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INTRODUÇÃO
Prezado aluno,
Bons estudos!
1 NÚMEROS REAIS
2
= 0,5
4
1
̅2
= 0,142857142857 … = 0,1485̅7̅
7
𝜋 = 3,141592653589793...
2 1
Nesses exemplos, é representado por um decimal finito; já é representado
4 7
por um decimal periódico, também conhecido como dízima periódica. A barra sobre
142857 destaca que essa sequência se repete indefinidamente. No caso do π, temos
uma expansão decimal infinita, mas não periódica (ROGAWSKI, 2008).
Denota-se o conjunto dos números reais por R, em negrito. Utiliza-se o símbolo ∈ para
indicar que “pertence a”, com em:
Vejamos agora alguns conjuntos que estão contidos no conjunto dos números
reais: elemento “pertence” a um conjunto. Subconjunto “está contido” em um conjunto.
letra Q. Cabe destacar que os números como π e √2 não são racionais, e sim
denominados irracionais (ROGAWSKI, 2008).
A reta numérica nos permite visualizar os números reais como pontos sobre
ela. A Figura 1, a seguir, mostra o conjunto dos números reais representado como
uma reta.
Você já consegue definir o conjunto dos números reais maiores que zero
(positivos) sobre a reta real.
Na Figura 2, um círculo aberto sobre o zero indica que o mesmo não está dentro
do intervalo numérico representado. O mesmo pode ser observado na Figura 3, a
seguir, com a representação dos números reais negativos, ou menores que zero.
Sempre que for necessário representar conjuntos numéricos em uma reta, caso
o primeiro número da sequência a ser representada pertença ao conjunto desejado, o
círculo deverá ser preenchido, o que também deverá ocorrer com o último número da
sequência a ser representada. Como exemplo, verifique que, na Figura 4, está
representado o intervalo entre o número 2, inclusive, até o número 4:
Rogawski (2008) destaca que, dados os números reais a < b, teremos quatro
números reais x, tais que a ≤ x ≤ b. Note que a e b fazem parte e estão contidos no
intervalo. Algebricamente, podemos representar da seguinte forma:
[a, b] = {x ∈ R: a ≤ x ≤ b}
−4
=∄
0
Zero dividido por qualquer número real será sempre zero:
0 0
=0 ; =0
7 −10
50 = 1 ; (-9)0 = 1
54 = 625 ; (-9)2 = 81
27 ÷ 24 = 27-4 = 23 = 8
( 9 ) = (−3) = (-3) = 9
+7 -2 = +5
-11 +4 = -7
-2,35 + 8 = +5,65
metálico sinuoso, então f é contínua se seu gráfico consiste num único pedaço de
arame como na Figura 1. Uma quebra no arame como na Figura 2 é denominada uma
descontinuidade (ROGAWSKI, 2008).
isso, na Figura 1, existe lim e é igual ao valor funcional f(c). Isso sugere a definição
𝑥→𝑐
I, então dizemos que f(x) é contínua em I. Se I for um intervalo [a, b] ou [a, b) que
inclua a como extremidade esquerda, exigimos que lim f(x) = f(a) . Então é exigido
𝑥 → 𝑎+
que lim f(x) = f(b) se I incluir b como extremidade direita. Se f(x) for contínua em
𝑥 → 𝑏−
Exemplo 1
(b) g(x) = x
Solução
2.1 Descontinuidades
Para entender melhor a continuidade, vejamos algumas maneiras pelas quais uma
função pode deixar de ser contínua (ROGAWSKI, 2008). Lembre que a continuidade
num ponto requer mais do que a simples existência de um limite. Para f(x) ser contínua
1. existe ,
2. existe f(c) e,
3. são iguais.
lim f(x) = 5 / mas / f(2) = 10 → O limite existe mas não é igual ao valor da função.
𝑥→2
Figura 5 - Descontinuidade removível: a descontinuidade pode ser removida
redefinindo f (2).
mas não forem iguais. A Figura 6 mostra duas funções com descontinuidades de salto
em c = 2. Ao contrário do caso removível, não podemos tornar f(x) contínua
redefinindo f(c).
