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Especificação de materiais para

projetos de interiores
residenciais

Autor:
José Eduardo Rendeiro
Revisão e coordenação:
Roberta Miranda Vendramini
Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Sobre os Autores

O professor José Eduardo Rendeiro é arquiteto formado pela Universidade Mackenzie


com atividades em escritórios de arquitetura e construções, além de projetos próprios.
Trabalha com Autocad, Sketchup e Revit, dá suporte e produz conteúdo
para o portal Cursos Construir, além de traduzir e escrever artigos
de Arquitetura e Plataforma BIM para blogs específicos.

A professora e arquiteta Roberta Vendramini está hoje à frente da empresa Cursos Construir.
Com sólida experiência em coordenação e compatibilização de projetos,
trabalhou no renomado escritório de arquitetura Olegário de Sá, em São Paulo.
Durante anos, atuou também como docente de AutoCAD, Desenho Arquitetônico,
Legislação para Obras, Projeto e outras disciplinas, em faculdades de Arquitetura e também
Construção de Edifícios. Atualmente, direciona todo seu tempo e know-how
para treinamentos em DVD, videoaulas gratuitas, blogs e páginas no Facebook para cadistas,
projetistas e alunos de Arquitetura, Engenharia e Design.
Seu primeiro blog, o AutoCAD para Construção de Edifícios,
já recebeu mais de 6 milhões de visitas e seu canal no Youtube é um dos maiores da área,
com mais de 34 mil seguidores e 5 milhões de visualizações de vídeos.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

APRESENTAÇÃO
Neste e-book, vamos tratar dos Acabamentos para interiores na edificação. Os acabamentos
entram na parte final da execução de uma construção. Além da função estética, cuja finalidade
é dar “a cara do ambiente”, visa também seu conforto, protegendo o ambiente de acordo com
o uso a ele destinado.

Os acabamentos são relacionados tanto à área externa da edificação como ao seu interior. Sua
aplicação é definida de acordo com o tipo escolhido e com a finalidade que ele tem para um
ambiente. A definição mais clara para isso é a diferenciação das áreas sociais das áreas molhadas
da edificação. Como citado, visando à funcionalidade e ao conforto do ambiente. O
dimensionamento e a racionalização da aplicação vão dar não só economia como qualidade a
uma obra.

A escolha dos acabamentos é influenciada por elementos como:

- Cor e aparência (mate, brilho, seda, entre outros).


- Textura.
- Requisitos de manutenção e limpeza.
- Durabilidade.
- Vida esperada.
- Resistência do tempo.
- Resistência à corrosão.
- Disponibilidade.
- Preparação necessária.
- Facilidade de aplicação.
- Tempo de secagem.
- Custo
- Segurança ou questões ambientais.
- Desperdício

O revestimento de um ambiente vai muito além de esconder as imperfeições da base e da


estrutura ou o aspecto bruto das argamassas e de suas vedações. Assim como protege,
regulariza e dá acabamento, deve ter a função estética de dar beleza e identidade ao ambiente.
A racionalização da aplicação dos acabamentos visa a, além da estética, evitar desperdícios de
material e mão de obra, impactando no custo final da edificação. Nesse ponto, a utilização da
Plataforma BIM é de suma importância, pois ela simulará, no ambiente gráfico, os problemas
que eventualmente possam ocorrer antes de acontecerem de fato no canteiro de obras.

Definido o projeto para um ambiente, com a escolha dos materiais, de acordo com o uso
aplicado a ele e a estética almejada, o primeiro passo para um projeto de interiores é discriminar
as atividades a serem adotadas no canteiro de obras. Em seguida, elabora-se um Memorial
Descritivo, especificando o material utilizado, a aplicação correta da argamassa certa para cada
tipo de acabamento e suas características de preparação, como a quantidade de camadas e tipo
de mão de obra necessária, assim como seu transporte, manuseio e estocagem.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Sumário

Parte 1 – Pintura 08

Capítulo 1 – Cores 12
1.1 Cor Branca 12
1.2 Cor Azul 12
1.3 Cor amarela 13
1.4 Cor Vermelha 14
1.5 Cor Verde 15
1.6 Cor laranja 16
1.7 Cor Roxa (ou Violeta) 17
1.8 Cor Rosa 17
1.9 Cor Marrom 18
1.10 Cor Preta 19

Capítulo 2 - Aplicação das cores nos Ambientes 20


2.1 Áreas Sociais 20
2.2 Áreas de Alimentação 20
2.3 Dormitórios 20
2.4 Dormitório Infantil 21
2.5 Banheiros 21
2.6 Áreas de trabalho 21

Capítulo 3 - Feng-Shui 21

Capítulo 4. Tendências de cores para 2019 21

Capítulo 5. Pintura com Rolo texturizado 22

Capítulo 6. Pintura nos Pisos 24


6.1 Pisos de madeira 24
6.1.1 Sinteco 24
6.1.2 Pátina 25
6.2 Cerâmica 26
6.3 Cimento 26

Parte 2 – Papel de Parede 27

Capítulo 1 – Tipos de papel de parede 27


1.1 Vinílico 27
1.2 Tradicional 28
1.3 TNT 28
1.4 Alto Relevo 29
1.5 Veludo 30
1.6 Poliéster 30
1.7 Emborrachado 31
1.8 Adesivo 31

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Capítulo 2 – Estampas 33
2.1 Listrados 33
2.2 Florais 33
2.3 Arabesco 34
2.4 Animal Print 35
2.5 Vintage/retrô 35
2.6 Moderno 36
2.7 Estampa 3D 36
2.8 Geométrico 37
2.9 Infantil 38
2.10 Texturas 39
2.11 Mica 40

Capítulo 3 – Tecidos e Fibras 41


3.1 Tecidos 41
3.2 Fibras 41

Parte 3 – Revestimento Cerâmico 43

Capítulo 1 – Azulejos 43
1.1 Tipos de azulejos 45
1.1.1 Azulejo Liso 45
1.1.2 Azulejo Português 47
1.1.3 Azulejo Retrô/Vintage 48
1.1.4 Azulejo Antigo 49
1.1.5 Azulejo de metrô 50
1.1.6 Azulejo Estampado 51
1.1.7 Azulejo Geométrico 52
1.1.8 Azulejo 3D 53
1.1.9 Adesivo/Pintura 53
1.1.10 Azulejo de plástico 54

Capítulo 2 - Ladrilho Hidráulico 56

Capítulo 3 – Pastilhas 59
3.1 Tipos de pastilhas 60
3.1.1 Pastilhas de cerâmica 60
3.1.2 Pastilhas de vidro 61
3.1.3 Pastilhas de porcelana 61
3.1.4 Pastilhas de metal 62
3.1.5 Pastilhas adesivas 63
3.1.6 Pastilhas de madrepérola 63
3.1.7 Pastilhas recicláveis 64

Capítulo 4 – Porcelanato 65
4.1 Tipos de porcelanato 65
4.1.1 Porcelanato polido 65
4.1.2 Porcelanato natural 65
4.1.3 Porcelanato acetinado 66
4.1.4 Porcelanato lapado 67
4.1.5 Porcelanato esmaltado 67
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4.1.6 Porcelanato struturato 68


4.1.7 Porcelanato técnico 68
4.2 Estampas 69

Parte 4 – Pedras 71

Capítulo 1 – Tipos de pedra e suas aplicações em pisos e paredes 71


1.1 Ardósia 71
1.2 Pedra Portuguesa 72
1.3 Pedra São Tomé 73
1.4 Pedra Goiás 74
1.5 Pedra Madeira 74
1.6 Pedra Miracema 75
1.7 Seixos 76
1.8 Pedra Caxambu 77

Parte 5 – Mármores e Granitos 78

Capítulo 1 – Mármore 78
1.1 Tipos de mármore 80
1.1.1 Mármore Travertino 80
1.1.2 Mármore Carrara 81
1.1.3 Mármore Nero Marquina 82
1.1.4 Mármore Branco Piguês 82
1.1.5 Mármore Crema 83
1.1.6 Mármore Imperador 83

Capítulo 2 – Granito 84
2.1 Tipos de Granito e suas aplicações 84
2.1.1 Granito Ituanas 85
2.1.2 Granito Branco Marfim 85
2.1.3 Granito Branco Siena 86
2.1.4 Granito Preto Absoluto 86
2.1.5 Granito Preto São Gabriel 87
2.1.6 Granito Marrom Absoluto 87
2.1.7 Granito Cinza Corumbá 88
2.1.8 Granito Cinza Andorinha 88
2.1.9 Granito Cinza Absoluto 89
2.1.10 Granito Amarelo Capri 89
2.1.11 Granito Amarelo Ornamental 90
2.1.12 Granito Amarelo Icaraí 90

Parte 6 – Madeiras 91

Capítulo 1 – Madeira no piso 92


1.1 Tacos 92
1.2 Parquetes 92
1.3 Assoalho de tábua larga 93
1.4 Pisos flutuantes 94

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1.4.1 Laminado de madeira 94


1.4.2 Carpete de madeira 95
1.4.3 Piso vinílico 96
1.5 Piso de madeira plástica 96
1.6 Piso de madeira de demolição 97
1.7 Bambu 98
1.8 Piso com madeira teca 98

Capítulo 2 – Madeira na parede e no forro 99


2.1 Paredes revestidas com madeira 99
2.2 Paredes divisórias de madeira 102
2.3 Forros de madeira 104

Parte 7 – Concreto e Cimento 107

Capítulo 1 – Concreto aparente 107


Capítulo 2 – Cimento queimado 110
Capítulo 3 – Cimento polido 112
Capítulo 4 – Microcimento 114

Parte 8 – Alvenaria Aparente 116

Capítulo 1 – Tijolo aparente 117


1.1 Tipos de rejunte 117
1.1.1 Junta cheia 117
1.1.2 Junta frisada 118
1.1.3 Junta seca 119
1.2 Tipos de assentamento 119
1.2.1 Amarração 119
1.2.2 Prumo 121
1.2.3 Escama/Espinha de peixe 122
1.2.4 Ajuste Francês/Inglês 123
1.3 Tipos de acabamento 124
1.3.1 Acabamento Natural 124
1.3.2 Tijolo Patinado 125
1.3.3 Tijolo Pintado 126
1.3.4 Tijolo Mesclado 127
1.4 Tijolos de demolição 128

Capítulo 2 – Tijolo decorativo – plaquetas 129

Capítulo 3 – Bloco de Concreto aparente 130

Capítulo 4 – Blocos de Vidro 133


4.1 Tipos de blocos de vidro 133
4.1.1 Tradicional fixo 133
4.1.2 Vazado 134
4.1.3 Colorido 134
4.2 Blocos de vidro nas paredes 135
4.3 Blocos de vidro no piso e forro 138

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Parte 9 – Gesso 140

Capítulo 1 – Gesso Comum 141

Capítulo 2 – Gesso Acartonado 143

Capítulo 3 – Bloco de gesso 145

Capítulo 4 – Gesso 3D 147

Capítulo 5 – Adendo: Poliuretano e Poliestireno 149

Parte 10 – Metais 150

Capítulo 1 – Ferro (Aço Comum) 150

Capítulo 2 – Cobre 151

Capítulo 3 – Aço Inoxidável 152

Capítulo 4 – Aço Corten 153

Capítulo 5 – Alumínio 154

Parte 11 – Estilos de Decoração 156

1 – Estilo Moderno 156


2 – Estilo Contemporâneo 158
3 – Estilo Clássico 160
4 – Estilo Rústico 162
5 – Estilo Retrô 164
6 – Estilo Vintage 166
7 – Estilo Industrial 168
8 – Estilo Casual/Chic 170
9 – Estilo Tropical 172
10 – Estilo Náutico 174
11 – Estilo Provençal 176
12 – Estilo Oriental 179
13 – Estilo Escandinavo 181

Apêndice – Tendências: Expo Revestir 2019 183

1. Tendências de revestimentos 184


2. Tendências técnicas 191

Considerações Finais 195

Referências Bibliográficas 196

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PARTE 1 – PINTURA

A pintura é o acabamento mais básico que um ambiente pode ter. Uma vez terminada a
alvenaria com suas camadas, chapisco, emboço e reboco, a parede está a um passo de estar
pronta para ter a pintura aplicada.

Camadas de uma parede

Representação das camadas no Revit

Em sala, quartos, dormitórios, escritórios, é aplicado o reboco para, depois, receber os


acabamentos que serão descritos a seguir. O emboço é utilizado em regiões nas quais os
acabamentos serão cerâmicos, como em banheiros e cozinhas, ou porcelanatos. Necessitam ser
ásperos para uma melhor aderência.

Paredes com reboco devem ser regularizadas com massa corrida à base de PVA para acabar
com as imperfeições. Em ambientes menos nobres, pode-se aplicar a tinta diretamente sobre o
reboco. Nesse caso, é recomendada a aplicação do selador, que pode também, opcionalmente,
ser aplicado antes da massa corrida. O uso da massa acrílica, por ser resistente à umidade, é
indicada para áreas molhadas ou exteriores.

O gesso também vem muito sendo utilizado como revestimento. É um material de simples
aplicação se comparado ao reboco. Tem um belo efeito estético e gera economia de material e
de mão de obra. porque

sua superfície branca e lisa permite já receber a pintura. Além disso, é um excelente isolamento
térmico. Na Parte 9 será detalhado o uso do gesso.
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Para as áreas interiores de uso social, a tinta indicada é o látex à base de pva. É uma tinta com
pouco odor, secagem rápida e que aceita uma pequena limpeza com pano úmido. Embora
indicada mais para áreas úmidas, a tinta acrílica também pode ser usada nas opções semi-brilho,
acetinado ou fosco, sendo este

último ideal para disfarçar imperfeições nas paredes. É uma tinta totalmente lavável indicada
para espaços de grande tráfego.

Em um ambiente, pode-se combinar os dois tipos de pintura como, por exemplo, usar o látex e,
em uma parede especial, utilizar outra cor com tinta acrílica fosca.

Para qualquer tipo de pintura, deve-se levar em conta a idade da edificação e a quantidade de
camadas que pode haver na parede, exigindo ou não uma raspagem mais profunda.

Convém atentar-se para a sequência correta da pintura de um ambiente:

1. pintura do teto;
2. pintura das paredes;
3. pintura de portas e janelas;
4. pintura dos rodapés (quando houver).

Outra forma bem interessante e bastante utilizada é a aplicação de Texturas nas paredes.
Embora a massa corrida, já descrita anteriormente, seja um tipo de textura, o que é referido
aqui são as texturas que dão relevo e desenhos a uma parede. Além de oferecer um acabamento
moderno, as texturas contribuem para proteger as paredes contra umidade ou infiltrações. Uma
dica é não aplicar texturas em todo o ambiente, para não o tornar pesado ou chamativo. O ideal
é escolher uma parede para se destacar.

Basicamente, encontramos quatro tipos de aplicação de texturas:

1. Grafiato: é uma massa preparada com pequenas pedras que, aplicada com
desempenadeira, vai fazendo veios nas paredes, criando um efeito rústico e despojado.

2. Chapiscado: tem uma aparência mais disforme, remetendo à aplicação básica do


chapisco. Era muito utilizado nas residências mais antigas.

3. Ranhurado: como o sugere o nome é aplicado com espátulas com dentes, criando
ranhuras nas paredes.

4. Espatulado: essas aplicações, feitas com espátula, podem criar diferentes desenhos em
uma parede.

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Atualmente se encontram diversas ferramentas para criar diferentes texturas, como rolos de
borracha com desenhos, além das tradicionais espátulas e desempenadeiras. Falaremos sobre
isso mais para frente.

Cores - Uma vez preparada a parede com a aplicação de massa corrida, gesso ou textura, é hora
de serem aplicadas cores aos ambientes. Ao contrário do que se pensa ou é aplicado ou até
imposto pelo mercado imobiliário, a aplicação das cores tem maior importância do que se
imagina.

