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1a Edição
Por fim, peço que Deus me utilize como instrumento para oferecer
algo significativo nesta obra ao leitor. Que além de técnicas de estudo e
resolução de provas, convido o leitor a aproveitar as discussões propostas
nas páginas a seguir. O espírito deste livro é formar homens e mulheres
mais realizados mediante uma vida de estudos que os possa tornar mais
inteligentes, virtuosos e bem-sucedidos.
Boa leitura.
Questões preliminares
Aristóteles
Você pode começar respondendo com o seu próprio nome. Eu, por
exemplo, me chamo “Ivan Guilhon Mitoso Rocha”. Até onde sei, não há
outra pessoa no mundo com o mesmo nome. O nome que recebemos
quando nascemos, de alguma forma, expressa a nossa individualidade
enquanto pessoas. Somos seres individuais e irrepetíveis. Mas isso não
basta. Nomear algo pode ser um caminho para compreender uma coisa, mas
não é o mesmo que explicá-la. O famoso físico Richard Feynman,
ganhador do prêmio Nobel de 1965, nos lembra que dar nome a um
fenômeno físico não é o mesmo que explicá-lo. Saber o nome de um
pássaro não é o mesmo que conhecê-lo, saber do que ele se alimenta, como
reproduz, quais as suas estruturas anatômicas, qual o seu papel no seu
ecossistema etc.
O mesmo vale para nós. Você pode saber o próprio nome, mas
talvez não tenha ciência dos seus talentos e aptidões; ou, o que é mais
comum, de suas fraquezas e vícios. Vivemos às vezes tão imersos em
nossas tarefas cotidianas, que não prestamos atenção em nós mesmos. É
preciso dedicar algum tempo para refletir e se conhecer melhor. Vários
estudantes desperdiçam muito tempo e energia por falta de
autoconhecimento. Não conhecem as próprias fraquezas; são, por exemplo,
preguiçosos e distraídos, e não diagnosticam o problema. E, se não
diagnosticam o problema, dificilmente o corrigirão.
Peço que o leitor, caso não tenha familiaridade com esse texto de
quase mil anos, dedique uma atenção especial e medite sobre estas linhas.
Perceba como a humildade é importante para o aprendizado. Quantos
estudantes deixam de aprender por julgarem alguma disciplina ou livro
indigno de sua atenção? Quantos tornam-se, depois de anos com essa
mentalidade, profissionais hiper-especializados de mente estreita por conta
dessa postura. Podem até ser competentes, mas dificilmente alguém os
chamaria de sábios.
Por fim, ensina Santo Agostinho que o intelecto é, em si, também uma
realidade inteligível e, portanto, pode ser acessado por si mesmo. O homem,
de fato, não é só um animal capaz de saber, mas de saber que sabe.
Busquemos, nesse sentido, crescer em autoconhecimento. Saber o que se
sabe e o que não se sabe é de grande valia para qualquer bom estudante.
2.2. A memória
Passemos agora à segunda faculdade da mente: a memória. Se o
intelecto é o responsável por apreender verdades, a memória é a faculdade
da mente capaz de retê-las. Ultimamente ela tem sido desprezada por
muitos estudantes e professores – não sem consequências negativas.
1) Elefante;
2) Tigre;
3) Crocodilo;
4) Macaco;
5) Rinoceronte;
6) Urso;
7) Leão;
8) Zebra;
9) Tucano;
10) Girafa.
Podem falar o que quiserem das frases de física, por exemplo, mas há
uma dessas frases pela qual eu tenho um grande apreço “Habib, me vê um
quibe”. Ela me ajuda a lembrar do raio R da trajetória circular de uma
partícula de massa m e carga q, em um campo magnético uniforme B, dada
pela expressão
Edmund Burke
Comigo, graças aos meus pais, essa chave virou muito cedo, bem
quando entrei no ensino fundamental com sete anos. O meu pai, naquela
época, impôs a regra de duas horas de estudo diário. Eu estudava pela
manhã, almoçava e estudava, de segunda a sexta, das 14h às 16h. De
segunda-feira a sexta-feira, sem exceções. Esse hábito é o mais valioso que
eu já cultivei na minha vida de estudo, ainda mais por ser tão novo.
