluindo a consideração das premissas à luz de informações históricas
e uma avaliação de se elas são baseadas em planos que estão dentro da capacidade da
entidade concessionária.

68. Apesar de não fazer parte do escopo da asseguração a validação das premissas utilizadas
para elaboração dos fluxos de caixa, como parte do exercício de ceticismo profissional, o
auditor deve obter entendimento de como as premissas são usadas, e quais implicações
significativas de tais premissas foram levadas em consideração pela administração. Por
exemplo, ao projetar o fluxo de receitas, como a administração levou em consideração o
fluxo atual de passageiros.

69. Embora a evidência que suporta premissas hipotéticas não precise ser obtida, o auditor
deve estar convencido de que são consistentes com o objetivo dos fluxos de caixa
projetados e que não há razão para acreditar que sejam claramente irrealistas.

70. O auditor precisará estar convencido de que os fluxos de caixa projetados são
adequadamente compilados pela administração, por exemplo, fazendo verificações
administrativas, como recomputação, e revisando a consistência interna, ou seja, as ações
que a administração pretende adotar são compatíveis umas com as outras e não há
inconsistências na determinação dos valores baseados em variáveis comuns, como taxas
de juros.

71. O auditor deve obter representações por escrito da administração a respeito do uso
pretendido dos fluxos de caixa projetados, a completude de premissas significativas da
administração e a aceitação pela administração de sua responsabilidade pelos fluxos de
caixa projetados.

Apresentação e divulgação

72. Ao avaliar o processo de compilação dos fluxos de caixa projetados, o que inclui sua
apresentação e divulgação, além dos requisitos específicos de regulamentos ou orientações
específicas emanadas pelo órgão competente, o auditor precisará considerar se:
a) a apresentação de fluxos de caixa projetados é informativa e não enganosa;
b) as políticas contábeis estão claramente divulgadas nas notas explicativas aos fluxos
de caixa projetados;
c) as premissas estão adequadamente divulgadas nas notas explicativas aos fluxos de
caixa projetados. Precisa ficar claro se as premissas representam as melhores
estimativas da administração ou são hipotéticas. Quando premissas são feitas em
áreas relevantes e sujeitas a um alto grau de incerteza, essa incerteza e a
sensibilidade resultante dos resultados precisam ser adequadamente divulgadas;
d) a data em que os fluxos de caixa projetados foram preparados é divulgada. A
administração precisa confirmar que as premissas são apropriadas a partir desta data,
mesmo que as informações subjacentes possam ter sido acumuladas durante um
período de tempo;
e) a base do estabelecimento de pontos em um intervalo é claramente indicada e o
intervalo não é selecionado de maneira tendenciosa ou enganosa quando os
resultados mostrados nos fluxos de caixa projetados são expressos em termos de um
intervalo; e
f) qualquer alteração na política contábil desde as demonstrações financeiras históricas
mais recentes é divulgada, juntamente com o motivo da alteração e seu efeito nos
fluxos de caixa projetados.

B) Trabalhos de asseguração do cálculo de indenização

Visão Geral

73. A Resolução n.º 533 regulamenta os procedimentos e a metodologia de cálculo dos valores
referentes à indenização por investimentos vinculados a bens reversíveis não amortizados,
devidos à entidade concessionária, em caso de extinção antecipada de contratos de
concessão de aeroportos e se aplica somente aos casos de extinção antecipada por
caducidade, relicitação ou falência da entidade concessionária.
Objeto

74. O auditor deve assegurar que a compilação das informações e apuração do cálculo de
indenização preparado pela ANAC, com base nas informações obtidas da entidade
concessionária, tenha sido elaborado, em todos os aspectos relevantes, de forma
consistente com as regras e práticas previstas na Resolução n.º 533.

Critérios de asseguração

75. O Art. 4º do Capítulo II – Da Metodologia De Cálculo Do Valor Dos Investimentos Não


Amortizados da Resolução n.º 533 menciona que a indenização deve ser calculada com
base nos valores do custo de aquisição dos bens reversíveis, líquidos de tributos
recuperáveis e adquiridos ou formados em consonância com as obrigações assumidas pela
entidade concessionária.
§ 1º Não serão indenizados valores referentes a:
I- margem de receita de construção;
II- adiantamento a fornecedores por serviços não realizados;
III- créditos tributários;
IV- bens e direitos cuja cessão gratuita ao Poder Concedente esteja determinada no contrato
de concessão; e
V- investimentos manifestamente voluptuários.
§ 2º A data base do cálculo da indenização será a data de assunção das operações do aeroporto
pelo novo operador. Sendo, dessa forma, o período de asseguração determinado conforme
datas do contrato de concessão e suas respectivas extinções.
§ 3º Os custos de financiamentos relativos a investimentos indenizáveis serão capitalizados, para
fins de indenização, até o limite da taxa Selic vigente à época da construção.
§ 4º Custos de financiamentos mencionados no parágrafo anterior somente poderão ser
capitalizados até a data prevista contratualmente para disponibilização da infraestrutura à
operação.
§ 5º Créditos tributários recuperáveis serão indenizados caso a Concessionária comprove que sua
origem se deu em razão de investimentos indenizáveis e que não há possibilidade de sua
recuperação.
§ 6º Custos diretamente relacionados com desapropriações serão indenizados, descontados da
respectiva amortização, calculada na forma do art. 5º, § 1º, da Resolução.

Procedimentos mínimos requeridos

Investimentos realizados na concessão

Classificação dos bens reversíveis e composição do custo histórico

76. O auditor deve avaliar o desenho dos controles relevantes da entidade concessionária
relacionados aos investimentos e classificação dos bens e seus respectivos investimentos
como reversíveis ou não reversíveis, de acordo com a Resolução n.º 533, para possibilitar a
identificação de riscos de distorções relevantes nas informações e determinar se os
controles internos foram implementados de forma apropriada para fornecer uma base para
planejar e executar procedimentos de asseguração relacionados aos bens e seus
investimentos. Com base no julgamento do auditor e na avaliação dos controles internos da
entidade concessionária, o auditor deve planejar e executar os procedimentos apropriados e
suficientes, relacionados aos bens e seus investimentos, incluindo sua classificação.

77. O auditor deve obter da ANAC a relação de bens relacionados à concessão, bem como os
investimentos, preparada pela entidade concessionária, com a classificação dos bens e
investimentos em (i) reversíveis e não reversíveis; e para os bens e investimentos
considerados como reversíveis, (ii) indenizáveis e não indenizáveis. Além das referidas
classificações, a composição deve conter o valor (custo histórico) dos projetos.

78. A classificação dos bens e investimentos em reversíveis e não reversíveis deve ser feita
pela entidade concessionária, de acordo com as definições da Resolução n.º 533, em
especial seu Art. 2º.

79. Além da classificação em reversível e não reversível, os bens e investimentos deverão ser
classificados conforme subitens definidos no Art. 2º da Resolução n.º 533.

80. Já a classificação dos bens e investimentos reversíveis em indenizáveis e não indenizáveis


deve ser feita pela ANAC, de acordo com as definições da Resolução n.º 533, em especial
seu Art. 4º.

81. Além da classificação em indenizável e não indenizável, os bens e investimentos deverão


ser classificados conforme subitens definidos no Art. 4º da Resolução n.º 533.
Adicionalmente, a classificação deve ser acompanhada de justificativa que suporte a
classificação realizada.

82. O auditor deve confrontar a composição citada no item 77 acima, referente aos bens e
investimento da data-base de análise, com o respectivo saldo contábil da data-base.
83. O auditor deve, por meio de uma amostra dos bens e investimentos da composição citada
anteriormente, selecionada com base em seu julgamento profissional, realizar os
procedimentos mencionados a seguir.

84. Para os bens reversíveis e bens não reversíveis, incluindo suas subclassificações:
a) obter a documentação suporte dos investimentos, como, por exemplo, nota
fiscal/fatura, comprovantes de pagamento, folha de pagamento, planilhas gerenciais
de rateio de dispêndios, etc.;
b) analisar, com apoio de especialistas, sempre que julgado necessário pelo auditor
independente, se os investimentos atendem os critérios de elegibilidade definidos de
acordo com a Resolução n.º 533;
c) verificar se os montantes de investimentos não reversíveis foram devidamente
compilados para a linha “investimentos realizados em bens não reversíveis” do
“cálculo do investimento em bens reversíveis”; e
d) avaliar se as exceções são consideradas, no seu julgamento, relevantes.

85. Para os investimentos indenizáveis e bens não indenizáveis, incluindo suas


subclassificações (apenas os investimentos classificados como reversíveis serão escopo
dessa análise; ou seja, investimentos não reversíveis não poderão ser classificados como
investimentos indenizáveis):
a) obter a documentação suporte dos investimentos, como, por exemplo, nota
fiscal/fatura, comprovantes de pagamento, folha de pagamento, planilhas gerenciais
de rateio de dispêndios, etc.;
b) analisar, com apoio de especialistas, se os investimentos atendem os critérios de
elegibilidade definidos de acordo com a Resolução n.º 533;
c) verificar se os montantes de investimentos não indenizáveis foram devidamente
compilados para a linha “investimentos realizados em bens reversíveis não
indenizáveis” do “cálculo do investimento em bens reversíveis”; e
d) avaliar se as exceções são consideradas, no seu julgamento, relevantes.

86. Para fins dos procedimentos mencionados nos itens 84 e 85 acima, o auditor deve
determinar uma amostra com base na materialidade consolidada do total de investimentos
realizados (reversíveis e não reversíveis, indenizáveis e não indenizáveis). Caso existam
subclassificações definidas nos Arts. 2º e 4º da Resolução n.º 533 para as quais a
metodologia de seleção do auditor não resulte na seleção de pelo menos um
bem/investimento para testes em sua amostra, o auditor deve incluir adicionalmente na
amostra de pelo menos um item relacionado ao bem/investimento para cada uma dessas
subclassificações.

87. Para fins dos procedimentos mencionados nos itens 88 a 94 a seguir, o auditor deve
determinar uma amostra com base na materialidade consolidada do total de investimentos
realizados (reversíveis e não reversíveis, indenizáveis e não indenizáveis). Caso existam
subclassificações definidas nos Arts. 2º e 4º da Resolução n.º 533 para as quais a
metodologia de seleção do auditor não resulte na seleção de pelo menos um
bem/investimento para testes em sua amostra, o auditor deve incluir adicionalmente na
amostra de pelo menos um item para cada uma dessas subclassificações.

Descontos – Tributos recuperáveis

88. Para a análise dos tributos recuperáveis, o auditor deve aplicar, no mínimo, os seguintes
procedimentos:
a) obter o relatório auxiliar dos tributos recuperáveis emitido pela entidade
concessionária;
b) inspecionar a documentação suporte, contábil, gerencial e fiscal, dos tributos
recuperáveis que permitam verificar o registro contábil, a memória de cálculo dos
impostos, a projeção de aproveitamento futuro dos créditos, assim como o suporte das
obrigações acessórias, tais como: EFD contribuições e recibo de entrega, DCTF
Declaração de Débitos e Créditos Tributos Federais, DARF e comprovantes de
recolhimento, regimes especiais (se houver), SPED Fiscal e recibo de entrega,
relatório gerencial de itens e serviços, razão contábil analítico das contas de despesas,
incentivos fiscais (se houver), incentivos e benefícios fiscais, reduções de alíquota,
créditos presumidos, alíquota 0 (zero) etc. contemplando as premissas, se há algum
tema que está sendo discutido judicialmente para o PIS/Cofins e qual a natureza,
quais as principais autuações para o PIS e a Cofins e qual o teor da autuação e o
status;
c) confrontar o resultado do item (a) acima com o saldo de tributos recuperáveis
calculados pela entidade concessionária;
d) confrontar o saldo de tributos recuperáveis do item (c) acima com o saldo contábil com
o objetivo de assegurar a existência da escrituração contábil/fiscal correspondente; e
e) avaliar se as exceções são consideradas, no seu julgamento, relevantes.

89. Este comunicado não se aplica ao exame e/ou asseguração das projeções que sustentam o
aproveitamento futuro dos créditos tributários nem tampouco sobre as perspectivas futuras
da administração, dado que o auditor está assegurando apenas sua compilação.

Descontos – Margem de receita de construção

90. Para a margem de construção, o auditor deve aplicar, no mínimo, os seguintes


procedimentos:

a) obter o relatório auxiliar da margem de construção vinculado a listagens de bens


reversíveis, emitido pela entidade concessionária;
b) obter memória de cálculo utilizada para contabilização dos valores;
c) confrontar o saldo do relatório auxiliar da margem de construção com o saldo contábil,
com o objetivo de assegurar a existência da escrituração contábil correspondente, e
confrontar com o relatório de cálculo da indenização; e
d) determinar uma amostra, conforme item 87 acima, a partir da base considerada no
cálculo de indenização e obter documentação suporte que permita analisar a
existência e precisão das informações registradas e formalização do contrato de
fornecimento determinando as obrigações das partes envolvidas e se os critérios
determinados pela ANAC foram atendidos; e avaliar se as exceções são consideradas,
no seu julgamento, relevantes.