Muito além do que a simples estética, as corem têm muito a ver com o uso e o conforto dos
ambientes. Diferentes cores têm diversos efeitos na qualidade do ambiente, e isso que será
descrito cor a cor, a seguir

As cores podem ser classificadas de acordo com o Círculo cromático, uma ferramenta de estudo
e harmonização das cores. Dessa forma, elas são classificadas ajudando a entender as suas
combinações e a escolher as mais indicadas para compor um ambiente.

Círculo cromático

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Classificação das cores que compõem o círculo cromático:

• Cores primárias: azul, vermelho e amarelo.


• Cores secundárias: verde, laranja e violeta.
• Cores terciárias: roxo-avermelhado, laranja-avermelhado, laranja-amarelado, verde-
amarelado, verde azulado, roxo-azulado.

Outro ponto importante é a “temperatura” da cor. Segundo ela, as cores se classificam em:

Cores frias: são cores que não transmite a sensação de calor; são cores estáticas e suaves
associadas a efeitos calmantes e tranquilizantes. Deixam os ambientes mais calmos e
aconchegantes. São elas, tons de azul, verde, roxo, marrom e suas variantes.

Cores quentes: lembram fogo e, dessa forma, transmitem a sensação de calor; são dinâmicas e
estimulantes, associadas a vitalidade, excitação, alegria e movimento. Elas deixam o ambiente
mais vivo e enérgico. São elas: vermelho, amarelo, laranja e variantes.

Cores neutras: como o nome sugere, não transmite a sensação nem de frio, nem de calor, pois
possuem pouca reflexão de luz. São os tons pastel, marrom ou acinzentados.

Além da cor, a sua tonalidade é muito importante para o ambiente. As cores claras dão a
sensação de amplidão do espaço, assim como também de limpeza e leveza. As cores escuras
diminuem o espaço, trazendo a sensação de aconchego ou sufocamento, dependendo do
ambiente. A combinação das duas valorizam e corrigem as sensações nos ambientes. Essas
características têm forte influência na pintura do teto. Para se rebaixar o pé-direito, o teto deve
ser pintado da mesma cor das paredes ou de um tom mais escuro. Em ambientes baixos, deve-
se pintar o teto com uma cor mais clara ou de branco. O branco no teto é excelente para refletir
a luz natural. Na imagem abaixo, o efeito das cores nos ambientes.

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Capítulo 1 – Cores

1.1 Cor branca


O branco é considerado a soma de todas as cores no Círculo Cromático. Traz a sensação de
limpeza, pureza, paz e simplicidade. Tem um excelente grau de luminosidade nos ambientes.
Mas o excesso de ambientes brancos traz monotonia ao espaço. Pode funcionar corretamente
em hospitais, mas, por si só, pode empobrecer um ambiente. Assim sendo, é perfeitamente
aceitável um living ou dormitório com todas as suas paredes brancas, jogando a
responsabilidade das cores para piso, teto ou mobiliário. Apartamentos novos são entregues
totalmente brancos, não só pela economia das construtoras, mas também, como já vimos, para
dar a sensação de amplidão a lançamentos minúsculos. O branco é quase que unânime na
pintura de tetos, principalmente de áreas úmidas, pela sua clareza e limpeza. Em ambientes
sociais, pode compor com paredes escuras, trazendo bonitos efeitos, como veremos descrito a
seguir.

Ambiente branco. (Imagem: Interior Design)

1.2 Cor azul


Além de ser uma cor primária, o azul é uma cor fria e, como sabemos, elas têm o poder de calma
e relaxamento. Segundo a Cromoterapia, é uma cor sedativa e curativa. Pode ser usada, tanto
em quartos como salas e banheiros e, pelas suas características de produtividade, em escritórios
também. Quando a cor azul é usada em uma parede só, tem o poder de trazer o mobiliário para
primeiro plano. Os tons claros de azul, como o azul-celeste, ampliam os ambientes e, além das
características mencionadas, trazem uma sensação refrescante. O azul-marinho traz a sensação
de confiança, mas, por ser um tom escuro, tende a diminuir o ambiente. Sua combinação com
o branco agrega elegância e sofisticação. O azul-turquesa transmite sensação de leveza e frescor
e compõe muito bem com madeira ou tons de cinza.

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Ambiente com azul na decoração. (Imagem: Casa Vogue)

1.3 Cor amarela


É uma cor quente e, como tal, traz sensação de calor e estímulo. Eleva o ânimo, a vivacidade, o
poder e o otimismo. Das cores quentes, é a menos agressiva se comparada ao vermelho ou ao
laranja. É uma cor que estimula o apetite, muito utilizada em logotipos e ambientes de refeição.
Portanto deve-se ter uma certa cautela onde aplicar um amarelo. É a cor ideal nas áreas de
alimentação, como cozinha ou sala de jantar, mas, como também estimula as atividades
intelectuais, pode ser aplicada em escritórios ou demais ambientes nos quais se requer uma
atmosfera ativa. Pela sua luminosidade, é indicada também para ambientes escuros ou sem
janelas. Tons mais suaves de amarelo transmitem aconchego e conforto e podem ser utilizados
em salas de estar. Os tons esverdeados são utilizados para espaços comerciais ou de saúde.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Amarelo na decoração. (Imagem: Micasa)

1.4 Cor vermelha


Outra cor quente com características muito semelhantes ao amarelo, mas com uma sensação
maior de agressividade. Estimulante das emoções e do nervosismo, inibe medos e
preocupações. Deve ser evitada em paredes, ficando mais destinada a pisos, tapetes,
passadeiras e, sempre, com o branco de contraponto. Pode ser usada em detalhes ou
valorização de uma parede em uma sala de estar. A arquitetura oriental utiliza muito o vermelho
em seus ambientes mais por um comportamento cultural. Para eles, o vermelho é uma cor
indicativa de lealdade, virtude, prosperidade e sorte. Existe a crença que afasta as energias
malignas. O vermelho, a exemplo do amarelo, é utilizado em bares e restaurantes, pois, como
já mencionado, é estimulante do apetite. Por ter o poder de fazer perder a noção do tempo,
também é muito usado em teatros e cassinos. O vermelho causa sensações diferentes de acordo
com o tom. Em tom escuro, traz seriedade e respeito e ostenta o ambiente. Em tom vivo, é
provocante e causa impressão de afeto e estima.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Ambiente com parede vermelha. (Imagem: Odelia Design)

1.5 Cor verde


É uma cor que se situa entre o quente e o frio e o claro e escuro. Transmite sensação de repouso
e bem-estar, saúde, segurança, equilíbrio, juventude e suavidade. Ajuda a reduzir o estresse e a
tensão, está ligada à autoestima e possibilita que os conhecimentos fluam, dando sensação de
liberdade. Aplicado a ambientes, traz sensação de tranquilidade de forma ativa Seu tom claro é
tranquilizante e pode ser usado em salas, dormitórios, escritórios e ambientes para as crianças.
Em tons mais escuros, traz a sensação de seriedade e segurança, podendo ser utilizado em
banheiros e cozinhas por ter propriedades de frescor e limpeza, inclusive.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Ambiente com tons verdes. (Imagem: Home Decor)

1.6 Cor laranja


Mais uma cor quente que vai seguir o aprendido com o vermelho e o amarelo, mesmo porque
é uma cor obtida da união destas. Estimulante do apetite, pode ser usada nas áreas de
alimentação da casa. Representa energia, calor, movimento, comunicação e criatividade. Por
essas características funciona bem em locais de trabalho e estudo ou em espaços para crianças
e adolescentes. Segundo a Cromoterapia (prática de utilização das cores na cura de doenças), é
utilizada para diminuir as inibições e é indicada contra a baixa vitalidade.

Sala de estar com paredes laranja. (Imagem: Rilane)


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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.7 Cor roxa (ou violeta)


O roxo está associado a mudanças, luxo e sobriedade. Estimula o lado psíquico e espiritual. No
seu tom mais claro, pode ser aplicado a ambientes mais tranquilos ou românticos e também em
atividade espirituais, meditação e ambiente de relaxamento. Os tons mais escuros trazem um
luxo sem fim aos ambientes, por sua aparência aveludada. Aliado ao dourado, ostenta riqueza.
Pode ser aplicado como destaque em uma parede de um ambiente. Compondo com o laranja,
traz uma emoção bem interessante.

Ambiente com cores roxas nas paredes e mobiliário. (Imagem: Rilane)

1.8 Cor rosa


Culturalmente uma cor feminina. Geralmente vista em quartos de bebês do sexo feminino ou
de adolescentes que adoram a cor. É que o rosa é uma cor associada ao romantismo,
transmitindo simpatia e delicadeza aos ambientes. Mas não é só isso. Em seus tons mais claros,
é perfeitamente utilizável em qualquer ambiente. Não é incomum se encontrar salas de estar
banheiros ou cozinhas cor-de-rosa.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Utilização do rosa em um banheiro. (Imagem: Interior Design Ideias)

1.9 Cor marrom


O marrom, assim como sua variante ocre e tons similares, é indicado a ambientes que
requeiram concentração, como escritórios e bibliotecas. É uma cor sóbria e acolhedora. No
caso do ocre, agrega performance a essas características. Uma variável dessas cores, os tons
beges e areia são largamente utilizados em qualquer ambiente, destacando-se aí as salas. É
comum que o marrom seja utilizado em tetos também quando se quer o efeito de baixar o pé-
direito. Geralmente chega aos ambientes por intermédio das madeiras, tema de um capítulo
mais adiante.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

A elegância do marrom na decoração. (Imagem: ashandbloom.com)

1.10 Cor preta


Se levarmos em conta o nosso Círculo Cromático, o preto não é considerado uma cor, e sim
ausência de luz, pois absorve todos os raios luminosos que incidem sobre ele. Em termos
decorativos, isso se torna complicado, mas não impede que um ambiente use o preto compondo
com outras cores. Como elemento decorativo, é sóbrio, sofisticado e elegante. Na Arquitetura,
pode ser utilizado em espaços onde não se deseja a reflexão da luz, como ambientes íntimos ou
fundo e tetos de teatros. Nesse caso, muito utilizado para destaque de cena.

A cor preta trazendo elegância ao ambiente. (Imagem: Pinterest)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

O Cinza é seu primo mais direto, pois é a sua junção com o branco, e isso o torna uma cor passiva,
que não relaxa nem anima. Não interfere nas sensações. Assim sendo, em termos de decoração,
é utilizado para compor detalhes junto com cores mais vibrantes e quentes.

Decoração de sala com tons de cinza. (Imagem: http://www.archithetics.net)

Capítulo 2 – Aplicação das cores nos ambientes

2.1. Áreas sociais


As salas de estar devem trazer conforto e bem-estar, pois são o cartão de visita da residência. O
ideal sempre é não utilizar uma cor só, e sim fazer combinações atraentes, como o cinza e o
branco, verde e turquesa, detalhes em azul marinho ou vermelho e combinação das cores claras
com madeira. No teto, o branco e as cores claras dão sensação de amplidão, e os tons escuros
trazem uma sensação mais intimista.

2.2. Áreas de alimentação


Cores quentes que estimulam o apetite, como amarelo, vermelho ou laranja. Essas cores
compõem bem nas salas de jantar, almoço ou copas. Nos ambientes com cozinha integrada, as
cores devem conversar entre si. Cores fria inibem o apetite e não são indicadas.

2.3. Dormitórios
Cores frias para estimular o descanso, como azul e verde em tons claros, acalmam e ajudam a
relaxar. Cores quentes só nos detalhes, para quebrar a monotonia. No teto, o branco dá a
sensação de amplitude.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

2.4. Dormitório infantil


O ideal para esses ambientes são as cores pastel, como bege, creme, rosa ou tons claros de azul
ou verde. Cores quentes podem ser usadas em pequenos detalhes. No teto, o azul claro traz
tranquilidade ao bebê.

2.5. Banheiros
O recomendado sempre são os tons claros que trazem a sensação de limpeza ao ambiente.
Branco, bege, creme, cinza, verde e azul claros melhoram a iluminação e ampliam os ambientes.
Cores escuras já foram muito utilizadas em banheiros, mas, se por um lado, trazem elegância,
por outro lado, prejudicam a sensação de limpeza. Podem ser utilizados em lavabos compondo
com o ambiente subjacente.

2.6. Áreas de trabalho


Nesses ambientes, cores como o amarelo, laranja marrom ou ocre estimulam a criatividade e as
atividades intelectuais. Deve-se fazer um contraponto entre as cores do mobiliário e as das
paredes. Madeira e tons de cinza também são bem suportados nesses ambientes. Como são
ambientes que exigem luminosidade, no teto o branco é indicado.

Capítulo 3 – Feng-Shui

Como adendo ao uso da cor, podemos mencionar o


Feng-Shui. Trata-se de uma técnica chinesa
utilizada nos ambientes, levando-se em conta a
harmonização dos objetos e móveis com elementos
e fluxo da natureza. Os espaços são divididos
através do Bagua que determina a energia que cada
cor pode trazer ao ambiente.

Mas a utilização do Feng-Shui não é apenas relativa


a cores. A posição dos móveis na decoração
influencia na captação da energia. Para esse e-book
é um assunto extenso constando apenas como
menção para aqueles que desejam se aprofundar
no assunto.

Capítulo 4 – Tendências de cores para 2019

Descritas as cores e a sua melhor utilização nos ambientes, mostramos, abaixo, oito tendências
de cor para 2019, seguindo o Pantone Color Institute.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Capítulo 5 – Pintura com rolo texturizado

Antes de partimos para o capítulo papéis de


parede, vamos falar sobre as texturas nas
paredes aplicadas com rolos. Seria, grosso
modo, um efeito de papel de parede obtido
com a pintura.

O rolo texturizado possui uma estrutura de


borracha em alto revelo que estampa o
desenho na parede, conforme ele é deslizado.
Sua aplicação deve ser precisa e única, pois ele
não pode ser aplicado uma segunda vez. O
ideal é que a parede esteja preparada com
massa corrida e lixada.

Outro efeito muito interessante é aplicá-lo sobre a massa acrílica fresca. Dessa forma, vai se
criar uma superfície de baixo relevo, dando um efeito interessante ao ambiente.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Diferentes tipos de rolos da Patterned Paint Rollers. (Foto: Divulgação)

Meia parede pintada com tolo texturizado. (Foto: Civil Work)

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Capítulo 6 – Pisos

A pintura no piso pode ser também uma opção de acabamento. Geralmente é mais utilizada
para revigorar um ambiente, mas nada impede que possa ser especificado como ideia de
acabamento. A tinta pode ser aplicada em madeira, cerâmica ou cimento/concreto. Para cada
caso, o piso deve estar preparado para receber a tinta especificada.

6.1 Pisos de madeira


Pode ser utilizado tanto o verniz como a tinta para dar um acabamento ou revigorada no piso.
As tintas mais indicadas são o esmalte sintético ou epóxi.

Sala com piso de madeira pintado de branco. (Imagem: casaeconstrucao.org)

6.1.1 Sinteco: o sinteco é usado para dar acabamento em pisos de madeira, como tacos, tábuas
ou similares. Como a madeira nunca sai de moda, é largamente utilizada. O sinteco é um verniz
transparente de base acrílica, água e formol com as opções de brilho, semibrilho/acetinado ou
fosco. O piso deve estar muito bem raspado para receber esse tipo de acabamento.

Brilho Semibrilho/Acetinado Fosco


(Imagens: casaeconstrucao.org)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Sala com piso de taco de madeira com sinteco aplicado. (Imagem: casaeconstrucao.org)

6.1.2 Pátina: é um processo de pintura e tratamento feito nos pisos que dá um aspecto final
rústico com características de envelhecimento. Deixa o ambiente leve e suave. É obtido pela
raspagem, clareamento da pintura e posterior aplicação de produto químico que lhe confere o
aspecto. O sinteco é aplicado como finalização.

Piso de madeira patinado. (Imagem: Marquise Cobertura e Decoração)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

6.2 Cerâmica
É um tipo de pintura simples. A tinta mais indicada é a epóxi, devido a sua resistência e
durabilidade. A tinta acrílica também é uma boa pedida, apesar de menos resistente.

Piso cerâmico com pintura epóxi. (Imagem: lireos.com)

6.3 Cimento
É muito comum se pintarem os pisos cimentados com tinta acrílica. Por ser à base de água, a
textura do cimentado ou concreto é preservada, dando um efeito interessante.

