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Ghost
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Formatação: LoLa
Johnny deixa claro que quer mais e Izzy já sabe que ela
está distante.
de Izzy.
cidade. Ele não vai voltar para ela, mas Johnny ainda
estava rondando.
Izzy
Acordei com o som de um ventilador de teto.
Johnny.
Johnny Gamble1.
1
Do inglês, —gamble— pode significar jogar, apostar ou arriscar.
desta vida. Ou um gatuno assaltante que sorri olhando em
seus olhos enquanto rouba seu anel de diamantes.
Johnny, não.
2
Banda de rock norte-americana onde os integrantes possuem barbas longas, estilo papai Noel.
Não o tipo de homem parado em um balcão de madeira
atrás do qual girava uma roda d’água.
E não só por ele ser tão bonito, ou por ter pago meus
drinks, apesar de ter sido parte do por que, entre o drink três
e quatro (todos, a propósito, que ele pagou), ele chamou a
garçonete e disse, — Você poderia trazer um copo de água
para a minha garota aqui? —. Isso dizia que ele não queria me
deixar embriagada para depois me pegar. Ele não se
importava em me ter relaxada e solta. Mas ele não queria
tirar vantagem.
Isso dizia muitas coisas boas sobre ele, mas não foi só
por isso também.
E não era só por que ele era um bom ouvinte. Ele não
falava muito, mas escutava e de um jeito atencioso, fazendo
perguntas enquanto eu falava sobre meu emprego, minha
mãe e irmã, meus bichinhos de estimação, minha casa. Ele
estava interessado. Ele estava ouvindo tudo o que eu dizia.
Seu olhar não passou para outras mulheres no bar ou para o
jogo na TV.
Não hesitei.
— Sim.
Isso me ganhou outro sorriso. Eu descobriria depois
disso que só ficaria melhor.
Simplesmente disse,
— Não.
3
É uma estrutura ou reduto fortificado, parcialmente ou totalmente construído embaixo da terra, feito
para resistir a projéteis de guerra. Alguns tipos podem ser considerados sinônimos de casamata.
Quando seus faróis finalmente encontraram uma
clareira que tinha uma casa de dois andares, feita de pedras
com diferentes tons de creme, caramelo e marrom (a roda
d’água estava do outro lado, então eu ainda não a tinha
visto), flanqueada por um grande riacho, eu não sentia nada
além de pânico, pois estávamos no meio da floresta, sem
nada em volta e eu teria que correr um longo caminho para
encontrar qualquer coisa se precisasse fugir.
Eu gostei.
Eu era alta. Ele era mais alto, mas eu era alta. Ele tinha
ombros bem amplos, então a camiseta se embolava em mim e
descia pelo meu peito, mas mal cobria meu quadril. Essa não
foi a única razão pela qual eu me inclinei e peguei minha
calcinha.
Eu a vesti, sorrateiramente olhando para a sacada,
somente para descobrir que Johnny se moveu, mas apenas
para levantar sua caneca até os lábios. Seus olhos ainda
fitavam a distância, suas costas parcialmente torcidas em
minha direção.
Tudo branco.
Tudo.
4
O Sal de Epsom é um composto mineral constituído por magnésio e sulfato, que pode ser
adicionado ao banho, ingerido ou diluído em água para relaxar o organismo. Assim, o sal de
Epsom ajuda a regular os níveis de magnésio no corpo, levando à produção de serotonina, que
é um hormônio que acalma e ajuda a relaxar.
Rapidamente eu entrei em seu quarto com móveis no
estilo Mid-Century5. Nada de coisas que ele teria ganhado
quando se mudou. Lindos. Com linhas claras. Quadrados.
Sem bobagens. Em couro e madeira clara. Tudo, incluindo a
cama, a abundante estante de livros (cheia de livros) e a
cadeira em um canto eram esparsos e elegantes. Como se
Johnny fosse a um leilão dos móveis de Mad Men6 e
decorasse sua casa com o que encontrou por lá.
5
Móveis Mid-Century se caracterizam por ser de estilo minimalista e normalmente são de
madeira de cor de mogno, sendo geralmente, móveis funcionais e práticos, que podem ser ou
de época ou de estilo mais retrô.
6
Série norte-americana sobre agências de publicidade nos anos 60, exibida entre 2007 e 2015.
Enquanto eu me movia em direção a bancada, eu vi que
Johnny não estava mais em pacífica contemplação do verde
que cercava sua casa com roda d’água, móveis brilhantes e
banheiro de morrer.
Em mim.
Isto era...
— Hey, — eu sussurrei.
Sim.
— Sim?
De longe.
— Sim? — Eu perguntei.
— Fique quieta.
Eu fiquei quieta.
Izzy
Fui eu que troquei de posição.
Eu não sabia por que fiz isso. Não sabia que tinha isso
em mim. Nem pensei neste tipo de coisa.
Eu simplesmente o fiz.
Na noite anterior, Johnny me arrastou, puxou, agarrou
e outras coisas que ele quis, onde quis. Em minhas costas,
em meus joelhos, em seu rosto.
Seu pau.
E espetacular.
E eu não me importei.
Segurei seu peso, seu calor, seu cativeiro por que ele era
um homem que tinha um sorriso maravilhoso.
— Sim, — eu sussurrei.
Ele finalmente levantou a cabeça e eu gostei que seu
rosto agora estava relaxado após o sexo, mas ele ainda tinha
a expressão um pouco preocupada.