91. Este comunicado não se aplica ao exame e/ou asseguração das projeções que originaram a
margem de construção nem tampouco sobre as perspectivas futuras da administração, dado
que o auditor está assegurando apenas sua compilação.

Descontos – Adiantamento a fornecedores por serviços não realizados

92. Para adiantamento a fornecedores, o auditor deve aplicar, no mínimo, os seguintes


procedimentos:

a) obter relatório auxiliar utilizado para contabilização dos valores;


b) confrontar o saldo do relatório auxiliar com o saldo contábil, com o objetivo de
assegurar a existência da escrituração contábil correspondente, e confrontar com o
relatório de cálculo da indenização; e
c) determinar uma amostra, conforme item 87 acima, a partir da base considerada no
cálculo de indenização e obter documentação suporte que permita analisar a
existência e precisão das informações registradas e formalização do contrato de
fornecimento determinando as obrigações das partes envolvidas; e avaliar se as
exceções são consideradas, no seu julgamento, relevantes.

93. Vale ressaltar que se entende como “adiantamentos a fornecedores” os adiantamentos


realizados para aquisição de estruturas ainda não construídas e/ou em andamento.

Descontos – Juros e Encargos Financeiros Capitalizados

94. Para juros e encargos financeiros capitalizados, o auditor deve aplicar, no mínimo, os
seguintes procedimentos:
a) obter memória de cálculo utilizada para contabilização dos valores de juros e encargos
financeiros capitalizados;
b) verificar se cálculo atende aos critérios estabelecidos no Art. 4º da Resolução n.º 533;
c) confrontar o saldo da memória de cálculo com o saldo contábil, com o objetivo de
assegurar a existência da escrituração contábil correspondente, e confrontar com o
relatório de cálculo da indenização;
d) determinar uma amostra conforme item 87 acima, a partir da base considerada no
cálculo de indenização e obter documentação suporte que permita analisar a
existência e precisão das informações registradas e formalização do contrato de
empréstimo; e
e) avaliar se as exceções são consideradas, no seu julgamento, relevantes.

Ajustes decorrentes da Resolução n.º 533

95. Para fins dos procedimentos mencionados nos itens 96 a 100 a seguir, o auditor deve
determinar uma amostra com base na materialidade consolidada do total de investimentos
realizados (reversíveis e não reversíveis, indenizáveis e não indenizáveis). Caso existam
subclassificações definidas nos Art. 2º e 4º da Resolução n.º 533 para as quais a
metodologia de seleção do auditor não resulte na seleção de pelo menos um
bem/investimento para testes em sua amostra, o auditor deve incluir adicionalmente na
amostra de pelo menos um item para cada uma dessas subclassificações.

Ajustes – custo de financiamento – limitado à Selic

96. Para o custo de financiamento, o auditor deve aplicar, no mínimo, os seguintes


procedimentos:
a) obter memória de cálculo utilizada para contabilização dos valores dos custos de
financiamento;
b) obter a conciliação entre os custos de financiamento registrados no saldo contábil e os
custos considerados para fins de cálculo da indenização. Para os itens que
apresentarem divergências, verificar se a base do cálculo atende aos critérios
estabelecidos na Resolução n.º 533;
c) determinar uma amostra, conforme item 95 acima, a partir da base considerada no
cálculo de indenização e obter documentação suporte que permita analisar o
cumprimento dos critérios estabelecidos no Art. 4º da Resolução n.º 533, com
destaque ao limite da taxa Selic e datas de início de fim dos juros capitalizados; e
d) avaliar se as exceções são consideradas, no seu julgamento, relevantes.

Ajustes – custos com desapropriações

97. Para fins de atendimento que trata da avaliação dos custos com desapropriações, o auditor
deve confirmar se a obrigação de desapropriação das áreas foi alocada à entidade
concessionária no contrato de concessão, e aplicar, no mínimo, os seguintes
procedimentos:
a) analisar o contrato para identificar as áreas que foram desapropriadas pela entidade
concessionária ao longo do contrato de concessão;
b) obter e verificar o relatório de composição dos custos diretamente desembolsados
pela entidade concessionária em processos de desapropriação de áreas e confrontar
com o valor demonstrado no relatório de cálculo da indenização;
c) determinar uma amostra, conforme item 95 acima, a partir da base considerada no
cálculo de indenização e obter documentação suporte que permita analisar o
cumprimento dos critérios estabelecidos no Art. 4º da Resolução n.º 533, observados
os efeitos de amortização acumulada; e
d) avaliar se as exceções são consideradas, no seu julgamento, relevantes.

98. Este comunicado não se aplica à observação, inspeção e avaliação de ocupações


irregulares nem tampouco sobre procedimentos observados pela entidade concessionária
para sua desocupação durante o período de relicitação.

Ajustes – créditos tributários não recuperáveis

99. Para a análise dos créditos tributários não recuperáveis aos bens reversíveis, o auditor deve
aplicar, no mínimo, os seguintes procedimentos, com o apoio de especialistas:
a) inspecionar a documentação suporte, contábil, gerencial e fiscal, dos créditos
tributários recuperáveis que permitam verificar o registro contábil, a memória de
cálculo dos impostos, a projeção de aproveitamento futuro dos créditos, assim como o
suporte das obrigações acessórias, tais como: EFD contribuições e recibo de entrega,
DCTF Declaração de Débitos e Créditos Tributos Federais, DARF e comprovantes de
recolhimento, regimes especiais (se houver), SPED Fiscal e recibo de entrega,
relatório gerencial de itens e serviços, razão contábil analítico das contas de despesas,
incentivos fiscais (se houver), incentivos e benefícios fiscais, reduções de alíquota,
créditos presumidos, alíquota 0 (zero) etc. contemplando as premissas, se há algum
tema que está sendo discutido judicialmente para o PIS/Cofins e qual a natureza,
quais as principais autuações para o PIS e a Cofins e qual o teor da autuação e o
status;
b) confrontar os resultados obtidos no item (a) acima com o saldo dos créditos tributários
não recuperáveis aos bens reversíveis calculados pela entidade concessionária;
c) verificar se o cálculo atende aos critérios estabelecidos no Art. 4º da Resolução n.º
533; e
d) avaliar se as exceções são consideradas, no seu julgamento, relevantes.

Ajustes – ganhos com alienação de bens repassados pelo Poder Público


100. Para ganhos com alienação de bens repassados pelo Poder Público, o auditor deve aplicar,
no mínimo, os seguintes procedimentos:
a) obter o relatório auxiliar emitido pela ANAC, o qual contempla o histórico dos bens
repassados à entidade concessionária;
b) obter o relatório auxiliar detalhado, contratos, termos de doação, termos de devolução
à Infraero, notas fiscais e demais documentações do processo de controle interno da
entidade concessionária em relação à alienação dos bens;
c) obter o anexo do termo de concessão o qual contempla a listagem dos bens iniciais
repassados pelo Poder Público;
d) obter memória de cálculo utilizada para apuração dos ganhos e contabilização dos
valores;
e) confrontar os valores dos relatórios com o saldo contábil, com o objetivo de assegurar
a existência da escrituração contábil correspondente, e confrontar com o relatório de
cálculo da indenização;
f) determinar uma amostra, conforme item 95 acima, a partir da base considerada no
cálculo de indenização e obter documentação suporte que permita analisar a
existência e precisão das informações dos ganhos com alienação de bens; e
g) avaliar se as exceções são consideradas, no seu julgamento, relevantes.

Atualização monetária

101. O auditor deve efetuar teste de recálculo da correção do custo histórico inicial (ou valor
reavaliado subsequente, se for o caso), considerando o ajuste do custo pela variação
relativa do Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) desde a data em que o bem se
encontrava disponível para uso até a data de assunção das operações do aeroporto pelo
novo operador, conforme critério estabelecido no Inciso I do caput do Art. 5º da Resolução
n.º 533.

102. Para tanto, o auditor deve considerar uma amostra de bens conforme o nível de segurança
desejado e de evidência substantiva planejada. Alternativamente, fica a critério do auditor
determinar o método mais apropriado para realização dos testes, podendo ser utilizado,
entre outras, a técnica de auditoria assistida por computador (TAACs) para efetuar o teste
sobre a totalidade dos bens.

103. Ao realizar o teste, o auditor deve avaliar:


a) a adequação dos índices utilizados pela ANAC, em conformidade com índices
publicados por órgão competente;
b) a adequação da data em que o bem se encontrava disponível para uso, pela
verificação de documentação suporte que evidencie o início da operação do bem após
sua construção e/ou aquisição; e
c) a razoabilidade da data estimada de assunção da operação pelo novo operador, caso
ainda não tenha sido oficialmente determinada a conclusão do processo de relicitação.

Amortização dos bens

104. O auditor deve efetuar teste de recálculo da amortização acumulada, considerando o


período incorrido desde a data em que o bem se encontrava disponível para uso até (i) no
caso de falência da entidade concessionária: o mês da sentença de falência; (ii) no caso de
caducidade: o mês da decretação de caducidade; ou (iii) no caso de relicitação: o mês de
assinatura do aditivo contratual de relicitação, conforme critérios estabelecidos no Inciso II
do caput e parágrafos seguintes do Art. 5º da Resolução n.º 533.

105. Para tanto, o auditor deve considerar uma amostra de bens conforme o nível de segurança
desejado e de evidência substantiva planejada. Alternativamente, o auditor pode utilizar-se
de técnicas de auditoria assistida por computador (TAACs) para efetuar o teste sobre a
totalidade dos bens.

106. Ao realizar o teste, o auditor deve avaliar:


a) se a vida útil considerada pela ANAC é apropriada no contexto dos critérios
estabelecidos no Art. 5º da Resolução n.º 533, em seu parágrafo 1º do inciso I e
parágrafos 1º e 4º a 7º do item II;
b) caso seja utilizada vida útil distinta definida em laudo técnico, a competência e
objetividade do especialista da administração responsável pela preparação do laudo
técnico;
c) a adequação da data em que o bem se encontrava disponível para uso, pela
verificação de documentação suporte que evidencie o início da operação do bem após
sua construção e/ou aquisição; e
d) a adequação da data de cessação da amortização, seja ela por falência, caducidade
ou início do processo de relicitação em si, por meio de documentação suporte que
evidencie tais fatos.

107. Para fins dos bens previstos no inciso II do Art. 2º, relacionados ao sítio aeroportuário e suas
edificações, instalações, obras civis e benfeitorias nele localizadas, o auditor deve
considerar a curva de demanda utilizada como base para o cálculo da amortização,
previamente avaliada pela ANAC no processo de elaboração do cálculo. Este comunicado
não se aplica ao exame das projeções que originaram a curva de demanda tampouco sobre
as perspectivas futuras da administração.

108. A avaliação de vidas úteis no nível da classe do ativo, em vez de no nível do ativo individual,
geralmente é apropriada apenas quando a entidade concessionária possui um pequeno
número de classes de ativos com uma única vida útil atribuída a cada uma das classes e
teste apropriado da classificação de ativos seja realizado.

Avaliação dos termos e condições dos contratos com partes relacionadas

109. O auditor deve avaliar o desenho dos controles relevantes da entidade concessionária
relativo à contratação de partes relacionadas para identificar riscos de distorções relevantes
nas informações repassadas à ANAC e determinar se os controles internos foram
implementados de forma apropriada. Com base no julgamento do auditor e na avaliação dos
controles internos da entidade concessionária, o auditor deve planejar e executar os
procedimentos apropriados e suficientes, relativos às informações de partes relacionadas.

110. Para fins de atendimento que trata da avaliação dos termos e condições dos contratos com
partes relacionadas, o auditor deve confirmar se a entidade concessionária celebrou
contratos com partes relacionadas, e efetuar, no mínimo, os seguintes procedimentos:
a) obter a composição analítica dos contratos celebrados com partes relacionadas;
b) com base na composição analítica dos contratos celebrados com partes relacionadas,
obter respectivos contratos e termos aditivos;
c) analisar o processo de contratação, obtendo evidência de que foram efetuadas
cotações no mercado antes da contratação da parte relacionada para o respectivo
contrato;
d) analisar se a contratação da parte relacionada foi aprovada pelos membros da
administração;
e) analisar se a contratação da parte relacionada foi aprovada pelos acionistas
minoritários, tal como prevista no contrato de concessão, e se foram cumpridas todas
as disposições de eventual acordo de acionistas firmado; e
f) avaliar se as exceções são consideradas, no seu julgamento, relevantes.
Outras comunicações

111. O auditor deve considerar se, em conformidade com os termos da contratação e outras
circunstâncias do trabalho, algum assunto que chegou ao seu conhecimento deve ser
comunicado às partes responsáveis, incluindo eventuais exceções identificadas como
resultado dos procedimentos executados durante o processo de asseguração.

