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Sistema Imunitário

O sistema imunitário inclui órgãos primários e secundários.


Primários: produzem os componentes celulares do sistema imunitário. Medula óssea
e timo.
Secundários: locais onde ocorrem as respostam imunológicas. Linfonodos, baço,
tonsilas, BALT, MALT.

As células desse sistema se comunicam entre si e entre células de outros sistemas,


por intermédio de moléculas proteicas, as citocinas. Todos os linfócitos se originam
na medula óssea, mas os linfócitos T completam sua maturação no timo, enquanto os
linfócitos B saem da medula já como células maturadas.
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TIMO

Figura1 Figura 2 Figura 3

É um órgão situado no mediastino, atrás do esterno e na altura dos grandes vasos do


coração (Figura 1) e que possui dois lobos (Figura 2) envoltos por uma cápsula de
tecido conjuntivo denso. Além disso, este órgão possui septos ou trabéculas, que
contém arteríolas e vênulas trabeculares, além de dividirem o parênquima em lóbulos
incompletos.
Os lóbulos são divididos em parte periférica (zona cortical externa) independente e
parte central (zona medular central) compartilhada entre os lóbulos. As células mais
abundantes do timo são os linfócitos T e as células reticulares epiteliais. Os
linfócitos se multiplicam intensamente na zona cortical, onde se acumulam por um
tempo e se desenvolvem. A maioria desses linfócitos morre por apoptose e são
fagocitados por macrófagos. Outros migram para a zona medular, terminam sua
maturação e entram na corrente sanguínea.
No córtex encontra-se a barreira funcional hematotímica, que dificulta a penetração
dos antígenos presentes no sangue, é formada por células epiteliais tímicas, lâmina
basal dupla. Na medula há aglomerados de células epiteliais tímicas formando os
chamados corpúsculos de Hassall (Figura 4).
Os órgãos timo-dependentes são aqueles que possuem
linfócitos T, por exemplo, os linfonodos e a polpa branca do
baço. Os órgãos timo-independentes são aqueles que
possuem linfócitos B.

Figura 4

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LINFONODOS

Figura 1 Figura 2 Figura 3

São órgãos encapsulados constituídos por tecido linfoide e que aparecem


espalhados pelo corpo (Figura 2), sempre no trajeto dos vasos linfáticos - que
possuem linfa, que circula sempre em sentido unidirecional (Figura 3). Alguns
exemplos de linfonodos são os presentes na axila, na virilha, ao longo dos grandes
vasos do pescoço, no tórax e no abdome.
Os linfonodos, além de produzirem linfócitos B, são “filtros” de linfa, removem
partículas estranhas antes que a linfa retorne ao sistema circulatório sanguíneo, e
abrigam linfócitos T.
Os linfonodos são divididos em três regiões: córtex
superficial, córtex profundo e medula.

A região cortical superficial é formada por tecido


linfoide frouxo. Nela há presença de nódulos
linfáticos. As células que a compõe são: linfócitos
B, plasmócitos, macrófagos, células dendríticas e
células reticulares. Além disso é formada por fibras
reticulares.
A região cortical profunda NÃO possui nódulos
linfáticos. As células que a compõe são: linfócitos
T, macrófagos, plasmócitos e células reticulares.
Além disso há a presença de vênulas de endotélio
alto.
Estão presentes na região medular os cordões
medulares. Nesta região há, também, os seios
medulares, que recebem a linfa que vem da região
cortical e comunica-se com os vasos linfáticos eferentes, pelos quais a linfa sai do
linfonodo. As células da região medular são: linfócitos B, macrófagos, plasmócitos e
células reticulares. Além disso é formada por fibras reticulares.
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BAÇO

