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CIRURGIA 314
1. Abdome agudo inflamatório 314
2. Abdome agudo obstrutivo 318
3. Abdome agudo perfurativo 321
4. Politrauma e trauma torácico 323
5. Trauma abdominal e pélvico 330
6. Pré-operatório e complicações 338
pós--operatórias
7. Cirurgia pediátrica 342
8. Hérnias 347
9. Proctologia 350
10. Ferimentos e suturas 353
11. Doenças da vesícula e trato biliar 356
12. Hemorragia digestiva 364
PREVENTIVA | SUS
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PREVENTIVA | SUS
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PREVENTIVA | SUS DESCENTRALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO
Rede Cegonha:
Encaminhamento correto de UBS para
UPA ou pro ambulatório, ou da UPA
Criada em 2011: “Rede de cuidados
para a APS e não para ambulatório. composta por pré-natal, parto, puerpério
e saúde integral da criança com sistema
3. Rede de Atenção à Saúde (RAS)
logístico de transporte sanitário e
regulação”.
Conjuntos de ações e serviços adicionais,
articulados em níveis de complexidade
crescente, para garantir integralidade da Aprofunde o tema
assistência à saúde.
Acesse o QR Code abaixo e seja
Elementos mínimos da RAS: direcionado para a área de estudos e
perguntas sobre o tema que
1. População. trabalhamos neste módulo.
2.Estrutura operacional.
3.Modelo de atenção à saúde.
“A organização do SUS, estabelece
como centro coordenador do cuidado
e ordenador das ações e dos serviços
disponibilizados na Rede de atenção à
saúde: a atenção básica de saúde”.
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PREVENTIVA | ASP/POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA (PNAB)
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PREVENTIVA | ASP/POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA (PNAB)
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PREVENTIVA | ASP/POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA (PNAB)
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PREVENTIVA | ASP/POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA (PNAB)
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PREVENTIVA | ASP/POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA (PNAB)
Assistente Social
Farmacêutico
Fonoaudiólogo
Nutricionista
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PREVENTIVA | ASP/POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA (PNAB)
2 - Intermediário
2750 pessoas 2063 pessoas 1375 pessoas
Adjacente
4 - Intermediário
2000 pessoas 1500 pessoas 1000 pessoas
Remoto
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PREVENTIVA | ASP/POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA (PNAB)
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PREVENTIVA | VIGILÂNCIA EM SAÚDE
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PREVENTIVA | VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Vigilância Ambiental
→ Qualidade/Potabilização da água
para o consumo humano.
→ Contaminantes químicos na terra, ar
etc.
→ Desastres ambientais (furacões,
ciclones, desabamento de morros etc).
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PREVENTIVA | DECLARAÇÃO DE ÓBITO
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PREVENTIVA | DECLARAÇÃO DE ÓBITO
Causas externas: IML (acidentes, suicídio, homicídio etc), se não tem IML peritos.
Se mesmo com assistência não se sabe a causa da morte, pode-se mandar pro
SVO.
Obs: Mesmo se a pessoa morrer no hospital, ou seja, com assistência médica devido a algo externo, por
exemplo um acidente domiciliar, quem deve preencher a DO é o IML.
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PREVENTIVA | DECLARAÇÃO DE ÓBITO
Tipo de
óbito
Natural Externa
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PREVENTIVA | ÉTICA MÉDICA
E no caso de HIV?
6. ÉTICA MÉDICA
Quando o médico pode consultar, Somente em casos determinados por lei,
tirar dúvidas, tratar de aspectos por justa causa, autorização expressa do
evolutivos, orientar, prescrever e paciente ou no caso de risco a terceiros (por
realizar intervenções por ex: paciente relata que tem RS sem
WhatsApp? preservativo e o parceiro não sabe).
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PREVENTIVA | ÉTICA MÉDICA
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PREVENTIVA | MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE
I deias
ESTÁGIO 1: Saindo de casa.
ESTÁGIO 2: O novo casal.
F uncionalidades ESTÁGIO 3: Família com filhos pequenos.
ESTÁGIO 4: Família com filhos adolescentes.
E xpectativas ESTÁGIO 5: Encaminhando os filhos e
seguindo em frente.
Como você está se sentindo em ESTÁGIO 6: Famílias no estágio tardio da
relação à doença? vida.
O que você acha que é?
Como você acha que O avanço entre os estágios causam
contraiu/desenvolveu a mudanças na vida (crises vitais)
doença/adoeceu? das pessoas, que podem levar ao
Expectativas sobre o diagnóstico e adoecimento.
o tratamento.
Como o problema afeta a vida do
paciente.
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PREVENTIVA | MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE
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PREVENTIVA | MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE
Plano:
→ Plano diagnóstico: Como vou
diagnosticar, quais exames vou pedir,
necessidade de encaminhamento a
outras especialidades, acionar e-multi etc.
→ Plano terapêutico:
Não farmacológicos/higiênico-
dietéticos.
Farmacológicos.
→ Plano de acompanhamento:
Seguimento (consultas de retorno).
Necessidade de exames periódicos de
controle ou não.
Rastreamento etc.
→ Plano educacional.
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PREVENTIVA | SAÚDE DO TRABALHADOR
CAT
Comunicação de Acidente de trabalho
Só médico do
E se não emitir?
trabalho?
Multa
Não
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PREVENTIVA | PROCESSO SAÚDE DOENÇA
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PREVENTIVA | PROCESSO SAÚDE DOENÇA
PROGRAMAS DE PREVENÇÃO
SECUNDÁRIA
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PREVENTIVA | MEDIDAS DE SAÚDE COLETIVA
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PREVENTIVA | MEDIDAS DE SAÚDE COLETIVA
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PREVENTIVA | SAÚDE DO IDOSO
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PREVENTIVA | SAÚDE DO IDOSO
1. Física.
2. Psicológica.
3. Financeira/Patrimonial.
4. Sexual.
5. Negligência (pessoa presente se nega
ao problema/ajuda).
6. Omissão (pessoa não
presente/abandono).
Exemplo de questão:
“Paciente idosa, com problemas de
saúde que aumenta o risco de queda e
mora em um ambiente que favorece o
risco, e sofre violência psicológica e
financeira”.
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PREVENTIVA | CUIDADOS PALIATIVOS
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PREVENTIVA | RASTREAMENTO DE DOENÇAS
Como?
PA e Metabolismo
Pressão Arterial > 18 anos. → Aferição ambulatorial com
Dislipidemias: esfigmomanômetro.
Homem > 35 anos.
Mulher > 45 anos com FR (Alto
RCV).
Diabetes:
45 anos com PA sustentada >
135x85 mmHg.
Qualquer idade mais sobrepeso/
obesidade associada a outro FR
(ht, antecedente familiar etc).
Resultados
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PREVENTIVA | RASTREAMENTO DE DOENÇAS
Intervalo de Rastreamento
Diabetes Mellitus
→ Pré-hipertensão: Reavaliar em ano.
→ HAS estágio 1: confirmar em 2 meses. ≥ 45 anos PA > 135/85 mmHg
→ HAS estágio 2: avaliar e/ou referir para
Qualquer idade com sobrepeso,
serviço de cuidados dentro de um mês.
obesidade + 1 fator abaixo: Asiático ou
→ HAS estágio 3: tratar e avaliar dentro de
descendente IMC ≥ 23.
uma semana.
Hipertensão arterial.
Dislipidemias História familiar de DM tipo 2.
Doença cardiovascular.
Homens Mulheres SOP.
> 35 anos: sim > 45 anos alto HDL-colesterol < 35 mg/dL e/ou
20-35 anos alto RCV: sim triglicérides > 250 mg/dL.
RCV: sim 20-35 anos alto Sedentarismo.
20-35 anos sem RCV: sim Presença de obesidade grave: grau 2
alto RCV: não > 20 anos sem (IMC 35-39,9 kg/m2) ou grau 3 (IMC ≥
RCV: não 40 kg/m2).
Presença de sinais de resistência à
Outros: insulina (acantose nigricans).
→ Diabéticos. Etnias em que o risco de DM tipo 2 é
→ Doença arterial periférica. maior que o da população em geral.
→ Aneurisma de aorta abdominal.
→ Hipertrofia VD definitiva.
Como?
→ 2 ou mais FRC e mais de 20% de RCV
→ Glicemia de jejum mínimo 8 horas.
em 10 anos.
Como? Resultado
→ Colesterol Total. → > 126 mg/dl: confirmar com nova
→ LDL/HDL. glicemia de jejum.
→ Triglicerídeos.
Intervalo de rastreamento
Resultados → Indivíduos com pré-diabetes devem
Em geral, já que os valores dependem ser testados, pelo menos anualmente.
do RCV. → Mulheres com diabetes gestacional
→ Colesterol Total: < 200 mg/dl. devem ser testadas, pelo menos, a cada
→ LDL: < 130 mg/dl. 3 anos.
→ HDL: > 40 mg/dl (homem), > 45 mg/dl
(mulher). → Indivíduos com teste de rastreamento
→ Triglicerídeos: < 150 mg/dl. normal devem ser testados a cada 3
anos ou em intervalo inferior se o risco
Intervalo de Rastreamento aumentar (por exemplo, se no período
→ Quanto maior o risco, menor o intervalo houver o diagnóstico de hipertensão, o
de rastreamento. paciente deve ser novamente testado).
→ Em geral, 5 anos para a população com
resultados normais.
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PREVENTIVA | RASTREAMENTO DE DOENÇAS
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PREVENTIVA | RASTREAMENTO DE DOENÇAS
Como?
→ Mamografia.
→ BRCA positivo: + RMN
Em quem? Em quem?
→ Adultos entre 50-75 anos. → Pacientes com idade entre 50-80 anos,
com carga tabágica de pelo menos 20
Como? maços/ano e que estejam fumando ou
→ SOMF, se positivo colonoscopia ou tenham parado de fumar há no máximo
sigmoidoscopia. 15 anos
Como?
→ Tomografia de baixa dosagem anual.
42 continuar fumando”).
PREVENTIVA | RASTREAMENTO DE DOENÇAS
Intervalo de rastreamento
→ Até que o paciente tenha cessado o tabagismo por mais de 15 anos ou tenha
alguma doença que limita bastante a expectativa de vida ou a capacidade de fazer
procedimento cirúrgico curativo.
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PREVENTIVA | ATUALIDADES/TEMAS PONTUAIS/ALTERAÇÕES
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PREVENTIVA | ATUALIDADES/TEMAS PONTUAIS/ALTERAÇÕES
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PEDIATRIA | ICTERÍCIA NEONATAL
1. ICTERÍCIA NEONATAL
Definição
Cor amarelada da pele e mucosas do bebê devido a um excesso de bilirrubina no
sangue, podendo ser de causa fisiológica ou patológica.
Epidemiologia
→ Mais frequente em neonatos prematuros (80%) durante a primeira semana de vida.
→ Neonatos a termo 60%.
Fatores de Risco
→ Maternos: diabetes (aumento da eritropoiese), antecedente pessoal de icterícia e de
outros filhos com icterícia.
→ Fetais: Prematuridade, sexo masculino, cefalohematoma.
Imaturidade do metabolismo da
Múltiplas causas
bilirrubina (indireta).
> 24 horas de vida < 24 horas de vida
Bilirrubina < 12 em termo/, < 15 em Bilirrubina > 12 em termo, > 15 em
prematuros prematuros
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PEDIATRIA | ICTERÍCIA NEONATAL
Etiologia
Icterícia Patológica
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PEDIATRIA | ICTERÍCIA NEONATAL
Clínica
→ Cor amarela de pele e mucosas por acúmulo de gordura no tecido subcutâneo, ou
seja quanto mais subcutâneo (face/tórax), mais bilirrubina, maior visibilidade.