Ambiente com pintura acrílica no piso (Imagem: hometeka.com.br)

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PARTE 2 – PAPEL DE PAREDE

Outra forma bem interessante de se decorar o ambiente é a utilização do papel parede. Esse
acabamento permite enriquecer os ambientes com estampas dos mais variados tipos. Sua
instalação é rápida e fácil e renova o ambiente de acordo com as novas tendências. Embora não
exija mão de obra especializada é sempre recomendado um profissional da área.

Outro grande benefício do papel de parede é a sua durabilidade em relação a pintura e é muito
eficiente no controle térmico do ambiente. Por esse motivo é material muito utilizado em países
mais frios.

O papel de parede vai esconder imperfeições que podem haver nas paredes desde que não
sejam problemas crônicos com infiltrações ou fissuras estruturais. Nesses casos com o tempo,
os defeitos vão ser transferidos aos papeis de parede. Dependendo do ambiente é necessário
estar atento as especificações do fabricante. Para áreas molhadas, por exemplo, ele tem que ser
impermeáveis.

A disponibilidade de tipo no mercado é enorme e eles podem ser lisos, estampados ou com
textura. A escolha deve ser feita de acordo não só do gosto, mas também como ele vai impactar
no ambiente.

Capítulo 1 – Tipos de papel de parede

1.1 Vinílico
O acabamento em vinil é um modelo de longa durabilidade e, por isso, é indicado para locais de
maior circulação, como corredores ou halls. Por ser impermeável, é o indicado para áreas
molhadas também, além de corrigir as imperfeições das paredes. Sua limpeza pode ser feita com
pano úmido.

Revestimento vinílico. (Imagem: IStock)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.2 Tradicional
São feitos de celulose e têm menor vida útil. São indicados para ambientes secos, como
dormitórios ou áreas sociais da residência.

Papel de parede tradicional. (Imagem: IStock)

1.3 TNT
Conhecidos como Tecido não Tecido. Feitos de poliéster e celulose, deixam a aparência de
tecido. Podem ser aplicados em locais secos ou úmidos, paredes lisas ou irregulares. Sua limpeza
é feita com bucha e detergente.

Papel de parede TNT. (Imagem: Westwing)

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1.4 Alto relevo


Criado com injeções de espuma, esse tipo de papel de parede traz um aspecto almofadado à
parede, por meio do alto relevo. Tem o senão de acumular pó, sendo limpo com o aspirador de
pó e pano seco. Pouco recomendado a quem tem gato ou cachorro.

Papel de parede Alto relevo. (Imagem: White Glam)

Uma variante muito interessante do papel de parede alto relevo é o papel de parede 3D.

Papel de parede alto relevo 3D. (Imagem: MyWallart)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.5 Veludo
Papéis de parede de veludo remetem ao luxo e à sofisticação. Por isso, os ambientes devem ser
muito bem pensados para não trazer uma falsa ostentação. É um material sensível a limpeza e
a exposição ao sol. São geralmente estampados sendo muito raro seu uso liso.

O luxo do Papel de Parede de Veludo. (Imagem: Alibada)

1.6 Poliéster
A principal característica desse papel é a sua durabilidade e resistência. Sua limpeza fácil e
rápida. Isso tudo qualifica esse papel para áreas molhadas assim como locais de alta circulação.

Papel de parede de Poliéster na Cozinha. (Imagem: Pinterest)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.7 Emborrachado
Esse papel tem uma camada de E.V.A. (Etil, Vinil e Acetato), o que lhe dá resistência e
durabilidade. É lavável com esponja e detergente.

Papel de parede emborrachado. (Imagem: IStock)

1.8 Adesivo
Esse tipo de papel de parede é autocolante, tornando a sua aplicação mais simples. Entraria na
classificação do “faça você mesmo”. Mas, para isso, os cuidados têm que ser enormes quanto à
qualidade da parede, além de uma aplicação precisa, para não formarem bolhas. Por essas
dificuldades, o recomendado é a aplicação em pequenas áreas ou pequenos detalhes do
ambiente. Atualmente é muito utilizado em cozinhas e banheiros, para dar um charme
decorando os azulejos.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Detalhe de decoração com papel de parede adesivo. (Imagem: IStock)

Decorando azulejos com papel de parede adesivo. (Imagem: Pinterest)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Capítulo 2 – Estampas

2.1 Listrados
São indicados para ampliar os espaços. Na vertical, ampliam o pé-direito; na horizontal, dão
sensação de amplidão ao ambiente. Têm uma excelente aplicação em lavabos devido a suas
dimensões.

Living com papel de parede listrado. (Imagem: Bright.Bazaar)

2.2 Florais
Dá um toque delicado e romântico ao ambiente, mas a sua composição de cores deve estar em
harmonia com o restante da decoração. Esse tipo de papel de parede vai bem em qualquer tipo
de ambiente.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Dormitório com papel de parede floral. (Imagem: Westwing)

2.3 Arabesco
É um formato inspirado em flores imprimindo estilo ao ambiente. A variante adamascada
(inspirada em tecidos com mesmo estilo) dá um toque lindo e sofisticado a decoração.

Papel de parede Arabesco Cinza. (Imagem: Internet)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

2.4 Animal print


São estampas que imitam texturas de animais. É um estilo agressivo e ousado que pede
ambientes amplos.

Estampa animal print no dormitório. (Imagem: Líder interiores – Autoria: Luciana Passamani)

2.5 Vintage/retrô
Remete ao passado, mas tem uma grande aceitação na decoração atual. Dá um toque de
antiguidade, e os móveis não precisam necessariamente seguir a tendência. O contraponto com
um mobiliário contemporâneo dá uma vida ímpar aos ambientes.

Papel de parede vintage (Imagem: Dreamtime).

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

2.6 Moderno
Como o próprio nome sugere, segue as tendências modernas de decoração. Abusa dos desenhos
e das cores para deixar o espaço de acordo com o estilo do morador. No caso de estampas mais
chamativas, recomenda-se utilizar em uma parede ou no máximo em duas em um ambiente.

Papel de parede moderno na parede da escada. (Imagem: Interior Design)

2.7 Estampa 3D
Não confundir estampa 3D com o tipo de papel parede 3D, aquele tipo que possui relevo. Aqui
são estampas de imagens que dão sensação de profundidade ao ambiente, geralmente de
paisagens. Uma cena de praia ou de floresta dá uma sensação de amplidão e de liberdade.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Sala com estampa 3D. (Imagem: Ali Express)

2.8 Geométrico
Esse tipo de estampa dá, ao mesmo tempo, um toque moderno e retrô. Misturam-se formas e
cores numa composição geométrica. Aí que mora o perigo! Pode dar uma sensação estranha ao
ambiente se usado com exagero. Recomenda-se em apenas uma parede, como detalhe.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Papel de parede geométrico compondo com o tapete. (Imagem: Barclay Interiors Ltd.)

2.9 Infantil
Como o próprio nome define, são estampas baseadas no grafismo do universo infantil, que
alegram e dão conforto a bebês e crianças. Como eles crescem, é uma decoração com prazo
para ser substituída para o universo adolescente.

Papel de parede com temática infantil. (Imagem: Home Caprice)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

2.10 Texturas
É um tipo de revestimento que imita pedra, tijolos, madeira ou outra textura qualquer. Nesse
tipo de papel de parede, considera-se que nem sempre é necessária uma obra para dar um
charme no ambiente. Pode-se conseguir um efeito muito interessante utilizando um papel de
parede imitando uma textura.

Sala com revestimento de papel de parede imitando tijolo. (Imagem: Ninvo)

Papel de parede imitando pedra canjiquinha. (Imagem: Pinterest)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Papel de parede imitando madeira. (Imagem: Pixels Talk)

2.11 Mica
Embora feito de pedras naturais, a mica é considerada um papel de parede. Tem uma textura
característica tátil, alta qualidade e durabilidade. É um revestimento sofisticado e, assim sendo
possui, um preço bem elevado.

Dormitório revestido com mica. (Imagem: Decoração com Sentido)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Capítulo 3 – Tecidos e fibras

3.1 Tecido
Pode-se revestir também uma parede com a colagem de tecidos sobre ela. O tecido preserva a
textura e a maciez do material original. O preparo da parede é importante e, apesar de existirem
tecidos impermeáveis e laváveis, ele requer um cuidado especial de manutenção. Tem um custo
mais baixo e aplicação mais fácil do que o papel de parede tradicional.

Tecido nas paredes. (Imagem: Divulgação)

3.2 Fibras
As fibras têxteis trazem ao ambiente conforto, isolamento acústico e uma atmosfera rústica. Em
rolos ou placas, sua aplicação é simples por meio de cola e a parede já deverá estar preparada
para esse fim. Em geral, as fibras são mais utilizadas no mobiliário do que no revestimento
propriamente dito. Existem três tipos de fibras têxteis: natural, artificial e sintética.

✓ Fibra natural – são fibras de origem natural. Exemplos: palha, vime, bambu, sisal.
✓ Fibra artificial – são fibras produzidas a partir da celulose. Exemplos: rayon e
viscose.
✓ Fibra sintética – são fibras provenientes de produtos químicos. Exemplos: acrílica,
poliéster, poliamida, propileno, fibra de vidro e tecido hi-tec.

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Parede revestida com bambu. (Imagem: Decora Interi)

Sala com parede revestida com palha natural. (Imagem: Paper Land)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

PARTE 3 – REVESTIMENTO CERÂMICO

Capítulo 1 – Azulejos

Revestimento tradicional para áreas molhadas, o


azulejo passou a ter destaque na decoração.
Existe uma gama grande de formatos, cores e
texturas, transformando cozinhas e banheiros
em áreas nobres da residência. Essa decoração
ganhou uma força a mais com a tendência de
cozinhas integradas, comum em apartamentos e
casas modernas. É um produto cerâmico
impermeável, coberto com uma camada de
esmalte, o que lhes confere praticidade quanto a
manutenção, limpeza e durabilidade. Por ser um
material que sofre dilatação, exige rejunte.
Azulejos com junta
São apresentados em diversos tamanhos,
quadrados ou retangulares, 15×15; 30×30; 35×35 30×60; 40×90; 45×45; 50×50. O tamanho
escolhido e a forma como é colocado são importantes, pois têm influência direta no ambiente.
O azulejo retangular, se colocado com o maior lado na vertical, dá a sensação que o pé-direito é
mais alto; se colocado ao contrário, amplia o ambiente. Para ambientes pequenos, as peças
pequenas e claras são as indicadas. Em relação a cores, seguem os mesmos critérios
estabelecidos para pinturas. O rejunte pode dar um quê a mais nos azulejos, usando os
contrastes tipo claro/escuro.

Exemplos de tamanhos de azulejos

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

A escolha dos azulejos também deve ser harmonizada com o ambiente. Por exemplo, nas
cozinhas, eles devem “conversar” com o tom dos móveis e dos eletrodomésticos. Nos banheiros,
além dos móveis, devem compor com as peças sanitárias. As áreas de serviço, em geral,
acompanham a cozinha, tendendo para o mais simples. Lavabos são tratados como um
ambiente à parte e podem ter uma decoração única.

Quando se fala em azulejo, a primeira coisa que vem em mente são cozinhas e banheiros. Mas
há tempos esse material deixou de ser exclusivo desses ambientes. É comum vermos azulejos
nas salas e nas áreas externas, como churrasqueira, jardins e, tradicionalmente, em piscinas,
assim como também em detalhes em bancadas ou mesas.

O acabamento básico do azulejo, devido ao seu esmalte, é o brilhante, mas é possível encontrar
azulejos com acabamento acetinado que possui um brilho mais discreto e é recomendado a
ambientes como quartos e salas.

A sua colocação já variou muito de acordo com a época e a tendência. É comum vermos casas
antigas com azulejo meia parede, até 1,50 m, mais ou menos. Houve um período em que o
azulejo até o teto se tornou um item obrigatório na decoração de áreas. Atualmente esses dois
modos são aplicáveis de acordo com a intenção do decorador, sempre lembrando que, em meia
parede, a pintura deve ser com tinta impermeável, como já foi visto no Capítulo “Pintura”.

Cozinha com azulejo até o teto. (Imagem: Pinterest)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Banheiro com azulejo meia parede e pintura impermeável. (Imagem: Pinterest)

1.1. Tipos de azulejo

1.1.1 Azulejo liso: o azulejo com a superfície lisa é o mais básico de todos. Do tradicional branco
aos coloridos, pode ser utilizado para compor ambientes com simplicidade e criatividade. O mais
básico remete-se ao tamanho 15 x 15 cm, que muito revestiu as residências mais antigas.
Atualmente, ficaram com uma utilização mais funcional, em ambientes nos quais a lavagem é
primordial, como câmaras frigoríficas, depósitos ou ambientes hospitalares. Os azulejos lisos
coloridos podem trazer alegria ao ambiente, sempre respeitando as regras do Capítulo
“Pintura”. Pode-se também criar mosaicos de forma criativa.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Banheiro com azulejo liso branco meia parede. (Imagem: Pinterest)

Azulejos lisos coloridos na decoração da cozinha (Imagem: Shutterstock)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.1.2 Azulejo português: esse lindo tipo de azulejo ornou durante muito tempo as fachadas das
casas coloniais. Está presente em painéis pintados que contam história de uma época. Tem a
característica do fundo branco com desenhos característicos em azul. É um gosto particular,
mas muito usado em áreas de alimentação, como cozinhas, espaços gourmet e churrasqueiras.

Azulejos portugueses. (Imagem: City Guide Lisbon)

Cozinha com detalhes em azulejo português no piso e na parede. (Imagem: Pinterest)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.1.3 Azulejo retrô: não confundir com azulejos antigos (vintage). Esses azulejos recebem esse
nome devido às estampas que remetem ao clássico dos anos 1920 aos anos 1970; uma releitura
das tendências do passado. Dessa forma trazem uma atmosfera antiga e rica em detalhes nos
ambientes que são aplicados

Cozinha com azulejo retrô. (Imagem: Gougleri)

Banheiro com azulejo retrô no piso e parede. (Imagem: CentralazDininhttp)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.1.4 Azulejo antigo: Também denominados Vintage aqui o material empregado é antigo
mesmo. São azulejos “garimpados” em demolições e em depósitos popularmente chamados de
“cemitérios de azulejos”. É um material caro e de difícil reposição, o que sugere que sejam
aplicados apenas em detalhes. Possuem a tonalidade e a textura degastadas pelo tempo.

Cozinha com detalhe com azulejo antigo. (Imagem: bhg.com)

Bancada revestida com azulejo antigo. (Imagem: Bimbom)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.1.5. Azulejo de metrô (subway tiles): esse tipo de azulejo, no formato retangular e cantos
bisotados, remete às antigas estações de metrô americanas e também ao revestimento de
antigas fábricas. Seu acabamento é geralmente brilho, imprimindo ao ambiente um visual retrô.
Pode ser aplicado também com junta escura dando o visual de profundidade ao azulejo.

Cozinha com azulejo de metrô. (Imagem: The Spruce)

Banheiro com azulejo de metrô no piso e na parede. (Imagem: Castle Building and Remodeling)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.1.6 Azulejo estampado: também denominados azulejos decorados, foram uma enorme
tendência em resposta aos azulejos lisos e voltaram com um pouco mais de ousadia e liberdade
em seus desenhos. Como o próprio nome sugere, são azulejos esmaltados com estampas que
podem ser delicadas ou mais agressivas. Nesse ponto, a escolha é primordial, para não poluir o
ambiente em que são aplicados. Pode-se ir dos florais aos azulejos com pequenos detalhes
desenhados.

Banheiro com detalhe em azulejos florais. (Imagens: designtrends.com)

Cozinha com detalhe em azulejo estampado. (Imagem: ghar360.com)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.1.7 Azulejo geométrico: esse tipo de azulejo é uma variante do azulejo estampado, só que com
a rigidez geométrica das formas, diferente da liberdade das estampas orgânicas. Tem um lindo
efeito, quando aplicado aos ambientes, mas, ao mesmo tempo, deve se ter cuidado na escolha
da forma e a intensidade da aplicação. Um exagero pode criar ilusões de ótica, tornando o
ambiente confuso.