Antes de mais nada, por que é importante ter uma rotina? Algumas
pessoas têm inclinação natural à virtude da ordem: são organizadas e
desenvolvem suas tarefas eficientemente de maneira quase que instintiva.
Esse tipo de pessoa costuma organizar o próprio dia com certos horários e
rituais. Ainda que elas não saibam justificar o motivo, elas desenvolvem
uma rotina que as ajuda a serem produtivas.
Quem já teve filhos deve saber que os bebês têm quatro necessidades
básicas: sono, higiene, alimentação e ordem. Esses quatro pilares são
essenciais não só para os recém-nascidos, mas auxiliam muito os
estudantes. De fato, quando a nossa vida está uma bagunça, isto é,
desordenada, normalmente é porque negligenciamos coisas simples e
importantes como essas. Comece, portanto, a organizar a sua rotina com o
que há de mais básico: tenha horário para acordar, se alimente, tire o pijama
e prepare-se para estudar.
Por fim, reserve tempo de sono para o seu descanso de cada dia.
Deixar de dormir para estudar pode até te ajudar a ir bem em uma prova,
mas não te ajuda a aprender. Diminuir horas de sono para ganhar horas de
estudo não é bom negócio na maioria das vezes. Confie mais na constância
do dia-a-dia do que em uma madrugada inteira em claro.
3.5. Grupo de Estudos
Um dos grandes trunfos de estudantes bem sucedidos em
olimpíadas e vestibulares de alto nível é cercar-se de pessoas que lhes dêem
apoio, orientação e incentivo para vencer esses desafios. Sua família pode
dar maior ou menor apoio aos seus projetos pessoais, você pode até
conversar com seus familiares, mas não pode trocar de família; escolher
bons amigos, por outro lado, está ao alcance de qualquer pessoa.
Will Durant
Há alguns anos, desde que comecei a ter maior contato com jovens
pelo país através de redes sociais, recebo algumas mensagens que me
deixaram atônito. Uma vez um estudante me disse que não conseguem
estudar por livros, só por vídeo-aulas. Isso talvez seja um distintivo desta
nova geração de estudantes: ninguém os orientou a respeito do que é
estudar. Há algumas décadas, um relato seria incompreensível.
Muita gente relata que não consegue tomar notas e prestar atenção no
que é dito ao mesmo tempo. Um bom professor deve buscar imprimir um
ritmo ora mais rápido, no qual os alunos prestam atenção, ora mais lento e
compassado no qual ele escreve e no quadro e os alunos copiam. Nas
minhas aulas, eu pessoalmente escrevo ditando. Um aluno atento e
concentrado toma algumas de suas notas quase que como um ditado. Em
disciplinas que exijam cálculo, muitas vezes você pode tentar fazer suas
próprias contas de forma independente do professor. Isso ajuda a identificar
erros no quadro cometido pelo seu mestre em aula.
As suas notas de aula não precisam ser super coloridas, com uma
letra perfeita, ou completas ao ponto de aproximarem-se da transcrição do
conteúdo. Basta que sejam compreensíveis para você. Quando eu estudo
por um livro em inglês, por exemplo, costumo embaralhar palavras em
inglês com português, ou usar uma abreviação aqui e ali. Tudo bem, o
importante é tomar notas que me auxiliam a absorver o conteúdo. Muitas
das notas que tomo em palestras, por exemplo, jamais são lidas, mas mesmo
assim não deixam de serem proveitosas. Afinal, elas cumpriram sua função
me ajudando a prestar mais atenção e absorver melhor o conteúdo
ministrado.
4.3. Teoria e exercícios
Vamos discutir nessa seção como organizar o estudo de teoria e
exercícios. Por eu ser professor de Física e gostar muito de criar, discutir e
resolver problemas[34], trata-se de um assunto que eu tenho muito apreço.
Esse é um conselho válido para todo tipo de estudo que você possa
empreender. Não devemos agir de maneira precipitada e atacar os
problemas mais difíceis ou partir para o estudo de assuntos avançados sem
ter a devida preparação teórica básica relacionada ao tema.
Outra forma de aprender com seus erros é após uma prova. Tenha o
hábito de sempre estudar comentários e gabaritos das provas que fizer. Essa
é uma experiência muito valiosa de aprendizagem. [38] Os seus erros indicam
no que você pode melhorar e esse tipo de informação é fundamental para
realizar eventuais correções de planejamento e cronograma. Naturalmente,
essa dica também se aplica a simulados.
