Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INFORMAÇÕES PESSOAIS:
Nome: Gabriel Alves Camargo Gênero: Homem
Documento de relato da vida do agente até o momento do seu primeiro contato com o Paranormal, contado do
ponto de vista do próprio.
Eu, Gabriel Alves, nasci dia 27 de maio de 2000, na cidade onde morei por toda a minha vida:
Santa Helena de Goiás. Minha mãe se chama Joana Camargo, e meu pai se chama Albertino
Alves. Passei toda a minha infância e adolescência no povoado de Itaguajara, na zona rural de
Santa Helena, vivendo na roça do meu tio Bernardino, que era o meu segundo pai. Praticamente
nasci junto do meu melhor amigo, que concidentemente se chamava Gabriel também. Gabriel
Machado. Ele era três anos mais novo que eu, mas isso não impediu a gente de crescer junto e se
considerar como irmão. A gente fazia muita coisa de criança na roça do meu tio. A família de
Gabrielzinho (era como o chamávamos) tinha uma roça perto da nossa, e isso fazia com que eu o
visse com muita frequência. A gente corria atrás de galinha, brincava na lama, subíamos em cima
da goiabeira da minha tia e voltávamos com a barra da camiseta lotada de goiaba verde, e muitas
outras brincadeiras do tipo. Meu pai sempre reclamava a gente por colher as goiabas na hora
errada, mas a gente ainda assim se divertia muito quebrando as regras. Meus pais eram
maravilhosos comigo. Minha mãe era amorosa, companheira, uma amiga pra mim. Contei com ela
em muitos momentos que precisei de apoio genuíno, e agradeço a Deus todos os dias por ter me
dado ela. Meu pai já era mais rígido e carrancudo, mas dava pra perceber em todas as suas ações
que ele me amava muito, assim como também minha mãe. Ela sempre me falava que ele era um
esposo maravilhoso. Minha família era estável, nunca tive problemas parentais, diferente de
Gabrielzinho. Assim que cresci, comecei a trabalhar na loja de materiais de construção, que era
herança de família. Eu era o atendente, e odiava cada segundo daquele trabalho. Claro que com o
tempo eu me acostumei, mas não era aquilo que eu queria pro meu futuro. Iniciei esse trabalho
com 15 anos, e trabalhei lá até ser aceito na Ordo Realitas.
Eu sempre gostei muito de viver no mato, e já acampei poucas vezes com meu pai, sempre
acompanhado de Gabrielzinho. Mesmo sendo poucas, eu me apaixonei em todas às vezes pela
experiência, e depois de crescido, tomei gosto pela coisa. Com 17 anos, comecei a procurar
lugares isolados nos arredores da cidade pra acampar com Gabrielzinho, e fomos começando a nos
acostumar com a ideia e gostar cada vez mais. Conforme o tempo foi passando, a experiência foi
aumentando, e a vontade de explorar lugares mais perigosos e distantes foi surgindo no meu
coração e no de meu amigo, que sempre esteve comigo em todas as expedições. Então, com 19
anos, fomos de ônibus pra Chapada dos Veadeiros, em Goiás mesmo, a mais ou menos 500 km de
Santa Helena. Paramos pra acampar próximo a uma cachoeira que era chamada de “Cachoeira de
Santa Bárbara”, e ali ficamos dormindo ao som da música da água por três noites. Lembro como
hoje de como foi engraçado Gabrielzinho com seus 16 anos montando a barraca sem ajuda e
falhando a cada tentativa. Não me faltam memórias boas de todos os momentos que vivi com ele.
Chapada dos Veadeiros foi o primeiro lugar de muitos. Já rodei todo o Brasil com Gabrielzinho:
Península de Maraú, na Bahia; Cambará do Sul, na Serra Gaúcha; entre outros. Mas, mesmo tendo
passado por muitos lugares, o mais marcante certamente foi na Chapada Diamantina. O por do sol
no topo daquelas montanhas era surreal. Tenho até hoje uma foto na minha carteira que eu mesmo
tirei, e tenho muito orgulho de ter tirado.
Documento de relato do primeiro contato de Gabriel Alves com o Paranormal, contado de um ponto de
vista literário, e interpretado de acordo com a descrição do próprio.
Era quinta-feira, o dia estava nublado. Gabriel e Gabrielzinho perfuravam mata adentro no Parque
Estadual Serra do Mar, em Santos, São Paulo, procurando por um lugar pra se situarem em
acampamento. Era mais um programa rotineiro. O local escolhido foi uma clareira rodeada de
mata fechada. Gabriel e Gabrielzinho tinham acampado poucas vezes em lugares como aquele, e a
experiência não era tão alta.