— Sim, — eu concordei.
Nenhum beijo.
Nenhum carinho.
Rústico.
— Iz.
— Só com creme.
— Pouco, — respondi.
— Três anos.
— Não.
Eu acenei.
Eu peguei o pão.
— O meu também.
— Olá, — eu atendi.
7
Raça de cavalo originária dos Estados Unidos, tem corpos compactos e geralmente tem pelagens tom
de areia.
Eu fiz uma nota mental para levar algum presentinho
com forma de gratidão em algum momento daquela semana e
definitivamente, ligar para ela quando chegasse em casa.
Enquanto eu abaixava meu telefone, vi as notificações.
Me liga.
Querida, me liga.
Eu me acalmei.
— Como?
Então eu disse,
— Me desculpe, — sussurrei.
Eu estava chocada.
Eu assenti.
Me deixou de fora.
Eu acenei.
— É claro, sinto muito, mesmo.
— Querida.
Ele me encarou.
— Comeu ela viva. Ela morreu em seis meses, —
compartilhei.
Ele piscou.
— Sim, obrigada.
— Vá se vestir.
— Pronta?
Ele a abriu.
— Minha...jogada?
Eu o encarei.
Ele me encarou.
— O protocolo?
— Tipo isso.
— Iz.
— Sério?
— Sim.
— Sim.
— Fanático.
— Cerveja.
Izzy
Quando cheguei na porta de casa, meus cachorros me
atacaram.
Como eu estava?
— O que? — Perguntei.
— Droga o que?
Oh sim.
Wow.
Ainda impressionante.
Eu paralisei.
Johnny e Shandra.
— Como? — Sussurrei.
Oh Deus.
Saíram feridas.
Muito pior.
— Querida...
— Talvez ele...
— Como?
Vice-campeã.
Segunda melhor.
Ela parou.
Eu esperei.
— Eu não sei.
Eu sabia.
Eu saberia.
Eu queria sorrir.
— Eu serei.
Ela era a melhor trufa que você poderia ter. O tipo que
derrete na boca, enquanto você deseja que nunca pare de
derreter.
— Sim, eu preciso.
— Tchau, Deanna.
Johnny e Shandra.
Então eu pegaria.
Ser feliz.
— Hey.
— Desculpe?
— Floreiras de morango?
— Galinheiro?
— Nós tínhamos galinhas quando estávamos crescendo.
Minha mãe não as comia, mas eu e minha irmã sim, e ovos
frescos são difíceis de encontrar. Além disso, galinhas tem
personalidades engraçadas. O cérebro delas é do tamanho de
uma ervilha e mesmo assim elas têm personalidade.
— Johnny?
— Você acha?
8
Tipo de carro da Nissan.
— Era o dia de lavar o carro ontem, — eu o informei. —
Meu Murano geralmente é cercado por uma camada de poeira
e lama.
— Bom, isso seria tipo agora, desde que ele ficou o dia
todo na frente da casa e por aqui tem muita poeira. Eu não
tenho uma garagem.
— Talvez, — murmurei.
Ele riu.
— Seis e meia?
— É você que tem que estar pronta para mim, Iz, então
não sei o porquê de isso estar vindo como uma questão. Seis
e meia te dá tempo o suficiente?
— Eu trabalho na cidade.
— Como?
— Tchau.
Izzy
— Então você pode vir na sexta no lugar de sábado?
— Como? — Perguntei.
— Uh... o que?
Ela me encarou.
Eu acenei.
— Total.
— Não.
— Estou dentro.
Estraguei tudo.
Eu estava atrasada.
E o fiz esperar.
— Como?
Ele sorriu.
— Vão.
— Desculpe-me?
9
Filme de ação com três detetives (Jill, Sabrina e Kelly) que resolvem casos de mistério. Charlie’s Angels
no original.
— Eu posso cuidar dos seus cavalos.
Ele só era...
Ele.
— Obrigada.
Fiquei feliz.
— Claro.
Eu acenei.
E novamente...
Aí estava.
— Não.
— Está combinado.
— De nada, Johnny.
— Não.
— Johnny?
Eu também me arrepiei.
— Iz.
Eu me virei da pia e olhei para Johnny.
— Esse é o Wesley.
Ele me encarou.
— Botinhas de borracha.
— Ok, — sussurrei.
— Eu não sei que horas são, mas sei que não quero
saber que horas são. Você levanta tão cedo assim todo dia?
Eu senti aquilo.
E também ignorei.
— Johnny? — Chamei.
— Sim, — respondi.
— Suba as escadas.
Johnny
Ele atendeu mesmo sem saber quem estava ligando.
— Johnny?
Três anos.
— Preciso te ver.
— Precisamos conversar.
— Não estava.
— Certo.
— Eu... acabou.
— Certo.
— Johnny.
— Você me destruiu.
Cristo.
Cristo.
Ele falou para ela levar o cachorro. Ele não poderia estar
lá para protegê-la de qualquer coisa em que seu irmão se
metesse. Mas ele poderia deixá-la com Ranger.
Ela chorou, soluçou, falou que me queria junto, e se eu
não pudesse ir, ela não levaria um cachorro para longe de
seu dono. Ela não poderia fazer isso com Ranger. Ela não
poderia fazer isso com ele.
Mas ele disse que se ela tivesse que ir, ela iria com
Ranger, e ela o conhecia bem, para ser sincero, o conhecia
até a alma. Ela sabia que ele a deixaria ir, se fosse isso o que
ela queria, mas ele não iria deixá-la sair pela porta sem
alguém para protegê-la.