Formação da opinião dos auditores independentes

112. O auditor independente deve expressar uma opinião sem modificação quando ele concluir
que, com base nos procedimentos executados e nas evidências obtidas, as informações
contidas na movimentação dos bens, no fluxo de caixa e demais informações sobre
aspectos de governança do processo de relicitação, apresentado pela entidade
concessionária, bem como nas informações fornecidas pela entidade concessionária que
sustentam o cálculo da indenização apresentado pela ANAC foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, de acordo com os requisitos dos respectivos Termos Aditivos, assim
como a Resolução n.º 533, as orientações do Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA e
eventuais orientações complementares emitidas pela ANAC relacionadas ao processo de
relicitação, conforme aplicável, em atendimento à Lei n.º 13.448/2017 e ao Decreto n.º
9.957.

113. O auditor independente deve expressar uma opinião com modificação nas seguintes
circunstâncias, quando no seu julgamento profissional:
a) existir uma limitação no alcance e o efeito desse assunto seja relevante. Em tais
casos, o auditor deve expressar uma opinião com ressalva se os possíveis efeitos
forem relevantes ou se abster de apresentar uma opinião se os possíveis efeitos forem
relevantes e generalizados; ou
b) a informação do objeto estiver distorcida de forma relevante. Em tais casos, o auditor
deve expressar uma opinião com ressalvas se os efeitos forem relevantes ou uma
opinião adversa, se os efeitos forem relevantes e generalizados.

114. Com o objetivo de manter a consistência por parte dos auditores independentes na emissão
dos relatórios, este comunicado contém os modelos de relatórios de asseguração razoável
para cada um dos objetos de asseguração. O exemplo de relatório é apenas uma orientação
e não contempla eventuais modificações que possam ser necessárias em circunstâncias
específicas, nos termos previstos na NBC TO 3000.

A.1 - Modelo de relatório de asseguração razoável sobre o relatório de movimentação dos


bens.
A.2 - Modelo de relatório de asseguração razoável sobre acompanhamento dos aspectos de
governança.
A.3 - Modelo de relatório de asseguração razoável sobre o processo de compilação do fluxo
de caixa projetado.
B - Modelo de relatório de asseguração razoável sobre a compilação das informações e
apuração do cálculo da indenização.

Vigência

Este comunicado entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se às relicitações


iniciadas após essa data.

Brasília (DF), 20 de maio de 2021.

Contador Zulmir Ivânio Breda


Presidente
Ata CFC n.º 1.075.
A.1 – MODELO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL SOBRE O RELATÓRIO DE
MOVIMENTAÇÃO DOS BENS

Relatório de asseguração razoável sobre o relatório de movimentação de bens


[Destinatário apropriado – ANAC e Entidade Concessionária]
Alcance
Fomos contratados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para apresentar um relatório
de asseguração razoável sobre as informações e metodologia aplicada na elaboração do relatório
de movimentação de bens da [Nome da Entidade] (a Concessionária) referente ao período
[abrangência da movimentação], para fins de cumprimento do Decreto n.º 9.957/2019.
Responsabilidades da administração
A administração da concessionária é responsável pela elaboração do relatório de movimentação
de bens e pelas informações e premissas utilizadas na seleção dos bens reversíveis de acordo
com os requisitos do Termo Aditivo [referência ao termo] de [XX de XXXX de 20XX], os critérios
estabelecidos na Resolução n.º 533/2019 e as orientações do Ofício-Circular n.º
1/2021/GEIC/SRA-ANAC, [complementadas pelas notas técnicas XX, YY e ZZ emitidas pela
ANAC [se aplicável – a ser complementado no caso de eventuais alterações complementares
emitidas pela ANAC]], como parte do processo de relicitação dos contratos de parceria no setor
aeroportuário de que trata a Lei n.º 13.448/2017, regulamentada pelo Decreto n.º 9.957/2019,
assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir que tais
informações estejam livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou
erro.
Responsabilidades dos auditores independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre se o relatório de movimentação de
bens foi elaborado, em todos os aspectos relevantes, de acordo com os critérios definidos na
Resolução n.º 533/2019 da ANAC, elaborados pela concessionária para cumprir com os requisitos
da Lei n.º 13.448/2017, regulamentada pelo Decreto n.º 9.957/2019. Conduzimos nosso trabalho
de acordo com o Comunicado CTO 06, emitido pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC),
tomando por base a NBC TO 3000 – Trabalhos de Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão,
emitida pelo CFC. Essa norma requer o cumprimento pelo auditor de exigências éticas,
independência e demais responsabilidades referentes a ela, inclusive quanto à aplicação das
normas de controle de qualidade, e, portanto, a manutenção de sistema de controle de qualidade
abrangente, incluindo políticas documentadas e procedimentos sobre o cumprimento de
requerimentos éticos, normas profissionais e requerimentos legais e regulatórios aplicáveis.
Adicionalmente, a referida norma requer que o trabalho seja planejado e executado para a
obtenção de segurança razoável, em todos os aspectos relevantes, sobre se o relatório de
movimentação de bens foi elaborado, em todos os aspectos relevantes, de acordo com os
critérios definidos na Resolução n.º 533/2019 e orientações do Ofício-Circular nº
1/2021/GEIC/SRA-ANAC[,complementadas pelas notas técnicas XX, YY e ZZ emitidas pela
ANAC], para fins de cumprimento dos requisitos da Lei n.º 13.448/2017, regulamentada pelo
Decreto n.°º 9.957/2019.

Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que os
procedimentos de asseguração, de acordo com a NBC TO 3000, sempre detectem as eventuais
distorções relevantes existentes. Os procedimentos aplicados basearam-se na nossa
compreensão do processo adotado pela concessionária para a elaboração do relatório de
movimentação de bens e de outras circunstâncias do trabalho e da nossa consideração sobre
distorções relevantes que poderiam existir nas informações, independentemente de estas serem
causadas por fraude ou erro. Entretanto, tais procedimentos não incluem a investigação ou
detecção de fraude ou erro.
Os procedimentos selecionados dependem de nosso julgamento, inclusive a avaliação dos riscos
dos controles não atender significativamente aos critérios. Ao fazer tais avaliações, consideramos
os controles internos implantados para permitir a elaboração do relatório de movimentação de
bens, a fim de estabelecer procedimentos adequados às circunstâncias, mas não com a finalidade
de expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos da concessionária.
Acreditamos que as evidências obtidas são suficientes e apropriadas para fundamentar nossa
opinião.
Opinião
Em nossa opinião, baseada nos procedimentos realizados, o relatório de movimentação de bens
referente ao período [abrangência da movimentação] foi elaborado, em todos os aspectos
relevantes, de acordo com os critérios definidos na Resolução n.º 533/2019 e as orientações do
Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC[,complementadas pelas notas técnicas XX, YY e ZZ
emitidas pela ANAC] [se aplicável – a ser complementado no caso de eventuais alterações
complementares emitidas pela ANAC], para fins de cumprimento dos requisitos da Lei n.º
13.448/2017, regulamentada pelo Decreto n.º 9.957/2019.
Restrição de uso e distribuição do relatório

De acordo com os termos do nosso trabalho, este relatório foi elaborado para a administração da
concessionária e a ANAC, visando atender ao requerimento do item [X.XX] do [Termo Aditivo
[referência ao termo_________], para cumprimento dos requisitos da Lei n.º 13.448/2017,
regulamentada pelo Decreto n.º 9.957/2019, e não deve ser apresentado ou distribuído a
terceiros, tendo em vista sua finalidade específica descrita no primeiro parágrafo deste relatório.
Qualquer outra parte que não seja a concessionária ou a ANAC que obtiver acesso ao nosso
relatório ou à cópia dele e confiar nas informações contidas em nosso relatório (ou qualquer parte
dele) irá fazê-lo por sua própria conta e risco. Não aceitamos ou assumimos qualquer
responsabilidade e negamos qualquer responsabilidade perante qualquer outra parte que não seja
a [nome da entidade] e/ou [identificar outros usuários pretendidos] pelo nosso trabalho, pelo
relatório de asseguração razoável ou pelas nossas conclusões.

[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]
A.2 – MODELO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL SOBRE
ACOMPANHAMENTO DOS ASPECTOS DE GOVERNANÇA

[Destinatário apropriado – entidade concessionária e ANAC]

Alcance

Fomos contratados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para apresentar um relatório
de asseguração razoável sobre as declarações e informações prestadas pela [nome da entidade]
(a concessionária) referente ao período de [período sendo reportado], para fins de cumprimento
do Art. 8º do Decreto n.º 9.957/2019 e das cláusulas [cláusulas] do termo aditivo [referência ao
termo] de [XX de XXXX de 20XX].

Responsabilidades da Administração

A Administração da Concessionária é responsável pela elaboração das informações e


declarações prestadas, as quais foram elaboradas de acordo com os critérios e as exigências
estabelecidas nas cláusulas [cláusulas] do termo aditivo [referência ao termo] de [XX de XXXX
de 20XX] e as orientações do Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC[,complementadas
pelas notas técnicas XX, YY e ZZ emitidas pela ANAC] [se aplicável – a ser complementado no
caso de eventuais alterações complementares emitidas pela ANAC], como parte do processo de
relicitação dos contratos de parceria no setor aeroportuário de que trata a Lei n.º 13.448/2017,
regulamentada pelo Decreto n.º 9.957/2019, assim como pelos controles internos que ela
determinou como necessários para permitir que tais informações estejam livres de distorção
relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Responsabilidades dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre se as informações e declarações


prestadas pela concessionária foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo
com os critérios e exigências definidos nas cláusulas [cláusulas] do termo aditivo [referência ao
termo] de [XX de XXXX de 20XX], para cumprir com os requisitos da Lei n.º 13.448/2017,
regulamentada pelo Decreto n.º 9.957/2019. Conduzimos nosso trabalho de acordo com o
Comunicado CTO 06, emitido pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), tomando por base
a NBC TO 3000 – Trabalho de Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão, emitida pelo CFC.
Essa norma requer o cumprimento pelo auditor de exigências éticas, independência e demais
responsabilidades referentes a ela, inclusive quanto à aplicação das normas de controle de
qualidade, e, portanto, a manutenção de sistema de controle de qualidade abrangente, incluindo
políticas documentadas e procedimentos sobre o cumprimento de requerimentos éticos, normas
profissionais e requerimentos legais e regulatórios aplicáveis. Adicionalmente, a referida norma
requer que o trabalho seja planejado e executado para a obtenção de segurança razoável, em
todos os aspectos relevantes, sobre se as informações e as declarações prestadas foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com os critérios e exigências definidos
na cláusulas [cláusulas] do termo aditivo [referência ao termo] de [XX de XXXX de 20XX] e as
orientações do Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC[, complementadas pelas notas
técnicas XX, YY e ZZ emitidas pela ANAC] [se aplicável – a ser complementado no caso de
eventuais alterações complementares emitidas pela ANAC], para fins de cumprimento dos
requisitos da Lei n.º 13.448/2017, regulamentada pelo Decreto n.º 9.957/2019.

Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que os procedimentos
de asseguração, de acordo com NBC TO 3000, sempre detectem as eventuais distorções
relevantes existentes. Os procedimentos aplicados basearam-se na nossa compreensão do
processo adotado pela concessionária para a elaboração das informações e as declarações
prestadas e de outras circunstâncias do trabalho e da nossa consideração sobre distorções
relevantes que poderiam existir nas informações, independentemente de estas serem causadas
por fraude ou erro. Entretanto, tais procedimentos não incluem a investigação ou detecção de
fraude ou erro.

Os procedimentos selecionados dependem de nosso julgamento, inclusive a avaliação dos riscos


dos controles não atender significativamente aos critérios. Ao fazer tais avaliações, consideramos
os controles internos implantados para permitir a elaboração das informações e declarações
prestadas, a fim de estabelecer procedimentos adequados às circunstâncias, mas não com a
finalidade de expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos da concessionária.

Acreditamos que as evidências obtidas são suficientes e apropriadas para fundamentar nossa
opinião.

Opinião

Em nossa opinião, baseada nos procedimentos realizados, as informações e as declarações


prestadas referentes ao período de [período sendo reportado] foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, de acordo com os critérios e as exigências estabelecidas nas cláusulas
[cláusulas] do termo aditivo [referência ao termo] de [XX de XXXX de 20XX] e as orientações do
Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC[, complementadas pelas notas técnicas XX, YY e ZZ
emitidas pela ANAC] [se aplicável – a ser complementado no caso de eventuais alterações
complementares emitidas pela ANAC], para fins de cumprimento dos requisitos da Lei n.º
13.448/2017, regulamentada pelo Decreto n.º 9.957/2019.

