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Ofícios da Loja

O MESTRE DE
CERIMÓNIAS
 14/09/2008  mestre de cerimónias

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O ofício de Mestre de Cerimónias existe no


Rito Escocês Antigo e Aceite (aquele que é
praticado na Loja Mestre Affonso
Domingues) e bem pode ser exercido por
um mudo. Com efeito, não me recordo de
existir uma única fala especificamente do
Mestre de Cerimónias em qualquer das
cerimónias rituais deste rito. Toda a
actividade deste Oficial se faz pelo
movimento e pelos gestos. No entanto, este
ofício é um dos mais importantes do
mencionado rito!

O Mestre de Cerimónias é o oficial de Loja


que executa, dirige e conduz todas as
movimentações em Loja. Sempre que um
qualquer dos elementos da Loja deve
circular nela, fá-lo acompanhado pelo
Mestre de Cerimónias (melhor dizendo:
seguindo-o). Sempre que a posição ou o
estado de um dos objectos com significado
ritual deve ser corrigida, quem efectua essa
acção é o Mestre de Cerimónias. Cumprindo
instrução nesse sentido do Venerável Mestre
ou por decisão própria.

O Mestre de Cerimónias é o responsável por


toda a circulação no espaço da Loja e,
consequentemente, pela sua fluidez e
correcção. É ele quem indica por onde se
deve ir, para se fazer o quê.

O ofício de Mestre de Cerimónias é


fundamental na execução do ritual do Rito
Escocês Antigo e Aceite, porque é ele quem
marca os ritmos e, assim, quem agiliza ou
soleniza cada cerimónia.

Ao contrário do que sucede, por exemplo, no


Rito de York, o ritual do Rito Escocês Antigo e
Aceite não é executado de cor: os oficiais
que o executam têm o apoio do texto
relativo à cerimónia respectiva. Porém, o
Mestre de Cerimónias, porque não tem falas,
exerce o seu ofício sem o apoio do ritual
escrito, o que o obriga ao profundo
conhecimento do ritual de todas as
cerimónias. Só bem conhecendo o ritual,
pode ele estar preparado para executar uma
determinada acção no exacto momento em
que é adequado fazê-lo, por saber que,
quando determinada frase é dita por
alguém, se seguirá determinada acção que
ele deve executar.

A experiência e o conhecimento do ritual do


Mestre de Cerimónias pode fazer de uma
qualquer cerimónia ritual um acto
corriqueiro ou uma exaltante execução. O
Mestre de Cerimónias tem que saber, que
intuir, quando deve ser solene e pausado e
quando deve acelerar o seu movimento –
por vezes, em função da existência ou não
de atraso na execução dos trabalhos…

O Mestre de Cerimónias só aprende o seu


ofício de uma maneira: executando-o e
corrigindo os erros e hesitações que lhe
detectarem ou que ele próprio detectar. O
Mestre de Cerimónias faz a função, mas
também se faz na função.

O símbolo da função do Mestre de


Cerimónias – símbolo que ele transporta
sempre consigo! – é o bastão (ver figura),
espécie de bordão ou vara de caminheiro
com que ele marca o início dos seus passos
e as suas mudanças de direcção e que é
também utilizado, em conjunto com a
espada de outro oficial, para executar uma
abóbada cerimonial, designadamente sobre
os mais importantes símbolos em Loja em
momentos-chave da abertura e do
encerramento dos trabalhos. Pode ser
substituído por uma versão em tamanho
reduzido, de cerca de cerca de meio metro,
que, nesse caso, transportará sobre o
antebraço, o que sucede normalmente em
cerimónias a que se pretende conferir maior
“pompa e circunstância”.

In Blog “A Partir Pedra” – Texto de Rui


Bandeira (25.06.07)

A origem dos conflitos entre a Maçonaria e


a Igreja Católica
As colunas Booz e Jackin
Regulamento sobre Redes Sociais – Grande
Loja Unida de Inglaterra
A cadeia de união e a egrégora maçónica:
mais que simbologia, uma conexão
universal
O SEGREDO do Maçom

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