— Agora eu sei.
— Você sabe.
— Podemos só conversar?
Para Johnny, porque ela foi embora três anos antes, não
haveria outro primeiro alguém.
Merda.
— Então me evite.
— Johnny...
— Shandra, só não.
— Obrigado.
— Adeus Shandra.
— Tchau, Johnny.
Porra sim.
Jesus.
Jesus.
Entendido, Capitão.
Entendido.
Vá trabalhar.
VOCÊ vá trabalhar.
Jesus.
Te vejo amanhã, Iz.
Ele viu Izzy em sua pia, usando uma camiseta lilás tão
pequenina que grudava em seus seios, a calça do pijama roxa
com verde, as botas de borracha mais ridículas que ele já viu,
uma confusão de cabelo enrolado no topo de sua cabeça e um
passarinho laranja no ombro.
Nunca conseguiu.
Depois disso, era sua escolha e isso era o melhor que ele
poderia fazer.
Sempre seria.
Apertado
Izzy
— Saia daí.
— Johnny.
— Deita.
E amando aquilo.
— Johnny, — sussurrei.
— Não, querida?
— Não.
Toda do Johnny.
— Talvez eu devesse...
—Fico feliz que você pense assim. Agora, sei que você
fica bravo quando me comporto assim, mas dessa vez, eu
realmente preciso ir.
Johnny me cortou.
— Você engole?
— Como?
—Um...
— Johnny eu...
— Oh.
— Pois é, — seus lábios subiram, — Oh. Você sabe que é
isso o que acontece quando você faz um boquete fenomenal?
— Ele perguntou.
Eu acenei.
Foi então que algo desceu por seu rosto, e que não
parecia sexy, ou suave, ou doce, mas sim alerta, como se ele
tivesse acabado de lembrar de algo. E então ele se colocou de
lado, e se eu entendi certo, ele parecia sentir remorso, antes
de tocar os lábios nos meus e se afastar.
— Eu cuido disso.
Com isto feito, fui até minha bolsa e a levei comigo para
o banheiro.
— Eu sabia.
Ele riu.
Eu só acordei.
Mas, sabia.
Eu rolei na cama, tentando colocar um braço no seu
lado do colchão.
— Venha aqui.
Não solto.
Não casualmente.
Nem sexualmente.
Apertado.
Oh meu Deus.
— Eu sou um babaca.
— O que?
— Eu sou um babaca.
— Johnny, se você está falando sobre o que aconteceu
mais cedo, está tudo bem...
— Ok, — sussurrei.
— Não?
Deus.
— Ok.
Você também.
Eu espero.
Sempre.
~J.
Izzy
Foram exatamente duas semanas e dois dias após
Johnny e eu termos terminado o que nunca começou.
Entrei no restaurante.
11
“Não Posso Fazer Você Me Amar.”
Pedi por uma mesa.
Ganhei uma.
Ele estava?
Oh Deus.
— Quem é essa?
Estava decidido.
Oh, Deus.
Não.
E só ficava pior.
Que lindo.
E triste.
Eu acenei.
— Câncer.
— Da cidade, — compartilhei.
Eu comecei a rir.
Johnny também.
— Oh.
Não mesmo.
E só ficava pior.
— Kent?
— Eu...
— Bem...
— Você disse que a polícia sabe. Eles fizeram algo sobre
isso?
— É meio comp....
— Johnny.
— Ele te machucou?
Eu também não.
— Os cavalos?
— Também.
Johnny a ignorou.
Continuei sussurrando.
Aquilo me devastou.
Não deveria.
— Bem, Kent provou ser um cara que faz o que faz, mas
agora ligarei para Johnny se ele aprontar algo, então eu acho
que ficarei bem, você não acha? — Assegurei, sem mencionar
os policiais ou Charlie, porque parecia que ela pensava que
Johnny poderia lidar sozinho com praticamente qualquer
coisa e isto talvez a acalmasse.
Johnny gargalhou.
12
Espécie de reunião de bruxas.
Margot virou seus olhos afiados para seu marido.
Eu também suspirei.
— Bem, finalmente.
Eu gargalhei.
Izzy
— Deixe-me ver se entendi direito, — Deanna disse.
— Deanna... — eu tentei.
— Deanna...
Eu passei.
— Sim, — eu repeti.
O diagnóstico.
— Deanna...
Quer dizer, ele não resistiu até ficar claro que Margot
pretendia ficar ali até o dia seguinte se ela conseguisse.
Mas aí eu bocejei.
— Querida... — Eu comecei.
Ela concordou.
Eu acenei.
Ela me deu um sorriso gentil e se levantou, mas então
colocou uma mão na minha mesa e me encarou com seus
olhos castanhos.
13
Referência a personagem principal do livro —E o Vento Levou. — Basicamente, Scarlet é apaixonada
pelo marido de sua prima Melanie, mas ele a rejeita em várias ocasiões e nunca deixa Melanie. Scarlet
acaba casando com Rhett (e outros dois caras durante o livro), mas no fim fica sozinha.
manter um olho em você e estou aqui se você precisar. Mas
isso ainda vai ser divertido de ver.
Sim.
14
Ex-piloto norte americano de corridas de carro.
Você está sendo legal. É mais parecido com uma bola de
demolição. Seu carro passa mais tempo na minha oficina do
que com ela, e não porque ela é cuidadosa com as trocas do
óleo.