Restrição de uso e distribuição do relatório

De acordo com os termos do nosso trabalho, este relatório foi elaborado para a administração da
concessionária e a ANAC, visando atender ao requerimento do item [X.XX] do [Termo Aditivo
[referência ao termo_________], para cumprimento dos requisitos da Lei n.º 13.448/2017,
regulamentada pelo Decreto n.º 9.957/2019, e não deve ser apresentado ou distribuído a terceiros,
tendo em vista sua finalidade específica descrita no primeiro parágrafo deste relatório.

Qualquer outra parte que não seja a concessionária ou a ANAC que obtiver acesso ao nosso
relatório ou à cópia dele e confiar nas informações contidas em nosso relatório (ou qualquer parte
dele) irá fazê-lo por sua própria conta e risco. Não aceitamos ou assumimos qualquer
responsabilidade e negamos qualquer responsabilidade perante qualquer outra parte que não seja
a [nome da entidade] e/ou [identificar outros usuários pretendidos] pelo nosso trabalho, pelo
relatório de asseguração razoável ou pelas nossas conclusões.

[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]
A.3 – MODELO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL SOBRE O PROCESSO DE
COMPILAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA PROJETADO

Relatório de asseguração razoável sobre o processo de compilação do fluxo de caixa


projetado
[Destinatário apropriado – ANAC e entidade concessionária]
Alcance
Fomos contratados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para apresentar um relatório
de asseguração razoável sobre o processo de compilação do fluxo de caixa projetado para o
período de [XX de XXXX de 20XX a XX de XXXX de 20XX] (o fluxo de caixa projetado) preparado
pela [nome da entidade] (a concessionária), para fins de cumprimento do Decreto n.º 9.957/2019.
O fluxo de caixa projetado e as premissas relevantes sobre os quais este plano foi preparado
estão apresentados nas páginas [XX a XX] do documento (o documento) de emissão da
concessionária, datado de [XX de XXXX de 20XX]. A base de compilação está descrita na Nota
[X].
Responsabilidades da administração
A administração da concessionária é responsável pela elaboração do fluxo de caixa projetado e
pelos elementos, as premissas e projeções feitas no mesmo, de forma consistente com os
requisitos do Termo Aditivo [referência ao termo] de [XX de XXXX de 20XX] e as orientações do
Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC[, complementadas pelas notas técnicas XX, YY e ZZ
emitidas pela ANAC], como parte do processo de relicitação dos contratos de parceria no setor
aeroportuário de que trata a Lei n.º 13.448/2017, regulamentada pelo Decreto n.º 9.957/2019,
assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir que tais
informações estejam livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou
erro.
Responsabilidades dos auditores independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre se o processo de compilação do
fluxo de caixa projetado acima referido foi elaborado, em todos os aspectos relevantes, de forma
consistente com os requisitos do Termo Aditivo [referência ao termo] de [XX de XXXX de 20XX] e
as orientações do Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC[, complementadas pelas notas
técnicas XX, YY e ZZ emitidas pela ANAC] [se aplicável – a ser complementado no caso de
eventuais alterações complementares emitidas pela ANAC], descritas na Nota [X]. Conduzimos
nosso trabalho de acordo com o Comunicado CTO 06, emitido pelo Conselho Federal de
Contabilidade (CFC), tomando por base a NBC TO 3000 – Trabalhos de Asseguração Diferente
de Auditoria e Revisão, emitida pelo CFC. Essa norma requer o cumprimento pelo auditor de
exigências éticas, independência e demais responsabilidades referentes a ela, inclusive quanto à
aplicação das normas de controle de qualidade, e, portanto, a manutenção de sistema de controle
de qualidade abrangente, incluindo políticas documentadas e procedimentos sobre o cumprimento
de requerimentos éticos, normas profissionais e requerimentos legais e regulatórios aplicáveis.
Adicionalmente, a referida norma requer que o trabalho seja planejado e executado para a
obtenção de segurança razoável, em todos os aspectos relevantes, sobre se o fluxo de caixa
projetado acima referido, foi adequadamente compilado, em todos os aspectos relevantes, de
forma consistente com as orientações emitidas pela ANAC, descritas na nota [X].
Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que os
procedimentos de asseguração, de acordo com NBC TO 3000, sempre detectem as eventuais
distorções relevantes existentes. Os procedimentos aplicados basearam-se na nossa
compreensão do processo adotado pela concessionária para a compilação do fluxo de caixa
projetado e de outras circunstâncias do trabalho e da nossa consideração sobre distorções
relevantes que poderiam existir nas informações, independentemente de estas serem causadas
por fraude ou erro. Entretanto, tais procedimentos não incluem a investigação ou detecção de
fraude ou erro. Nosso trabalho incluiu a avaliação da base de compilação do fluxo de caixa
projetado e consideração se foram adequadamente compiladas baseadas nas premissas
divulgadas e políticas contábeis da concessionária.
Os procedimentos selecionados dependem de nosso entendimento e julgamento sobre o
processo de compilação do fluxo de caixa projetado, inclusive a avaliação dos riscos dos controles
não atender significativamente aos critérios. Ao fazer tais avaliações, consideramos os controles
internos implantados para permitir a compilação do fluxo de caixa projetado, a fim de estabelecer
procedimentos adequados às circunstâncias, mas não com a finalidade de expressar uma opinião
sobre a eficácia dos controles internos da concessionária.
Acreditamos que as evidências obtidas são suficientes e apropriadas para fundamentar nossa
opinião.
Limitações
As projeções foram preparadas considerando um conjunto de premissas que incluem hipóteses
sobre eventos futuros e ações da administração que não podem ser confirmadas e verificadas da
mesma forma que resultados históricos e não necessariamente podem ocorrer como
originalmente estimadas, além de ações e eventos que estão fora do controle da administração
que podem afetar de forma relevante os planos e premissas da administração da concessionária.
Consequentemente, não expressamos opinião ou conclusão sobre a exatidão ou não dos
resultados efetivos quando comparados com as projeções constantes no plano de negócios e as
diferenças podem ser materiais. O nosso trabalho também não inclui uma auditoria ou revisão da
informação histórica utilizada como base para a elaboração das projeções, tampouco se as
premissas fornecem uma base razoável para as demonstrações prospectivas.
Consequentemente, não expressamos opinião ou conclusão sobre essa informação histórica ou
sobre a razoabilidade das premissas.
Opinião
Em nossa opinião, baseada nos procedimentos realizados, o fluxo de caixa orojetado acima
referido foi compilado, em todos os aspectos relevantes, com base nos critérios descritos na Nota
[X] e nas orientações do Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC[, complementadas pelas
notas técnicas XX, YY e ZZ emitidas pela ANAC] [se aplicável – a ser complementado no caso de
eventuais alterações complementares emitidas pela ANAC], para cumprimento do Decreto n.º
9.957/2019.
Restrição de uso e distribuição do relatório
De acordo com os termos do nosso trabalho, este relatório foi elaborado para a administração da
concessionária e a ANAC, visando atender ao requerimento do item [X.XX] do Termo Aditivo
[referência ao termo], para cumprimento dos requisitos da Lei n.º 13.448/2017, regulamentada
pelo Decreto n.º 9.957/2019, e não deve ser apresentado ou distribuído a terceiros, tendo em vista
sua finalidade específica descrita no primeiro parágrafo deste relatório.
Qualquer outra parte que não seja a concessionária e a ANAC que obtiver acesso ao nosso
relatório ou à cópia do mesmo e confiar nas informações contidas em nosso relatório (ou qualquer
parte dele) irá fazê-lo por sua própria conta e risco. Não aceitamos ou assumimos qualquer
responsabilidade e negamos qualquer responsabilidade perante qualquer outra parte que não seja
a [nome da entidade] e/ou [identificar outros usuários pretendidos] pelo nosso trabalho, pelo
relatório de asseguração razoável ou pelas nossas conclusões.

[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]
B – MODELO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL SOBRE A COMPILAÇÃO DAS
INFORMAÇÕES E APURAÇÃO DO CÁLCULO DA INDENIZAÇÃO

Relatório de asseguração razoável sobre a compilação das informações e apuração do


cálculo dos valores de indenização

[Destinatário apropriado – ANAC e entidade concessionária]

Alcance

Fomos contratados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para apresentar um relatório
de asseguração razoável sobre a compilação das informações e apuração do cálculo dos valores
de indenização da [nome da entidade] (a concessionária) referente ao período [abrangência da
cálculo], apresentados no Anexo I, para fins de cumprimento do Decreto n.º 9.957/2019 e da
Resolução n.º 533/2019 da ANAC.

Responsabilidades da Administração
A ANAC é responsável pela elaboração adequada do cálculo dos valores de indenização,
apresentado no Anexo I deste relatório, o qual foi elaborado com base nas informações prestadas,
de responsabilidade da Administração da Concessionária, e de acordo com os critérios
estabelecidos na Resolução n.º 533/2019 e as orientações do Ofício-Circular n.º
1/2021/GEIC/SRA-ANAC[, complementadas pelas notas técnicas XX, YY e ZZ emitidas pela
ANAC], que dispõem sobre os procedimentos e a metodologia de cálculo dos valores de
indenização referentes aos investimentos vinculados a bens reversíveis não amortizados, como
parte do processo de relicitação dos contratos de parceria no setor aeroportuário de que trata a
Lei n.º 13.448/2017, regulamentada pelo Decreto n.º 9.957/2019. A ANAC também é responsável
pelos controles internos que ela determinou como necessários para elaboração do cálculo dos
valores de indenização, assim como a Administração da Concessionária é responsável pelos
controles internos para permitir que as informações prestadas como base para o referido cálculo
estejam livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Responsabilidades dos auditores independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre se as informações e apuração do
cálculo dos valores de indenização, apresentadas no Anexo I, foram compiladas de acordo com
os critérios definidos na Resolução n.º 533/2019, elaborada pela ANAC para cumprir com os
requisitos da Lei n.º 13.448/2017, regulamentada pelo Decreto n.º 9.957/2019. Conduzimos
nosso trabalho de acordo com o Comunicado CTO 06, emitido pelo Conselho Federal de
Contabilidade (CFC), tomando por base a NBC TO 3000 – Trabalho de Asseguração Diferente de
Auditoria e Revisão, emitida pelo CFC. Essa norma requer o cumprimento pelo auditor de
exigências éticas, independência e demais responsabilidades referentes a ela, inclusive quanto à
aplicação das normas de controle de qualidade, e, portanto, a manutenção de sistema de controle
de qualidade abrangente, incluindo políticas documentadas e procedimentos sobre o
cumprimento de requerimentos éticos, normas profissionais e requerimentos legais e regulatórios
aplicáveis. Adicionalmente, a referida norma requer que o trabalho seja planejado e executado
para a obtenção de segurança razoável, em todos os aspectos relevantes, sobre se o relatório de
movimentação de bens, apresentado no Anexo I deste relatório, foi elaborado, em todos os
aspectos relevantes, de acordo com os critérios definidos na Resolução n.º 533/2019 e as
orientações do Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC[, complementadas pelas notas
técnicas XX, YY e ZZ emitidas pela ANAC] [se aplicável – a ser complementado no caso de
eventuais alterações complementares emitidas pela ANAC], para fins de cumprimento dos
requisitos da Lei n.º 13.448/2017, regulamentada pelo Decreto n.º 9.957/2019.

29
Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que os procedimentos
de asseguração, de acordo com NBC TO 3000, sempre detectem as eventuais distorções
relevantes existentes. Os procedimentos aplicados basearam-se na nossa compreensão do
processo adotado pela concessionária para a elaboração do cálculo dos valores de indenização e
de outras circunstâncias do trabalho e da nossa consideração sobre distorções relevantes que
poderiam existir nas informações, independentemente de estas serem causadas por fraude ou
erro. Entretanto, tais procedimentos não incluem a investigação ou detecção de fraude ou erro.

Os procedimentos selecionados dependem de nosso julgamento, inclusive a avaliação dos riscos


dos controles não atender significativamente aos critérios. Ao fazer tais avaliações, consideramos
os controles internos implantados para permitir a elaboração do cálculo dos valores de
indenização, a fim de estabelecer procedimentos adequados às circunstâncias, mas não com a
finalidade de expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos da concessionária.

Acreditamos que as evidências obtidas são suficientes e apropriadas para fundamentar nossa
opinião.

Opinião

Em nossa opinião, baseada nos procedimentos realizados, as informações e apuração do cálculo


dos valores de indenização referente ao período [abrangência do cálculo], apresentadas no Anexo
I deste relatório, foram compilados em todos os aspectos relevantes, de acordo com a metodologia
e critérios definidos na Resolução n.º 533/2019 e orientações do Ofício-Circular n.º
1/2021/GEIC/SRA-ANAC[, complementadas pelas notas técnicas XX, YY e ZZ emitidas pela
ANAC] [se aplicável – a ser complementado no caso de eventuais alterações complementares
emitidas pela ANAC], para fins de cumprimento dos requisitos da Lei n.º 13.448/2017,
regulamentada pelo Decreto n.º 9.957/2019.

