Ficha de Resumo da Cadeira de Desenvolvimento Sustentável
Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia
Obs. Estudante: Pág.
Bibliografia: Ferreira, J. (2016). Perspectivas de Desenvolvimento Sustentável. Clássica editora: Lisboa Tema: Perspectivas de Desenvolvimento Sustentável Concernente aos A presente obra aborda sobre as “Perspectivas de Desenvolvimento dez capítulos Sustentável”, possui 10 capítulos. encontrados no Portanto, o primeiro capítulo explana sobre “o conceito de Desenvolvimento tema, percebo Sustentável”. Os termos sustentável (S) e desenvolvimento sustentável (DS) que estes começaram a ser referidos frequentemente a partir de 1987 aquando da abordam publicação do relatório Brundtland - Our Common Future, no qual o termo entorno de Desenvolvimento Sustentável foi pela primeira vez explicitado num documento 1 Desenvolviment institucional de uma organização internacional ligada à política de o Sustentável, desenvolvimento, sendo definido como”. "Development that meets the needs of assim, trazendo present generations without compromising the ability of future generations to consigo meios meet their own needs". Esta frase do Relatório de Brundtland contendo uma tão que façam com breve definição de Desenvolvimento Sustentável passou, no entanto, a ser que os recursos vulgarmente utilizada como definição standard “padrão” de Desenvolvimento renováveis e não Sustentável e é um conceito bastante complexo. á renováveis, Finalizando, estes conceitos de Sustentável e Desenvolvimento sustentável devem sejam ser vistos como sinónimos porque, sempre que se falar do termo conservados da “desenvolvimento”, estará se abordando Desenvolvimento Sustentável. Para se melhor maneira ter a definição global de Desenvolvimento Sustentável, devem existir o possível. Para reconhecimento da interactividade e complementaridade entre três sistemas: que haja uma Económico, Ambiental e Social; O reconhecimento de que o Ambiente está 206 melhor limitado fisicamente e por fim; A assunção de que o Ambiente produz stocks e conservação gera fluxos de bens e de serviços naturais diferenciados que são, na maioria dos destes recursos casos, insubstituíveis ou dificilmente substituíveis pela actividade humana: estes renováveis e não bens e serviços naturais são de diversos tipos e podem ser usados ou usufruídos renováveis, os quer pela economia quer pela sociedade, de diferentes formas, directa ou governos de indirectamente. todo o mundo, Comuns, Anticomuns e Tragédias: uma aplicação ao caso da aquacultura em estabeleçam leis Portugal que possam O segundo capítulo com o tema acima, diz que na literatura sobre Economia dos reforçar a Recursos Naturais e Ambiente, é difícil encontrar um conceito tão pouco claro conservação e como "comuns ou propriedade comum”. Os conceitos Os termos são usados que exista meios repetidamente para referir situações muito similares e que incluem: propriedade que difundam as do Estado. No entanto, para corrigir a confusão, devemos reconhecer que o termo tais leis “Propriedade” refere-se não a um objecto ou recurso natural mas sim ao fluxo de existentes benefícios que deriva do uso desse objecto ou recurso. Na linguagem em comum, concernentes a terra e propriedade são termos que se confundem mas, na essência, a propriedade protecção do é o fluxo de benefícios que um utilizador detém actualmente e que o Estado e a meio dos sociedade concordam em proteger. recursos Livre Acesso e Tragédias renováveis e não A natureza de “propriedade comum” dos recursos ou o livre acesso aos recursos e renováveis. a presença de externalidades no processo de captura, implicam soluções de equilíbrio de mercado não socialmente eficientes. A tragédia reflecte-se na sobre exploração dos recursos e na sobre capacidade do sector. Assim, uma solução para ultrapassar o impasse em torno do termo “propriedade comum” é a distinção entre recursos e regime. Um recurso particular pode ser utilizado segundo diferentes regimes de propriedade. No entanto, quatro possíveis regimes para os recursos naturais. Estes regimes são definidos pela estrutura de direitos e deveres que caracterizam os domínios individuais de escolha e incluem: Propriedade Estatal; Propriedade Privada; Propriedade Comum e Livre Acesso. A Emergência dos “Anticomuns” “Anticomuns” podem ser entrevistos através de um regime de propriedade no qual os múltiplos proprietários asseguram um conjunto de direitos efectivos de exclusão para um dado recurso escasso. Só que, neste caso, a exclusividade afecta os próprios co-utilizadores. A extensão dos direitos de exclusão é tal que cada um só pode usar o recurso comum se não houver a oposição por outro ou outros utilizadores autorizados. O problema central reside no facto da coexistência de direitos de exclusão múltiplos criar condições para um sub-óptimo no uso do recurso comum e perda de valor. Assim, podemos identificar o caso dos anticomuns como produzindo outra tragédia, algo como um efeito de espelho da “tragédia dos comuns”: quando os agentes têm o direito para excluir outros do uso de um recurso escasso e ninguém tem um privilégio efectivo para usar o recurso, estamos em presença de uma “Tragédia de Anticomuns”.