Querida.
Muito.
Muito mais.
E eu estava gostando.
Você também.
Eu encarei a tela do meu telefone, passando para cima e
para baixo com a ponta do meu dedo, lendo e relendo, tão
perdida naquilo, que deixei um sorriso se espalhar por meu
rosto e quase pulei da cadeira quando o telefone tocou.
— Hey. — Atendi.
— Claro. — Respondi.
— Johnny...
— Spätzchen?
— O que?
Ele gargalhou.
— Eu estou aqui.
— Certo. — Eu sussurrei.
Mais importante?
— Nós estamos claros nisso? — Ele quis saber, soando
irritado.
— Ok, Johnny.
— Como?
— Ok.
— Se divirta no festival. — Ele disse.
Isto foi tudo que ele disse. Não que ele me encontraria
lá. Não que a gente poderia se encontrar e passar um tempo
lá, quem sabe depois ir para o Home e passar um tempo lá, e
depois talvez, ir para minha casa, ou a dele, e fodermos um
ao outro até desmaiarmos.
— Tchau, Johnny.
Eu só deixaria acontecer.
Enquanto eu dirigia para casa naquela noite, encarei o
Ford Focus Amarelo estacionado em frente à minha casa,
meu coração começando a pulsar em uma batida desregrada.
— Addie!
Oh não.
— Addie... — Eu comecei.
— Certo.
— Combinado.
— Sim.
— É claro. — Respondi.
— Pois é. — Concordei.
— Em casa.
— Sim, Johnny.
16
Vocalista da banda The Black Crowes.
Eu pisquei em direção aos meus pés descalços por conta
de seu decreto franco e inflexível, depois de tão pouca
informação que compartilhei sobre Perry.
— Não dou a mínima. Ela está aí, isso é bom. Algo está
errado na casa dela, ela está no melhor lugar em que poderia
estar. Com sua irmã. Com sua família. Com alguém que vai
tomar conta dela, olhar por ela e tudo mais. Tem uma escala
de babacas até completos merdas. Assassinos e estupradores
estão no topo da escala. Mas homens que não tomam conta
de sua esposa e filhos não estão no fim da escala. Eles estão
no topo. Ela precisa se livrar dele, e desde que você vai cuidar
dela, precisa guiá-la para isso.
Foi então que eu percebi que ele não disse ‘tchau’, ele
disse ‘até mais’ e isso era uma versão de ‘tchau’, mas também
poderia significar algo completamente diferente.
Izzy
— Vamos encontrar um pedaço de grama, marcar e
então podemos voltar e começar a comprar coisas. — Sugeri
para Addie, enquanto andávamos pelo festival de Matlock
naquela manhã.
— Como? — Perguntei.
— Addie...
18
É uma comunidade fictícia que foi cenário de duas comédias de TV americanas populares, onde não
tem nada.
19
Cidade fictícia do seriado Gilmore girls.
e que amava Addie e Brooks, então ela cuidava dele porque
Perry não poderia se importar menos. Mesmo quando ele não
estava trabalhando.
— Addie. — Eu sussurrei.
— Voltarei logo.
Era só eu.
Merda.
O que aconteceu?
Nunca....
Nunca....
Nunca....
Oh cara.
— Johnny. — Eu disse.
Oh cara!
— Johnny...
— Jo...
— Iz?
—Addie. — Eu sussurrei.
— Sim.
— Como?
Eu só fiz.
— Addie. — Eu falei.
— E você é? — Perguntou.
— Johnny Gamble. — Ele falou.
Eu ignorei aquilo.
— Pare de rir!
— Nada. — Respondi.
Completamente.
Porque Johnny estava paralisado.
Um reencontro.
Um reencontro feliz.
E lá estava ela.
Curvilínea.
Izzy
Eu estava na varanda traseira, colocando minhas
botinhas de borracha, na manhã seguinte quando a porta
para a casa se abriu.
— Hey. — Eu falei.
Não.
— Eu te ajudo depois.
— Não precisa.
Não ia acontecer.
Acenei, murmurando:
Mas eu aguentaria.
Eu superaria isso.
E continuaria em frente.
Era um desastre.
Era fabulosa.
Eu ignorei aquilo.
— Iz...
Ele me beijou.
Fiquei paralisada por um segundo antes de tentar me
soltar dele.
Eu arquejei.
Ele gemeu.
Era só eu.
— Me solta.
— Gata...
— Me solta.
— O que?
— Lixo.
— Selaria.
— Jesus. — Murmurou.
— Johnny.
Ele sentou.
Então ele me sentou, em seu colo.
— Um... — Murmurei.
— Uh... — Eu balbuciei.
Aqui estávamos.
Eu não sabia.
Tudo?
Ele continuou falando.
— E? — Perguntou.
— Ok então. — Murmurei.
Acenei.
— De quem são?
Uh – oh.
— Uh...
— Iz.
O encarei novamente.
— Não realmente.
—Sinto muito que você teve que passar por tudo aquilo
ontem, querido. Soa como um dia puxado, e eu me sinto mal
por ter feito pior ao não falar com você.
Eu concordei e perguntei:
— Por quê?
— Sim.
Parei de me mexer.
— Combinado.
— Ok. — Ofeguei.
— É...
— Quente.
— Sim, e também...
— Para caralho.
— Johnny.
Saí pelo portão e olhei para trás para ver que Johnny já
foi até Serengeti, deixando-a pronta para ir até o pasto.