Restrição de uso e distribuição do relatório

De acordo com os termos do nosso trabalho, este relatório foi elaborado para a administração da
concessionária e a ANAC, visando atender ao requerimento do item [X.XX] do [Termo Aditivo
[referência ao termo_________], para cumprimento dos requisitos da Lei n.º 13.448/2017,
regulamentada pelo Decreto n.º 9.957/2019, e não deve ser apresentado ou distribuído a terceiros,
tendo em vista sua finalidade específica descrita no primeiro parágrafo deste relatório.

Qualquer outra parte que não seja a concessionária ou a ANAC que obtiver acesso ao nosso
relatório ou à cópia dele e confiar nas informações contidas em nosso relatório (ou qualquer parte
dele) irá fazê-lo por sua própria conta e risco. Não aceitamos ou assumimos qualquer
responsabilidade e negamos qualquer responsabilidade perante qualquer outra parte que não seja
a [nome da entidade] e/ou [identificar outros usuários pretendidos] pelo nosso trabalho, pelo
relatório de asseguração razoável ou pelas nossas conclusões.

[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]

30
ANEXO I

RELATÓRIO DE CÁLCULO DA INDENIZAÇÃO (RCI)


Relatório – Cálculo dos investimentos em bens reversíveis não amortizados (RCI)

Investimentos realizados na Concessão R$ -


(+) Custo Histórico dos investimentos realizados nos bens do Art. 2º, II R$ -
(+) Custo Histórico dos investimentos realizados nos bens do Art. 2º, III R$ -
(+) Custo Histórico dos investimentos realizados nos bens do Art. 2º, IV R$ -
(+) Custo Histórico dos investimentos realizados nos bens do Art. 2º, V R$ -
(-) Investimentos realizados em bens não reversíveis R$ -
(-) Investimentos realizados em bens reversíveis não indenizáveis R$ -
(=) Custo de aquisição/construção dos bens reversíveis indenizáveis R$ -

(-) Descontos decorrentes da Resolução n.º 533/2019


(-) Tributos Recuperáveis R$ -
(-) Margem de Construção R$ -
(-) Adiantamentos a Fornecedores R$ -
(-) Juros e Encargos Financeiros Capitalizados R$ -

(+/-) Ajustes decorrentes da Resolução n.º 533/2019


(+) Custos de Financiamento – Limitado à Selic R$ -
(+) Custos com Desapropriações R$ -
(+) Créditos Tributários recuperáveis R$ -
(-) Ganhos com alienação de bens repassados pelo Poder Público R$ -

(=) Custo Histórico dos Investimentos em Bens Reversíveis R$ -

Aplicação da Atualização Monetária do Art. 5º, I da Resolução n.º 533/2019 R$ -

Aplicação da Amortização prevista no Art. 5º, II da Resolução n.º 522/2019 R$ -


Amortização dos bens previstos no Art. 2º. II R$ -
Amortização dos bens previstos no Art. 2º. II com intenção de uso para prazo determinado R$ -
Amortização dos bens previstos no Art. 2º, III e IV R$ -
Amortização dos bens previstos no Art. 2º, V R$ -

(-) Desconsideração dos Bens Voluptuários R$ -


(-) Avaliação dos Termos e Condições dos Contratos com Partes Relacionadas R$ -

(=) Valor dos investimentos em bens reversíveis não amortizados R$ -

31
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, CTO 07, DE 7 DE ABRIL DE 2022

Orientação aos auditores independentes para


os trabalhos de asseguração limitada das
informações não financeiras contidas no Relato
Integrado (RI).

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e


regimentais e com fundamento no disposto na alínea “f” do Art. 6º do Decreto-Lei n.º 9.295/1946,
alterado pela Lei n.º 12.249/2010, faz saber que foi aprovada em seu Plenário, a seguinte Norma
Brasileira de Contabilidade (NBC), que tem por base o CT 03/2022 do Instituto dos Auditores
Independentes do Brasil (Ibracon):

CTO 07 – TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO LIMITADA REFERENTE ÀS INFORMAÇÕESNÃO


FINANCEIRAS CONTIDAS NO RELATO INTEGRADO
Sumário Item
OBJETIVO 1
INTRODUÇÃO 2- 5
ENTENDIMENTO E ORIENTAÇÃO AOS AUDITORES 6 - 45
INDEPENDENTES
Relato Integrado – OCPC 09 6 - 18
Norma de asseguração aplicável 19 - 24
Aceitação e Continuação do Trabalho 25
Concordância com os termos do trabalho 26
Planejamento 27
Materialidade 28 - 33
Controles internos 34 - 35
Trabalho de especialistas 36
Considerações de fraude e de atos ilegais 37 - 38
Exigências éticas relevantes 39
Representações formais 40 - 43
Procedimentos mínimos a serem executados pelos auditores 44
independentes
Obtenção de evidência – Consideração de riscos e respostas aos 45
riscos
OBJETO 46
CRITÉRIOS DE ASSEGURAÇÃO 47 - 48
PROCEDIMENTOS MÍNIMOS 49 - 54
ABORDAGEM DAS INFORMAÇÕES QUALITATIVAS 55 - 58
INCERTEZAS E ESTIMATIVAS 59 - 63
LIMITAÇÕES INERENTES 64 - 65
OUTRAS COMUNICAÇÕES 66
FORMAÇÃO DA CONCLUSÃO DOS AUDITORES 67 - 69
INDEPENDENTES
ANEXO – MODELO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO 70
LIMITADA
VIGÊNCIA 71
APÊNDICE I – MODELO DE RELATÓRIO
OBJETIVO

1. Este Comunicado Técnico (CT) tem o objetivo de orientar os auditores independentes quanto
à norma a ser aplicada e os procedimentos a serem executados para a emissão de relatório
de asseguração limitada sobre as informações não financeiras contidas no Relato Integrado
para fins de cumprimento da Resolução CVM n.º 14/2020, de 9 de dezembro de 2020, que
tornou obrigatória a adoção da Orientação Técnica CPC 09 – Relato Integrado (OCPC 09)
para as companhias abertas que decidirem elaborar e divulgar seu Relato Integrado. Não
obstante esse objetivo, os auditores poderão utilizar este CT para asseguração de Relato
Integrado emitido por entidade que não seja companhia aberta.

INTRODUÇÃO

2. Em 6 de novembro de 2020, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) emitiu a OCPC


09, cujos objetivos, segundo relatório de audiência pública, “são melhorar a qualidade da
informação disponível aos provedores de capital financeiro, promover uma abordagem mais
coesa e eficiente do relato corporativo e aperfeiçoar a prestação de contas e a
responsabilidade pela gestão da base abrangente de capitais.”

3. Em 09 de dezembro de 2020, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) emitiu a Resolução


CVM n.º 14/2020, por meio da qual torna obrigatória, para as companhias abertas, quando da
decisão de elaboração e divulgação do Relato Integrado, a aplicação da OCPC 09. Além
disso, o RI deverá ser objeto de asseguração limitada por auditor independente registrado na
CVM, em conformidade com as normas emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade
(CFC). As novas disposições trazidas pela Resolução CVM n.º 14/2020 entraram em vigor em
1º de janeiro de 2021 e, dessa forma, entende-se que ela passou a ser aplicável para os
exercícios iniciados em ou após 1º de janeiro de 2021.

4. Em abril de 2021, o International Auditing and Assurance Standards Board (IAASB) emitiu um
guia de orientação aos auditores, com o objetivo de servir de base para a realização de
asseguração de relatórios de natureza narrativa, como é o caso do Relato Integrado, até que
uma norma de asseguração específica seja estabelecida. A elaboração dessa norma
específica deverá ser acelerada após acordo celebrado entre o International Integrated
Reporting Concil (IIRC)1 e o IAASB, bem como pela criação da entidade normatizadora de
relatórios de sustentabilidade, o International Sustainability Standards Board (ISSB), pela
IFRS Foundation, formalmente constituído em 3 de novembro de 2021.

5. O entendimento, manifestado no presente CT, sobre o critério aplicável (framework) para


elaboração e apresentação do Relato Integrado, as normas de asseguração aplicáveis,
incluindo os procedimentos mínimos a serem executados, assim como sobre o modelo de
relatório a ser emitido para a asseguração limitada de informações não financeiras contidas
no Relato Integrado, levou em consideração o guia de orientação do IAASB acima
mencionado.

ENTENDIMENTO E ORIENTAÇÃO AOS AUDITORES INDEPENDENTES


Relato Integrado – OCPC 09

6. Segundo a OCPC 09, "o Relato Integrado é um relato conciso sobre como a estratégia, a
governança, o desempenho e as perspectivas da organização, no contexto de seu ambiente
externo, levam à geração de valor a curto, médio e longo prazos". A norma considera
principalmente o setor privado e empresas de qualquer porte, mas pode ser aplicada e
adaptada, conforme necessário, para organizações do setor público e sem fins lucrativos. A
OCPC 09 tem correlação com a Estrutura Conceitual Básica (framework) do Relato Integrado,
elaborada pelo IIRC.

7. De acordo com a estrutura internacional, o RI tem os seguintes objetivos:

• melhorar a qualidade da informação disponível a provedores de capital financeiro,


permitindo uma alocação de capital mais eficiente e produtiva;
• promover uma abordagem mais coesa e eficiente do relato corporativo, que aproveite as
diversas vertentes de relato e comunique a gama completa de fatores que afetam, de
forma material, a capacidade da organização de gerar valor ao longo do tempo; e
• aperfeiçoar a prestação de contas e a responsabilidade pela gestão da base abrangente
de capitais (financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, de relacionamento e
natural) e promover o entendimento de suas interdependências.

8. O RI não é um novo relatório a ser apresentado pelas empresas, mas sim um novo processo
de geração de informação corporativa que irá garantir que os relatórios comuniquem a
geração de valor de uma forma mais abrangente.

9. Desta forma, mais do que ser apenas um relatório corporativo a ser apresentado pelas
organizações, o RI representa uma forma das organizações apresentarem sua jornada para a
geração de valor, considerando a conectividade e a interdependência de diversos aspectos
financeiros e não financeiros, de forma a responder ao crescente interesse de investidores e
demais partes interessadas (stakeholders).

10. Muitas vezes, as entidades elaboram ou divulgam informações de acordo com outros
frameworks ou de acordo com outras regulamentações, como por exemplo, Relatório de
Sustentabilidade, Relatório da Administração, etc. No entanto, de acordo com o item 1.12 da
OCPC 09, o RI deve ser uma comunicação identificável e com denominação própria. Dessa
forma, se a empresa está utilizando elementos da OCPC 09 na elaboração de seus relatórios,
a administração da entidade é responsável por determinar os aspectos previstos no conceito
do Relato Integrado e identificá-lo como tal, sendo este sujeito à referida Resolução CVM
para as companhias abertas.

11. A OCPC 09 não define informações mínimas que devem ser reportadas e/ou métodos de
mensuração ao conteúdo, pois seu propósito é estabelecer princípios de orientação e
elementos que sirvam o conteúdo geral do RI e para explicar os conceitos fundamentais que
os sustentam, conforme itens 1.9 e 1.10 da referida orientação.

12. É preciso que os responsáveis pela elaboração e apresentação do RI exercitem o julgamento


profissional, dadas as circunstâncias específicas da organização, para determinar quais
temas são relevantes e como eles devem ser divulgados. Dessa forma, a administração da
organização precisa estabelecer políticas, controles internos e procedimentos para definir o
conteúdo do RI e implementar controles para o tratamento e rastreamento das informações
como coleta e monitoramento, de forma que essas possam ser objeto de asseguração.

13. Como mencionado anteriormente, o Relato Integrado é um processo de reporte e não um


relatório, sendo que sua metodologia pode ser aplicada na elaboração de qualquer relatório,
inclusive o Relatório de Administração, que é exigido pelo artigo 133-I da Lei n.º 6.404, de 17
de dezembro de 1976. Conforme previsto no item 1.14 do OCPC 09, se o Relatório de
Administração for elaborado de forma que inclua as orientações e divulgações requeridas
pela OCPC 09, ser conciso e claramente nomeado como Relato Integrado, ele pode ser
considerado como tal.

