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407/12
RESOLVE:
Art. 2º No CTR 01, aprovado pela Resolução CFC n.º 1.345/11, substituir
“de acordo as” por “de forma consistente com as” no texto do título Demonstrações do valor
adicionado dos Anexos I e II. (Revogado pelo CTR 01 (R1), de 8/8/2019)
Índice Item
OBJETIVO 1
INTRODUÇÃO E CONTEXTO PARA EMISSÃO DESTE COMUNICADO 2–6
CONCEITOS-CHAVE, ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO 7 – 16
DAS INFORMAÇÕES E TIPO DE INFORMAÇÃO APRESENTADA
Sustentabilidade 7–9
Balanço social 10 – 12
Demonstração de informações de natureza social e ambiental 13
Informações de natureza social, ambiental e de responsabilidade social 14
apresentadas nessa demonstração, em balanços sociais ou nos relatórios de
sustentabilidade
Principais estruturas conceituais (frameworks) e critérios observados na elaboração 15 – 16
das informações sobre sustentabilidade e responsabilidade social
ENTENDIMENTO 17 – 20
Tipo de trabalho requerido pelo mercado e estrutura conceitual para trabalhos de 17 – 20
asseguração
NBC TO 3000 – TRABALHO DE ASSEGURAÇÃO DIFERENTE DE 21 – 33
AUDITORIA E REVISÃO
Requisitos éticos (independência) e controle de qualidade 21 – 23
Aceitação ou continuidade de relacionamento ou do trabalho e os termos de sua 24 – 26
contratação
Contratação de outro auditor independente para execução dos trabalhos de 27 – 28
asseguração sobre as informações relacionadas com sustentabilidade e
responsabilidade social
Planejamento e execução do trabalho sobre as informações relacionadas com 29
sustentabilidade e responsabilidade social e tipo de asseguração fornecida
Relevância (ou materialidade) 30
Uso de especialista 31
Documentação 32 – 33
RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO RELACIONADO COM AS INFORMAÇÕES 34 – 40
SOBRE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL
Conteúdo do relatório 34 – 37
Conclusão do relatório de asseguração limitada 38
Conclusão com ressalva, adversa ou abstenção de conclusão 39 – 40
Anexo I – Principais estruturas conceituais (frameworks) e critérios utilizados na
elaboração de informações sobre sustentabilidade e responsabilidade social
Anexo II – Exemplo de relatório de asseguração limitada
Objetivo
1. Este Comunicado Técnico tem por objetivo orientar os auditores independentes sobre a
execução de trabalhos e a emissão de relatórios de asseguração sobre informações
relacionadas com sustentabilidade e responsabilidade social, objetivando prover alinhamento
e uniformidade na aplicação dos procedimentos de revisão e na emissão dos relatórios de
asseguração sobre esses temas divulgados no Balanço Social, Demonstração de Informações
de Natureza Social e Ambiental, Relatório de Sustentabilidade ou em outras partes do
Relatório Anual da Administração.
3. Como se trata de tema em desenvolvimento, alguns países, como, por exemplo, a Alemanha e
a Holanda, possuem normas específicas para esses tipos de trabalho. Por sua vez, a Federação
dos Peritos Contábeis Europeus (*) (Fédération des Experts Comptables Européens – FEE)
estudou o assunto e emitiu um extenso documento resumindo as práticas que vêm sendo
seguidas em quatro países europeus (Suécia, França, Holanda e Alemanha).
(*) A Federação dos Peritos Contábeis Europeus (Fédération des Experts Comptables Européens – FEE) é a
organização representativa da profissão de contador na Europa. Entre os associados da FEE, contam-se 44
institutos profissionais de Contabilidade, referentes a 32 países. Os órgãos membros da FEE representam mais de
500.000 contadores na Europa.
4. Nesse documento, a FEE conclui que precisa ser emitida uma norma específica para tratar de
trabalhos dos auditores independentes e emissão de relatórios de asseguração sobre os temas
de sustentabilidade, uma vez que atualmente os auditores independentes têm utilizado a
norma internacional ISAE 3000 Assurance Engagements Other than Audits or Reviews of
Historical Financial Information (A NBC T0 3000 – Trabalho de Asseguração Diferente de
Auditoria e Revisão, emitida pelo CFC, é a norma equivalente ao ISAE 3000 do IAASB da
IFAC), mas que, considerando a complexidade do tema, essa norma não endereça
completamente todas as peculiaridades e, assim, deveria ser editada norma específica pelo
IAASB da IFAC.
6. Eliminado.
Balanço social
10. Balanço social é o nome dado à divulgação do conjunto de informações e de indicadores dos
investimentos e das ações realizadas pelas entidades no cumprimento de sua função social,
informações essas dirigidas aos seus empregados, investidores, analistas de mercado, governo
e às comunidades com quem interagem, direta ou indiretamente.
11. É considerado, também, um instrumento de demonstração das atividades das entidades, que
tem por finalidade conferir maior transparência e visibilidade às informações que interessam
não apenas aos sócios e acionistas das entidades, mas também a um número maior de
interessados (stakeholders), formado pelos empregados, fornecedores, investidores, parceiros,
financiadores, consumidores e comunidade em geral.
13. Essa demonstração, não obrigatória, foi instituída no Brasil pelo CFC, por intermédio da
NBC T 15, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2006. Quando apresentada, ela deve ser
considerada como informação suplementar às demonstrações contábeis e não deve se
confundir com as notas explicativas às demonstrações contábeis. A referida NBC T 15
estabelece quais são as informações que devem ser incluídas nessa demonstração.
16. Dessa forma, a divulgação, pela entidade, dos critérios utilizados na elaboração dessas
informações, incluindo a estrutura conceitual utilizada é informação relevante que deve
constar das informações submetidas à análise dos auditores independentes. Assim, estão
apresentados no Anexo I deste Comunicado algumas das principais estruturas conceituais
(frameworks) e critérios aceitos na elaboração das informações relacionados com o tema.
Entendimento
Tipo de trabalho requerido pelo mercado e estrutura conceitual para trabalhos de
asseguração
19. Essa estrutura define dois tipos de trabalho de asseguração. O primeiro, como trabalho de
asseguração razoável, permite que o auditor independente emita uma opinião (como, por
exemplo: Em nossa opinião, os controles internos são eficazes, em todos os seus aspectos
relevantes, de acordo com os critérios XYZ; e o segundo, de natureza limitada, conhecido
como trabalho de asseguração limitada, permite que o auditor emita uma conclusão na forma
negativa, do tipo Com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que
nos leve a acreditar que os controles internos não são eficazes, em todos os seus aspectos
relevantes, de acordo com os critérios XYZ.
20. Os trabalhos de asseguração podem envolver informações históricas, como no caso das
demonstrações contábeis, em que normalmente se utilizam os termos auditoria ou revisão, e
observam-se as NBCs TA ou NBCs TR, conforme seja o tipo de segurança fornecido pelo
auditor, ou informações não históricas em que se utilizam as normas NBCs TO. No caso
específico de Informações sobre Sustentabilidade e Responsabilidade Social, enquanto não
houver norma específica, deve ser utilizada a NBC TO 3000, cujos principais aspectos estão a
seguir descritos.
21. Este Comunicado tem como objetivo estabelecer os requisitos e procedimentos essenciais,
além de fornecer orientação aos auditores independentes, para a realização de trabalhos de
asseguração sobre informações não históricas, trabalhos esses que estão sujeitos ao
cumprimento dos requisitos éticos de independência e ao necessário controle de qualidade
sobre o trabalho e relatório a ser emitido.
22. Na oportunidade em que a NBC TO 3000 foi originalmente emitida pelo CFC ainda não
existia a NBC PA 291, que trata da independência do auditor em outros trabalhos de
asseguração. Portanto, a NBC TO 3000 está dividida em duas partes. A primeira parte (Parte
A) trata da norma técnica propriamente dita, enquanto que a Parte B (que não existe na norma
ISAE 3000) trata dos aspectos de independência, que ora estão contidos na NBC PA 291, que
tem por base a Seção 291 do Código de Ética do Contador do IESBA da IFAC e que,
portanto, deve ser integralmente observado em trabalhos dessa natureza.
23. O auditor independente, para poder executar trabalho de asseguração sobre as informações
que tratam de sustentabilidade e responsabilidade social, deve possuir um controle de
qualidade apropriado. Em conformidade com a NBC PA 01(*) do CFC, esse controle de
qualidade deve incluir políticas e procedimentos que tratam dos seguintes elementos:
• responsabilidades da liderança pela qualidade na firma;
• exigências éticas relevantes;
• aceitação e continuidade do relacionamento com clientes e de trabalhos específicos;
• recursos humanos;
• execução do trabalho; e
• monitoramento da qualidade.
(*) O CFC disponibilizou em seu website um guia prático contendo orientações para implantação de políticas
e procedimentos de controle interno requeridos pela NBC PA 01.
Aceitação ou continuidade de relacionamento ou do trabalho e os termos de sua contratação
24. Conforme itens 7 a 9 da NBC TO 3000, o auditor independente somente deve aceitar (ou
manter, se for o caso) o trabalho de asseguração dessa natureza se o seu objeto for de
responsabilidade de uma parte que não sejam os usuários previstos e nem o próprio auditor, e
se nada indicar ao auditor que ele ou as pessoas que executarão o trabalho (equipe) não
possuam a competência técnica necessária ou não possam cumprir com as exigências éticas de
independência. Adicionalmente, o trabalho deve apresentar:
(a) objeto apropriado;
(b) critérios adequados e disponíveis aos usuários previstos;
(c) acesso irrestrito, apropriado e suficiente do auditor independente às evidências que
respaldarão sua conclusão;
(d) possibilidade de o auditor independente apresentar uma conclusão por escrito; e
(e) possibilidade de o auditor independente se convencer de que há um propósito apropriado
para o trabalho. Se houver limitação relevante na extensão de seu trabalho,
provavelmente o trabalho não terá um propósito apropriado.
25. Dessa forma, essas condições devem ser consideradas nos termos da contratação, por meio de
contrato, carta de contratação ou outra forma que evidencie as condições estabelecidas e as
responsabilidades de cada parte envolvida na contratação do trabalho. Nesse tocante, é
importante destacar, em particular, a identificação do objeto do trabalho e dos critérios a
serem utilizados na elaboração e divulgação das Informações sobre Sustentabilidade e
Responsabilidade Social, que será base para a conclusão do auditor.
26. Esses critérios, que levam em consideração a Estrutura Conceitual selecionada (ver Anexo I),
devem ser adequados para permitir uma adequada mensuração do objeto, com vistas a atender
às características apresentadas no item 19 da NBC TO 3000.
Contratação de outro auditor independente para execução dos trabalhos de asseguração sobre
as informações relacionadas com sustentabilidade e responsabilidade social
27. Em princípio, não existe qualquer restrição e, dessa forma, a entidade pode contratar
diferentes auditores independentes para analisar suas demonstrações contábeis e suas
informações sobre sustentabilidade e responsabilidade social. Todavia, o auditor que for
contratado nessa circunstância para efetuar um trabalho isolado sobre essas informações a
respeito de sustentabilidade e responsabilidade social deve levar em consideração que ele não
possui o mesmo nível de conhecimento de como a entidade opera, do seu ambiente de
controle interno e dos sistemas de controle interno que geram as informações sobre as quais
ele emitirá seu relatório de asseguração.
28. Assim, o auditor independente, contratado de forma isolada, deve aplicar procedimentos
adicionais em relação ao auditor independente das demonstrações contábeis que possui maior
conhecimento e aplicou a NBC TA 315 para identificar e avaliar os riscos de distorção
relevante nas demonstrações contábeis por meio do entendimento da entidade e seu ambiente
de controle interno.
30. Conforme mencionado no item 23 da NBC TO 3000, o auditor independente deve considerar
a relevância para determinar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de obtenção
de evidências e na avaliação se as informações sobre o objeto não contêm imprecisões.
Assim, o auditor independente deve entender o que é relevante, principalmente para os
usuários das informações sobre sustentabilidade e responsabilidade social para estabelecer e
documentar o raciocínio utilizado para determinar o nível quantitativo da materialidade (se for
o caso) e os seus fatores qualitativos.
Uso de especialista
Documentação
32. Os trabalhos sobre essas informações têm como objetivo assegurar os dados quantitativos e
qualitativos. Portanto, devem obedecer à mesma conceituação e requerimentos de
documentação observados na auditoria ou revisão de demonstrações contábeis. A
documentação deve capacitar a reexecução dos procedimentos e o entendimento sobre a
adequação e a definição de amostras para os testes executados, bem como o necessário
controle de qualidade sobre o trabalho efetuado.
33. Esses aspectos acima destacados nos itens 29 a 32, assim como a avaliação da adequação do
objeto e dos critérios, preliminarmente analisados e avaliados na aceitação do trabalho, devem
ser reavaliados e monitorados de forma permanente ao longo do trabalho (desde o
planejamento até a conclusão final). Assim, o auditor deve considerar integralmente a NBC
TO 3000, cujos principais aspectos estão sumariados na tabela a seguir:
34. A NBC TO 3000 não requer que os relatórios de trabalhos de asseguração tenham formato-
padrão. Em vez disso, ela identifica, no seu item 49, os elementos básicos que o relatório de
asseguração deve incluir, a saber:
(a) título que indique claramente que se trata de relatório de asseguração emitido por auditor
independente e que ajude diferenciá-lo de relatórios emitidos por outros profissionais;
(b) destinatário, identificando a parte ou as partes a quem o relatório de asseguração é
dirigido;
(c) identificação do objeto e descrição das informações sobre esse objeto, incluindo, por
exemplo: (i) data-base ou período a que a avaliação ou a mensuração se refere; (ii) nome
da entidade à qual o objeto se refere; e (iii) explicação das características do objeto ou das
informações sobre esse objeto. Por exemplo:
• grau com que as informações do objeto são quantitativa ou qualitativa, objetiva ou
subjetiva e histórica ou prospectiva;
• mudanças no objeto ou outras circunstâncias do trabalho que afetam a
comparabilidade das informações de um período para outro;
(d) identificação dos critérios. O relatório de asseguração pode incluir os critérios ou referir-
se a eles, caso façam parte da afirmação ou das informações elaboradas pela parte
responsável;
(e) quando apropriado, apresentação de qualquer limitação inerente que seja significativa;
(f) quando os critérios utilizados para avaliar ou medir o objeto são disponibilizados somente
aos usuários previstos específicos ou são relevantes apenas para uma finalidade
específica, inclusão de declaração restringindo o uso do relatório de asseguração a esses
usuários ou para essa finalidade;
(g) declaração, identificando a parte responsável e suas responsabilidades, e as
responsabilidades do auditor independente, ficando claro aos usuários a responsabilidade
de cada parte;
(h) declaração de que o trabalho foi realizado de acordo com a NBC TO 3000;
(i) resumo do trabalho realizado, principalmente nos trabalhos de asseguração limitada, pois
esse resumo ajuda aos usuários previstos entenderem a natureza da segurança
proporcionada pelo relatório de asseguração;
(j) conclusão do auditor independente;
(k) data do relatório de asseguração. Essa data torna implícito que o auditor independente
considerou os efeitos de eventos ocorridos sobre as informações relativas ao objeto até
essa data;
(l) nome da firma e do auditor independente responsável técnico, os números de seus
respectivos registros profissionais e o local de emissão do relatório.
35. Embora o relatório possa ser na forma curta ou na forma longa, a experiência tem indicado a
preferência pela forma curta. Os relatórios em forma curta costumam incluir apenas os
elementos básicos, enquanto na forma longa podem descrever em detalhe os termos do
trabalho, os critérios utilizados, as constatações em relação a aspectos particulares do trabalho
e, em alguns casos, as recomendações. O exemplo apresentado no Anexo II é de relatório na
forma curta.
36. Outro aspecto que está sendo considerado na apresentação do exemplo de relatório neste
Comunicado é o fato de que, conforme já mencionado anteriormente, a NBC TO 3000 não
apresenta modelos de redação de relatório e, dessa forma, está-se incorporando no exemplo
apresentado os progressos verificados na Norma ISAE 3420 da IFAC, que no Brasil encontra-
se em fase de emissão pelo CFC como NBC TO 3420.
37. Nesse sentido, a conclusão do relatório fornece asseguração sobre a compilação das
informações no contexto de uma estrutura em conformidade com os critérios estabelecidos e
divulgados pela parte responsável.
38. A conclusão pode ser na forma direta ou indireta. Na forma indireta, a avaliação ou a
mensuração do objeto é realizada pela própria parte responsável e o auditor independente
conclui quanto às afirmações feitas pela parte responsável, enquanto que na forma direta, o
auditor faz a avaliação e apresenta sua própria conclusão. O exemplo apresentado no Anexo II
considera apenas o relatório na forma direta.
39. De forma similar aos relatórios sobre informações históricas (demonstrações contábeis), os
relatórios de asseguração sobre informações de sustentabilidade e responsabilidade social
podem ser emitidos com modificação, ou seja, conclusão com ressalva ou adversa e abstenção
de conclusão. Os itens 51 a 53 da NBC TO 3000 apresentam orientações para essas situações,
que são similares às orientações contidas na NBC TA 705.
40. Quando o relatório contiver modificações, ele deve apresentar em um parágrafo específico a
descrição clara de todas as razões que levam o auditor a emitir o relatório com ressalva,
adverso ou com abstenção de conclusão, sob o título: Base para emissão do relatório com
ressalva, adverso ou Base para abstenção de conclusão. O exemplo apresentado no Anexo II
está na forma curta e não apresenta modificações.
ANEXO I
Principais Estruturas Conceituais (Frameworks) e critérios utilizados na elaboração de Informações sobre Sustentabilidade e
Responsabilidade Social
Ao
Conselho de Administração e Acionistas da Cia ABC
São Paulo - SP
Introdução
Fomos contratados pela [identificar parte contratante, por exemplo, a Administração da Cia ABC]
para apresentar nosso relatório de asseguração limitada sobre a compilação das Informações
relacionadas com Sustentabilidade e Responsabilidade Social [ou outra denominação apropriada]
da Cia ABC, relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 20X1.
A administração da Cia ABC é responsável pela elaboração e apresentação de forma adequada das
informações constantes do (colocar a denominação apropriada constante no parágrafo
introdutório) de acordo com os critérios xyz (descrever os critérios ou fazer referência para o local
onde esses critérios estão descritos) e pelos controles internos que ela determinou como necessários
para permitir a elaboração dessas informações livres de distorção relevante, independentemente se
causada por fraude ou erro.
Um trabalho de asseguração limitada conduzido de acordo com a NBC TO 3000 (ISAE 3000)
consiste principalmente de indagações à administração da Companhia e outros profissionais da
Companhia que estão envolvidos na elaboração das informações constantes do (colocar a
denominação apropriada constante no parágrafo introdutório), assim como pela aplicação de
procedimentos analíticos para obter evidência que nos possibilite concluir na forma de asseguração
limitada sobre as informações tomadas em conjunto. Um trabalho de asseguração limitada requer,
também, a execução de procedimentos adicionais, quando o auditor independente toma
conhecimento de assuntos que o leve a acreditar que as informações constantes do (colocar a
denominação apropriada constante no parágrafo introdutório), tomadas em conjunto, podem
apresentar distorções relevantes.
Os procedimentos selecionados basearam-se na nossa compreensão dos aspectos relativos à
compilação e apresentação das informações constantes do (colocar a denominação apropriada
constante no parágrafo introdutório) e de outras circunstâncias do trabalho e da nossa consideração
sobre áreas onde distorções relevantes poderiam existir. Os procedimentos compreenderam:
(d) o confronto dos indicadores de natureza financeira com as demonstrações contábeis e/ou
registros contábeis.
Acreditamos que a evidência obtida em nosso trabalho é suficiente e apropriada para fundamentar
nossa conclusão na forma limitada.
Alcance e limitações
Os dados não financeiros estão sujeitos a mais limitações inerentes do que os dados financeiros,
dada a natureza e a diversidade dos métodos utilizados para determinar, calcular ou estimar esses
dados. Interpretações qualitativas de materialidade, relevância e precisão dos dados estão sujeitos a
pressupostos individuais e a julgamentos. Adicionalmente, não realizamos qualquer trabalho em
dados informados para os períodos anteriores [se aplicável], nem em relação a projeções futuras e
metas.
Conclusão
Com base nos procedimentos realizados, descritos neste relatório, nada chegou ao nosso
conhecimento que nos leve a acreditar que as informações constantes do (colocar a denominação
apropriada constante no parágrafo introdutório) não foram compiladas, em todos os aspectos
relevantes, de acordo com as diretrizes (mencionar a estrutura conceitual aplicável e os critérios
aplicáveis, fazendo referência ao local onde estão descritos).
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador] (Alterado pela Revisão NBC 11)]
[Assinatura do auditor independente]
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE – CTO 02, DE 18 DE MARÇO DE 2016
Sumário Item
OBJETIVO 1
INTRODUÇÃO 2–3
ENTENDIMENTO E ORIENTAÇÃO 4–6
EXIGÊNCIAS ÉTICAS RELEVANTES 7
MODELO DE RELATÓRIO 8
VIGÊNCIA 9
ANEXO I – MODELO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO DO AUDITOR
INDEPENDENTE SOBRE INFORMAÇÕES FINANCEIRAS PRO FORMA
Objetivo
1. Este Comunicado Técnico tem por objetivo orientar os auditores independentes na emissão de
relatórios de asseguração razoável sobre informações financeiras pro forma elaboradas para
cumprimento do Art. 7º da Instrução n.º 565, de 15 de junho de 2015, emitida pela Comissão
de Valores Mobiliários (CVM).