Cozinha decorada com azulejos geométricos. (Imagem: contemporist.com)

Banheiro com detalhe com azulejos geométricos. (Imagem: montacasa.com.br)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.1.8 Azulejo 3D: são azulejos com relevo que dão o aspecto 3D na parede em que são aplicados.
Têm um impacto visual marcante, mas requerem uma manutenção mais constante devido ao
acúmulo de pó. Mas, como sua superfície é esmaltada, um pano úmido é suficiente.

Ambiente decorado com azulejos 3D. (Imagem: contemporist.com)

1.1.9 Adesivo/pintura: uma forma de decorar ou revigorar um ambiente azulejado é a utilização


de adesivos ou pintura. Os adesivos, como foi visto no Capítulo “Papel de parede”, além de fácil
aplicação, têm estampas que simulam todos os tipos aqui demonstrados. A pintura, feita com
tinta epóxi especial para azulejos, traz uma nova leitura ao ambiente quando se quer revitalizá-
lo de forma simples sem envolver obra.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Cozinha com adesivos para azulejo. (Imagem: mudominhacasa)

Azulejos com pintura epóxi amarela. (Imagem: Pinterest)

1.1.10 Azulejo de plástico: feito em propileno, esse tipo de azulejo pode ser uma opção para
substituir os azulejos de cerâmica. É um produto impermeável e resistente com características
isolantes e antichama. Pode ser aplicado em qualquer superfície lisa que tenha aderência a cola
ou silicone, inclusive sobre azulejos cerâmicos. Por ser um produto atóxico, pode ser utilizado
em ambientes de saúde e educação.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Sala com detalhe em azulejo de plástico. (Imagem: Duo Design Studio)

Ambiente com revestimento em azulejo de plástico. (Imagem: Duo Design Studio)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Capítulo 2 – Ladrilho hidráulico

Peça muito usada na arquitetura, o ladrilho hidráulico voltou a ser usado nos tempos atuais.
Diferentemente do azulejo, que é industrializado, o ladrilho hidráulico é uma peça artesanal,
feita peça por peça, o que eleva o seu custo. O seu acabamento é rústico e sem brilho. Seu
material é de alta resistência e durabilidade, mas, por ser poroso, necessita de uma resina
acrílica específica para impermeabilizá-lo. Essa resina deve ser aplicada logo após a sua
aplicação, para evitar manchas. Com essa característica, o azulejo exige um trabalho maior de
manutenção, pois tem de ser encerado a cada 15 dias. Como tem baixa dilatação, dispensa o
rejunte.

Ladrilho hidráulico sem rejunte. (Imagem: WB Cement Tiles)

Ambiente com detalhes com ladrilho hidráulico no piso e na parede. (Imagem: Pinterest)

Na decoração é usado tanto em pisos como paredes com o cuidado de nivelamento na


argamassa devido às diferenças de espessura. Vai bem em terraços, salas, cozinhas e banheiros.
Tem um efeito bacana quando usado formando painéis decorativos ou patchwork (mosaicos)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Banheiro com painel com ladrilho hidráulico no piso e na parede. (Imagem: Equipe)

Parede de cozinha com ladrilho hidráulico formando mosaico(patchwork). (Imagem: Pinterest)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Cozinha com ladrilho hidráulico no piso. (Imagem: Mandarin Stone)

Sala de estar com ladrilho hidráulico no piso. (Imagem: Divulgação/Bisazza)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Varanda com ladrilho hidráulico no piso. (Imagem: Eva Martinez)

Capítulo 3 – Pastilhas

Outro revestimento cerâmico muito interessante, como alternativa aos azulejos, são as
pastilhas. Esse tipo de revestimento já alternou períodos de moda e fora de moda e foi
largamente utilizado nas fachadas de edifícios. Atualmente, é um revestimento com forte
tendência na decoração, indicado para áreas úmidas, mas muito usado em todo tipo de
ambiente. Apresenta a mesma gama de acabamentos e materiais dos azulejos, e os materiais
utilizados são cerâmicos, vidro, pedra, plástico e metal. As pastilhas são um produto de fácil
limpeza e manutenção. Diferentemente do que se imagina, elas não são sempre quadradas. São
também encontradas pastilhas redondas, hexagonais ou retangulares.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Banheiro com pastilhas no piso e nas paredes. (Imagem: Pinterest)

3.1 Tipos de pastilhas

3.1.1 Pastilhas de cerâmica: é o tipo mais básico de pastilhas, com menos brilho e menos lisas,
e não se destacam muito em uma decoração. São feitas de cerâmica e aplicadas com rejunte.
São indicadas para ambientes mais simples, em que a economia se faz necessária, pois é um
produto mais barato.

Banheiro decorado com pastilhas de cerâmica. (Imagem: transformesuacasa.com.br)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

3.1.2 Pastilhas de vidro: como o nome sugere, são feitas de vidro, o que dá a elas brilho e
transparência. É um material bonito que compõe qualquer tipo de ambiente, apresentando uma
larga variação de cores. Seu preço é alto, o que possibilita fazer apenas detalhes e não ambientes
inteiros. É um material excessivamente liso e nunca deve ser utilizado em pisos. Na parede dá
um interessante efeito tridimensional.

Cozinha com parede com pastilha de vidro. (Imagem: aaronguide.com)

3.1.3 Pastilhas de porcelana: como o nome já diz, são feitas de porcelana, um material resistente
e vitrificado imprimindo essas características a esse tipo de pastilha. Talvez seja o tipo preferido
de pastilhas, pois nunca sai de moda. Além de aplicadas a ambientes internos, essas pastilhas
são as mais indicadas para revestimentos de piscinas, pois têm taxa de absorção reduzida e são
resistentes ao cloro.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Banheiro com pastilhas de porcelana. (Imagem: daicocwb.com.br)

3.1.4 Pastilhas de metal: feitas de aço inox, têm a preferência por uso em cozinhas. Seu
acabamento pode ser liso, escovado ou mesclado, e as cores mais comuns são prata, ouro ou
bronze. É um material caro, que requer um tipo de manutenção especial em termos de limpeza,
por ser abrasivo. Sua aplicação deve ser feita com rejunte sem areia, para não riscar o material.
Essas pastilhas dão ao ambiente um aspecto hi-tec.

Churrasqueira revestida com pastilha inox. (Imagem: Habitissimo)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

3.1.5 Pastilhas adesivas: esse tipo de pastilha é feito com uma cobertura de resina de
poliuretano. Possui um adesivo e pode ser colado em qualquer superfície lisa, como azulejo,
mdf, vidro, cerâmica, metal. De fácil colocação, essas pastilhas evitam mão de obra especializada
e quebradeira de obra. Por isso, também podem ser trocadas a qualquer momento. Ficam muito
interessantes, quando aplicadas em faixas em cozinhas ou banheiros.

Detalhe no banheiro com pastilhas adesivas. (Imagem: casaeconstrucao.org)

3.1.6 Pastilhas de madrepérola: a madrepérola é um material feito a partir de conchas marinhas.


Seu acabamento é cintilante e brilhante, próximo a um furta-cor. Possui uma excelente
resistência, podendo ser utilizado em pisos, inclusive. Predominante em cores claras, também é
encontrado em cores mais escuras e vivas. Apresentam um custo elevado e são indicadas a
projetos mais sofisticados.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Ambiente com parede revestida com pastilha madrepérola. (Imagem: Art Glass)

3.1.7. Pastilhas recicláveis: são pastilhas que levam em sua composição 85% de garrafa PET
reciclada, além de aditivos minerais reaproveitados. O resultado é um material 100% ecológico,
leve e de baixo custo. Sua aplicação é mais fácil e rápida que a pastilha convencional. Seu aspecto
visual é perfeito, deixando pouco a desejar aos materiais convencionais.

Utilização de pastilha reciclada na decoração de banheiro. (Imagem: Mello.Eco)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Capítulo 4 – Porcelanato

O porcelanato ganhou muita força na decoração nos últimos anos com estampas que chegam a
reproduzir outros materiais. Feito de água e argila, recebem misturas com areias, filitos, caulins
e outros aditivos e são produzidos em altas temperaturas o que lhes confere maiores
durabilidade e resistência mecânica em relação à cerâmica tradicional. É um material com baixa
dilatação, o que lhe permite ser aplicado com juntas finas, conferindo um visual plano. Por esses
motivos, tem um excelente custo-benefício.

O porcelanato torna os ambientes com aparência refinada e elegante e é utilizado tanto em


pisos como paredes. Em muitos casos, tornou-se protagonista nos pisos de áreas sociais,
desbancando as madeiras. Devido à sua pouca absorção de água, também é utilizado em
ambientes que requerem constante higienização, como hospitais e clínicas.

Pode ser encontrado em diversos acabamentos, que serão descritos abaixo, e aplicados a pisos
e paredes.

4.1 Tipos de porcelanato

4.1.1 Porcelanato polido: possui a superfície lisa por receber um polimento e uma camada
protetora. Por ser extremamente liso é indicado a áreas secas de uma construção, como salas,
quartos, corredores. É o tipo de porcelanato mais utilizado.

Cozinha com porcelanato polido nas paredes e no piso. (Imagem: Decorando casas)

4.1.2 Porcelanato natural: é um porcelanato bastante resistente e pode ser usado em áreas
comerciais ou residenciais. Possui uma superfície fosca e traz aconchego ao ambiente.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Banheiro com porcelanato natural imitando madeira. (Imagem: Archtrends)

4.1.3 Porcelanato acetinado: tem acabamento acetinado e, portanto, menos brilho. Essa
característica traz aconchego aos ambientes, sendo o porcelanato ótimo para salas e quartos. É
encontrado com acabamentos que simulam peças naturais, como mármore, granito ou madeira.
Um problema desse porcelanato é que ele mancha muito e, por isso, não é recomendado em
áreas com umidade.

Sala com porcelanato acetinado no piso e na parede imitando madeira. (Imagem: Construindodecor)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

4.1.4 Porcelanato lapado: é um porcelanato que reproduz pedras naturais e, dessa forma, não
é tão fosco nem tão brilhante. Como imita pedras, tem a preferência mais em fachadas do que
em interiores onde é mais usado em pisos ou detalhes.

Box de banheiro com porcelanato lapado. (Imagem: www.dcorevoce.com.br)

4.1.5 Porcelanato esmaltado: leva esse nome por receber uma camada final de esmalte. Pode
ter acabamento liso, áspero, brilhante ou fosco. Quanto maior a graduação da resistência do
esmalte do porcelanato, maior será sua resistência.

Banheiro com porcelanato esmaltado no piso e na parede. (Imagem: Decorfácil)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

4.1.6 Porcelanato struturato. Possui a superfície abrasiva e, por esse motivo, é indicado para
áreas molhadas, como sauna, box do banheiro, garagens.

Banheiro com porcelanato struturato na parede. (Imagem: www.ideiasedicas.com)

4.1.7 Porcelanato técnico: é um porcelanato que mantém sua estrutura sem os acabamentos
acima descritos. Com maior resistência, é indicado para locais que suportem alto tráfego de
pessoas, sem prejuízo de sua estética, como em estações de metrô, shopping ou hotéis. Não é
comum o utilizar em residências, mas nada impede que o arquiteto o especifique.

Piso de loja com porcelanato técnico (Imagem: Archtrends Portobello)


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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

4.2 Estampas

Conforme incialmente descrito, o porcelanato tem a capacidade de simular outros materiais


com muita beleza. Com o avanço da tecnologia, os chamados Full HD proporcionam um realismo
impressionante, ao simular materiais, como madeiras, mármore, pedras, tijolos, cimento,
granito entre outros, como exemplificados abaixo. Todos esses materiais obedecem à tipologia
anteriormente descrita.

Porcelanato madeira – Embramaco Porcelanato mármore – Eliane

Porcelanato pedra canjiquinha – Eliane Porcelanato tijolo aparente 1

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Porcelanato granito – Artens Porcelanato cimento – Portinari

Porcenalato pedra – Eliane Porcelanato estampa ladrilho – Ceuso


Tendo em vista o acima exposto, os efeitos desejados aos ambientes, de acordo com o tipo,
seriam:

1. Para um efeito mais sofisticado, escolhem-se peças grandes, lisas e polidas, com estampas
clássicas ou modernas.

2. Para um ambiente mais simples e informal, escolhem-se peças acetinadas, foscas ou


rústicas.
3. Ambientes tradicionais pedem porcelanatos com acabamentos marmorizado ou imitando o
granito.
4. Ambientes de vanguarda utilizam peças grandes com alto brilho e o menor rejunte possível.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

PARTE 4 – PEDRAS

Embora mais conhecido como um revestimento externo, as pedras são muito utilizadas em
qualquer tipo de ambiente interno. De característica bruta, trazem ao ambiente, ao mesmo
tempo, um ar rústico e sofisticado. É um material em alto relevo com características de
isolamento térmico e acústico, além de um interessante efeito de iluminação. Sua aplicação,
dependendo da pedra, é diferenciada, ora aplicadas peça a peça requerendo um perfeito
encaixe, ora aplicadas com placas. Por esses motivos, muitos acabam optando por matérias que
imitam pedras, como foi visto nos porcelanatos, mas a pedra natural é de uma beleza ímpar.

O corte da pedra e a forma de colocá-la são muito importante para compor os ambientes. As
pedras podem ser colocadas na sua forma bruta formando uma espécie de mosaicos se
encaixando umas nas outras preenchendo toda a superfície. As pedras podem ser cortadas em
formas de palitos e filetes a partir de pedras brutas. Assim sendo, temos as pedras canjiquinha
que, na verdade, são a forma de serem colocadas, em tiras finas e em camadas, e não um tipo
de pedra.

Na sequência, são descritas e demonstradas as pedras mais utilizadas em interiores e de acordo


com os cortes acima mencionados.

Capítulo 1 – Tipos de pedras e suas aplicações em pisos e paredes

1.1 Ardósia
Muito utilizada nas cores cinza ou verde, é uma pedra resistente e de baixo custo. Pode ser
encontrada em diversos acabamentos, como polido, escovado, lixado e natural, e cortada nas
formas descritas.

Sala com revestimento de ardósia em filete na paredes e placas no piso. (Imagem: Construbel Pedras)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.2. Pedra portuguesa


Muito conhecida por revestir calçadas, é uma pedra que compõe muito bem nas paredes,
resultando um ambiente moderno e contemporâneo. Exige mão de obra especializada para que
o encaixe fique perfeito.

Detalhe na parede em pedra portuguesa. (Imagem: Construbel Pedras)

Ambiente com pedra portuguesa no piso. (Imagem: Pedreirão)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.3. Pedra São Tomé


Oriunda das jazidas de São Tomé das Letras, em Minas Gerais, com aspecto liso e regular, essa
pedra traz um estilo rústico e elegante aos ambientes. Externamente, é comumente usada em
áreas de piscina.

Painel feito com mosaico de Pedras São Tomé. (Imagem: Hometeka)

Área externa com pedra São Tomé. (Imagem: Decor Pedras)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.4 Pedra Goiás


Alia em si duas fortes características: tem excelente efeito decorativo e é isolante térmico. Com
formato serrado em tamanhos diversos, proporciona um visual diferenciado, marcando suas
características em peças grandes e pequenas, quadradas e retangulares.

Parede revestida com pedra Goiás com efeito 3D. (Imagem: Pedreira Santa Marta)

1.5 Pedra madeira


Essa pedra tem esse nome devido ao seu tom terroso que lembra as madeiras. Vai bem em
ambientes rústicos. Possui quatro variações de cor: branca, verde, rosa e amarela e texturas
com acabamento serrado ou almofadado, trazendo uma enorme possibilidade de aplicação na
decoração. É mais utilizada em paredes, mas também em pisos em áreas exteriores.