14. A OCPC 09 é uma estrutura conceitual e que serve como ponto de partida para a preparação
do RI; no entanto, a estrutura conceitual deve ser complementada em relação a temas como,
por exemplo: a determinação de materialidade, o framework utilizado e demais normas
aplicáveis, o critério de medição de métricas, e como foi validada a integridade das
informações apresentadas. Em resumo, o framework do RI é apenas um conjunto de
conceitos básicos, em que o conteúdo financeiro é elaborado conforme padrões específicos
(ou seja, IFRS, US GAAP, Cosif, etc.) e o conteúdo não financeiro pode se valer dos padrões
hoje existentes no mercado (ou seja, GRI, SASB, CDP, TCFD, etc.). Cabe ao RI, desta forma,
ser a plataforma de comunicação entre estes dois blocos de informação, a fim de garantir sua
evidenciação e a asseguração por parte dos auditores independentes.

15. Dessa forma, apenas uma referência a OCPC 09 para fins de divulgação de critério não é
suficiente para a clareza e integridade dos critérios de sua elaboração e apresentação e
também para que o auditor independente emita seu relatório de asseguração, devendo ser
complementado com informações em relação aos temas acima ou outros temas relevantes
para sua preparação, por exemplo, na seção de "Base de preparação e apresentação", e/ou
pela descrição do conjunto de normas complementares utilizadas.

16. A OCPC09 não impõe indicadores de desempenho específicos, métodos de mensuração ou


divulgação de temas individuais. Assim, é preciso que os responsáveis pela elaboração e
apresentação do RI exercitem o julgamento profissional, dadas as circunstâncias específicas
da organização, para determinar:

• quais temas são relevantes;


• como eles são divulgados, incluindo a aplicação de métodos de mensuração e divulgação
comumente aceitos, conforme o caso; e
• políticas, controles e procedimentos relacionados às informações de forma que essas
possam ser objeto de asseguração.

17. Em seu item 4.1, a OCPC 09 descreve que o RI deve incluir os seguintes oito Elementos de
Conteúdo e responder à pergunta feita para cada um deles:

A. visão geral da organização e de seu ambiente externo;


B. governança;
C. modelo de negócios;
D. riscos e oportunidades;
E. estratégia e alocação de recursos;
F. desempenho;
G. perspectiva;
H. base para elaboração e apresentação e, ao fazê-lo, considera:
I. orientações gerais sobre o relato.

18. Dessa forma, espera-se que uma entidade tenha políticas e premissas formalizadas,
acompanhadas de controles internos e procedimentos que suportarão a elaboração do
referido relatório e o processo de asseguração limitada por parte do auditor.

Norma de asseguração aplicável

19. O Relato Integrado, sobre o qual pode ser requerida uma asseguração, como é o caso da CVM,
por exemplo, é composto majoritariamente de informações não financeiras (informações não
históricas). Assim, a NBC TO 3000 – Trabalho de Asseguração Diferente de Auditoria e
Revisão (equivalente à ISAE 3000 – Assurance Engagements Other than Audits or Reviews
of Historical Financial Information) deve ser aplicada a trabalhos de asseguração que não se
constitua em auditoria nem em revisão de informações financeiras históricas.

20. Conforme o item 10 da NBC TO 3000, ao conduzir o trabalho de asseguração, os objetivos


dos auditores independentes são:
a) obter segurança razoável ou segurança limitada, conforme apropriado, sobre se
a informação do objeto está livre de distorções relevantes;
b) expressar a conclusão acerca do resultado da mensuração ou avaliação de
determinado objeto, por meio de relatório escrito que transmita uma asseguração
razoável ou uma conclusão de asseguração limitada e descreva a base para a
conclusão; e
c) adicionalmente, proceder às comunicações requeridas pela NBC TO 3000 que
também sejam aplicáveis.

21. Assim, os trabalhos de asseguração de informações não financeiras contidas no Relato


Integrado serão executados consoante às normas gerais previstas na NBC TO 3000 e as
orientações deste comunicado, que dispõe, entre outros, sobre os procedimentos mínimos e
específicos a serem executados pelo auditor nesses trabalhos.

22. A NBC TO 3000 contempla dois tipos de asseguração: limitada ou razoável. Conforme item
12 da referida norma, o trabalho de asseguração limitada é o trabalho de asseguração no
qual o auditor independente reduz o risco do trabalho a um nível que é aceitável nas
circunstâncias do trabalho, em que o risco é maior do que o risco para o trabalho de
asseguração razoável como base para emissão de uma conclusão na forma que expresse se,
com base nos procedimentos executados e nas evidências obtidas, algum assunto tenha
chegado ao conhecimento do auditor independente de forma a levá-lo a acreditar que a
informação do objeto esteja distorcida de forma relevante. A natureza, a época e a extensão
dos procedimentos executados em trabalho de asseguração limitada são restritas (menos
extensas) quando comparados com os que são necessários em trabalhos de asseguração
razoável, mas são planejados para obter um nível de segurança que seja, no julgamento
profissional do auditor independente, significativo. Para que seja significativo, o nível de
segurança obtido pelo auditor deve ser capaz de aumentar a confiança dos usuários previstos
sobre a informação do objeto a um nível que seja claramente mais do que irrelevante.
23. Em um trabalho de asseguração razoável, o auditor deve avaliar o desenho dos controles
internos relevantes e se eles foram devidamente implementados e estão desempenhando
suas devidas finalidades. Na prática, a natureza, época e extensão dos procedimentos do
auditor serão uma questão de julgamento profissional nas circunstâncias do trabalho e são
baseados nos riscos avaliados (para um trabalho de asseguração razoável) ou nas áreas
identificadas em que uma distorção relevante pode surgir (para um trabalho de asseguração
limitada). Os itens 46 a 49 da NBC TO 3000 demonstram as diferenças entre as duas formas
de asseguração.

24. Dessa forma, o grau de maturidade e organização dos controles internos da entidade que
está preparando o relatório, além da avaliação de riscos por parte do auditor, são fatores a
serem considerados na avaliação de aceitação de uma asseguração razoável ou limitada.
Considerando o cenário mundial em que existem divergências na apresentação das
informações relacionadas a Ambiental, Social e Governança (ESG, na sigla em inglês) e o
próprio cenário brasileiro em que temos um número limitado de Entidades que prepararam
esse tipo de relatório há mais tempo e outras que estão apenas iniciando, recomendamos
fortemente por iniciar os trabalhos por uma asseguração limitada, asseguração essa também
definida pela CVM em sua Resolução n.º 14/2020.

Aceitação e Continuação do Trabalho

25. Os trabalhos de asseguração limitada previstos neste CT também devem submeter-se à


análise requerida pela norma de asseguração NBC TO 3000, que estabelece a necessidade
de entender as circunstâncias do trabalho, bem como as exigências éticas aplicáveis,
incluindo a independência. Adicionalmente, o auditor independente deve considerar se:

a) terá acesso apropriado e suficiente às evidências que respaldarão sua conclusão;


b) possui as competências profissionais necessárias ao trabalho a ser desenvolvido;
c) o trabalho tem propósito racional e se o objeto do trabalho é apropriado; e
d) os critérios que o auditor independente espera que sejam aplicados na elaboração da
informação do objeto são apropriados para as circunstâncias do trabalho e estarão
disponíveis aos usuários previstos. Os critérios devem apresentar as seguintes
características: i) relevância; ii) integralidade; iii) confiabilidade; iv) neutralidade; e v)
compreensibilidade.

Concordância com os termos do trabalho

26. O auditor independente deve concordar com os termos de trabalho com a contratante. Estes
termos devem ser especificados em detalhes suficientes na carta de contratação ou
equivalente.

Planejamento

27. De acordo com o item 40 da NBC TO 3000, o auditor independente deve planejar o trabalho
para que ele seja executado de forma eficaz, incluindo a definição do alcance, da época e da
coordenação do trabalho; assim como determinar a natureza, a época e a extensão dos
procedimentos planejados que são requeridos de forma a alcançar o seu objetivo.

Materialidade
28. O auditor independente deve levar em consideração a materialidade quando planejar e
executar o seu trabalho, inclusive ao determinar a natureza, a época e a extensão dos
procedimentos; e avaliar se a informação do objeto está livre de distorções relevantes.
29. O item 3(d) da OCPC 09 deve ser usado pelas entidades para determinar a materialidade na
elaboração do Relato Integrado. O RI deve divulgar informações sobre temas que afetam, de
forma substancial, a capacidade da organização gerar valor a curto, médio e longo prazos,
considerando inclusive os parâmetros de relevância estabelecidos. A determinação de
materialidade deve ser documentada com todas as principais premissas suportadas, e
somente as informações materiais devem ser apresentadas, visando um relato conciso e
objetivo do processo de geração de valor de uma organização. Ou seja, a determinação da
materialidade deve ser feita tendo como base o modelo de negócio da empresa e a entidade
normalmente precisará estabelecer um processo para identificar os tópicos de relatório,
levando em consideração as necessidades de informação dos usuários previstos.

30. O processo para determinar a materialidade para fins de elaboração e apresentação do RI


envolve:

a) a identificação de temas relevantes, com base na sua capacidade de afetar a geração de


valor;
b) a avaliação da importância de temas relevantes no tocante a seu efeito conhecido ou
potencial sobre a geração de valor;
c) a priorização de temas com base na sua importância relativa, considerando aspectos
qualitativos e quantitativos; e
d) a determinação de informações a serem divulgadas sobre temas relevantes.

31. Apesar de não haver um requisito específico para que o auditor considere o processo pelo
qual a entidade passa para identificar os tópicos de relatório, ele deve determinar se os
critérios aplicados são adequados para as circunstâncias do trabalho. Dessa forma, esse
processo pode ser útil para obter entendimento do processo da entidade para identificar os
tópicos de relatório. Em outras palavras, o auditor precisa considerar a entidade e o seu
ambiente de controle, qual a finalidade da entidade na preparação do RI, quais são os
usuários previstos e como a escolha dos critérios foi realizada.

32. O item 12 (c) da NBC TO 3000 define critérios como “as referências (benchmark) usadas para
mensurar ou avaliar o assunto”. Dessa forma, os critérios estabelecem o que deve ser
reportado, incluindo os tópicos de relatório, como deve ser mensurado ou avaliado e como
deve ser divulgado e apresentado. Adicionalmente, o item 44 da NBC TO 3000 traz
informações relevantes sobre o que o auditor deve considerar na determinação da
materialidade.

33. A materialidade envolve tanto considerações qualitativas quanto quantitativas. Um limite de


materialidade quantitativo é útil para tomar uma decisão preliminar sobre a probabilidade de
um item ser material. As distorções de valores menores do que o limite quantitativo podem ter
um efeito qualitativo material nas informações sobre o assunto reportadas. A consideração do
auditor sobre a materialidade é uma questão de julgamento profissional e é afetada pela
percepção do auditor sobre as necessidades de informações comuns dos usuários previstos
como um grupo. Portanto, dada a questão do uso do julgamento profissional em sua
determinação, o auditor independente deve deixar de forma clara e objetiva, nos papéis de
trabalho, todas as considerações utilizadas quando da sua determinação.

Controles internos

34. O auditor independente deve considerar o entendimento do processo utilizado para elaborar
as informações contidas no RI. Isso envolve entendimento sobre o ambiente de controle,
processos e sistemas de informação relevantes para a preparação das informações, mas não
avaliação e teste de eficácia operacional dos controles internos. A natureza dos processos,
controles e registros no sistema de controle interno da entidade pode variar com o porte e a
complexidade da entidade.

35. De acordo com o item A107da NBC TO 3000, no trabalho de asseguração limitada,
considerar o processo utilizado para preparar a informação do objeto auxilia o auditor
independente a desenvolver e realizar procedimentos que endereçam áreas em que possam
ocorrer distorção relevante da informação do objeto. Ao considerar o processo utilizado, o
auditor independente exerce o julgamento profissional para determinar quais aspectos do
processo são relevantes para o trabalho e pode indagar as partes apropriadas acerca desses
aspectos.

Trabalho de especialistas

36. Determinados aspectos dos objetos submetidos aos trabalhos de asseguração poderão
requerer especialização, o que demandará o uso de especialistas com capacidade técnica e
experiência. Pode ser necessário usar o trabalho de vários especialistas, como engenheiros
geotécnicos, geoquímicos, cientistas ambientais, especialistas em saúde e segurança ou
especialistas jurídicos, entre outros. De acordo com o item 52 da NBC TO 3000, citado a
seguir, o auditor independente, sempre que aplicável, deve entender a natureza do trabalho
do especialista com objetivo de compreender o serviço para o qual o especialista é utilizado
na extensão que lhe permita aceitar a responsabilidade pela conclusão em relação às
informações sobre o objeto. O auditor independente avalia até que ponto os serviços de
especialista devem ser utilizados para formar a sua própria conclusão.