O sol se põe.
Tempo passa, a noite transborda através do dia, Gabriel e Gabrielzinho já conversaram sobre
muita coisa.
Até que o mais novo vê um pontinho amarelo se mexendo em meio as árvores aparentando estar
muito longe.
De repente, a criatura chega à clareira, e Gabriel e Gabrielzinho se deparam com um ser difícil de
descrever. Era como se aquilo fosse a fusão do corpo de um cavalo sem cabeça com o corpo morto
de uma mulher. Um quadrúpede acefálico com dois braços pendurados, seios e uma caveira
grudados em seu corpo como se, de alguma forma, o equino saísse de dentro da mulher. Os
meninos jamais imaginariam contemplar com seus próprios olhos uma figura como aquela. No
lugar da suposta cabeça do cavalo, havia fogo. Chamas vivas de um fogo que não parecia
terminável.
Nenhuma resposta.
Logo, Gabrielzinho é encontrado pelos olhos de Gabriel, que se alivia automaticamente. Ele corre
em direção ao amigo, mas é interrompido pelo estrondo dos golpes das duas patas dianteiras do
animal atingindo os ombros de seu companheiro.
Ele assiste o melhor amigo sendo fragmentado em mil partes pelos golpes do bicho de fogo, e não
consegue somente aceitar o fim. Ele pega um martelo jogado no chão que usou pra montar a
barraca mais cedo, e investe pra cima da criatura em um pulo inesperado. Gabriel se prende às
costas do cavalo e começa a dar pancadas no pescoço enquanto grita, na tentativa de fazê-lo parar
de matar seu amigo.
Ao invés disso, todo o seu corpo entra em chamas, e Gabriel tem sua camiseta completamente
consumida rapidamente, o que permite que o fogo queime completamente todo o seu tronco. Ele
cai, berrando de dor, e a visão que ele tem é a de um céu estrelado rodeado de árvores incendiadas
pelo monstro que estava assassinando seu irmão. A mata está pegando fogo, assim como ele.
Logo que se dá conta, corre para o riacho do lado da área do acampamento para tentar dar um fim
ao fogo que o consumia.
Agora, já não mais em chamas, tenta encontrar novamente Gabrielzinho com o olhar.
Ele encontra.
Infelizmente.
Aquela imagem ficará gravada em sua mente pelo resto da sua vida. Aquilo que ele vê não é mais
o menino, é só um amontoado de carne e ossos, incinerados pelo fogo das patas de uma enorme e
grotesca besta flamejante.
Gabriel, dominado pelo desespero, ódio, tristeza avassaladora, e principalmente medo, sai
correndo mata adentro. Correu como nunca na vida, pois sabia que a morte o perseguia. Cometeu
o grave erro de olhar pra trás durante a corrida, e acabou que tropeçou em uma das pedras no
chão, caindo em direção à outra mais pontuda. Gabriel levantou e viu sangue. Sentiu dor de
cabeça. Colocou rapidamente a mão na testa e percebeu que tinha se cortado.
Aquela cena não poderia ser muito longa, já que um grito do cavalo acorda Gabriel novamente,
que se levanta e começa a correr mais rápido que antes, dessa vez, serpenteando entre as árvores
na tentativa de despistar o animal.
Ouvia gritos humanos e barulhos de flechas, que disputava espaço nos ouvidos de Gabriel contra o
som dos berros do cavalo.
Até que ele vê um grupo de pessoas, que tentava acertar o cavalo com armas de fogo e flechas, no
objetivo de neutralizá-lo. Um homem enorme pula nas costas do bicho com um machado e
consegue feri-lo o suficiente, fazendo-o despencar ao chão. Gabriel vê a finalização da criatura
feita por aquelas pessoas que claramente sabiam o que estavam fazendo, e logo quando têm a
confirmação de que está morta, se senta no chão aliviado. Ele chora.
O tempo passa.
-Tá tudo bem? Uma moça ruiva chega perto de Gabriel, se ajoelha, e pergunta.
-Não. Aquele monstro matou meu amigo. Diz Gabriel ofegante, com lágrimas nos olhos, mas sem
voz de choro.
-Ai meu Deus. Eu sinto muito, de verdade.
-Quem são vocês?
-A gente está aqui pra matar o monstro. Graças a Deus conseguimos. Perdão por não chegar a
tempo pra...
-Vocês não tinham como saber.