Parede revestida com pedra madeira canjiquinha no tom madeira ouro. (Imagem: ConstruindoDecor)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Piso externo com pedra madeira amarela. (Imagem: stonewall.com.br)

1.6 Pedra miracema


É um material durável e resistente. Tem diversas tonalidades, como rosa branca ou bege ,sendo
a mais utilizada a cinza. É uma pedra de preço bem acessível, o que a torna uma das preferidas
na decoração de paredes e pisos. Em pisos é utilizada mais no exterior.

Parede revestida com Pedra miracema cinza. (Imagem: Decorfácil)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Piso externo com pedra miracema. (Imagem: ConstruindoDecor)

1.7 Seixos
São pedras de formato arredondado e superfície lisa. Outrora muito utilizadas em exteriores
ganhou uma forte tendência na decoração de interiores. É apresentada nas cores: preto, cinza,
marrom e branco.

Churrasqueira com paredes revestidas com seixos. (Imagem: Decor Salteado.com)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Ambiente com seixo no piso. (Créditos na Imagem)

1.8 Pedra caxambu


Semelhante à Pedra São Tomé, mas difere desta pela região de onde é extraída. É uma pedra
rugosa, de cor indefinida, entre o amarelo e o rosa. Tem pouca resistência a atrito e esfarela. É
inferior à São Tomé. No piso, é mais utilizada em volta de piscinas.

Parede com pedra caxambu branca. (Imagem: Brendelli)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

PARTE 5 – MÁRMORE E GRANITO

Embora também pedras, o mármore e o granito merecem uma atenção a parte nesse ebook.
São duas pedras distintas muitas vezes até confundidas, mas cada uma com características
marcantes. De comum têm a beleza e sofisticação que dão quando aplicadas aos ambientes. São
materiais resistentes, apesar de sofrerem desgastes com o tempo, e, portanto, deve-se ter um
cuidado especial quanto a sua limpeza e manutenção. Basicamente os mármores têm um visual
mais sofisticado, e os granitos, maior resistência.

Capítulo 1 – Mármore

O mármore é um material que exprime sofisticação ao ambiente ao qual é aplicado. É utilizado


na arquitetura desde os primórdios da história, e seus diversos tipos e estilos se adaptam à
decoração pretendida a cada ambiente. O mármore é uma rocha natural de menor resistência
e mais porosa que o granito, o que restringe o seu uso em locais com gordura, por exemplo.
Internamente pode ser utilizado em pisos, paredes, escadas, mesas ou bancadas. Em
comparação com o granito, possui menos brilho, é mais poroso e, portanto, menos resistente.
Possui diferentes acabamentos, sendo estes os mais utilizados:

✓ Bruto: na verdade, são pedras sem nenhum acabamento. Apenas cortadas na forma em
que serão utilizadas na decoração. É um tipo muito utilizado em paredes.

✓ Polido: produz um efeito liso e brilhante, tanto nos mármores como nos granitos, a
partir de técnicas de lustração para cada pedra. Para pisos é escorregadio.

✓ Apicoado: tem uma aparência áspera, com pequenos relevos, devido à técnica de
desbastamento da pedra. É mais indicada aos granitos e mais utilizada em exteriores em
razão de suas propriedades antiderrapantes.

✓ Flamejado: tem esse nome por sofrer um tratamento a fogo, o que deixa a pedra
ondulada e rugosa.

✓ Jateado: é tratado com jatos de areia, conferindo à pedra um aspecto opaco. É utilizado
tanto em mármores como em granitos.

✓ Levigado: é um acabamento semi-polido obtido por meio de lixamento aplicado tanto


em mármores como em granitos.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Os tipos de mármore mais disponíveis no mercado são: (Site: Pedreirão)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.1.Tipos de mármore

1.1.1 Mármore travertino: é uma pedra natural, com a tonalidade puxada para o bege. Possui
manchas que seguem a mesma tonalidade da pedra, que vão desde o marrom até o fendi,
seguindo essa mesma tonalidade bege.

Parede com mármore Travertino. (Imagem: Decor Salteado)

Banheiro com mármore travertino na parede e no piso. (Imagem: VivaDecora)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.1.2 Mármore carrara: de origem italiana é uma pedra branca com veios cinza. Possui alta
porosidade e é indicada para interiores.

Detalhe em mármore carrara na parede. (Imagem: Assim Eu Gosto)

Sala com piso em mármore carrara. (Imagem: Transforme sua casa)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.1.3 Mármore nero marquina: pedra preta com veios brancos. Indicada para uso interno, tanto
em área úmida como seca.

Sala com mármore nero marquina. (Imagem: Decor Salteado)

1.1.4 Mármore branco piguês: pedra natural de coloração branca com veios cinzas espaçados.
Utilizada em revestimentos internos, externos ou em mobiliário.

Decoração de banheiro com mármore branco piguês. (Imagem: Idea Brasil)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.1.5 Mármore crema: de cor bege bem clara, é originário da Espanha. Com um alto nível de
resistência e durabilidade, pode ser utilizado tanto em pisos como em paredes.

Banheiro revestido com mármore crema marfim no piso e na parede. (Imagem: Montante)

1.1.6 Mármore imperador: indicado para uso interno; é uma pedra marrom escura com veios
nas cores marrom claro e branco.

Banheiro revestido com mármore marrom imperador no piso e na parede. (Imagem: MKW Surfaces)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Capítulo 2 – Granito

O granito é uma rocha formada de mais de um material, o que lhe dá uma aparência mais
granulada, resultando em desenhos únicos e características particulares. É uma pedra mais dura
e resistente que o mármore e, dessa forma, indicada para locais que exigem maior resistência,
como pisos, paredes, bancadas, escadas ou até mesmo em banheiras. Por ser um material mais
liso, deve ser aplicado com cautela em locais escorregadios, como escadas por exemplo

Tipos de granito disponíveis no mercado. (Site: Pedreirão)

2.1 Tipos de granitos e suas aplicações

A quantidade de granitos é enorme pois, além da classificação acima, dentro dela o granito é
subdividido em cores. Na sequência serão apresentados os tipos mais comuns utilizados na
decoração de interiores.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

2.1.1 Granito branco ituanas: com granulação média, tem o fundo branco creme, com pequenas
pintas rosadas, acinzentadas e esverdeadas. Possui alta resistência e uma boa semelhança com
o mármore.

Banheiro com bancada com granito branco ituanas. (Imagem: Arquitetura 8)

2.1.2 Granito branco marfim: possui o fundo verde claro esverdeado, com pintas pretas bem
uniformes. É um material bem claro para interiores.

Sala com piso em granito branco marfim. (Imagem: pisodegranito.com )

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

2.1.3 Granito branco siena: da família do branco ituanas, é um granito muito utilizado em
cozinhas. A diferença é que tem menos veios e marcas e, por ser poroso, necessita de
impermeabilização.

Ambiente com piso em granito branco siena. (Imagem Arq. Leda Machado)

2.1.4 Granito preto absoluto: da família dos granitos pretos, possui uma aparência homogênea,
elegante e diferenciada. Aplica-se bem a bancadas e escadas.

Escada com piso e granito preto absoluto. (Imagem: Marmoraria Paulixta)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

2.1.5 Granito preto São Gabriel: outro granito da família dos granitos pretos. Possui baixa
granulação e tem uma aparência sofisticada, contrapondo com móveis claros.

Cozinha com bancada em granito preto São Gabriel. (Imagem: Dicas de Mulher)

2.1.6 Granito marrom absoluto: essa pedra possui elegância, alta uniformidade e baixa
absorção. Além de cozinhas vai bem em banheiros e churrasqueiras.

Uso do granito marrom absoluto em churrasqueira. (Imagem: Casa do Granito)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

2.1.7 Granito cinza corumbá: é granulado com os tons cinza, preto e branco, o que lhe dá uma
aparência não uniforme, com uma mescla bem cinza.

Tampo de pia com granito cinza corumbá. (Imagem: Habitissimo)

2.1.8 Granito cinza andorinha: nessa opção de cinza, a pedra apresenta uma granulação menor,
com predominância da cor preta, dando uma tonalidade cinza não homogênea.

Bancada com granito cinza andorinha. (Imagem: Construindo minha Casa Clean)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

2.1.9 Granito cinza absoluto: é a opção mais homogênea dos cinzas, pois sua granulação é bem
pequena, o que confere o tom predominantemente cinza.

Bancada com granito cinza absoluto. (Imagem: Casa e Construção)

2.1.10 Granito amarelo Capri: originaria de Minas Gerais, é uma pedra com baixa porosidade,
com fundo vermelho róseo, com pontos brancos e pretos uniformes. Tem baixa absorção de
água.

Cozinha com granito amarelo Capri. (Imagem: Pedra Arte Mármores)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

2.1.11 Granito amarelo ornamental: granito que apresenta uma granulação de média a grossa,
com fundo róseo amarelado e poucos pontos castanhos, com baixa porosidade e absorção de
água.

Bancada com granito amarelo ornamental. (Imagem: Tua Casa)

2.1.12 Granito amarelo Icaraí: pedra de altíssima resistência e durabilidade, formada por lava
vulcânica, grãos de quartzo, feldspato (silicato) e mica, o que dá a sua cor característica.

Bancada com granito amarelo Icaraí. (Imagem: Tua Casa)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

PARTE 6 – MADEIRAS
Um dos revestimentos mais antigos e tradicionais na construção são as madeiras. Tanto nos
pisos como em paredes e tetos, trazem uma atmosfera de conforto e acolhimento, além de
serem um excelente isolante acústico e térmico. É considerado um material ecológico, desde
que se atenda às exigências de reflorestamento, e além disso é reutilizável. É considerado um
material caro, por isso, muitas vezes, utiliza-se a opção por materiais que imitam a madeira, com
o mesmo efeito estético e menor custo.

Na decoração moderna, está sempre em voga, dando opções de beleza ímpar na decoração dos
ambientes. Deve-se levar em conta no uso da madeira, além do alto custo, a sua durabilidade e
conservação. É um material que sofre com agentes externos, como o tempo e as pragas,
especialmente cupins, e, dessa forma, seu tratamento e conservação são primordiais.

Além do revestimento de interiores, a madeira estrutural aparente pode dar um efeito muito
interessante aos ambientes, levando para uma atmosfera rústica. É comum vermos projetos nos
quais vigas, pilares e madeiramento ficam à vista compondo o ambiente.

Ambiente com pilares e vigas de madeira aparentes. (Imagem: Pure Living)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Capítulo 1 – Madeira no piso

1.1 Tacos
São um dos pisos mais antigos, muitos utilizados na década de 1950, mas que ainda preservam
seu charme. São peças retangulares de madeira maciça, em tons claros ou escuros, de tamanhos
variados. As madeiras mais utilizadas são jatobá, ipê, peroba rosa e marfim. Em sua aplicação,
os tacos são encaixados e colados em pisos regularmente preparados. O seu acabamento é dado
com o verniz transparente acrílico, o popular sinteco. A cera complementa a beleza e
conservação.

Sala com tacos no piso. (Imagem: Assim eu gosto – Arq. Apoema Amaral)

1.2 Parquetes
Da mesma foram que os tacos, os parquetes são placas de madeira aplicadas ao piso. A diferença
está no tamanho das peças utilizadas. Costuma-se criar placas quadradas de parquetes
colocadas ao piso regularizado. As madeiras utilizadas são ipê, pau-marfim, jatobá, cumaru e
perobinha. O acabamento é o mesmo, com sinteco, complementado pela cera dos tacos.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Parquetes aplicados aos pisos da sala. (Imagem: Viva e Decora)

1.3 Assoalho de tábua larga


Como o nome já diz, são tábuas corridas de diferentes comprimentos e larguras. Sua aplicação
não é feita diretamente sobre o piso e sim sobre barras e as tábuas podem ser colocadas tanto
paralelas às paredes como na diagonal. É um excelente isolante acústico e térmico e possui
grande resistência. As madeiras mais utilizadas são: cambará, pinus, ipê, pau marfim, sucupira,
angelin, cumaru, jatobá, perobina, grapia. O acabamento final pode ser sinteco, cera ou pátina.

Ambiente com assoalho de tábua larga. (Imagem: Dicas de Arquitetura)


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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Ambiente com assoalho de tábua larga. (Imagem: Gessato)

1.4 Pisos flutuantes


Esses pisos têm esse nome porque, diferentemente dos demais, eles não são fixados
diretamente na laje ou no contrapiso. As peças são encaixadas entre si, instaladas sobre uma
manta e fixadas por pressão dos rodapés. É um piso fácil de limpar, resistente à umidade, mas
é barulhento por propagar muito os sons. Sua aplicação é rápida, dispensado grandes obras. Isso
acaba refletindo no seu preço final, tornando-o mais barato que as madeiras maciças. Seguem,
abaixo, os pisos flutuantes mais utilizados.

1.4.1. Laminado de madeira: esse tipo de piso flutuante é feito por material rígido sintético
composto de diversas camadas fundidas entre si. A última camada é a que determina a estampa
do piso. É muito resistente, podendo ser aplicado em zonas de alto trânsito, como locais
comerciais e também em locais úmidos.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Piso flutuante laminado claro para quarto. (Imagem: Construindo Decor)

1.4.2 Carpete de madeira: muito confundido com o piso maciço de madeira, o carpete de
madeira é constituído de uma folha de madeira natural, bastante fina, prensada e colada a uma
base de madeira processada, como MDF, compensado ou aglomerado. São peças encaixadas
entre si e fixadas pelo rodapé. Possuem o mesmo problema do piso laminado, que é alta reflexão
do som. Sua instalação é fácil e rápida. A principal diferença em relação aos pisos laminados é
que, enquanto o carpete de madeira possui o acabamento em folha de madeira, o laminado é
revestido por uma lâmina de fórmica.

Sala com carpete de madeira. (Imagem: VivaDecora)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.4.3 Piso vinílico: esse piso é constituído basicamente de PVC. Embora não seja exatamente um
piso de madeira, está aqui relacionado devido à existência de estampas de madeira, além de ser
um piso flutuante. Diferentemente do laminado, esse piso abafa os ruídos, mancha pouco e é
antialérgico. Existem três tipos de piso vinílico: em manta, em placa e com tons de madeira.
Como sua matéria-prima é resistente à água, pode ser instalado em áreas molhadas.

Cozinha com piso vinílico imitando madeira. (Imagem: VivaDecora)

1.5 Piso de madeira plástica


Fabricado a partir de reciclagem de resíduos plásticos industriais, é um material que se
assemelha muito à madeira natural. Devido a sua forma de produção, é um material ecológico,
trazendo um enorme benefício ao meio ambiente. Possui uma extrema resistência e
praticamente não necessita manutenção. Seu uso mais indicado é o exterior, como decks,
fachadas, brises, pergolados, cercas, mourões e playgrounds.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Deck feito com madeira plástica. (Imagem: Winpoint)

1.6 Piso de madeira de demolição


Esse tipo de madeira, como o nome já diz, é a madeira reaproveitada de demolições. Para se
utilizar esse tipo de material, é necessário preservar seu aspecto na mesma forma que estava
antes de ser reutilizado. É claro que, por ser um material reutilizado, muitas vezes o reparo é
necessário. Seu uso acaba dando um aspecto rústico ao ambiente.

Utilização de madeira de demolição no piso. (Imagem: Meireles Pavan Arquitetura)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.7 Bambu
Material ecológico, devido ao seu modo de produção, o bambu também é muito utilizado em
pisos. Com aparência muito semelhante à madeira, é considerado um piso laminado, por ser
composto de ripas prensadas e por ser aplicado pelo encaixe macho/fêmea. Vem tratado e com
acabamento de fábrica, o que lhe confere resistência e durabilidade, além de ser um excelente
isolante acústico. É encontrado com acabamento brilhante ou opaco nos tons natural ou café.

Ambiente com revestimento de bambu no piso. (Imagem: Construindo Decor)

1.8 Piso com madeira teca


Esse tipo de madeira passou a ser muito usado nos pisos por conta da sua durabilidade e
resistência. É um tipo de madeira utilizada há séculos, inicialmente na construção naval. Tem o
tom marrom-dourado que lhe imprime uma beleza ímpar. Esse tipo de madeira se aplica aos
pisos anteriormente já descritos aqui.