Introdução
2. Em 15 de junho de 2015, a CVM emitiu a Instrução n.º 565, que substitui a Instrução CVM
n.º 320/1999, assim como partes da Instrução CVM n.º 319/1999, que dispõe sobre operações
de fusão, cisão, incorporação e incorporação de ações, envolvendo emissores de valores
mobiliários registrados na categoria A (o registro na categoria A autoriza a negociação de
quaisquer valores mobiliários do emissor em mercados regulamentados de valores
mobiliários).
3. Os artigos 6º, 7º e 10 da Instrução CVM n.º 565 determinam a obrigatoriedade de auditoria
independente, conforme segue:
Entendimento e orientação
“Alcance
1. A presente Norma para Trabalhos de Asseguração (NBC TO) trata dos trabalhos de
asseguração razoável de atestação executados por auditor independente para emitir relatório
sobre a compilação de informações financeiras pro forma incluídas em prospecto pela parte
responsável (esses termos Parte responsável e Auditor independente estão descritos no item
12 da NBC TO 3000). Esta norma é aplicável quando:
esse tipo de relatório é exigido por lei ou pelo regulamento da bolsa de valores ou do órgão
regulador do mercado de capitais; (grifos nossos) ou
a emissão desse tipo de relatório constitui prática geralmente aceita na referida jurisdição
(ver item A1).”
6. De acordo com o Art. 7º da Instrução CVM n.º 565, as informações financeiras pro forma
devem ser elaboradas de acordo com a Lei n.º 6.404, de 1976, e com as normas da CVM. Em
2013, o CFC aprovou o Comunicado CTG 06 – Apresentação de Informações Financeiras Pro
Forma, que trata da apresentação de informações financeiras pro forma. Portanto, o trabalho
de asseguração razoável somente pode ser executado sobre informações financeiras pro forma
elaboradas de acordo com as orientações previstas no CTG 06.
Modelo de relatório
8. Este Comunicado inclui, no Anexo I, modelo de relatório a ser emitido na situação em que
não haja modificações. Se o auditor independente determinar que uma opinião modificada é
apropriada de acordo com a NBC TO 3000, ele deve aplicar os requisitos da NBC TO 3000,
itens 72 a 77, referentes a opiniões modificadas.
Vigência
9. Este Comunicado entra em vigor na data de sua publicação.
Destinatário
As informações financeiras pro forma foram compiladas pela administração da companhia para
ilustrar o impacto do [evento ou transação] apresentado na nota explicativa X sobre o balanço
patrimonial da companhia em [especificar a data] e sua(s) demonstração(ções) do(s) resultado(s)
para o(s) período(s) findo(s) naquela(s) data(s), como se o [evento ou transação] tivesse ocorrido
em [especificar data]. Como parte desse processo, informações sobre a posição patrimonial e
financeira e do desempenho operacional da companhia foram extraídas pela administração da
companhia das demonstrações contábeis da companhia para o(s) período(s) findo(s) em [data],
sobre as quais [especificar se foi emitido algum relatório de auditoria ou de revisão pelo próprio
auditor ou por outro auditor independente, assim como no caso em que não foi emitido nenhum
relatório de auditoria ou revisão]. Explicar, também, se o relatório conteve alguma modificação e
se, em consequência dessa modificação, houve alguma descrição do seu impacto no prospecto.
Conduzimos nosso trabalho de acordo com a NBC TO 3420 – Trabalho de Asseguração sobre a
Compilação de Informações Financeiras Pro Forma Incluídas em Prospecto, emitida pelo Conselho
Federal de Contabilidade, equivalente à norma internacional emitida pela Federação Internacional
de Contadores ISAE 3420. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos
auditores e que os procedimentos de auditoria sejam planejados e executados com o objetivo de
obter segurança razoável de que a administração da companhia compilou, em todos os aspectos
relevantes, as informações financeiras pro forma com base no Comunicado CTG 06.
Para os fins deste trabalho, não somos responsáveis pela atualização ou reemissão de quaisquer
relatórios ou opiniões sobre quaisquer informações financeiras históricas usadas na compilação das
informações financeiras pro forma.
Acreditamos que a evidência obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião sobre
a compilação das informações financeiras pro forma.
Opinião
Em nossa opinião, as informações financeiras pro forma foram compiladas, em todos os aspectos
relevantes, com base no Comunicado CTG 06.
Sumário Item
OBJETIVO 1
INTRODUÇÃO 2–3
ENTENDIMENTO E ORIENTAÇÃO 4 – 13
EXIGÊNCIAS ÉTICAS RELEVANTES 14
ABRANGÊNCIA DAS NORMAS 15 – 18
REPRESENTAÇÕES FORMAIS 19
RELATÓRIOS DE ASSEGURAÇÃO TIPOS 1 E 2 20 – 23
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS 24 – 25
MODELO DE RELATÓRIO 26
DESCRIÇÃO DE PROCEDIMENTOS APLICÁVEIS NOS TRABALHOS 27
VIGÊNCIA
ANEXOS I a IV
Objetivo
1. Este Comunicado Técnico tem por objetivo orientar os auditores independentes na emissão de
relatórios sobre os controles relacionados aos serviços de depósito centralizado, custódia e
escrituração de valores mobiliários e de emissão de certificado de valores mobiliários, para
atendimento aos requerimentos das seguintes Instruções (ICVMs) emitidas pela Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) vigentes a partir de 1º de julho de 2014:
ICVM n.º 541/2013: Dispõe sobre a prestação de serviços de depósito centralizado de
valores mobiliários;
ICVM n.º 542/2013: Dispõe sobre a prestação de serviços de custódia de valores
mobiliários; e
ICVM n.º 543/2013: Dispõe sobre a prestação de serviços de escrituração de valores
mobiliários e de emissão de certificado de valores mobiliários.
Introdução
2. Em 20 de dezembro de 2013, a CVM emitiu as instruções n.os 541, 542 e 543, que revogaram
a Instrução CVM n.º 89/1988, entre outras, com o objetivo de aprimorar a regulamentação
sobre a prestação de serviços relacionados à infraestrutura de mercado, com vistas a assegurar
a existência e detenção de ativos financeiros ofertados publicamente ou negociados em
mercados organizados e estabelecendo em seus dispositivos determinadas obrigações e
responsabilidades que envolvem os escrituradores, custodiantes e depositários centrais.
Entendimento e orientação
6. O item 3 da NBC TO 3402 trata da aplicação da norma: “Esta norma se aplica somente
quando a organização prestadora de serviços é responsável pelo adequado projeto de
controles, ou consegue de outra forma fazer uma afirmação sobre eles.” A NBC TO 3402
define que a afirmação da organização prestadora de serviços é a afirmação por escrito sobre
os assuntos referidos nas definições de “relatório sobre a descrição e o projeto de controles”.
7. A NBC TO 3402 trata dos trabalhos de asseguração executados por contador, que atua na
prática da auditoria independente, para fornecer relatório a ser utilizado por entidades usuárias
e seus auditores sobre os controles em organização prestadora de serviços, que presta serviço
a essas entidades usuárias, e que é provavelmente relevante para o controle interno dessas
entidades por estar relacionado com relatórios financeiros.
8. No caso em questão, os usuários previstos são a própria instituição financeira prestadora dos
referidos serviços, os demais usuários que se utilizam do relatório e a CVM, autarquia federal,
que estabelece as condições, os procedimentos, os controles e os informes desses serviços,
bem como a necessidade de procedimentos de verificação por parte dos auditores
independentes, em relação à NBC TO 3402.
10. A NBC TO 3402 orienta que o auditor da organização prestadora de serviços não deve
declarar o cumprimento desta norma, a menos que tenha cumprido os requisitos da NBC TO
3402 e da NBC TO 3000 – Trabalho de Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão.
11. As condições para aplicação da NBC TO 3402 para atendimento das ICVMs descritas no item
2 estão presentes nos trabalhos objeto deste comunicado, uma vez que as instituições
autorizadas pela CVM a prestar serviços de depósito centralizado, custódia e escrituração de
valores mobiliários e de emissão de certificado de valores mobiliários são responsáveis por
estabelecer os controles sobre os sistemas a serem utilizados na prestação dos referidos
serviços.
12. Exceto para os casos de solicitação de autorização para prestação de serviços, relatório tipo 1,
para atender aos requerimentos das ICVMs n.os 541, 542 e 543, além de avaliar a descrição e
o projeto, o auditor independente deve realizar procedimentos para testar a eficácia
operacional dos controles sobre esse sistema.
13. De forma a orientar os auditores independentes na execução dos trabalhos necessários para
emissão dos relatórios de acordo com a NBC TO 3402, este comunicado inclui, no Anexo IV,
escopo sugerido a ser considerado na avaliação dos controles internos de instituição
prestadora dos serviços de depósito centralizado de valores mobiliários, custódia de valores
mobiliários e escrituração de valores mobiliários. O escopo sugerido no referido anexo não é
exaustivo, e caberá ao auditor exercer julgamento profissional para identificar eventuais
alterações no escopo ou objetivos de controle que ele julgue necessários para realizar, de
forma adequada, a prestação dos referidos serviços e para permitir a emissão de seu relatório
de acordo com a NBC TO 3402.
14. O auditor deve cumprir as exigências éticas relevantes, incluindo aquelas pertinentes à
independência, relacionadas aos trabalhos de asseguração.
15. O escopo sugerido de revisão a ser coberto nos trabalhos de asseguração apresentado no
Anexo IV deve ser aplicado sobre todas as etapas de prestação dos serviços de que tratam as
ICVMs n.os 541, 542 e 543, inclusive as posições próprias, o que pode compreender diferentes
áreas da instituição que realizarem atividades relacionadas a estas normas.
16. Ainda com relação ao escopo sugerido apresentado no Anexo IV, deverá ser observado que a
revisão dos riscos e controles deve abranger todos os valores mobiliários tratados nos
processos da prestação dos serviços e das posições próprias.
17. Ao planejar o escopo dos trabalhos comentados neste comunicado, o auditor independente
deve considerar a definição da CVM do que são valores mobiliários, a saber: (i) todos os itens
listados nos incisos I ao VIII do Art. 2º da Lei n.º 6.385/1976; (ii) quaisquer outros criados
por lei ou regulamentação específica, como os certificados de recebíveis imobiliários (CRIs),
os certificados de investimentos audiovisuais e as cotas de fundos de investimento imobiliário
(FIIs), entre outros; e (iii) quaisquer outros que se enquadrem no inciso IX da Lei n.º
6.385/1976, conforme descrito no próximo item.
18. Em complemento à definição de valores mobiliários apresentada no item 17, a Lei n.º
10.303/2001 incorporou esse conceito ao seu Art. 2º da Lei n.º 6.385/1976, que vigora com a
seguinte redação:
“Art. 2º São valores mobiliários sujeitos ao regime desta Lei:
I - as ações, debêntures e bônus de subscrição;
II - os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos
aos valores mobiliários referidos no inciso II;
III - os certificados de depósito de valores mobiliários;
IV - as cédulas de debêntures;
V - as cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de clubes de investimento
em quaisquer ativos;
VI - as notas comerciais;
VII - os contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam
valores mobiliários;
VIII - outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subjacentes; e
IX - quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos ou contratos de investimento
coletivo, que gerem direito de participação, de parceria ou de remuneração, inclusive
resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor
ou de terceiros.
§ 1º Excluem-se do regime desta Lei:
I - os títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal;
II - os títulos cambiais de responsabilidade de instituição financeira, exceto as
debêntures."
Representações formais
19. O auditor da organização prestadora de serviços deve obter, dos responsáveis pela
organização prestadora de serviços, representações formais:
(a) que ratificam a afirmação que acompanha a descrição do sistema;
(b) que ela forneceu todas as informações e acesso acordados; e
(c) que ela divulgou para o seu auditor qualquer um dos assuntos abaixo sobre os quais tem
conhecimento:
(i) não cumprimento de leis e regulamentos, fraude ou desvios não corrigidos atribuíveis
à organização prestadora de serviços que podem afetar uma ou mais entidades
usuárias;
(ii) deficiências no projeto de controles;
(iii) casos em que os controles não operaram conforme descrito; e
(iv) quaisquer eventos subsequentes ao período coberto pela descrição do sistema da
organização prestadora de serviços, até a data do seu relatório de asseguração, que
possam ter efeito significativo sobre esse relatório de asseguração.
As representações devem estar na forma de carta de representação, endereçada ao auditor da
organização prestadora de serviços, datadas o mais próximo possível, mas não depois da data
do relatório de asseguração do auditor.
21. O Relatório de Asseguração do Tipo 2 difere do Tipo 1 pela inclusão de asseguração dos
controles testados, enquanto o Tipo 1 assegura apenas o projeto dos controles especificados.
Disposições transitórias
24. Conforme mencionado no item 4 deste comunicado, as Instruções da CVM n.os 541, 542 e
543 entraram em vigor a partir de 1º de julho de 2014. Nas disposições finais, a CVM
estabeleceu as seguintes disposições transitórias:
(a) ICVM n.º 541 para serviços de depósito centralizado de valores mobiliários: Art. 47 – O
depositário central que já esteja autorizado ou cujo pedido de registro já esteja
protocolizado na CVM deve se adaptar à instrução em até 1 (um) ano e 6 (seis) meses
após a entrada em vigor da norma;
(b) ICVM n.º 542 para prestação de serviços de custódia de valores mobiliários – Art. 22 –
As instituições já autorizadas à prestação de serviços de custódia de valores mobiliários
devem adaptar-se ao disposto nesta instrução em até 1 (um) ano e 6 (seis) meses após a
entrada em vigor da norma. O cronograma para o processo de adaptação dos custodiantes
foi estipulado no Ofício-Circular da CVM n.º 01/2015, emitido em 8 de janeiro de 2015
pela Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI);
(c) ICVM n.º 543 para prestação de serviços de escrituração de valores mobiliários e de
emissão de certificados de valores mobiliários – Art. 33 – As instituições já autorizadas à
prestação de serviços de escrituração de valores mobiliários e de emissão de valores
mobiliários devem adaptar-se ao disposto nesta instrução em até 1 (um) ano e 6 (seis)
meses após a entrada em vigor da norma. O cronograma para o processo de adaptação
dos escrituradores foi estipulado no Ofício-Circular da CVM n.º 02/2015, emitido em 23
de janeiro de 2015 pela Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários
(SMI).
25. Conforme
mencionado acima, as referidas ICVMs entraram em vigor em 1º de julho de 2014 e os
administradores possuem o prazo de 1 (um) ano e 6 (seis) meses para adaptação. Para os
prestadores de serviços já habilitados pela CVM até a data em vigor dessas novas normas e
que já elaboravam o relatório na forma da ICVM n.º 89/1988, a CVM informa nos ofícios-
circulares CVM n.os 01/2015 e 02/2015 que será admitida a entrega do relatório previsto no
Art. 8º da ICVM n.º 89/1988 para o exercício de referência de 2014. Para esses casos, deverá
ser adotado o modelo de relatório do Anexo III deste comunicado.
Modelo de relatório
26. Com o
objetivo de manter a consistência por parte dos auditores independentes na emissão dos
relatórios objeto deste comunicado, os anexos I, II e III contêm modelos de relatório. Os
referidos modelos não contemplam eventuais modificações que podem ser necessárias em
circunstâncias específicas. O exemplo de relatório explicitado neste documento é apenas para
orientação e não pretende ser completo ou aplicável a todas as situações.
27. O Anexo
IV apresenta um escopo exemplificativo a ser considerado na avaliação dos controles internos
de organização prestadora dos serviços de depósito centralizado de valores mobiliários,
custódia de valores mobiliários e escrituração de valores mobiliários, para atendimento aos
requerimentos das instruções n.os 541, 542 e 543 emitidas pela CVM.
Vigência
ANEXOS:
Alcance
Fomos contratados para emitir um relatório sobre a descrição elaborada pela Organização
Prestadora de Serviços XYZ, (páginas bb a cc) do seu sistema adotado na prestação de serviços de
ações escriturais, de custódia de valores mobiliários e de agente emissor de certificados, (ajustar
para a situação específica) em [data] (“descrição”), e sobre o projeto de controles relacionados com
os objetivos de controle especificados na descrição, para fins de atendimento à Instrução CVM n.o
[541, 542 ou 543 – adaptar conforme apropriado].
Não realizamos quaisquer procedimentos com relação à eficácia operacional dos controles incluídos
na descrição e, portanto, não foi expressa nenhuma opinião sobre isso.
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre a descrição elaborada pela Organização
Prestadora de Serviços XYZ do sistema adotado na prestação de serviços de ações escriturais, de
custódia de valores mobiliários e de agente emissor de certificados (adaptar conforme apropriado
para contemplar apenas os serviços prestados pela Organização Prestadora de Serviços
XYZ), para atender aos requerimentos da Instrução CVM n.o [541, 542 ou 543 – adaptar conforme
apropriado], com base em nossos procedimentos. Conduzimos nosso trabalho de acordo com a
NBC TO 3402 – Relatórios de Asseguração de Controles em Organização Prestadora de Serviços,
emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Essa norma requer o cumprimento de
exigências éticas pelos auditores e que o trabalho seja planejado e executado para a obtenção de
segurança razoável sobre se a descrição está apresentada adequadamente, em todos os aspectos
relevantes, e se os controles foram apropriadamente projetados.
O trabalho de asseguração para emitir um relatório sobre a descrição e o projeto dos controles da
Organização Prestadora de Serviços XYZ envolve a execução de procedimentos selecionados para
obtenção de evidência sobre as divulgações na descrição do seu sistema e o projeto dos controles.
Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos
riscos de que a descrição não esteja apresentada adequadamente e de que os controles não foram
apropriadamente projetados. O trabalho de asseguração desse tipo também inclui a avaliação da
apresentação geral da descrição, da adequação dos objetivos nela especificados e da adequação dos
critérios especificados pela Organização Prestadora de Serviços XYZ e descritos na página [aa].
Acreditamos que a evidência obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Opinião
Nossa opinião foi fundamentada nos assuntos descritos neste relatório. Os critérios utilizados na
formação de nossa opinião são aqueles descritos na página [aa]. Em nossa opinião, em todos os
aspectos relevantes:
(a) a descrição apresenta adequadamente o sistema adotado na prestação de serviços de ações
escriturais, de custódia de valores mobiliários e de agente emissor de certificados (adaptar
conforme o caso para contemplar apenas os serviços prestados pela Organização
Prestadora de Serviços XYZ), para atender aos requerimentos da Instrução CVM n.o [541,
542 ou 543 – adaptar conforme apropriado], conforme projetado e implementado em [data]; e
(b) o projeto de controles relacionados com os objetivos de controle especificados na descrição foi
considerado adequado em [data].
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório]
[Assinatura do auditor independente]
ANEXO II – MODELO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO DOS AUDITORES
INDEPENDENTES SOBRE A DESCRIÇÃO, PROJETO E EFICÁCIA OPERACIONAL
DOS CONTROLES (RELATÓRIO TIPO 2)
Alcance
Fomos contratados para emitir um relatório sobre a descrição elaborada pela Organização
Prestadora de Serviços XYZ, (páginas bb a cc) do seu sistema adotado na prestação de serviços de
ações escriturais, de custódia de valores mobiliários e de agente emissor de certificados, (ajustar
para cada situação específica) para o período de [data] a [data] (“descrição”), e sobre o projeto de
controles relacionados com os objetivos de controle especificados na descrição, para fins de
atendimento à Instrução CVM n.o [541, 542 ou 543 – adaptar conforme apropriado].
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre a descrição elaborada pela Organização
Prestadora de Serviços XYZ do sistema adotado na prestação de serviços de ações escriturais, de
custódia de valores mobiliários e de agente emissor de certificados (adaptar conforme o caso para
contemplar apenas os serviços prestados pela Organização Prestadora de Serviços XYZ), para
atender aos requerimentos da Instrução CVM n.o [541, 542 ou 543 – adaptar conforme apropriado],
bem como sobre o projeto e a operação de controles relacionados com os objetivos de controle
especificados nessa descrição, com base em nossos procedimentos. Conduzimos nosso trabalho de
acordo com a NBC TO 3402 – Relatórios de Asseguração de Controles em Organização Prestadora
de Serviços, emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade. A referida norma requer o
cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que o trabalho seja planejado e executado para a
obtenção de segurança razoável sobre se a descrição está apresentada adequadamente, em todos os
aspectos relevantes, e se os controles foram apropriadamente projetados e estão operando
efetivamente.