Figura 1 Figura 2 Figura 3


O baço é o segundo órgão com maior acúmulo de tecido linfoide do organismo e o
único órgão linfoide interposto na circulação sanguínea.
Responsável pela defesa contra microrganismos que penetram no sangue circulante,
o baço, além de destruir eritrócitos desgastados pelo uso, origina linfócitos que
passam para o sangue circulante.
Por sua localização na corrente sanguínea, responde com rapidez aos antígenos que
invadem o sangue, sendo um importante filtro fagocitário e imunológico para o sangue
e grande produtor de anticorpos.
Possui uma cápsula de tecido conjuntivo denso, a qual emite trabéculas que
dividem o parênquima ou polpa esplênica em compartimentos incompletos.
A polpa esplênica (Figura 1) é formada por tecido conjuntivo linfoide, contendo
células e fibras reticulares, macrófagos, células linfoides e células apresentadoras de
antígenos.
Fazem parte da polpa esplênica as polpas branca (Figura 2) e vermelha (Figura 3). A
primeira é o componente imunológico do baço, descontínua e possui nódulos
linfáticos. A segunda realiza a hemocaterese, é formada por tecido vermelho escuro,
rico em sangue e há a formação de cordões esplênicos/ de Billroth (formados por
células reticulares, fibras reticulares, macrófagos, linfócitos T e B, plasmócitos,
leucócitos, plaquetas e eritrócitos), entre os quais se situam os sinusóides/ seios
esplênicos.
Em relação à circulação, as artérias, ao deixarem as trabéculas para penetrarem no
parênquima, são envolvidas por uma bainha de linfócitos – artérias centrais ou da
polpa branca.

- Hemocaterese: destruição das hemácias frágeis que são fagocitadas por macrófagos
dos cordões esplênicos.

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MALT/BALT
Para proteger o organismo existem
acúmulos de linfócitos (nódulos
linfáticos) associados ao tecido
linfático difuso localizados na mucosa e
na submucosa desses tratos. O tecido
linfático das mucosas e da pele estão
em posição estratégica para proteger o
organismo contra patógenos do meio
ambiente.
Um desses acúmulos importantes são
as Placas de Peyer presentes nas
mucosas e submucosa do intestino
delgado, geralmente no íleo. Frequentemente os acúmulos são tão extensos que
formam um anel que toma toda a circunferência daquele local do intestino.

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TONSILAS
As tonsilas são órgãos constituídos por aglomerados de tecido linfoide e são
responsáveis pela defesa do organismo contra antígenos transportados pelo ar e pelos
alimentos e líquidos ingeridos (tudo que é transportado pela via oral), iniciando uma
resposta imunitária. Produzem linfócitos que podem infiltrar o epitélio.

- Tonsilas palatinas: formadas por epitélio estratificado pavimentoso não


queratinizado, possuem criptas – exclusivas dessas tonsilas, são invaginações
epiteliais que penetram no parênquima.

- Tonsila faringiana: localizada súpero-posteriormente à faringe, são pregas da


mucosa de tecidos linfoides difuso com nódulos linfáticos, porém não há criptas.

- Tonsilas linguais: presentes na base da língua.


Aparelho Respiratório
O aparelho respiratório é dividido em porção condutora – cavidade e seios nasais,
nasofaringe, orofaringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos - e porção
respiratória - bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos.
O epitélio respiratório é estratificado ciliado com células caliciformes e é
sustentado por uma lâmina basal e uma lâmina própria de tecido conjuntivo. Além
disso, o epitélio sempre apresenta glândulas serosas e mucosas (glândulas
mucosas com semilua serosa). Vale lembrar que as regiões do sistema respiratório
que sofrem atrito (orofaringe, porção dorsal da epiglote e pregas vocais) NÃO
apresentam epitélio respiratório.

O aparelho respiratório apresenta células colunares ciliadas, células caliciformes,


células em escova, células basais/tronco e células granulosas.

- Vasos sanguíneos dos pulmões: os pulmões possuem vasos nutridores (sistêmicos)


e vasos funcionais (pulmonares).
- Vasos linfáticos dos pulmões: distribuem-se acompanhando os brônquios e os vasos
pulmonares - rede profunda. Os vasos linfáticos presentes na pleura visceral formam a
rede superficial. Vale lembrar que nas porções terminais das árvores brônquicas e nos
alvéolos NÃO há vasos linfáticos.

FOSSAS NASAIS
São divididas em vestíbulo, área respiratória, área olfatória e glândulas de Bowman.

Vestíbulo: sua mucosa é a continuação da pele do nariz, porém o epitélio estratificado


pavimentoso da pele logo perde sua camada de queratina e o tecido conjuntivo da
derme dá origem à lâmina própria da mucosa.

Área respiratória: epitélio pseudoestratificado ciliado com muitas células


caliciformes - presentes nas conchas nasais média e inferior, nas quais possuem um
abundante plexo venoso que aquece o ar que ali passa - e também apresenta
glândulas mistas.
Área olfatória: neuroepitélio colunar pseudoestratificado - epitélio olfatório com
quimiorreceptores. As células basais da região são células tronco e há também as
células olfatórias (neurônios bipolares com quimiorreceptores excitáveis pelas
substâncias odoríferas.