O capítulo Turismo Sustentável e Áreas Marinhas Protegidas diz que o
turismo sustentável tem sido sugerido como um meio da conservação da natureza, além de contribuir para a conscientização ambiental dos turistas. o turismo sustentável pode contribuir para a economia local, bem como consciencializar os visitantes e comunidades para a conservação da natureza. E, Áreas Marinhas Protegidas existem há centenas de anos, nomeadamente no Pacífico. Contudo, os líderes comunitários desta região estabeleceram áreas onde era proibido o uso extractivo dos recursos marinhos, permitindo assim a regeneração dos recursos marinhos. é amplamente reconhecido que o turismo pode ter um impacto positivo ou negativo sobre os sistemas ecológicos c comunidades locais. Neste sentido, existe a necessidade de uma estratégia de turismo sustentável para as AMPs, que inclua a participação de todos os interessados, no sentido de regular as actividades de turismo para que seus impactos possam ser minimizados. Assim sendo, o Relatório ICLEI/ PNUMA sobre Turismo e Agenda 21 Local (ICLEI/UNEP, 2003), diz que uma estratégia de turismo sustentável deve: - Incentivar a participação dos stakeholders na concepção e gestão das actividades turísticas; - Desenvolver um conjunto de acções que levem em conta as questões económicas, sociais e ambientais do turismo; - A estratégia para o turismo sustentável deve ser incluída num contexto mais amplo do desenvolvimento sustentável e incluir os pontos de vista de todas as partes interessadas. Arqueologia de Salvamento: que valor para a sociedade? O quarto capítulo supracitado, fala que a destruição maciça de edifícios, monumentos e sítios sofridos por alguns países no decorrer das duas grandes guerras mundiais levou a que, nos anos subsequentes à 2.a Guerra Mundial, na Europa se começasse a procurar formalizar a preocupação de salvamento dos bens culturais não renováveis. Nesta linha de acautelamento de danos patrimoniais, a Directiva. Relativa a Estudo de Impacto Ambiental “EIA”, introduziu o princípio do poluidor-pagador segundo o qual a Perda patrimonial é resultado da intervenção humana e quem vai beneficiar da mudança deve pagar pelos custos do trabalho de minimização desses impactes negativos. Concluo dizendo que é imperioso se compreender o valor que o conhecimento arqueológico traz para a promoção da identidade cultural e o desenvolvimento económico de Portugal. Assim, devem existir actividades de valorização associadas destes patrimónios. O valor económico do Voluntariado no CNE - Corpo Nacional de Escutas é o quinto capítulo e traz aspectos seguintes: o trabalho voluntário tem sido visto como um recurso bastante valioso embora de difícil valorização. Existem dois tipos de voluntariado: voluntariado informal e informal. o voluntariado forma é prestado nas organizações de sector mas não só, é supervisionado pela organização devendo existir uma forma de contrato ou compromisso com a definição das normas que são dedicadas a este tipo de trabalho. A discussão sobre o valor do trabalho voluntário tem sido objecto de muita indistinção nos últimos anos. Quando se discute o valor económico do voluntário, também é importante reflectir sobre o valor das contribuições em especial. Adultos e jovens trabalham em conjunto para um objectivo comum. Isso permite o desenvolvimento do trabalho com diversas pessoas e um acesso mais facilitado ao capital social e a relações sociais aumentando a sensação de conexão com a comunidade e instituições públicas que, por sua vez, são fortes preditores de envolvimento cívico, de confiança social e de envolvimento dos jovens na mudança da comunidade. Por fim, o impacto social do trabalho voluntário pode ser analisado em três dimensões, nomeadamente: valor para a comunidade, valor para a organização e valor para o próprio voluntário. Desenvolvimento sustentável e consumismo pertence ao sexto capítulo, a