Não troque uma boa perna (memória) por uma boa muleta
(resumo/flashcard). Ao final de uma aula, exercite explicar para si mesmo o
que entendeu da exposição. Faça esse exercício também quando estiver
lendo. Preencha as lacunas da explicação que estiver tentando elaborar com
uma revisão. Será que você consegue repetir esse exercício semana que
vem? Se resumos, diagramas ou anotações de quaisquer natureza te ajudam
nesses exercícios, ótimo, mas busque não se tornar dependente deles.
Benjamin Franklin
Thomas Carlyle
Engana-se quem acredita que para tirar uma boa nota em uma
prova, passar em um concurso ou conseguir um emprego basta ter estudado
e adquirido certos conhecimentos. É claro que trata-se de uma condição
necessária para atingir esses objetivos, mas pode não ser suficiente. Uma
situação de entrevista ou de realização de prova não é uma situação típica; é
uma situação de tensão e nervosismo em que precisamos nos valer naquele
curto intervalo de tempo, obedecendo a determinadas regras impostas e,
muitas vezes, sem a possibilidade de consultar livros e outros documentos
como é possível fazer em condições normais.
Neste capítulo discutiremos um pouco sobre como lidar com esse tipo
de realidade concreta que se apresenta para todos. Há pessoas com maior ou
menor gosto para participar de competições - faz parte na diversidade
natural do gênero humano -, mas é preciso estar preparado para desafios
que apareçam no nosso caminho.
6.1. O valor dos desafios
Antes de mais nada, gostaria de fazer uma apologia aos desafios.
Não defendo que nossas escolas devam ser completamente voltadas para
competições acadêmicas, que o incentivo à cooperação não seja importante,
que alguém só tem valor se for o melhor em sua atividade etc. Nada disso.
É necessário estarmos atentos a esses excessos, por outro lado competições
e desafios podem ser formas oportunas de identificação e desenvolvimento
de talentos, além de uma forma de estímulo ao aprimoramento contínuo.
a) 64,0
b) 65,5
c) 74,0
d) 81,0
e) 91,0
***
Resumindo: sua letra não precisa ser perfeita, mas deve ser
absolutamente legível. Se ela não é, trate de corrigir esse problema.
Não utilize siglas sem as definir para o corretor. O que é claro para
você pode não ser para ele. Um exemplo é a popular inequação “MA ≥
MG”. O leitor mais experiente com artifícios matemáticos úteis para provar
desigualdades matemáticas saberá que me refiro à desigualdade entre a
média aritmética (MA) e a média geométrica (MG) de números reais
positivos, isto é,
Entretanto, não será nenhuma surpresa esperar que muitos leitores, mesmo
dentre versados em ciências exatas, não estejam familiarizados com o que a
expressão “MA ≥ MG” que dizer. Nesse caso, prefira escrever “Da
desigualdade entre as médias aritmética e geométrica”[63].
Você não precisa usar exatamente essa notação, pode ser alguma
outra notação semelhante, mas não invente nada muito extravagante [64]
.A
ideia é que o corretor da questão, passando o olho rapidamente na sua
solução identifique em poucos segundos as etapas do seu raciocínio.
Achou uma questão difícil? Pule. Essa não é a hora de lidar com as
questões mais complicadas ou que sejam muito trabalhosas. Se estiver em
dúvida entre dois itens, deixe-os indicados e passe para a próxima. Se, no
espírito do trabalho com questões objetivas apresentado anteriormente, você
identificar alternativas absurdas, indique-as para economizar o seu trabalho
futuro. Eventualmente, escreva uma fórmula que você acredita que será útil
no futuro e passe para a próxima. Lembre-se, o objetivo da primeira fase é
garantir as questões fáceis e médias, aquelas que você bate o olho e sabe
resolver.
Essa pode parecer ser uma questão etérea para muitos estudantes.
Espero que, a essa altura, o leitor não a estranhe tanto. Muito se fala em
estudar para conseguir empregos com bons salários, capazes de
proporcionar conforto e estabilidade financeira. Será esse o maior benefício
que se pode esperar do estudo?
[1]
Difícil de acreditar? Consulte o relatório do INAF 2018.