Glândulas de Bowman: glândulas serosas secretoras de líquido com proteínas para a


superfície epitelial, facilitando o contato com as células quimiorreceptoras.

SEIOS PARANASAIS
Epitélio respiratório com poucas células caliciformes.

NASOFARINGE
Epitélio respiratório.

OROFARINGE
Epitélio estratificado pavimentoso.

LARINGE
A parede da laringe possui peças cartilaginosas (hialina) irregulares. A epiglote
(componente da laringe que possui cartilagem elástica) em sua parte dorsal possui
epitélio estratificado pavimentoso e em sua parte ventral possui epitélio
respiratório. A laringe possui também duas pregas. A primeira, vestibular, é composta
por epitélio respiratório e a segunda, vocal, possui epitélio estratificado pavimentoso.
Há também o ligamento vocal, local com presença de colágeno, e o espaço de Reinke,
rico em mastócitos.

TRAQUEIA
A traqueia é composta por epitélio respiratório e seu
tecido conjuntivo é rico em fibras elásticas. Os anéis
traqueais são porções cartilagíneas (hialina) com a
função de sustentação. As porções dorsal e ventral
possuem, respectivamente, músculo liso e glândulas
(serosas e mucosas). As células enteroendócrinas,
presentes na traqueia, secretam serotonina,
calcitonina, ADH e ACTH.
BRÔNQUIOS
Assim como a traqueia, os brônquios são compostos por epitélio respiratório e sua
lâmina própria é rica em fibras elásticas. A camada mucosa apresenta feixes
musculares em espiral (músculo liso) e a camada submucosa apresenta glândulas
serosas e mucosas. Além disso, há a presença de placas de cartilagem hialina.
BRONQUÍOLOS

Os bronquíolos são compostos por epitélio cilíndrico simples e apresentam de


poucas a nenhuma célula caliciforme. Também não possuem cartilagem e
glândulas. Sua lâmina própria, assim como a da traqueia e dos brônquios, é rica em
fibras elásticas. Os bronquíolos terminais possuem as células de Clara que além de
serem células tronco, secretam um dos componentes lipoproteicos do surfactante
pulmonar e proteínas para a proteção dos pulmões contra substâncias tóxicas.
BRONQUÍOLOS TERMINAIS
Composto por epitélio colunar baixo ou cilíndrico simples, podendo ou não apresentar
cílios. Os bronquíolos terminais possuem as células de Clara, secretoras de proteínas
do revestimento bronquiolar que se ligam ao surfactante pulmonar, que realiza
proteção contra poluentes inspirados e infecções (inativam toxinas). Além disso as
células de Clara são células tronco.

BRONQUÍOLOS RESPIRATÓRIOS
Compostos por epitélio simples colunar baixo a epitélio cúbico. Além disso possuem
musculatura lisa e fibras elásticas mais delgada que as presentes nos bronquíolos
terminais. Os bronquíolos respiratórios não apresentam cartilagem, glândulas e células
caliciformes. Em suas paredes há a presença de alvéolos.

DUCTOS ALVEOLARES
Compostos por epitélio plano simples com nós de tecido muscular liso. Possuem dois
tipos de fibras, elásticas e reticulares. As fibras elásticas que contêm se distendem
durante a inspiração e se contraem durante a expiração e as fibras reticulares servem
de sustentarão para capilares

ALVÉOLOS
Os alvéolos são compostos por epitélio pavimentoso e fibroblastos, que produzem as
fibras reticulares e elásticas. Além disso apresentam capilares contínuos e septos
alveolares.
O septo intralveolar é formado por duas camadas de pneumócitos. Há dois tipos de
pneumócitos: o pneumócito tipo I permite as trocas gasosas e o pneumócito tipo
II produz o surfactante pulmonar (película protetora que impede que os alvéolos
grudem durante a expiração pulmonar).
O septo alveolar é formado por epitélio de revestimento e tecido conjuntivo.
O conjunto de alvéolos é denominado saco alveolar.

PLEURA

A pleura é dividida em camada visceral e camada parietal. Ambas são formadas por
tecido conjuntivo frouxo revestida de mesotélio. A pleura apresenta fibras elásticas e
colágenas.