Dormitório com tábuas em madeira teca. (Imagem: Construindo Parquet SP)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Capítulo 2 – Madeira na parede e no forro

Além de largamente usada em piso como acabamos de mostrar, a madeira ganhou destaque na
decoração, revestindo paredes e tetos e criando divisórias. Paredes revestidas com madeira
trazem aconchego e conforto térmico, remetendo à arquitetura rústica dos chalés. Sempre
compondo com os outros materiais que revestem o restante do ambiente ou simplesmente
sendo a protagonista. As madeiras mais comumente usadas são peroba, freijó, carvalho, ipê,
cumaru e teca. As madeiras industrializadas, como compensado, MDF, aglomerado, OSB e MDP,
também são usadas, mas, nesses casos, mais especificamente em foros, divisórias e rodapés.

2.1 Paredes revestidas com madeira


Uma parede revestida de madeira traz charme e elegância a um ambiente. Esse revestimento
pode ser feito em salas, dormitórios, cozinhas banheiros e halls. Muito comumente é também
utilizado em fachadas. A seguir alguns exemplos de paredes revestidas com madeira.

Sala com parede revestida com madeira de demolição. (Imagem: Tua Casa)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Detalhe rústico na sala de estar. (Imagem: Decor Fácil)

Madeira escura em contraponto a paredes brancas no dormitório. (Imagem: Obsigen)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Utilização de parede de madeira no banheiro. (Imagem: Decor Fácil)

Parede de madeira na cozinha. (Imagem: Habitissimo)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

2.2. Paredes divisórias de madeira


Os ambientes podem ser divididos com divisórias de madeira substituindo, muitas vezes, a
alvenaria ou o gesso. Pode-se utilizar tanto madeiras naturais como madeiras industrializadas.
Um grande charme na decoração é utilizar divisórias vazadas que, ao mesmo tempo, dividem e
integram os ambientes.

Ambientes divididos com divisória vazada de madeira. (Imagem: Entendantes)

Divisória vazada em MDF. (Imagem: Casa e Construção)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Ambiente dividido com madeira industrializada. (Imagem: Eucatex)

Ambiente dividido com divisória de madeira. (Imagem: Patrícia Martinez Arquitetura)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Ambiente com divisória de madeira compondo com o revestimento da parede. (Imagem: Habitissimo)

2.3. Forros de madeira


Utilizar um forro de madeira traz para o ambiente a sensação de aconchego e intimidade, além
de um grande ganho estético. Pode se integrar com o madeiramento e as vigas do telhado,
dando um efeito, ao mesmo tempo, rústico e imponente.

Forro de madeira macho/fêmea com vigas do telhado aparente. (Imagem: Pinterest)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Forro de madeira em pinus. (Imagem: Pinterest)

Forro reto de cedrinho em sala de estar. (Imagem: Madeireira Ribeirão Preto)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Varanda gourmet com forro de madeira. (Imagem: Pinterest)

Forro de madeira acompanhando o revestimento da parede. (Imagem: Pinterest)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

PARTE 7 – CONCRETO E CIMENTO


O cimento e o concreto são dois materiais básicos na construção. Entretanto eles podem compor
a decoração de ambientes dando um aspecto cru e rústico, no qual a cor cinza é a protagonista,
dando um ar urbano ao espaço. Por ser uma cor neutra, chama a responsabilidade para a
decoração para agregar cor e vida ao ambiente. As cores quentes são as mais indicadas para
contrapor com o cimento e o concreto aparente.

Capítulo 1 – Concreto aparente

Muito utilizado em fachadas, o concreto aparente também ganhou os interiores. É sinônimo de


resistência, versatilidade, beleza e durabilidade. Pode ser considerado barato, pois sua própria
estrutura é o seu acabamento. O cinza do concreto é utilizado em paredes, pisos, colunas, tetos,
entre outras aplicações, como, por exemplo, mobiliários. Pode ser liso, dando um ar de
modernidade ao ambiente, ou mais áspero trazendo um clima rústico. Essa aparência vai
depender da forma que foi executado e da forma utilizada.

Sala com concreto aparente no teto. (Imagem: Casa Vogue)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Sala com parede em concreto aparente. (Imagem: Casa e Jardim)

Estrutura e bancada em concreto aparente em cozinha integrada à sala. (Imagem: Mauricio Arruda via Casa Vogue)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Laje nervurada e pilar em concreto aparente com piso de taco (Imagem: AR Arquitetos)

Banheiro com paredes em concreto aparente. (Imagem: Ekasa)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Capítulo 2 – Cimento queimado

Em contraponto ao concreto aparente, o cimento queimado é outra opção natural de


revestimento. Basicamente é um piso de cimento, areia e água. O que queima a argamassa é o
contato com o pó do cimento. Seu resultado é um aspecto rústico, com elegância e estilo, além
de baixo custo. É um piso poroso e, se utilizado em áreas úmidas, deve ser impermeabilizado.

Sala com cimento queimado no piso. (Imagem: Audrey Matlock)

Cimento queimado na parede e bancada. (Imagem: Temple Blake)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Dormitório com cimento queimado no piso. (Imagem: Cornerstone Architects)

Cozinha com cimento queimado no piso. (Imagem: Casey & Fox)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Banheiro com cimento queimado no piso e bancada. (Imagem: Decorar faz bem)

Capítulo 3 – Cimento polido

O cimento polido não é um material em si, mas o acabamento que se dá a um piso de cimento
que é lixado e polido para que fique brilhante. Dá uma sensação de amplitude e um ar industrial
à decoração. Pode ser aplicado com cores, embora o mais comum sejam o branco e o cinza.

Sala com cimento polido no piso. (Imagem: Habitissimo)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Piso com cimento polido. (Imagem: Dicas de Decoração)

Cimento polido aplicado ao piso. (Imagem: Hometeka)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Sala com piso de cimento queimado polido. (Imagem: VivaDecora)

Capítulo 4 – Microcimento

O Microcimento é produzido a partir de cimento de alto desempenho, o que lhe dá uma alta
aderência, sendo utilizado para revestir todo tipo de superfícies, desde pisos e paredes até
piscinas, banheiros e móveis. Possui a versatilidade de se trabalhar com diferentes texturas e
acabamentos dando várias opções de utilização combinando com outros tipos de acabamento.

Sala com piso de Microcimento. (Imagem: Habitissimo)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Sala com piso de Microcimento. (Imagem: Master Plate)

Sala com piso em Microcimento. (Imagem: Casa e Jardim)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Cozinha com Microcimento no piso. (Imagem: ArchiExpo)

PARTE 8 – ALVENARIA APARENTE

Em tese, a alvenaria aparente não seria um revestimento em si, mas na verdade a ausência dele.
Os tijolos aparentes são cada vez mais utilizado na decoração de interiores trazendo para os
ambientes um aspecto rústico, característico de fazendas, casas de campo e sítios. Pode ser ao
mesmo tempo rústico e moderno, com uma característica que invoca a descontração, passando
uma leitura do “deixou por fazer”. A alvenaria aparente tem a vantagem da durabilidade,
versatilidade, conforto térmico e acústico, além do baixo custo.

Pode-se conseguir esse efeito simplesmente descascando uma parede existente para revelar a
alvenaria original. Esse método é cuidadoso, pois nem sempre o tijolo escondido está bom e,
muitas vezes, traz, além da alvenaria, a estrutura existente e os dutos de elétrica. Mas, a
utilização destes dois últimos pode dar um aspecto industrial ao ambiente.

Outra forma é preparar desde o início uma parede para sua alvenaria ficar aparente e compor o
ambiente. Nesse caso, é possível se escolher o tipo do tijolo ou bloco de concreto a ser utilizado,
o estilo das juntas e do assentamento.

O tijolo aparente não é muito indicado para as áreas molhadas, devido a sua permeabilidade,
mas nada impede que, uma vez impermeabilizado, possa compor detalhes nesses ambientes.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

No piso, o tijolo aparente pode ser utilizado, mas requer certos cuidados, por ser um local de
tráfego. Os mais recomendados são os requeimados, pois essa técnica os torna mais resistentes,
duradouros e menos permeáveis. Tijolos de demolição também são uma boa pedida. Em
qualquer caso é sempre bom ter o revestimento de uma camada protetora.

Capítulo 1 – Tijolo Aparente

O mais utilizado como alvenaria aparente é o tijolo de barro comumente designado como tijolo
à vista. Diferentes tipos de tijolos, com diferentes tipos de assentamento, juntas ou
acabamentos, dão belíssimos efeitos aos ambientes.

Ambientes com tijolo aparente na parede e no piso. (Imagem Pinterest)

1.1. Tipos de rejunte

1.1.1 Junta cheia: a argamassa é aplicada no mesmo plano que a alvenaria, dando um aspecto
rústico e envelhecido, meio com jeito de demolição.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Detalhe da parede com tijolo aparente com junta cheia. (Imagem: Elaine Richardson Architect)

1.1.2 Junta frisada: a argamassa não preenche todo o espaço ficando “afundada”, destacando
o tijolo aparente. É a técnica básica de assentamento de alvenaria.

Parede da sala com tijolo aparente com junta frisada. (Imagem: DoceObra)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.1.3 Junta seca: a acamada de argamassa é bem fina para passar a impressão que não há
argamassa nenhuma. É um estilo mais elegante, mas também consome mais elementos de
alvenaria

Parede da sala com tijolo aparente com junta seca. (Imagem: Pinterest)

1.2 Tipos de assentamento


Existem formas de assentamento que, no caso dos aparentes, irão dar o desenho na parede,
aliado as juntas já vistas. Sempre lembrando que, além da estética, o assentamento tem a
função estrutural.

1.2.1 Amarração: é a forma mais comum e utilizada em tijolos aparentes, nos quais as juntas
ficam desencontradas, por isso o termo amarração. Essa amarração tem função estrutural
também.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Parede de tijolo aparente com assentamento tipo amarração. (Imagem: Magazine Feminina)

Piso de tijolo com assentamento amarração. (Imagem: Custon Design/Built)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.2.2 Prumo: nesse assentamento as juntas ficam alinhadas verticalmente, dando um aspecto
de ladrilho ou azulejo ao acabamento.

Parede com tijolos amarração em prumo. (Imagem: Casa e Jardim)

Detalhe na parede com tijolo junta a prumo. (Imagem: Waterched Design)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.2.3 Escama/espinha de peixe: quando o assentamento dos tijolos é feito na diagonal, tem-se
o nome de escama de peixe quando os tijolos estão colocados em 90° e de espinha de peixe
quando são colocados em 45°.

Parede com tijolo aparente assentamento espinha de peixe. (Imagem : BBEL Um estilo de vida)

Parede com tijolo aparente espinha de peixe pintado de branco. (Imagem: Camila Baptistin)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.2.4 Ajuste francês/inglês: nesse tipo de amarração, uma fiada é colocada com a face maior do
tijolo e outra fiada é colocada com a face menor do tijolo. Uma variante, o ajuste inglês, a
segunda fiada alterna entre a face maior e a menor.

Parede com tijolos com assentamento ajuste francês. (Imagem: Casabela Interiores)

Outros tipos menos usados em interiores e mais em pisos exteriores são a amarração em trama
(ou dama) e a amarração em composição.

Amarração em trama (ou dama) Amarração em composição

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.3 Tipos de acabamento

1.3.1 Acabamento natural: a forma mais comum do uso do tijolo aparente, deixa ele com seu
aspecto natural. O que dá o tom da parede é o tipo de tijolo utilizado. Os mais comuns são o
tijolo de barro cozido (tijolinho), o tijolo laminado, refratário, furado (ou baiano) e de barro cru
(adobe). Dependendo do uso do ambiente, a impermeabilização se faz necessária.

Detalhe no ambiente com tijolo aparente com acabamento natural. (Imagem: DoceObra)

Sala com tijolo aparente natural. (Imagem: Blog da Flaviana)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.3.2 Tijolo patinado: a pátina aplicada ao tijolo aparente dá a impressão de “mal pintado”
trazendo um aspecto rústico ao ambiente. A pátina é feita com dois tipos de tinta, lixa e uma
técnica de aplicação com vassoura.

Ambiente com a parede de tijolo aparente patinado. (Imagem: Decora Interi)

Sala com a parede de tijolo aparente patinado. (Imagem: Falk)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.3.3 Tijolo pintado: aqui a cor branca é que dá o tom. A aplicação da tinta no tijolo aparente
tira o aspecto rústico da pátina e dá um toque de modernidade ao ambiente. A tinta branca
ressalta a textura do tijolo e pode ser utilizada como impermeabilizante também. Outras cores,
além do branco, podem dar um toque ao ambiente.

Sala com parede de tijolo aparente pintado de branco. (Imagem: DoceObra)

Dormitório com parede de tijolo aparente pintado de cinza. (Imagem: A. Gruppo Architects)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.3.4 Tijolo mesclado: utilizando-se diferentes tipos de tijolos e de diferentes colorações, dá para
dar um efeito vivo e criativo aos ambientes.

Cozinha com paredes de tijolo mesclado. (Imagem: Studio 74)

Tijolo aparente mesclado em parede de dormitório. (Imagem: Limaonagua)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.4 Tijolos de demolição.


Como o próprio nome já sugere, são tijolos reaproveitados de antigas construções. Com o boom
imobiliário, a oferta desse tipo de material cresceu muito. Ao contrário do que se imagina, não
é um material barato. Outra forma de obtê-lo é através da retirada do revestimento de uma
parede existente.

Parede da sala com tijolo de demolição. (Imagem: Tudo Construção)

Parede com detalhe em tijolo de demolição. (Imagem: Faz Simples)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Capítulo 2 – Tijolo decorativo – Plaquetas

Uma alternativa de revestimento com tijolo aparente são as plaquetas de tijolo aparente. Elas
funcionam como um revestimento, mas, diferentemente dos porcelanatos ou papéis de parede
que simulam o tijolo aparente, essas plaquetas são realmente tijolos com uma fina espessura
para funcionar como revestimento. Existe a opção de se revestir meia parede ou um detalhe
decorativo. Visualmente o aspecto final é o do tijolo aparente.

Exemplos de plaquetas de tijolo aparente. (Imagem: Cerâmica Fortaleza)

Parede com plaquetas de tijolo aparente. (Imagem: DoceObra)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Capítulo 3 – Bloco de concreto aparente

Da mesma forma que vimos a utilização dos tijolos de barro aparentes, os blocos de concreto
também podem ser deixados à vista para comporem um interior. É uma solução de baixo custo,
pois elimina toda a etapa de revestimento. Compõe muito bem com o concreto aparente, já
visto nesse e-book, e com o piso com cimento queimado. Quando se pretende utilizar o bloco
de concreto aparente, o tipo utilizado deve ser o liso, deixando os ásperos para acabamentos
com revestimentos.

Quanto a paginação, segue as mesmas já demonstradas nos tijolos aparentes, ou seja,


amarração, prumo, espinha/escama de peixe ou outras. Nos ambientes com paredes de bloco
de concreto aparente, pode-se adotar os dutos de elétrica aparente, assim como a estrutura,
dando um tom brutalista e industrial ao ambiente. A utilização dos elementos com cores vivas
faz o contraponto ao cinza do concreto.

Sala de estar com blocos de concreto aparente e vigas metálicas aparentes. (Imagem: Arq. Tito Ficarelli)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Casa com blocos de concreto, laje aparente e piso de cimento queimado. (Imagem: Terra e Tuma Arquitetos)

Cozinha com parede de bloco de concreto aparente e detalhe em azulejo. (Imagem: Arquitetura e Construção)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Parede em bloco de concreto em prumo na sala de estar. (Imagem: Hometeka)

Loft em bloco de concreto com tubulação aparente com piso de madeira. (Imagem: Hometeka)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Ambiente em bloco de concreto com tubulação aparente com as cores dando o detalhe. (Imagem: Casa e Jardim)

Capítulo 4 – Blocos de vidro

O bloco (ou tijolo) de vidro é um elemento construtivo que, além de ser estrutural, pode ser
utilizado para dar vida e luz a um ambiente. Comumente usados em banheiros e cozinhas,
ganhou outros ambientes das residências, como salas e caixa da escada. Pode ser utilizado, tanto
como divisória, como detalhe construtivo ou em paredes inteiras, trazendo luminosidade e
leveza a um ambiente. Vai muito bem em ambientes pequenos, pois traz a sensação de
amplidão, devido sua luminosidade. Além de tudo, o bloco de vidro é um excelente isolante
térmico e sonoro, substituindo, sem problemas, uma parede tradicional. Em relação ao custo, é
muito mais caro que um tijolo normal.