Exemplo 2
Função definida por partes - Discuta a continuidade da função F(x) definida por:
𝑥 𝑠𝑒 𝑥 < 1
F(x) = {3 𝑠𝑒 1 ≤ 𝑥 ≤ 3
𝑥 𝑠𝑒 𝑥 > 3
Solução
nos pontos de transição x = 1 e x = 3, onde a fórmula para F(x) muda (Figura 7).
Além disso, o limite pela direita é igual ao valor funcional F(1) = 3, portanto F(x) é
contínua à direita em x = 1. Em x = 3,
Ambos limites laterais existem e são iguais a F(3), portanto F(x) é contínua em x = 3.
limites laterais for infinito (mesmo se a própria f(x) não estiver definida em x = c). A
(ROGAWSKI, 2008). Observe que x = 2 não pertence ao domínio das funções nos
casos (A) e (B).
infinidade de vezes entre +1 e −1 quando x → 0 (Figura 9). Nenhum dos dois limites
1. f(x) tem máximo absoluto (global) em x = c e se f(x) ≤ f(c) para cada x no domínio
em que estamos trabalhando;
3. f(x) tem um mínimo absoluto (global) em x = c se f(x) ≥ f(c) para cada x no domínio
em que estamos trabalhando;
4. f(x) tem um mínimo relativo (ou local) em x = c se f(x) ≥ f(c) para cada x em um
intervalo (a,b), de modo que a < 𝑐 < 𝑏. Em outras palavras, c está contido em algum
lugar dentro do intervalo e não será nenhum dos pontos de extremidade. Além disso,
chamaremos coletivamente os pontos mínimo e máximo de uma função de extremos
da função. Assim, extremos relativos se referem aos mínimos e máximos relativos,
enquanto extremos absolutos se referem aos mínimos e máximos absolutos.
Há uma diferença entre o absoluto e o relativo na definição anterior. Teremos
um máximo absoluto (ou mínimo) em x = c quando f(c) é o maior (ou o menor) valor
que a função assumirá no domínio em que estamos trabalhando. O domínio em que
estamos trabalhando se refere simplesmente ao intervalo de x que escolhemos
Figura 1 - Esquema de uma função, com destaque para os pontos críticos, máximos
e mínimos relativos e absolutos.
1
f(x) = em [ -1,1 ]
𝑥2
um mínimo (x = c). Além disso, nesse caso, um dos extremos absolutos ocorreu no
ponto de descontinuidade, mas não é necessário. O mínimo absoluto poderia
facilmente estar no outro ponto final ou em algum outro ponto no interior da região.
Portanto, esse gráfico não é contínuo, mas tem ambos os extremos absolutos.
Dawkins (2020) explica que precisamos ter cuidado para usar o teorema do
valor extremo apenas quando as condições do teorema forem atendidas e não
interpretar mal os resultados se as condições não forem atendidas. Para usar o
teorema de valor extremo, devemos ter um intervalo que inclua seus pontos finais,
geralmente chamado de intervalo fechado, e a função deve ser contínua nesse
intervalo. Se não tivermos um intervalo fechado e/ou a função não for contínua no
intervalo, a função pode ou não ter extremos absolutos.
Nesta seção, abordaremos dois importantes teoremas que nos auxiliam nos
problemas envolvendo máximos e mínimos: o teorema de Rolle e o teorema do valor
médio. Vamos abordá-los aqui, conforme Hughes-Hallett et al. (2011) e Dawkins
(2020).
3. f(a) = f(b).
Caso 1
f(x) = k em [a,b] onde k é constante. No caso em que f’(x) = 0 para todos os pontos
em [a,b], tomamos um número c qualquer em [a,b].
Caso 2
Há algum número d em um intervalo (a,b) tal que Tendo em vista o teorema do valor
extremo, onde f(x) é contínua em [a,b], sabemos que f(x) terá um máximo dentro de
[a,b]. Isso também ocorre em virtude de f(a) = f(b) e Sabemos que de fato o valor
máximo terá ocorrido em algum ponto c que está no intervalo aberto (a,b), ou Porque
Caso 3
Existe algum número d em (a,b) tal que f(d) < f(a). De modo idêntico ao caso 2, pelo
teorema do valor extremo, f(x) terá um mínimo em [a,b]. Porque f(a) = f(b) e f(d) <
f(a), sabe-se que o mínimo existe em x = c, onde a < c < b. Pelo teorema de Fermat,
sabemos que f’(c) = 0.