Ela se endireitou.
Addie falou.
Doze mensagens.
Onze ligações.
Izzy
Escutando um ventilador de teto, abri meus olhos e vi
lençóis cor de canela.
Eu me arrepiei.
— Camiseta.
— Nada.
— O que?
— Não. — Respondi.
— E Shandra.
Johnny me encarou.
Eu continuei falando.
Ele sorriu.
Eu acenei.
A mão dele, ainda em minha calcinha, se moveu até
meu quadril.
E seus lábios.
— Hmm... — Balbuciei.
—Sim — Ofeguei.
— Muito.
— Seu homem sempre vai ter que pedir para você beijá-
lo quando ele quer um beijo ou você vai aprender a seguir as
pistas? — Ele indagou.
Eu o beijei.
—Ok. — Disse.
Johnny me seguiu.
Eu observei.
Então...
Oh meu Deus.
OhmeuDeus!
Por um segundo.
Mais.
— Iz?
— Mm?
— Mm.
— Ok. Bom saber que você pode ser ainda mais safada
do que ao pular em meu pau em um estábulo. — Ele
declarou.
— Sim. Eu notei.
— Eu em seu rosto.
— Bom. — Murmurei.
— Sim? — Perguntei.
— Você está coberta na minha porra, gata. — Ele
sussurrou.
— Adivinhei o que?
— Do que eu gostei.
— Eu gostei.
Não.
Tudo mais.
— Do que mais você gostou? — Perguntei suavemente.
Eu.
— Johnny. — Eu arquejei.
Eu o apertei.
Eu vi.
Ou eu não vi.
Oh Deus.
— Conseguiremos aguentar.
Ele sorriu.
— Johnny...
Ele me puxou mais perto.
— Então, posso ligar para ele e dizer que ela pode fazer
a torta de cereja?
Perfeito.
Eu sorri.
Concordei.
Johnny me beijou.
Johnny
Ranger se animou enquanto Johnny temperava a carne
para marinar.
— Hey.
— Addie? — Perguntou.
Com isso, ele virou em direção aos degraus para ver Izzy
parada no início deles, agora usando um chapéu mole que
era tão adorável e tão ridículo, que ele sentiu seu pau
começar a ficar duro ao mesmo tempo em que seu estômago
se esquentava com a vontade de explodir em risadas.
— O que quer que fiz para receber isso, você tem que me
dizer, gata, para que eu faça de novo. — Ele murmurou.
— Maravilhosa?
— Izzy acha que você é o máximo.
— Querida.
— Certo, querido.
Margot sorriu.
— Dave...
— Dave...
21
Campeonato de Basquete masculino.
— Ela o destruiu.
Dave acenou.
— Tenho que dizer por mais que doa tê-lo perdido, fiquei
feliz que ele não teve que assistir você perder Shandra. Agora
me dói que ele não vá ver você do outro lado da história, com
Izzy.
— É, isso dói.
— Ele teria gostado dela. — Dave disse suavemente.
Dave sorriu.
Johnny assistiu.
Com Izzy logo ali, brincando com sua mão, ele não se
importava.
Ele esqueceu.
— Por que?
Ela acenou.
— Absolutamente.
— Sim.
Ele gargalhou.
— Oh.
— O que?
— Nada.
— Sobre sexo.
— O que?
— Uh... Johnny?
— Ok.
— É, eu também.
Izzy
— Uh... o que?
— Deanna... — Eu comecei.
Eu sorri.
— Como?
— Como? — Repeti.
— Sim. — Confirmei.
— Agora, veja só, você, Johnny e Brooks abraçadinhos
ganharam alguns corações moles. Aquela garota nova que
tem alguns acres no norte operou milagres, eles dizem. Ela
curou o coração partido de Johnny Gamble.
— Wow! — Sussurrei.
Ela me encarou.
Eu sorri.
Parei de sorrir.
— Mas vou.
Voltei a sorrir.
— Sim, Deanna.
Concordei.
Ele me encarou.
— Como?
Acenei.
— Branco. — Eu disse.
— Não. — Eu concordei.
— Totalmente. — Respondi.
Engoli e perguntei:
— Sim. — Respondi.
Me deu forças.
Então eu compartilhei:
— Isto provavelmente porque ele encontrou outra
mulher para bater até sair sangue.
— Spätzchen.
— Meu avô odiava meu pai, disse para minha mãe não
casar com ele, e ela se rebelou. Ela tinha dezoito anos, estava
apaixonada, e grávida, a última parte meu avô realmente não
estava de acordo. Ela fugiu para ficar com o amor de sua
vida. Mas as coisas aconteceram de outra forma, eu acho.
Portanto, quando nossa mãe nos levou até meu avô, ele
fechou a porta em seu rosto. Aparentemente, ele era esse tipo
de cara. Eu não sei. Não lembro realmente dele e ela nunca
falava sobre ele. Mas pelo que sei, principalmente pelo jeito
que minha avó se comportava, mesmo que eu não a
conhecesse tão bem, minha mãe encontrou um cara igual ao
pai e se casou.
— É barata. — Sussurrei.
E se assentou lá.
E eu a queria.
Eu precisava.
Era um tesouro.
Oh meu Deus.
— Johnny...
— Sim.
— Querido. — Murmurei.
— Tight end22.
— Sim?
22
Último homem na linha defensiva, posição de futebol americano.