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PEDIATRIA | ICTERÍCIA NEONATAL
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PEDIATRIA | ICTERÍCIA NEONATAL
Idade gestacional
BT (mg/dL) BT (mg/dL)
(corrigida)
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PEDIATRIA | ICTERÍCIA NEONATAL
24 horas 15 18
36 horas 16 20
48 horas 17 21
72 horas 18 22
96 horas 20 23
5 a 7 dias 21 24
Clínica:
Tratamento hiperbilirrubinemia direta
BD > 1 mg/dl se BT < 5 mg/dl. Geralmente um RN com exame clínico
BD > 20% se BT > 5 mg/dl. normal ao nascimento, bom peso para
idade gestacional, que apresenta icterícia
→ Se trata a causa. ao redor do 15º dia de vida, associado a
1ª causa: “TORCHS”, então se trata acolia fecal e colúria persistentes.
doença infecciosa que gera a
hepatite. (Toda acolia fecal que persista por mais
2ª causa: Atresia de vias biliares. de 10 dias deve ser investigada para
colestase cirúrgica).
Atresia de vias biliares
- Com mais de 12 semanas o fígado já se
→ Doença hepática cirúrgica mais comum
pode verificar hepatomegalia, fígado
no RN.
endurecido, indicando fibrose e/ou
→ Conduz a cirrose biliar secundária em
cirrose biliar secundária.
poucas semanas.
→ O tratamento cirúrgico deve ser
→ Hiperbilirrubinemia com predomínio
realizado antes de 12 semanas de vida.
direto, com níveis crescentes.
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PEDIATRIA | ICTERÍCIA NEONATAL
Diagnóstico:
Exame físico + USG + Biópsia hepática
percutânea guiada por USG.
Achados no USG:
- Ausência da vesícula no USG (muito
sugestivo de atresia da via biliar).
- Triângulo fibroso: área triangular
hiperecogênica na bifurcação portal
(patognomônico).
Cirurgia
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PEDIATRIA | INFECÇÕES CONGÊNITAS
2. INFECÇÕES CONGÊNITAS
Calcificações intracranianas
Citomegalovírus
periventriculares, petéquias, surdez.
Lesões cutâneas palmoplantares, lesões
Sífilis ósseas (Pseudoparalisia de Parrot/dor a
mobilização)
Vesículas cutâneas, hiperemia
Herpes Simples
conjuntival, acometimento neurológico.
Lesões cicatriciais cutâneas,
Varicela
malformações de membros.
Lesões cicatriciais cutâneas,
Zika vírus
malformações de membros.
Assintomático ao nascer, sinais de
HIV
imunodepressão tardios.
Microcefalia
Anormalidades esqueléticas
Calcificações intracranianas
Lesões cutâneas
Atrogripose
Pseudoparalisia de Parrot
Microftalmia
Perda auditiva Hepatoesplenomegalia
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PEDIATRIA | INFECÇÕES CONGÊNITAS
Sífilis Congênita
→ Apresentam sífilis congênita toda criança exposta à doença materna e:
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PEDIATRIA | INFECÇÕES CONGÊNITAS
Conduta
Mãe
adequadamente
tratada
VDRL Mãe e RN
VDRL do RN menor
VDRL RN maior que que omaterno ou VDRL
o materno em duas maior em até uma negativo
ou mais titulações titulação
Investigar
Seguimento
TORCHS
Mãe
inadequadamente
tratada
Tratamento
Benzilpenicilina
Benzatina
Sem alteração Sem alteração
liquórica. Benzilpe- liquórica.
nicilina Cristalina Benzilpenicilina
ou Procaína Cristalina
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PEDIATRIA | INFECÇÕES CONGÊNITAS
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PEDIATRIA | INFECÇÕES CONGÊNITAS
Clínica
Hipotireoidismo Congênito
Clínica
Alterações Neurológicas
Letargia, Tremores, Irritabilidade
Inespecíficas
Mixedema Constipação
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PEDIATRIA | REANIMAÇÃO NEONATAL
3. REANIMAÇÃO NEONATAL
Definição:
Procedimento com objetivo de ressuscitar as funções cardiorrespiratórias do RN.
Geralmente se divide em 2:
Bebês com > 34 semanas.
Bebês com < 34 semanas.
Fatores de Risco
Pré-Natais
Parto
a) Antecedentes Maternos.
Cartão da gestante.
Acompanhamento Pré-Natal Adequado: consultas, exames, tipo sanguíneo etc.
História gestacional atual: Idade gestacional.
Doenças maternas, uso de medicações, hábitos, uso de álcool, tabagismo e
drogas.
Antecedentes gestacionais e obstétricos prévios, GPCA.
b)Sala de Parto.
Temperatura ideal: 23-25ºC.
Profissionais: 1 pediatra capacitado em reanimação neonatal.
Materiais, equipamentos e medicamentos facilmente disponíveis.
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PEDIATRIA | REANIMAÇÃO NEONATAL
Há necessidade de Reanimação?
d) Conduta.
Bebê não respira/chora e/ou não tem
≥ 34, respira e bom tônus bom tônus
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PEDIATRIA | REANIMAÇÃO NEONATAL
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PEDIATRIA | REANIMAÇÃO NEONATAL
Pontuando as diferenças
Clampeamento tardio de
Clampeamento tardio de
cordão (mínimo 30 seg).
cordão (mínimo 1 minuto)
Contato pele a pele nesse
RN com boa vitalidade Contato pele a pele sem
período.
tempo definido.
Passos iniciais.
Alojamento conjunto.
UTI neonatal.
1) Passos iniciais:
- Levar o RN à mesa de reanimação.
- Colocar ele sob fonte de calor radiante.
- Prevenir a hipotermia, através da secagem, retirada de campos úmidos e colocação
de touca.
- Manter vias aéreas abertas, através do posicionamento do pescoço em leve extensão
e aspiração de vias aéreas, se necessário.
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PEDIATRIA | REANIMAÇÃO NEONATAL
- Avaliar frequência cardíaca (deve estar acima de 100bpm) e ritmo respiratório (deve
ser regular) para decidir se há necessidade de manobras adicionais.
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PEDIATRIA | RASTREIOS NO PERÍODO NEONATAL
Definição:
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PEDIATRIA | RASTREIOS NO PERÍODO NEONATAL
Resultado e Condutas:
→ Normal: Saturação periférica igual ou maior que 95% em ambas medidas ou
diferença menor que 3%.
→ Anormal: saturação periférica menor a 89%.
→ Duvidoso: saturação periférica entre 90-94% ou diferença maior a 4%.
Teste da Orelinha
Técnica:
Deve ser realizado em todos os RN, e pode ser realizado a partir do 2º dia de vida,
sempre preferencialmente antes do 1º mês de vida.
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PEDIATRIA | RASTREIOS NO PERÍODO NEONATAL
Técnica:
Oftalmoscópio direto a 50-100 cm dos
olhos em ambiente escuro, não há
necessidade de dilatar a pupila.
Resultado e Condutas:
Leucocoria: Opacidade dos meios
transparentes dos olhos (pode indicar
catarata congênita, retinoblastoma,
glaucoma congênito, retinopatia do
prematuro, inflamações e
hemorragias intraoculares, leucoma).
Teste da Linguinha
Técnica:
Feito por médico pediatra,
fonoaudiólogo ou odontopediatra,
examina a boca do RN e verifica se há
alterações no freio, também observa o
bebê mamando. Quando a criança
tenta colocar a língua pra fora fica em
formato de coração.
Resultado e Condutas:
Conduta personalizada de acordo com o
quadro clínico.
Em alguns casos se faz a frenectomia
para liberar a língua presa.
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PEDIATRIA | HIPOGLICEMIA DO NEONATO
5. HIPOGLICEMIA DO NEONATO
O manejo depende de 2 fatores: Tratamento:
→ Neonato sintomático ou
assintomático? → Push de glicose a 10% 2 ml/kg.
Sintomático e glicemia < 40-45 = → Infusão contínua de glicose 6-8 mg
tto EV.
→ Se assintomático, quantas horas de
vida?
Até 4 horas: < 25 = tto VO.
Entre 4-24 horas: < 35 = tto VO.
Após 24 horas: < 45 = tto VO.
glicose
Até 4h de vida 4 a 24h de vida <40mg/dL
Tratamento EV
glicose <25mg/dL glicose <35mg/dL
Alimentar e Alimentar e
reavaliar em 1h reavaliar em 1h
Monitorizar Monitorizar
Tratamento EV Tratamento EV
Realimentar ou EV Realimentar ou EV
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PEDIATRIA | HIPOGLICEMIA DO NEONATO
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PEDIATRIA | CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
6. CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
Teste do coraçãozinho → Alterado:
Menor que 95%, só que maior a 89% e/ou
→ Bebê maior a 35 semanas. diferença maior a 4%.
→ 24-48 horas de vida, antes da alta Conduta: se repete em 1 hora.
maternidade Se segue alterado: se repete em 1 hora.
→ MMSS direito Se segue alterado: ecocardiograma e
→ MMII especialista.
→ Normal:
Maior do que 95% em ambos e/ou → Positivo:
diferença a 3%. Menor que 89%.
Conduta: ecocardiograma e especialista.
TESTE DO CORAÇÃOZINHO
Aferir a oximetria de pulso na mão direita (MSD) e em um dos pés
(MI), entre 24 e 48 horas de vida )recém nascidos com IG>35
semanas assintomáticas)
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PEDIATRIA | CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
Coarctação de aorta
Cardiopatias Congênitas Acianóticas
→ Estreitamento na aorta.
- Não cursa com queda da saturação de → HAS na criança.
oxigênio. → Sopro cardíaco, diminuição do pulso
femoral.
CIA (comunicação interatrial) → Tratamento: < 1 ano cirurgia; > 1 ano
→ Assintomático, achado na auscultação. cateterismo.
→ Hiperfluxo pulmonar.
→ Defeito entre AE para AD.
Cardiopatias Congênitas Cianóticas
→ Aumento AD.
→ Ostium secundum (desdobramento - Cursa com queda da saturação de
fixo de B2). oxigênio.
→ Tratamento: Cateterismo (fechamento
hemodinâmico com prótese). A. Transposição das grandes artérias
→ Cardiopatia mais comum no período
CIV (comunicação interventricular) neonatal (RN cianótico já pensa em
→ Cardiopatia mais comum, defeito do transposição).
septo interventricular entre VE para o VD.
→ Hiperfluxo pulmonar. Fisiopatologia
→ Aumento de cavidades esquerdas. → VD → Sai aorta.
→ Taquicardia, taquipneia, não ganha → VE → Sai artéria pulmonar.
peso (insuficiência cardíaca). Aumento da → Cardiopatia que tem concordância
área cardíaca, pneumonias a repetição. atrioventricular e discordância
→ Sopro regurgitativo holossistólico. ventriculoarterial.
→ Tratamento: Cirurgia. → Como o sangue que vai para os tecidos
é pouco oxigenado (sangue venoso da
CAP (canal arterial pérvio). artéria pulmonar), há cianose periférica.
→ Liga a aorta a artéria pulmonar. → Como o sangue que vai para os
→ Hiperfluxo pulmonar. pulmões têm uma grande pressão por
→ Aumento de cavidades esquerdas. sair da câmera esquerda, temos
→ Lactente, acima de 3 meses, hiperfluxo pulmonar.
taquicardia, taquipneia, baixo ganho → Se não houver comunicação entre o
ponderal. lado direito e esquerdo, seja canal arterial
→ Sopro contínuo em borde esternal pérvio, CIA ou CIV, o quadro é
esquerdo. incompatível com a vida.
→ Tratamento: Cateterismo.
Clínica
Septo atrioventricular → Cianose que se inicia nos primeiros dias
→ CIA ostium primum + CIV + válvula de vida devido ao fechamento do canal
atrioventricular única. arterial.
→ Síndrome de Down. → Sopro presente ou ausente.
→ Paciente mais cansado, sinais de ICC. → Desconforto respiratório (dessaturação).