Acreditamos que a evidência obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Opinião
Nossa opinião foi fundamentada nos assuntos descritos neste relatório. Os critérios utilizados na
formação de nossa opinião são aqueles descritos na página [aa]. Em nossa opinião, em todos os
aspectos relevantes:
(a) a descrição apresenta adequadamente o sistema adotado na prestação de serviços de ações
escriturais, de custódia de valores mobiliários e de agente emissor de certificados (adaptar
conforme o caso para contemplar apenas o(s) serviço(s) prestado(s) pela Organização
Prestadora de Serviços XYZ), para atender aos requerimentos da Instrução CVM n.o [541,
542 ou 543 – adaptar conforme apropriado], que foi desenhado e implementado durante o
período de [data] a [data];
(b) o projeto dos controles relacionados com os objetivos de controle especificados na descrição
foi adequado durante o período de [data] a [data]; e
(c) os controles testados, necessários para fornecer segurança razoável de que os objetivos de
controle especificados na descrição foram alcançados, operaram com eficácia durante o período
de [data] a [data].
Os controles testados, a natureza, a época e os resultados desses testes estão relacionados nas
páginas [yy-zz].
Este relatório e a descrição dos testes de controles nas páginas [yy-zz] são destinados
exclusivamente à Organização Prestadora de Serviços XYZ e à Comissão de Valores Mobiliários
(CVM), para atender aos requerimentos da Instrução CVM n.o [541, 542 ou 543 – adaptar conforme
apropriado], e não deve ser apresentado ou distribuído a terceiros, tendo em vista sua finalidade
específica descrita no primeiro parágrafo.
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório]
[Assinatura do auditor independente]
Fomos contratados para realizar um serviço de asseguração limitada sobre o projeto de controles [e
a eficácia operacional, caso aplicável e caso o relatório anterior da ICVM n.º 89/1988 assim
considerasse] dos controles dos processos [incluir os processos], em operação durante o período de
[data] a [data] de acordo com os critérios descritos no Anexo I, para fins de atendimento [incluir a
instrução/comunicado da CVM que traz as informações quanto à transição conforme aplicável, de
acordo com item 24 deste comunicado], de XX de XXXX de XX. As informações fornecidas pela
administração da Organização Prestadora de Serviços XYZ, quanto aos aspectos gerais sobre o
ambiente de controles internos relacionados à prestação dos serviços de [incluir quais são os
serviços prestados], estão descritas no Anexo II.
Responsabilidade da administração
Responsabilidade do auditor
Procedimentos aplicados
Conduzimos nosso trabalho de acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade (NBC) TO 3000 –
Trabalho de Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão, emitida pelo Conselho Federal de
Contabilidade (CFC), a qual está de acordo com a International Standard on Assurance
Engagement (Isae) 3000, norma internacional para trabalhos de asseguração. A NBC TO 3000
exige o cumprimento com os padrões éticos e o planejamento e a realização do serviço para obter
asseguração limitada de que nenhuma questão tenha chegado ao nosso conhecimento que nos leve a
acreditar que o projeto [e a eficácia operacional, caso o relatório anterior da ICVM n.º 89/1988
assim considerasse] dos controles dos processos [incluir os processos] que asseguram a qualidade,
a segurança e a exatidão das informações geradas dos sistemas utilizados na prestação dos serviços
de [incluir quais são os serviços prestados] não esteja adequado, de acordo com os critérios
relacionados no Anexo I, em todos os seus aspectos relevantes.
O trabalho compreendeu as seguintes etapas: (i) o planejamento dos trabalhos; (ii) a obtenção de
entendimento sobre a estrutura organizacional envolvida, processos estabelecidos e respectivos
aspectos tecnológicos utilizados na prestação dos serviços conforme detalhado no procedimento (x)
do Anexo I; e (iii) a revisão do projeto de controles [e da eficácia operacional, caso o relatório
anterior da ICVM n.º 89/1988 assim considerasse] dos controles de acordo com os procedimentos
destacados no item (y) do Anexo I.
Acreditamos que as evidências obtidas são suficientes e adequadas para constituir a base de nossa
conclusão.
Limitações inerentes
Nosso trabalho de asseguração limitada considerou o projeto de controles dos processos de [incluir
os processos] que asseguram a qualidade, a segurança e a exatidão das informações geradas dos
sistemas utilizados na prestação dos serviços de [incluir quais são os serviços prestados], em
operação em XX de XXXXXXXX de 20XX. Em virtude de eventuais mudanças (a) nos sistemas
ou nos controles; (b) nos requisitos dos processos; ou (c) outras possíveis mudanças de
circunstâncias, qualquer projeção da nossa conclusão para o futuro está sujeita ao risco de que a
atual situação não mais retrate os controles existentes em períodos futuros. Além disso, em razão de
sua natureza, os controles internos, implementados pela Organização Prestadora de Serviços XYZ,
podem não prevenir ou detectar e corrigir todos os erros ou omissões no seu sistema de prestação
dos serviços de [incluir quais são os serviços prestados].
Conclusão
Com base em nossos trabalhos de asseguração limitada, não temos conhecimento de quaisquer
desvios relevantes que nos levem a acreditar que o projeto de controles [e a eficácia operacional,
caso o relatório anterior da ICVM n.º 89/1988 assim considerasse] dos controles que asseguram a
qualidade, a segurança e a exatidão das informações geradas dos sistemas utilizados na prestação
dos serviços de [incluir quais são os serviços prestados], em operação em XX de XXXX de 20XX,
não esteja adequado, em todos os seus aspectos relevantes, em relação aos critérios estabelecidos no
Anexo I.
Este relatório é para uso exclusivo da administração da Organização Prestadora de Serviços XYZ e
da Comissão de Valores Mobiliários e não deve ser apresentado ou distribuído a terceiros, tendo em
vista sua finalidade específica descrita no primeiro parágrafo.
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório]
[Assinatura do auditor independente]
Conteúdo
1. Introdução
2. Controles no nível da entidade
3. Objetivos de controle relacionados à prestação dos serviços
3.1. Controles dos processos operacionais da prestação dos serviços
3.1.1. Macro processos e objetivos de controle relacionados à ICVM n.° 541
3.1.2. Macro processos e objetivos de controle relacionados à ICVM n.° 542
3.1.3. Macro processos e objetivos de controle relacionados à ICVM n.° 543
3.2. Controles gerais dos processos de tecnologia da informação (TI)
1. Introdução
Este documento tem por objetivo apresentar um escopo exemplificativo a ser considerado na
avaliação dos controles internos de organização prestadora dos serviços de depósito centralizado de
valores mobiliários, custódia de valores mobiliários e escrituração de valores mobiliários, para
atendimento aos requerimentos das instruções n.os 541, 542 e 543 emitidas pela Comissão de
Valores Mobiliários (CVM).
O escopo sugerido a seguir não é exaustivo e cabe ao auditor exercer julgamento profissional para
identificar eventuais alterações no escopo ou objetivos de controle que ele julgue necessários para
realizar de forma adequada a prestação dos referidos serviços e para permitir a emissão de seu
relatório de acordo com a NBC TO 3402.
Componentes Princípios
Ambiente de controle • Demonstra compromisso com a integridade e os valores éticos.
• Exerce a responsabilidade pela supervisão dos controles.
• Estabelece a estrutura, autoridade e responsabilidade.
• Demonstra o compromisso com a competência.
• Reforça a responsabilidade.
Avaliação de riscos • Estabelece os objetivos.
• Identifica e analisa o risco.
• Avalia o risco de fraude.
• Identifica e analisa mudanças significativas.
Atividades de controle • Seleciona e desenvolve atividades de controle.
• Seleciona e desenvolve controles gerais de tecnologia.
• Implanta políticas e procedimentos.
Informação e comunicação • Uso de informação relevante.
• Comunicação interna.
• Comunicação externa.
• Plano de continuidade de negócios.
Monitoramento dos • Realiza avaliações contínuas e/ou separadas.
controles • Avalia e comunica deficiências.
• Estabelece estruturas de auditoria interna e de supervisão dos
controles.
Macro processos e objetivos de controle complementares aplicáveis aos escrituradores que atuarem
também como agente emissor de certificados:
Sumário Item
OBJETIVO 1
INTRODUÇÃO 2–3
REPRESENTAÇÕES FORMAIS 10 – 11
MODELO DE RELATÓRIO 12 – 13
VIGÊNCIA
APÊNDICE 1
APÊNDICE 2
APÊNDICE 3
Objetivo
1. Este Comunicado Técnico tem por objetivo orientar os auditores independentes na emissão
de relatório sobre a estrutura (desenho, implementação e eficácia operacional) de controles
internos das operações de cessões de crédito entre as instituições participantes da C3
Registradora (instituições participantes ou instituições), na condição de cedentes ou
cessionários, para atendimento ao regulamento Operacional - C3 Registradora, aprovado
pelo Banco Central do Brasil (BCB) (Comunicado DC/DEBAN nº 31.059/2017) aos
documentos correlatos listados no Regulamento, incluindo o Manual de Operações - C3
Registradora, e à Circular nº 3.743/2015, com alterações introduzidas pela Circular n°
3.912/2018 e pela Circular n° 3.968/2019, BCB.
Introdução
2. Em 8 de janeiro de 2015, o BCB emitiu a Circular n.º 3.743, com alterações introduzidas pela
Circular n° 3.912, de 5 de setembro de 2018, e pela Circular n° 3.968, de 31 de outubro de
2019, aprovando o regulamento que disciplina as atividades de registro e de depósito
centralizado de ativos financeiros e a constituição de ônus e gravames sobre ativos
financeiros registrados ou depositados. Tal circular estabelece em seu Art. 11, que as
entidades que exercem essas atividades como registradoras serão supervisionadas pelo BCB
e, portanto, devem assegurar o acesso integral desse regulador às informações mantidas por
terceiros por elas contratados para realizar etapas importantes relacionadas com a atividade
de registro de ativos financeiros.
(c) que o relatório de asseguração razoável sobre o alcance citado acima, a ser emitido pelo
auditor independente, deve ser elaborado em bases anuais e entregue pelas instituições
participantes à CIP no mesmo prazo estabelecido na Circular nº 3.467/2009 do BCB às
instituições financeiras. Prevê, também, que caso o participante não seja instituição
financeira, o respectivo relatório deve ser elaborado em bases anuais e ser entregue no prazo
de até 60 dias após a data de emissão do relatório do auditor independente sobre suas
demonstrações contábeis anuais e que, caso o participante seja fundo de investimentos está
dispensado da apresentação do relatório de asseguração razoável. Para atender a regulação,
a CIP deve realizar a fiscalização indireta dos fundos de investimentos baseada nos controles
exercidos pelos custodiantes e nos documentos produzidos pela auditoria periódica. Os
custodiantes são entidades distintas dos administradores dos fundos e desempenham
diversas atividades de controle, incluindo a produção de relatórios, para atender a regulação
específica da CVM. Além dos controles exercidos pelos custodiantes, os fundos também
passam por auditoria periódica;
Entendimento e orientação
4. O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), aprovou a NBC TO 3000, que estabelece que
deve ser aplicado a toda asseguração que não se constitua em auditoria nem em revisão
limitada de informações financeiras históricas de que tratam as normas de auditoria
independente das demonstrações contábeis.
(c) adicionalmente, proceder as comunicações requeridas pela NBC TO 3000 e outras NBCs
TO que sejam também aplicáveis.
6. O trabalho de asseguração é o trabalho no qual o auditor independente tem por objetivo obter
evidências apropriadas e suficientes de forma a expressar uma conclusão para aumentar o
nível de confiança dos outros usuários, que não seja a parte responsável sobre a informação
do objeto, ou seja, compreende o resultado da mensuração ou avaliação de determinado
objeto com base nos critérios aplicáveis. Os trabalhos de asseguração podem ser assim
classificados: de asseguração razoável ou de asseguração limitada. O trabalho de
asseguração razoável, objeto deste comunicado, é o trabalho de asseguração no qual o
auditor independente reduz o risco do trabalho para um nível aceitavelmente baixo nas
circunstâncias do trabalho como base para a sua conclusão. A conclusão do auditor
independente é emitida de forma que o possibilite expressar sua opinião sobre o resultado da
mensuração ou avaliação de determinado objeto de acordo com os critérios aplicáveis.
9. O auditor deve cumprir com as NBCs PG 100 e 200 e as NBCs PA 400 e NBC PO 900
aplicáveis aos trabalhos de asseguração ou outras exigências profissionais impostas por leis
ou regulamentos que contenham requisitos ou exigências similares.
Representações formais
10. O auditor deve obter da administração da instituição participante, entre outras, as seguintes
representações formais que:
(a) ratificam a afirmação que acompanha a descrição dos controles internos existentes e
sistemas informatizados que suportam tais controles internos;
(b) ela forneceu todas as informações, das quais ela está ciente de que são relevantes para
o trabalho; e
(c) ela divulgou para o seu auditor qualquer um dos assuntos abaixo sobre os quais tem
conhecimento:
(i) não cumprimento de leis e regulamentos, fraude ou desvios não corrigidos
atribuíveis à instituição participante que podem afetar uma ou mais entidades usuárias;
(ii) deficiências no desenho dos controles internos (caso a instituição participante tenha
realizado uma auto-avaliação de seus controles internos, o auditor deve considerar obter
essa avaliação);
(iii) casos em que os controles não operaram conforme desenhados; e
Modelo de relatório
12. Com o objetivo de manter a consistência por parte dos auditores independentes na emissão
dos relatórios objeto deste comunicado, o Anexo I contém modelo de relatório. O referido
modelo não contempla eventuais modificações que podem ser necessárias em circunstâncias
específicas em linha como os requerimentos da NBC TO 3000.
13. O exemplo de relatório citado no item 12 é apenas para orientação e não pretende ser
completo ou aplicável a todas as situações.
14. O Anexo III apresenta procedimentos mínimos a serem considerados na avaliação sobre a
estrutura de controles internos para operações de cessão de crédito dos cedentes e
cessionários participantes da C3 Registradora.
Vigência
Este Comunicado entra em vigor na data de sua publicação e revoga o CTO 04, publicado no
DOU, Seção 1, de 22/8/2018.
Relatório de Asseguração Razoável dos Auditores Independentes sobre a estrutura dos controles
internos para operações de cessão de crédito no âmbito da C3 Registradora.
[Destinatário apropriado – Entidade Participante da C3 Registradora] [Nome da entidade
participante da C3 Registradora]
Alcance
Fomos contratados para emitir um relatório sobre a estrutura dos controles internos, os quais foram
descritos pela Instituição XYZ nas páginas bb a cc, referentes ao registro e manutenção das
operações de cessão de crédito [cedidas ou adquiridas, especificar] passíveis de registro na C3
Registradora, para o período de [data] a [data], para fins de atendimento ao previsto no
Regulamento Operacional - C3 Registradora, aprovado pelo Banco Central do Brasil (BCB)
(Comunicado DC/DEBAN n.º 31.059/2017), incluindo o Manual de Operações – C3 Registradora,
emitidos pela Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP).
Opinião
Nossa opinião foi fundamentada nos assuntos descritos neste relatório. Em nossa opinião, em
todos os aspectos relevantes:
os controles internos existentes para o registro e manutenção das operações de cessão de crédito
[cedidas ou adquiridas, especificar ], passíveis de registro na C3 Registradora, da Instituição XYZ,
referentes ao período de [data] a [data], foram desenhados e implementados, em todos os
aspectos relevantes, para endereçar os objetivos de controle especificados na descrição dos
controles internos, para fins de atendimento ao previsto no Regulamento Operacional da C3
Registradora, incluindo o Manual de Operações da C3 Registradora conforme os critérios descritos
no anexo II deste relatório; e
Os controles internos testados, necessários para fornecer segurança razoável de que os objetivos
de controle especificados na descrição foram alcançados, operaram com eficácia durante o período
de [data] a [data].
Outros assuntos
Este relatório se destinada exclusivamente à Instituição XYZ e à Câmara Interbancária de
Pagamentos (CIP) para atender aos requerimentos do Regulamento Operacional da C3
Registradora, incluindo o Manual de Operações – C3 Registradora, e não deve ser apresentado ou
distribuído a terceiros, tendo em vista sua finalidade específica descrita no primeiro parágrafo.
Qualquer outra parte que não seja a [nome da entidade] e/ou [identificar outros usuários
pretendidos] que obtiver acesso ao nosso relatório ou à cópia do mesmo e confiar nas informações
contidas em nosso relatório (ou qualquer parte dela) irá fazê-lo por sua própria conta e risco. Não
aceitamos ou assumimos qualquer responsabilidade e negamos qualquer responsabilidade perante
qualquer outra parte que não seja a [nome da entidade] e/ou [identificar outros usuários
pretendidos] pelo nosso trabalho, pelo relatório de asseguração razoável ou pelas nossas
conclusões.
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso do auditor ser pessoa jurídica)]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório]
[Assinatura do auditor independente]
ANEXO II
Introdução
Este documento tem por objetivo descrever os critérios a serem considerados no trabalho de
asseguração razoável sobre a estrutura (desenho, implementação e eficácia operacional) de
controles internos das operações de cessão de crédito da entidade participante da C3
Registradora, conforme constante no documento Termo de Definição do Objeto da Asseguração
Razoável por Auditor Independente, emitido em 02 de maio de 2016 pela CIP.
- Critérios relacionados ao registro de contratos de crédito na C3 Registradora
Existência de procedimentos e controles adequados de tecnologia da informação relacionados ao
ambiente de tecnologia (sistemas) dos participantes que suportam os registros dos contratos no
ambiente da CIP, contemplando:
Introdução
Este Anexo III tem por objetivo apresentar procedimentos mínimos a serem considerados no
trabalho de asseguração razoável sobre a estrutura (desenho, implementação e eficácia
operacional) de controles internos das operações de cessão de crédito de entidade participante da
C3 Registradora, conforme constante no documento Termo de Definição do Objeto da
Asseguração Razoável por Auditor Independente, emitido em 02 de maio de 2016 pela CIP.
O alcance sugerido a seguir não é exaustivo e cabe ao auditor exercer julgamento profissional para
identificar eventuais alterações no alcance ou objetivos de controle que ele julgue necessários para
realizar de forma adequada a prestação dos referidos serviços e para permitir a emissão de seu
relatório de acordo com a NBC TO 3000.
Conforme documento citado acima emitido pela CIP, a administração dos participantes é
responsável pela elaboração, descrição e implementação dos controles internos existentes para o
adequado registro e manutenção dos contratos de cessão nos sistemas da CIP, bem como dos
sistemas informatizados que suportem tais controles internos. Com base nessa descrição do
processo de controles internos e de seus sistemas informatizados que suportem tais controles
internos, os auditores independentes devem fazer seu exame para suportar a sua conclusão.
A responsabilidade do auditor é a de emitir uma opinião sobre os controles internos, com base em
procedimentos de verificação selecionados pelo auditor para obtenção de evidências suficientes
para emissão de sua opinião.
Cessões de créditos
Entendimento do desenho, implementação e eficácia operacional dos controles internos existentes
para formalização e registro das cessões de créditos no ambiente da CIP, incluindo:
Cedentes:
(a) entendimento do processo de originação dos contratos cedidos no período, por meio de
indagação às pessoas que, no julgamento do auditor, podem ter informações relevantes;
(b) inspeção, com base em amostragem, de documentos que demonstrem a existência e a guarda
das documentações que suportam a existência dos contratos registrados e cedidos no período,
(c) verificação, com base em amostragem, da consistência das informações e das movimentações
registradas na C3 Registradora com os registros auxiliares dos participantes, considerando para
tanto a Circular n.º 3.743/2015, com alterações introduzidas pela Circular n° 3.912/2018 e pela
Circular n° 3.968/2019, do BCB, bem como o Regulamento da C3 Registradora e os documentos
correlatos definidos no referido regulamento;
Cessionários:
(a) entendimento do processo de registro dos contratos no período, por meio de indagação às
pessoas que, no julgamento do auditor, podem ter informações relevantes;
(b) inspeção, com base em amostragem, da existência e da guarda das documentações que
suportam a existência dos contratos registrados e adquiridos no período (lastro das operações)
Beneficiadores:
(b) verificação, com base em amostragem, da existência e da guarda das documentações que
suportam a existência dos contratos bloqueados no período;
(c) verificação, com base em amostragem, da consistência das informações e das movimentações
registradas na C3 Registradora com os registros auxiliares dos participantes, considerando para
tanto a Circular n.º 3.743/2015, com alterações introduzidas pela Circular n° 3.912/2018 e pela
Circular n° 3.968/2019, do BCB, bem como o Regulamento da C3 Registradora e os documentos
correlatos definidos no referido regulamento.
Beneficiários:
(b) verificação, com base em amostragem, da existência e da guarda das documentações que
suportam a existência dos contratos bloqueados no período (lastro das operações);
(c) verificação, com base em amostragem, da consistência das informações e das movimentações
registradas na C3 Registradora com os registros auxiliares dos participantes, considerando para
tanto a Circular n.º 3.743/2015, com alterações introduzidas pela Circular n° 3.912/2018 e pela
Circular n° 3.968/2019, BCB, bem como o Regulamento da C3 Registradora e os documentos
correlatos definidos no referido regulamento.
Para fins do teste de eficácia operacional, o auditor deve executar testes de controle e, para isso, o
auditor deve:
(a) executar outros procedimentos juntamente com indagação para obter evidência sobre: (i) como
o controle foi aplicado; (ii) a uniformidade com que o controle foi aplicado; e (iii) por quem ou por
quais meios o controle foi aplicado;
(c) determinar meios de selecionar itens para teste que sejam efetivos para atingir os objetivos do
procedimento.