𝑓(𝑏)−𝑓(𝑎)
f’(c) = ou f(b) - f(a) = f’(c) (b - a)
𝑏−𝑎
Figura 5 - Gráfico da função f(x) em vermelho com a linha secante em azul entre os
pontos A e B no intervalo [a,b].
𝑓(𝑏)−𝑓(𝑎)
y = 𝑓(𝑎) + (𝑥 − 𝑎)
𝑏−𝑎
[a,b], sendo linear ou polinomial (contínuos em todo lugar). Sabemos que g(x) deve
também ser contínuo em [a,b]. Observamos que g(x) deve ser diferenciável em (a,b)
𝑓(𝑏)−𝑓(𝑎)
g’(x) = f’(x) -
𝑏−𝑎
Nesse ponto, existe em (a,b), porque assumimos que f’(x) existe em (a,b), e o
último termo é apenas uma constante. Finalmente, temos:
𝑓(𝑏)−𝑓(𝑎)
g(a) = f(a) – f(a) - (a – a) = f(a) – f(a) = 0
𝑏−𝑎
𝑓(𝑏)−𝑓(𝑎)
g(b) = f(b) – f(a) - (b – a) = f(b) – f(a) – (f(b) – f(a)) = 0
𝑏−𝑎
Em outras palavras, g(x) satisfaz as três condições do teorema de Rolle, e deve haver
um número c de tal modo que a < 𝑐 < 𝑏 e:
𝑓(𝑏)−𝑓(𝑎) 𝑓(𝑏)−𝑓(𝑎)
0 = g’(c) = f’(c) - → f’(c) =
𝑏−𝑎 𝑏−𝑎
Exemplo
Uma fábrica precisa construir um objeto com 45 m2 de volume com uma basequadrada
e sem a parte superior. Determine as dimensões da caixa que irão maximizar o volume
fechado.
Observe que, como não há topo, o primeiro termo não terá o 2 que o segundo
e o terceiro termos têm. Tenha cuidado com isso, porque é fácil se perder se não
houver atenção. Estamos sendo solicitados a maximizar o volume para que a equação
seja V = lwh = w2h. Seguimos em frente e usamos o fato de que, em ambas as
equações, para reduzir as três variáveis, há duas variáveis.
Agora, vamos resolver a restrição para h, que evitará as raízes, além de haver
apenas um h no vínculo.
45−𝑤2
h=
4𝑤
O volume será:
2
2 45−𝑤
V(w) = w ( ) = 1 w(45 – w2) = 1 (45w – w3)
4𝑤 4 4
1 1 45
V’(w) = (45 – 3w2) → (45 – 3w2) = 0 → w = ± √ ( ) = ± √15
4 4 3
Com isso, podemos ver que a segunda derivada é sempre negativa para
positiva w que sempre teremos para esse caso, desde que w é a largura de uma
caixa. Sendo w positivo, V(w) será sempre côncavo para baixo e, portanto, o único
ponto crítico que obtivemos anteriormente deve ser um máximo relativo; ou seja, deve
ser o valor que fornece um volume máximo.
Agora, vamos terminar o problema obtendo as dimensões restantes.
45−15
l = w = √15 = 3,8730 = 1,9365
4√15
l = w = 3,8730 e h = 1,9365
4 FUNÇÃO
A função é uma relação entre dois elementos explica Vaccaro e Accaro (2001).
Sejam dois conjuntos, por exemplo, A e B; uma função é a relação que cada elemento
de A associa a um único elemento de B, indicadas por:
f:A→B
A relação entre os conjuntos A e B é dada por uma regra de associação por meio da
expressão:
y = f(x)
Uma função f (de uma variável real) é um mecanismo que, a um número real
x, chamado entrada (ou variável), associa um único número real construído a partir
de x, denotado f(x) e chamado saída (ou imagem). Essa associação costuma ser
denotada da seguinte forma:
x → f(x)
Uma forma de representar a função no plano cartesiano é pelo seu gráfico, pois
este permite extrair a informação essencial contida na função. Seja f uma função com
domínio D. A construção do gráfico consiste em traçar todos os pontos do plano
cartesiano desta forma: (x, f(x)); onde x ∈ D. Por exemplo, a Figura 1 ilustra f tendo
um domínio D = [a,b].