→ Tratamento: Cirúrgico. → Evolução a insuficiência cardíaca e
choque cardiogênico: Mau estado geral,
palidez, extremidades frias, hipotensão.
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PEDIATRIA | CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
Tratamento
Aprofunde o tema
→ Imediato: ao nascer com
prostaglandinas (manter o canal Acesse o QR Code abaixo e seja
arterial aberto, se não é incompatível direcionado para a área de estudos e
com a vida); perguntas sobre o tema que trabalhamos
→ Paliativo: cateterismo, neste módulo.
atrioseptostomia (pode ser utilizado
junto com as prostaglandinas até o
tratamento definitivo).
→ Definitivo: o tratamento final é a
cirurgia de Jatene ou switch arterial
(inversão das artérias para seus
respectivos ventrículos corretos). Deve
ser realizada nas primeiras semanas de
vida e o paciente necessita estar
estável.
Tetralogia de Fallot
→ Obstrução na saída do VD (valvar,
subvalvar).
→ Hipertrofia VD.
→ CIV.
→ Dextroposição da aorta (ao
contrário).
→ Crises de cianose.
→ Posição genupectoral.
→ Tratamento: cirurgia.
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PEDIATRIA | PUERICULTURA
7. PUERICULTURA
9. Prestar atenção aos sinais de fome e → O ovo pode e deve ser oferecido. Não há
saciedade da criança e conversar com indicação de adiarmos sua introdução, nem
ela durante a refeição. de excluirmos a gema.
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PEDIATRIA | PUERICULTURA
Suplementação
Ferro
Indicado a todas as crianças logo após o término do aleitamento materno exclusivo (a
partir dos 6 meses).
30 dias: 2 mg/kg/dia.
RN Pré termo 500-1000g
Até 1 ano, logo 1 mg/kg/dia até 2 anos.
30 dias: 4 mg/kg/dia.
RN Pré-termo < 1000g
Até 1 ano, logo 1 mg/kg/dia até 2 anos.
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PEDIATRIA | PUERICULTURA
Vitamina D
A suplementação depende se a criança recebe ou não exposição solar adequada
e se é amamentada com fórmula infantil.
2. Alimentado com mais de 500 mg de fórmula infantil por dia → não precisa de
ferro nem de vitamina D.
Classificação de Peso
Normal: -2 a + 2.
Baixo Peso
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PEDIATRIA | PUERICULTURA
Alto Peso
Crescimento esperado
1º semestre: 15 cm.
2º semestre: 10 cm.
2º ano: 12 cm.
3-5º ano (pré-escolares): 7 cm/ano.
5-10º ano (escolares): 5-7 cm/ano.
11-19º ano (adolescentes): Meninos 9.5
cm/ano; meninas 8.3 cm/ano.
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PEDIATRIA | PUERICULTURA
Problema no Crescimento
≥ 5cm/Ano <5cm/Ano
Variantes
Patológico
Benignas
Atraso puberal,
Puberdade
atraso idade óssea, Endócrino Endócrino Endócrino
adequada, alvo
atraso puberal
genético baixo,
familiar, alvo
idade óssea normal
genético adequado Renal,
Deficiência de
Turner, Cardíaco
GH,
ACCP Baixa estatura Down, pulmonar,
hipotireoidismo
familiar Noonan celíaco,
e Cushing
outras
8. IMUNIZAÇÕES
Ao 2 3 4 5 6 9 12 15 4a6
nascer meses meses meses meses meses meses meses meses anos
Tríplice Viral
(Sarampo/Caxumba/ 1ª dose
Rubéola)
DTP (Diferia/Tétano/
Reforço Reforço
Conqueluche)
Polio Oral
Reforço Reforço
(VOP/Sabin)
Terra Viral 2ª dose
(Sarampo/Caxumba/ (1ª dose
Rubéola/Varicela) Varicela)
Varicela Reforço
Lembrar:
→ 12 meses são 3 TPM (pneumo 10, meningo e tríplice viral).
→ 15 meses são 4 (tetra viral - adiciona a 1ª da varicela, DTP, Pólio e Hepatite A.
→ 4-6 anos são 4 (varicela, febre amarela, DTP e Pólio).
Vacinas Doses
Tríplice Viral (Sarampo, Duas doses, se não tiver o esquema completo anteriormente
caxumba e rubéola) até os 29 anos. Dose única dos 30 aos 59 anos.
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PEDIATRIA | IMUNIZAÇÕES
Vacinas Doses
Vacinas Doses
Tríplice Viral (Sarampo, Duas doses, se não tiver o esquema completo anteriormente.
caxumba e rubéola)
Vacinas Doses
Vacinas Doses
Vacinas que possuem traços de proteína Sarampo: “tudo menor” = 6m; 72h;
do ovo em sua composição:
Febre Amarela* Vacina: Maiores de 6 meses
Tríplice Viral. imunocompetentes (até 72 horas de
Tetra Viral. exposição).
Influenza.
* A única contraindicada em casos de alergia Imunoglobulina: Menores de 6 meses,
grave ao ovo ou anafilaxia prévia, as demais
imunocomprometidos, gestantes (até 6
não são CI, se recomenda vacinação em
dias da exposição).
ambiente hospitalar em pelo menos 30’ de
observação. Tuberculose:
Difteria
Tétano
Coqueluche
Bacterianas BCG
Meningocócicas C, B e ACWY
Pneumocócicas 7, 10, 13 e 23 valente
Haemophilus influenzae tipo B
Rotavírus
Febre Amarela
Hepatites A e B
Sarampo
HPV
Caxumba
Pólio Inativada
Virais Rubéola
Raiva
Varicela
Influenza
Pólio Oral
Coronavírus
Dengue
Herpes - Zóster
83
PEDIATRIA | IMUNIZAÇÕES
Recuperação de esquema no
adolescente
→ Em geral: Maiores de 9 anos.
1. 3 Doses de Hepatite B.
2. 3 Doses de dT (depois 1 a cada 10
anos).
3. 2 Doses de HPV.
4. 1 Dose de Febre Amarela.
5. 2 Doses de Tríplice Viral.
6. 1 Dose de Meningo ACWY.
Palivizumab
O Palivizumabe é um anticorpo
monoclonal que protege contra o vírus
sincicial respiratório.
Indicações
RN pré-termos ≤ 28 semanas
(somente no primeiro ano de vida).
Paciente com distúrbios pulmonares
da prematuridade, nos dois primeiros
anos de vida.
84
PEDIATRIA | ALEITAMENTO MATERNO E COMPLICAÇÕES
→ Absolutas:
1. Mãe com HIV (se inibe a lactância
farmacologicamente com
cabergolina).
2. Mãe com HTLV1 ou HTLV2.
3. Bebê com Galactosemia.
4. Uso de medicamentos
contraindicados: antineoplásicos,
radiofármacos, iodo, amiodarona,
imunossupressores, lítio,
ergotaminas, ganciclovir etc.
Questões Particulares
87
PEDIATRIA | PNEUMONIA
10. PNEUMONIA
Inflamação do parênquima pulmonar
Dar um antibiótico
recomendado durante 7 dias
Tratamento
Pneumococo: Antibióticos.
Ambulatório: amoxicilina.
Endovenoso: penicilina cristalina ou ceftriaxona. *O ácido clavu-
lânico cobre
Tempo de ação dos antibióticos: em média 72 horas. pneumococo
mais resistente e
Se não há melhora se suspeita complicações (derrame pleural) ou
outras bactérias
falha do tto (uso inadequado do remédio ou não alcança o espectro). como Moraxella
e Haemophilus
Se trata de complicação ou se aumenta e/ou troca ou agrega o Influenzae.
antibiótico (exemplo amoxicilina + ácido clavulânico).
Se reavalia o paciente após 48 horas na UBS.
Pneumonia atípica: Claritromicina e azitromicina.
S. aureus: ceftriaxona + oxacilina.
89
PEDIATRIA | PNEUMONIA
90
PEDIATRIA | BRONQUIOLITE
11. BRONQUIOLITE
A bronquiolite viral aguda (BVA) se Diagnóstico
caracteriza pelo primeiro episódio de Clínico:
sibilância em um lactente que Não é necessária a realização de exames
apresenta sinais clínicos de infecção laboratoriais e de imagem.
viral do trato respiratório inferior e Só em casos em que indica tto hospitalar
ausência de outra razão que explique para detectar possíveis complicações como
a sibilância. atelectasia e infecção secundária.
Aprofunde o tema
Acesse o QR Code abaixo e seja
direcionado para a área de estudos e
perguntas sobre o tema que
trabalhamos neste módulo.
93
PEDIATRIA | ASMA
12. ASMA
Classificação de Asma em →SABA por demanda + CI dose baixa.
menores de 6 anos
Step 3: Dx asma e ausência de controle
Itens
com CI em dose baixa.
Sintomas diurnos > 1 vez por semana. →SABA por demanda + CI dose dobrada
Algum despertar ou tosse noturna. (+/- leucotrienos), especialista.
Resgate > 1 vez por semana.
Limitação AF (brincar, escola etc). Step 4: Ausência de controle com dose
Lembrando: No adulto e em maiores de 6 anos dobrada de CI.
é um pouco diferente, os sintomas diurnos e o →SABA por demanda + CI dose dobrada,
resgate muda para > 2 vezes por semana. leucotrieno, especialista.
Asma
Asma Asma Não Corticoide utilizado e dose BAIXA.
Parcialmente
Controlada controlada
controlada
Beclometasona: Só em maiores de 5
Nenhum 1-2 Itens 3-4 Itens
anos → 50-100.
Tratamento Budesonida: Maiores de 1 ano → 500.
Fluticasona: maiores de 4 anos → 50.
Step 1: Sibilância infrequente durante Mometasona: maiores de 5 anos → 100.
infecções virais, pouco ou nenhum Via do CTC em crianças:
sintoma nos intervalos. - Espaçador e máscara.
→SABA por demanda. - Cápsula inalatória só em adolescentes e
adultos.
Step 2: Sintomas não característicos de
asma ou característicos de asma, SABA
>3 vezes por ano/ > 3 exacerbações por
ano.
Exacerbação de Asma
Se divide em leve/moderada, grave e muito grave/life threatening.
Grave
1. Broncodilatador de curta duração
(SABA - salbutamol/fenoterol) 4-10 puff
a cada 20’ por 1 hora.
2. CTC Sistêmico (endovenoso)
imediatamente.
3. Ipratrópio obrigatoriamente.
4. Oxigenoterapia (alvo 94-98%).
5. Considerar Sulfato de Mg se falha
terapêutica.
Ameaçadora à vida
1. IOT
2. UTI
Tratamento da exacerbação
95
PEDIATRIA | INFECÇÃO URINÁRIA NA CRIANÇA
97
PEDIATRIA | DIARREIA E DESIDRATAÇÃO
Informações importantes
→ De acordo com a OMS e o MS, em crianças menores de 5 anos deve ser prescrito
zinco por 10-14 dias no quadro de diarreia aguda ou persistente para reduzir a
duração e recorrência do quadro nos próximos 3 meses.
0-6 meses: 10 mg/dia.
> 6 meses: 20 mg/dia.
Desidratação
Observe A B C
Examine
Sinal da prega Desaparece rápido Desaparece lento Muito lento (> 2 seg)
Pulso Cheio Rápido/Fraco Muito fraco/ausente*
Enchim. capilar Normal (> 3s) Alterado (3-5s) Muito alterado (>5s)
Decida Sem desidratação 2 ou mais acima: 2 ou mais + 1 asterisco:
(sem perda) desidratação Desidratação grave
(até 10% de perda) (mais de 10% de perda).
1) Líquidos caseiros.
2) SRO após cada evacuação 1) SRO no serviço de saúde.