Ao determinar a extensão dos testes de controle, o auditor deve considerar assuntos que incluem
as características da população a ser testada, como a natureza dos controles, a frequência da
aplicação (por exemplo, mensal, diária, número de vezes por dia) e a taxa de desvio esperada.
(c)selecionar itens para a amostra de forma que cada unidade de amostragem na população tenha
chance de seleção;
(d) se o procedimento projetado não for aplicável ao item selecionado, executar o procedimento
para um item substituto; e
Sumário Item
OBJETIVO 1
INTRODUÇÃO 2–3
DEFINIÇÕES 4
ENTENDIMENTO E ORIENTAÇÃO AOS AUDITORES 5 – 50
INDEPENDENTES
Planejamento 11
Materialidade 12
Controles internos 13 – 14
Trabalho de especialistas 15 – 16
Considerações de fraude e de atos ilegais 17 – 18
Exigências éticas relevantes 19
Representações formais 20 – 22
Obtenção de evidência – Consideração de riscos e respostas aos 23
riscos
Procedimentos mínimos a serem executados pelos auditores 24 – 47
independentes
Formação da opinião dos auditores independentes 48 – 50
MODELOS 51 – 53
VIGÊNCIA
APÊNDICE I – MODELO DE RELATÓRIO
APÊNDICE II – SÍNTESE DOS PROCEDIMENTOS EXECUTADOS E
EXCEÇÕES VERIFICADAS
OBJETIVO
1. Este comunicado técnico tem o objetivo de orientar os auditores independentes quanto aos
procedimentos a serem executados para a emissão do relatório de asseguração razoável
sobre as informações contidas no Relatório Demonstrativo Anual (RDA) e anexos a partir do
ano- base 2020, para fins de cumprimento dos requisitos da Lei n.º 13.969/2019 e alterações
posteriores, Decreto n.º 10.356/2020 e alterações posteriores e Portaria n.º 5.150/2018 e
alterações posteriores, que dispõe sobre as instruções para elaboração do relatório
conclusivo pelas auditorias independentes. Além dessas normas, os auditores deverão,
adicionalmente, observar o “Manual de Análise do Relatório Demonstrativo Anual (RDA)”,
disponibilizado no sítio eletrônico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI),
que contém orientações sobre a metodologia a ser utilizada na análise, o enquadramento das
atividades como projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), o tratamento dos
dispêndios e normas técnicas emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
INTRODUÇÃO
DEFINIÇÕES
4. Para fins deste comunicado e para o cumprimento dos requerimentos da Lei n.º 13.969/2019
e alterações posteriores, regulamentada pelo Decreto n.º 10.356/2020 e alterações
posteriores, os termos possuem os seguintes significados:
• Relatório de asseguração razoável sobre as
informações contidas no Relatório Demonstrativo Anual (RDA) e anexos: expressão
utilizada neste comunicado para se referir ao relatório consolidado e parecer conclusivo a
ser emitido pelo auditor independente sobre os demonstrativos do inciso I do § 9º do Art.
11 da Lei n.º 13.674/2018.
• Distorção relevante: são consideradas relevantes as
distorções, incluindo omissões, se elas, individualmente ou em conjunto, puderem
influenciar as decisões relevantes dos usuários previstos tomadas com base na informação
1
O relatório conclusivo não é obrigatório às empresas cujo faturamento anual, calculado nos termos da lei, seja inferior
a R$10.000.000,00 (dez milhões de reais).
do objeto. A determinação do que é relevante é baseada no julgamento profissional do
auditor que utiliza a materialidade para determinações quantitativas e, quando aplicável,
qualitativas. A importância relativa dos fatores qualitativos e quantitativos, ao considerar a
materialidade de trabalho específico, é uma questão para o julgamento profissional do
auditor independente.
7. Para fins deste comunicado, os trabalhos devem ser de asseguração razoável. Nesses
trabalhos, o auditor independente tem por objetivo obter evidências apropriadas e suficientes
de forma a expressar uma conclusão para aumentar o nível de confiança dos outros usuários,
que não seja a parte responsável sobre a informação do objeto, ou seja, compreende o
resultado da mensuração ou da avaliação de determinado objeto com base nos critérios
aplicáveis. O trabalho de asseguração razoável é o trabalho de asseguração no qual o auditor
independente reduz o risco do trabalho para um nível aceitavelmente baixo nas circunstâncias
do trabalho como base para a sua conclusão. A conclusão do auditor independente é emitida
de forma que o possibilite expressar sua opinião sobre o resultado da mensuração ou da
avaliação de determinado objeto, de acordo com os critérios aplicáveis. Segurança razoável é
um alto nível de segurança, mas, não, uma garantia de que os procedimentos de
asseguração, de acordo com a NBC TO 3000, sempre detectem as eventuais distorções
relevantes existentes.
10. O auditor ou o sócio auditor encarregado do trabalho não poderá prestar serviços de que trata
este CT a uma mesma empresa beneficiária por prazo superior a 5 (cinco) anos consecutivos,
contados da primeira prestação de serviços, exigindo-se um intervalo mínimo de 3 (três) anos
para a sua recontratação, observada a Portaria MCTIC n.º 1.662/2020 e suas alterações
posteriores.
Planejamento
11. De acordo com o item 40 da NBC TO 3000, o auditor independente deve planejar o trabalho
para que ele seja executado de maneira eficaz, incluindo a definição do alcance, da época e
da coordenação do trabalho, assim como determinar a natureza, a época e a extensão dos
procedimentos planejados que são requeridos de forma a alcançar o seu objetivo.
Materialidade
Controles internos
13. O auditor independente deve obter entendimento dos controles internos relacionados com a
elaboração da informação contida no Relatório Demonstrativo Anual (RDA) e anexos. Isso
inclui a avaliação do desenho dos controles relevantes ao trabalho e à determinação se eles
foram implementados, mediante execução de procedimentos em adição às indagações feitas
aos responsáveis pela informação do objeto.
Trabalho de especialistas
15. O trabalho sobre a avaliação do enquadramento dos projetos na atividade de pesquisa e
desenvolvimento e processo produtivo básico (PPB) requer especialização, o que demandará
o uso de especialistas com capacidade técnica e experiência em projetos de PD&I e/ou na
área de Tecnologias da Informação e Comunicações (TICs), que podem ser internos e/ou
externos. De acordo com o item 52 da NBC TO 3000, citado a seguir, o auditor independente
deve se envolver no trabalho para compreender, acordar e avaliar o serviço para o qual o
especialista é utilizado na extensão que lhe permita aceitar a responsabilidade pela conclusão
em relação às informações sobre o objeto. O auditor independente avalia até que ponto os
serviços de especialista devem ser utilizados para formar a sua própria conclusão.
16. “Quando o trabalho de especialista for utilizado, o auditor independente deve, também:
(a) avaliar se o especialista possui a competência, a
capacidade e a objetividade necessárias para os seus propósitos. No caso de
especialista externo, a avaliação da objetividade deve incluir indagação sobre interesses
e relações que podem criar ameaças para a objetividade desse especialista;
(b) obter o suficiente entendimento da área de
especialidade do especialista;
(c) acordar com o especialista a natureza, o alcance e a
extensão do trabalho dele; e
(d) avaliar a adequação do trabalho do especialista para
os propósitos do auditor independente.”
17. A responsabilidade primária pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela
governança e da administração da entidade beneficiária. Portanto, é importante que a
administração, com a supervisão geral dos responsáveis pela governança, enfatize a
prevenção da fraude, o que pode reduzir as oportunidades de sua ocorrência, e a dissuasão
da fraude, o que pode persuadir os indivíduos a não perpetrar fraude por causa da
probabilidade de detecção e punição.
18. Por sua vez, o auditor é responsável por obter segurança de que as informações, como um
todo, não contêm distorções relevantes, causadas por fraude ou erro. Devido às limitações
inerentes nos trabalhos do auditor, há risco inevitável de que algumas distorções relevantes
nas informações possam não ser detectadas, apesar dos procedimentos executados pelos
auditores tenham sido devidamente planejados e realizados.
19. O auditor deve cumprir com as exigências éticas relevantes aplicáveis aos trabalhos de
asseguração ou outras exigências profissionais impostas por leis ou regulamentos que
contenham requisitos ou exigências similares aplicáveis a esses trabalhos. Adicionalmente, o
auditor deve observar demais exigências conforme Portaria MCTI n.º 3.118 de 12 de junho de
2018 e alterações posteriores.
Representações formais
21. Se o auditor independente determinar que é necessário obter uma ou mais representações
adicionais para dar suporte a outras evidências relevantes para a informação do objeto, o
auditor deve requerer tais representações por escrito.
24. De forma a orientar os auditores independentes na execução dos trabalhos e emissão do seu
relatório de acordo com a NBC TO 3000, este comunicado apresenta a seguir a descrição dos
procedimentos mínimos sugeridos para a asseguração, os quais não são exaustivos, cabendo
ao auditor exercer seu julgamento profissional para determinar a necessidade de executar
procedimentos adicionais.
Faturamento total
26. Determinar uma amostra e efetuar o confronto dos relatórios fiscais auxiliares com os
registros contábeis, inspecionando, quando aplicável, as necessárias conciliações preparadas
pela administração da entidade beneficiária, bem como do faturamento total constante no
relatório fiscal auxiliar com o informado no RDA. Isso não se aplica a empresas contratantes
de produção terceirizada, via contrato de assunção, em que não haja produção e faturamento
de bens incentivados próprios.
27. Avaliar o desenho dos controles relevantes da entidade beneficiária relacionado com o
processo de classificação de cada tipo de produto incentivado por Nomenclatura Comum do
Mercosul (NCM) e de elaboração do relatório fiscal auxiliar contendo as informações do
faturamento incentivado trimestral apresentadas no RDA e determinar se os controles
internos foram implementados de forma apropriada. Com base no julgamento do auditor e na
avaliação dos controles internos da entidade beneficiária, levando-se em consideração os
aspectos contidos no item 22, o auditor deve planejar e executar os procedimentos
apropriados e suficientes, relacionados às informações de faturamento incentivado trimestral.
28. Obter o relatório elaborado pela entidade beneficiária que identifica a classificação NCM de
cada tipo de produto identificado como incentivado, e confrontar sua classificação NCM com
aquelas previstas no Anexo II do Decreto n.º 10.356/2020 e alterações posteriores.
29. Determinar uma amostra e obter o relatório fiscal auxiliar elaborado pela entidade beneficiária
contendo informações sobre o faturamento gerado por produto incentivado trimestralmente, a
região, as devoluções e os impostos incidentes sobre a venda, conforme previsto no Art. 9º
§1 do Decreto n.º 10.356/2020. e confrontar essas informações com aquelas apresentadas no
RDA. Isso não se aplica a empresas contratantes de produção terceirizada, via contrato de
assunção, em que não haja produção e faturamento de bens incentivados próprios.
30. Avaliar o desenho dos controles relevantes da entidade beneficiária relacionado aos
dispêndios, inclusive em relação aos processos utilizados para rateio trimestrais, para
identificar riscos de distorções relevantes nas informações e determinar se os controles
internos foram implementados de forma apropriada para fornecer uma base para planejar e
executar procedimentos de asseguração relacionados aos dispêndios trimestralmente. Com
base no julgamento do auditor e na avaliação dos controles internos da entidade beneficiária,
levando-se em consideração os aspectos contidos no item 22, o auditor deve planejar e
executar os procedimentos apropriados e suficientes, relacionados às informações de
dispêndios.
31. Para os projetos em que não foram identificadas exceções de enquadramento de atividade de
PD&I, nos termos da legislação vigente, o auditor independente deve, para cada um dos
projetos:
(a) analisar, com o apoio de especialistas, se os
dispêndios atendem aos critérios de elegibilidade, pertinência e adequação definidos de
acordo com a Metodologia de Avaliação de RDA, versão 1.1 e versões posteriores,
aprovada pela Sempi e pelo manual de instruções para preenchimento do Sigplani;
(b) para projetos extraconvênio (Art. 18 da Lei n.º
13.969/2019), inspecionar a documentação suporte dos dispêndios, como, por exemplo,
nota fiscal/fatura, folha de pagamento, planilhas gerenciais de rateio de dispêndios ou
demais documentos comprobatórios dos dispêndios declarados. Estas inspeções
documentais devem ser realizadas em base amostral por trimestre;
(c) com relação aos projetos realizados mediante
convênio com centros ou institutos de pesquisa ou entidades brasileiras de ensino, oficiais
ou reconhecidas, credenciados pelo Comitê da Área de Tecnologia da Informação – CATI
(Art. 18 da Lei n.º 13.969/2019), deverão ser verificadas as informações relativas ao
repasse financeiro realizado pela empresa beneficiária trimestralmente em favor do
convênio, bem como eventuais pagamentos antecipados, conforme inciso III do Art. 34 do
Decreto 10.356/2020. Para estas verificações, aplicar teste amostral e inspecionar a
documentação suporte dos totais de repasses para as instituições, como, por exemplo,
nota fiscal/fatura, planilhas gerenciais etc. De forma complementar, efetuar procedimento
de confirmação externa – circularização – de informação, para cada um dos projetos, com
a contraparte e confrontar os dados trimestrais com as informações inseridas no RDA.
(d) não se aplicam os critérios explícitos nesse inciso na
análise do valor declarado para as despesas operacionais e administrativas incorridas na
execução dos projetos e para a constituição de reserva no âmbito do convênio com centros
ou institutos de pesquisa ou entidades brasileiras de ensino, oficiais ou reconhecidas,
credenciados pelo CATI, nos termos do § 20 do Art. 11 da Lei n.º 8.248, de 1991 e
alterações posteriores, cabendo somente a verificação do limite percentual e do cálculo
estabelecidos na legislação.
32. O valor referente à prestação de serviço para a realização do trabalho no ano-base referente
aos honorários do auditor, mesmo que o gasto ainda não tenha sido considerado como
dispendido no RDA, serão avaliados por regime de competência.
33. Para fins dos procedimentos mencionados no item 32(b), o auditor deve determinar a amostra
com base na materialidade consolidada do total de dispêndios dos projetos. Caso existam
projetos para os quais a metodologia de seleção do auditor não resulte na seleção de pelo
menos um item de dispêndio para testes em sua amostra, incluir, adicionalmente, na amostra
pelo menos um item de dispêndio para tais projetos.
34. Para fins do atendimento dos artigos 12, 13 e 14 do Decreto n.º 10.356/2020 e alterações
posteriores, o auditor deve confirmar se a entidade beneficiária aplicou em projetos de PD&I o
percentual mínimo do seu faturamento, conforme previsto na legislação vigente, e:
(a) no caso dos investimentos do Art. 13, incisos I e II,
obter a composição analítica dos convênios celebrados e, com base em amostragem,
confrontar as informações reportadas no RDA sobre o convênio com o contrato e o termo
aditivo de acordo firmado;
(b) no caso dos investimentos do Art. 13, inciso III, obter
evidência se, durante o ano-base, a entidade beneficiária repassou os recursos de 0,4% do
seu faturamento bruto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento.
35. Para fins do atendimento da Portaria n.º 2.495/2020 e do Decreto n.º 10.356/2020, que trata
da produção terceirizada, efetuar procedimento de confirmação de informação com a
contraparte e confrontar os dados referentes à tela “projetos executados por contratantes” no
RDA, com as informações contidas no contrato de assunção de obrigações entre contratante
e contratada.
36. O auditor deve aplicar os seguintes procedimentos, com o apoio de especialistas, para cada
um dos projetos informados no RDA:
(a) efetuar a leitura do material descritivo dos projetos
elencados no RDA e anexos e, baseados no manual do Sigplani, obter evidências: (i) se os
campos foram adequadamente preenchidos, (ii) se as atividades foram desenvolvidas
dentro do período válido para o ano-base relativo ao RDA apresentado, (iii) se as
atividades se referem à Tecnologia da Informação e (iv) se o projeto reportado foi
apresentado de forma individualizada;
(b) observar se a entidade beneficiária efetuou a
adequada classificação dos projetos reportados entre stricto sensu ou projetos de
formação e capacitação nos termos definidos na Lei n.º 13.969/2019 e alterações
posteriores, regulamentada pelo Decreto n.º 10.356/2020 e alterações posteriores;
(c) efetuar leitura do material descrito nos projetos
reportados no RDA e avaliar o enquadramento desses projetos como atividades de PD&I,
nos termos definidos na Lei n.º 13.969/2019 e alterações posteriores, regulamentada pelo
Decreto n.º 10.356/2020 e alterações posteriores, por meio da gradação do conjunto de
critérios estabelecidos no modelo de referência da Metodologia de Avaliação de RDA,
versão 1.1 e alterações posteriores;
(d) para fins de atendimento a Lei n.º 13.969/2019, que
trata da isenção do crédito financeiro sobre o investimento em atividades de PD&I, no caso
dos investimentos repassados por meio de contrato de assunção de obrigações entre
contratante e contratada, a auditoria da empresa contratante deverá obter evidências, por
meio de circularização enviada para a contratada, dos investimentos assumidos por essa;
e
(e) revisar a base de cálculo da PD&IM de acordo com o
ANEXO I do Decreto nº 10.356/20 e manual do RDA.
37. Obter evidência de que a entidade beneficiária cumpriu com o prazo de entrega do RDA.
38. Obter evidência por meio de declaração da existência do Processo Produtivo Básico (PPB),
definido por meio da Lei n.º 13.969/2019 e alterações posteriores, e regulado por portaria
específica emitida pelo MCTI.
39. Obter evidência por meio de declaração de que a entidade beneficiária está com regularidade
fiscal e previdenciária com base em Certidão Negativa de Débitos (CND).
40. Obter evidência de que a entidade beneficiária possui Programa de Participação dos
Trabalhadores nos Lucros e Resultados (PPLR) devidamente homologado no sindicato de
categoria de classe, conforme descrito no Art. 4ª da Portaria MCTIC 4.899/2018, exigindo que
“A empresa habilitada à fruição dos benefícios previstos no Decreto n.º 10.356/2020, deve
implantar Programa de Participação dos Trabalhadores nos Lucros ou Resultados da
empresa (PPLR), nos termos da legislação vigente aplicável, em prazo não superior a 24
(vinte e quatro) meses, contados a partir da data de sua primeira habilitação, definitiva ou
provisória, se houver, à fruição desses benefícios fiscais.”
41. Obter evidência de que a entidade beneficiária possui a certificação de qualidade baseada
nas normas ISO 9001, conforme estabelecido no Decreto n.º 10.356/2020 e alterações
posteriores.
42. Nos casos em que não é requerida declaração por parte da entidade beneficiária, fica a
critério do julgamento do auditor a obtenção ou não de declaração ou representação formal
da entidade beneficiária.
43. O auditor deve aplicar, no mínimo, os seguintes procedimentos, com o apoio de especialistas,
para assegurar comprovar no âmbito documental, o total acumulado em pontos das etapas de
produção, de cada produto incentivado que teve faturamento bruto no ano-base, informados
no RDA, nos termos das portarias de PPB vigentes:
(a) para a pontuação obtida por meio de investimento
adicional em PD&I, ou em substituição a etapas produtivas, conforme estabelecido nas
portarias dos produtos incentivados, deve ser avaliado conjuntamente com os demais
investimentos em PD&I, conforme itens 30, 31 e 36;
(b) para a pontuação obtida por meio de Projeto de
Desenvolvimento no País, deve ser analisada a aderência da empresa habilitada ao
determinado na portaria de habilitação considerando os termos da Portaria MCT n.º 950,
de 12 de dezembro de 2006, ou Portaria MCTI n.º 1.309, de 19 de dezembro de 2013, ou
Portaria MCTIC n.º 356, de 19 de janeiro de 2018, ou Portaria MCTIC n.º 3.303, de 25 de
junho de 2018, e suas alterações;
(c) para a pontuação obtida por meio de realização de
etapas tangíveis (quantitativas – que envolvem elementos físicos), deve-se inspecionar, de
forma amostral, documentação suporte de insumos ou fabricação na empresa, como notas
fiscais, planilhas de movimentação de estoque, cartas de circularização, listagem de
insumos, instruções de trabalho ou outros meios que evidenciem o PPB; e
(d) para as etapas intangíveis, deve-se inspecionar, de
forma amostral evidências documentais, como atas de desenvolvimento e instruções de
trabalho.
44. São etapas intangíveis do PPB, aquelas a que se referem a uma etapa sem substância física.
45. No caso de não haver pontuação mínima estabelecida em portarias de PPB do produto, o seu
cumprimento deverá ser atestado em sua totalidade.
48. O auditor independente deve expressar uma opinião sem modificação quando ele concluir
que, com base nos procedimentos executados e nas evidências obtidas, as informações
contidas no RDA e anexos foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo a
Metodologia de Avaliação de RDA, versão 1.1 e versões posteriores, aprovada pela Sempi e
pelo Manual de Instruções para Preenchimento do Sigplani, para fins do cumprimento dos
requisitos da Lei n.º 13.969/2019 e alterações posteriores, regulamentada pelo Decreto n.º
10.356/2020 e alterações posteriores.