— Ele não era luz do sol e brilho da lua e pelo de gato,
spätzchen. Ele era óleo de motor, cerveja e corridas da
NASCAR. Ele não perdia nenhum de nossos jogos. Ele nos
deu a conversa e disse que quebraria nossos pescoços se
desrespeitássemos uma mulher. Então ele nos deu
camisinhas. Ele também nos deu Margot e Dave, e os filhos
deles eram mais velhos que nós então ele nos deu três irmãos
mais velhos, grandes jantares de Ações de Graças, Natais e
Páscoas. Ele derramou algumas lágrimas quando seu pai
morreu e chorou para valer quando sua mãe faleceu, mas
antes disso ele nos disse que só homens estúpidos escondem
suas emoções. Há força em ser quem você é e sentir o que
sente e não dar a mínima sobre o que outros pensam. Ele
disse uma vez que a pior coisa que um homem pode ser é
inautêntico. Ele disse para nunca quebrarmos
completamente o coração de uma mulher, porque um dia
uma mulher quebraria o nosso e nós sentiríamos o que a
fizemos sentir e não seríamos capazes de viver com a culpa.
Ele nos amava, se orgulhava de nós e demonstrava.
— Mm. — Murmurei.
Ele começou a gargalhar.
— Concordo.
Comecei a rir.
— O arco íris.
Ele acenou.
— Já andou de moto?
— Não.
— Quer tentar?
— Sim.
— ATV?
— Não.
23
Quadriciclos.
24
Moto de neve.
— Quer tentar?
— Sim.
— Snowmobile?
Balancei a cabeça.
— Tentaria?
Acenei positivamente.
Ele sorriu.
— Com pressa?
Outro sorriso.
Johnny me montou.
Não.
Ele era.
— Johnny. — Eu suspirei.
Eu me virei.
Ele não disse nada sobre isso, e isso durou por tanto
tempo que relanceei para seus olhos.
No instante em que meus olhos se encontraram com os
dele na luz da lua, ele perguntou:
— Como?
O encarei.
— O que?
Até agora.
Repetidas vezes.
De novo e de novo.
Sua mulher.
Izzy
— Bem, certo.
— Que coisas?
— Seu homem?
— Como?
— Isto foi o que Norma disse para Crystal. Ele é um
cliente regular no Home. Não está sempre lá, mas vai para
assistir os jogos. Tomar uma cerveja. É o único bar da cidade
então até eu e Charlie somos clientes regulares lá, apesar
deles não terem taças de Martini, então não é realmente meu
estilo. É só minha única escolha a menos que eu queira fazer
meus drinks e algumas vezes, garota, eu só não estou no
clima.
Mas enferrujado.
Foquei nela.
— Baby.
Ele acariciou levemente o tecido no meio das minhas
pernas e eu me contorci.
Também sussurrei:
— Oh.
— Ok, spätzchen.
— Como?
Encarei.
Acenei.
Acenei de novo.
— Talvez. — Eu disse.
— Talvez. — Ele repetiu depois de mim. — Nós podemos
ter esperança. — Ele olhou profundamente em meus olhos. —
Ela está piorando.
Fiquei surpresa.
Voltei a encará-lo.
— Combinado? — Perguntou.
Acenei novamente.
— Eu vou.
— Vou estar aqui com Mist por volta das dez horas no
sábado de manhã. Não limpe as baias de Serengeti e
Amaretto. Depois que eu arrumar ele, faço isso.
— Johnny...
— Você precisa ficar com sua irmã.
— O que?
— Veremos.
Eu me abaixei nele.
Ele gemeu.
Eu me abaixei nele.
Então eu me movi.
— Vou me limpar.
Seus braços se apertaram.
— Johnny...
— Vá dormir spätzchen.
— Então sim.
Relaxei nele.
Obrigada, Deus.
Johnny me segurou.
Eu caí no sono.
Johnny
Depois de cuidar das baias no sábado de manhã,
tirando suas luvas e colocando-as no bolso de trás do jeans,
Johnny foi para a pequena pia no canto da frente da selaria
que ele viu quando jogou a camisinha que usou com Izzy
fora.
Felizes.
A foto de baixo era com todas elas: não vejo (Addie com
ambas as mãos cobrindo os olhos), não escuto (a mãe de Izzy
com as mãos nas orelhas) e não falo (Izzy com as mãos em
cima da boca). E o mesmo cavalo estava atrás delas.
Ela fez dois seres preciosos e ela estava bem onde queria
estar, feliz.
Ele nunca viu uma mulher mais linda em toda sua vida.
Seu sorriso.
Ainda tinha.
Ela se cercava com pedaços de merdas, o lixo de outras
pessoas, porque era o melhor que ela podia fazer para ter o
que precisava e se sentir feliz e segura.
Johnny
Mais tarde naquele dia, depois de retornar para Izzy,
Johnny parou no jardim da parte de trás da casa dela.
E ele encarou.
— Quão pesada é?
Certo.
Sim.
Irritante.
— Não mais.
Ele a apertou.
Ela não estava vestida como Izzy. A saia dela, como ele
notou, era curta. Também era apertada e acoplada ao resto
de um vestido amarelo brilhante que era mais solto no topo e
caía de um de seus ombros. Ela estava usando saltos finos
com tramas complicadas sobre os tornozelos e andando pela
grama com aqueles saltos sem afundar, porque ele suspeitava
que ela nunca usou nada diferente de saltos como aqueles
então ela podia andar em qualquer lugar com eles.