50-100 mL <1 ano. -50-100 ml/kg em 4-6 horas. 1) Fase rápida
100-200 ml 1-10 anos. - Suspender a alimentação -10 ml/kg: Neonatos e
> 10 anos: Quantidade que o durante a reidratação, cardiopatas
paciente aceitar. manter o aleitamento. -20 ml/kg 30’ SF 0.9% < 5
- Manter aleitamento e - Alta com Plano A e Zinco. anos.
alimentação. *Se não melhorar em 4-6 - 30 ml/kg 30’ SF 0.9% > 5
- Zinco em maiores de 6 horas: gastróclise. anos ou Solução
meses e menores de 5 anos *Se piorar: plano C. polieletrolítica 70 ml/kg em
20mg/dia por 10 a 14 dias. 2h30’.
- Pautas de alarme.
100
PEDIATRIA | FEBRE REUMÁTICA
Epidemiologia:
→ Mais comum entre 5 e 15 anos de vida.
→ É a causa mais importante de cardiopatia adquirida em idade jovem.
A coreia geralmente é uma manifestação tardia da infecção estreptocócica, ela pode ser
utilizada como critério único para o diagnóstico da febre reumática.
Diagnóstico:
Aprofunde o tema
→ 2 critérios maiores associados a
evidência de infecção estreptocócica Acesse o QR Code abaixo e seja direcionado
ou para a área de estudos e perguntas sobre o
→ 1 critério maior e 2 menores tema que trabalhamos neste módulo.
associados a evidência de infecção
estreptocócica.
Complicação:
Insuficiência Mitral
→ Válvula acometida mais comum
Insuficiência Aórtica
101
PEDIATRIA | RGE/DRGE
16. RGE/DRGE
Refluxo Gastroesofágico Fisiológico Fatores de Risco:
→ Problemas Neurológicos.
Definição: → Prematuridade.
Passagem retrógrada do conteúdo → Obesidade.
gástrico para o esôfago, geralmente por → Portadores de doenças pulmonares
aumento da frequência e duração do (fibrose cística, displasia
relaxamento do EEI. broncopulmonar).
→ Malformações congênitas (hérnia hiatal,
Clínica: hérnia diafragmática, atresia esofágica,
Somente refluxo e/ou regurgitação, não fístula traqueoesofágica).
sintomática, geralmente com resolução → Predisposição genética.]
espontânea até os 6 meses de idade.
Dificilmente se inicia antes da primeira Clínica:
semana de vida e vai além dos 6 meses → Refluxo associado a sintomas ou
de vida. complicações.
Sintomas: Sintomas respiratórios/
Doença do Refluxo Gastroesofágico sibilâncias/tosse, baixo ganho
Definição: ponderoestatural ou perda de peso,
Passagem retrógrada do conteúdo choro, irritabilidade, recusa alimentar,
gástrico para o esôfago, sintomática e/ou anemia, hematêmese etc.
complicada.
102
PEDIATRIA | RGE/DRGE
Diagnóstico
Clínico.
Se necessário exames complementares: Phmetria, EDA (nenhum exame é padrão
ouro na DRGE na criança).
103
PEDIATRIA | RGE/DRGE
Medidas comportamentais
Manter o leite materno.
Evitar o overfeeding.
Dormir em decúbito dorsal com a
cabeceira inclinada a 30 graus.
Colocar o bebê para arrotar sempre
depois das mamadas.
Se o bebê é alimentado por fórmula
pode-se trocar por fórmulas
espessadas.
Medidas farmacológicas
São utilizadas somente em casos que
não respondem ao tratamento
comportamental.
IBPS (inibidor de bomba de prótons).
Bloqueador/Inibidor de H2:
Famotidina etc.
Não se usa metoclopramida, nem
domperidona
Diagnósticos Diferenciais
→ Refluxo gastroesofágico fisiológico.
→ Doença do refluxo gastroesofágico.
→ Alergia a proteína do leite de vaca.
→ Estenose hipertrófica pilórica.
→ Fístula traqueoesofágica.
104
PEDIATRIA | MAUS TRATOS NA INFÂNCIA
105
PEDIATRIA | PALS/PCR NA CRIANÇA
106
PEDIATRIA | PALS/PCR NA CRIANÇA
107
PEDIATRIA | CRUPE E EPIGLOTITE
Aprofunde o tema
109
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL
1. ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL
Introdução gemelaridade, sífilis, toxoplasmose sem
repercussão fetal.
→ Número de consultas: o ministério da
saúde preconiza um mínimo de 6 → Alto Risco: Pré-natal de alto risco.
consultas de pré-natal. História obstétrica de patologias
anteriores, condições clínicas prévias
→ Intervalo entre as consultas: mensal à gestação (DM, HAS, doenças
até a 28º semana*, a cada 15 dias até a neurológicas, hematológicas,
36ª semana e semanalmente até o parto. cardiopatias etc), intercorrências
clínicas e obstétricas na gestação
→ Parto: segundo o msal, gestantes de atual, IMC > 40, desnutrição, carências
risco habitual podem esperar o parto nutricionais, transtornos alimentares,
espontâneo até 41 semanas, caso não etilismo com dependência,
ocorra se recomenda a indução do parto. tabagismo elevado, uso abusivo de
drogas.
→ Mãe adolescente: entre 12-18 anos a
Exames complementares
pessoa já consta com privacidade
garantida, principalmente a partir dos 14 Laboratório:
anos e 11 meses, considerados maduros 1. Hemograma completo (anemia
quanto ao entendimento e ferropriva, valor normal na gestação Hb ≥
cumprimento 11 mg/dl - hemodiluição gravídica, se
das orientações recebidas. menor pensar em parasitose, dieta, <9
referência ao serviço de hematologia.).
*com exceção do 1º retorno em 15 dias para
checar exames da primeira consulta.
2. Glicemia em jejum (diabetes; normal
Primeira Consulta ≤ 92 mg/dl).
110
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL
Antibioticoprofilaxia
para EGB
Ultrassonografia
→Não é obrigatória segundo o Saco gestacional: 4.5-5 semanas.
ministério da saúde. Embrião: 5.5-6 semanas.
→OMS: realizar 1 USG até 24 semanas BCF: embrião ≥ 7 mm.
para datação e morfologia fetal. USG Morfológica do 1º trimestre (20-24
semanas): translucência nucal.
Outras bibliografias:
USG Morfológica do 2º trimestre (32-36
USG 1º trimestre (11-14 semanas):
semanas):
Confirmação da gestação, viabilida-
de do feto e datação/idade gestacional
(CCN).
111
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL
→Ácido fólico: 0,4 mg/dia 3 meses antes →Ausculta dos BCF: A partir de 10-12
da gestação, até o final do primeiro semanas com sonar fetal, 20 com
trimestre ou durante toda a gestação. pinard.
→Altura uterina: A partir das 20 semanas
Alto risco (história de defeito de tubo
com fita métrica específica.
neural, uso de anticonvulsivante,
→Movimentação fetal: também
epilepsia): 4-5 mg/dia.
questionar a gestante.
→Sulfato ferroso: 300 mg/dia, 30 minutos →Manobras obstétricas: a partir do 2º
antes do almoço, a parti das 16 semanas trimestre, se realizam as manobras de
gestacionais até o término da lactação ou Leopold-Zweifel.
3 meses pós parto para as não lactentes 1.Identificar o polo fetal presente no
ou Ferro elementar 40 mg/d. fundo uterino: Determinar situação fetal
(longitudinal, transversal/córmica ou
Imunização na gestação
oblíqua).
Para todas as gestantes 2.Identificar o dorso fetal: determinar
1.Influenza/Gripe - 1 dose anual. a posição fetal (esquerda/direita).
2.dTpa - a partir das 20 semanas e até 45 3.Identificar a mobilidade do polo fetal
dias após o parto (mesmo
inferior em relação ao estreito superior da
se já vacinada em gestação anterior).
bacia materna: Determinar a
3.Covid 19*
apresentação fetal (cefálica, pélvica,
Cartão incompleto córmica).
1.Hepatite B - 3 doses. 4.Identificar o grau de encaixamento do
2.dT - 1 dose (caso a última tenha sido polo inferior: determinar a insinuação
realizada há mais de 5 anos). fetal (apresentação cefálica encaixada ou
não com polo regular, endurecido e liso,
apresentação pélvica com polo
amolecido ou apresentação córmica com
polo inferior vazio).
112
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL
Sífilis
Toxoplasmose
HIV
Hepatite B
Mãe com alta viremia: HbsAg + e/ou HBV DNA >200 mil = tenofovir no
3º trimestre. Bebê: vacina e imunoglobulina até 12 horas.
Aprofunde o tema
113
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | INFECÇÕES NA GESTAÇÃO (TORCHS)
Sífilis na Gestação
Generalidades
Teste positivo (seja treponêmico ou não)
= iniciar tratamento com penicilina
benzatina e confirmar depois.
Há que confirmar a infecção por
método treponêmico, mas como se
considera positivo, já se inicia o
tratamento antes da confirmação.
Qualquer titulação de teste não
treponêmico é considerada positiva
para sífilis para não aumentar o risco
de transmissão vertical, ou seja,
deve-se sempre tratar a gestante
independente de qualquer titulação
de VDRL.
114
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | INFECÇÕES NA GESTAÇÃO (TORCHS)
Confirmação Diagnóstica
Tratamento Imediato da Tratamento Monitorização da
Com Segundo Teste
Gestante (Penicilina Concomitante do Parceiro Resposta Ao Tratamento
(Treponêmico ou não-
Benzatina M) (Penicilina Benzatina M) (teste não-treponêmico)
treponêmico)
Estadiamento Tratamento
Primária
Benzilpenicilina benzatina
Secundária 2,4 milhão de UI, IM, dose única
Recente
1,2 milhão UI/glúteo
Latente recente (>1 ano)
A maioria das gestantes tem sífilis latente de duração ignorada: tratamento para
sífilis tardia com 7.2 milhões de U.I.
115
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | INFECÇÕES NA GESTAÇÃO (TORCHS)
Documentação de queda dos títulos do teste não treponêmico em pelo menos duas
diluições em três meses ou quadro diluições em 6 meses
VDRL OU RPR
não reagente
Queda de 2 diluições em
RESPOSTA IMUNOLÓGICA
3 meses ou 4 diluições
VDRL OU ADEQUADA
em 6 meses
RPR Mensal
Queda de 2 diluições em
até 6m (sífilis recente) ou
12m (sífilis tardia)
Ausência de queda de 2
diluições (4x) em até 6m
(sífilis recente) ou 12m
(sífilis tardia)
CRITÁRIOS DE
Aumento da titulação em
RETRATAMENTO
2 diluições (4x)
(reativação ou reinfecção
Persistência ou
recorrência de sinais e
sintomas clínicos Retratar para sífilis Investigar sinais ou
recente ou tardia sistemas
conforme cada caso neurológicos ou
oftamológicos
Critérios de retratamento
→ Aumento de 2 diluições (4x) dos títulos do VDRL.
→ Ausência de queda de 2 diluições em 6 meses para sífilis recente ou 12 meses para
sífilis tardia.
→ Persistência clínica (sinais e sintomas).
116
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | INFECÇÕES NA GESTAÇÃO (TORCHS)
E
Cicatriz
Queda documentada de 2 titulações
Sorológica
E
Toxoplasmose Gestacional
Generalidades
Infecção subclínica na maioria das vezes (80%).
O risco de transmissão vertical é diretamente proporcional à idade gestacional
(maior IG, maior o risco de transmissão). E menor risco de gravidade.
A maioria dos fetos não apresentam alterações no USG
Após 16 semanas não é mais eficaz a realização do teste de avidez para avaliar se
a infecção é recente ou antiga, pois já se passaram 4 meses de gestação, e o
teste de avidez justamente serve para diferenciar que a infecção foi adquirida
nos últimos 4 meses ou antes. Por isso a conduta é diferente se a gestante está
com mais ou menos de 16 semanas.
