Você está na página 1de 33

Copyright © 2018 Os organizadores

Copyright © 2018 Autêntica Editora


Todos os direitos reservados pela Autêntica Editora. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, seja
por meios mecânicos, eletrônicos, seja via cópia xerográfica, sem a autorização prévia das Editoras.

Nilma Lino Gomes

Marta Araújo (Universidade de Coimbra); Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva (UFSCAR);


Renato Emerson dos Santos (UERJ); Maria Nazareth Soares Fonseca (PUC Minas);
Kabengele Munanga (USP)
( )
Renato Ortiz (Unicamp); Sadi Dal Rosso (UnB); Glaucia Villas-Boas (UFRJ); Marcelo
Ridenti (Unicamp); Mike Featherstone (University of London); Carlos Benedito Martins
(UnB); Luís Roberto Cardoso Oliveira (UnB); Gerard Delanty (University of Sussex)

Rejane Dias Cecília Martins

Carla Neves

Alberto Bittencourt (sobre ilustração de Nelson Fernando Inocêncio da Silva)

Larissa Carvalho Mazzoni


Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do
Livro, SP, Brasil)

Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico / organizadores Joaze Bernardino-Costa, Nelson Maldonado-


Torres, Ramón Grosfoguel. -- 1. ed. -- Belo Horizonte : Autêntica Editora, 2018. (Coleção Cultura Negra e
Identidades)
Vários autores.
Bibliografia.
ISBN 978-85-513-0338-2
1. Antropologia 2. Colonialismo 3. Diáspora africana 4. Epistemologia 5. Negros - Condições sociais 6.
Relações raciais 7. Sociologia I. Bernardino-Costa, Joaze. II. Maldonado-Torres, Nelson. III. Grosfoguel,
Ramón. IV. Série.
18-14715 CDD-305.896
Índices para catálogo sistemático:
1. Decolonialidade : Populações afrodiaspóricas : Ciências sociais 305.896
Maria Paula C. Riyuzo - Bibliotecária - CRB-8/7639

www.grupoautentica.com.br
Belo Horizonte
Rua Carlos Turner, 420 Silveira . 31140-520 Belo Horizonte . MG
Tel.: (55 31) 3465 4500
Rio de Janeiro
Rua Debret, 23, sala 401
Centro . 20030-080
          
    
     

                  


   !   "  #  $  $   
     "   $     %
     $    &    $$    $  "   
' ( "   $  "            #    
     " $      ) *+ 
$       $ $ &  "   +     $ $  
  $   $    !s" $  
#  $ $ $   ", & $   s   # ,$  
           $  "         &  
$  $ "  $      #       
 $  & $ +  $  $   $   $ $
      $      ,      $       
   $ -. /
0       ",   #  $ 
 & "  $ $$ $ $ 1        $
"       " 2 !             
      3 4 !   $           $'  
5   6$7 4  !  $         $% 
      $    $    $     ,$  $$
#0              &  0 $ $    +  
  8   +    7 $#   $&
       8      v$  $     $+   
+     "$      "        
 $  99 $ 7   0  :$7$ $1 
Civilização moderna ocidental como modernidade/colonialidade
Dez teses sobre colonialidade e decolonialidade

Primeira tese: Colonialismo, descolonização e conceitos relacionados


provocam ansiedade
Segunda tese: Colonialidade é diferente de colonialismo e decolonialidade
é diferente de descolonização
Terceira tese: Modernidade/colonialidade é uma forma de catástrofe
metafísica que naturaliza a guerra que está na raiz das formas
moderno/coloniais de raça, gênero e diferença sexual
             
 
               
             
      !      " 
           #     
  $      %     
           &"  '(()*
+  ,-  '((.* /    '()01      
        %     
                 