[2]
Perceba que essa dificuldade com linguagem pode acontecer
transbordar inclusive para o estudo das exatas. Hoje em dia muitos
estudantes têm dificuldade de interpretação de enunciado de problemas
matemáticos.
[3]
Por exemplo, respeitando regras de pontuação e ortografia em
suas mensagens pessoais.
[4]
Filósofo, teólogo e professor da escola do mosteiro da Abadia de
São Vitor em Paris. É tido por muitos como um dos maiores pensadores da
idade média.
[5]
Recomendo fortemente a leitura do texto completo do opúsculo.
[6]
Impressiono-me com a desvergonha dessas pessoas. Estão diante
de uma prova do colégio, sentem dificuldade e então surge a ideia de
mandar uma mensagem direta para um professor de física do ITA. Um
plano verdadeiramente audacioso!
[7]
Resultados da pesquisa disponíveis no link
https://porque.com.br/quem-nao-cola-nao-sai-da-escola-por-que (Acesso
em 24/01/2022).
[8]
Para os leitores que me lerem anos depois do lançamento deste
livro, refiro-me à pandemia da COVID-19, que impôs em todo o mundo
uma situação grave de distanciamento social generalizada.
[9]
Aqueles que desejarem ler um pouco mais sobre o assunto
podem procurar pelo artigo “SANTO AGOSTINHO E A
FENOMENOLOGIA: O CONCEITO DE ATENÇÃO”, Phenomenological
Studies - Revista da Abordagem Gestáltica - XXIV(Especial): 438-448,
2018.
[10]
Se ele existe de forma independente ou não das baleias
concretas é um ponto de divergência entre correntes platônica e aristotélica
da filosofia. Em todo o caso, isso foge do escopo deste livro.
[11]
O filósofo medieval Hugo de São Vitor denomina esse vigor de
engenho. Entre suas principais obras sobre o modo de estudar, podemos
citar o seu “Opúsculo sobre o modo de aprender de meditar” e o tratado
sobre a arte de ler, conhecido como Didascalicon.
[12]
Vide expressões como "abrir o meu coração” e “falo isso de
coração”.
[13]
Animais dessa subordem - que inclui os bovinos, ovinos,
camelos e outros - têm estômagos bastante desenvolvidos que recebem e
devolvem os alimentos mastigados na boca. Digerir as fibras vegetais da
grama não é uma tarefa fácil.
[14]
Em inglês não temos esse problema de várias cores com as
mesmas iniciais. Red, Orange, Yellow, Green, Blue, Indigo and Violet. Se
preferir, você pode decorar ROYGBIV.
[15]
Sim, uso essa rima mesmo. O fato dessa associação ser cômica
auxilia na memorização.
[16]
De meia dúzia.
[17]
Experimente criar você mesmo suas imagens.
[18]
A imagem ser engraçada ou chamativa ajuda a memorização.
Lembre-se: emoção e memória andam juntas.
[19]
O chifre dele deve atrapalhar um pouco. Pelo menos é o que eu
imagino.
[20]
Trata-se de um pequeno texto, mas de enorme valor
pedagógico. São seis páginas que, na minha opinião, todo estudante e
professor deveria ler pelo menos uma vez na vida.
[21]
A unidade das leis da mecânica que regem os mundos sublunar
e supralunar foi uma unificação de teorias na física fantástica, cuja
relevância poucos estudantes conseguem perceber nos nossos tempos.
[22]
Um exemplo é o vídeo do discurso motivacional “I am a
champion - the greatest speech ever”. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=yX39J_YyKbs (Acesso em
18/02/2022).
[23]
Faço uma ressalva para os casos de estudantes que têm “uma
virada de chave”, aproveitam a oportunidade e adotam uma mudança de
postura duradoura diante dos estudos.
[24]
Não confundir uma felicidade grande duradoura por um prazer
efêmero. Discuto um pouco mais sobre a relação entre felicidade, prazer e
estudos neste vídeo: gg.gg/13fkos.
[25]
Screen-time is associated with inattention problems in
preschoolers: Results from the CHILD birth cohort study, Tamana SK et al.
(2019). Screen-time is associated with inattention problems in preschoolers:
Results from the CHILD birth cohort study. PLOS ONE 14(4): e0213995.
https://doi.org/10.1371/journal.pone.0213995
[26]
Pesquise pela técnica Pomodoro de gerenciamento de tempo.