Conduta em gestante com < 16 semanas:
IgG reagente e IgM não reagente: Imunizada, acompanhamento habitual.
IgG e IgM não reagente: Suscetível, controle sorológico a cada 1-2 meses associada
a medidas preventivas (evitar terra, fezes de gatos, carnes e verduras cruas, mal
lavadas, consumo de água potável).
gG negativo,IgM positivo = Infecção aguda: espiramicina, repetir sorologia em 2
semanas, igual: falso positivo, se aparece o IgG: infecção aguda.
IgG positivo, IgM negativo = Espiramicina + teste de avidez (baixa <60: infecção
aguda; alta > 60: suspender espiramicina).
117
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | INFECÇÕES NA GESTAÇÃO (TORCHS)
Sorologia toxoplasmose
<16 semanas
igG+ igG+
igM- igM- igG- igG+
igM+ igM+ Teste de avidez
para igG
Repetir
Imune Susceptível Espiramicina
sorologia em
2 semanas Espiramicina Baixa Alta
<60 >60
igG- igG+
igM+ igM+
Infecção Infecção
Falso positivo Infecção Aguda Antiga
Aguda
Suspender
espiramicina Espiramicina <16 semanas Suspender
Esquema tríplice >16 semanas Espiramicina
118
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | INFECÇÕES NA GESTAÇÃO (TORCHS)
Infecção recente
Amniocentese Espiramicina
PCR PCR
Toxoplasma + Toxoplasma - 3g/dia até o fim da
gestação
Sulfadiazina Manter
Pirimetamina Espiramicina
Ácido folínico
Ou seja…
→ Na suspeita de infecção recente em gestação de mais de 16 semanas se começa
espiramicina.
→ A partir da semana 18, se faz amniocentese, caso positiva o tratamento muda ao
esquema tríplice (que trata o feto): sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico, caso
negativo, se mantém o tratamento com espiramicina (que trata a mãe).
119
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | INFECÇÕES NA GESTAÇÃO (TORCHS)
120
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | INFECÇÕES NA GESTAÇÃO (TORCHS)
HBsAg
1ª consulta 30 anos E HBeAg Reagente
OU CV-HBVZ 2000UI/ml e Tratamento com TDF
ALT>1,5x por 3 a 6 meses
Reagente
HBeAg Reagente Profilaxia com
OU CV-HBVZ 200.000UI/ml TDF 24-28 semanas
122
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | DOENÇA HIPERTENSIVA GESTACIONAL
Fatores de Risco
Gestação múltipla
Marcadores PLGF/PAAP diminuídos/IP artéria uterina aumentado.
123
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | DOENÇA HIPERTENSIVA GESTACIONAL
124
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | DOENÇA HIPERTENSIVA GESTACIONAL
125
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | DOENÇA HIPERTENSIVA GESTACIONAL
•Estabilização hemodinâmica
Medidas gerais
•Exames laboratoriais
• Cardiotocografia
* Síndrome HELLP, iminência de eclãmpsia, eclâmpsia, DPP, hipertensão grave refratária, edema
agudo de pulmão, TPP, RPM, alteração da vitalidade fetal
126
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | DOENÇA HIPERTENSIVA GESTACIONAL
Síndrome Hellp
Complicações:
Intoxicação que pode causar
depressão respiratória e morte. 127
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | DOENÇA HIPERTENSIVA GESTACIONAL
Reflexo patelar.
Frequência respiraória.
Diurese de 1/1h
Níveis séricos de magnésio
Pré-eclâmpsia
grave. Iminência FR < 16 mov/min. Suspender e
de eclâmpsia. SULFATO DE Diurese < 25 ml/h. administrar
Eclâmpsia MAGNÉSIO Reflexo patelar gluconato de cálcio
Sindrome. HELLP. ausente 10%
Parto < 32 semanas
Hipertensão crônica/pré-gestacional
As gestantes com hipertensão arterial →Retina:
crônica devem ser acompanhadas no Fundo de olho.
pré-natal de alto risco. →Rim:
Na primeira consulta já se realiza a Creatinina.
avaliação de lesões de órgãos-alvo: Proteinúria de 24 horas.
→ Coração: USG de rins e vias.
Eletrocardiograma. * Evitar atividade física excessiva e estresse
Ecocardiograma. emocional, é importante a prática de atividade
física regular.
• Ultrassonografia mensal
Conduta • Parto com 40 semanas sem complicações
obstétrica • Preferência pela via vaginal
128
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | DOENÇA HIPERTENSIVA GESTACIONAL
Terapia anti-hipertensiva
É indicada quando mais de 50% dos Resolução da
valores de PA permanecem acima de gestação
140/90 mmHg.
Metildopa.
Nifedipina ou Anlodipina. Deterioração da condição materna ou fetal
Metoprolol ou Carvedilol. Síndrome HELLP
Hidralazina. Iminência de Eclâmpsia
Eclâmpsia
Resolução da gestação DP
Se a vitalidade fetal estiver preservada Hipertensão arterial grave refrataria ao
e a gestante não apresentar tratamento
complicações, pode-se esperar até 40 Trombocitopenia progressiva
semanas. Aumento importante da creatinina sérica
Aumento importante das enzimas
Pré-eclâmpsia sobreposta à hepáticas
hipertensão crônica Disfunção hepática importante
Resolução da gestação em todos os Edema agudo de pulmã
casos TPP/RPM
Diástole reversa da artéria umbilical
Cardiotocografia categoria III
Deve ocorrer independentemente da
Morte fetal
IG, se houver deterioração da
condição materna ou fetal.
Aprofunde o tema
129
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | SANGRAMENTO DA PRIMEIRA METADE DA GESTAÇÃO
Gestação Ectópica
Definição:
A gestação ectópica corresponde a qualquer gestação que ocorre fora da cavidade
endometrial, sendo o local mais comum a tuba uterina (70% dos casos se implantam
na ampola tubária).
Fatores de Risco:
Clínica: Conduta:
Assintomática (achado no USG). HCG < 2000 mUI/ml: repetir a dosagem
GE íntegra (70%): amenorreia, dor e o USG em 48h, de modo que o
abdominal, geralmente unilateral na FI, crescimento inferior a 50% no período,
associada a sangramento vaginal. ainda sem imagem tópica direcionam
GE rota (30%): se soma a instabilidade para o diagnóstico de gestação
hemodinâmica, sinais de peritonite, sinal ectópica.
de Laffon (dor no ombro pela irritação
peritoneal), sinal de Cullen (equimose HCG > 2000 mUI/ml, sem imagem de
periumbilical), sinal de Proust saco gestacional intrauterino: Alta
(abaulamento do fundo de saco pelo suspeita de gestação ectópica. Outras
acúmulo de sangue). imagens como anel tubário e
hematossalpinge (sangue na tuba
uterina) também se correlacionam com
Gestante com quadro clínico de dor
gestação ectópica.
abdominal aguda e intensa e sinais de
instabilidade hemodinâmica no início HCG > 3500 mUI//ml é obrigatório a
da gestação deve-se pensar visualização do saco gestacional, caso
primeiramente em GE rota. contrário já é possível confirmar o
diagnóstico de gestação ectópica,
Diagnóstico: mesmo se não for observada imagem
Se faz com a história clínica (amenorreia/ sugestiva de GE.
gestação), dosagem de HCG sérico e a
ultrassonografia.
Diagnóstico de gestação: HCG > 1000
(95% dos casos)
130
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | SANGRAMENTO DA PRIMEIRA METADE DA GESTAÇÃO
Na prática…
Saco gestacional não visualizado no útero ou anexos: Verificar o valor de HCG.
Se < 3500 mUI//ml: conduta expectante, repetir o HCG e o USG em 48 horas, se
aparecer a GE no USG ou o HCG duplicar (50%) = Gestação ectópica.
Se > 3500 mUI//ml: mesmo sem imagem no USG = gestação ectópica.
B-hCG quantitativo < 3500UI B-hCG quantitativo >= 3500UI Massa anexial extraovariana
Valores sobem
Valores duplicaram
menos que 50%
131
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | SANGRAMENTO DA PRIMEIRA METADE DA GESTAÇÃO
USTV
132
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | SANGRAMENTO DA PRIMEIRA METADE DA GESTAÇÃO
Dor leve/moderada
Ameaça de
OI fechado
Aborto
Útero compatível IG
Dor moderada
OI aberto
Aborto Iminente
Útero compatível IG ou menor
Inevitável
Endométrio > 15mm: Incompleto.
Endométrio < 15mm e OI fechado: Completo. Dor
moderada/grave
OI aberto
Aborto
Útero menor IG, amolecido.
Infectado
Presença de restos ovulares no USG
Febre alta, secreção fétida.
Dor leve/ausência de dor
OI fechado
Aborto Retido
Útero menor IG
Presença de restos ovulares no USG.
133
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | SANGRAMENTO DA PRIMEIRA METADE DA GESTAÇÃO
EE
<15mm
Abortamento completo Colo impérvio
Saco NÃO
gestacional? Abortamento incompleto Colo geralmente pérvio
EE
SIM >15mm
NÃO SG Gestação
Embrião? Gestação anembrionada
>25mm Incipiente?
CCN
>= 7mm Considerar
SIM
se medidas
Batimentos Abortamento retido menores
NÃO
cardíacos?
SIM
Aborto inevitável ou em curso
Ameaça de Abortamento
Colo
pélvico
Aborto Legal
1.Vítima de violência sexual.
2.Feto anencéfalo.
3.Gestação de risco à vida da gestante.
134
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | SANGRAMENTO DA PRIMEIRA METADE DA GESTAÇÃO
PRIMEIRA FASE
Paciente e dois profissionais de saúde
RELATO CIRCUNSTANCIADO DO
do serviço assinam termo que contém
EVENTO
detalhes da violência sexual.
SEGUNDA FASE
Médico emite parecer técnico
comprovando compatibilidade da Idade
PARECER TÉCNICO E TERMO DE gestacional com a data da violência. Além
APROVAÇÃO DO PROCEDIMENTO disso, uma equipe multidisciplinar avalia
DE INTERRUPÇÃO DE GRAVIDEZ opedido de interrupção de gestação e o
parecer técnico e assina termo aprovando
o procedimento.
TERCEIRA FASE
Gestante ou seu responsável legal assinam
um termo comprovando que estão cientes
TERMO DE RESPONSABILIDADE das consequências legais caso ela não
tenha sido vitima de estupro (crime de
falsidade ideológica e de aborto).
QUARTA FASE
Gestante ou seu responsável legal
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE assinam um termo de consentimento
E ESCLARECIDO (TCLE que deve conter todos os detalhes sobre o
procedimento.
Aprofunde o tema
135
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | DIABETES GESTACIONAL
5. DIABETES GESTACIONAL
→ “A gravidez é uma condição de Normal
resistência à insulina, com aumento Jejum até 92 mg/dl.
compensatório na resposta das células 1 hora <180 mg/dl.
beta pancreáticas e hiperinsulinismo. A
2 horas < 153 mg/dl.
resistência usualmente começa no
segundo trimestre e progride durante DMG
toda a gestação”. Jejum 92-125 mg/dl.
1 hora ≥180 mg/dl.
→ “Há maior produção de hormônios pró
2 horas ≥153 mg/dl.
insulínicos, como o lacto-
gênio placentário humano”. DM prévio
Jejum ≥ 126 mg/dl.
Rastreamento de diabetes 2 horas ≥ 200 mg/dl.
Início do pré natal = Glicemia Jejum *A Hb glicosilada maior do que 6% no período
Normal até 92 mg/dl. embriogênico pode ser terato- gênica, aumen-
DMG 92-125 mg/dl. tando o risco de malformações fetais, espe-
DM prévio > 126 mg/dl. cialmente as cardíacas.
Teste de tolerância oral à glicose
(semana 24-28).
Teste com maior sensibilidade e especificidade
para o diagnós- tico de DMG.