49. O auditor independente deve expressar uma opinião com modificação nas seguintes
circunstâncias, quando no seu julgamento profissional:
(a) existir uma limitação no alcance e o efeito desse
assunto seja relevante. Em tais casos, o auditor deve expressar uma opinião com ressalva
se os possíveis efeitos forem relevantes ou se abster de apresentar uma opinião se os
possíveis efeitos forem relevantes e generalizados;
(b) a informação do objeto estiver distorcida de forma
relevante. Em tais casos, o auditor deve expressar uma opinião com ressalvas se os
efeitos forem relevantes ou uma opinião adversa, se os efeitos forem relevantes e
generalizados.
MODELOS
51. Com o objetivo de manter a consistência por parte dos auditores independentes na emissão
dos relatórios, este comunicado contém um modelo de relatório de asseguração razoável, que
possui a seguinte estrutura:
• APÊNDICE I – Modelo de relatório de asseguração
razoável sobre as informações contidas no Relatório Demonstrativo Anual (RDA);
• APÊNDICE II – Síntese dos procedimentos
executados e exceções identificadas.
53. O exemplo de relatório é apenas uma orientação e não contempla eventuais modificações
que possam ser necessárias em circunstâncias específicas, nos termos previstos na NBC TO
3000.
VIGÊNCIA
Este comunicado entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se aos trabalhos sobre o
processo de elaboração das informações contidas no RDA a partir do ano-base 2020, conforme
legislação aplicável, revogando o CTO 05 (R1), publicado no DOU, Seção 1, de 24/12/2020.
Alcance
Fomos contratados pela [nome da entidade] (Entidade Beneficiária) para apresentar relatório de
asseguração razoável sobre as informações contidas no Relatório Demonstrativo Anual (RDA) e
anexos do ano-base 20__, reportado ao MCTI sob o Recibo n.º [inserir número do recibo] e
Processo SEI n.º [inserir número do processo], para fins de cumprimento dos requisitos da Lei n.º
13.969/2019 e alterações posteriores, regulamentada pelo Decreto n.º 10.356/2020 e Portaria n.º
5.150/2018 e alterações posteriores.
Responsabilidade da administração
Conduzimos nosso trabalho de acordo com o Comunicado CTO 05, emitido pelo Conselho
Federal de Contabilidade, tomando por base a NBC TO 3000 – Trabalho de Asseguração
Diferente de Auditoria e Revisão (ISAE 3000 (Revised), Assurance Engagements Other than
Audits or Reviews of Historical Financial Information).
Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas, não, uma garantia de que os
procedimentos de asseguração, de acordo com NBC TO 3000, sempre detectem as eventuais
distorções relevantes existentes. Os procedimentos aplicados basearam-se na nossa
compreensão do processo adotado pela Entidade Beneficiária para a elaboração das informações
de acordo com o Manual para Preenchimento do RDA = ano-base 20XX e de outras
circunstâncias do trabalho e da nossa consideração sobre distorções relevantes que poderiam
existir nas informações, independentemente de estas serem causadas por fraude ou erro.
Entretanto, tais procedimentos não incluem a investigação ou detecção de fraude ou erro.
Acreditamos que as evidências obtidas são suficientes e apropriadas para fundamentar nossa
opinião.
Opinião
Em nossa opinião, com base nos procedimentos realizados, as informações contidas no RDA e
anexos foram elaboradas em todos os aspectos relevantes, de acordo com a Metodologia de
Avaliação de RDA, versão 1.1 e versões posteriores, aprovada pela Sempi e pelo Manual de
Instruções para Preenchimento do Sigplani, para fins de cumprimento dos requisitos da Lei n.º
13.969/2019 e alterações posteriores, regulamentada pelo Decreto n.º 10.356/2020 e alterações
posteriores e Portaria n.º 5.150/2018 e alterações posteriores.
De acordo com os termos do nosso trabalho, este relatório foi elaborado para a Administração da
Entidade Beneficiária e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) para cumprimento
dos requisitos da Lei n.º 13.969/2019 e alterações posteriores, regulamentada pelo Decreto n.º
10.356/2020 e alterações posteriores e Portaria n.º 5.150/2018 e alterações posteriores, e não
deve ser apresentado ou distribuído a terceiros, tendo em vista sua finalidade específica descrita
no primeiro parágrafo deste relatório.
Qualquer outra parte que não seja a Entidade Beneficiária e o MCTI que obtiver acesso ao nosso
relatório ou à cópia dele e confiar nas informações contidas em nosso relatório (ou qualquer parte
dela) irá fazê-lo por sua própria conta e risco. Não aceitamos ou assumimos qualquer
responsabilidade e negamos qualquer responsabilidade perante qualquer outra parte que não seja
a [nome da entidade] e/ou [identificar outros usuários pretendidos pelo nosso trabalho, pelo
relatório de asseguração razoável ou pelas nossas conclusões.
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]
APÊNDICE 2 – SÍNTESE DOS PROCEDIMENTOS EXECUTADOS E EXCEÇÕES VERIFICADAS
Objeto
Envolvimento de especialistas
Faturamento da Contrapartida
A Faturamento bruto em TIC, no mercado interno, dos bens R$
incentivados 0,00
B Tributos não cumulativos R$
0,00
C Devoluções R$
0,00
Faturamento da Contrapartida (A-B-C) R$
0,00
Faturamento
Faturamento R$ a investir
Produto Tributos Devoluções de
bruto (*)
contrapartida
1 Produto X R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
2 Produto Y R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Total R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
(*) Calculado como "faturamento de contrapartida" multiplicado pelo percentual dos investimentos
em PD&I para produtos, produzidos por entidades beneficiárias sediadas nas Regiões
Sudam/Sudene e Centro-Oeste, que, no exercício de 20xx, é de x%, conforme o Decreto n.º
10.356/2020 e alterações posteriores.
Aquisições Faturamento
Faturamento R$ a
Produto Tributos Incentivadas Devoluções de
bruto investir (*)
contrapartida
1 Produto
R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
X
2 Produto
R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Y
Total R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
(*) Calculado como "faturamento de contrapartida" multiplicado pelo percentual dos investimentos
em PD&I para produtos, produzidos por entidades beneficiárias sediadas nas egiões
Sudam/Sudene e Centro-Oeste, que, no exercício de 20xx, é de x%, conforme Decreto n.º
5.906/2006.
A Tabela 1.2.a será utilizada somente para apresentação das informações referente ao 1º
trimestre de 2020 conforme a Lei n.º 8.248/1991.
Faturamento
Faturamento
Produto Tributos Devoluções de R$ a investir (*)
bruto
contrapartida
1 Produto
R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
X
2 Produto
R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Y
Total R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
(*) Calculado como "faturamento de contrapartida" multiplicado pelo percentual dos investimentos
em PD&I para produtos, produzidos por entidades beneficiárias sediadas nas regiões
Sudam/Sudene e Centro-Oeste, que, no exercício de 20xx , é de x%, conforme o Decreto n.º
10.356/2020 e alterações posteriores.
Aquisições Faturamento
Faturamento R$ a
Produto Tributos Incentivadas Devoluções de
bruto investir *
contrapartida
1 Produto X R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
2 Produto Y R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Total R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
* Calculado como "faturamento de contrapartida" multiplicado pelo percentual dos investimentos
em PD&I para produtos, produzidos por entidades beneficiárias sediadas nas regiões
Sudam/Sudene e Centro-Oeste, que, no exercício de 20xx , é de x%, conforme o Decreto n.º
5.906/2006.
**A Tabela 1.3.a será utilizada somente para apresentação das informações referente ao 1º
trimestre de 2020 conforme a Lei n.º 8.248/1991.
2. Base de cálculo do Pesquisa, Desenvolvimento e
Inovação Mínimo (PD&IM) e investimento
Tabela 2.1 – Detalhamento da tabela 2 Base de cálculo do PD&IM ano calendário XXX
Valor Exceção em Notas 1
declarado no Real
RDA
1º
Trimestre
2º
Trimestre
3º
Trimestre
4º
Trimestre
Tabela 4.1 – Consolidação da tabela relativa aos dispêndios por modalidade de execução
Dispêndios
Com
Consolidados por modalidade
Declarado exceção
(*)
FNDCT trimestral
Fundos de investimento (**)
Auditoria independente
Projetos realizados internamente, extraconvênio
Projetos realizados em convênios com instituições públicas situadas
nas regiões Sudam/Sudene e Centro-Oeste
Projetos em convênios com instituições privadas situadas nas regiões
Sudam/Sudene e Centro-Oeste
Projetos em convênios com instituições situadas nas demais regiões
Total
(*) Os valores apresentados na coluna "Com Exceção" são resultado da extrapolação de desvios
identificados nos testes amostrais dos projetos efetuados nos termos dos itens 29 e 30 do CTO 05
e atualizações. Os valores apresentados na coluna "Declarado" correspondem ao resultado dos
testes nos quais não encontramos exceções e também às rubricas de dispêndios não
selecionadas para testes nos termos dos itens 29 e 30 do CTO 05 e atualizações. Portanto, a
conclusão relativa a esta coluna deve ser avaliada no contexto dos requisitos do CTO 05 e
atualizações.
(**) Destinados à capitalização de empresas de base tecnológica, e sob a forma de aplicação em
programa do Governo federal, que se destine ao apoio a empresas de base tecnológica, nos
termos do disposto em regulamento editado pelo Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações;
5.1 Projetos realizados em convênios com instituições públicas situadas nas regiões
Sudam/Sudene e Centro-Oeste
5.2 Projetos em convênios com instituições privadas situadas nas regiões Sudam/Sudene e
Centro-Oeste
6.1.1 Projeto 1 [repete-se para todos os projetos identificados com exceção relevante]
Título: [descrever]
Data de início: / /20__
Data de término: / /20__
Tabela 5.1.1 - Dispêndios Projeto 1
Valor Com exceção Com exceção
Inciso Dispêndios
declarado enquadramento documentação (*)
Equipamentos,
I R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
softwares e outros
II Obras civis R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
III RH R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
IV Material de protótipo R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
V Material de consumo R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
VI Livros e periódicos R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
VII Viagens R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
VIII Treinamento R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
IX Serviços de terceiros R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
X Outros correlatos R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Custos incorridos R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Total R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
(*) Considerando que os testes são realizados em base amostral, o auditor independente deve
detalhar a sua avaliação e julgamento das exceções identificadas na sua conclusão sobre o efeito
na população como um todo e, se aplicável, efetuar referências cruzadas para a modificação em
seu relatório de asseguração.
Detalhamento das exceções identificadas de enquadramento de dispêndios
[Descreva as exceções identificadas na análise do enquadramento dos dispêndios, conforme a
metodologia de análise. Se necessário, tabelas adicionais podem ser incluídas para melhor
entendimento das exceções.]
Regiões
FNDCT Sudam/Sudene e
Centro-Oeste Convênio Co
Fundos de Auditoria
Aplicações PPI Demais
Convênio Convênio Regiões Investimento Independente P
Residual
Trimestral Instituições Instituições P
Insuficiência
Públicas Privadas
Obrigações
geradas pelo
faturamento
Obrigações
Repassadas *
Obrigações
Assumidas *
Dispêndios
Declarados
Adiantamento
válido para o
ano seguinte
Dispêndios sem
exceção** no
ano
Demonstração
dos Débitos
Intermediários***
Demonstração
dos Débitos
Final***
Todos os valores estão em (R$) reais.
Demonstração dos Débitos Intermediários: Corresponde à diferença entre Aplicações Totais e
Obrigações Totais.
Demonstração dos Débitos Final: débito final após realizadas as compensações dos valores
obtidos no Débito Intermediário.
(*) As obrigações repassadas e obrigações assumidas poderão ser suprimidas da tabela caso a
empresa beneficiária não seja classificada como empresa contratante e/ou contratada.
(**) Os valores apresentados como "Sem Exceção" correspondem ao resultado dos testes nos
quais não encontramos exceções e também às rubricas de dispêndios não selecionadas para
testes nos termos dos itens 29 e 30 do CTO 05 e atualizações. Portanto, a conclusão relativa a
essa linha deve ser avaliada no contexto dos requisitos do CTO 05 e atualizações.
(***) Os valores apresentados nas Demonstrações de Débitos, intermediário e final, poderão ser
alvos de revisão pelo MCTIC, quando avaliados os projetos realizados pelas contratantes,
mediante contrato de assunção.
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, CTO 06, DE 20 DE MAIO DE 2021
Sumário Item
OBJETIVO 1
INTRODUÇÃO 2-5
DEFINIÇÕES 6
ENTENDIMENTO E ORIENTAÇÃO AOS AUDITORES INDEPENDENTES 7 - 13
Planejamento 14
Materialidade 15
Controles internos 16 - 17
Trabalho de especialistas 18
Considerações de fraude e de atos ilegais 19 - 20
Exigências éticas relevantes 21
Representações formais 22 - 25
Obtenção de evidência – Consideração de riscos e respostas aos riscos 26 - 27
Seções A) e B) – Orientações específicas para a execução dos trabalhos 28
pelos auditores independentes
Seção A) Trabalhos de asseguração do acompanhamento do processo da 29 - 72
relicitação
A.1) Movimentação dos bens 29 - 36
A.2) Acompanhamento dos aspectos de governança 37 - 52
A.3) Compilação de projeção de fluxo de caixa 53 - 72
Seção B) Trabalhos de asseguração do cálculo de indenização 73 - 111
Formação da opinião dos auditores independentes 112 -
114
VIGÊNCIA
MODELOS DOS RELATÓRIOS DE ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL
MODELO A.1) Asseguração razoável sobre a movimentação dos bens
MODELO A.2) Asseguração razoável sobre acompanhamento aspectos de
governança
MODELO A.3) Asseguração razoável sobre a compilação do fluxo de caixa
projetado
MODELO – B) Asseguração razoável sobre o cálculo da indenização
ANEXO I – Relatório de cálculo da indenização (RCI)
Objetivo
Introdução
2. A Lei n.º 13.448/2017 estabelece diretrizes gerais para prorrogação e relicitação dos
contratos de parceria nos setores rodoviário, ferroviário e aeroportuário da administração
pública federal, definidos nos termos da Lei n.º 13.334, de 13 de setembro de 2016, que cria
o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), e altera a Lei n.º 10.233, de 5 de junho de
2001, e a Lei n.º 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.
3. O Art. 15 da Lei n.º 13.448/2017 menciona que a relicitação do contrato de parceria será
condicionada à celebração de termo aditivo com o atual contratado e, ainda de acordo com
Art. 17, o órgão ou a entidade competente deverá promover o estudo técnico necessário de
forma precisa, clara e suficiente para subsidiar a relicitação dos contratos de parceria,
visando assegurar sua viabilidade econômico-financeira e operacional.
4. O Decreto n.º 9.957 foi emitido para regulamentar o procedimento para relicitação dos
contratos de parceria nos setores rodoviário, ferroviário e aeroportuário e, em seus Arts. 7º e
11, mencionam a necessidade de trabalhos a serem executados por auditores
independentes, como se observa a seguir:
Definições
6. Para fins deste comunicado e para o cumprimento dos requisitos da Lei n.º 13.448,
regulamentada pelo Decreto n.º 9.957, e para fins de cumprimento da Resolução n.º 533, os
termos possuem os seguintes significados:
Relicitação: procedimento que compreende a extinção amigável do contrato de parceria e a
celebração de novo ajuste negocial para o empreendimento, em novas condições
contratuais e com novos contratados, mediante licitação promovida para esse fim, neste
caso em especial aos contratos de parceria no setor aeroportuário, cujas disposições
contratuais não estejam sendo atendidas ou cujos contratados demonstrem incapacidade de
adimplir as obrigações contratuais ou financeiras assumidas originalmente, e desde que
estejam garantidas a continuidade, regularidade e eficiência na prestação dos serviços
contratados aos usuários bem como a transparência, necessidade e adequação das
decisões dos órgãos e das entidades competentes.
Termo aditivo: documento celebrado com a atual entidade concessionária e condicionante
para a relicitação do contrato de parceria, no qual constarão a aderência aos termos da
relicitação e posterior extinção do contrato original, a suspensão de obrigações de
investimentos vincendas não consideradas como essenciais, as condições mínimas de
prestação de serviço durante o período da relicitação até o início de um novo contrato de
parceria, a previsão do pagamento de indenização e adoção de arbitragem e outros
mecanismos de resolução de conflitos com relação ao cálculo de indenização, entre outros
elementos julgados pertinentes pela agência reguladora.
Bens reversíveis: bens indispensáveis à continuidade e atualidade da prestação do serviço
objeto da concessão, assim considerados, como bens repassados à entidade
concessionária pelo Poder Público, o próprio sítio aeroportuário e suas edificações,
instalações, obras civis e benfeitorias nele localizadas, máquinas, equipamentos, bens de
informática, aparelhos, utensílios, instrumentos, veículos e móveis, softwares utilizados na
prestação dos serviços objeto da concessão, e licenças ambientais, projetos de obras
executadas pela entidade concessionária e manuais técnicos vigentes. Bens e sistemas
adquiridos pela entidade concessionária utilizados exclusivamente em atividades
administrativas não são considerados reversíveis.
Entendimento e orientação aos auditores independentes
11. Para fins deste comunicado, os trabalhos devem ser de asseguração razoável. O trabalho
de asseguração razoável é o trabalho de asseguração no qual o auditor independente reduz
o risco do trabalho para um nível aceitavelmente baixo nas circunstâncias do trabalho como
base para a sua conclusão. A conclusão do auditor independente é emitida de forma que o
possibilite expressar sua opinião sobre o resultado da mensuração ou da avaliação de
determinado objeto, de acordo com os critérios aplicáveis. Segurança razoável é um alto
nível de segurança, mas não uma garantia de que os procedimentos de asseguração, de
acordo com a NBC TO 3000, sempre detectem as eventuais distorções relevantes
existentes.
12. Dessa forma, o auditor deve executar os procedimentos necessários, com o objetivo de
emitir relatórios distintos contendo opinião sobre:
a) o relatório de movimentação dos bens preparado pela entidade concessionária foi
elaborado, em todos os aspectos relevantes, de acordo com as exigências contidas na
Resolução n.º 533 e eventuais orientações complementares emitidas pela ANAC
aplicáveis;
b) determinados aspectos de governança (seção A.2) no processo de acompanhamento
das obrigações assumidas cumprem, em todos os aspectos relevantes, os requisitos
de governança previstos no Termo Aditivo firmado entre a ANAC e a entidade
concessionária;
c) o fluxo de caixa da entidade concessionária foi preparado de acordo com o Ofício-
Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC; e
d) as informações contidas no cálculo da indenização apresentado pela ANAC em
relação à entidade concessionária foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, de acordo com as exigências contidas na Resolução n.º 533 e eventuais
orientações complementares emitidas pela ANAC aplicáveis ao cálculo da
indenização.
13. Em relação ao parágrafo anterior, no que se refere ao item (a) movimentação dos bens, ao
item (b) acompanhamento das obrigações assumidas no termo aditivo e ao item (c) fluxo de
caixa da entidade concessionária, o auditor deve executar procedimentos mínimos de
asseguração razoável específicos apresentados na seção “A” deste CT, baseados nas
definições dispostas no termo aditivo, nas orientações do Ofício-Circular n.º
1/2021/GEIC/SRA-ANAC e eventuais orientações complementares emitidas pela ANAC.
Quanto ao item (d) cálculo de indenização, o auditor deve executar os procedimentos
mínimos de asseguração razoável apresentados na seção “B” deste CT, baseados também
nos requerimentos e exigências da Resolução n.º 533.
Planejamento
14. De acordo com o item 40 da NBC TO 3000, o auditor independente deve planejar o trabalho
para que ele seja executado de forma eficaz, incluindo a definição do alcance, da época e
da coordenação do trabalho; assim como determinar a natureza, a época e a extensão dos
procedimentos planejados que são requeridos de forma a alcançar o seu objetivo.
Materialidade
Controles internos
16. O auditor independente deve obter entendimento dos controles internos da entidade
concessionária relacionados ao cumprimento das obrigações assumidas no Termo Aditivo
(que inclui aspectos de governança no processo de relicitação) e à compilação da
movimentação dos bens e do fluxo de caixa, destinado ao acompanhamento econômico-
financeiro do processo de relicitação, apresentados pela entidade concessionária, bem
como em relação aos dados e informações apresentados à ANAC e que fundamentam o
cálculo da indenização devida pelos bens reversíveis não amortizados.
17. Entender os controles internos sobre a informação do objeto auxilia o auditor independente
a identificar os tipos de distorções e fatores que afetam o risco de distorções relevantes na
informação do objeto. O auditor independente é requerido a avaliar o desenho dos controles
relevantes e a determinar se eles foram implementados ao realizar procedimentos adicionais
às indagações da parte responsável. O julgamento profissional é necessário para determinar
quais controles são relevantes nas circunstâncias do trabalho e se estes serão testados
durante o processo de asseguração.
Trabalho de especialistas
18. Determinados aspectos dos objetos submetidos aos trabalhos de asseguração poderão
requerer especialização, o que demandará o uso de especialistas com capacidade técnica e
experiência, entre outros, em projetos de infraestrutura. De acordo com o item 52 da NBC
TO 3000, citado a seguir, o auditor independente, sempre que aplicável, deve entender a
natureza do trabalho do especialista com objetivo de compreender o serviço para o qual o
especialista é utilizado na extensão que lhe permita aceitar a responsabilidade pela
conclusão em relação às informações sobre o objeto. O auditor independente avalia até que
ponto os serviços de especialista devem ser utilizados para formar a sua própria conclusão.