[27]
Não deixar os trabalhos para a última hora e adiantar conteúdo,
ainda que seja com breves leituras anteriores às aulas faz milagres.
Experimente exercitar esses hábitos.
[28]
Se, devido a suas circunstâncias concretas, você não puder
estudar pela manhã, considere fazer revisões à noite antes de dormir do
assunto visto à tarde. Esse hábito aumentará a fixação de informações
durante a noite. Cuidado para conciliar bem essa atividade de fim de dia
com seu horário de sono.
[29]
Tempo de estudo solitário e livre de distrações. Lembro que
assistir aula não é estudar. Comento esse assunto neste vídeo:
http://gg.gg/13fkow. Na seção sobre postura em sala de aula, no próximo
capítulo, detalho melhor esse aspecto.
[30]
Não se surpreenda com esse números, no geral quem diz
estudar essa quantidade de horas por dia conta carga horária de aula na
soma. No fim, confessa que não sabe sequer diferenciar tempo de aula e
tempo de estudo, que estão longe de serem a mesma coisa.
[31]
São Tomás de Aquino, grande teólogo do século XIII, tem
diversos escritos sobre virtudes morais. Segundo a ética das virtudes, as
várias virtudes humanas são organizadas em torno de quatro virtudes
cardeais: temperança, fortaleza, justiça e prudência. A estudiosidade é uma
virtude que gira em torno da temperança e que modera o desejo de saber.
Ela opõe-se, por excesso, à curiosidade, e, por falta, à preguiça na aquisição
de conhecimentos necessários ao cumprimento do dever. Naturalmente,
trata-se de uma virtude especialmente recomendada aos estudantes.
[32]
Quem quiser se aprofundar no tema, recomendo a leitura do
livro “Emburrecimento Programado: o Currículo Oculto da Escolarização
Obrigatória”, escrito pelo professor americano John Taylor Gatto.
[33]
Comparing Memory for Handwriting versus Typing. Timothy J.
Smoker, Carrie E. Murphy, Alison K. Rockwell . Proceedings of the Human
Factors and Ergonomics Society Annual Meeting. Volume: 53 issue: 22,
page(s): 1744-1747 (2009)
[34]
Confira os meus livros publicados “Física em Nível Olímpico”.
Trata-se de uma coleção de dois volumes com problemas de física voltados
para olimpíadas científicas internacionais.
[35]
Há outras possíveis razões disso: desatenção, falta de habilidade
com matemática, falta de clareza no enunciado ou algum bloqueio
emocional, por exemplo.
[36]
A resposta completa dispõe ainda de outros treze valiosos
conselhos. Para ler os demais conselhos, acesse o link:
https://www.instagram.com/p/CH3YCn0lRs7/ .
[37]
Discutimos sobre isso na seção 1.3 do livro.
[38]
Como professor, sempre que aplico um teste ou prova, dedico a
aula seguinte para um comentário sobre as questões. Percebo que os alunos
aproveitam bastante esse momento.
[39]
Espero demonstrar a você que isso não é uma tarefa muito
complexa.
[40]
Recomende meu livro caso conheça alguém com esse
problema.
[41]
O programa da competição para os outros níveis está disponível
no site oficial da olimpíada.
[42]
Infelizmente, essa é a estratégia utilizada pela maioria das
escolas e estudantes.
[43]
Apesar disso, vale a observação que há, nessa olimpíada
específica, questões idênticas cobradas para estudantes de ambos os níveis.
Naturalmente, as questões tidas como fáceis e médias para alunos do ensino
médio são as que são apresentadas aos alunos do ensino fundamental.
[44]
Essa pode parecer uma métrica bastante simplória, mas é
bastante eficiente na falta de um professor ou curso que lhe dê suporte na
elaboração de um cronograma.
[45]
Falo um pouco mais sobre isso em um vídeo disponível em
https://youtu.be/DWMvLihKCR4 .
[46]
Sem pressão, sem diamantes.
[47]
Crato, Nuno. O eduquês em discurso direto: uma crítica da
pedagogia romântica e construtivista. Editora Kirion, 2020.