expressão “desenvolvimento sustentável’ tem sido empregue sempre com o conhecimento do conceito subjacente, desde meados do século XX. Tem como o primeiro aspecto “Desenvolvimento Sustentável e a Cimeira Rio 2012 ” e diz que o conceito de desenvolvimento sustentável emergiu durante as discussões ocorridas no início dos anos 70, as quais deram lugar a uma série de publicações e apontavam para a elevada exploração do ambiente pelos seres humanos, com ênfase no desenvolvimento económico e o crescimento das preocupações global quanto aos objectivos do desenvolvimento e as limitações ambientais. A cimeira Rio 2012 marca o 20 "aniversário da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992 e o 10 "aniversário da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, promovida em Joanesburgo em 2002. Com a presença de Chefes de Estado e de Governo ou de outros representantes comprometidos em criar um conjunto de metas de desenvolvimento sustentável a integrar nas Metas de Desenvolvimento do Milénio, após 2015, apontou-se para a promoção de um futuro económica, social e ambiental sustentável para o planeta e para as gerações actuais e futuras, bem como o reconhecimento que a erradicação da pobreza representa o maior desafio global com que o mundo se defronta na actualidade. A cimeira focou igualmente a necessidade de criar mecanismos facilitadores do desenvolvimento, transferência e difusão de tecnologias limpas e ainda a adoção de formas de consumo e produção sustentáveis. Consumo, consumismo e anti-consumo A cultura-ideologia do consumismo refere-se a um conjunto de crenças e valores integrados, mas não exclusivo, no sistema capitalista da globalização que visa fazer as pessoas acreditarem que a sua valorização e felicidade é melhor alcançada através do consumo e possessão de bens. Consumo Utilização de bens e serviços em que o objecto ou actividade torna-se simultaneamente uma prática em todo o mundo e uma forma de construirmos a compreensão de nós no mundo. Anti-consumo É uma resistência, uma aversão ou mesmo um ressentimento ou rejeição em geral do consumo (não é apenas um fenómeno de comportamento, mas também atitude). Concluindo, dentro das abordagens ligadas ao consumo, consumismo, anti- consumo sustentável, há que considerar a necessidade de mudança de estilos de vida e de padrões de consumo viável a um desenvolvimento sustentável que integre as dimensões económica, social e ambiental para os seres vivos. Sétimo capítulo “A inovação social como propulsora do desenvolvimento local sustentável” diz que O processo de geração de inovação social, no âmbito da ADRIMAG, visa a auto subsistência das pessoas, o empreendedorismo e a dinâmica local e está direccionado para as diversas áreas de actuação da associação. Neste contexto, anota João Carlos Pinho que sobressaem “o apoio ao empreendedorismo e à criação de empresas. A promoção e divulgação do território e dos seus recursos” [...]. Temos o oitavo capítulo, com o tema “Economia Social como Estratégia de Desenvolvimento: as Políticas Públicas da União Europeia e do Estado Português”, argumenta que a economia social tem tido um papel importante nos momentos de crise económica, evidenciando capacidade para criar estratégias inovadoras e gerar termos de desenvolvimento económico. No entanto, não e somente em tempos de crise que a economia social se tem desenvolvido. Presentemente constitui-se como um elemento a seguir com plano actual do contexto socioeconómico, garantindo emprego e rendimento a milhões de pessoas da União Europeia. Este capítulo, indica que Portugal demonstra um peso crescente da economia social e uma forte contribuição para o desenvolvimento incluso na União Europeia “UE”. A União Europeia e o Estado Português reconhecem a existência da economia social definindo-a como formada por várias entidades sem fins lucrativos que se organizam de forma democrática e possuem fins