19. A responsabilidade primária pela prevenção e detecção de fraude e de atos ilegais é dos
responsáveis pela governança e da administração da entidade concessionária. Portanto, é
importante que a administração, com a supervisão geral dos responsáveis pela governança,
enfatize a prevenção de fraude, o que pode reduzir as oportunidades de sua ocorrência, e a
dissuasão de fraude, o que pode persuadir os indivíduos a não perpetrar fraude por causa
da probabilidade de detecção e punição.
20. Por sua vez, o auditor é responsável por obter segurança de que as informações, como um
todo, não contêm distorções relevantes, causadas por fraude ou erro. Devido às limitações
inerentes nos trabalhos do auditor, há risco inevitável de que algumas distorções relevantes
nas informações possam não ser detectadas, apesar dos procedimentos executados pelos
auditores tenham sido devidamente planejados e realizados.
21. O auditor deve cumprir com as exigências éticas relevantes aplicáveis aos trabalhos de
asseguração ou outras exigências profissionais impostas por leis ou regulamentos que
contenham requisitos ou exigências similares aplicáveis a esses trabalhos.
Representações formais
24. Se o auditor independente determinar que é necessário obter uma ou mais representações
adicionais para dar suporte a outras evidências relevantes para a informação do objeto, o
auditor deve requerer tais representações por escrito.
27. Nesse sentido, o auditor deve obter evidência apropriada e suficiente sobre a efetiva
operação dos controles relevantes quando:
a) a avaliação de riscos pelo auditor incluir a expectativa de que os controles estejam
operando de forma efetiva; ou
b) outros procedimentos, que não sejam testes de controles, não podem, sozinhos,
fornecer evidências apropriadas e suficientes.
28. De forma a orientar os auditores independentes na execução dos trabalhos e emissão dos
seus relatórios de acordo com a NBC TO 3000, este comunicado apresenta a seguir a
descrição das orientações mínimas sugeridas para asseguração, as quais não são
exaustivas, cabendo ao auditor exercer seu julgamento profissional para determinar a
necessidade de executar procedimentos adicionais.
29. Esta seção tem o objetivo de orientar os auditores independentes quanto aos procedimentos
mínimos a serem executados nos trabalhos de asseguração relacionados ao relatório de
movimentação de bens apresentado pela entidade concessionária, conforme os critérios
definidos na Resolução n.º 533, as definições dispostas no Termo Aditivo, as orientações do
Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC e eventuais orientações complementares
emitidas pela ANAC quanto à movimentação de bens.
Objeto
30. O auditor deve assegurar que o registro das movimentações dos bens vinculados a bens
reversíveis não amortizados e que a existência, valorização e integridade dos ativos que
farão parte do cálculo indenizatório e das suas movimentações (adições e baixas) durante o
período de acompanhamento da relicitação foram elaborados, em todos os aspectos
relevantes, conforme os critérios definidos na Resolução n.º 533, as definições dispostas no
Termo Aditivo, as orientações do Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC e eventuais
orientações complementares emitidas pela ANAC quanto à movimentação de bens.
Critérios de asseguração
31. A Resolução n.º 533 em seu Capítulo I – Dos Bens Reversíveis regulamenta os critérios a
serem observados na definição e classificação dos bens reversíveis que serão incluídos no
relatório de movimentação de bens.
32. Conforme Art. 2º, são bens reversíveis aqueles indispensáveis à continuidade e atualidade
da prestação do serviço objeto da concessão, assim considerados:
33. Não são reversíveis os bens e sistemas adquiridos pela entidade concessionária utilizados
exclusivamente em atividades administrativas, bem como outros não mencionados no item
32 acima.
Procedimentos mínimos
35. Conforme destacado no item 18 acima, o auditor poderá fazer uso de trabalhos de
especialistas, sempre que julgar necessário, para a avaliação da reversibilidade dos bens
inclusos no cálculo da indenização.
36. Adicionalmente, o auditor deve, com base em seu julgamento profissional, determinar e
realizar os procedimentos de asseguração, o que inclui, dentre outros procedimentos, a
seleção de uma amostragem para obter evidências persuasivas relacionadas com os
tópicos mencionados acima.
Visão Geral
37. Esta seção tem o objetivo de orientar os auditores independentes quanto aos procedimentos
mínimos a serem executados nos trabalhos de asseguração relacionados ao
acompanhamento do processo de relicitação, incluindo o cumprimento das obrigações
assumidas em termo aditivo, tal como requerido pelo Decreto n.º 9.957 e esclarecido por
orientações do Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC e eventuais orientações
complementares emitidas pela ANAC.
Objeto
39. O Art. 8º do Decreto n.º 9.957 estabelece os aspectos mínimos que devem ser observados
pela entidade concessionária até o fim do período de relicitação e consequente extinção do
contrato de concessão. Tais obrigações estão detalhadas e acordadas entre ANAC e
entidade concessionaria por meio do termo aditivo. Outras orientações da ANAC por meio
de ofícios-circulares podem prover critérios adicionais sobre como devem ser observadas
pela entidade concessionária as obrigações assumidas.
Procedimentos mínimos
40. O auditor deve obter pautas e atas de reunião do Conselho de Administração realizadas no
período e verificar se há evidências de que ocorreu o envio da pauta das reuniões para a
ANAC, com antecedência mínima de quinze dias.
41. O auditor deve verificar se todas as atas de reunião de Conselho de Administração foram
encaminhadas para a ANAC em período de até cinco dias a contar da data de realização da
reunião.
42. O auditor deve confirmar o entendimento sobre a definição de partes relacionadas com a
administração da entidade concessionária e a extensão dos seus níveis de relacionamento
para fins dos procedimentos a seguir, tomando por base os conceitos existentes no contrato
original de concessão entre ANAC e entidade concessionária. Espera-se que tais conceitos
estejam substancialmente alinhados com a definição existente nas normas contábeis
brasileiras em vigor relacionadas a esse tema.
43. O auditor deve obter representação específica e formal da entidade concessionária com a
lista de suas partes relacionadas e eventuais transações ocorridas no período. Caso no
período e data-base de reporte tenha havido transações com partes relacionadas, o auditor
deve também obter a relação das transações ocorridas e a documentação de aprovação e
anuência prévia pela ANAC que autoriza a realização da transação com partes
relacionadas, conforme as definições estabelecidas no Termo Aditivo da relicitação.
45. O auditor deve obter representação específica e formal da entidade concessionária com
afirmação se houve ou não pagamento de remuneração aos acionistas no período. Caso no
período e data-base de reporte tenha havido pagamento de remuneração a acionistas, o
auditor deve também obter a relação dos pagamentos efetuados e avaliar eventuais
exceções identificadas em relação às disposições do Decreto n.º 9.957.
Redução de capital
47. O auditor deve obter representação específica e formal da entidade concessionária com
afirmação se houve ou não evento de redução de capital no período. Caso no período e
data-base de reporte tenha havido redução de capital, o auditor deve também obter a
relação das transações ocorridas e avaliar eventuais exceções identificadas em relação às
disposições do Decreto n.º 9.957.
49. O auditor deve obter representação específica e formal da entidade concessionária com
afirmação se houve ou não cessão de bens e garantias, e/ou dação em garantia de ativos
no período. Caso no período e data-base de reporte tenha havido transação cessão de bens
e garantias, e/ou dação em garantia de ativos, o auditor deve também obter a relação das
transações ocorridas e avaliar eventuais exceções identificadas em relação às disposições
do Decreto n.º 9.957.
Visão Geral
54. Para tanto, a ANAC estabeleceu em seu Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC que a
entidade concessionária deve elaborar semestralmente projeções de fluxo de caixa do início
da vigência do processo de relicitação até a data prevista para que ocorra a transição das
operações do aeroporto, tendo como data-base o último dia de cada semestre-calendário
(30/6 e 31/12).
55. Ademais, as projeções dos semestres seguintes deverão também demonstrar o fluxo de
caixa efetivamente realizado até a data do relatório, bem como comparação com as
projeções realizadas nos semestres anteriores.
Objeto
56. O auditor deve assegurar que o fluxo de caixa projetado, preparado pela entidade
concessionária a cada semestre para o período completo da relicitação, tenha sido
compilado, em todos os aspectos relevantes, de acordo com o Ofício-Circular n.º
1/2021/GEIC/SRA-ANAC e eventuais orientações complementares emitidas pela ANAC.
57. Este comunicado não se aplica ao exame e/ou asseguração dos fluxos de caixa projetados,
tampouco sobre as perspectivas futuras da administração, dado que o auditor está
assegurando apenas sua compilação.
Critérios de asseguração
59. O fluxo de caixa projetado deve ser preparado de forma consistente com o Ofício-Circular
n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC da ANAC, considerando-se as políticas contábeis aplicadas
pela entidade concessionária, conforme divulgadas nas notas explicativas às suas
demonstrações contábeis.
Procedimentos mínimos
Conhecimento do negócio
60. O auditor deve obter um nível suficiente de conhecimento do negócio para poder avaliar se
todos os elementos significativos necessários para a preparação dos fluxos de caixa
projetados foram identificados (ex: informações financeiras aplicáveis, práticas contábeis
adotadas, aspectos tributários, dentre outros). O auditor também precisará se familiarizar
com o processo da entidade concessionária para preparar fluxos de caixa projetados, por
exemplo, considerando os itens 61 e 62 a seguir.
61. Os controles internos sobre o sistema usado para preparar fluxos de caixa projetados e o
conhecimento e experiência das pessoas que preparam os fluxos de caixa projetados.
63. Como procedimento para a avaliação de risco, o auditor pode considerar a precisão dos
fluxos de caixa projetados preparados em períodos anteriores e os motivos de variações
significativas em relação aos números realizados (orçado x realizado).
64. O auditor deve obter conhecimento das informações financeiras históricas da entidade
concessionária para avaliar se os fluxos de caixa projetados foram preparados de maneira
consistente com as informações financeiras históricas. O auditor precisará estabelecer, por
exemplo, se informações históricas relevantes foram auditadas ou revisadas e se princípios
contábeis aceitáveis foram usados em sua preparação.
65. Se o relatório de auditoria ou revisão de informações financeiras históricas de períodos
anteriores for outro que não “opinião/conclusão sem modificação” ou se a entidade
concessionária estiver em uma fase inicial, o auditor deve considerar os fatos circundantes e
o efeito na asseguração da compilação dos fluxos de caixa projetados.
Processo de compilação
67. O auditor deve avaliar a fonte e a confiabilidade das informações financeiras compiladas que
sustentam o fluxo de caixa elaborado pela administração. Evidências apropriadas e
suficientes que sustentam tais informações financeiras compiladas seriam obtidas de fontes
internas e externas, incluindo a consideração das premissas à luz de informações históricas
e uma avaliação de se elas são baseadas em planos que estão dentro da capacidade da
entidade concessionária.
68. Apesar de não fazer parte do escopo da asseguração a validação das premissas utilizadas
para elaboração dos fluxos de caixa, como parte do exercício de ceticismo profissional, o
auditor deve obter entendimento de como as premissas são usadas, e quais implicações
significativas de tais premissas foram levadas em consideração pela administração. Por
exemplo, ao projetar o fluxo de receitas, como a administração levou em consideração o
fluxo atual de passageiros.
69. Embora a evidência que suporta premissas hipotéticas não precise ser obtida, o auditor
deve estar convencido de que são consistentes com o objetivo dos fluxos de caixa
projetados e que não há razão para acreditar que sejam claramente irrealistas.
70. O auditor precisará estar convencido de que os fluxos de caixa projetados são
adequadamente compilados pela administração, por exemplo, fazendo verificações
administrativas, como recomputação, e revisando a consistência interna, ou seja, as ações
que a administração pretende adotar são compatíveis umas com as outras e não há
inconsistências na determinação dos valores baseados em variáveis comuns, como taxas
de juros.
71. O auditor deve obter representações por escrito da administração a respeito do uso
pretendido dos fluxos de caixa projetados, a completude de premissas significativas da
administração e a aceitação pela administração de sua responsabilidade pelos fluxos de
caixa projetados.
Apresentação e divulgação
72. Ao avaliar o processo de compilação dos fluxos de caixa projetados, o que inclui sua
apresentação e divulgação, além dos requisitos específicos de regulamentos ou orientações
específicas emanadas pelo órgão competente, o auditor precisará considerar se:
a) a apresentação de fluxos de caixa projetados é informativa e não enganosa;
b) as políticas contábeis estão claramente divulgadas nas notas explicativas aos fluxos
de caixa projetados;
c) as premissas estão adequadamente divulgadas nas notas explicativas aos fluxos de
caixa projetados. Precisa ficar claro se as premissas representam as melhores
estimativas da administração ou são hipotéticas. Quando premissas são feitas em
áreas relevantes e sujeitas a um alto grau de incerteza, essa incerteza e a
sensibilidade resultante dos resultados precisam ser adequadamente divulgadas;
d) a data em que os fluxos de caixa projetados foram preparados é divulgada. A
administração precisa confirmar que as premissas são apropriadas a partir desta data,
mesmo que as informações subjacentes possam ter sido acumuladas durante um
período de tempo;
e) a base do estabelecimento de pontos em um intervalo é claramente indicada e o
intervalo não é selecionado de maneira tendenciosa ou enganosa quando os
resultados mostrados nos fluxos de caixa projetados são expressos em termos de um
intervalo; e
f) qualquer alteração na política contábil desde as demonstrações financeiras históricas
mais recentes é divulgada, juntamente com o motivo da alteração e seu efeito nos
fluxos de caixa projetados.
Visão Geral
73. A Resolução n.º 533 regulamenta os procedimentos e a metodologia de cálculo dos valores
referentes à indenização por investimentos vinculados a bens reversíveis não amortizados,
devidos à entidade concessionária, em caso de extinção antecipada de contratos de
concessão de aeroportos e se aplica somente aos casos de extinção antecipada por
caducidade, relicitação ou falência da entidade concessionária.
Objeto
74. O auditor deve assegurar que a compilação das informações e apuração do cálculo de
indenização preparado pela ANAC, com base nas informações obtidas da entidade
concessionária, tenha sido elaborado, em todos os aspectos relevantes, de forma
consistente com as regras e práticas previstas na Resolução n.º 533.
Critérios de asseguração
76. O auditor deve avaliar o desenho dos controles relevantes da entidade concessionária
relacionados aos investimentos e classificação dos bens e seus respectivos investimentos
como reversíveis ou não reversíveis, de acordo com a Resolução n.º 533, para possibilitar a
identificação de riscos de distorções relevantes nas informações e determinar se os
controles internos foram implementados de forma apropriada para fornecer uma base para
planejar e executar procedimentos de asseguração relacionados aos bens e seus
investimentos. Com base no julgamento do auditor e na avaliação dos controles internos da
entidade concessionária, o auditor deve planejar e executar os procedimentos apropriados e
suficientes, relacionados aos bens e seus investimentos, incluindo sua classificação.
77. O auditor deve obter da ANAC a relação de bens relacionados à concessão, bem como os
investimentos, preparada pela entidade concessionária, com a classificação dos bens e
investimentos em (i) reversíveis e não reversíveis; e para os bens e investimentos
considerados como reversíveis, (ii) indenizáveis e não indenizáveis. Além das referidas
classificações, a composição deve conter o valor (custo histórico) dos projetos.
78. A classificação dos bens e investimentos em reversíveis e não reversíveis deve ser feita
pela entidade concessionária, de acordo com as definições da Resolução n.º 533, em
especial seu Art. 2º.
79. Além da classificação em reversível e não reversível, os bens e investimentos deverão ser
classificados conforme subitens definidos no Art. 2º da Resolução n.º 533.
82. O auditor deve confrontar a composição citada no item 77 acima, referente aos bens e
investimento da data-base de análise, com o respectivo saldo contábil da data-base.
83. O auditor deve, por meio de uma amostra dos bens e investimentos da composição citada
anteriormente, selecionada com base em seu julgamento profissional, realizar os
procedimentos mencionados a seguir.
84. Para os bens reversíveis e bens não reversíveis, incluindo suas subclassificações:
a) obter a documentação suporte dos investimentos, como, por exemplo, nota
fiscal/fatura, comprovantes de pagamento, folha de pagamento, planilhas gerenciais
de rateio de dispêndios, etc.;
b) analisar, com apoio de especialistas, sempre que julgado necessário pelo auditor
independente, se os investimentos atendem os critérios de elegibilidade definidos de
acordo com a Resolução n.º 533;
c) verificar se os montantes de investimentos não reversíveis foram devidamente
compilados para a linha “investimentos realizados em bens não reversíveis” do
“cálculo do investimento em bens reversíveis”; e
d) avaliar se as exceções são consideradas, no seu julgamento, relevantes.
86. Para fins dos procedimentos mencionados nos itens 84 e 85 acima, o auditor deve
determinar uma amostra com base na materialidade consolidada do total de investimentos
realizados (reversíveis e não reversíveis, indenizáveis e não indenizáveis). Caso existam
subclassificações definidas nos Arts. 2º e 4º da Resolução n.º 533 para as quais a
metodologia de seleção do auditor não resulte na seleção de pelo menos um
bem/investimento para testes em sua amostra, o auditor deve incluir adicionalmente na
amostra de pelo menos um item relacionado ao bem/investimento para cada uma dessas
subclassificações.
87. Para fins dos procedimentos mencionados nos itens 88 a 94 a seguir, o auditor deve
determinar uma amostra com base na materialidade consolidada do total de investimentos
realizados (reversíveis e não reversíveis, indenizáveis e não indenizáveis). Caso existam
subclassificações definidas nos Arts. 2º e 4º da Resolução n.º 533 para as quais a
metodologia de seleção do auditor não resulte na seleção de pelo menos um
bem/investimento para testes em sua amostra, o auditor deve incluir adicionalmente na
amostra de pelo menos um item para cada uma dessas subclassificações.
88. Para a análise dos tributos recuperáveis, o auditor deve aplicar, no mínimo, os seguintes
procedimentos:
a) obter o relatório auxiliar dos tributos recuperáveis emitido pela entidade
concessionária;
b) inspecionar a documentação suporte, contábil, gerencial e fiscal, dos tributos
recuperáveis que permitam verificar o registro contábil, a memória de cálculo dos
impostos, a projeção de aproveitamento futuro dos créditos, assim como o suporte das
obrigações acessórias, tais como: EFD contribuições e recibo de entrega, DCTF
Declaração de Débitos e Créditos Tributos Federais, DARF e comprovantes de
recolhimento, regimes especiais (se houver), SPED Fiscal e recibo de entrega,
relatório gerencial de itens e serviços, razão contábil analítico das contas de despesas,
incentivos fiscais (se houver), incentivos e benefícios fiscais, reduções de alíquota,
créditos presumidos, alíquota 0 (zero) etc. contemplando as premissas, se há algum
tema que está sendo discutido judicialmente para o PIS/Cofins e qual a natureza,
quais as principais autuações para o PIS e a Cofins e qual o teor da autuação e o
status;
c) confrontar o resultado do item (a) acima com o saldo de tributos recuperáveis
calculados pela entidade concessionária;
d) confrontar o saldo de tributos recuperáveis do item (c) acima com o saldo contábil com
o objetivo de assegurar a existência da escrituração contábil/fiscal correspondente; e
e) avaliar se as exceções são consideradas, no seu julgamento, relevantes.
89. Este comunicado não se aplica ao exame e/ou asseguração das projeções que sustentam o
aproveitamento futuro dos créditos tributários nem tampouco sobre as perspectivas futuras
da administração, dado que o auditor está assegurando apenas sua compilação.
91. Este comunicado não se aplica ao exame e/ou asseguração das projeções que originaram a
margem de construção nem tampouco sobre as perspectivas futuras da administração, dado
que o auditor está assegurando apenas sua compilação.
94. Para juros e encargos financeiros capitalizados, o auditor deve aplicar, no mínimo, os
seguintes procedimentos:
a) obter memória de cálculo utilizada para contabilização dos valores de juros e encargos
financeiros capitalizados;
b) verificar se cálculo atende aos critérios estabelecidos no Art. 4º da Resolução n.º 533;
c) confrontar o saldo da memória de cálculo com o saldo contábil, com o objetivo de
assegurar a existência da escrituração contábil correspondente, e confrontar com o
relatório de cálculo da indenização;
d) determinar uma amostra conforme item 87 acima, a partir da base considerada no
cálculo de indenização e obter documentação suporte que permita analisar a
existência e precisão das informações registradas e formalização do contrato de
empréstimo; e
e) avaliar se as exceções são consideradas, no seu julgamento, relevantes.
95. Para fins dos procedimentos mencionados nos itens 96 a 100 a seguir, o auditor deve
determinar uma amostra com base na materialidade consolidada do total de investimentos
realizados (reversíveis e não reversíveis, indenizáveis e não indenizáveis). Caso existam
subclassificações definidas nos Art. 2º e 4º da Resolução n.º 533 para as quais a
metodologia de seleção do auditor não resulte na seleção de pelo menos um
bem/investimento para testes em sua amostra, o auditor deve incluir adicionalmente na
amostra de pelo menos um item para cada uma dessas subclassificações.