52. Quando o trabalho de especialista for utilizado, o auditor independente deve,


também:
a) avaliar se o especialista possui a competência, a capacidade e a
objetividade necessárias para os seus propósitos. No caso de especialista externo,
a avaliação da objetividade deve incluir indagação sobre interesses e relações que
podem criar ameaças para a objetividade desse especialista;
b) obter o suficiente entendimento da área de especialidade do
especialista;
c) acordar com o especialista a natureza, o alcance e a extensão do
trabalho dele; e
d) avaliar a adequação do trabalho do especialista para os propósitos
do auditor independente.

Considerações de fraude e de atos ilegais

37. A responsabilidade primária pela prevenção e detecção de fraude e de atos ilegais é dos
responsáveis pela governança e da administração da entidade. Portanto, é importante que a
administração, com a supervisão geral dos responsáveis pela governança, enfatize a
prevenção de fraude, o que pode reduzir as oportunidades de sua ocorrência, e a dissuasão
de fraude, o que pode persuadir os indivíduos a não perpetrar fraude por causa da
probabilidade de detecção e punição.

38. Por sua vez, o auditor é responsável por obter segurança limitada de que as informações,
como um todo, não contêm distorções relevantes, causadas por fraude ou erro. Devido às
limitações inerentes nos trabalhos do auditor, há risco inevitável de que algumas distorções
relevantes nas informações possam não ser detectadas, apesar dos procedimentos
executados pelos auditores tenham sido devidamente planejados e realizados.

Exigências éticas relevantes

39. O auditor deve cumprir com as exigências éticas relevantes aplicáveis aos trabalhos de
asseguração ou outras exigências profissionais impostas por leis ou regulamentos que
contenham requisitos ou exigências similares aplicáveis a esses trabalhos.

Representações formais

40. O auditor deve obter representações formais da administração da entidade, contendo sua
responsabilidade em relação a documentos e informações relacionados aos objetos relativos
aos trabalhos de asseguração de acordo com a norma NBC TO 3000, confirmando, entre
outros, os seguintes aspectos e responsabilidades:

a) responsabilidade sobre as informações (dados utilizados) nos objetos submetidos ao


trabalho de asseguração, confirmando que tais objetos são preparados sob a
responsabilidade da administração da entidade concessionária;
b) a administração da entidade deve disponibilizar ao auditor acesso a todas as informações
relevantes de que a administração tem conhecimento para a elaboração dessas
informações (dados) do objeto, como registros, documentação e outros assuntos, além de
informações adicionais que o auditor pode solicitar da administração para fins do serviço
proposto e acesso irrestrito a pessoas da administração que o auditor determina ser
necessário para obter evidência ao trabalho de asseguração;
c) a responsabilidade primária na prevenção e detecção de erros e fraudes é da
administração da parte responsável. Dessa forma, uma estrutura eficaz de controles
internos reduz a possibilidade de que estes venham a ocorrer ou, no mínimo, contribui;
d) conforme requerido pelas normas de asseguração, indagaremos à administração e outras
pessoas da parte responsável sobre aspectos relacionados ao objeto de asseguração, tais
como os critérios para a sua avaliação ou mensuração e a eficácia dos correspondentes
controles internos.

41. Conforme item 56 da NBC TO 3000, o auditor deve obter uma carta de representação da alta
administração ou responsáveis pela governança da parte responsável, sobre temas
significativos e afirmações básicas em relação ao objeto de asseguração. Adicionalmente, a
administração da parte responsável deve concordar em informar fatos que podem afetar as
informações (dados) em relação ao objeto de asseguração, dos quais tenha tomado
conhecimento durante o período entre a data do relatório do auditor e a data de sua
utilização/publicação.

42. Se o auditor independente determinar que é necessário obter uma ou mais representações
adicionais para dar suporte a outras evidências relevantes para a informação do objeto, o
auditor deve requerer tais representações por escrito.
43. As representações devem estar na forma de carta endereçada ao auditor independente
datada o mais próximo possível, mas não depois da data do relatório de asseguração do
auditor, conforme item 59 da NBC TO 3000.

Procedimentos mínimos a serem executados pelos auditores independentes


44. De forma a orientar os auditores independentes na execução dos trabalhos e emissão dos
seus relatórios de acordo com a NBC TO 3000, este comunicado apresenta a seguir a
descrição das orientações mínimas requeridas para asseguração limitada, as quais não são
exaustivas, cabendo ao auditor exercer seu julgamento profissional para determinar a
necessidade de executar procedimentos adicionais.

Obtenção de evidência – Consideração de riscos e respostas aos riscos

45. Com base no seu entendimento, o auditor independente deve:

a) obter entendimento sobre os processos relevantes para a preparação das informações;


b) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante nas informações contidas no Relato
Integrado e que serão objeto de asseguração; e
c) planejar e executar procedimentos para responder aos riscos avaliados e para obter
segurança limitada que dê suporte à sua conclusão.

OBJETO

46. O auditor deve assegurar as informações quantitativas e qualitativas e não financeiras de


natureza social, ambiental e de governança, denominadas neste CT como informações não
financeiras contidas no Relato Integrado.

CRITÉRIOS DE ASSEGURAÇÃO

47. Embora não exista apenas uma estrutura conceitual ou norma que regule a elaboração de
informações constantes no Relato Integrado ou que possa ser considerada a “melhor”
alternativa para as entidades, na prática, observa-se que as entidades têm utilizado a
estrutura da Global Reporting Initiative Standards (GRI – Standards), que contém as diretrizes
para a elaboração de relatórios de sustentabilidade. Por esse motivo, o modelo apresentado
no anexo considera a utilização desse framework, bem como da estrutura conceitual OCPC
09, como critérios aplicados. Contudo, nada impede que a entidade adote outros
(frameworks) critérios que melhor atenda às suas necessidades, considerando o seu nível de
maturidade à frente dos temas relacionados, desde que seja um critério adequado e aceitável
nos termos da NBC TO 3000.

48. A divulgação, pela entidade, dos critérios utilizados na elaboração dessas informações,
incluindo a estrutura conceitual utilizada (OCPC 09) é informação relevante que deve constar
no Relato Integrado e nas informações submetidas à análise dos auditores independentes.

PROCEDIMENTOS MÍNIMOS

49. Embora o uso de afirmações não seja exigido pela NBC TO 3000, as afirmações são uma
maneira pela qual o auditor pode considerar os potenciais tipos de distorções que podem
ocorrer. Assim, o auditor independente deve efetuar procedimentos de asseguração para
cobrir as seguintes afirmações:

a) Existência ou ocorrência – as informações existem ou ocorreram na data de reporte do


relatório de asseguração. Exemplo: falsas alegações de informações, como um
investimento comunitário ou uma limpeza ambiental reportados de uma entidade, não
ocorreram de fato, ou foi feito por outra parte, mas sendo falsamente alegado como sendo
da própria entidade;
b) Precisão – as informações estão registradas e avaliadas de acordo com os critérios
estabelecidos. Exemplo: registro de informações no período incorreto, como registro da
água de uma entidade usada no período anterior ou posterior ao período em que a água foi
realmente usada ou imprecisões nas informações decorrentes de dispositivos de medição
calibrados incorretamente, transposição ou outros erros no registro de medições, ou uso
de fatores de conversão inadequados;
c) Classificação – as informações estão classificadas corretamente de acordo com os
critérios estabelecidos. Exemplo: informações classificadas incorretamente, em que a
entidade classifica contratantes sazonais mulheres como empregadas efetivas em tempo
integral, o que resulta em relatórios errôneos sobre a representação de gênero em seu
quadro geral de empregados efetivos;
d) Integridade – as informações são verdadeiras e não existem critérios que não tenham sido
apropriadamente registrados e considerados. Exemplo: omissão de informações em que
uma empresa reporta sobre seu programa de recuperação de solos para três de seus
locais de mineração, mas permanece em silêncio sobre dois locais onde ocorreu
degradação significativa e onde não há planos para recuperar o solo; e
e) Apresentação e divulgação – as informações estão apresentadas e divulgadas
corretamente de acordo com os critérios estabelecidos. Exemplo: representação enganosa
ou pouco clara de informações quando a entidade dá destaque indevido a informações
'favoráveis' usando texto e imagens grandes, em negrito ou de cores vivas, ou outras
maneiras de enfatizar a apresentação, mas apresenta informações ‘desfavoráveis’ de
forma menos visível, por exemplo, usando uma fonte pequena ou de cor clara e um texto
menos extenso.

50. Como mencionado ao longo deste CT, o auditor deve assegurar as informações não
financeiras relacionadas com meio ambiente, social e de governança, por meio da aplicação
mínima dos seguintes principais procedimentos:

Planejamento

• Planejamento dos trabalhos, considerando a relevância, o volume de informações


quantitativas e qualitativas e os sistemas operacionais e de controles internos que
servirão de base para a elaboração das informações constantes no Relato Integrado
20X1.

o Avaliação da adequação dos critérios, conforme requisitos definidos nos itens


41 a 43 da NBC TO 3000.
o Entrevistas com os responsáveis das unidades em escopo para entendimento
do processo de gestão das informações e controles internos de cada uma das
áreas responsáveis por informações que serão objeto de asseguração,
incluindo a avaliação e cumprimento de metas e compromissos assumidos.
o Entendimento da metodologia e das premissas de cálculos e dos procedimentos
para a compilação dos indicadores.
o Avaliação da materialidade de acordo com os critérios definidos nos itens 27 a
32 acima, para definição dos indicadores e narrativas que serão objeto dos
procedimentos de asseguração.
o Definição das unidades/operações que farão parte do escopo de asseguração.

Execução e finalização

• Avaliação quanto à metodologia e às premissas de cálculo da Entidade para


desenvolver estimativas são apropriadas e se foram aplicadas de forma consistente.

• Aplicação de procedimentos analíticos de comparação de indicadores esperados com


os efetivos, obtendo explicação da administração para quaisquer diferenças
significativas identificadas.

• Pesquisa, em fontes de informação públicas, referentes a temas socioambientais que


possam afetar ou contradizer as informações divulgadas pela administração.

• Para as divulgações materiais em que o auditor tenha selecionado no uso do seu


julgamento profissional, o auditor deve obter as informações necessárias, a serem
usadas como evidências.

• Análise da aderência do objeto aos normativos aplicáveis e aos princípios de reporte


determinados pela OCPC 09.

• No que se refere às informações financeiras mencionadas no Relato Integrado,


confrontá-las com as informações constantes nas demonstrações financeiras da
Entidade, elaboradas conforme padrões específicos (i.e. CPC, IFRS, US GAAP, Cosif,
etc.), bem como com informações públicas disponíveis sobre a administração (i.e.,
fatos relevantes, atas de reuniões, notícias comprovadas veiculadas na mídia, etc.).

• Consideração sobre a apresentação e divulgação das informações não financeiras no


Relato Integrado.

• Discussão com a administração sobre as eventuais distorções relevantes identificadas


e impactos no relatório do auditor.

51. Conforme destacado no item 35 acima, o auditor poderá fazer uso de trabalhos de
especialistas, sempre que julgar necessário, e realizar a avaliação do trabalho do especialista
para que possa concluir sobre sua adequação no contexto da asseguração limitada.

52. O auditor deve, com base em seu julgamento profissional, determinar e realizar os
procedimentos de asseguração, o que pode incluir, dentre outros procedimentos, a seleção
de uma amostragem para obter evidências suficiente para responder aos riscos identificados.
As decisões sobre quais procedimentos realizar e sua época e extensão dependem da
capacidade de persuasão da evidência obtida ao reduzir o risco de trabalho para o nível que é
aceitável nas circunstâncias específicas do trabalho. Essas decisões requerem o exercício de
ceticismo e julgamento profissional.
53. Na prática, o processo de coleta de evidências é interativo e as considerações de risco
podem ser revisadas conforme novas informações surjam ao longo do trabalho de
asseguração. Uma vez que o auditor tenha determinado quais evidências ele precisa, ele
pode considerar as fontes de evidência disponíveis e como as características da fonte afetam
a capacidade de persuasão da evidência e a natureza dos procedimentos de asseguração
que podem ser realizados.
54. Se a entidade não corrigir algumas ou todas as distorções identificadas, o auditor pode
precisar levar em consideração se as distorções acumuladas são materiais, individualmente
ou em combinação com outras.

ABORDAGEM DAS INFORMAÇÕES QUALITATIVAS

55. Uma série de desafios também pode surgir no contexto da obtenção de evidências para
informações qualitativas porque pode ser difícil para o processo da entidade preparar as
informações do Relato Integrado e disponibilizar evidências suficientes ao auditor sobre essas
informações.

56. Embora o processo para preparar as informações reportadas e, quando aplicável, os


controles relacionados, possam ser suficientes para fornecer ao preparador uma base
razoável para as informações, pode não ser suficiente para fornecer ao auditor as evidências
necessárias para apoiar sua conclusão. Isso pode ter implicações quanto aos procedimentos
planejados do auditor, sua capacidade de obter as evidências necessárias sobre as
informações qualitativas e para sua conclusão de asseguração.