Glândulas Anexas
FÍGADO
Responsável pelo metabolismo de lipídeos, carboidratos, proteínas, além de produzir a
bile e metabolizar drogas e medicamentos. É o segundo maior órgão e a primeira
maior glândula. Grande parte do sangue que vai para o fígado chega pela veia porta
hepática (70-80%), uma menor porcentagem é suprida pela a. hepática. É envolvido
por uma delgada cápsula hepática de tecido
conjuntivo (de Glisson) e é dividido em lobos e
lóbulos. Há os espaços porta, regiões dos lóbulos
onde há tecido conjuntivo contendo ductos
biliares, vasos bilíferos, nervos e vasos
sanguíneos.

O sistema porta-hepático carrega sangue venoso


proveniente do trato digestivo, pâncreas e baço. O
sistema no qual a artéria hepática compõe carrega
sangue arterial proveniente do tronco celíaco da
aorta abdominal, segue para as artérias
interlobares, interlobulares e aos espaços porta.

Obs.: Os lipídeos NÃO vêm pela veia porta e sim


pelos capilares.

Os capilares sinusóides do fígado encontram-se


entre as placas de hepatócitos (epitélio
pavimentoso com frestas e lâmina basal
descontínua) e convergem para a veia centro-lobular.

Obs.: Tríade portal é o conjunto de artéria hepática própria, veia porta hepática e ducto
hepático.

Obs: A bile, produzida nos hepatócitos, flui em direção oposta ao sangue.


VESÍCULA BILIAR
A vesícula biliar, aderida à superfície inferior do fígado, absorve água da bile,
armazenando-a em forma concentrada. Em sua membrana mucosa, formada por
epitélio colunar simples e lâmina própria, m. liso, tecido conjuntivo e membrana
serosa. A camada mucosa possui pregas abundantes em evidentes quando a vesícula
está vazia.

-Trajeto da bile:
fígado (hepatócitos) -> canalículos biliares -> dúctulos (biliares) hepáticos esquerdo e
direito -> ducto (bilíferos) hepático comum -> ducto cístico-> vesícula biliar.

PÂNCREAS
Pâncreas endócrino (ilhotas pancreática/de
Langerhans): grupamento de células endócrinas
cordonais que regularizam o metabolismo da
glicose por meio da secreção de hormônio
(insulina) na corrente sanguínea.
Pâncreas exócrino: controlado por meio de 2
hormônios, secretina e colecistiquinina, que têm
ação integrada e promovem uma secreção
abundante de suco pancreático alcalino, rico em
enzimas. Sua unidade histológica funcional é o
ácino pancreático (com célula centroacinosa).

GLÂNDULAS SALIVARES
PARÓTIDA: é acinosa composta, tendo apenas a presença de células serosas.
Possui ductos intercalares e estriados. O lúmen do ácino recebe os produtos
secretados, que são transportados por longos ductos intercalares para os ductos
estriados, menos abundantes. O produto secretado pelos ácinos serosos é modificado
pela secreção do ducto estriado e, em seguida, é transportado pela cavidade oral por
um ducto excretor principal (ducto protídeo ou ducto de Stensen).

SUBMANDIBULAR: é túbulo-acinosa composta, com células mucosas que


formam túbulos com semiluas serosas, porém com maior presença de ácinos
serosos.
SUBLINGUAL: é túbulo-acinosa composta, com maior presença de células
mucosas, havendo também a presença de células serosas apenas formando as
semiluas serosas.

Sistema Digestório
Consiste no trato digestivo: cavidade oral, esôfago, estômago, intestino delgado,
intestino grosso, reto e ânus. Todo trato digestório é composto por um epitélio
cilíndrico simples. Sua função é obter, por meio da alimentação, moléculas
necessárias para a manutenção, o crescimento e as demais necessidades energéticas
do organismo.
A digestão propriamente dita ocorre na boca, no estômago, no intestino delgado e no
intestino grosso.

- As glândulas presentes no sistema são as salivares, as do fígado e do pâncreas.

Estrutura geral do trato digestivo:


Composto por 4 camadas distintas: mucosa, submucosa, muscular
externa/propriamente dita e serosa/adventícia.
• A camada mucosa é composta por epitélio de revestimento, lâmina própria e
camada muscular da mucosa.
• A camada submucosa é composta por tecido conjuntivo denso não modelado,
glândulas, tecido linfoide e outras estruturas como será visto em relação ao esôfago e
duodeno.
• A camada muscular externa é composta por fibras musculares longitudinais
e/ou circulares dependendo do órgão em questão.
• A camada adventícia/serosa reveste externamente os órgãos (pleuras).
A musculatura predominante no sistema digestório é a musculatura lisa que é
estimulada pelo SNA. Os plexos do sistema são o submucoso e o mioentérico. O
submucoso encontra-se entre a camada submucosa e a muscular e o mioentérico
encontra-se entre as camadas musculares. A inervação é realizada por uma
subdivisão do SNA denominada sistema nervoso entérico (intrínseco).