4.1.Tipos de blocos de vidro

4.1.1. Tradicional fixo: é o mais utilizado. Geralmente quadrado, é todo fechado com a principal
função de deixar passar luminosidade. Pode ser encontrado liso, canelado, ondulado ou
pirâmide.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

4.1.2.Vazado: semelhante ao anterior, só que com sua face inclinada para permitir a passagem
de ar. Indicado para ambientes sem janelas, mas que tenham necessidade de ventilação
permanente. Por serem sempre abertos, devem ser aplicados com cuidado em relação às águas
da chuva.

4.1.3. Colorido: É o mesmo bloco de vidro tradicional só que aqui o vidro utilizado é colorido. Há
inúmeras opções de utilizá-los, e sua função é dar vida e criatividade aos ambientes.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

4.2 Blocos de vidro nas paredes

Sala com parede curva feita com blocos de vidro. (Imagem: VivaDecora)

Bloco de vidro aplicado na escada. (Imagem: DoceObra)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Banheiro com box feito de blocos de vidro. (Imagem: Decorando Casas)

Cozinha com bancada com bloco de vidro azul. (Imagem: Decorando Casas)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Parede decorada com blocos de vidro coloridos. (Imagem: Easterm Glass Block)

Divisória feita mesclando-se blocos de vidro transparente e colorido. (Imagem: VivaDecora)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Utilização de bloco de vidro vazado. (Imagem: DoceObra)

Ventilação permanente com bloco de vidro vazado. (Imagem: VivaDecora)

4.3 Blocos de vidro no piso e forro


Além das paredes, os blocos de vidro também podem ser utilizados em pisos e forros. É um
material bem resistente para esse fim. Podem ser utilizados como um “tapete” em uma
decoração ou permitirem a transparência entre um pavimento ou outro. No teto, são aplicados
em locais onde se necessita iluminação, funcionado como uma claraboia, mas esteticamente
bem mais bonito.

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Bloco de vidro aplicado ao teto e paredes. (Imagem: Construindo Minha Casa Clean)

Bloco de vidro no piso e no teto. (Imagem: DoceObra)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

PARTE 9 – GESSO

O gesso é um acabamento barato e versátil e tem sido cada vez mais usado na construção civil.
Nas paredes, pode aparecer como revestimento em substituição à massa ou ser o próprio
fechamento, com a utilização de paredes de gesso como, por exemplo, o drywall. Essa utilização
dispensa a aplicação da massa corrida, pois o próprio gesso dá o acabamento final, trazendo
rapidez e economia na execução. No teto, o gesso é usado como forro ou em regiões em que há
a necessidade de rebaixo, como banheiros, passagem de instalação elétrica ou rebaixos para se
embutirem luminárias. É utilizado também como elemento decorativo, como sancas, molduras,
cortineiros, rosáceas e florões. Se trata de um material isolante térmico e acústico e a sua forma
de aplicação facilita a personalização de projetos.

Sala de jantar com gesso no rebaixo do forro. (Imagem: VivaDecora)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Dormitório com sancas e molduras de gesso no teto. (Imagem: VivaDecora)

Capítulo 1 – Gesso comum

Este é o gesso tradicional, utilizado na construção civil. Sua aplicação é mais trabalhosa e, por
isso, vem perdendo espaço para o gesso acartonado. É resistente à umidade com excelente
resposta termo acústica. Por ser um material estático, é suscetível a trincas e sensível à dilatação
térmica. No forro, são instaladas placas de gesso, macho-fêmea, com rejunte feito com a própria
massa de gesso.

Parede de sala revestida de gesso. (Imagem: Viva Decora)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Gesso comum no teto. (Imagem: Inovax Network)

Ambiente com rebaixo e sanca de gesso no teto. (Imagem: Construindodecor)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Capítulo 2 – Gesso acartonado

Popularmente conhecido como drywall, é constituído por um sanduíche de placas de gesso,


revestidas por papel acartonado, parafusadas em uma estrutura metálica. Tem uma espessura
fina e aceita qualquer tipo de revestimento (pintura, cerâmica, pedras, pastilhas). É um sistema
de construção seca, daí o seu nome, com grande facilidade de execução; permite isolamento
acústico e conforto térmico, além de facilitar as instalações elétricas e hidráulicas. Por todas
essas características, é aplicável tanto em forros como em paredes, através de estruturas
metálicas, onde são afixadas as placas. As Instalações elétricas e hidráulicas devem ser previstas.

Painel da tv feito com drywall. (Imagem: Arq. Fernanda Vieira via Casa Abril)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Cozinha com forro de drywall com rasgo para iluminação. (Imagem: Arq. Marcia Debski Ferreira – via Casa Abril)

Dormitório com nichos feitos com drywall. (Imagem: Arq. Belisa Corral Romano via Casa Abril)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Dormitório com sanca e cortineiro em Drywall. (Imagem: Arq. Erica Bragion - via Casa Abril)

Capítulo 3 – Bloco de gesso

O bloco de gesso aparece mais como uma alternativa de fechamento do que um elemento
decorativo. Diferentemente do drywall, que é um acartonado fixado em uma estrutura metálica,
o bloco de gesso é um bloco maciço aplicado com massa de gesso, em substituição à alvenaria
comum. Pode ser maciço ou vazado. Os vazados são perfurados internamente, visando a
diminuir o peso das paredes e apresentam melhor isolamento acústico e térmico. Na decoração
surge como excelente opção para se dividir um ambiente ou criar um detalhe arquitetônico.

Tipos de bloco de gesso. (Imagem: Leroy Merlin)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Parede de gesso dividindo ambientes. (Imagem: Decorfácil

Parede de gesso recortada, dividindo ambientes. (Imagem: Decorfácil

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Capítulo 4 – Gesso 3D

Esse tipo de gesso atende a quem quer ter um visual diferenciado em seu ambiente, de custo
baixo, proporcionando volume e movimento à parede. Trata-se de painéis de gesso que podem
ser aplicados em uma estrutura montada semelhante ao drywall ou ser aplicado diretamente a
uma parede já existente. Os painéis de gesso 3D devem ser utilizados em detalhes nos
ambientes, evitando-se utilizá-los em um ambiente inteiro. Ele é encontrado nos padrões florais
e geométricos e podem ser aplicados no teto também.

Sala com parede em gesso 3D geométrico. (Imagem: Decorfácil)

Cozinha com detalhe na parede em gesso 3D geométrico. (Imagem: VivaDecora)


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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Ambiente com gesso 3D geométrico no teto. (Imagem: Entendantes)

Dormitório com parede em gesso 3D floral. (Imagem: Decorfácil)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Capítulo 5 – Adendo: poliuretano e poliestireno-EPS (isopor)

Embora não sendo gessos propriamente ditos, esses dois materiais sintéticos fazem, às vezes, o
papel do gesso na execução de molduras, sancas e outros elementos decorativos, como, por
exemplo, rodapés. São utilizados, também, para revestimentos acústicos de paredes e forros.
São peças compradas prontas e aplicadas com cola nos ambientes destinados.

Banheiro com sanca e molduras de poliuretano. (Imagem: Desvendando Os Mistérios dos Materiais)

Sala com rodapé em poliestireno expandido (EPS). (Imagem: Rifiniture)

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PARTE 10 – METAIS

O revestimento de metais da decoração é uma tendência atual e traz modernidade e sofisticação


aos ambientes. Por ser um revestimento caro, é quase sempre utilizado em detalhes em um
interior. É também um material de grande durabilidade e proporciona uma ampla variedade de
tons e cores. As opções mais utilizadas são o ferro, o cobre, o aço e o alumínio. São materiais
encontrados no mercado em forma de chapas, perfis e bobinas.

Capítulo 1 – Ferro (aço comum)

É um material muito resistente, que pode ser aplicado em diversos ambientes, por meio de
chapas de diversas espessuras. Pode ter diversos acabamentos, como a pintura eletrostática,
epóxi, automotiva ou óleo, além da niquelagem, cromagem ou banho de cobre. O aço comum
pode estar presente em esquadrias, escadas ou na própria estrutura aparente.

Banheiro com chapas de aço no box e armário de alumínio. (Imagem: Arquidicas)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Ambiente com mezanino com vigas, detalhes e escada de ferro aparente. (Imagem: SóDecor)

Capítulo 2 – Cobre

Trata-se de um material maleável e condutor de energia, e, por essa razão, é matéria-prima de


cabos elétricos. Por sua resistência à corrosão, é muito utilizado em tubulações de água. Na
decoração, traz ao ambiente um tom avermelhado muito próximo ao dourado, o que exprime
luxo e sofisticação. Existem 3 tipos de revestimento de cobre: natural, sem oxidação ou verniz;
laqueado, que estabiliza a oxidação natural do cobre; e patinado, que lhe confere um tom
esverdeado.

Cozinha com bancada e armário revestidos com chapas de cobre. (Imagem: Decorsalteado)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Sala com parede revestida com chapas de cobre compondo com os lustres. (Imagem: Manoela Lustosa)

Capítulo 3 – Aço inoxidável

Material resistente e fácil de limpar, o aço inox, como é chamado, traz um clima moderno ao
ambiente. É um material ecológico, pois é possível ser reciclado, é fácil de se aplicar e tem baixa
manutenção. Muito utilizado em tampos de cozinha, também pode ser encontrado em paredes,
pisos e mobiliário. Possui a variante escovado, que apresenta um polimento texturizado e
superfície não brilhante. Por um processo eletroquímico, também é possível dar cor ao aço inox.

Sala com parede e coluna revestida com Chapas de aço inox.(Imagem: Habitissimo)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Cozinha com mobiliário em aço escovado. (Imagem: Euromobil)

Capítulo 4 – Aço Corten

Na verdade, seu nome é aço patinável, e o Corten, uma marca. Esse tipo de aço mantém a
textura de ferro enferrujado, trazendo um toque industrial aos ambientes. Por suas
características, com o passar do tempo, sua tonalidade vai se alterando entre o avermelhado,
marrom e alaranjado. Devido ao seu preparo, é um aço mais resistente à corrosão que um aço
comum.

Sala com parede em aço corten. (Imagem: Habitissimo)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Ambiente dividido com parede revestida em aço corten. (Imagem: Habitissimo)

Capítulo 5 – Alumínio

O revestimento de alumínio é muito utilizado na construção civil, principalmente nas fachadas.


Não é tão explorado em interiores, mas, quando usado, vai trazer um aspecto urbano e industrial
ao ambiente aplicado. Na versão polida, pode fazer o papel de espelho em um ambiente. Não é
muito resistente, por isso não deve ser aplicado em locais de grande atrito.

Parede revestida com chapa de alumínio pintada de preto. (Imagem: MyDomaine)


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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Forro de alumínio na varanda. (Imagem: Fran Silvestre Arquitectos)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

PARTE 11 – ESTILOS DE DECORAÇÃO

Depois de descritos os principais materiais que são utilizados em interiores, nesse apêndice será
mostrado os diferentes estilos de decoração que utilizam os matérias até aqui apresentados. Em
alguns momentos, neste e-book, ao falarmos do próprio material, já mencionamos o estilo a que
ele mais se adapta.

O estilo tem muito a ver com as pessoas que vão utilizar o ambiente, transmitindo para eles seus
gostos e seus desejos. Importante a cada projeto de interiores é identificar o estilo que mais
agrada ao cliente.

1. Estilo moderno
Esse estilo é limpo e funcional, fazendo uso das linhas retas e de simplicidade nos volumes, sem
ornamentos rebuscados. As cores devem ser predominantemente neutras, deixando os tons
mais fortes para detalhes de decoração. A colocação de móveis espaçados completa a leveza do
ambiente. No estilo moderno, “a forma segue a função” (Louis Sullivan).

Sala de estar estilo moderno, com uso das linhas retas no mobiliário. (Imagem: Conceito de estilo)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Ambiente estilo moderno com tons neutros no teto e no piso. (Imagem: Entendantes)

Salas estilo moderno, com detalhe dado pela parede de blocos de madeira. (Imagem: Entendantes)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Dormitório estilo moderno com cama reta e decoração limpa. (Imagem: Conceito de estilo)

2.Estilo contemporâneo
Baseado no estilo moderno, mas com maior liberdade de mistura de estilos, elementos, formas
e cores, o que lhe confere ser um espaço mais acolhedor. Está sempre em sintonia com as
tendências do momento. Utiliza elementos como: madeira, metais, pedras, texturas e
vegetação. Vale-se de cores neutras com destaques em cores fortes, misturando simplicidade
com ousadia e abusando dos contrastes.

Sala em estilo contemporâneo com toques clássicos. (Imagem: Casa Abril)


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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Sala em estilo contemporâneo com predominância do branco. (Imagem: VivaDecora)

Living integrado à cozinha em estilo contemporâneo. (Imagem: IdeaBrasil)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Dormitório em estilo contemporâneo com contraste de cores. (Imagem: DoceObra)

3.Estilo clássico
Aqui é o requinte e a sofisticação que dão a tônica aos ambientes. Vale-se da elegância do
mobiliário, cheio de detalhes e de materiais nobres. Cores sóbrias contrastam com o dourado e
o bronze. Abre espaço para os objetos de arte, com quadros com grandes molduras, abajures
clássicos e castiçais, sancas e rosáceas, cortinas e móveis antigos.

Sala de estar com decoração clássica com mobiliário requintado. (Imagem: Entendantes)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Sala de estar com decoração clássica com a madeira contrastando com o tom azul. (Imagem: VivaDecora)

Decoração clássica na cozinha em tons creme e marrom. (Imagem: DecoPt)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Decoração clássica em dormitório com mobiliário requintado. (Imagem: GSM)

4. Estilo rústico
Inspirado nas casas de campo e fazendas, esse estilo traz o campo para o ambiente urbano. A
madeira predomina nos pisos, paredes e tetos, compondo com detalhes em pedra ou tijolos
aparentes e paredes descascadas. Elementos naturais, como as fibras, também dão um ar mais
rural aos ambientes rústicos. As cores sempre puxam para os tons de madeira e o marrom.

Ambiente com estilo rústico com vigas e colunas de madeira aparente. (Imagem: Entendantes)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Cozinha no estilo rústico com parede em tijolo aparente patinado. (Imagem: Comércio de Jau)

Sala rústica com lareira revestida de pedra. (Imagem: Pinterest)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Dormitório rústico com moveis de madeira. (Imagem: VivaDecora)

5. Estilo retrô
Esse estilo faz uma releitura para o mobiliário utilizado nas décadas de 1950, 1960 e 1970,
buscando um estilo dinâmico e visualmente impactante. Para isso, utiliza-se de cores fortes,
como vermelho, laranja, azul, verde, lilás, roxo e rosa. O papel de parede está sempre presente
e, nele, quadros em preto e branco e estampas geométricas nos pisos e paredes. É um estilo que
permite combinar os seus elementos com outros estilos.

Sala no estilo retrô com cores vivas nos móveis e na parede. (Imagem: Decoração e arte)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Banheiro no estilo retrô com azulejos geométricos e tons azuis. (Imagem: VivaDecora)

Cozinha retrô com cores vibrantes. (Imagem: VivaDecora)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Ambiente no estilo retrô com detalhe no mobiliário. (Imagem: Vivendo Decoração)

6. Estilo vintage
A decoração vintage é a decoração antiga propriamente dita, sem adaptações ou alterações
estilísticas, um resgate do passado às décadas de 1920 a 1950. Se, por um lado, no estilo retrô
as peças são novas, cópias das antigas, no vintage as peças são realmente antigas, peças de
antiquário mesmo. Esse tipo de decoração busca cores mais escuras, e isso traz ao ambiente um
ar nostálgico e conservador.