<GLICEMIA DE JEJUM
(Início do pré-natal)
<Diabetes prévio
Diabetes
Normal a gestação (Overt
Gestacional
Diabetes)
136
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | DIABETES GESTACIONAL
Resolução da gestação
Complicações da DM na gestação
137
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | DIABETES GESTACIONAL
Aprofunde o tema
138
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | PARTO PREMATURO
6. PARTO PREMATURO
Diagnóstico 6. Incompetência Istmo-Cervical (aborto
→ Contrações uterinas regulares + tardios).
Dilatação cervical (modificação do 7. Desnutrição.
colo) antes de 37 semanas. 8. Placenta prévia, DPP.
Se não houver modificação do colo, não é 9. Vaginose bacteriana.
TPP.
Indicações de Progesterona
A progesterona micronizada por via vaginal
Contrações Dilatação <37
regulares + cervical + reduz o risco de parto prematuro e a
semanas
> 2/10 min ≥ 3 cm morbidade neonatal em até 30% das
mulheres com gestação única e história
= Trabalho de prévia de parto prematuro espontâneo.
parto prematuro
1. Antecedente de prematuridade < 34
Moderado: 33-36 semanas. semanas ou perda gestacional > 16 semanas.
Muito prematuro: 28-32 semanas.
Prematuro externo: < 28 semanas. 2. Colo curto antes de 24 semanas (medida
Fatores de Risco para o TP do colo uterino entre 16-24 semanas <20- 25
1. Parto prematuro anterior. mm).
2. Infecções congênitas (TORCHS).
3. Gestação múltipla.
4. Infecção urinária e bacteriúria
assintomática.
5. Colonização materna por
Streptococcus agalactiae (SGB).
Manter progesterona
vaginal ou considerar
cerclagem uterina
139
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | PARTO PREMATURO
Condução do TP
Classificação de Risco de Hobel.
PENICILINA CRISTALINA
ANTIBIOTICOPROFILAXIA
(estreptococos grupo B positivo ou desconhecido)
Contrações rítmicas
Dilatação do colo uterino TOCOLISE Nifedipina
TRABALHO DE Atosiban
Esvaecimento do colo (entre 24-34
PARTO PREMATURO Terbutalina
uterino semanas)
<37 semanas Indometacina
SULFATO DE MAGNÉSIO
CORTICOTERAPIA (24-32 semanas e parto
(entre 24 a 36 6/7 semanas) iminente)
BETAMETASONA OU
DEXAMETASONA
(12 mg/dia por 2 dias)
140
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | PARTO PREMATURO
Contraindicações à tocólise
Sinais de corioamnionite;
141
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | PARTO PREMATURO
Ou seja…
Corticoide: 24-36.6 semanas.
Sulfato de Mg: 24-32 semanas.
Tocólise: 24-34 semanas.
Atb: EGB + ou desconhecido.
Aprofunde o tema
142
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | HEMORRAGIA PÓS-PARTO
7. HEMORRAGIA PÓS-PARTO
Causas de Hemorragia pós parto
Atonia
Útero amolecido, acima da cicatriz umbilical Uterotônicos
uterina
Relaxamento uterino
Dor abdominal importante associada à
Inversão reposicionamento
invaginação do fundo uterino para a vagina e
uterina manual doútero pela
choque neurogênico
manobra de Taxe.
143
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | HEMORRAGIA PÓS-PARTO
Conduta geral:
A: Chamar ajuda, garantir
permeabilidade das vias aéreas.
B: Controle da respiração,
monitorização e oxigenioterapia.
MASSAGEM UTERINA
BIMANUAL
OCITOCINA
SUI EV lento (3 min) seguido de SF 0.9% - 500 ml SIM
Dose de
com 20-40 UI ocitócito, 250 ml/h, EV manutenção
1 grama, EV lento, em 10 min.
ATONIA UTERINA
ÁCIDO TRAMXÂMICO
Sem resposta
MISOPROSTOL
(800 μ- via retal)
Se não houver tempo para aguardar efeito,
inseri-lo e avançar
Sem resposta
Dose de
manutenção
TRAJE ANTICHOQUE NÃO PNEUMÁTICO BALÃO DE TAMPONAMENTO INTRAUTERINO
SIM
LAPAPAROTOMIA
(Suturas compressivas / ligaduras vasculares/histerectomia /
cirurgia de controle de danos)
144
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | HEMORRAGIA PÓS-PARTO
Conduta:
→ Exame/revisão da placenta.
→ Curetagem uterina.
Acretismo Placentario
Ou seja:
Definição: Acreta: Invade o endométrio
Placenta acreta é uma placenta de profundamente.
aderência anormal, resultando em Increta: Invade o miométrio.
passagem atrasada da placenta. A Percreta: Atinge a serosa e órgãos
funcionalidade da placenta adjacentes.
permanece normal, mas a invasão
trofoblástica se estende além do limite → As gestantes com diagnóstico de
(denominada camada de Nitabuch). acretismo placentário na gestação devem
Nesses casos, a remoção manual da ser encaminhadas ao pré-natal de alto risco
placenta, a menos que seja feita e o parto realizado em um hospital terciário.
escrupulosamente, resulta em intensa
hemorragia pós-parto. Conduta:
A cesárea eletiva deve ser programada
Diagnóstico: entre 34 e 36 semanas quando a paciente
Ultrassonografia. não apresenta sangramento.
Fatores de Risco:
Idade materna > 35 anos.
Multiparidade (o risco aumenta à
medida que a paridade aumenta).
Miomas submucosos.
Cirurgia uterina prévia, incluindo
miomectomia.
145
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | HEMORRAGIA PÓS-PARTO
Percreta
Diante de uma placenta percreta está
contraindicado o parto vaginal devido a
falta de plano de clivagem pela invasão
placentária.
Deve ser programada a histerectomia
puerperal com a placenta in loco (NÃO
deve ser removida). O parto deve ser
eletivo com equipe multidisciplinar que
inclua obstetra experiente, anestesista,
radiologista intervencionista e urologista.
Aprofunde o tema
146
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | ASSISTÊNCIA AO PARTO
8. ASSISTÊNCIA AO PARTO
Trabalho de Parto: Condutas:
→ Contrações rítmicas 3-4 em 10 - Toque vaginal a cada 4 horas (evitar
minutos. desconforto).
→ Dilatação (3-4 cm) + Esvaecimento - BCF a cada 15-30 minutos (cardiotoco só
cervical (fino e medianizado). para gestantes de alto risco).
- Registrar a evolução no TP no partograma.
Fases clínicas do Parto: - Estimular a andar e adotar posições
1) Dilatação. verticais (estimular, a gestante que escolhe a
2) Expulsão. posição que quer ficar).
3) Dequitação. - Estimular a alimentação e hidratação (não
4) Greenberg (1 hora pós parto/ pode ficar em jejum).
puerpério). - Oferecer opções de alívio da dor: não
farmacológicos 1º e farmacológicos.
Assistência ao 1º período (dilatação)
Não recomendado:
Só se interna a mulher em fase ativa - Não fazer tricotomia nem enemas.
do TP = 3 contrações em 10 minutos + - Não fazer pelvimetria de rotina.
dilatação acima de 5 cm. - Não adm ocitocina de rotina.
- Não fazer amniotomia de rotina (maior
Tempo: risco de prolapso de cordão e
- Duração Variável (12 horas nas
corioamnionite, quando necessária se faz no
primíparas).
final da contração com controle do BCF).
- Não utilizar o critério de 1 cm/h.
147
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | ASSISTÊNCIA AO PARTO
A posição do parto deve ser escolhida pela gestante, mesmo com analgesia.
Tempo:
Não recomendado:
- Fisiológico: até 30 minutos.
- Massagem uterina continua em
- Conduta: algumas bibliografias
paciente que recebeu ocitocina.
permitem conduta expectante até 60
minutos.
Terceiro Estágio do Trabalho de Parto-
- Retenção placentária = extração manual
Dequitação
da placenta + curetagem uterina.
Ocitocina 10ui intramuscular para todas
Conduta: as pacientes.
- A principal medida é o uso de ocitocina
10 UI I.M após o nascimento para Tração controlada do cordão.
prevenção de hemorragia pós parto.
Retardar o clampeamento do cordão
- Tração controlada do cordão.
- Clampeamento tardio do cordão (pelo por pelo menos 1 min.
menos 1 minuto).
- Avaliação sistemática da placenta.
148
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | ASSISTÊNCIA AO PARTO
Puerpério
Mãe e recém-nascido devem receber cuidados por pelo menos 24h após o nascimento.
Partograma
Dilatação cervical triângulo
BCF
Altura da apresentação bolinha
PUERPÉRIO
149
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | SANGRAMENTO DA 2ª METADE
9. SANGRAMENTO DA 2ª METADE
Sangramento que ocorre após 20 semanas de gestação.
Principais etiologias:
1. Descolamento prematuro de placenta.
2. Placenta prévia.
Diagnóstico-clínico
Definição: separação parcial Sangramento vaginal
ou total da placenta, escuro
normalmente inserida, antes Dor abdominal súbita
do nascimento do feto. Hipertonia uterina (útero
lenhoso)
Alteração da vitalidade
Conduta: fetal
Feto vivo e viável: Amniotomia e Choque hemorrágico
cesárea de emergência
Feto morto/inviável:
> Gestante estável - parto vaginal
> Gestante instável-parto pela via Fatores de risco:
mais rápida. DPP prévio
Eclâmpsia/pré-eclampsia
Hipertensão arterial crônica
Uso de drogas/tabagismo
Trauma abdominal
Polidrâmnio
Gestação múltipla
RPM/corioamnionite
- Gestante Estável:
-Feto vivo: Amniotomia (diminui a pressão intrauterina, melhora o prognóstico fetal e
diminui o risco de CIVD) + cesariana.
-Feto morto: Pode aguardar o PN até 6 horas.
Nas gestantes estáveis com o feto vivo/viável, só se faz o parto normal quando o feto
estiver nascendo (coroando) em menos de 20 minutos.
Placenta Prévia
Placenta Prévia
Diagnóstico = Clínico +
ultrassom transvaginal
Definição: Sangramento vaginal
Placenta prévia: Placenta vermelho vivo
que recobre o orifício Indolor
interno do colo uterino Intermitente
parcial ou totalmente a Autolimitado
partir de 20 semanas. Diagnóstico definitivo a partir
28 semanas.
Inserção baixa de placenta:
placenta que dista menos
de 20 mm do OIC, mas não
o atinge.
Pontos chaves
→ É a segunda causa mais frequente de sangramento da segunda metade.
→ Para ser prévia tem que atingir o orifício interno uterino depois de 20 semanas.
-Centro total: cobre tudo.
-Centro parcial: não cobre tudo.
→ Sempre tem que confirmar o diagnóstico depois de 28 semanas (a placenta pode
migrar e “normalizar-se”).
→ Lembrar dos principais fatores de risco: PP anterior, procedimentos uterinos (cesárea
anterior, curetagem etc), multiparidade, gestação gemelar, tabagismo, etc.
→ É diferente de inserção baixa de placenta: a placenta está baixa mas não atinge o
orifício interno uterino. Ela está a menos de 20 mm (2 cm) do OIC.
→ O diagnóstico é diferente do DPP, que é essencialmente clínico. Na placenta prévia o
diagnóstico é clínico + ultrassonográfico com USG TV.
151
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | SANGRAMENTO DA 2ª METADE
Diagnóstico Importante
→ Sempre com exame de imagem (USG TV). → Sempre excluir o diagnóstico de
→ Na suspeita de placenta prévia o toque acretismo placentário (complicação
vaginal é proscrito importante da PP).
Sinal de Bandl-Frommel
Iminência
Estabilização hemodinâmica
Bradicardia fetal ou ausculta cardiaca fetal ausente.
Contrações param abruptamente com melhora temporária
Cesárea da dor.
Choque hemorrágico: mal-estar súbito, aumento da FC e
queda da PAS.