   2       %       
  $  
3        %       
                  
 4   5    %       
          6         
  6         7        
                
$   %     &8  '()9* :   );<=* "   '()9*
>  '((.1
                    
          %     
%      7           
                  
    %           
    4              
                  
  ?       4   %     
       *     4     
        $  
Quarta tese: Os efeitos imediatos da modernidade/colonialidade incluem a
naturalização do extermínio, expropriação, dominação, exploração, morte
prematura e condições que são piores que a morte, tais como a tortura e o
estupro
Quinta tese: A colonialidade envolve uma transformação radical do saber,
do ser e do poder, levando à colonialidade do saber, à colonialidade do ser
e à colonialidade do poder
Sexta tese: A decolonialidade está enraizada em um giro decolonial ou em
um afastar-se da modernidade/colonialidade
Sétima tese: Decolonialidade envolve um giro epistêmico decolonial, por
meio do qual o condenado emerge como questionador, pensador, teórico e
escritor/comunicador
Oitava tese: Decolonialidade envolve um giro decolonial estético (e
frequentemente espiritual) por meio do qual o condenado surge como
criador
Nona tese: A decolonialidade envolve um giro decolonial ativista por meio
do qual o condenado emerge como um agente de mudança social
Décima tese: A decolonialidade é um projeto coletivo
                 
                     
                 