Quando x varre o seu domínio [a,b], o ponto (x, f(x)) traça o gráfico de f.
f(x)= x2, x ∈ :ℜ
f é sobrejetora de A em B ⇔ (∀ y ∈ B) (∃ x ∈ A) (y = f(x))
Note que dizer que uma função é sobrejetora é o mesmo que mostrar que Im(f)
= C(f). Ou seja, para qualquer função, sempre será verdade que Im(f) ⊆ C(f), porém,
somente para as funções sobrejetoras poderemos escrever Im(f) = C(f).
Vamos ilustrar o significado dos zeros de uma função por meio dos gráficos a seguir,
os quais representam as funções:
f(x) = 1 + x + x2
f(x) = 1 + x + x2 + x2
f(x) = 1 + x + x2 + x2 + x4
1 + 𝑥 + 𝑥2
f(x) =
1 + 𝑥 + 𝑥2 + 𝑥3
f(x) = |x|
f(x) = x2/3(x – 2)2
f(x) = x2/3(x – 2)2
f(x) = x3
valor de x onde a curva corta (ou toca) o eixo x. Caso isso não ocorra, dizemos que a
função não possui raiz real. Para encontrar algebricamente as raízes de uma função,
igualamos f (x) a zero e resolvemos a equação.
2.
Figura 4.
2
O gráfico da função racional f (x) = 1+𝑥+𝑥
é representado na Figura 5.
1+𝑥+𝑥2+𝑥3
1+𝑥+𝑥2
Figura 5 - Gráfico da função racional f (x) =
1+𝑥+𝑥2+𝑥3
−𝑥, 𝑥 < 0
O gráfico da função valor absoluto |x| = { é representado na Figura
𝑥, 𝑥 ≥ 0
6.
−𝑥, 𝑥 < 0
Figura 6 - Gráfico da função valor absoluto |x| = {
𝑥, 𝑥 ≥ 0
em c unidades.
Essa função é simétrica em relação ao eixo y (função par). O gráfico dela é simétrico
com respeito ao eixo vertical.
Essa função é simétrica em relação à origem (função ímpar). O gráfico dela é simétrico
em relação à origem.
5 TIPOS DE FUNÇÕES
É toda função f cuja regra de associação é da forma f(x) = p(x) / q(x), onde
p(x) e q(x) são funções polinomiais. Note que uma função racional está definida em
qualquer domínio que não contenha raízes do polinômio q(x).
Uma função é dita racional quando se encontra representada pelo quociente
entre dois polinômios, sendo o divisor um polinômio não nulo.
O domínio de uma função racional f(x) = N(x) / D(x) é dado por:
Df = {x ∈ R / D(x) ≠ 0}
Ou seja, o domínio desse tipo de função são os todos os números reais, exceto
o(s) valor(es) que torne(m) o denominador nulo.
Graus –180° –135° –90º –45° 0° 30° 45° 60° 90° 135° 180°
θ
–π – 3π/4 – π/2 – π/4 0 π/6 π/4 π/3 π/2 3π/4 π
(radianos)
tg θ 0 1 — –1 0
√3/3
1 √3 — –1 0
sen: R → R
x → sen(x) y = sen x
Figura 1 - Função seno
D(sen) = ] -∞, +∞ [
Im(sen) = [ – 1, +1]
Período = 2 π
cos: R → R
x → cos(x) y = cos x
tg: A → R
y = tg(x)
restringindo o domínio ao intervalo [–π/2; π/2], obtemos uma função bijetora cuja
inversa denominamos função arco-seno.
Temos, para x ∈ [–π/2; π/2] e y ∈ [–1;1]:
sen y = y ⇔ x = arcsen y
Observe a Figura 4.
expa : R → ]0, ∞[
x → ax
loga : ]0,∞[ → ℜ
x → loga x
x y=x
1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
6 6
7 7
𝑦2−𝑦1
Note que a = , e isso ocorre para quaisquer dois pontos escolhidos, pois
𝑥2−𝑥1
os triângulos formados são semelhantes. Essa razão é constante para cada função e
depende apenas da inclinação da reta. Por esse motivo, a é denominado coeficiente
angular, também conhecido como declividade ou taxa de variação.