Sala com decoração vintage com destaque no sofá com almofadas. (Imagem: I-Decoração)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Cozinha vintage com móveis bem antigos. (Imagem: VivaDecora)

Dormitório com decoração vintage destacando a penteadeira. (Imagem: DoceObra)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Sala de jantar vintage com tapete e mesa clássica e lustre de cristal. (Imagem: Casa Vogue)

7. Estilo industrial
É um estilo originário dos lofts nova-iorquinos. A ideia são espaços amplos, quase sempre sem
paredes e pé-direito alto. Nele, tudo fica aparente, como as estruturas e tubulações de elétrica
e hidráulica. A decoração ora pode ser rústica, ora pode ser sofisticada, fazendo um contraponto
interessante ao espaço que a abriga.

Loft com estrutura de aço, tubulação aparente, pé-direito alto e sofá clássico. (Imagem: Essência)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Ambiente em estilo industrial com detalhe das tubulações aparentes e porta pantográfica. (Imagem: Estúdio Penha)

Cozinha estilo industrial com paredes em tijolo aparente. (Imagem: Arqblog)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Ambiente em estilo industrial com teto de madeira, tubulações aparentes e lustre de cristal. (Imagem: Tua casa)

8. Estilo casual/chic
A descontração e o conforto fazem parte desse estilo. Mistura o aconchego com o ritmo do dia
a dia. Por ser informal, não segue regras rígidas, deixando o toque pessoal cuidar do clima
caseiro desse tipo de decoração. As cores são predominantes claras e neutras com um pouco de
toque da madeira e de tecidos. Em ambientes espaçosos, é o conforto que dá o toque final.

Sala estilo casual/chic com sofá branco e as almofadas enriquecendo o ambiente. (Imagem: Sakuma Arquitetura)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Nessa decoração casual, apostou-se por livros e almofadas para enriquecer o ambiente. (Imagem: Casa Très Chic)

Dormitório estilo casual/chic com parede em tijolo aparente. (Imagem: Sakuma Arquitetura)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Sala no estilo casual/chic onde o tom das almofadas compõe com os das cortinas. (Imagem: Home Info)

9. Estilo tropical
É um estilo que remete ao calor dos trópicos e traz elementos que lembram a praia, com motivos
como o mar, a natureza, aves, flores exóticas, frutas e coqueiros. Dessa forma, ele é
descontraído e aconchegante, com cores vibrantes e estampas havaianas, mexicanas,
caribenhas, brasileiras e africanas. O verde é uma cor muito presente nesse estilo.

Sala no estilo tropical com tons verdes e estampas florais. (Imagem: Casinha Colorida)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Living estilo tropical com piso de lajota e as almofadas puxando o tom. (Imagem: Tanto)

Decoração tropical para dormitório com motivos florais e cor verde predominante. (Imagem: On the Wall)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

O tema tropical aplicado à área da churrasqueira. (Imagem: Habitissimo)

10. Estilo náutico


Aqui é o tema marítimo que dá a tônica no estilo. Na decoração, elementos que vêm dos barcos,
como timões, bússolas, âncoras; miniaturas de navios ou caravelas e elementos que remetem
ao mar, como canchas, estrelas do mar e peixes. Os aquários quase sempre estão presentes. As
cores básicas são o azul e o branco, com a presença de listras. O vermelho e o bege são usadas
nos detalhes.

Sala decorada dentro do estilo naval com tapete listrado azul e branco. (Imagem: Vai Com Tudo)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Ambiente estilo naval com destaque do timão de barco e das almofadas . (Imagem: My Decorative)

Dormitório estilo naval com quadros de barco e colcha listada. (Imagem: My Decorative)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Sala com estilo ao mesmo tempo naval e contemporâneo. (Imagem: Archtrends Portobello)

11. Estilo provençal


Originário da Provença, no sul da França, é um estilo marcado pelo clima romântico, com cores
suaves e móveis clássicos, com acabamento rústico e patinado. Os tons pastéis e os móveis
claros, como branco e bege, são os mais utilizados, dando um clima acolhedor e confortável ao
ambiente. Os motivos florais aparecem nas estampas e nos revestimentos das paredes.

Sala estilo provençal com móveis brancos e detalhes em rosa. (Imagem: Nada Frágil)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Sala de jantar estilo provençal em tons suaves. (Imagem: Westwing)

Cozinha estilo provençal com móveis pintados de azul. (Imagem VivaDecora)

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Banheiro no estilo provençal com destaque para o mobiliário.(Imagem: VivaDecora)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

12. Estilo oriental


Inspirado pela cultura oriental de compor os ambientes, é um estilo de cores neutras, exaltadas
pelo vermelho, preto e dourado. O mobiliário é baixo, fica no nível do chão, transferindo o
conforto para futons e almofadas. O material utilizado é o natural, como bambu, junco, cedro,
vime, papel arroz, cedro e a seda. Visualmente forte na verdade busca a simplicidade nos
espaços.

Sala estilo oriental com destaque para parede vermelha e móveis baixos. (Imagem: Tua Casa)

Estilo oriental aplicado ao banheiro com materiais naturais. (Imagem: Decorando casas)

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Dormitório estilo oriental com o contraste das cores neutras e a cor quente. (Imagem: Strelka Institute)

Ambiente de alimentação com móveis baixos e almofadas. (Imagem: Decoração e arte)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

13. Estilo escandinavo


Originário do norte da Europa, é um estilo minimalista. Nele, a luminosidade é explorada por
meio de grandes janelas, e as cores são predominantemente claras, em especial brancas, para
valorizarem essa luminosidade. Mistura o tradicional e o moderno, com a madeira trazendo o
aconchego; a decoração é simples e sóbria.

Sala estilo escandinavo com ambiente claro e tapete listrado. (Imagem: Viva Decora)

Nesta sala escandinava o sofá garante o conforto, e a cadeira quebra nos tons claros. (Imagem: int2architecture )

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Cozinha estilo escandinavo com destaque para mesa de madeira. (Imagem: VivaDecora)

Dormitório estilo escandinavo com teto com vigas aparente. (Imagem: Bloomintdesign).

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

APÊNDICE – TENDÊNCIAS: EXPO REVESTIR 2019

Todo ano a Expo Revestir apresenta as grandes tendências de revestimento para o ano corrente.
Grandes marcas dominam o espaço apresentando o que há de novo para a decoração em seus
estandes.

Nos porcelanatos, os revestimentos temáticos aparecem apresentando temas pintados à mão e


texturas que remetem a madeira, mármore, cimento e linhas rústicas com a qualidade da
impressão em HD (High Definition) além das peças de grandes tamanhos e o porcelanato 3D. A
alta tecnologia faz-se presente na elaboração dos revestimentos, trazendo, aos materiais, uma
qualidade fora do comum dentro de uma tendência que traz conforto e sobriedade aos
ambientes. Trata-se de revestimentos com proposta de misturar tendências nas quais as
combinações deixam o ambiente leve e aconchegante. Dentro da tecnologia de impressão Full
HD, a variedade de cores, desenhos e formatos faz com que eles conversem entre si e possam
ser usados em pisos, paredes e bancadas.

As formas geométricas das cerâmicas, já lançadas no ano anterior, estão presentes com cores
que reforçam cada vez mais a tendência fortemente retrô. A sustentabilidade não podia ficar
de fora; com a utilização de materiais recicláveis trazendo personalidade à decoração, com
pouco impacto ambiental.

O destaque das tendências técnicas fica por conta das placas de porcelanato com espessura
milimétricas, entre 6 e 12 mm, tão resistentes quanto as placas convencionais. As grandes peças
de porcelanato também estão presentes graças a um trabalho de acabamento de alta resistência
e um polimento digital com camada protetora.

Padrões e cores que remetem à natureza aparecem como forte tendência para pisos e
revestimentos, com tons variando entre azuis, verdes, roxo e terrosos assim como os tons rosas,
já presentes em 2018. Porcelanatos imitando madeira, pedra, concreto e metalizados estão
sempre presentes em todas as coleções e se reforçam em 2019.

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

1.Tendências de revestimentos

Revestimentos cimentícios. Seguindo a tendência do ano passado de valorizar a madeira, o


cimento aparece aqui como um grande destaque aliando-se à versatilidade dos porcelanatos e
madeiras.

Ambiente com revestimento cimentício. (Imagem: Linha Cement Stona da Portinari)

Cores aquareladas. Como o nome sugere, as cores em tom de aquarelas aparecem nos
revestimentos e decoração, incorporadas pelas marcas em seus porcelanatos e cerâmicas, em
diversos formatos, com destaque para a tendência hexagonal.

Tom aquarelado em Cerâmica hexagonal. (Imagem: Linha Boudoir da Roca)


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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Estampa granilite. Herdada das casas antigas e das escadarias de prédios, a estampa granilite
está de volta com seu aspecto de mosaico, misturando pequenos pedaços de mármore, granito,
vidro, quartzo e outras pedras. Ele aparece nas estampas de porcelanatos e de ladrilhos.

Piso em estampa granilite. (Imagem: Ceusa)

Mosaicos. Entra ano, sai ano, os mosaicos estão presentes nas coleções. Para 2019, ele aparece
com cores vivas e ousadia nas formas e nas misturas entre si. As marcas não pensaram duas
vezes em imprimir sua assinatura nos porcelanatos e cerâmicas.

Paredes com mosaicos. (Imagens: Linha Athos Bulcão da Portobello)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Revestimento com mosaicos. (Imagem Linha Bauhaus da Roca)

Tijolinhos cinza. Seguindo a linha da tendência dos cimentícios, os tijolinhos cinzas aparecem
com acabamentos rústicos, indo do cinza claro ao cinza escuro.

Linha de tijolinhos cinza. (Imagem: Brick Studio)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Réguas de porcelanato. Azulejos e cerâmicas no formato de régua aparecem com uma


tendência forte em contraponto com as peças gigantes de porcelanato da Portobello. Na
paginação, vamos ver as réguas da amarração tradicional ou em escama de peixe.

Parede com régua de porcelanato cimentícia. (Imagem: Castelatto)

Porcelanato simulando madeiras em filetes. Se as réguas são uma tendência, aqui elas
aparecem menores ainda, em formato de filetes de porcelanato simulando madeiras. Esses
filetes são usados tanto da diagonal como na vertical dando um interessante efeito visual.

Parede com filete de porcelanato imitando madeira. (Imagem: Portinari)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Móveis de porcelanato. Esse tipo de acabamento sai dos pisos e paredes e vai para o mobiliário.
Ruy Ohtake (na foto) criou uma interessante estante de porcelanato. Já a designer Jader Almeida
levou para o banheiro, em forma de bancada.

Moveis de porcelanato. (Imagem: Portobello)

Mistura de cores na mesma paginação. Aqui peças de diversas cores, formatos e textura se
encontram e se misturam. Isso fez com que os profissionais se arrojassem na criatividade de
escolher revestimentos.

Mistura de cores na paginação. (Imagem: Studio kt)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Porcelanato marmorizado. A textura marmorizada, já presente em outras tendências, reafirma


aqui o seu compromisso com a beleza e a elegância dos ambientes.

Porcelanato Marmorizado preto no piso. (Imagem: Portobello)

Porcelanato 3D. Com forte presença nas tendências de 2019, o porcelanato 3D traz, ao
ambiente, um interessante movimento da forma e da iluminação. Aliado à luminotécnica, pode
trazer um efeito grandioso ao ambiente.

Releitura do tradicional ladrilho hidráulico em 3D. (Imagem: Eliane)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Impressão em Full HD. Dentro das tendências aqui listadas, a impressão Full HD aparece como
destaque nas novidades para 2019, trazendo, aos porcelanatos e às cerâmicas, um
impressionante realismo nas texturas. É possível criar superfícies com relevo, acabamento
acetinado ou veios e cores da madeira, por exemplo.

Perfeição da madeira na impressão Full HD. (Imagem: Porto Ferreira)

Amadeirados. A impressão full HD fez brotar uma tendência dos amadeirados nos ambientes. É
um tipo de acabamento que orna muito bem com as outras tendências aqui apresentadas,
principalmente os cimentícios.

Piso em Porcelanato Amadeirado. (Imagem: Portobello)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Marmorite. Misturando fragmentos de mármore, granito, vidro e quartzo, o marmorite é usado


em paredes e pisos. Com um ligante cimentício, polimérico, depois de seco, é polido para
apresentar uma superfície uniforme.

Parede em marmorite. (Imagem: Construtora laguna)

Pisos vinílicos. Assim com os laminados, os pisos vinílicos aparecem com inúmeras opções de
estampas, remetendo cada vez mais ao realismo de suas texturas.

Piso vinílico Atlanta remetendo ao cimento queimado. (Imagem: VivaDecora)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Laminado Chamonix tábuas largas em espinha de peixe. (Imagem: VivaDecora)

Porcelanatos digitais. A grande aposta, nessas tendências, são os acabamentos acetinados com
inspiração nos ladrilhos hidráulicos.

Desenhos inspirados na Op Art que variam conforme o angulo. (Imagem: Biancogres/VivaDecora)

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Piso acetinado com estampa que remete ao passado. (Imagem: Biancogres/VivaDecora)

2.Tendências técnicas

Sustentabilidade. Foi uma preocupação presente em toda a feira e a indústria de pisos e


revestimentos se engajou cada vez mais no compromisso da preservação da natureza, utilizando
materiais dentro dessa filosofia.

Peças sustentáveis. (Imagem: Expo Revestir)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

Espessuras milimétricas. Placas de porcelanato com espessuras entre 6 e 12 mm é um dos


destaques das tendências técnicas para os acabamentos. A tecnologia permite placas tão
resistentes como as placas grossas.

Espessuras pequenas. (Imagem: Expo Revestir)

Grandes formatos. Com o avanço da tecnologia em termos de resolução das estampas e da


espessura, a tendência de grandes formatos para as placas de porcelanato visa a valorizar a
riqueza de texturas e detalhes.

Placas em grandes formatos. (Imagem: Portobello)

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Especificação de materiais para projetos de interiores residenciais

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A importância do acabamento, que se dá na parte final da execução de uma construção, é, além


de sua função estética, promover o conforto ao ambiente, protegendo-o de acordo com seu
uso.

Nesse sentido, procuramos apresentar, a todos os estudantes e profissionais de arquitetura,


engenharia e design, os principais materiais de acabamentos de interiores na edificação, assim
como suas aplicações e estilos de decoração.

Com certeza este e-book um excelente material complementar para todos que fizerem nosso
curso de Interiores no Revit, pois poderão valer-se dele como objeto de consulta para, com
muita criatividade, compor seus ambientes e de seus clientes de forma bela e funcional.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1.Conteúdo – O conteúdo deste ebook foi baseado na consulta nos seguintes sites e blogs:

30smagazine: https://30smagazine.com/
AEC Web: https://www.aecweb.com.br
Allpex: https://www.madeiraplastica.allpex.com.br
Alto Astral: https://www.altoastral.com.br
ArchDaily: https://www.archdaily.com.br
Archtrends Portobello: https://archtrends.com/
Arqblog: https://www.arqblog.com.br
Assim eu gosto: http://assimeugosto.com
Bloomintdesign: http://www.bloomintdesign.com/
Casa e Construção: https://casaeconstrucao.org/papel-de-parede/
Casa e Móveis: http://casaeimoveis.uol.com.br
Casa para Viver: https://www.casaparaviver.com.br
Casa Très Chic: http://casatreschic.blogspot.com
Casa Vogue: https://casavogue.globo.com
Casa.Com.BR: https://casa.abril.com.br
Casinha Arrumada: https://www.casinhaarrumada.com
Casinha Colorida: http://casinhacolorida-simone.blogspot.com
Clique Arquitetura: http://www.cliquearquitetura.com.br
Comércio de Jaú: http://www.comerciodojahu.com.br
Comprando meu Ap: https://comprandomeuape.com.br
Conceito de estilo: https://www.conceitodeestilo.com.br
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Desvendando Os Mistérios dos Materiais:


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Dicas de Arquitetura: https://dicasdearquitetura.com.br
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