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Artigo apresentado no Centro Universitário Paraíso como parte obrigatória para obtenção do título de bacharel
em Engenharia Civil.
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Aluno formando do curso de Graduação em Engenharia Civil do Centro Universitário Paraíso do Ceará. E-mail:
marconiomarques@aluno.fapce.edu.br.
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Professor orientador, possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora
(2001). Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho e especialista no sistema de construção a seco,
Drywall e Light Steel Frame. E-mail: wenderson.lobo@fapce.edu.br.
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1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivos gerais
Analisar a quantidade de insumos e valor global que este método construtivo gera e
comparar com o método construtivo convencional no brasil, para, a partir deste cotejo, definir
se tal metodologia, de fato, gera menores insumos e custos construtivos.
4. REFERENCIAL TEÓRICO
Para primeira análise comparativa, a obra abordada pelo autor será uma reforma, que
visa trocar todas as vedações internas de alvenaria convencional para gesso acartonado
(DRYWALL), mantendo as alvenarias externas no sistema convencional (ROSA, 2022).
A obra em questão é uma residência unifamiliar térrea, com 7,00 metros de frente e
11,85 metros de comprimento, possuindo um total de 9 paredes internas que somadas resultam
em 21,6 metros lineares de comprimento, e pé direito de 2,80 metros.
O levantamento de quantitativos é feito através das seguintes tabelas:
• Alvenaria convencional
Uma das maiores vantagens para este tipo de aplicação do sistema construtivo, é que
devido as placas de gesso acartonado, as etapas de acabamentos presentes na alvenaria
convencional, chapisco, emboço e reboco, não são mais necessárias, reduzindo em torno de
20% o peso total da parede, e reduzindo o tempo de execução da reforma, impactando
diretamente no quantitativo de material e orçamento referente a essas etapas (SANTOS, 2017).
• Orçamentos
Paredes com vãos Tamanho efetivo Custo unitário Custo total (R$)
(m²) (R$/m²)
P1 7,56 R$ 119,71 R$ 905,01
P5 3,64 R$ 119,71 R$ 435,74
P6 3,64 R$ 119,71 R$ 435,74
P7 7,28 R$ 119,71 R$ 871,49
Paredes sem vãos
P2 7,56 R$ 105,07 R$ 794,33
P3 7,56 R$ 105,07 R$ 794,33
P4 7,56 R$ 105,07 R$ 794,33
P8 9,52 R$ 105,07 R$ 1000,27
P9 6,16 R$ 105,07 R$ 647,23
Total 60,48 R$ 6678,43
Observa-se que neste sistema executivo, o maior gasto, representando 59%, é referente
à mão de obra e administração (FILHO, 2020).
De acordo com o gráfico acima, a falta ou o alto custo da matéria prima é responsável
em 47,7% pelos constantes aumentos na indústria da construção civil. Para isto participaram no
levantamento mais de 400 empresas (CBIC, 2022).
No primeiro semestre de 2020 um aumento de 10,5% no valor das chapas de aço foi
implementado pela CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), que começaria a valer no dia 1 de
julho, a fim de ratificar os prejuízos acarretados pelos aumentos de custo da mineração do ferro
e seus derivados, bem como o aumento do dólar (VALVERDE, 2020).
Devido a isto o custo do aço galvanizado sofreu um grande aumento no ano de 2020, o
que contribuiu para tornar o item estrutura como o item mais caro representado no gráfico 2.
Para esta construção, no sistema LSF, optou-se por utilizar radier como tipo de
fundação, pois, para o tipo de execução é a fundação mais utilizada e para o fechamento foi
utilizado o gesso acartonado (DRYWALL) (FILHO, 2020).
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Nota-se, observando a tabela 10 que os itens de centro de custos que tiveram mudanças
significativas foram: Infraestrutura; estrutura; fechamento e cobertura; mão de obra e
administração. Destacando o item estrutura que para o LSF sofreu um grande aumento, sendo
favorável para o LSF apenas o item “mão de obra e administração” (FILHO, 2020).
Neste estudo os autores optaram por realizar o orçamento através dos valores de custo
unitário básico (CUB), encontrado no SINDUSCON-PE (Sindicado da Industria da Construção
Civil do Estado de Pernambuco), pois, o estudo foi realizado no estado de Pernambuco.
O valor do CUB utilizado será o R–1 padrão baixo, para o sistema de alvenaria
convencional, e para o LSF, de acordo com a arquiteta Karina Sant’Ana, será utilizado um valor
de CUB de R$ 1.900,00, já inclusos materiais mão de obra e encargos sociais
(LIMA;SANTOS,2021).
Como será apresentado nos gráficos 4 e 5, os valores globais de custos favorecem o
sistema construtivo de alvenaria convencional, o LSF é mais oneroso pois possui uma
superestrutura mais cara e que necessita de uma mão de obra especializada
(LIMA;SANTOS,2021).
No entanto analisando cronograma de obra, a execução em LSF é bem menos custosa,
podendo ser até 60% mais rápida que a alvenaria convencional (LIMA;SANTOS,2021).
O objeto de estudo é um projeto disponibilizado pela PUC Goiás, com área construída
de 36,84 m², com uma sala, dois quartos, uma cozinha e um banheiro (MÜLLER, 2022).