Desaparecimento da apresentação fetal ao toque vaginal.
Nascimento do concepto e Dor escapular (sinal de Lafont) e hematoma peri-umbilical
correção da lesão (sinal de Cullen).
Sangramento pode ser intra-abdominal,não visivel.
Pontos Chaves
→ Lembrar que o principal fator de risco é a cicatriz uterina prévia (múltiplas cesáreas
ou procedimentos uterinos).
→ Sinal de Bandl-Frommel ou em ampulheta = iminência de rotura uterina.
→ Cursa com alteração da vitalidade fetal (bradicardia ou BCF ausente), dor/contrações
que melhoram depois de romper o útero temporariamente, a apresentação que
estava abaixo sobe depois que rompe (útero “abre”), dor escapular e sinal de cullen
que representam sangramento intra-abdominal e retroperitoneal.
152
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | SANGRAMENTO DA 2ª METADE
Diagnóstico:
Sangramento vaginal intenso
Conduta: Cesárea após a rotura das membranas
Sangramento de origem fetal
Alteração da vitalidade fetal
Fatores de risco:
Placenta prévia
Inserção velamentosa de cordão
Lobo acessório
Placenta sucenturiada
Gestação múltipla
Pontos Chaves
→ Lembrar que o principal fator de risco é a cicatriz uterina prévia (múltiplas cesáreas
ou procedimentos uterinos).
→ Sinal de Bandl-Frommel ou em ampulheta = iminência de rotura uterina.
→ Cursa com alteração da vitalidade fetal (bradicardia ou BCF ausente), dor/contrações
que melhoram depois de romper o útero temporariamente, a apresentação que estava
abaixo sobe depois que rompe (útero “abre”), dor escapular e sinal de cullen que
representam sangramento intra-abdominal e retroperitoneal.
153
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | SANGRAMENTO DA 2ª METADE
Diagnóstico:
Sangramento vaginal intenso
Conduta: Cesárea após a rotura das membranas
Sangramento de origem fetal
Alteração da vitalidade fetal
Fatores de risco:
Placenta prévia
Inserção velamentosa de cordão
Lobo acessório
Placenta sucenturiada
Gestação múltipla
Pontos Chaves
→ Lembrar que é um sangramento do feto/bebê e não materno.
→ Acontece depois da rotura de bolsa, leva a alteração da vitalidade fetal.
→ Conduta: Cesariana.
Aprofunde o tema
154
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | PARTOGRAMA
10. PARTOGRAMA
Distocias no Partograma
Distocias de Dilatação
1. Parto taquitócico: dilata e desce
muito rápido (parto em menos de 4
horas).
2. Fase ativa prolongada: dilatação
lenta/demora pra dilatar.
3. Parada secundária de dilatação: para
de dilatar por 2 ou mais horas
seguidas. Conduta
→ Evitar amniotomia.
Distocias de Descida → Analgesia de parto precoce.
1. Parada secundária da descida: para → Revisão do canal de parto.
de descer por 2 ou mais horas → Monitorar o RN (risco de hemorragia
seguidas, geralmente fica no plano ventricular).
zero de De Lee, e é por desproporção
céfalo-pélvica. Fase ativa prolongada
2. Período pélvico prolongado: descida → Evolução da dilatação com menos de 1
lenta da apresentação fetal. cm/hora (evoluindo lentamente).
→ Distocia funcional por hipoatividade
Diagnóstico uterina (se vê os quadrados da contração
1. Sempre avaliar os triângulos primeiro brancos ou semi pintados, com poucas
(dilatação). contrações ou contrações fracas).
-< 10 cm: Distócia de dilatação (1º
período do parto).
-10 cm (total): Distócia de descida (2º
período do parto).
Parto taquitócico
→ Evolução do parto em menos de 4
horas.
→ Devido a uma distocia funcional por Conduta
hiperatividade uterina (se vê as → Tentar estimular as contrações:
contrações fortes/seguidas no -Deambulação.
partograma, os quadrados todos -Mudança de posição.
pintados de preto). -Amniotomia.
→ Geralmente a linha de dilatação é -Ocitocina.
praticamente vertical.
Complicações
→ Atonia uterina.
→ Trauma/lacerações do canal de
parto.
→ Hemorragia ventricular no RN.
155
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | PARTOGRAMA
Causas:
Hipoatividade uterina.
Tamanho fetal.
Apresentação fetal.
Variedade de posição fetal.
Conduta Assinclitismo persistente.
→ Tentar estimular/coordenar as
contrações: Conduta
Deambulação. Parto fórceps, vácuo-extrator.
Mudança de posição. Mudança de posição.
Amniotomia. Ocitocina.
Ocitocina. Cesaria.
→ Se não melhora: cesariana.
Aprofunde o tema
Parada secundária da descida
Acesse o QR Code abaixo e seja
→ Para de descer por 2 ou mais horas
direcionado para a área de estudos e
seguidas.
perguntas sobre o tema que
→ Causas:
trabalhamos neste módulo.
Desproporção céfalo-pélvica: Cesárea.
Distócia de rotação: Parto
instrumental.
156
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | RCIU
11. RCIU
Restrição do Crescimento Fetal intrauterino
Definição:
Diminuição do crescimento do feto intra útero.
Clínica e Diagnóstico:
Gestante: altura uterina não compatível com a idade gestacional (abaixo do percentil
10). Normal na prática: IG +/- 3.
Feto = Peso e/ou circunferência abdominal estimado na USG abaixo do percentil 10
para a idade gestacional.
Se verifica a idade gestacional mediante a FUM e/ou USG do primeiro trimestre. Caso
haja altura uterina menor ao percentil 10 ou indícios de RCIU na USG se solicita uma
dopplervelocimetria da artéria umbilical.
Normal Alterada
Entre o percentil 10-90 Abaixo do percentil 10
Regrinha prática: IG -3 cm
IG= 30
RCF? Oligoamnio
AU normal: 30-3=27
AU alterada: <27cm
Circunferência abdominal na
ultrassonografia
< percentil 10
para a idade gestacional
157
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | RCIU
Classificação:
Diferença entre feto com RCIU e feto PIG (pequeno para a idade gestacional):
- Antecedentes maternos.
- USG seriado: Medidas antropométricas, avaliação do líquido amniótico.
- Dopplervelocimetria da artéria umbilical.
RESTRIÇÃO DE CRESCIMENTO
FETAL (RCF)
x PEQUENO PARA A IDADE
GESTACIONAL (PIG)
Dopplervelocimetria
Ultrassonografia seriada
Índice de liquido amniótico
Tratamento:
A causa mais frequente de RCIU é a Aprofunde o tema
insuficiência placentária, e a conduta
Acesse o QR Code abaixo e seja
preconizada é a avaliação por USG
direcionado para a área de estudos e
seriado da velocidade do crescimento
perguntas sobre o tema que
fetal, perfil biofísico e dopplervelocimetria
trabalhamos neste módulo.
fetal.
Complicações:
→ Morbidade e mortalidade perinatal
aumentadas.
→ Doenças crônicas na vida adulta.
158
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | RUPTURA PREMATURA DE MEMBRANAS
ANTIBIOTICOPROFILAXIA
(estreptococos grupo B positivo ou
desconhecido e trabalho de parto)
NÃO FAZER TOCOLISE
Controle infeccios
clinico e laboratorial
Alteração da vitalidade fetal
Sinais de coroamnionit AMPICILINA
Descolamento prematuro de ADTROMONA
placenta por 4h, seguido de 7
<24 semanas >34 semanas dias de AMOKACUNA
159
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | CORIOAMNIONITE
13. CORIOAMNIONITE
Definição
Infecção ovular: processo inflamatório agudo das membranas extraplacentárias, placa
coriônica da placenta e cordão umbilical.
CLINDAMICINA + GENTAMICINA
(900MG EV, 8/8 h) (1,5mg/kg, 8/8h)
SULFATO DE MAGNÉSIO
(<32 semanas)
Ascenção de bactérias Antibioticoterapia
do trato
genitourinário inferior
PRÉ-TERMO
CORIOAMNIONITE
(<37 semanas)
Febre
Taquicardia matemna ou RESOLUÇÃO DA GESTAÇÃO
fetal NÃO FAZER!
Útero doloroso• CORTICOIDE
Secreção vaginal purulenta TOCOLITICO
Leucocitose com desvio à Via de escolha - Parto vaginal
esquerda
Aumento do PCR.
Importante
→ Diagnósticos diferenciais: Pielonefrite,
→ Nunca fazer corticoide ou tocolítico
infecção urinária.
(não se pode esperar o parto, risco de
sepse e morte materno-fetal. Aprofunde o tema
→ Porém, em fetos pré-termos (< 37
semanas) e menores de 32 semanas se Acesse o QR Code abaixo e seja
pode realizar sulfato de Mg para direcionado para a área de estudos e
neuroproteção fetal (lembrando que ele é perguntas sobre o tema que
utilizado em caso de parto iminente, trabalhamos neste módulo.
diferente do corticoide, que necessita um
tempo de ação mínimo para funcionar).
→ Resolução da gestação: A via de escolha
é o parto vaginal.
→ Sempre realizar antibioticoterapia EV
de amplo espectro que cubra gram
negativo e anaeróbios: Gentamicina +
clindamicina.
→ Lembrar da clínica:
-Sinais de infecção materna: Febre,
taquicardia materna, leucocitose com
desvio à esquerda, aumento do PCR.
.
160
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | RASTREIO DE CA DE COLO UTERINO
ASC-H
Colposcopia.
162
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | RASTREIO DE CA DE COLO UTERINO
Indicações:
Aprofunde o tema
→ ZT 1: VIsível, ectocervical.
→ ZT 2: Abrir para finalizar. Acesse o QR Code abaixo e seja direcionado
→ZT 3: Muito profunda, não se visualiza para a área de estudos e perguntas sobre o
toda a lesão. tema que trabalhamos neste módulo.
ZT 1 E 2 = EZT 1-2
Retirada de toda a lesão e
encaminhamento para anatomia
patológica.
163
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | AMENORREIA
15. AMENORREIA
Definição: Ausência de menstruação A partir dos 16 anos em paciente com o
durante 3 ciclos consecutivos ou 6 desenvolvimento de caracteres sexuais
meses. secundários.
•A amenorreia é um sintoma.
•É necessário investigar a causa. Exemplo: paciente de 15 anos que ainda
não menstruou, ao exame físico
Classificação: Se divide em primária e apresenta mamas no estádio M3,
secundária. pubarca em P4 (Tanner) = Conduta
→Primária: paciente nunca menstruou. expectante até os 16 anos.
→Secundária: paciente apresentou
menarca e parou de menstruar. Como se investiga?
A investigação depende da presença de
Amenorreia Primária caracteres sexuais secundários.
Quando se investiga?
A partir dos 14 anos em paciente sem o
desenvolvimento de caracteres sexuais
secundários.
164
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | AMENORREIA
165
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | AMENORREIA
Amenorreia Secundária
Quando se investiga?
Ausência de menstruação por 3 ciclos (regulares) ou 6 meses consecutivos
(irregulares).
166
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | AMENORREIA
167
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | AMENORREIA
Mamas
Pelos
168
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | AMENORREIA
Diagnóstico 2. Imagem:
Depende dos critérios de Rotterdam. - Ultrassonografia transvaginal.
Aumento da produção de LH e diminuição
Critérios de Rotterdam:
da produção de FSH: relação LH/FSH > 2:1
1. Hiperandrogenismo clínico (exame
(2,5). O LH que inibe a ovulação, por isso ele
físico com virilização): escore de
que está aumentado.
Ferriman-Gallwey > 8 e/ou
Testosterona Livre
Hiperandrogenismo laboratorial:
Estrona
testosterona sérica/ DHEAS
SHBG
aumentados.
