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Física 1 INTRODUÇÃO

1 Introdução 5. Resultados: ao reunirmos os dados expe-


rimentais e toda informação obtida no pro-
1.1 O que é física? cesso, é feita uma análise para se justificar
a hipótese e explicar o fenômeno. Caso seja
"É o estudo sistemático das propriedades bási- necessário, a hipótese é reformulada nesse
cas do Universo" passo e se repete o experimento.

A física é uma ciência que buscar entender o 6. Conclusão: é a etapa que nos permite pen-
porquê e como os fenômenos ocorrem, além de sar na importância do resultado e na força
prever resultados sabendo como um dado sistema da hipótese que foi formulada, podendo vir
evolui. a ser uma teoria (explica o fenômeno e per-
Um físico tem como objetivo achar padrões e mite prever resultados com base em um mo-
princípios que relacionam diferentes fenômenos delo), lei (relaciona as grandezas envolvidas
observados. Tais padrões são denominados teo- no fenômeno ou experimento de forma ma-
rias, leis ou princípios físicos. Acrescentamos a temática), princípio (generalização dos pa-
isso os processos utilizados para se chegar a tais drões que foram verificados experimental-
conclusões e os limites de validades de cada teo- mente) ou falha (aquilo não é capaz de ex-
ria. plicar o fenômeno).
Com isso, chegamos a uma conclusão plausí-
vel que descreve o que é a física: é a ciência que 1.3 Grandezas Físicas
estuda e tenta explicar a natureza e seus fenôme-
nos, as causas e consequências de cada um e É toda informação que pode ser medida e com-
descreve como ocorrem. parada com um padrão. As grandezas podem ser
classificadas de acordo com sua natureza.

1.2 Método Científico • Diretas ou fundamentais: são as grandezas


obtidas diretamente de uma medida.
O método científico consiste no agrupamento
de regras ordenadas que devem ser seguidas para ex.: estão todas descritas na Tabela 1
se realizar uma investigação científica acerca de
• Indiretas ou derivadas: são grandezas obti-
um fenômeno. As regras compõe um padrão de
das através de manipulação algébrica de ou-
etapas que permite a obtenção de uma conclusão
tras medidas.
plausível, seja ela teoria, lei, princípio ou falha.
ex.: velocidade, aceleração, força, energia,
1. Observação: é a investigação direta do etc.
fenômeno onde buscamos informações que
podem descrevê-lo de forma qualitativa ou • Escalar: são as grandezas caracterizadas
quantitativa. por um número (intensidade, quantidade),
seja positivo ou negativo, acompanhado de
2. Perguntas: é a etapa que buscamos formu- uma unidade de medida.
lar os questionamentos relevantes ao fenô- ex.: temperatura, massa, tempo, etc.
meno: "por que", "como", "o que interfere",
são as mais comuns. • Vetorial: é toda grandeza descrita por um
número (módulo, magnitude, intensidade),
3. Hipóteses: é a ideia que tenta explicar as ob- acompanhado de uma unidade de medida,
servações, pode ser gerada uma ou mais hi- uma direção e um sentido.
póteses para uma única observação.
ex.: velocidade, aceleração, força, etc.
4. Experimentos: guiados pela hipótese, o ex-
perimento é a ferramenta que utilizamos para
tentar reproduzir o fenômeno e verificar a au-
tenticidade da hipótese.

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1.4 Unidades de Medida Física 1 INTRODUÇÃO

1.4 Unidades de Medida


É o que nos permite entender com qual grandeza estamos trabalhando. Existem um sistema in-
ternacional para unidades de medidas no qual descrevemos todas as grandezas fundamentais, as
grandezas derivadas tem suas respectivas unidades como combinações das unidades das grandezas
fundamentais.

Grandeza Unidade Básica Símbolo


Comprimento Metro m
Massa Quilograma kg
Tempo Segundo s
Corrente Elétrica Ampère A
Temperatura Kelvin K
Quantidade de uma substância Mol mol
Intensidade Luminosa Candela cd

Tabela 1: Sistema Internacional de Unidades

1.5 Algarismos Significativos 1.6 Regras de Arredondamento


Podemos arredondar alguns valores para ob-
ter apenas os algarismos significativos, seguindo
Toda medida possui o que chamamos de in- algumas regras:
certeza, e o resultado só deve ser indicado até o
último algarismo significativo. Por exemplo, o re- • Quando o primeiro algarismo que vamos
sultado da medida de comprimento de uma barra, abandonar for menor que 5, mantemos inal-
usando uma régua comum, for indicado como terado o último algarismo que permanece.
sendo 3, 85cm, significa que existe nessa medida
Ex.: 23,22 → 23,2
uma imprecisão de ±0, 5mm, na prática, o resul-
tado real é algo entre 3, 80m e 3, 90m. A imprecisão • Quando o primeiro algarismo que vamos
é dada pela metade da menor medida, ou seja, no abandonar for maior que 5, aumentamos em
caso da régua comum a menor medida é 1, 00mm, uma unidade o último algarismo que perma-
por isso o erro indicado. nece.
O número 0,0001 possui apenas um alga- Ex.: 42,38 → 42,4
rismo significativo, ao passo que 0,100 possui três.
• Quando o primeiro algarismo que vamos
Usando notação científica é mais conveniente es-
abandonar for igual a 5 temos duas possibi-
crevermos esses números como 1×10−4 e 1, 000×
lidades:
10−1 , com isso, o número de algarismos do co-
eficiente da potência de base 10 será o número I - Algum dos algarismo após o 5 é diferente
de algarismos significativos e o expoente indica a de zero, nesse caso aumentamos uma uni-
ordem de grandeza da medida que estamos tra- dade do último algarismo que permanece.
balhando. Vale ressaltar que se o coeficiente for Ex.: 65,25000003 → 65,3
maior ou igual a 5,5 aumentamos uma unidade no
II - O 5 é o último algarismo ou é seguido ape-
expoente (caso seja usado o princípio da média
nas de zeros, nesse caso, se o primeiro alga-
aritmética), ou se for maior ou igual a 3,16 (pelo
rismo que permanece for par ele se mantém
princípio da média geométrica) quando formos nos
inalterado, se for ímpar aumentamos uma
referir a ordem de grandeza da medida . Por exem-
unidade.
plo, 7, 6 · 1011 km é da ordem de 1012 km. Também
é possível fazer usos dos múltiplos e submúltiplos Ex.: 17,15 → 17,2
das unidades (m e cm, por exemplo). 125,45000 → 125,4

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