CAVIDADE ORAL
A língua é composta por musculatura estriada esquelética, há também a presença de
tecido adiposo (para fornecer energia para os músculos que estão em movimentação
intensa durante a maior parte do tempo) e glândulas salivares. Possui papilas –
elevações do epitélio oral e lâmina própria.
Papilas fungiformes: apresenta botões gustativos.
Papilas foliadas: são pouco desenvolvidas em humanos e têm muitos botões
gustativos.
Papilas circunvaladas: grandes e achatadas na parte posterior da língua, têm
muitas glândulas serosas e muitos botões gustativos.
Papilas filiformes: presentes na superfície dorsal da língua, têm formato
cônico alongado e apresentam epitélio queratinizado.

papila circunvalada papila fungiforme papila filiforme

ESÔFAGO
Formado por epitélio pavimentoso
estratificado não queratinizado, o
esôfago transporta o alimento da
boca para o estômago. Em sua
camada submucosa possui
glândulas serosas cuja secreção
facilita a passagem do alimento além
de proteger a camada mucosa E
glândulas esofágicas (glândulas
exócrinas de secreção mucosa-
serosa). Sua camada muscular
interna contém fibras circulares e a
externa contém fibras longitudinais. O esôfago é composto por três porções
musculares. A primeira de m. estriado esquelético, a segunda de m. estriado
esquelético mais m. liso e a terceira de m. liso (predominância de m. lisa).
JUNÇÃO ESOFAGOGÁSTRICA: mudança abrupta da mucosa.

ESTÔMAGO
O estômago tem como função continuar com a digestão dos carboidratos, adicionar
fluido ácido ao alimento ingerido, formar o quimo e iniciar a digestão de proteínas por
meio da pepsina. Em sua camada mucosa o epitélio colunar simples forma
invaginações em direção à lâmina própria formando as fossetas gástricas. Na
submucosa, o tecido conjuntivo denso é repleto de macrófagos e células linfoides. A
camada muscular (m. liso) apresenta fibras circulares, longitudinais e oblíquas. As
regiões do estômago são: cárdia, fundo, corpo e piloro.
Cárdia: transição entre o esôfago e o estômago. Possui as glândulas cárdias
(tubulares simples ou ramificadas com porção terminal enovelada). Há um
predomínio de células mucosas (pouco coradas) na região.
Fundo & Corpo: presença de glândulas fúndicas, secretoras de ácido,
muco e enzimas. Apresentam sub-regiões distintas: istmo, colo e base. O
istmo é composto por células mucosas, parietais e tronco. O colo é formado
por células mucosas, tronco e enteroendócrinas. E a base é formada por
células parietais, zimogênicas e enteroendócrinas.
Piloro: é formado por células enteroendócrinas e mucosas e possui fossetas
gástricas profundas e glândulas pilóricas (tubulosas simples ou ramificadas)
que secretam lisozima.

Cárdicas (tubulosa enoveladas ramificadas) Pilóricas (tubulosa enoveladas ramificada)

As células do estômago podem ser:


Células tronco: regeneram o epitélio e diferenciam-se em outras células
(sofrem alta taxa de mitose).
Células mucosas: protegem o epitélio estomacal.
Células parietais (oxínticas): produzem HCl e responde ao fator intrínseco –
responde aos estímulos do parassimpático (histamina e gastrina) para maior
liberação de HCl.
Células principais (zimogênicas): sintetizam e exportam proteínas, além de
produzirem pepsinogênio e lipase.
Células enteroendócrinas: secretam hormônios (serotonina e somatostatina)
que controlam as funções do sistema digestório conjuntamente com
mediadores neuroendócrinos.