2
Se você ainda não estudou essa lei, aprenderá que d = (1 )Gt . Nessa
2
fórmula:
𝑝𝑒𝑠𝑜(𝑘𝑔) 𝑝𝑒𝑠𝑜(𝑘𝑔)
IMC = ou seja, IMC =
𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 (𝑚)−𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 (𝑚), 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 (𝑚)2
Note que, nas equações dos exemplos acima, as variáveis independentes (t,
m) estão em segunda potência. Portanto, o que temos são equações do segundo grau
(funções quadráticas).
Vimos que a equação do segundo grau terá de zero até duas raízes reais e
pode ser escrita, de forma geral, como y = ax² + bx + c. Assim, para resolvê-la,
utilizamos a conhecida fórmula de Bhaskara, que nos permite encontrar as raízes da
função quadrática. Para isso, vamos relembrá-la:
−𝑏 ± √𝑏2 − 4𝑎𝑐
2𝑎
Para resolver essa fórmula, olhamos para a forma geral da função quadrática
e buscamos seus elementos: a, b e c. Friedrich e Manzini (2010) lembram que a
−𝑏 ± √∆
𝑥=
2𝑎
Exemplo
A Figura 4 mostra uma reta L1 com declividade 2. Note que, nessa reta, o
𝑦2 − 𝑦1 ∆𝑦
𝑎= =
𝑥2 − 𝑥1 ∆𝑥
Observe que uma reta com declividade positiva se inclina para cima, da
esquerda para direita (y cresce à medida que x cresce), enquanto uma reta com
Exemplo
seja, em (0, c). Os pontos em que as funções cortam o eixo x são as raízes ou os
zeros da função. Para encontrá-los, basta resolver a equação do segundo grau f(x) =
0.
6.7 Vértice da parábola
Uma parábola tem infinitos pontos; um deles é o vértice v(xv , yv). O vértice se
encontra no ponto médio das raízes da equação do segundo grau e pode ser obtido
−𝑏
pela seguinte fórmula xv = . Para encontrar o yv , basta substituir o valor do x
2𝑎
−∆
encontrado na função ou fazer yv = (FRIEDRICH; MANZINI, 2010). Observe no
4𝑎
Exemplo
Se a > 0, o vértice é o ponto que tem o menor valor de y entre todos os pontos
da curva. Por isso, é chamado também de ponto de mínimo absoluto da função.
Assim, o ponto mínimo da função y = x2 – 4x + 3 é o ponto (2, –1), como mostra a
Figura 8.
Exemplo
Você já viu que uma relação de dependência como essa é chamada de função.
Em geral, utiliza-se notação similar à seguinte:
34𝑡+ 40
P(t) =
𝑡2+ 5𝑡
34.(0)+ 40
P(0) = =8
(0)2+ 5
34.(1) + 40
P(0) = 2 = 10,86
12
( )+5
2
34.(1)+ 40
P(1) = = 12,33
(1)2+ 5
t), enquanto t é uma variável independente. Os possíveis valores para t são aqueles
maiores ou iguais a zero e menores ou iguais a 48, pois t representa o número de
horas passadas após o início do experimento, o qual teve duração de 48 horas.
Mendes e Bueno ([201-?)] explicam que uma função pode ser útil para compreender
melhor uma situação.
Exemplo
e t é a idade de uma criança (em anos), então a dose para a criança é dada por:
D(t) = 2 ta
25
Se a dose para um adulto é de 500 mg, qual é a dose para a uma criança de
quatro anos?
Solução:
D(4) = 2
. 4 . 500 → D(4) =160 mg
25
Portanto, a dose para uma criança de quatro anos deve ser de 160 mg.
7 DERIVADA DE FUNÇÃO DE UMA VARIÁVEL
y=a∙x+b
∆𝑦 𝑦2−𝑦1
a = tg𝛼 = =
∆𝑥 𝑥2 − 𝑥 1
cateto adjacente. Deste modo, a divisão entre eles gera a tangente do ângulo α. Esse
ângulo está entre o eixo x e a reta f(x), o que pode ser visto porque o cateto adjacente
Exemplo 1
Dado uma reta onde os pontos A (0,1) e B (2,5) a ela pertencem, calcule o
coeficiente angular. Calculando o valor coeficiente angular como visto anteriormente:
∆𝑦 𝑦𝐵−𝑦𝐴 5−1 4
a= = = = =2
∆𝑥 𝑥𝐵− 𝑥𝐴 2−0 2
No entanto, nem todas as funções são lineares. Assim, o coeficiente linear para
uma função que não é uma reta passa a ser um valor instantâneo (STEWART, 2013).