-Nosso dever é proteger a realidade e os civis inocentes pra que esse caos não se manifeste e fira
pessoas que não tem nada a ver com isso. Era nossa responsabilidade.
Eles levam Gabriel pra van, tratam parcialmente suas feridas, e explicam superficialmente sobre a
Ordo Realitas.
-Você tem família? Diz a moça ruiva, que mais tarde Gabriel descobrira que seu nome era Anália.
-Sim, mas não sei se consigo voltar pra casa e agir como se nada tivesse acontecido depois de
hoje.
-O paranormal transforma, garoto. Você nunca mais será o mesmo. Afirmou José, o mesmo que
derrubou a criatura alguns minutos atrás.
-O que você acha que deveria fazer? Anália pergunta.
-Não quero voltar pra casa. Eu presenciei a morte do amigo que eu chamava de irmão. Eu vi, com
meus próprios olhos. Não posso viver uma vida ordinária sabendo que existem coisas como
aquela.
Passam poucos segundos, e Gabriel diz, com confiança: -Eu quero lutar contra aquilo, assim como
vocês.
Anália deixa escapar uma expressão de "eu já sabia", mas alerta Gabriel mesmo assim.
-Você tem certeza? Depois que entra, não tem mais saída. E a sua família?
-Você pode falar pra eles que eu e meu amigo morremos no incêndio da floresta?
Gabriel finaliza o assunto com certeza na voz. Anália não diz nada, só se senta ao lado da garota
aparentemente mais nova.
-Ele pode entrar pra ordem? Temos que ver se ele é apto e coisas do tipo, não? Sussurra ela pra
Anália.
-Isso é com o Veríssimo.
Depois disso, o silêncio prevalece por todo o resto da viagem até o Bar do Sovaco Seco, a fachada
pra base da Ordo Realitas.
INFORMAÇÕES DA FICHA:
Atributos:
Intelecto. Mede seu raciocínio, memória e educação geral. Uma pessoa com Intelecto
elevado tem raciocínio rápido e afiado, conhecimento amplo sobre diversos assuntos e
habilidades que envolvem estudo, como conhecimento científico. 01 DADO
Força. Determina sua potência muscular e habilidade atlética. Um personagem com Força
alta tem grande capacidade física, seja por predisposição genética, treinamento constante ou
modificação paranormal. 03 DADOS
Agilidade. Define sua coordenação motora, velocidade de reação e destreza manual. Uma
pessoa com Agilidade elevada é rápida e tem movimentos precisos, como um ginasta ou
dançarino. 02 DADOS
Presença. Define seus sentidos, força de vontade e habilidades sociais. Um personagem com
Presença alta é atento, determinado e possui boa lábia ou aparência. Pode ser uma figura
agradável e descolada, ou séria e imponente. 02 DADOS
Vigor. Determina mede sua saúde e resistência física. Uma pessoa com Vigor elevado pode
ser grande e robusta, ou simplesmente ter bom fôlego e disposição. 01 DADO
Perícias:
Armas:
Arco. Um arco e flecha comum, próprio para tiro ao alvo. Arma de Disparo – Duas Mãos.
Corrente. Um pedaço de corrente grossa. A corrente fornece +2 em testes para desarmar e
derrubar. Corpo a Corpo – Uma Mão.
Faca. Uma faca de sobrevivência usada muito comumente por campistas. Tem o cabo
marrom e uma lâmina média. É uma arma ágil e pode ser arremessada. Corpo a Corpo –
Leves.
Machadinha. Um machado pequeno comum, usado para cortar madeira. Pode ser
arremessada. Corpo a Corpo – Leves.
Submetralhadora. Esta arma de fogo automática pode ser empunhada com apenas uma
mão. Armas de Fogo – Uma Mão
Itens:
Pé de Cabra. Esta barra de ferro fornece +5 em testes de Força para arrombar portas. Pode
ser usada em combate como um bastão.
Balas Curtas. Munição básica, usada em pistolas, revólveres e submetralhadoras. Um
pacote de balas dura uma cena.
Bandoleira. Um cinto com bolsos e alças. Uma vez por rodada, você pode sacar ou guardar
um item em seu inventário como uma ação livre.
Pistola Sinalizadora. Esta pistola dispara um sinalizador luminoso, útil para chamar outras
pessoas para sua localização. Pode ser usada uma vez como uma arma de disparo leve com
alcance curto que causa 2d6 pontos de dano de fogo.
Flechas. Usadas em arcos e bestas, flechas podem ser reaproveitadas após cada combate. Por
isso, um pacote de flechas dura uma missão inteira.