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Bruno Cibrão
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Fluxo Monetário
Critérios de medida da atividade económica:
Produto Interno (PI) vs Produto Nacional (PN) A distinção entre estas duas medidas é feita através
da variável Rendimento Líquidos com o Exterior (RLX):
O produto interno traduz o valor da produção realizada no
território do país, independentemente da produção ter sido
RLX – rendimentos transferidos para o nosso país de
realizada por nacionais ou estrangeiros (residentes ou não
residentes). fatores de produção que os residentes desse país
possuem no estrangeiro, subtraído dos rendimentos
Por sua vez, o produto nacional reflete o valor da produção deslocados para fora do país de fatores de produção
realizada pelos nacionais (residentes) do país em causa, de não residentes.
independentemente da produção ter sido efetuada no território
do país ou fora deste.
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Daqui podemos obter: Produto Bruto (PB) vs Produto Líquido (PL)
PI = PN - RLX
Se considerarmos que o valor dos equipamentos se Produto a custo de fatores (Pcf) vs Produto a preços de mercado (Ppm)
reduz (amortizações) em virtude do desgaste que
estes equipamentos sofrem no processo produtivo, O produto a custo de fatores (Pcf) engloba apenas a
então devemos incorporar as amortizações no cálculo remuneração dos fatores de produção, enquanto que o
do valor da produção. Assim temos: produto a preços de mercado (Ppm) é composto pelo Pcf
acrescido dos impostos indiretos (Ti) e diminuído dos
subsídios (Sub):
PL = PB – A
PB = PL + A Ppm = Pcf + (Ti – Sub)
Pcf = Ppm – (Ti – Sub)
Produto a preços correntes vs Produto a preços constantes Antes de se apresentarem as diferentes óticas de
medição do produto, convém referir que esse estudo
O produto pode ser valorizado a preços correntes (produto pode ser feito considerando:
nominal) ou a preços constantes (produto real).
Economia fechada sem Estado;
O produto nominal é aquele em que os bens e serviços são Economia fechada com Estado;
valorizados a preços desse ano, enquanto que o produto real Economia aberta com Estado.
é aquele em que os bens e serviços produzidos nos
Uma vez que será considerada a presença das famílias,
diferentes anos são valorizados a preços de um mesmo ano.
empresas, Estado e exterior, então a análise será feita
Esta temática será desenvolvida mais à frente. sobre uma economia aberta com Estado.
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O principal agregado que é possível obter através da Produto interno bruto (PIB) – produção total de bens e
Contabilidade Nacional é o PIB, podendo este ser serviços finais (bens e serviços que se destinam a ser
calculado segundo três óticas diferentes: consumidos, investidos ou exportados, e não
consumidos na produção de outros produtos)
Ótica da Produção – permite conhecer o contributo de
realizada num certo país num determinado período
cada ramo para o conjunto da economia;
de tempo.
Ótica do Rendimento – permite conhecer quanto
coube ao fator trabalho e quanto coube ao fator
capital;
Ótica da Despesa – permite saber como foi utilizada a
produção em consumo e em investimento.
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Para se evitar erros no cálculo do PIB, podem ser Assumindo o método dos valores acrescentados temos:
utilizados dois métodos:
PIB = Σ Valor Acrescentado Bruto (VAB) de cada produtor
Métodos dos valores acrescentados – obtido pela
diferença entre o valor das vendas e o valor das
compras efetuadas para se realizar a produção;
Lavrador 50 20 30
De realçar que o trigo e a farinha são consumidos na
Moleiro 75 50 25 produção do pão, pelo que apenas este representa
um produto final.
Padeiro 100 75 25
Nesta ótica o valor de produção de um país é dado Rendimento Interno (RI) = PILcf = RemT + RemC
pela soma das remunerações dos fatores de produção
que intervieram no processo produtivo: R+J+L
Nesta temática convém fazer uma referência ao A despesa interna (DI) é a despesa efetuada em bens
conceito de rendimento disponível dos particulares e serviços finais produzidos internamente, pelo que
(Yd). Uma parte do Yd destina-se a financiar o esta acaba por coincidir com PIBpm na medida em que
consumo (C), enquanto que o restante representa a as componentes da despesa são valorizadas ao preço
poupança (S). de venda ao utilizador final.
Yd = C + S
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A despesa feita em bens e serviços finais classifica-se Investimento “Bruto” (Ib) – é composto pela soma da
da seguinte maneira: Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), ou seja,
despesa em máquinas, veículos, edifícios ou outro
Consumo privado (C) – valor dos bens e serviços
capital produtivo, com a Variação das Existências
utilizados na satisfação das necessidades
(VE), ou seja, a variação dos bens que se encontram
individuais dos membros das famílias;
armazenados e ainda não vendidos;
Consumo público (G) – despesa efetuada pelo
Estado ao fornecer serviços que se destinam a Uma pequena nota para referir que a FBCF é por sua
satisfazer necessidades coletivas públicas, tais vez composta pela soma da Formação Líquida de
como a educação e o policiamento; Capital Fixo, com as Amortizações.
Estes quatro elementos constituem a procura global. Procura Interna Procura externa
Se à DI acrescentarmos os Rendimentos Líquidos com O PIB pode ser valorizado a preços correntes (PIB
o Exterior (RLX), obtemos a despesa nacional (DN): nominal) ou a preços constantes (PIB real).
Agregado nominal
IPC 100
Deflator do PIB * Deflator do PIB ) Agregado real
Taxa de inflação |) 100
Deflator do PIB )
Ou