Por isso, podemos utilizar a equação de uma reta como uma reta tangente à função
não linear para determinar seu grau de inclinação naquele ponto (Figura 2).
Exemplo 2
onde:
Exemplo 3
Substituindo no limite:
Agrupando os limites:
Agrupando os limites:
Exemplo 4
Exemplo 5
Considere que você está em uma sala com o ar-condicionado ligado e que a
porta esteja aberta. Se você caminhar em direção à porta, perceberá que a
temperatura vai aumentando, mas, ao caminhar em direção ao ar-condicionado, a
temperatura vai diminuindo (STEWART, 2008).
A derivada direcional ajuda a determinar essa taxa de variação da temperatura
em relação à direção que você caminha.
Se f(x, y) compreende uma função de duas variáveis, as derivadas parciais de
Exemplo
f( x,y ) = x2 + xy
Em P (1,2) na direçãodo vetor unitário:
1
𝑢=( , 1 )
√2 √2
𝐷 𝑓 (x y ) = lim (𝑓(𝑥0+ℎ𝑎,𝑦0+ℎ𝑏)−𝑓(𝑥0,𝑦0))
𝑢 0, 0
ℎ
ℎ →0
1 1
𝑓(1+ℎ. , 2 +ℎ. )−𝑓(1,2)
𝐷 𝑢 𝑓 (1, 2) = lim √2 √2
ℎ →0 ℎ
ℎ 2 ℎ ℎ
(1+ ) +(1+ )(2+ ) − (12+1.2)
= lim √2 √2 √2
ℎ →0 ℎ
2ℎ ℎ2 3ℎ ℎ2
(1+ 2+ 2 )+(2+ 2+ 2 )−3
√ √
= lim
ℎ →0 ℎ
5ℎ
+ℎ2 5 5
= lim √2 = lim ( + ℎ) =
ℎ →0 ℎ ℎ →0 √2 √2
5
Concluímos do exemplo que 𝐷 𝑢 𝑓 (1,2) = . Podemos dizer que a taxa de
√2
1 1 5
𝑢=( , ) é de .
√2 √2 √2
a y.
Exemplo 1
fx (x,y) = 2x + y → fx (1,2) = 2 . 1 + 2 = 4
fy (x,y) = x → fy (1,2) = 1
Assim,
=4. 1 +1. 1
√2 √2
4 1 5
= + =
√2 √2 √2
Exemplo 2
Sabemos que
fx (x,y) = 3x2 – 3y
fy (x,y) = 3x + 8y
Assim,
𝐷 𝑢 𝑓(x,y)= fx (x,y). a + fy (x,y). b
√2 √2
= (3x2 – 3y). +(-3x +8y) .
2 2
√2
= (3𝑥2 − 3𝑥 + 5𝑦)
2
Exemplo 3
𝑣⃗ = (4,3).
Então, o versor de 𝑣⃗ é
𝑣⃗ (4,3) 4 3
𝑢= = =( , )
|𝑣⃗ | 5 5 5
4 3
𝑢= ( , )
5 5
a)
𝐷 𝑢 𝑓(x,y) = fx (x,y). a + fy (x,y). b
2).
4 3
= (6𝑥 + 5𝑦 + (𝑠𝑒𝑛 𝑦 + 10 𝑥𝑦.
5 5
24𝑥 3 𝑠𝑒𝑛 𝑦
+ 4𝑦2 + + 6𝑥𝑦
5 5
24𝑥 3𝑠𝑒𝑛 𝑦
𝐷 𝑓(x,y) = +4y2 + +6xy
𝑢 5 5
b)
24 (−1) 3𝑠𝑒𝑛 (0) 24
𝐷 𝑓(-1,0) = + 4 (0)2 + + 6 (-1)(0) = -
𝑢 5 5 5
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bookman, 2015.
ANTON, H.; BIVENS, I.; DAVIS, S. Cálculo. 10. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014. v. 1.
ÁVILA, G. S. S. Análise matemática para licenciatura. 3. ed. São Paulo: Blucher, 2006.
HOFFMANN, L. D. et al. Cálculo: um curso moderno e suas aplicações. 11. ed. Rio de
LTC, 2011. v. 1.
Learning, 2014.