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UNIRP - Centro Universitário de Rio Preto

1º Trabalho de Filosofia do 2º Semestre


“ANTÍGONA”
Questões sobre o livro Antígona de Sófocles

Integrantes do Grupo
Steffani Fernanda Curiel Vieira, matrícula: 20210448
Lorena Fabiana Golghetto, matrícula: 20200056

Turma: 12121

Setembro de 2021
São Jose do Rio Preto
QUESTÃO 1:
ANTÍGONA: Filha do Deus Édipo, irmã de Eteócles, Polinice e Ismênia, sobrinha
do Rei Creonte e prometida a seu filho Hemon. Antígona é considerada uma das
principais protagonistas da obra, destemida, não mede esforços para enfrentar
todos os obstáculos para seguir o caminho correto.
“Não vejo de que me envergonhe em ter prestado honras fúnebres a alguém,
que nasceu do mesmo ventre materno...”
ISMÊNIA: Irmã de Antígona, desde o início quando Antígona conta a Ismênia
seus planos para desafiar Creonte, ela tenta convencer a irmã a não praticá-los,
ignorando os fatos e menosprezando a capacidade de Antígona. Logo,
posteriormente, quando Antígona é sentenciada por Creonte, Ismênia tenta
convencer a todos que teve participação, embora não tenha ajudado em nada.
“Mas não é prudente tentar o que é irrealizável”
CREONTE: Logo após a morte dos seus dois sobrinhos (Eteócles e Polinice)
Creonte assume o trono, sendo o rei de Tebas, em seu poder desrespeita as leis
naturais e divinas nas quais prevaleciam que, todo homem deveria ter o seu
devido sepultamento. Em seu veredito, impõe que o corpo de Polinice não
recebesse as devidas honras fúnebres, sem sepultura ou homenagens, sendo
presa de aves e cães carniceiros. Segundo Creonte Polinice havia lutado contra
a pátria, enquanto para Eteócles, os rituais de sepultamento prevaleceriam,
assegurando um lugar digno entre os mortos, toma medidas punitivas e severas
para colocar um fim a Antígona. Em resposta as suas decisões imprudentes e
de sua ambição, o fim de Creonte é tomado de angústias e total solidão.
“Terei eu então de honrar a quem se mostrou rebelde?”
HÉMON: Filho de Creon e noivo de Antígona. Após a trágica decisão de Creonte
em encerrar Antígona ainda viva em um túmulo subterrâneo revestido de pedra,
Hémon enfrenta e tanta matar o seu pai, fica diante de sua amada que havia se
enforcado com os cadarços contidos em sua cintura e tomado de emoções,
Hémon logo em seguida, sem dizer nenhuma palavra arranca uma espada e a
enfia no peito.
“Não! Em minha presença, ela não morrerá! E tu nunca mais me verás diante de
ti!”

TIRÉSIAS – Um sábio profeta cego, que traz a Creonte segundo os signos, o


que aconteceria com o seu futuro se não revertesse tal decisão imposta
cruelmente sobre Antígona.
“Bem o sei. Graças a mim pudeste salvar o Estado”.
EURÍDICE: Esposa de Creon e mãe de Hémon, Eurídice tomada pela dor da
morte de seu filho, se suicida com um agudo punhal.
“Apenas transpunha a porta, quando o rumor dessa desgraça chegou a meus
ouvidos... Caí desacordada entre minhas escravas...”
QUESTÃO 2:
Antígona é a principal personagem da peça, entende que o procedimento
tomado por Creonte era arbitrário, não respeitava as leis naturais antigas e os
rituais de passagem, estes eram importantes para que a alma não ficasse
vagando eternamente sem destino. Preocupada e inconformada com o tal
decreto imposto de forma injusta ao seu irmão Polinice, Antígona corajosa e
destemida exalta as leis morais e divinas sobre as leis humanas e não mede
esforços em busca do caminho correto, preferiu correr o risco da morte mesmo
sendo mulher, desobedecendo as leis de seu país, enfrenta todos para fornecer
a seu irmão, o ritual fúnebre recíproco ao de Eteócles.
Poderia até ser acusada de traição após agir contra a lei, mas ela se sentiu
no dever de irmã não abandonar a quem realmente ama. “Quanto ao meu irmão,
eu o sepultarei! Será um belo fim, se eu morrer, tendo cumprido esse dever.
Querida como sempre fui, repousarei com alguém a quem amava e meu crime
será louvado”.
QUESTÃO 3:
Segundo Platão, a justiça é um valor absoluto sendo justa ou injusta, para
o filósofo, devemos ser justos da mesma forma que somos para um amigo e um
inimigo. A justiça deve ser sábia, harmônica e feliz, o contrário ela seria uma
injustiça. A proposta de Platão é que a justiça deve ser completa, absoluta e
deve buscar a harmonia. Exemplo: se pegarmos emprestados uma arma e logo
após descobrirmos que o dono dessa arma enlouqueceu e quer muito matar
alguém, se houver a devolução dessa arma, estaríamos abrindo caminho para o
assassinato dessa pessoa, percebendo que não seria justo devolver a arma
nesse momento. No trecho do livro apresentado abaixo, temos o diálogo de
Antígona, onde ela conversa com sua irmã dizendo que o rei Creonte ordenou
que não houvesse a sepultura do corpo de seu irmão que morreu, ato que,
segundo Platão, seria uma injustiça, pois o outro irmão que morreu também, teve
direito a sepultura. Trecho do livro, “Pois não sabes que Creonte concedeu a um
de nossos irmãos, e negou ao outro, as honras da sepultura?” (página 6). “Quem
quer que desobedeça, de ser apedrejado pelo povo.” (página 7).
QUESTÃO 4:
Analisando o livro Antígona a partir do conflito entre o amor e o dever, é
notório o sofrimento de Antígona ao receber a notícia de que um de seus irmãos
não teria o direito ao sepultamento, algo que na época, a legislação estabelecia
que o traidor deveria sim ser sepultado, porém após a fronteira da cidade e não
exposto, como Creonte ordena, ação que gera revolta e tristeza em Antígona,
que acaba presa para morrer em uma caverna, ao tentar realizar o sepultamento
do irmão sozinha, descumprindo o seu dever imposto por Creonte.

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