Você está na página 1de 5

Método científico

O objetivo da atividade científica é tornar a relação humana com o mundo mais fácil, permitindo o
conhecimento das causas dos fenômenos que podem ser previstos de forma confiável, e possibilitando a
construção de mecanismos para agir sobre esses fenômenos em nosso favor. Ou seja, a ciência faz
detecção de padrões, entendendo os mecanismos que os causam. A partir dessa detecção é possível fazer
previsões, e evitar que esses padrões se repitam (se esses padrões são prejudiciais).
A atividade/pesquisa científica é mediada por um método científico, que é constituído por etapas que
devem ser seguidas para testar hipóteses e buscar respostas relacionadas a um problema científico. É
importante ressaltar que o método científico não é a única forma de adquirir conhecimento, mas é o mais
eficaz.
O uso do método científico oferece a vantagem de um conhecimento prático, aplicável, e que deve ter
seu grau e intervalo de confiança verificado por meio de ferramentas estatísticas adequadas.
O grau de confiança representa a quantidade de vezes que o resultado da pesquisa estará dentro do
intervalo de confiança se a pesquisa for repetida cem vezes (o grau é em porcentagem).
Ex.: O grau de confiança é de 95% e o intervalo é de 54-60. Isso significa que se o experimento é repetido
100 vezes, 95 vezes o valor estará dentro do intervalo de confiança, ou seja, 95 vezes o valor estará entre
54 e 60.
Dessa forma, podemos notar as evidências da eficácia do método científico. Numa observação não
mediada pelo método científico, não haveriam ferramentas capazes de verificar com maior precisão a
confiabilidade da pesquisa.
Conhecimento científico é extraído do método científico e é caracterizado pela racionalidade, uso da
metodologia sistemática, exatidão, e possibilidade de verificação em relação à realidade. A partir do
conhecimento científico é possível ainda identificar leis gerais que regem um determinado fenômeno, e
ainda formular um compilado de leis/hipóteses aceitas que formam uma teoria.
O conhecimento científico é baseado no chamado raciocínio cartesiano, que tem algumas
singularidades, como: duvidar de tudo, procurar verdades universais inquestionáveis (axiomas) e a
partir desses axiomas desenvolver outras verdades.
Teoria Hipótese/Lei
Há basicamente três tipos de pesquisas:
 Pesquisa exploratória – nesse tipo de pesquisa busca-se familiarizar-se com um fenômeno ou tema.
Ex.: descoberta da américa foi uma exploração, primeiros anatomistas tendo o primeiro contato com
um corpo.
 Pesquisa descritiva – procede a pesquisa exploratória. Nessa pesquisa, deve-se descrever o fato ou
fenômeno explorado.
 Pesquisa explicativa – há a criação de uma hipótese sobre o que estaria regendo tal fenômeno ou
fato. Após, faz-se o teste de hipótese.

Para realizar pesquisas científicas podemos utilizar como fontes de informação os campos (neles ocorrem
os fenômenos e fatos), laboratórios (podemos induzir o acontecimento de fenômenos e fatos, fazer leituras
artificiais desses fenômenos e fatos e podemos ainda controlar as condições que envolvem esses fatos e
fenômenos) e bibliografias (pode-se realizar a metanálise – analisar pesquisas e dados já publicadas sobre
fatos).

A hipótese pode ser entendida como uma formulação passível de admissão que deve ser testada. Elas
podem ser admitidas, satisfazendo condições momentâneas, mas posteriormente pode ser substituída.
Mesmo que uma hipótese não seja aceita, ela tem importância para impulsionar pesquisas futuras.

As etapas que constituem um método científico são:

 Pergunta
 Pesquisa inicial – essa pergunta realmente é relevante?
 Elaborar a hipótese relacionada à essa pergunta
 Teste de hipótese com um experimento – deve ser feito adequadamente de modo que ao repetir esse
experimento somente um fator seja alterado. Tem-se então um experimento elegante.
 Analisar o resultado e determine a conclusão
 Divulgar os resultados científicos

Delineamento
experimental
Para realizar um experimento elegante deve-se utilizar o delineamento experimental. Ele não requer
cálculos difíceis para resultar em um experimento elegante, mas exige visão biológica, bom senso e um
planejamento cuidadoso. A estatística seria apenas uma ferramenta enquanto que a visão biológica é
essencial para o andamento e sucesso do experimento. O delineamento experimental é a estruturação do
experimento.
O planejamento do experimento é fundamental para que trabalhos extras não ocorram em função de
imprevistos. Ele deve ser um auxiliador para cada possível cenário que venha a acontecer no experimento.
Além disso, um bom planejamento experimental leva à economia de tempo e materiais (dinheiro), evita
repetições de experimento desnecessárias (por insuficiência de dados para testar a hipótese) e evita que
dados que não podem ser analisados adequadamente ou dados desnecessários sejam coletados.
Há ainda dois fatores essenciais no planejamento experimental: pontos independentes e amostras
representativas das populações investigadas.
Portanto, temos como fases de método científico:
Observação – Pergunta – Hipóteses – Previsões – Testes – Reflexão, aprofundar ou repetir
O resultado dos testes pode confirmar a hipótese e a hipótese nula ou pode não confirmar a hipótese e
rejeitar também a hipótese nula.
A operacionalização de uma hipótese é a passagem da ideia abstrata da hipótese para a estruturação
dessa hipótese de forma mensurável e concreta de modo que a partir da hipótese sejam procurados na
observação variáveis operacionais.
Ex.: Quanto maior a temperatura, menor é a planta x. A referência ao tamanho “menor” é uma constituinte
abstrata da hipótese. Quando operacionalizada, temos que substituir esses conceitos abstratos para variáveis
operacionais. Podemos então medir que o tamanho médio (normal) da planta (altura do caule + copa, por
exemplo) seja um valor Y para determinar se esse valor realmente tem tendencias a diminuir quando a planta
está exposta a temperaturas mais elevadas.
A hipótese envolve então conceitos teóricos sobre o experimento e a previsão conceitos concretos.
A partir da hipótese deve-se fazer a previsão já considerando como será o experimento.
Ex.: Se o celular não carrega, a minha hipótese é que o carregador está com problema e o meu experimento
será tentar usar outro carregador, a minha previsão é: se eu usar outro carregador o celular vai
carregar.
O delineamento experimental é efetuado da seguinte maneira:

Organização do Estruturação das


objetivo do condições do
experimento experimento ESTRUTURA DO
EXPERIMENTO
Estruturação das
Organização do unidades do
material/unidade experimento

Delineamento amostral
A partir do delineamento experimental fazemos a coleta de dados e o delineamento amostral com esses
dados. Com isso, Magnusson & Mourão definem que delinear uma amostragem é coletar os dados de forma
que você tenha uma boa chance de tomar uma boa decisão.
Há ainda a unidade amostral/experimental, que são unidades do experimento que possuem propriedades
de interesse para o experimento e nele representam uma unidade como uma população (cada unidade que
será usada no experimento).
Ex.: Quanto maior a temperatura, menor é a planta x. A referência ao tamanho “menor” é uma constituinte
abstrata da hipótese. Quando operacionalizada, temos que substituir esses conceitos abstratos para variáveis
operacionais. Podemos então medir que o tamanho médio (normal) da planta (altura do caule + copa, por
exemplo) seja um valor Y para determinar se esse valor realmente tem tendencias a diminuir quando a planta
está exposta a temperaturas mais elevadas.
Unidade amostral: plantas do experimento
Variável operacional/descritor do objeto: altura de cada planta (altura do tronco + altura da copa). Essa
variável deve ser quantitativa.
Universo amostral: todas as plantas do meu experimento
Ponto de amostragem: Lugar onde está cada unidade amostral

Unidade amostral
A unidade amostral é cada elemento do experimento em que será avaliado se o fator causa ou não a variável
resposta.
O fator representa a condição que causará ou não a variável resposta na unidade amostral Ele pode ter mais de
um nível.
Variável resposta é a reação que a unidade amostral pode sofrer em relação ao fator.
Variável de fundo – é possível medir, mas não controlar
Variável constante – não varia ao longo dos experimentos e não afetam o experimento
Variável incontrolável – não é possível medir, pode causar erro e não é possível controlar
Variável de interesse – variável de interesse para o experimento

Você também pode gostar