97. Para fins de atendimento que trata da avaliação dos custos com desapropriações, o auditor
deve confirmar se a obrigação de desapropriação das áreas foi alocada à entidade
concessionária no contrato de concessão, e aplicar, no mínimo, os seguintes
procedimentos:
a) analisar o contrato para identificar as áreas que foram desapropriadas pela entidade
concessionária ao longo do contrato de concessão;
b) obter e verificar o relatório de composição dos custos diretamente desembolsados
pela entidade concessionária em processos de desapropriação de áreas e confrontar
com o valor demonstrado no relatório de cálculo da indenização;
c) determinar uma amostra, conforme item 95 acima, a partir da base considerada no
cálculo de indenização e obter documentação suporte que permita analisar o
cumprimento dos critérios estabelecidos no Art. 4º da Resolução n.º 533, observados
os efeitos de amortização acumulada; e
d) avaliar se as exceções são consideradas, no seu julgamento, relevantes.
99. Para a análise dos créditos tributários não recuperáveis aos bens reversíveis, o auditor deve
aplicar, no mínimo, os seguintes procedimentos, com o apoio de especialistas:
a) inspecionar a documentação suporte, contábil, gerencial e fiscal, dos créditos
tributários recuperáveis que permitam verificar o registro contábil, a memória de
cálculo dos impostos, a projeção de aproveitamento futuro dos créditos, assim como o
suporte das obrigações acessórias, tais como: EFD contribuições e recibo de entrega,
DCTF Declaração de Débitos e Créditos Tributos Federais, DARF e comprovantes de
recolhimento, regimes especiais (se houver), SPED Fiscal e recibo de entrega,
relatório gerencial de itens e serviços, razão contábil analítico das contas de despesas,
incentivos fiscais (se houver), incentivos e benefícios fiscais, reduções de alíquota,
créditos presumidos, alíquota 0 (zero) etc. contemplando as premissas, se há algum
tema que está sendo discutido judicialmente para o PIS/Cofins e qual a natureza,
quais as principais autuações para o PIS e a Cofins e qual o teor da autuação e o
status;
b) confrontar os resultados obtidos no item (a) acima com o saldo dos créditos tributários
não recuperáveis aos bens reversíveis calculados pela entidade concessionária;
c) verificar se o cálculo atende aos critérios estabelecidos no Art. 4º da Resolução n.º
533; e
d) avaliar se as exceções são consideradas, no seu julgamento, relevantes.
Atualização monetária
101. O auditor deve efetuar teste de recálculo da correção do custo histórico inicial (ou valor
reavaliado subsequente, se for o caso), considerando o ajuste do custo pela variação
relativa do Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) desde a data em que o bem se
encontrava disponível para uso até a data de assunção das operações do aeroporto pelo
novo operador, conforme critério estabelecido no Inciso I do caput do Art. 5º da Resolução
n.º 533.
102. Para tanto, o auditor deve considerar uma amostra de bens conforme o nível de segurança
desejado e de evidência substantiva planejada. Alternativamente, fica a critério do auditor
determinar o método mais apropriado para realização dos testes, podendo ser utilizado,
entre outras, a técnica de auditoria assistida por computador (TAACs) para efetuar o teste
sobre a totalidade dos bens.
105. Para tanto, o auditor deve considerar uma amostra de bens conforme o nível de segurança
desejado e de evidência substantiva planejada. Alternativamente, o auditor pode utilizar-se
de técnicas de auditoria assistida por computador (TAACs) para efetuar o teste sobre a
totalidade dos bens.
107. Para fins dos bens previstos no inciso II do Art. 2º, relacionados ao sítio aeroportuário e suas
edificações, instalações, obras civis e benfeitorias nele localizadas, o auditor deve
considerar a curva de demanda utilizada como base para o cálculo da amortização,
previamente avaliada pela ANAC no processo de elaboração do cálculo. Este comunicado
não se aplica ao exame das projeções que originaram a curva de demanda tampouco sobre
as perspectivas futuras da administração.
108. A avaliação de vidas úteis no nível da classe do ativo, em vez de no nível do ativo individual,
geralmente é apropriada apenas quando a entidade concessionária possui um pequeno
número de classes de ativos com uma única vida útil atribuída a cada uma das classes e
teste apropriado da classificação de ativos seja realizado.
109. O auditor deve avaliar o desenho dos controles relevantes da entidade concessionária
relativo à contratação de partes relacionadas para identificar riscos de distorções relevantes
nas informações repassadas à ANAC e determinar se os controles internos foram
implementados de forma apropriada. Com base no julgamento do auditor e na avaliação dos
controles internos da entidade concessionária, o auditor deve planejar e executar os
procedimentos apropriados e suficientes, relativos às informações de partes relacionadas.
110. Para fins de atendimento que trata da avaliação dos termos e condições dos contratos com
partes relacionadas, o auditor deve confirmar se a entidade concessionária celebrou
contratos com partes relacionadas, e efetuar, no mínimo, os seguintes procedimentos:
a) obter a composição analítica dos contratos celebrados com partes relacionadas;
b) com base na composição analítica dos contratos celebrados com partes relacionadas,
obter respectivos contratos e termos aditivos;
c) analisar o processo de contratação, obtendo evidência de que foram efetuadas
cotações no mercado antes da contratação da parte relacionada para o respectivo
contrato;
d) analisar se a contratação da parte relacionada foi aprovada pelos membros da
administração;
e) analisar se a contratação da parte relacionada foi aprovada pelos acionistas
minoritários, tal como prevista no contrato de concessão, e se foram cumpridas todas
as disposições de eventual acordo de acionistas firmado; e
f) avaliar se as exceções são consideradas, no seu julgamento, relevantes.
Outras comunicações
111. O auditor deve considerar se, em conformidade com os termos da contratação e outras
circunstâncias do trabalho, algum assunto que chegou ao seu conhecimento deve ser
comunicado às partes responsáveis, incluindo eventuais exceções identificadas como
resultado dos procedimentos executados durante o processo de asseguração.
112. O auditor independente deve expressar uma opinião sem modificação quando ele concluir
que, com base nos procedimentos executados e nas evidências obtidas, as informações
contidas na movimentação dos bens, no fluxo de caixa e demais informações sobre
aspectos de governança do processo de relicitação, apresentado pela entidade
concessionária, bem como nas informações fornecidas pela entidade concessionária que
sustentam o cálculo da indenização apresentado pela ANAC foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, de acordo com os requisitos dos respectivos Termos Aditivos, assim
como a Resolução n.º 533, as orientações do Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA e
eventuais orientações complementares emitidas pela ANAC relacionadas ao processo de
relicitação, conforme aplicável, em atendimento à Lei n.º 13.448/2017 e ao Decreto n.º
9.957.
113. O auditor independente deve expressar uma opinião com modificação nas seguintes
circunstâncias, quando no seu julgamento profissional:
a) existir uma limitação no alcance e o efeito desse assunto seja relevante. Em tais
casos, o auditor deve expressar uma opinião com ressalva se os possíveis efeitos
forem relevantes ou se abster de apresentar uma opinião se os possíveis efeitos forem
relevantes e generalizados; ou
b) a informação do objeto estiver distorcida de forma relevante. Em tais casos, o auditor
deve expressar uma opinião com ressalvas se os efeitos forem relevantes ou uma
opinião adversa, se os efeitos forem relevantes e generalizados.
114. Com o objetivo de manter a consistência por parte dos auditores independentes na emissão
dos relatórios, este comunicado contém os modelos de relatórios de asseguração razoável
para cada um dos objetos de asseguração. O exemplo de relatório é apenas uma orientação
e não contempla eventuais modificações que possam ser necessárias em circunstâncias
específicas, nos termos previstos na NBC TO 3000.
Vigência
Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que os
procedimentos de asseguração, de acordo com a NBC TO 3000, sempre detectem as eventuais
distorções relevantes existentes. Os procedimentos aplicados basearam-se na nossa
compreensão do processo adotado pela concessionária para a elaboração do relatório de
movimentação de bens e de outras circunstâncias do trabalho e da nossa consideração sobre
distorções relevantes que poderiam existir nas informações, independentemente de estas serem
causadas por fraude ou erro. Entretanto, tais procedimentos não incluem a investigação ou
detecção de fraude ou erro.
Os procedimentos selecionados dependem de nosso julgamento, inclusive a avaliação dos riscos
dos controles não atender significativamente aos critérios. Ao fazer tais avaliações, consideramos
os controles internos implantados para permitir a elaboração do relatório de movimentação de
bens, a fim de estabelecer procedimentos adequados às circunstâncias, mas não com a finalidade
de expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos da concessionária.
Acreditamos que as evidências obtidas são suficientes e apropriadas para fundamentar nossa
opinião.
Opinião
Em nossa opinião, baseada nos procedimentos realizados, o relatório de movimentação de bens
referente ao período [abrangência da movimentação] foi elaborado, em todos os aspectos
relevantes, de acordo com os critérios definidos na Resolução n.º 533/2019 e as orientações do
Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC[,complementadas pelas notas técnicas XX, YY e ZZ
emitidas pela ANAC] [se aplicável – a ser complementado no caso de eventuais alterações
complementares emitidas pela ANAC], para fins de cumprimento dos requisitos da Lei n.º
13.448/2017, regulamentada pelo Decreto n.º 9.957/2019.
Restrição de uso e distribuição do relatório
De acordo com os termos do nosso trabalho, este relatório foi elaborado para a administração da
concessionária e a ANAC, visando atender ao requerimento do item [X.XX] do [Termo Aditivo
[referência ao termo_________], para cumprimento dos requisitos da Lei n.º 13.448/2017,
regulamentada pelo Decreto n.º 9.957/2019, e não deve ser apresentado ou distribuído a
terceiros, tendo em vista sua finalidade específica descrita no primeiro parágrafo deste relatório.
Qualquer outra parte que não seja a concessionária ou a ANAC que obtiver acesso ao nosso
relatório ou à cópia dele e confiar nas informações contidas em nosso relatório (ou qualquer parte
dele) irá fazê-lo por sua própria conta e risco. Não aceitamos ou assumimos qualquer
responsabilidade e negamos qualquer responsabilidade perante qualquer outra parte que não seja
a [nome da entidade] e/ou [identificar outros usuários pretendidos] pelo nosso trabalho, pelo
relatório de asseguração razoável ou pelas nossas conclusões.
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]
A.2 – MODELO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL SOBRE
ACOMPANHAMENTO DOS ASPECTOS DE GOVERNANÇA
Alcance
Fomos contratados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para apresentar um relatório
de asseguração razoável sobre as declarações e informações prestadas pela [nome da entidade]
(a concessionária) referente ao período de [período sendo reportado], para fins de cumprimento
do Art. 8º do Decreto n.º 9.957/2019 e das cláusulas [cláusulas] do termo aditivo [referência ao
termo] de [XX de XXXX de 20XX].
Responsabilidades da Administração
Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que os procedimentos
de asseguração, de acordo com NBC TO 3000, sempre detectem as eventuais distorções
relevantes existentes. Os procedimentos aplicados basearam-se na nossa compreensão do
processo adotado pela concessionária para a elaboração das informações e as declarações
prestadas e de outras circunstâncias do trabalho e da nossa consideração sobre distorções
relevantes que poderiam existir nas informações, independentemente de estas serem causadas
por fraude ou erro. Entretanto, tais procedimentos não incluem a investigação ou detecção de
fraude ou erro.
Acreditamos que as evidências obtidas são suficientes e apropriadas para fundamentar nossa
opinião.
Opinião
De acordo com os termos do nosso trabalho, este relatório foi elaborado para a administração da
concessionária e a ANAC, visando atender ao requerimento do item [X.XX] do [Termo Aditivo
[referência ao termo_________], para cumprimento dos requisitos da Lei n.º 13.448/2017,
regulamentada pelo Decreto n.º 9.957/2019, e não deve ser apresentado ou distribuído a terceiros,
tendo em vista sua finalidade específica descrita no primeiro parágrafo deste relatório.
Qualquer outra parte que não seja a concessionária ou a ANAC que obtiver acesso ao nosso
relatório ou à cópia dele e confiar nas informações contidas em nosso relatório (ou qualquer parte
dele) irá fazê-lo por sua própria conta e risco. Não aceitamos ou assumimos qualquer
responsabilidade e negamos qualquer responsabilidade perante qualquer outra parte que não seja
a [nome da entidade] e/ou [identificar outros usuários pretendidos] pelo nosso trabalho, pelo
relatório de asseguração razoável ou pelas nossas conclusões.
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]
A.3 – MODELO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL SOBRE O PROCESSO DE
COMPILAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA PROJETADO
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]
B – MODELO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL SOBRE A COMPILAÇÃO DAS
INFORMAÇÕES E APURAÇÃO DO CÁLCULO DA INDENIZAÇÃO
Alcance
Fomos contratados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para apresentar um relatório
de asseguração razoável sobre a compilação das informações e apuração do cálculo dos valores
de indenização da [nome da entidade] (a concessionária) referente ao período [abrangência da
cálculo], apresentados no Anexo I, para fins de cumprimento do Decreto n.º 9.957/2019 e da
Resolução n.º 533/2019 da ANAC.
Responsabilidades da Administração
A ANAC é responsável pela elaboração adequada do cálculo dos valores de indenização,
apresentado no Anexo I deste relatório, o qual foi elaborado com base nas informações prestadas,
de responsabilidade da Administração da Concessionária, e de acordo com os critérios
estabelecidos na Resolução n.º 533/2019 e as orientações do Ofício-Circular n.º
1/2021/GEIC/SRA-ANAC[, complementadas pelas notas técnicas XX, YY e ZZ emitidas pela
ANAC], que dispõem sobre os procedimentos e a metodologia de cálculo dos valores de
indenização referentes aos investimentos vinculados a bens reversíveis não amortizados, como
parte do processo de relicitação dos contratos de parceria no setor aeroportuário de que trata a
Lei n.º 13.448/2017, regulamentada pelo Decreto n.º 9.957/2019. A ANAC também é responsável
pelos controles internos que ela determinou como necessários para elaboração do cálculo dos
valores de indenização, assim como a Administração da Concessionária é responsável pelos
controles internos para permitir que as informações prestadas como base para o referido cálculo
estejam livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Responsabilidades dos auditores independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre se as informações e apuração do
cálculo dos valores de indenização, apresentadas no Anexo I, foram compiladas de acordo com
os critérios definidos na Resolução n.º 533/2019, elaborada pela ANAC para cumprir com os
requisitos da Lei n.º 13.448/2017, regulamentada pelo Decreto n.º 9.957/2019. Conduzimos
nosso trabalho de acordo com o Comunicado CTO 06, emitido pelo Conselho Federal de
Contabilidade (CFC), tomando por base a NBC TO 3000 – Trabalho de Asseguração Diferente de
Auditoria e Revisão, emitida pelo CFC. Essa norma requer o cumprimento pelo auditor de
exigências éticas, independência e demais responsabilidades referentes a ela, inclusive quanto à
aplicação das normas de controle de qualidade, e, portanto, a manutenção de sistema de controle
de qualidade abrangente, incluindo políticas documentadas e procedimentos sobre o
cumprimento de requerimentos éticos, normas profissionais e requerimentos legais e regulatórios
aplicáveis. Adicionalmente, a referida norma requer que o trabalho seja planejado e executado
para a obtenção de segurança razoável, em todos os aspectos relevantes, sobre se o relatório de
movimentação de bens, apresentado no Anexo I deste relatório, foi elaborado, em todos os
aspectos relevantes, de acordo com os critérios definidos na Resolução n.º 533/2019 e as
orientações do Ofício-Circular n.º 1/2021/GEIC/SRA-ANAC[, complementadas pelas notas
técnicas XX, YY e ZZ emitidas pela ANAC] [se aplicável – a ser complementado no caso de
eventuais alterações complementares emitidas pela ANAC], para fins de cumprimento dos
requisitos da Lei n.º 13.448/2017, regulamentada pelo Decreto n.º 9.957/2019.
29
Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que os procedimentos
de asseguração, de acordo com NBC TO 3000, sempre detectem as eventuais distorções
relevantes existentes. Os procedimentos aplicados basearam-se na nossa compreensão do
processo adotado pela concessionária para a elaboração do cálculo dos valores de indenização e
de outras circunstâncias do trabalho e da nossa consideração sobre distorções relevantes que
poderiam existir nas informações, independentemente de estas serem causadas por fraude ou
erro. Entretanto, tais procedimentos não incluem a investigação ou detecção de fraude ou erro.
Acreditamos que as evidências obtidas são suficientes e apropriadas para fundamentar nossa
opinião.
Opinião
De acordo com os termos do nosso trabalho, este relatório foi elaborado para a administração da
concessionária e a ANAC, visando atender ao requerimento do item [X.XX] do [Termo Aditivo
[referência ao termo_________], para cumprimento dos requisitos da Lei n.º 13.448/2017,
regulamentada pelo Decreto n.º 9.957/2019, e não deve ser apresentado ou distribuído a terceiros,
tendo em vista sua finalidade específica descrita no primeiro parágrafo deste relatório.
Qualquer outra parte que não seja a concessionária ou a ANAC que obtiver acesso ao nosso
relatório ou à cópia dele e confiar nas informações contidas em nosso relatório (ou qualquer parte
dele) irá fazê-lo por sua própria conta e risco. Não aceitamos ou assumimos qualquer
responsabilidade e negamos qualquer responsabilidade perante qualquer outra parte que não seja
a [nome da entidade] e/ou [identificar outros usuários pretendidos] pelo nosso trabalho, pelo
relatório de asseguração razoável ou pelas nossas conclusões.
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]
30
ANEXO I
31
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, CTO 07, DE 7 DE ABRIL DE 2022
1. Este Comunicado Técnico (CT) tem o objetivo de orientar os auditores independentes quanto
à norma a ser aplicada e os procedimentos a serem executados para a emissão de relatório
de asseguração limitada sobre as informações não financeiras contidas no Relato Integrado
para fins de cumprimento da Resolução CVM n.º 14/2020, de 9 de dezembro de 2020, que
tornou obrigatória a adoção da Orientação Técnica CPC 09 – Relato Integrado (OCPC 09)
para as companhias abertas que decidirem elaborar e divulgar seu Relato Integrado. Não
obstante esse objetivo, os auditores poderão utilizar este CT para asseguração de Relato
Integrado emitido por entidade que não seja companhia aberta.
INTRODUÇÃO
4. Em abril de 2021, o International Auditing and Assurance Standards Board (IAASB) emitiu um
guia de orientação aos auditores, com o objetivo de servir de base para a realização de
asseguração de relatórios de natureza narrativa, como é o caso do Relato Integrado, até que
uma norma de asseguração específica seja estabelecida. A elaboração dessa norma
específica deverá ser acelerada após acordo celebrado entre o International Integrated
Reporting Concil (IIRC)1 e o IAASB, bem como pela criação da entidade normatizadora de
relatórios de sustentabilidade, o International Sustainability Standards Board (ISSB), pela
IFRS Foundation, formalmente constituído em 3 de novembro de 2021.
6. Segundo a OCPC 09, "o Relato Integrado é um relato conciso sobre como a estratégia, a
governança, o desempenho e as perspectivas da organização, no contexto de seu ambiente
externo, levam à geração de valor a curto, médio e longo prazos". A norma considera
principalmente o setor privado e empresas de qualquer porte, mas pode ser aplicada e
adaptada, conforme necessário, para organizações do setor público e sem fins lucrativos. A
OCPC 09 tem correlação com a Estrutura Conceitual Básica (framework) do Relato Integrado,
elaborada pelo IIRC.
8. O RI não é um novo relatório a ser apresentado pelas empresas, mas sim um novo processo
de geração de informação corporativa que irá garantir que os relatórios comuniquem a
geração de valor de uma forma mais abrangente.
9. Desta forma, mais do que ser apenas um relatório corporativo a ser apresentado pelas
organizações, o RI representa uma forma das organizações apresentarem sua jornada para a
geração de valor, considerando a conectividade e a interdependência de diversos aspectos
financeiros e não financeiros, de forma a responder ao crescente interesse de investidores e
demais partes interessadas (stakeholders).
10. Muitas vezes, as entidades elaboram ou divulgam informações de acordo com outros
frameworks ou de acordo com outras regulamentações, como por exemplo, Relatório de
Sustentabilidade, Relatório da Administração, etc. No entanto, de acordo com o item 1.12 da
OCPC 09, o RI deve ser uma comunicação identificável e com denominação própria. Dessa
forma, se a empresa está utilizando elementos da OCPC 09 na elaboração de seus relatórios,
a administração da entidade é responsável por determinar os aspectos previstos no conceito
do Relato Integrado e identificá-lo como tal, sendo este sujeito à referida Resolução CVM
para as companhias abertas.
11. A OCPC 09 não define informações mínimas que devem ser reportadas e/ou métodos de
mensuração ao conteúdo, pois seu propósito é estabelecer princípios de orientação e
elementos que sirvam o conteúdo geral do RI e para explicar os conceitos fundamentais que
os sustentam, conforme itens 1.9 e 1.10 da referida orientação.