57. Essas informações não numéricas podem, por exemplo, ser informações narrativas,
descrições, categorizações ou classificações. As informações para alguns aspectos do
assunto podem ser expressas principalmente em termos qualitativos, em vez de em termos
quantificados. Mesmo quando um aspecto for expresso principalmente em termos
quantitativos, outras partes das informações relacionadas a esse aspecto (como divulgações
relacionadas) podem ser expressas em termos qualitativos. Por exemplo, a estrutura de
governança de uma entidade, modelo de negócios, metas ou objetivos estratégicos podem
ser descritos em termos qualitativos, embora também possa haver algumas divulgações
quantitativas de apoio.

58. O auditor pode, adicionalmente, obter evidências em relação às informações qualitativas


apresentadas no Relato Integrado por meio de fontes internas ou externas, como, por
exemplo, divulgações de fatos relevantes e comunicados ao mercado no site de
relacionamento com investidores da entidade, divulgações de dados do setor em que a
entidade atua por órgãos independentes, notícias veiculadas em mídias tradicionais, entre
outras fontes de informação.

INCERTEZAS E ESTIMATIVAS

59. O Relato Integrado pode abordar temas que envolvam incertezas e estimativas e
mensurações quantitativas e qualitativas, exigindo divulgações relacionadas e estabelecendo
um princípio de neutralidade a ser aplicado ao fazer tais julgamentos para combater a
suscetibilidade inerentemente maior ao risco de tendenciosidade do preparador.
60. O auditor deve avaliar os temas relevantes que envolvam incertezas e estimativas e mitigar o
risco de suscetibilidade inerentemente ao risco de tendenciosidade do preparador e
estabelecer divulgação adequada e princípios de neutralidade ao relatório.

61. O auditor deve avaliar a competência e a responsabilidade da administração para a


elaboração de tais estimativas. Portanto, é importante que o auditor faça o entendimento das
áreas envolvidas no processo de elaboração e quem são os responsáveis internos ou
externos pela elaboração da informação a ser divulgada.

62. Se for necessário, conforme mencionado anteriormente, o auditor pode envolver especialistas
na avaliação de cálculos complexos que envolvam essas incertezas e estimativas.

63. De acordo com o item 73 da NBC TO 3000, quando o auditor considerar necessário chamar
atenção para algum assunto específico, ele deve avaliar a necessidade de inclusão de um
parágrafo de ênfase ou outros assuntos, conforme aplicável.

LIMITAÇÕES INERENTES

64. O auditor deve avaliar a inclusão de limitações inerentes que sejam bem compreendidas
pelos usuários do relatório de asseguração. Também, pode ser apropriado fazer referência
explícita a elas no relatório, com base no item A166 da NBC TO 3000. Por exemplo, informar
que os dados não financeiros estão sujeitos a mais limitações inerentes do que os dados
financeiros, dada a natureza e a diversidade dos métodos utilizados para determinar, calcular
ou estimar esses dados.

65. No relatório, é recomendado mencionar que as interpretações qualitativas de materialidade,


relevância e precisão dos dados estão sujeitos a pressupostos individuais e a julgamentos,
devido à diversidade dos dados e métodos de mensuração e compilação (vide exemplo no
modelo de relatório presente no anexo deste CT).

OUTRAS COMUNICAÇÕES

66. O auditor deve considerar se, em conformidade com os termos da contratação e outras
circunstâncias do trabalho, algum assunto que chegou ao seu conhecimento deve ser
comunicado às partes responsáveis, incluindo eventuais exceções identificadas como
resultado dos procedimentos executados durante o processo de asseguração.

FORMAÇÃO DA CONCLUSÃO DOS AUDITORES INDEPENDENTES

67. O auditor independente deve expressar conclusão sem modificação quando ele concluir que,
no caso de asseguração limitada, com base nos procedimentos executados e nas evidências
obtidas, nenhum assunto chegou ao seu conhecimento que o leve a acreditar que a
informação do objeto não foi elaborada, em todos os aspectos relevantes, de acordo com os
critérios aplicáveis.

68. O auditor independente deve expressar uma conclusão com modificação nas seguintes
circunstâncias, quando no seu julgamento profissional:
a) existir uma limitação no alcance e o efeito desse assunto seja relevante. Em tais casos, o
auditor deve expressar uma conclusão com ressalva se os possíveis efeitos forem
relevantes ou se abster de apresentar uma conclusão se os possíveis efeitos forem
relevantes e generalizados; ou
b) a informação do objeto estiver distorcida de forma relevante. Em tais casos, o auditor deve
expressar uma conclusão com ressalvas se os efeitos forem relevantes ou uma conclusão
adversa, se os efeitos forem relevantes e generalizados.

69. Com o objetivo de manter a consistência por parte dos auditores independentes na emissão
dos relatórios, este comunicado contém modelo de relatório de asseguração limitada dos
auditores independentes sem modificação, que deverá ser adaptado às circunstâncias, como
descrito nos itens 66 e 67 deste Comunicado Técnico. O exemplo de relatório é apenas uma
orientação e não contempla eventuais modificações que possam ser necessárias em
circunstâncias específicas, nos termos previstos na NBC TO 3000.
ANEXO – MODELO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO LIMITADA

70. Em que pese o presente comunicado enfatizar determinadas questões referentes a Relato
Integrado, ele deve ser utilizado e adaptado para outros tipos de trabalhos de asseguração
relacionados a diversos tipos de relatórios (por exemplo, relatórios de atividades, de
sustentabilidade, de emissões de GEE, etc.), revogando assim o CTO 01, que tratava da
execução de trabalhos e emissão de relatórios de asseguração relacionados com
sustentabilidade e responsabilidade social.

VIGÊNCIA

71. Este comunicado entra em vigor na data de sua publicação e revoga o CTO 01, publicado no
DOU, Seção 1, de 25/9/2012.

Brasília, 7 de abril de 2022.

Contador Aécio Prado Dantas Júnior


Presidente

Ata CFC n.º 1.085.


APÊNDICE I – MODELO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO LIMITADA SOBRE AS
INFORMAÇÕES NÃO FINANCEIRAS CONSTANTES NO RELATO INTEGRADO

Relatório de asseguração limitada dos auditores independentes sobre as informações não


financeiras constantes no Relato Integrado
[Destinatário apropriado]

Introdução

Fomos contratados pela [Nome da Entidade] para apresentar nosso relatório de asseguração
limitada sobre as informações não financeiras constantes no “Relato Integrado 20X1” da [Nome da
Entidade], relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 20X1.

Nossa asseguração limitada não se estende a informações de períodos anteriores ou a qualquer


outra informação divulgada em conjunto com o Relato Integrado, incluindo quaisquer imagens,
arquivos de áudio ou vídeos incorporados.

Responsabilidades da administração da [Nome da Entidade]

A administração da [Nome da Entidade] é responsável por:


• selecionar e estabelecer critérios adequados para a elaboração das informações
constantes no Relato Integrado;
• preparar as informações de acordo com os critérios e diretrizes da Global Reporting
Initiative (GRI – Standards) (e/ou outro framework definido pela administração) e da Orientação
CPC 09 – Relato Integrado, correlatas com a Estrutura Conceitual Básica do Relato Integrado,
elaborada pelo International Integrated Reporting Council (IIRC);
• desenhar, implementar e manter controle interno sobre as informações relevantes para a
preparação das informações constantes no Relato Integrado, que estão livres de distorção
relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é expressar conclusão sobre as informações não financeiras constantes


no Relato Integrado 20X1, com base nos trabalhos de asseguração limitada conduzidos de acordo
com o Comunicado Técnico CTO XX – XXXXX emitido pelo CFC, e com base na NBC TO 3000 –
Trabalhos de Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão, também emitida pelo CFC, que é
equivalente à norma internacional ISAE 3000 – Assurance engagements other than audits or
reviews of historical financial information, emitida pelo International Auditing and Assurance
Standards Board (IAASB). Essas normas requerem o cumprimento pelo auditor de exigências
éticas, independência e demais responsabilidades referentes a ela, inclusive quanto à aplicação
da Norma Brasileira de Controle de Qualidade (NBC PA 01) e, portanto, a manutenção de sistema
de controle de qualidade abrangente, incluindo políticas documentadas e procedimentos sobre o
cumprimento de requerimentos éticos, normas profissionais e requerimentos legais e regulatórios
aplicáveis.

Adicionalmente, as referidas normas requerem que o trabalho seja planejado e executado com o
objetivo de obter segurança limitada de que as informações não financeiras constantes no Relato
Integrado 20X1, tomadas em conjunto, estão livres de distorções relevantes.

Um trabalho de asseguração limitada conduzido de acordo com a NBC TO 3000 (ISAE 3000)
consiste principalmente de indagações à administração da [Nome da Entidade] e outros
profissionais da [Nome da Entidade] que estão envolvidos na elaboração das informações, assim
como pela aplicação de procedimentos analíticos para obter evidências que nos possibilitem
concluir, na forma de asseguração limitada, sobre as informações tomadas em conjunto. Um
trabalho de asseguração limitada requer, também, a execução de procedimentos adicionais,
quando o auditor independente toma conhecimento de assuntos que o levem a acreditar que as
informações divulgadas no Relato Integrado, tomadas em conjunto, podem apresentar distorções
relevantes.

Os procedimentos selecionados basearam-se na nossa compreensão dos aspectos relativos à


compilação, materialidade e apresentação das informações contidas no Relato Integrado 20X1, de
outras circunstâncias do trabalho e da nossa consideração sobre áreas e sobre os processos
associados às informações materiais divulgadas no Relato Integrado 20X1, em que distorções
relevantes poderiam existir. Os procedimentos compreenderam, entre outros:

(a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância, o volume de informações


quantitativas e qualitativas e os sistemas operacionais e de controles internos que serviram
de base para a elaboração das informações constantes no Relato Integrado 20X1;
(b) o entendimento da metodologia de cálculos e dos procedimentos para a compilação dos
indicadores por meio de indagações com os gestores responsáveis pela elaboração das
informações;
(c) a aplicação de procedimentos analíticos sobre as informações quantitativas e indagações
sobre as informações qualitativas e sua correlação com os indicadores divulgados nas
informações constantes no Relato Integrado 20X1; e
(d) para os casos em que os dados não financeiros se correlacionem com indicadores de natureza
financeira, o confronto desses indicadores com as demonstrações contábeis e/ou registros
contábeis.

Os trabalhos de asseguração limitada compreenderam, também, a aderência às diretrizes e aos


critérios da estrutura de elaboração GRI – Standards aplicável na elaboração das informações
constantes do Relato Integrado 20X1.

Acreditamos que a evidência obtida em nosso trabalho é suficiente e apropriada para fundamentar
nossa conclusão na forma limitada.

Alcance e limitações

Os procedimentos executados em trabalho de asseguração limitada variam em termos de


natureza e época e são menores em extensão do que em trabalho de asseguração razoável.
Consequentemente, o nível de segurança obtido em trabalho de asseguração limitada é
substancialmente menor do que aquele que seria obtido, se tivesse sido executado um trabalho
de asseguração razoável. Caso tivéssemos executado um trabalho de asseguração razoável,
poderíamos ter identificado outros assuntos e eventuais distorções que podem existir nas
informações constantes no Relato Integrado 20X1. Dessa forma, não expressamos uma opinião
sobre essas informações.

Os dados não financeiros estão sujeitos a mais limitações inerentes do que os dados financeiros,
dada a natureza e a diversidade dos métodos utilizados para determinar, calcular ou estimar
esses dados. Interpretações qualitativas de materialidade, relevância e precisão dos dados estão
sujeitos a pressupostos individuais e a julgamentos. Adicionalmente, não realizamos qualquer
trabalho em dados informados para os períodos anteriores, nem em relação a projeções futuras e
metas.

A preparação e apresentação de indicadores de sustentabilidade seguiu os critérios da GRI –


Standards e, portanto, não possuem o objetivo de assegurar o cumprimento de leis e regulações
sociais, econômicas, ambientais ou de engenharia. Os referidos padrões preveem, entretanto, a
apresentação e divulgação de eventuais descumprimentos a tais regulamentações quando da
ocorrência de sanções ou multas significativas. Nosso relatório de asseguração deve ser lido e
compreendido nesse contexto, inerente aos critérios selecionados (GRI – Standards).

Conclusão

Com base nos procedimentos realizados, descritos neste relatório e nas evidências obtidas, nada
chegou ao nosso conhecimento que nos leve a acreditar que as informações não financeiras
constantes no Relato Integrado para o exercício findo em 31 de dezembro de 20X1 da [Nome da
Entidade], não foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com os critérios e
diretrizes da Global Reporting Initiative – GRI (GRI –Standards) (e/ou do framework escolhido pela
administração) e da Orientação CPC 09 – Relato Integrado.

[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]

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