A razão de escolha desse projeto foi de verificar a viabilidade de executar casas com
valores acessíveis para pessoas de baixa renda. Além disto, a comparação terá foco até o ponto
de estrutura pronta, uma vez que, nas outras etapas construtivas, não ocorrem divergências
significativas (MÜLLER, 2022).
Neste estudo também foi utilizado o valor do CUB para alvenaria convencional, através
do SINDUSCON-RS, uma vez, que o estudo realizado foi em porto alegre, além de também
consultar as tabelas da SINAPI 2022.
A tabela presente no site do SINDUSCON-RS trás os valores do Custo Unitário Básico
(CUB), utilizados pelo autor.
Foi utilizado o valor de R$ 2.178,35/m², referente a uma residência popular, que possui
36,84m², logo, obteve-se um valor total de R$ 80.250,51 (MÜLLER, 2022).
A próxima tabela é um orçamento do sistema construtivo de alvenaria convencional,
com valores retirados da SINAPI-RS sem desoneração, de setembro de 2022, onde, foi utilizado
um BDI de 30% (MÜLLER, 2022).
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Descrição
Item Cod. SINAPI Unidade Total
serviços
Laje pré-
1 101964 moldada M² R$ 834,17
unidirecional
2 93192 Verga moldada M R$ 2490,19
Alvenaria em
bloco de
3 103317 M² R$ 9289,89
concreto
9x19x39
4 93192 Verga moldada M R$ 890,76
Telha cerâmica
5 94445 Capa-canal tipo M² R$ 5615,55
plan
6 87873 Chapisco M² R$ 2040,28
Pintura com
7 88489 tinta látex (duas M² R$ 4468,90
demãos)
8 Resumo R$ 25629,74
No entanto, o tempo para construir em LSF, informado pela empresa, seria de 15 dias
corridos, o que totalizam 10 dias úteis, para o autor, no sistema construtivo convencional, teriam
um total de 28 dias uteis, desta forma, nota-se que, em LSF duas casas seriam construídas no
mesmo prazo utilizado pela alvenaria convencional (MÜLLER, 2022).
Como objeto de estudo têm-se uma residência unifamiliar de alto padrão, executada em
alvenaria estrutural em Ribeirão Preto-SP, esta, por sua vez, possui todos os projetos
complementares bem como os projetos arquitetônicos e os orçamentos referentes a este sistema
construtivo (PEREIRA, 2023).
A fim de obter melhores resultados nos orçamentos analisados, o projeto arquitetônico
foi lançado no software SAP2000 para cálculo dos esforços e detalhamento estrutural, onde
foram avaliados os perfis que iriam compor a superestrutura no sistema construtivo
LSF(PEREIRA, 2023).
Como a obra está situada em ribeirão preto, os valores dos materiais de construção
industrializados foram cotados nos arredores da região, uma vez que, nas tabelas fornecidas
pela SINAPI não constam esses materiais em sua totalidade, aqui foi feita uma comparação
sistemática entre as seguintes etapas construtivas: Fundações, superestruturas e fechamentos
(PEREIRA, 2023).
Os dados acima não consideram valores de mão de obra, desta forma a próxima tabela
e o próximo gráfico irão apontar estes dados.
M.D.O
Etapa
Convencional LSF
Fundação R$ 9434,39 R$ 7182,46
Superestrutura R$ 36263,53 R$ 60627,00
Fechamento R$ 95449,33 R$ 141463,00
Total R$ 141147,25 R$ 209272,46
Material + M.D.O
Etapa
Convencional LSF
Fundação R$ 99220,07 R$ 55115,45
Superestrutura R$ 192342,79 R$ 172513,20
Fechamento R$ 180861,73 R$ 309051,17
Total R$ 472424,59 R$ 536679,82
Muita divergência foi encontrada nos valores de mão de obra para o sistema LSF, então
a média de R$ 473,33/m² foi utilizada. Os custos globais foram 13,60% maiores para o LSF,
nas etapas de fundação e superestrutura a alvenaria convencional foi mais onerosa, enquanto
no fechamento, o LSF que foi mais custoso (PEREIRA, 2023).
Desvantagens
Mão de obra qualificada
Empresa especializada
Qualquer modificação necessita de projeto para alterações na estrutura
Número limitado de pavimentos
Qualidade dos materiais internos interferem na durabilidade
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Uma ótima alternativa seria a construção com sistemas mistos de execução, que se
provou ser uma boa opção para reduzir, tempo, custos e poluição do meio ambiente em geral.
Com isso os sistemas construtivos a seco (DRYWALL e LSF) seriam mais amplamente
utilizados, o que faria com que os preços cairiam ao decorrer dos anos.
6. CONCLUSÃO
7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIMA, José Luan Rodrigues de; SANTOS, Thiago Sette. ANÁLISE COMPARATIVA DO
SISTEMAS CONSTRUTIVOS HABITACIONAIS: LIGHT STEEL FRAME X
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ano 3, v. 3, ed. 4, p. 442-449, 23 dez. 2021.
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engenharia civil) - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí,
2021.
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UMA RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE
ALVENARIA EM BLOCO CERÂMICO E PAREDES DE GESSO ACARTONADO1.
2022. 48 p. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em engenharia civil) - Faculdade
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FILHO, Miguel Baltazar. ANÁLISE COMPARATIVA DE CUSTOS DE UMA
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