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Introdução:
As sintomatologias mais comuns, que levam o tutor a trazer o animal até a clínica são
tosse, intolerância ao exercício, síncope, cianose de mucosas e dispneia, enquanto na
avaliação física do paciente podem ser notadas presença de sopros cardíacos e/ ou
estertores ou sibilos pulmonares (Bach et al., 2006)
Como exames para detecção da doença podem ser solicitados exames laboratoriais,
gasometria e/ou oximetria radiografia torácica, eletrocardiograma, ecocardiograma e até
mesmo o cateterismo cardíaco (Fleming & Ettinger, 2006; Kellihan & Stepien, 2012)
Relato de caso:
Após o resultado dos exames em mãos foi entrado com medicação otológica de limpeza
contendo extrato de Aloe Vera, Extrato de Tília, Saponinas vegetais, Óleo essencial de
Lavanda, Glicerina, Água, Propilenoglicol, Metilparabeno, Decilpoliglicose e EDTA,
durante 15 dias sendo realizada a limpeza uma vez na semana e solução de tratamento
contendo Ciprofloxacina (Cloridrato) 0,30 g, Cetoconazol 1,00 g, Acetonido de
Fluocinolona 0,02 g e Cloridrato de Lidocaína 2,00 g a cada 100 gramas de produto a
cada 12 horas, durante 10 dias. Além disso ainda foram ministrados Amoxicilina com
Clavulanato de potássio (20mg/kg a cada 12 horas, durante 10 dias) e prednisolona
(0,5mg/kg a cada 12 horas durante 5 dias), e acetilcisteina (10mg/kKg a cada 12 horas,
durante 10 dias). Ainda foi mantida a prescrição do colírio a base de Dextrano 70
(1mg/ml) e Hipromelose (3mg/ml) a cada 8 horas, por uso contínuo e tobramicina
(3mg/mL) em ambos os olhos a cada 12 horas, durante 10 dias.
O paciente retornou no dia 26 de agosto de 2022, onde o tutor informou que a tosse
havia sido amenizada, mas persistia. As alterações oculares uveite apresentadas pelo
animal, assim como a otite fungica e bacteriana do conduto auditivo esquerdo
apresentaram melhora de 70% de como estavam na primeira avaliação, na visão clínica.
Porém com a manutenção da tosse foram solicitados ecocardiograma e
eletrocardiograma, junto a 3 projeções radiográficas de toráx para nova avaliação
pulmonar, além de aferições regulares de pressão arterial sistólica (PAS). Já nNa
consulta foi realizada a primeira de avaliação obtendo uma média de 180mmHg de PAS
com o uso do manguito 4.
Ocorreu um espaçamento de 2 meses até uma nova visita do tutor, onde o mesmo
apresentou os resultados dos exames solicitados na ultimaúltima consulta. Foram
notados noa ecocardiogramadopplergrafia aspecto e e movimentação normais das
válvulas semilunares e atrioventriculares,. assim como ausência de regurgitação em
valvas tricúspide, aórtica e pulmonar. A valva mitral apresentou uma discreta
regurgitação. , jJá na avaliação eletrocardiográfica o animal apresentou arritmia sinusal
e marcapasso migratório.
A nova aferição de PAS apresentouando uma média de 110 mmHg com o uso do
manguito 4. Devido aà ausência de alterações na pressão arterial e com a presença de
Doença Valvar Mitral Crônica em estágio inicial (B1), devido a insuficiência da valva
mitral discreta segundo os guidelines para o diagnostico e tratamento de Doença
Mixomatosa da Valva Mitral em cães realizado pela segundo as diretrizes da American
College Veterinary Internal Medicine (2019), foi iniciada a administração de Codeína
(0,1mg/Kg a cada 6 horas, durante 7 dias).
No dia 16 de Outubro de 2022 o tutor retornou até a clínica após consultas em outros
locais pois o animal não estava respondendo ao uso de Codeína há 0,1mg/Kg, uso
contínuo e o animal permanecia tendo seus episódios de tosse crônica e foi preescrito
tratamento com nebulização com 10mL de solução fisiológica e dipropionato de
beclometasona 400mcg/mL a cada 12 horas, amoxicilina com clavulanato de potássio
22,5mg/Kg a cada 12 horas, durante 10 dias e prednisolona 0,5mg/Kg a cada 12 horas,
durante 7 dias.
Discussão:
A hipertensão pulmonar é uma doença que pode acometer tanto cães quanto gatos.
(HENIKenik, 2009). Ela pode ser mais comumentee mais diagnosticada em cães,
estando principalmente associada a Doença de Mixomatosa de Valva Mitral (DMVM),
quando há uma causa primáriaassociada, com tudo nos casos mais graves de HP nota-se
que ela muitas vezes tem uma causa respiratória associada, como foi presenciado no
caso relatado . (Ppyle et al., 2004; Aatkinson et al., 2009)
O uso de Sildenafil em cães com HP é o mais comumente empregado, pois ele possui
efeito fofosdiesterase tipo 5 que resulta em aumento das concentrações de guanosina
monofosfato cíclica (GMPc) e desta forma, promove uma vasodilatação mediada pelo
oxido nítrico (BachACH et al., 2006). A dose terapêutica utilizada por alguns autores
varia de 0,5mg/kg à 3mg/Kg, de duas ou até mesmo três vezes ao dia (Bbach et al.,
2006; Kkellum & S; stepien, 2007; Ttoyoshima et al., 2007; Bbrown et al., 2010;
Nnakamura et al., 2011). Neste caso, foi escolhido a dose de 2 mg/kg, havendo uma
melhora clínica satisfatória segundo o tutor.
Atinkson, 2009 também demonstrou que o uso há curto prazo de pimonbendan auxiliou
a redução da gravidade da doença, melhorou a qualidade de vida dos pacientes e reduziu
os níveis de peptídeos natriuréticos cerebrais (BNP) de BNP. No entanto, em longo prazo
só foi observada redução da velocidade do fluxo regurgitante da valva tricúspide. (Bach
et al., 2006; Kellum & Stepien, 2007; Toyoshima et al., 2007)
Conclusão:
Referencias: