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FACULDADE DE CIÊNCIAS NATURAIS MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA

DEPARTAMENTO DE FÍSICA
CURSO DE LICENCIATURA EM FISICA

Física Experimental II

Introdução

O presente resumo, aborda os aspectos a ter em conta na disciplina de Física Experimental


II. Esta cadeira tem como foco principal demostrar alguns princípios e leis de modo geral. Diante
disso, permitirá ao estudante aprender e apreciar a realização de uma medida experimental
cuidadosa.

A aula prática ou experimental são essenciais no ensino de ciências naturais, portanto,


elas oferecem um campo de construção de conhecimento, visa a reflexão acerca das dificuldades
e cuidados que se deve ter na obtenção de dados científicos válidos. Possibilitam ampliar os saberes
na interpretação dos fenómenos físicos a partir das observações durante a realização de
experiência. O estudante pode vivenciar as técnicas experimentais, os procedimentos e assim fazer
uma análise crítica dos dados obtidos e das grandezas físicas que foram medidas, levando a um
melhor entendimento sobre a Física e sobre a confiabilidade dos dados experimentais

O conjunto dos experimentos que ofereceremos de forma direita poderão proporcionar o


acompanhamento, aproximadamente do conteúdo da aula teórica. A física Experimental II,
apresenta um caracter independente, a ordem da execução das experiências, muitas vezes não
seguem a sequencia da exposição teórica adoptada na sala de aula. No entanto, poderão ocorrer
ocasiões em que você tenha que fazer algumas experiências sem ainda ter visto a teoria, e outras
em que já teve a aula teórica, nas duas situações haverá proveito, na perspectiva de que a teoria e
laboratório se completam.

Na perspectiva de enino e aprendizagem, em muitas vezes, por ter-se menos


entendimento de um assunto, leva-se a cabo alguns aspectos como de perguntar mais, investigar
mais, buscar mais respostas, na razão de que estes desenvolvem autonomia. No processo
experimental, ver e medir e não observar direito quem mede mal, os algarismos significativos de
uma medida, as técnicas para tratá-los, juntamente com as técnicas de construção de
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gráficos, desenvolvidas na física experimental I, constituem como a base para se caminhar nesta
cadeira sem tropeçar.

A cadeira oferecer conteúdos como: Balança de Ampére, Relação carga/massa do


electrão, Micro-ondas, Superfície de um líquido em rotação e Pêndulo Físico de Katerv, estes
conteúdos configuram-se em quatro domínios, corrente eléctrica, magnetismo, ondas
electromagnéticas e a mecânica.

A corrente Eléctrica, como marco inicial da nossa actividade, é “o fluxo das cargas de
condução dentro de um material” (Villate, 2011, p.26). Em 18 de Setembro de 1820, André Marie
Ampére apresentou à Academia suas primeiras observações sobre a acção magnética das correntes
eléctricas. Ao explorar a experiência fundamental de Oersted, a passagem de corrente eléctrica
através de condutores gera, ao redor deles, um campo magnético deixando clara a relação entre os
fenómenos eléctricos e os fenómenos magnéticos.

Também é visível os efeitos das ondas provocadas pelas oscilações, as radiações


electromagnéticas e o movimento dos electrões em um campo eléctrico alternado são alguns exemplos
de fenómenos que apresentam grandezas com comportamento oscilatório e periódico. Embora a
natureza dessas oscilações seja bastante diversa, as formulações matemáticas utilizadas para descrevê-
las são parecidas. A mecânica é uma parte muito interessante da física se preocupa em estudar não só
dos movimentos, mais também, das causas que provocam os tais movimentos, como um caso particular
de um líquido em rotação e do Pêndulo Físico.

1. Como trabalhar com a Física Experimental II?

Como todo trabalho experimental, neste também existem riscos de acidentes. Os


equipamentos utilizados em nossas montagens oferecem baixo risco, mas é muito importante que
certas regras sejam seguidas, a fim de garantir a sua segurança e a de seus colegas, como:

1. Deixe sobre a mesa apenas o material necessário ao seu trabalho. Não coloque mochilas,
pastas, roupas ou qualquer outro objecto que possa atrapalhar seu trabalho ou aumentar os
riscos existentes.
2. Em caso de acidentes com equipamentos eléctricos, desligue-os através de chave adequada.
Todo circuito do laboratório é protegido com disjuntores, que não permitirão a manutenção
de corrente.
3. Caso haja produção de fumaça (curto ou queima de material) abra imediatamente as janelas
e saia do ambiente. Não tome atitudes que possam provocar pânico.
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4. Em caso de acidentes com colegas, ajude a removê-los da sala. Evite aglomeração. Em
caso de acidente grave, ajude a isolar o local e não tente prestar primeiros socorros, a menos
que você tenha treinamento adequado para este fim.
5. Evite tocar as fontes de tensão, os fios condutores, ou seja, qualquer material eléctrico
enquanto esta molhado.

2. Teoria das medidas e dos Erros

Inicialmente, relembrar ou aprofundar alguns conhecimentos sobre as teorias de


Medidas e dos Erros

2.1.Grandeza Física e Padrões de Medidas

Mais o que é isso de grandezas Física?

Grandeza física são propriedades que podem ser atribuídas um valor impessoal, ou seja,
um valor numérico obtido por uma comparação com um valor padrão.

A altura de uma pessoa é de 1,70 metros, neste caso o padrão é metro define uma unidade
de grandeza comprimento. De foram científicas podemos dizer que a altura da pessoa é 1,70 vezes
o comprimento de um padrão – “metro”.

Todas as grandezas Física podem ser expressas em termos de um pequeno número de unidades
padrões fundamentais. Portanto, fazer uma medição significa comparar uma quantidade de uma
dada grandeza com outra quantidade definida como unidade padrão da mesma grandeza.

Tarefa 01: Mencione os padrões de Medidas.

2.2.Medidas Física

São duas categorias de medidas físicas Directas e indirectas.

Medidas Directas de uma grandeza – são aqueles que resultam de uma leitura de uma
magnitude mediante o uso de instrumento de medida.

Medidas Indirectas de uma grandeza – são aqueles que resulta da aplicação de uma
relação matemática.

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2.3.Erros e desvios

Algumas grandezas possuem seus valores reais conhecidos e outros não. Quando
conhecido o valor real de uma grandeza e experimentalmente encontra-se um resultado diferente,
diste-se que o valor encontrado esta afectado de um erro. Portanto, este Erro é definido pela
diferença entre um valor observado Vobs ao se medir uma grandeza e o seu valor real Vreal.

Erro = Vobs – Vreal

Na maioria das grandezas física quase é impassível obter o valor real, diante disso opta-
se em um valor adoptado que mais se aproxima do real, como é o caso da aceleração de gravidade.
Portanto, neste caso ao efectuar uma medida fala se em Desvio e não erros.

O desvio é a diferença entre um valor observado Vobs ao se medir uma grandeza e o


valor adotado Vadot que mais se aproxima teoricamente do valor real.

Desvio =Vobs – Vadot

Desv
Dr  onde Dr é o Desvio Relativo
Vadotado

Para encontrar o desvio relativo percentual multiplicar por 100%

2.4.Incerteza

Por mais cuidadosa que realiza uma medição ou por mais preciso que seja o instrumento,
não é possível realizar uma medida direita perfeita, sempre existe uma incerteza ao se comparar
uma quantidade de uma grandeza física com sua unidade.

Ao realizar uma medida é necessário avaliar quantitativamente as incertezas nas


medidas x .

Para o caso de medida directa

Medindo uma vez a grandeza X, o resultado fica representado da seguinte forma: x  x



Medindo N vezes a grandeza X o resultado fica representado da seguinte forma:: x  x x

  1 n
Onde x é o valor médio obtido pela x   xi
n i 1

X é o valor da incerteza que pode ser obtida por

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1 n 
xi  
n  1 i 1
( xi  x) 2 Para estimar a incerteza de cada uma da medida,

1 n 
x  
n(n  1) i 1
( xi  x) 2 Para estimar a incerteza da media.

O que significa x  x ? Devido a limitação do instrumento de medição não é exactamente o


valor lido, pode ser qualquer numero do intervalo de { x  x, x  x }

2.5.Algarismo Significativo

Por mais preciso que seja o aparelho utilizado, a medida de grandeza física é sempre
aproximada. Esta limitação reflecte-se no número de algarismo que se usa para representar as
medidas.

Admite-se o uso de um único algarismo duvidoso. Por exemplo se encontrar se um


resultado de uma medida 1,72 cm, está-se dizendo que os algarismos 1 e 7 são preciso (correcto)
e 2 é o algarismo duvidoso, não tendo sentido escrever qualquer algarismo a pós o número 2.

Soma e subtracção de algarismo significativos: a pois a soma o resultado deve


apresentar apenas um algarismo duvidoso.

Ex.: 46,35cm – 14, 7 cm = 31,65 = 31,7cm

Produto e divisão: o resultado deve ter o mesmo número de algarismo significativo do


factor que tiver número de algarismo significativos. Ex.:17,74cm x 4,10cm = 72,734cm =
72,7cm

Porque estamos a lembrar disto?

Estamos perante uma cadeira de Física experimental, supúnhamos que você realizou um
experimento com uma serie de medidas de comprimento L tenha obtido os seguintes resultados.

Comprimento médio L  18,2160cm e incerteza estimada é de L  0,247cm .

Neste caso a incerteza estimada deve conter apenas um algarismo significativo dai tem-se.

L  0,2cm . Deste modo a foram correcta de escrever o resultado final fica L  (18,2  0,2)cm

Os algarismos menos significativos do erro são utilizados apenas para efectuar arredondamentos.

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3. Relatório

Num estudo experimental, concretamente em ciências naturais, os resultados são


registados e divulgados na forma de relatório científico.

Para esta disciplina o relatório científico deve conter:

1. Capa: Deve conter os dados do local onde a experiencia foi realizada (Universidade,
instituto ou departamento), disciplina, Orientador, equipe envolvida, data e título da
experiência.
2. Introdução: A introdução não deve possuir mais que duas páginas em texto, esta parte
deve incluir as equações mais relevantes (devidamente numeradas), as previsões do modelo
teórico e todos os símbolos utilizados para representar as grandezas físicas envolvida.
3. Objectivos: Descrever de forma bem clara e sucinta os objectivos (s) principal (is) do
experimento.

4. Metodologia ou Materiais e métodos


Nesta seção o estudante deverá descrever os procedimentos experimental, a montagem
experimental realizada junto com o material utilizado. O estudante tem que descrever a metodologia
utilizada para se atingir o principal objectivo do experimento. E descrever todo o material necessário.

5. Resultados e discussão

Cálculos: todos os cálculos devem ser apresentados, incindo as etapas intermediárias


(calculo de erros etc.). Os resultados devem ser apresentados com os algarismos significativos
apropriados, isso permitira a conferência e recalculo pelo mesmo caminho.

Em caso de repetição de procedimentos idênticos de cálculo, é permitido apenas o


primeiro calculo seja detalhado no relatório, mas os resultados de todos devem ser apresentados
sob forma de tabela.

Análise de Dados: Nesta parte verifica-se quantitativamente se o objectivo inicial


proposto foi atingido. As previsões teóricas mostradas na introdução devem ser confrontadas com
os resultados experimentais. A diferença numérica entre os valore esperados e obtidos deve ser
discutida, sempre que possível a comparação deve ser feita por tabela ou gráficos que devem ser
comentados no texto.

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6. Conclusão:
A conclusão apresta um resumo dos resultados mais significativo da experiência e sintetiza
os resultados que conduziram a comprovação ou rejeição da hipótese de estudo, aqui deve ser
explicitado se os objectivos foram atingidos, o estudante deverá escrever na sua apreciação os
resultados mais importantes do experimento efectuado, fazer alguma crítica dos métodos empregados,
sugestões, etc.
7. Referência Bibliográfica: Deve listar todas as referências que serviram de embasamento
teórico.

Bibliografia

Goldemberg, J. (1970). Física Geral e Experimental. Ed. Companhia, V.1. 346 Nacional EDUSP
Guimarães, M. A & Filhos, B, G. (2008). Apostila da disciplina Laboratório de Física-II, UNESP,
Ilha Solteira.
Mukai, H & Fernandes, P. R. G. (2018). Manual de Laboratório – Física Experimental II.

Oliveira, G. M. G. de, ate al, (2015). Manual de Laboratório Física Geral Parte I: Mecânica.
UFAM.

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