O marido de Addie.
Perry.
Porra.
Ele sabia que Izzy estava por perto, mesmo que não
pudesse vê-la. Charlie estava bem ali. Mas ele tinha o palpite
de que Deanna desapareceu com Brooks.
Jesus Cristo.
Era Toby.
— Eu...
— Não são para mim. — Ela o cortou. — Homens como
você. Homens como Johnny. Como Charlie. Não são para
mim.
Ela o encarou.
Então sim.
E Deanna murmurou:
Toby sorriu.
Johnny suspirou.
— Provavelmente.
— E Margot a ama.
— Desculpe?
— Já escutei isso.
— Não acho que essa seja uma boa hora para você
aparecer na festa, Toby.
— Entendo. — Toby concordou. — Só vim para conhecê-
la, vou dizer oi e ter certeza de que a irmã dela está bem, vou
dizer esse oi e irei embora.
Iz balançou a cabeça.
— Johnny...
Ele usou seu braço envolta dos ombros dela para puxá-
la a sua frente.
Johnny a cortou.
Mas isto não era agora. Eles teriam essa discussão mais
tarde, depois de provar a comida incrível.
— Obrigada, Johnny.
Ele a interrompeu.
Ele a beijou. Não o beijo que queria dar a ela, mas não
foi só um toque nos lábios.
Incluindo Johnny.
Não se contentar.
Ele olhou para seu irmão na hora em que Toby disse por
baixo da respiração.
— Pare!
Johnny
Na manhã seguinte, depois de alimentar os cavalos e
soltá-los no pasto, Johnny andou de volta até a varanda
traseira, seu olhar em Izzy e Addie sentadas no sofá.
Ele andou pela porta e viu que Addie tinha suas longas
pernas esticadas, em cima da mesa de café a frente dela, e ela
estava usando uma camiseta velha e shorts de pijama. Seu
cabelo era uma massa desorganizada. Os olhos ainda
escurecidos de sono. Tudo isso fez Johnny pensar sobre que
tipo de babaca Perry era. Ela tinha uma caneca de café,
segurando-a com ambas as mãos, como se fosse o elixir da
vida.
Esta era uma queda que ele estava feliz por tomar.
— Desculpe-me?
— Boneca...
— Nós podemos...
Iz ficou quieta.
— Eu te amo, Iz.
Como Izzy tirou taças de vinho disso, ele não tinha ideia.
— Desculpe?
— Querida...
— O que?
— Nada.
— Iz...
Izzy não.
— Iz...
Ela o cortou.
Era mais do que isso. Ele só não queria trazer para sua
cama com Izzy lá.
Ainda.
— É claro.
— Sim!
Ela estava gritando de novo, o rosto ficando franzido.
Era adorável.
— Certo.
— Como?
Izzy não.
Mais ou menos?
Dele.
E em mais ninguém.
Cobrindo-a.
Era isto.
Izzy.
Era isto.
Simples.
— Quer se limpar?
Ela acenou.
Johnny sorriu.
— Obrigada, querido.
Ela se lembrou.
Johnny
— Você vai fazer o que?
— Cabana?
— De certo modo.
— Sim. — Respondeu.
Não agora.
E ele era.
Ela assentiu.
E nem precisava.
Ele anunciou:
Ela o encarou.
— Então você vai ganhar o que quer que seja e vai ser
novo. — Ele retornou.
Ela ignorou aquilo e disse:
Cristo, ela era tão doce, ele queria fodê-la o tempo todo.
Sim.
Ele queria fodê-la o tempo todo.
— Vou ficar.
— Por quê?
Merda.
— Toby...
— Não.
— Ela é linda.
— Sei que ela é linda. Só estou dizendo que ela está fora
dos limites.
Toby era bom com motores. Ele não era melhor que
Johnny porque Johnny esteve enfurnado na oficina como seu
pai e avô.
— É. — Toby respondeu.
— Vou falar com Izzy para ver uma noite boa para você
passar lá e jantar, assim você pode passar mais tempo com
ela. — Johnny ofereceu.
Toby sorriu.
E então respondeu:
— Sim.
Johnny gargalhou.
— O que, querida?
Brooks gritou.
Todas vazias.
— Iz...
— Bem... sim.
Johnny
— Você sabe as constelações?
— Não.
Johnny gargalhou.
25
O tremoceiro é a planta fabácea cuja semente são os tremoços.
E então eles foram para lá. Se alojaram. No meio disso,
eles não tiveram brigas ou discussões. Iz só ia junto com
tudo.
E gostava de tudo.
Ela não ficou com nojo daquilo também, até o ponto que
ela assistiu seu segundo perca-sol nadar para longe, se virou
para ele e disse:
— Isso é divertido!
— Spätzchen...
Ela disse.
Então ele disse o que sabia. O que ele viu naquelas fotos
da selaria.
Ela negou com a cabeça dessa vez, mas não disse nada.
— É.
— Sim.
Ranger os seguiu.
— Sim, Johnny.
— Sim, Iz.
— Podemos acampar mais vezes?
— Absolutamente.
Vodca com infusão de frutas
Johnny
— Bom Deus, mulher! O que é isso em seu rosto? —
Dave perguntou meio segundo depois de entrar na sala de
jantar de Izzy.
26
All-terrain vehicle em inglês.
Izzy, aparentemente sem se afetar por seu homem ter
lama até os quadris, só acenou e respondeu:
Dave congelou.