14. A OCPC 09 é uma estrutura conceitual e que serve como ponto de partida para a preparação
do RI; no entanto, a estrutura conceitual deve ser complementada em relação a temas como,
por exemplo: a determinação de materialidade, o framework utilizado e demais normas
aplicáveis, o critério de medição de métricas, e como foi validada a integridade das
informações apresentadas. Em resumo, o framework do RI é apenas um conjunto de
conceitos básicos, em que o conteúdo financeiro é elaborado conforme padrões específicos
(ou seja, IFRS, US GAAP, Cosif, etc.) e o conteúdo não financeiro pode se valer dos padrões
hoje existentes no mercado (ou seja, GRI, SASB, CDP, TCFD, etc.). Cabe ao RI, desta forma,
ser a plataforma de comunicação entre estes dois blocos de informação, a fim de garantir sua
evidenciação e a asseguração por parte dos auditores independentes.
15. Dessa forma, apenas uma referência a OCPC 09 para fins de divulgação de critério não é
suficiente para a clareza e integridade dos critérios de sua elaboração e apresentação e
também para que o auditor independente emita seu relatório de asseguração, devendo ser
complementado com informações em relação aos temas acima ou outros temas relevantes
para sua preparação, por exemplo, na seção de "Base de preparação e apresentação", e/ou
pela descrição do conjunto de normas complementares utilizadas.
17. Em seu item 4.1, a OCPC 09 descreve que o RI deve incluir os seguintes oito Elementos de
Conteúdo e responder à pergunta feita para cada um deles:
18. Dessa forma, espera-se que uma entidade tenha políticas e premissas formalizadas,
acompanhadas de controles internos e procedimentos que suportarão a elaboração do
referido relatório e o processo de asseguração limitada por parte do auditor.
19. O Relato Integrado, sobre o qual pode ser requerida uma asseguração, como é o caso da CVM,
por exemplo, é composto majoritariamente de informações não financeiras (informações não
históricas). Assim, a NBC TO 3000 – Trabalho de Asseguração Diferente de Auditoria e
Revisão (equivalente à ISAE 3000 – Assurance Engagements Other than Audits or Reviews
of Historical Financial Information) deve ser aplicada a trabalhos de asseguração que não se
constitua em auditoria nem em revisão de informações financeiras históricas.
22. A NBC TO 3000 contempla dois tipos de asseguração: limitada ou razoável. Conforme item
12 da referida norma, o trabalho de asseguração limitada é o trabalho de asseguração no
qual o auditor independente reduz o risco do trabalho a um nível que é aceitável nas
circunstâncias do trabalho, em que o risco é maior do que o risco para o trabalho de
asseguração razoável como base para emissão de uma conclusão na forma que expresse se,
com base nos procedimentos executados e nas evidências obtidas, algum assunto tenha
chegado ao conhecimento do auditor independente de forma a levá-lo a acreditar que a
informação do objeto esteja distorcida de forma relevante. A natureza, a época e a extensão
dos procedimentos executados em trabalho de asseguração limitada são restritas (menos
extensas) quando comparados com os que são necessários em trabalhos de asseguração
razoável, mas são planejados para obter um nível de segurança que seja, no julgamento
profissional do auditor independente, significativo. Para que seja significativo, o nível de
segurança obtido pelo auditor deve ser capaz de aumentar a confiança dos usuários previstos
sobre a informação do objeto a um nível que seja claramente mais do que irrelevante.
23. Em um trabalho de asseguração razoável, o auditor deve avaliar o desenho dos controles
internos relevantes e se eles foram devidamente implementados e estão desempenhando
suas devidas finalidades. Na prática, a natureza, época e extensão dos procedimentos do
auditor serão uma questão de julgamento profissional nas circunstâncias do trabalho e são
baseados nos riscos avaliados (para um trabalho de asseguração razoável) ou nas áreas
identificadas em que uma distorção relevante pode surgir (para um trabalho de asseguração
limitada). Os itens 46 a 49 da NBC TO 3000 demonstram as diferenças entre as duas formas
de asseguração.
24. Dessa forma, o grau de maturidade e organização dos controles internos da entidade que
está preparando o relatório, além da avaliação de riscos por parte do auditor, são fatores a
serem considerados na avaliação de aceitação de uma asseguração razoável ou limitada.
Considerando o cenário mundial em que existem divergências na apresentação das
informações relacionadas a Ambiental, Social e Governança (ESG, na sigla em inglês) e o
próprio cenário brasileiro em que temos um número limitado de Entidades que prepararam
esse tipo de relatório há mais tempo e outras que estão apenas iniciando, recomendamos
fortemente por iniciar os trabalhos por uma asseguração limitada, asseguração essa também
definida pela CVM em sua Resolução n.º 14/2020.
26. O auditor independente deve concordar com os termos de trabalho com a contratante. Estes
termos devem ser especificados em detalhes suficientes na carta de contratação ou
equivalente.
Planejamento
27. De acordo com o item 40 da NBC TO 3000, o auditor independente deve planejar o trabalho
para que ele seja executado de forma eficaz, incluindo a definição do alcance, da época e da
coordenação do trabalho; assim como determinar a natureza, a época e a extensão dos
procedimentos planejados que são requeridos de forma a alcançar o seu objetivo.
Materialidade
28. O auditor independente deve levar em consideração a materialidade quando planejar e
executar o seu trabalho, inclusive ao determinar a natureza, a época e a extensão dos
procedimentos; e avaliar se a informação do objeto está livre de distorções relevantes.
29. O item 3(d) da OCPC 09 deve ser usado pelas entidades para determinar a materialidade na
elaboração do Relato Integrado. O RI deve divulgar informações sobre temas que afetam, de
forma substancial, a capacidade da organização gerar valor a curto, médio e longo prazos,
considerando inclusive os parâmetros de relevância estabelecidos. A determinação de
materialidade deve ser documentada com todas as principais premissas suportadas, e
somente as informações materiais devem ser apresentadas, visando um relato conciso e
objetivo do processo de geração de valor de uma organização. Ou seja, a determinação da
materialidade deve ser feita tendo como base o modelo de negócio da empresa e a entidade
normalmente precisará estabelecer um processo para identificar os tópicos de relatório,
levando em consideração as necessidades de informação dos usuários previstos.
31. Apesar de não haver um requisito específico para que o auditor considere o processo pelo
qual a entidade passa para identificar os tópicos de relatório, ele deve determinar se os
critérios aplicados são adequados para as circunstâncias do trabalho. Dessa forma, esse
processo pode ser útil para obter entendimento do processo da entidade para identificar os
tópicos de relatório. Em outras palavras, o auditor precisa considerar a entidade e o seu
ambiente de controle, qual a finalidade da entidade na preparação do RI, quais são os
usuários previstos e como a escolha dos critérios foi realizada.
32. O item 12 (c) da NBC TO 3000 define critérios como “as referências (benchmark) usadas para
mensurar ou avaliar o assunto”. Dessa forma, os critérios estabelecem o que deve ser
reportado, incluindo os tópicos de relatório, como deve ser mensurado ou avaliado e como
deve ser divulgado e apresentado. Adicionalmente, o item 44 da NBC TO 3000 traz
informações relevantes sobre o que o auditor deve considerar na determinação da
materialidade.
Controles internos
34. O auditor independente deve considerar o entendimento do processo utilizado para elaborar
as informações contidas no RI. Isso envolve entendimento sobre o ambiente de controle,
processos e sistemas de informação relevantes para a preparação das informações, mas não
avaliação e teste de eficácia operacional dos controles internos. A natureza dos processos,
controles e registros no sistema de controle interno da entidade pode variar com o porte e a
complexidade da entidade.
35. De acordo com o item A107da NBC TO 3000, no trabalho de asseguração limitada,
considerar o processo utilizado para preparar a informação do objeto auxilia o auditor
independente a desenvolver e realizar procedimentos que endereçam áreas em que possam
ocorrer distorção relevante da informação do objeto. Ao considerar o processo utilizado, o
auditor independente exerce o julgamento profissional para determinar quais aspectos do
processo são relevantes para o trabalho e pode indagar as partes apropriadas acerca desses
aspectos.
Trabalho de especialistas
36. Determinados aspectos dos objetos submetidos aos trabalhos de asseguração poderão
requerer especialização, o que demandará o uso de especialistas com capacidade técnica e
experiência. Pode ser necessário usar o trabalho de vários especialistas, como engenheiros
geotécnicos, geoquímicos, cientistas ambientais, especialistas em saúde e segurança ou
especialistas jurídicos, entre outros. De acordo com o item 52 da NBC TO 3000, citado a
seguir, o auditor independente, sempre que aplicável, deve entender a natureza do trabalho
do especialista com objetivo de compreender o serviço para o qual o especialista é utilizado
na extensão que lhe permita aceitar a responsabilidade pela conclusão em relação às
informações sobre o objeto. O auditor independente avalia até que ponto os serviços de
especialista devem ser utilizados para formar a sua própria conclusão.
37. A responsabilidade primária pela prevenção e detecção de fraude e de atos ilegais é dos
responsáveis pela governança e da administração da entidade. Portanto, é importante que a
administração, com a supervisão geral dos responsáveis pela governança, enfatize a
prevenção de fraude, o que pode reduzir as oportunidades de sua ocorrência, e a dissuasão
de fraude, o que pode persuadir os indivíduos a não perpetrar fraude por causa da
probabilidade de detecção e punição.
38. Por sua vez, o auditor é responsável por obter segurança limitada de que as informações,
como um todo, não contêm distorções relevantes, causadas por fraude ou erro. Devido às
limitações inerentes nos trabalhos do auditor, há risco inevitável de que algumas distorções
relevantes nas informações possam não ser detectadas, apesar dos procedimentos
executados pelos auditores tenham sido devidamente planejados e realizados.
39. O auditor deve cumprir com as exigências éticas relevantes aplicáveis aos trabalhos de
asseguração ou outras exigências profissionais impostas por leis ou regulamentos que
contenham requisitos ou exigências similares aplicáveis a esses trabalhos.
Representações formais
40. O auditor deve obter representações formais da administração da entidade, contendo sua
responsabilidade em relação a documentos e informações relacionados aos objetos relativos
aos trabalhos de asseguração de acordo com a norma NBC TO 3000, confirmando, entre
outros, os seguintes aspectos e responsabilidades:
41. Conforme item 56 da NBC TO 3000, o auditor deve obter uma carta de representação da alta
administração ou responsáveis pela governança da parte responsável, sobre temas
significativos e afirmações básicas em relação ao objeto de asseguração. Adicionalmente, a
administração da parte responsável deve concordar em informar fatos que podem afetar as
informações (dados) em relação ao objeto de asseguração, dos quais tenha tomado
conhecimento durante o período entre a data do relatório do auditor e a data de sua
utilização/publicação.
42. Se o auditor independente determinar que é necessário obter uma ou mais representações
adicionais para dar suporte a outras evidências relevantes para a informação do objeto, o
auditor deve requerer tais representações por escrito.
43. As representações devem estar na forma de carta endereçada ao auditor independente
datada o mais próximo possível, mas não depois da data do relatório de asseguração do
auditor, conforme item 59 da NBC TO 3000.
OBJETO
CRITÉRIOS DE ASSEGURAÇÃO
47. Embora não exista apenas uma estrutura conceitual ou norma que regule a elaboração de
informações constantes no Relato Integrado ou que possa ser considerada a “melhor”
alternativa para as entidades, na prática, observa-se que as entidades têm utilizado a
estrutura da Global Reporting Initiative Standards (GRI – Standards), que contém as diretrizes
para a elaboração de relatórios de sustentabilidade. Por esse motivo, o modelo apresentado
no anexo considera a utilização desse framework, bem como da estrutura conceitual OCPC
09, como critérios aplicados. Contudo, nada impede que a entidade adote outros
(frameworks) critérios que melhor atenda às suas necessidades, considerando o seu nível de
maturidade à frente dos temas relacionados, desde que seja um critério adequado e aceitável
nos termos da NBC TO 3000.
48. A divulgação, pela entidade, dos critérios utilizados na elaboração dessas informações,
incluindo a estrutura conceitual utilizada (OCPC 09) é informação relevante que deve constar
no Relato Integrado e nas informações submetidas à análise dos auditores independentes.
PROCEDIMENTOS MÍNIMOS
49. Embora o uso de afirmações não seja exigido pela NBC TO 3000, as afirmações são uma
maneira pela qual o auditor pode considerar os potenciais tipos de distorções que podem
ocorrer. Assim, o auditor independente deve efetuar procedimentos de asseguração para
cobrir as seguintes afirmações:
50. Como mencionado ao longo deste CT, o auditor deve assegurar as informações não
financeiras relacionadas com meio ambiente, social e de governança, por meio da aplicação
mínima dos seguintes principais procedimentos:
Planejamento
Execução e finalização
51. Conforme destacado no item 35 acima, o auditor poderá fazer uso de trabalhos de
especialistas, sempre que julgar necessário, e realizar a avaliação do trabalho do especialista
para que possa concluir sobre sua adequação no contexto da asseguração limitada.
52. O auditor deve, com base em seu julgamento profissional, determinar e realizar os
procedimentos de asseguração, o que pode incluir, dentre outros procedimentos, a seleção
de uma amostragem para obter evidências suficiente para responder aos riscos identificados.
As decisões sobre quais procedimentos realizar e sua época e extensão dependem da
capacidade de persuasão da evidência obtida ao reduzir o risco de trabalho para o nível que é
aceitável nas circunstâncias específicas do trabalho. Essas decisões requerem o exercício de
ceticismo e julgamento profissional.
53. Na prática, o processo de coleta de evidências é interativo e as considerações de risco
podem ser revisadas conforme novas informações surjam ao longo do trabalho de
asseguração. Uma vez que o auditor tenha determinado quais evidências ele precisa, ele
pode considerar as fontes de evidência disponíveis e como as características da fonte afetam
a capacidade de persuasão da evidência e a natureza dos procedimentos de asseguração
que podem ser realizados.
54. Se a entidade não corrigir algumas ou todas as distorções identificadas, o auditor pode
precisar levar em consideração se as distorções acumuladas são materiais, individualmente
ou em combinação com outras.
55. Uma série de desafios também pode surgir no contexto da obtenção de evidências para
informações qualitativas porque pode ser difícil para o processo da entidade preparar as
informações do Relato Integrado e disponibilizar evidências suficientes ao auditor sobre essas
informações.
57. Essas informações não numéricas podem, por exemplo, ser informações narrativas,
descrições, categorizações ou classificações. As informações para alguns aspectos do
assunto podem ser expressas principalmente em termos qualitativos, em vez de em termos
quantificados. Mesmo quando um aspecto for expresso principalmente em termos
quantitativos, outras partes das informações relacionadas a esse aspecto (como divulgações
relacionadas) podem ser expressas em termos qualitativos. Por exemplo, a estrutura de
governança de uma entidade, modelo de negócios, metas ou objetivos estratégicos podem
ser descritos em termos qualitativos, embora também possa haver algumas divulgações
quantitativas de apoio.
INCERTEZAS E ESTIMATIVAS
59. O Relato Integrado pode abordar temas que envolvam incertezas e estimativas e
mensurações quantitativas e qualitativas, exigindo divulgações relacionadas e estabelecendo
um princípio de neutralidade a ser aplicado ao fazer tais julgamentos para combater a
suscetibilidade inerentemente maior ao risco de tendenciosidade do preparador.
60. O auditor deve avaliar os temas relevantes que envolvam incertezas e estimativas e mitigar o
risco de suscetibilidade inerentemente ao risco de tendenciosidade do preparador e
estabelecer divulgação adequada e princípios de neutralidade ao relatório.
62. Se for necessário, conforme mencionado anteriormente, o auditor pode envolver especialistas
na avaliação de cálculos complexos que envolvam essas incertezas e estimativas.
63. De acordo com o item 73 da NBC TO 3000, quando o auditor considerar necessário chamar
atenção para algum assunto específico, ele deve avaliar a necessidade de inclusão de um
parágrafo de ênfase ou outros assuntos, conforme aplicável.
LIMITAÇÕES INERENTES
64. O auditor deve avaliar a inclusão de limitações inerentes que sejam bem compreendidas
pelos usuários do relatório de asseguração. Também, pode ser apropriado fazer referência
explícita a elas no relatório, com base no item A166 da NBC TO 3000. Por exemplo, informar
que os dados não financeiros estão sujeitos a mais limitações inerentes do que os dados
financeiros, dada a natureza e a diversidade dos métodos utilizados para determinar, calcular
ou estimar esses dados.
OUTRAS COMUNICAÇÕES
66. O auditor deve considerar se, em conformidade com os termos da contratação e outras
circunstâncias do trabalho, algum assunto que chegou ao seu conhecimento deve ser
comunicado às partes responsáveis, incluindo eventuais exceções identificadas como
resultado dos procedimentos executados durante o processo de asseguração.
67. O auditor independente deve expressar conclusão sem modificação quando ele concluir que,
no caso de asseguração limitada, com base nos procedimentos executados e nas evidências
obtidas, nenhum assunto chegou ao seu conhecimento que o leve a acreditar que a
informação do objeto não foi elaborada, em todos os aspectos relevantes, de acordo com os
critérios aplicáveis.
68. O auditor independente deve expressar uma conclusão com modificação nas seguintes
circunstâncias, quando no seu julgamento profissional:
a) existir uma limitação no alcance e o efeito desse assunto seja relevante. Em tais casos, o
auditor deve expressar uma conclusão com ressalva se os possíveis efeitos forem
relevantes ou se abster de apresentar uma conclusão se os possíveis efeitos forem
relevantes e generalizados; ou
b) a informação do objeto estiver distorcida de forma relevante. Em tais casos, o auditor deve
expressar uma conclusão com ressalvas se os efeitos forem relevantes ou uma conclusão
adversa, se os efeitos forem relevantes e generalizados.
69. Com o objetivo de manter a consistência por parte dos auditores independentes na emissão
dos relatórios, este comunicado contém modelo de relatório de asseguração limitada dos
auditores independentes sem modificação, que deverá ser adaptado às circunstâncias, como
descrito nos itens 66 e 67 deste Comunicado Técnico. O exemplo de relatório é apenas uma
orientação e não contempla eventuais modificações que possam ser necessárias em
circunstâncias específicas, nos termos previstos na NBC TO 3000.
ANEXO – MODELO DE RELATÓRIO DE ASSEGURAÇÃO LIMITADA
70. Em que pese o presente comunicado enfatizar determinadas questões referentes a Relato
Integrado, ele deve ser utilizado e adaptado para outros tipos de trabalhos de asseguração
relacionados a diversos tipos de relatórios (por exemplo, relatórios de atividades, de
sustentabilidade, de emissões de GEE, etc.), revogando assim o CTO 01, que tratava da
execução de trabalhos e emissão de relatórios de asseguração relacionados com
sustentabilidade e responsabilidade social.
VIGÊNCIA
71. Este comunicado entra em vigor na data de sua publicação e revoga o CTO 01, publicado no
DOU, Seção 1, de 25/9/2012.
Introdução
Fomos contratados pela [Nome da Entidade] para apresentar nosso relatório de asseguração
limitada sobre as informações não financeiras constantes no “Relato Integrado 20X1” da [Nome da
Entidade], relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 20X1.
Adicionalmente, as referidas normas requerem que o trabalho seja planejado e executado com o
objetivo de obter segurança limitada de que as informações não financeiras constantes no Relato
Integrado 20X1, tomadas em conjunto, estão livres de distorções relevantes.
Um trabalho de asseguração limitada conduzido de acordo com a NBC TO 3000 (ISAE 3000)
consiste principalmente de indagações à administração da [Nome da Entidade] e outros
profissionais da [Nome da Entidade] que estão envolvidos na elaboração das informações, assim
como pela aplicação de procedimentos analíticos para obter evidências que nos possibilitem
concluir, na forma de asseguração limitada, sobre as informações tomadas em conjunto. Um
trabalho de asseguração limitada requer, também, a execução de procedimentos adicionais,
quando o auditor independente toma conhecimento de assuntos que o levem a acreditar que as
informações divulgadas no Relato Integrado, tomadas em conjunto, podem apresentar distorções
relevantes.
Acreditamos que a evidência obtida em nosso trabalho é suficiente e apropriada para fundamentar
nossa conclusão na forma limitada.
Alcance e limitações
Os dados não financeiros estão sujeitos a mais limitações inerentes do que os dados financeiros,
dada a natureza e a diversidade dos métodos utilizados para determinar, calcular ou estimar
esses dados. Interpretações qualitativas de materialidade, relevância e precisão dos dados estão
sujeitos a pressupostos individuais e a julgamentos. Adicionalmente, não realizamos qualquer
trabalho em dados informados para os períodos anteriores, nem em relação a projeções futuras e
metas.
Conclusão
Com base nos procedimentos realizados, descritos neste relatório e nas evidências obtidas, nada
chegou ao nosso conhecimento que nos leve a acreditar que as informações não financeiras
constantes no Relato Integrado para o exercício findo em 31 de dezembro de 20X1 da [Nome da
Entidade], não foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com os critérios e
diretrizes da Global Reporting Initiative – GRI (GRI –Standards) (e/ou do framework escolhido pela
administração) e da Orientação CPC 09 – Relato Integrado.
[Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor
independente]
[Nome do auditor independente]
[Nome do profissional (sócio ou responsável técnico]
[Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório e sua
categoria profissional de contador]
[Assinatura do auditor independente]