sociais. Essa definição é utilizada pelos sectores jurídicos e políticos aquando da criação de marcos legais que visam dar suporte a estas iniciativas. Apesar de haver um maior reconhecimento da diversidade do sector, as iniciativas públicas apresentam-se fragmenta que resulta do fundo económico, mas também com as relações sociais e culturais específicas das localidades de inserção. O modelo de desenvolvimento sustentável permite melhor enquadrar e inserir os pressupostos subjacentes à economia social e à inovação social. Ao reconhecer os limites do modelo produtivo e subordina a dimensão económica à realidade social, cultural e ambiental. As práticas e iniciativas no âmbito da economia social são movidas pela realidade dos seus contextos locais, integram as diversidades ecológicas e criam tecnologias sociais, conferindo sentido à sustentabilidade. “Qualidade, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável” é o nono capitulo e destaca que os dois conceitos “qualidade” e “sustentabilidade”, estão na atenção das empresas e organizações modernas e vanguardistas. No entanto, o conceito - Desenvolvimento Sustentável, termo que foi popularizado em “Our Common Future”, um relatório publicado pelo “World Commission on Environmcnt and Development" em 1987, também conhecido como o “Brundtland Report”. Este relatório inclui a definição clássica de Desenvolvimento Sustentável: “desenvolvimento em que se satisfazem as necessidades da geração actual sem comprometer a capacidade das futuras gerações satisfazerem as suas necessidades”. É, desde então, aceite que o Desenvolvimento Sustentável esteja concentrado em três pilares - Desenvolvimento Económico, Igualdade Social c Protecção Ambiental. Desenvolvimento Sustentável e Sistema de Gestão da Qualidade O crescimento das preocupações com o desenvolvimento sustentável e o impacto da actividade empresarial no ambiente e nas populações levou a que as organizações começassem a adoptar o desenvolvimento sustentável na sua política. O conceito da Qualidade alargou o seu objectivo abrangendo as questões ambientais e a responsabilidade social com vista a melhorar a qualidade de vida. Não faz sentido, pensar-se unicamente no cliente, sem pensar-se na sociedade. Os clientes de hoje esperam que um produto ou serviço além de ser certificado, também comprove ser amigo do ambiente, ecológico ou reciclável. De um modo geral, o sistema de Gestão de Qualidade visa direccionar as organizações para o seu objectivo que é de satisfazer os requisitos dos clientes. É uma preocupação das nações e das organizações internacionais, a implementação de políticas que promovam um desenvolvimento sustentável, que vão influenciar as políticas internas dos diferentes estados-membros e dessa forma, influenciar as escolhas dos seus habitantes. Sendo os habitantes os consumidores finais, verifica-se que existe uma tendência de procura de produtos que promovam um desenvolvimento sustentável. Terminando, temos o capítulo 10, que tem como tema: “As contingências das TIC's nas competências e qualificações do factor de produção Trabalho”. As competências do factor de produção traduzem- se ou não na capacidade do factor de produção de trabalho em codificar e descodificar, atempadamente, as linguagens das TIC que estão inseridos no processo de produção, distribuição, troca e consumo de bem e serviços da economia virtual e, consequentemente, com menor incidência na economia real. Para se chegar às respostas de uma série de interrogações e sugestões analíticas deste capítulo, foi estruturado o seguinte modo: 1) TIC, globalização, economia virtual e economia real; 2) TIC, qualificações e competências do factor de produção trabalho; 3) Que desenvolvimento sustentável?
RUSCHEINSKY, A. No Conflito Das Interpretações o Enredo Da Sustentabilidade. in RUSCHEINSKY, A (Org.) Sustentabilidade Uma Paixão em Movimento. 1a Ed. Porto Alegre Sulina, 2004.