27
Estilo de decoração para coisas gastas.
qualquer forma, um lar é um lar, não um estúdio. Todo
mundo é bem-vindo, com jeans enlameado e tudo.
Porra.
Droga.
Merda.
— As pessoas mudam.
— Ele vai fazer o que Toby sempre faz. O que quer que
ele queira.
— Margot...
— Isso devastaria Izzy. Ela ama ter sua irmã por perto.
Ela sorriu.
— Desculpe?
Ela engoliu.
Fungou.
Encolheu os ombros.
— Certamente.
Ela o deu isso e não foi a primeira vez que ela deu algo
que ele agradeceria pelo resto da vida.
28
Tradição em casamentos norte-americanos, Johnny nesta parte convida Margot para um futuro
casamento entre ele e Izzy.
—Entretanto, desde que pretendo ficar por aqui para
outro papel, é melhor você preparar Izzy. Porque todo mundo
sabe, o casamento de uma mulher não é realmente o dela. É
o casamento dos sonhos que a mãe dela sempre quis, e se
não for isso, é o casamento que a mãe dela determinou que
ela deveria ter. E eu dei à luz a três garotos e ajudei a criar
mais dois. As primeiras três mulheres tiveram mães. Agora é
minha vez.
O sol se pôs.
— Obrigada, häschen.
Ela sorriu.
E aí estava a felicidade.
Johnny
Segunda de manhã, Johnny estava lavando graxa das
mãos quando seu celular em seu bolso tocou.
Era Izzy.
— Hey, spätzchen.
— Johnny.
Deanna.
Merda.
Deanna não era durona, mas era forte e era uma das
mulheres mais bem estruturadas que Johnny já viu. Ela não
quebraria em nenhuma situação.
Exceto essa.
— Johnny!
Merda.
Cary assentiu.
Ela assentiu.
Ela piscou.
— Kent?
— O ex de Izzy.
Merda.
O ex assustador de Izzy era tão louco assim?
Stu.
Stuart.
Stuart Bray.
O Irmão de Shandra.
— Diga de novo?
Eles foram.
— Porra.
— Sim, Toby.
— Johnny?
— Ele iria.
— Não um bebê.
— Ele iria.
— Vou encontrá-lo.
Mas Eliza, com Toby e Dave, ambos com quem ele falou
antes dela chegar em casa, sabiam que ele suspeitava do
irmão de Shandra.
Mas mesmo que ela pudesse passar por isso, quando ele
encontrasse Stu e batesse nele até tirar sangue, ele ganharia
alguns socos extras só porque ele teve que contar a sua
mulher que o irmão de sua ex sequestrou seu sobrinho.
— Vá.
— Vamos lá.
Eles o seguiram para fora da porta de Izzy, pela varanda
e descendo os degraus.
— Você dirige.
— Sim.
— Certo.
— Obrigado, Sharlane.
Eles dirigiram.
— Norma...
Ele dirigiu.
Ele a cortou.
— Minha cabana?
— Sim. — Ela disse suavemente.
— Não.
— Ok.
Ele desligou.
— Ligue para eles. Diga que ele está seguro e que vamos
para casa.
Charlie assentiu, deu um olhar escuro para Shandra e
saiu.
— Eu ainda sinto...
Cary assentiu.
Cary sorriu.
— Sim.
— Não.
— Sim.
— Certo, querida.
Ela chamou:
29
Eu também te amo, em alemão.
Sou um Sonhador
Johnny
Tomou muito de Johnny assistir o homem andar pelo
ambiente em um macacão laranja.
— Vocês reataram?
Ele estava.
Por fim, havia sua irmã, que ele forçou a ser uma
testemunha por tudo isso... e mais que provavelmente nem
Johnny ou os policiais ficariam sabendo sobre.
Stu se reclinou.
Então disse:
Obrigado Cristo.
Johnny assentiu.
Ele abaixou o telefone.
Levantou da cadeira.
— Johnny.
— Talvez.
Agora aquilo....
Ela assentiu.
— Iz?
— Sim?
Izzy
— Isto tem cem por cento de chance de não funcionar.
— Disse decisivamente.
— Está falando sério? — Johnny respondeu, sem
esconder que estava ficando bravo.
— Sim.
Johnny continuou.
Quatro quilates.
30
Anel com uma pedra em formato quadrado no centro, rodeada por outras menores, cushion cut é
literalmente ‘corte de almofada’ em inglês.
— E enquanto estamos lutando, — Johnny continuou,
— posso compartilhar que Margot já está planejando o
casamento. Quando fui lá no outro dia porque Dave precisava
de ajuda para instalar a nova pia que Margot pediu online,
ela tinha revistas de noivas com cerca de setecentos post-it
colados e saindo para fora no balcão da cozinha. Ela disse
que ou você teria o casamento que ela sempre quis ou o que
ela determinar que você vai ter. Com Margot, tenho certeza de
que vai ser o último, mas eles dão na mesma. Então se
acostume, spätzchen, porque é garantido que qualquer
casamento que Margot se envolva vai sair da linha.
— Sim. — Concordei.
— Eu sei, häschen.
Eu fui.
— Iz.
— Amanhã?
— Vá em frente.
— Johnny...
Fiquei quieta.
Ele me enganou.
Sim.
Funcionou.
Eu amei.
Mas acordei.
Me virei.
Assumo.
Não senti.
Me aquecia.
— Sou um sonhador.
Encarei-o.
Ele me encarou.
Sorrindo.