                 
               !
   "            #    $ 
%               
              
                 %    #   s 
   #   %  

Referências
ANZALDÚA, Gloria E. Borderlands/La Frontera: The New Mestiza. San
Francisco: Aunt Lute Books. 2007.
ANZALDÚA, Gloria E.; KEATING, Analouise (Eds.). This Bridge We Call
Home: Radical Visions for Transformation. New York: Routledge, 2002.
BIKO, Steve. I Write What I Like: Selected Writings. Chicago: University of
Chicago Press, 2002. [1978]
BOWDEN, Brett. The Empire of Civilization: The Evolution of an Imperial
Idea. Chicago: The University of Chicago Press, 2009.
CÉSAIRE, Aimé. Discourse on Colonialism. New York: Monthly Review
Press, 2000.
CHAMBERLAIN, M. E. Decolonization: The Fall of the European
Empires. Oxford: Blackwell Publishers, 1985.
CORNELL, Drucilla. Afterword. In: GORDON, Lewis. What Fanon Said: A
Philosophical Introduction to his Life and Thought. New York: Fordham
University Press, 2015. p. 143-147.
DAVIS, Angela. Women, Race, and Class. New York: Random
House/Vintage Books, 1983.
ESPINOSA MIÑOSO, Yuderkys; CORREAL, Diana Gómez; MUÑOZ,
Karina Ochoa (Eds.). Tejiendo de otro modo: feminismo, epistemología y
apuestas decoloniales en Abya Yala. Popayán, Colombia: Editorial
Universidad del Cauca, 2014.
FANON, Frantz. The Wretched of the Earth. New York: Grove Press, 2004.
FANON, Frantz. Black Skin, White Masks. New York: Grove Press, 2008.
GOLDSTEIN, Joshua S. War and Gender: How Gender Shapes the War
System and Vice Versa. Cambridge: Cambridge University Press, 2001.
GORDON, Lewis. What Fanon Said: A Philosophical Introduction to His
Life and Thought. New York: Fordham University Press, 2015.
JAHN, Beate. The Cultural Construction of International Relations: The
Invention of the State of Nature. New York: Palgrave, 2000.
LANDER, Edgardo (Ed.). La colonialidad del saber: eurocentrismo y
ciencias sociales: perspectivas latinoamericanas. Caracas: Facultad de
Ciencias Económicas; IESALC, 2000.
LEWIS, Simon L.; MASLIN, Mark A. Defining the anthropocene. Nature, v.
519, p. 171-180, 2015.
LÓPEZ DE GÓMARA, Francisco. Historia general de las indias y vida de
Hernán Cortés. Caracas: Biblioteca Ayacucho, 1979.
LOCKE, John. Two Treatises of Government. New York: New American
Library, 1965. [1690]
LUGONES, María. Heterosexualism and the Colonial/Modern Gender
System. Hypatia, v. 22, n. 1, p. 186-209, 2007.
MALDONADO-TORRES, Nelson. On the coloniality of being:
contributions to the development of a concept. Cultural Studies, v. 21, n. 2-3,
p. 240-270, 2007.
MALDONADO-TORRES, Nelson. Against War: Views from the Underside
of Modernity. Durham: Duke University Press, 2008.
MALDONADO-TORRES, Nelson. El pensamiento filosófico del ‘giro
descolonizador’. In: DUSSEL, Enrique; MENDIETA, Eduardo;
BOHÓRQUEZ, Carmen (Eds.). El pensamiento filosófico latinoamericano,
del Caribe, y “Latino” (1300-2000). Mexico D.F.: Siglo Veintiuno Editores,
2011a. p. 683-697.
MALDONADO-TORRES, Nelson. Thinking through the Decolonial Turn:
Post-continental Interventions in Theory, Philosophy, and Critique – An
Introduction. Transmodernity: Journal of Peripheral Cultural Production of
the Luso-Hispanic World 1 (2), p. 1-15, 2011b.
MALDONADO-TORRES, Nelson. Religion, Conquest, and Race in the
Foundations of the Modern/Colonial World. Journal of the American
Academy of Religion, Oxford, v. 82, n. 3, p. 636-665, 2014.
MALDONADO-TORRES, Nelson. Transdisciplinariedade e
decolonialidade. Sociedade & Estado, Brasília, v. 31, n. 1, p. 75-97, 2016a.
MALDONADO-TORRES, Nelson. Césaire’s Gift and the Decolonial Turn.
In: ELIA, Nada et al. (Eds.). Critical Ethnic Studies: A Reader. Durham:
Duke University Press, 2016b. p. 435-462.
McCLINTOCK, Anne. Imperial Leather: Race, Gender, and Sexuality in the
Colonial Contest. New York: Routledge, 1995.
MIGNOLO, Walter. Local Histories/Global Designs: Coloniality, Subaltern
Knowledges, and Border Thinking. Princeton: Princeton University Press,
2000.
MIGNOLO, Walter. Desobediencia epistémica: retórica de la modernidad,
lógica de la colonialidad, y gramática de la descolonialidad. Buenos Aires:
Ediciones del Signo, 2010.
MIGNOLO, Walter. De-linking: Don Quixote, Globalization and the
Colonies. Macalester International, v. 17, p. 3-35, 2006.
MIGNOLO, Walter; TLOSTANOVA, Madina V. Theorizing from the
Borders: Shifting to Geo-and Body-Politics of Knowledge. European
Journal of Social Theory, v. 9, n. 2, p. 205-221, 2006.
MORAGA, Cherríe; ANZALDÚA, Gloria (Eds.). This Bridge Called my
Back: Writings by Radical Women of Color. Watertown: Persephone Press,
1981.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidad y modernidad/racionalidad. Perú indígena,
n. 29, p. 11-20, 1991.
QUIJANO, Aníbal. Coloniality of Power, Eurocentrism, and Latin America.
Nepantla: Views from South, v. 1, n. 3, p. 533-580, 2000.
SHARONI, Simona et al. (Eds.) Handbook on Gender and War.
Cheltenham: Edward Elgar Publishing Limited, 2016.
SMITH, Adam. The Wealth of Nations. Hazleton: The Electronic Classics
Series of Pennsylvania State University, 2005. [1776]
TODOROV, Tzvetan. The Conquest of America: The Question of the Other.
Oklahoma: University of Oklahoma Press, 1999.
WYNTER, Sylvia. Columbus and the poetics of the propter nos. Annals of
Scholarship, v. 8, n. 2, p. 251-286, 1991.
WYNTER, Sylvia. 1492: a new world view. In: HYATT, Vera Lawrence;
NETTLEFORD, Rex (Ed.). Race, Discourse, and the Origin of the
Americas: A New World View. Washington, D.C.: Smithsonian Institution
Press, 1995. p. 5-57.
WYNTER, Sylvia. Unsettling the Coloniality of
Being/Power/Truth/Freedom: Towards the Human, After Man, its
Overrepresentation – An Argument. The New Centennial Review, v. 3, n. 3,
p. 257-337, 2003.

Você também pode gostar