INTESTINO DELGADO
Sítio terminal da absorção de nutrientes, digestão e secreção endócrina. É dividido em
3 partes: duodeno, jejuno e íleo. A parede do intestino é formada por 4 túnicas:
mucosa, submucosa, muscular e externa.
A camada mucosa apresenta estruturas que aumentam a área de superfície de
absorção:
Pregas: dobramentos da camada mucosa e submucosa. Estão presentes
no duodeno, jejuno (principalmente) e íleo.
Vilosidades: dobramentos da membrana mucosa (epitélio + lâmina própria)
que formam glândulas/criptas que terminam na camada muscular da
mucosa. No duodeno as glândulas têm formato de folhas e no íleo de dedo.
Microvilosidades: dobramentos de uma única célula. O conjunto de células
que possuem microvilosidades forma a borda em escova.
As glândulas/criptas intestinais possuem células tronco, absortivas, caliciformes, de
Paneth e enteroendócrinas:
Células tronco: diferenciam-se em outras células.
Células absortivas: colunares altas com borda em escova. Elas têm muitas
microvilosidades e sua função é a de absorver nutrientes. Entre elas há células
caliciformes mucosas.
Células caliciformes: protegem e lubrificam o revestimento do intestino por
meio da secreção de um muco. Encontram-se entre as células absortivas e
estão pouco presentes no duodeno e altamente presentes no íleo.
Células de Paneth: células de secreção exócrina com grandes grânulos de
secreção. Ela exerce uma atividade antibacteriana (a enzima lisozima é
capaz de digerir a parede de algumas bactérias realizando o controle da flora
intestinal).
Células M (Microfold): realizam a vigilância imunológica contra antígenos
presentes no lúmen intestinal. No íleo atuam associadas às placas de Peyer
(aglomerado de tecido linfoide).
Células enteroendócrinas: produzem hormônios que participam do processo
digestivo e que são lançados na corrente sanguínea. Quando abertas o ápice
da célula apresenta microvilosidades e estão em contato tanto com o lúmen do
órgão quanto com o sangue. Quando fechadas só têm contato com o sangue.

Células absortivas Células caliciformes entre as absortivas

Célula enteroendócrinas em contato com o


lúmen do órgão e com o vaso sanguíneo.
Em relação à camada submucosa, no duodeno, há glândulas tubulares enoveladas
com células secretoras de muco (distintamente alcalino) que protegem a mucosa
duodenal contra os efeitos da acidez do suco gástrico e neutraliza o pH do quimo –
glândulas duodenais ou de Brünner. No íleo há aglomerados de nódulos linfáticos –
placas de Peyer.
Quanto à camada muscular, o m. presente é o m. liso que é inervado pelo SNA por
meio de uma microcirculação. A camada possui fibras circulares internas e
longitudinais externas.
A proteção do intestino delgado relaciona-se às atividades das células M, placas de
Peyer, da neutralização dos antígenos IgA, da ação bacteriostática das células de
Paneth, da motilidade intestinal, da acidez do estômago e das junções oclusivas.

INTESTINO GROSSO
Possui mucosa sem pregas e sem vilosidades (após a valva ileocecal). As funções
desse órgão são a absorção de H2O, a formação de massa fecal e a produção de
muco. O intestino grosso é dividido em ceco, colo ascendente, colo transverso, colo
descendente, colo sigmoide, reto e ânus, sendo que o ceco é famoso pelo apêndice
vermiforme, causador da apendicite no adulto e faz parte do sistema imune infantil.
A camada mucosa desse órgão possui glândulas tubulosas simples ou criptas restas,
poucas células absortivas e muitas células caliciformes, além disso não possui
vilosidades.

A camada muscular (m. liso) possui fibras circulares e longitudinais com foco em 3
bandas longitudinais – tênia do colo.
Na camada serosa, nas porções livres do colo, há protuberâncias pequenas formadas
por tecido adiposo (acúmulo de gordura) – apêndices epilóricos.
Na junção reto-anal, formada por epitélio estratificado pavimentoso, a membrana
mucosa forma dobras longitudinais – colunas retais/de Morgagni – que dificultam a
passagem das fezes. Além disso há dois esfíncteres, um de m. liso controlado pelo
SNA e outro de m. estriado controlado pelo SNC. Nessa região há também uma alta
quantidade de plexo venoso que estão associados às hemorroidas.

JUNÇÃO RETOANAL

Na camada submucosa há a presença de glândulas mucosas.

Pele e Anexos
Epiderme: tecido epitelial pavimentoso estratificado queratinizado.
Derme
Glândulas
Sudoríparas: podem ser
apócrinas ou merócrinas

Tubulosas enoveladas
simples

Sebáceas: holócrinas

Alveolares
Folículo piloso

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