[48]
Sete anos depois da olimpíada, quando fiz um estágio de
pesquisa em nanomateriais na Alemanha, reencontrei um amigo português
que conheci na olimpíada internacional no México. Doze anos depois,
reencontrei uma amiga lituana, que fez doutorado em física de partículas,
em uma outra olimpíada internacional. Você nunca sabe quando vai
reencontrar as pessoas que conhece nessas competições.
[49]
Na pior das hipóteses, menos penoso.
[50]
Posso citar uma porção de brasileiros que conheci nesse
ambiente de olimpíadas que estudaram em universidades como MIT,
Princeton, Berkeley, Caltech, Oxford etc.
[51]
Desprezarei situações limites de cursos pouco concorridos nos
quais há mais vagas que candidatos.
[52]
Essa ressalva é importante. Provas mal feitas, seja por
enunciados obscuros, nível de dificuldade inadequado ou foco excessivo em
pontos de menor relevância, perdem poder de discriminação.
[53]
Refiro-me ao vestibular do ITA no ano de 2009. Fiz a prova na
cidade de Fortaleza, que não participava do horário de verão, enquanto os
estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste participavam.
[54]
Frutas, barras de cereais e chocolate são boas dicas de
alimentação nessas horas.
[55]
Por exemplo, em: https://descomplica.com.br/gabarito-
enem/questoes/2013/segundo-dia/em-um-sistema-de-dutos-tres-canos-
iguais-de-raio-externo-30-cm-sao-soldados-entre-si/ (Acesso em
30/12/2021)
[56]
A solução desse problema pode ser encontrada em comentários
produzidos por cursinhos especializados.
[57]
Um triângulo equilátero é aquele triângulo com os três lados
iguais. Os ângulos internos desse triângulo são sempre iguais a 60o. Tais
fatos podem ser utilizados para facilitar muitas contas.
[58]
Se quiser uma dica de como resolver esse problema, aplique a
lei dos senos para calcular o lado BC. Perceba que o terceiro ângulo do
triângulo pode ser escrito como γ=180-α-β. Escreva a área do triângulo em
função dos lados AC, BC e seno do ângulo γ. Com essas ideias e um pouco
de conta o problema sai sem grandes dificuldades.
[59]
Escolha qualquer número que não lhe atrapalhe na hora de fazer
as contas.
[60]
Para não dizer verborrágicas, no caso de algumas edições do
ENEM. Diga-se de passagem, muitos textos de apresentação são
completamente irrelevantes para a resolução dos problemas. Esse estilo de
contextualização chega até a ser negativo para a qualidade da prova ao meu
ver.
[61]
Caso você queira se aprofundar mais sobre como escrever uma
boa solução, recomendo um vídeo que gravei e está disponível em
https://youtu.be/xkjr9d0ASWE. Nele apresento alguns princípios gerais de
escrita e, na segunda parte, comento vários exemplos de soluções recebidas
de seguidores.
[62]
Meus colegas de profissão provavelmente concordam comigo
que corrigir provas é uma das tarefas menos gratificantes de um professor.
[63]
Dependendo do contexto, o uso da sigla pode ser admitido sem
problemas, como o caso de provas de olimpíadas de matemática. Esse é um
fato bastante conhecido e popular nesse meio.
[64]
Eu pessoalmente gosto de usar algarismos romanos: “I) Cálculo
de A”, “II) Cálculo de B” etc. Simples e elegante.
[65]
Em olimpíadas internacionais, ocasionalmente observam-se os
rascunhos dos estudantes, desde que eles estejam suficientemente claros.
Em todo o caso, isso só acontece quando a cor de sua medalha pode ser
decidida por décimos de pontos.
[66]
Essa talvez seja uma questão pessoal minha. Teste e verifique se
esse método faz sentido para você. Não há uma estratégia de prova perfeita
para todo estudante.
[67]
Até hoje não tenho notícia de professores ou concursos que
atribuem pontuação negativa por erros realizados em questões dissertativas.
Se esse eventualmente for o seu caso, reconsidere essa orientação.
[68]
Caminho no 336.
[69]
Professor, economista e escritor brasileiro, falecido em 2013.
Para aqueles que desejarem assistir uma palestra dele, recomendo a
disponível no link https://www.youtube.com/watch?v=gL7fX1b424E .
[70]
Quem nunca ouviu dizer que o papel das escolas é formar “bons
cidadãos”. Quase sempre não se entra em detalhes sobre o que isso quer
dizer exatamente.