LH
2. Oligo o anovulação.
3.Critérios Ultrassonográficos: ovários FSH
policísticos (mais de 20 cistos/folículos
de 2-9 mm) e/ou aumento do volume Complicações
do ovário (>10 cm3). 1. Infertilidade.
2. Maior risco de abortamentos.
Exames complementares: 3. Síndrome metabólica.
1. Laboratório. 4. Neoplasia endometrial, mama, ovário
devido a um maior estímulo estrogênico
Exames a serem solicitados para sem oposição da progesterona.
pacientes com suspeita de SOP
Tratamento
Beta-hCG, FSH, LH, TSH, testosterona Em geral:
total, SDHEA, prolactina, 17-hidroxi- → Mudanças do estilo de vida: adequar
progesterona alimentação, perda de peso, exercícios
TTGO 75g 2 horas físicos, deixar de fumar, diminuir/evitar
álcool etc.
Perfil lipídico
Farmacológico
Medida da pressão arterial, IMC e Depende se quer ou não engravidar e das
circunferência abdominal patologias associadas.
Diagnóstico
TSH + T4 livre:
1. TSH elevado + T4 livre baixo:
Hipotireoidismo primário.
170
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | VULVOVAGINITES
16. VULVOVAGINITES
Vaginose Bacteriana Fatores de Risco:
•Uso de antibióticos recentes.
Definição: •Uso do DIU.
Infecção do trato genital inferior •Uso de ducha vaginal com frequência.
feminino associado a um processo •Múltiplos parceiros sexuais.
inflamatório mínimo (não é uma • Tabagismo.
vaginite) devido a uma desregulação
IST: Não.
da flora bacteriana vaginal.
Clínica:
Epidemiologia: 50% assintomáticas.
Principal causa de corrimento vaginal
patológico (50%). 50%: Leucorreia branca-acinzentada,
homogênea, não aderente às paredes
Etiologia: vaginais e colo do útero, com odor fétido
Bactérias anaeróbias: (“peixe podre”).
•Gardnerella Vaginalis: principal. Piora com a menstruação e com as relações
•Bacterióides sp; Mobiluncus sp; sexuais (já que são líquidos alcalinos).
Micoplasma hominis; Prevotella sp.
Diagnóstico:
Tratamento:
→1ª opção*:
•Metronidazol 250 mg, 2 cp V.O 12/12 horas por 7 dias.
•Metronidazol gel vaginal 100 mg/g, 1 aplicador cheio à noite por 5 dias.
→2ª opção:
•Clindamicina 300 mg, V.O 12/12 horas por 7 dias.
*Também para gestantes e lactantes (algumas bibliografias não recomendam o metronidazol no 1º trimestre,
se utiliza clindamicina).
171
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | VULVOVAGINITES
Diagnóstico:
Tratamento:
Gestantes, diabéticas,
Não gestante/imunocomprometida. imunocomprometidas
.
172
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | VULVOVAGINITES
Diagnóstico:
Tratamento:
1ª opção (incluindo gestantes e lactantes):
•Metronidazol 400 mg, 5 comprimidos, V.O dose única (dose total de 2g).
•Metronidazol 250 mg, 2 comprimidos V.O 12/12 horas por 7 dias.
173
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | VULVOVAGINITES
174
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | VULVOVAGINITES
175
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | VULVOVAGINITES
Hospitalar:
Ceftriaxona 1 g E.V 24/24 horas por 14
dias.
Doxiciclina 100 mg, V.O de 12/12 horas
por 14 dias.
Metronidazol 500 mg, V.O de 12/12 horas
por 14 dias.
176
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | PLANEJAMENTO FAMILIAR
Barbitúricos saquinavir
Primidona Atazanavir
Topiramato Fosamprenavir
Oxicarbamazepina Nelfinavir
177
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | PLANEJAMENTO FAMILIAR
1 Irrestrito. Prescrever.
178
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | PLANEJAMENTO FAMILIAR
Tuberculose pélvica
Relativas (categoria 3)
179
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | PLANEJAMENTO FAMILIAR
Alergia ao cobre
Relativas (categoria 3)
180
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | PLANEJAMENTO FAMILIAR
181
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | RASTREIO DE CA DE MAMA
Mamografia Mamografia
Caracteristica Recomendação
182
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | RASTREIO DE CA DE MAMA
Classificação e conduta
No caso em que a paciente deseje engravidar ou usar terapia de reem-plazo hormonal há que investigar
melhor o birads 3, com biópsia e após confirmação de benignidade (birads 2) prosseguir.
Tipos de Biópsia
184
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | VIOLÊNCIA SEXUAL
185
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | VIOLÊNCIA SEXUAL
Autor da violência
Situações vacinal e
sorológica HBsAg
de crianças e desconhecido ou
adolescentes HBsAg reagente HBsAg não reagente
não
vítimas de violência
testado
Não vacinado IGHAHB+ iniciar vacinação Iniciar vacinação Iniciar vacinação*
Com vacinação IGHAHB + completar Completar
Completar vacinação
incompleta vacinação vacinação
Previamente vacinado
Com resposta
vacinal Nenhuma
Nenhuma medida Nenhuma medida
conhecida e medida
específica específica
adequada específica
(z 10mU/mL)
IGHAHB + 1ª da vacina
Sem resposta vacinal contra hepatite B ou duas Iniciar nova série de Iniciar nova série
após 1ª série (3 doses deIGHAHB com vacinação de vacinação
doses) intervalo de 30 dias (3 doses) (3 doses)*
entre elas
Duas doses de
Sem resposta vacinal 2 Duas doses de IGHAHB IGHAHB com
Nenhuma medida
após 2 séries de com intervalo de 30 dias intervalo de 30
específica
vacina entre elas** dias entre elas
186
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | ÚLCERAS GENITAIS
Donovanose
Úlcera auto inoculável (reproduz onde encosta).
Klebsiella Granulomatis
188
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | ÚLCERAS GENITAIS
Donovanose Tratamento:
Não há cura definitiva.
Definição: →Limpeza das lesões (evitar sobreinfecção).
Infecção sexualmente transmissível →Uso de analgésicos/anti-inflamatórios (são
causada pela bactéria Klebsiella lesões dolorosas).
granulomatis. Específico:
Clínica: →Primeiro episódio:
Úlcera indolor e auto inoculável •Aciclovir 400 mg, V.O, 8/8 horas por 7-10
(“lesões em espelho”). dias.
Tratamento: → Recorrência:
Azitromicina 1g V.O 7/7 dias por 21 dias •Aciclovir 400 mg, V.O , 8/8 horas por 5 dias.
ou até cicatrização das lesões. •Aciclovir 200 mg, V.O, 8/8 horas por 5 dias.
Diagnóstico:
→Gestantes: pode usar aciclovir (ganciclovir
Clínico.
não!).
Herpes simples
• Se há lesões no canal do parto se
Definição:
contraindica o parto natural, 85% das
Infecção sexualmente transmissível
transmissões neonatais são por essa via, 5%
causada pelo vírus herpes simples
intrauterinas e 10% no pos-parto através do
tipo 2.
contato.
Epidemiologia:
Doença de transmissão sexual •Tratar o 1º episódio em todas as gestantes:
ulcerativa vulvar mais frequente. aciclovir 400 mg V.O 8/8 horas por 7-10 dias.
Clínica:
Assintomáticos. •Se a primoinfecção ocorreu na gestação ou
Sintomáticos: houve recidivas, pode-se realizar a terapia
→Fase prodrômica da primoinfecção: supressiva a partir da 36ª semana
Prurido, sensação de “formigamento”, gestacional com aciclovir 400 mg 3 vezes
aumento da sensibilidade. Mialgias, por dia.
malestar, febrícula.
Aprofunde o tema
→Lesões ativas: Úlceras múltiplas em
“cachos de uva”, adenopatia inguinal Acesse o QR Code abaixo e seja direcionado
dolorosa bilateral. para a área de estudos e perguntas sobre o
tema que trabalhamos neste módulo.
A lesão é evolutiva, começa com as
vesículas, que se rompem e formam
crostas.
Diagnóstico:
Clínico.
Ou mais específico: citodiagnóstico de
Tzanck, biópsia e cultivo.
189
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
Tumor Phyllodes
Cisto complicado
Raro. Algo dentro: Calcificação, septo, debris.
Neoplasia fibroepitelial.
Cisto complexo
Idade média 45 anos.
Pode ser benigno, maligno ou Área sólida dentro dele: Pode ser um
borderline (recidivar e metastatizar câncer (biópsia ou exérese).
por sangue, não por linfa/linfonodos) →
sempre se faz a biópsia/anatomia
patológica.
190
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
CISTO DA MAMA
Cisto complicado
Cisto simples Cisto complexo
(ou espesso)
Absolutamente
Benigno Suspeito
benigno
Mastalgia Cíclica
Alteração funcional benigna das mamas ou doença fibrocística benigna das
mamas.
Dói na menstruação/relacionada a flutuações hormonais do ciclo menstrual pelo
estrógeno e progesterona.
Dor melhora após a menstruação.
Dor cíclica, geralmente nos quadrantes súpero laterais (maior densidade
glandular).
Conduta: orientação (não é câncer), analgésicos e hormonais (tamoxifeno,
danazol, análogo GnRh, gestrinona).
Mastalgia Acíclica
Pode ser de causa mamária ou extramamária.
Mamária Extramamária
191
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
Mastalgia Acíclica
Orientações
Extramamária Mamária
Persistência da dor
Taxoxifeno 10mg/dia
3-6 meses
Descargas papilares
Sim → US ou MMG.
Alterado: tto.
Normal: Biópsia.
Não
→ Citrina, esverdeada, amarelada, azulada: Ectasia ductal = seguimento.
→ Branca, leitosa: Hiperprolactinemia = Dosar prolactina (medicamentos*, adenoma de
hipófise/tac).
192
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
Mastite Lactacional
Dificuldade para amamentar → Ingurgitamento mamário e acúmulo de leite.
O quente estimula a produção de leite, o frio melhora o ingurgitamento, então se
faz compressas frias.
Se não melhora pode levar a inflamação da mama = Mastite (eritema, edema, calor,
queda do estado geral, febre) = Geralmente S. aureus.
Tto mastite: Cefalexina.
Pode complicar com abscesso → USG (confirmação) e drenagem.
193
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
Resumo
194
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
Resumo
O fibroadenoma é o nódulo benigno mais frequente nas mulheres jovens. São
lesões fibroelásticas, bem delimitadas e móveis. A conduta é o seguimento
semestral por meio de exame físico e ultrassom. Em casos de nódulos > 2 cm ou
quando há crescimento, indicamos a exérese.
O câncer de mama raramente provoca dor. Toda paciente com mastalgia precisa
ser informada e tranquilizada sobre esse assunto. A maioria das pacientes com
mastalgia acaba “melhorando” apenas com essa orientação.
Câncer de Mama
Fatores de Risco
1. Antecedentes familiares de 1º grau de câncer de mama.
2. Antecedentes familiares de 1º grau de câncer de ovário.
3. Mutações genéticas (exemplo gene BRCA 1 e 2).
4. Menarca precoce (antes dos 12 anos): Estimulação estrogênica.
5. Uso de anticonceptivos orais (estimulação estrogênica).
6. Nuliparidade (estimulação estrogênica, a gestação é um estado de
predominância de progesterona).
7. Terapia de reposição hormonal por mais de 5 anos.
8. Idade > 50 anos.
9. Lesões benignas com atipia (hiperplasia ductal e lobular com atipia).
195
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
Aprofunde o tema
Acesse o QR Code abaixo e seja
direcionado para a área de estudos e
perguntas sobre o tema que
trabalhamos neste módulo.
196
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | HIPERPLASIA E CÂNCER DE ENDOMÉTRIO
Pólipos Coagulopatias
Leiomiomas Endométrio
Não classificados.
P – Pólipos uterinos.
A – Adenomiose: Doença provocada pela presença de tecido endometrial no interior
da parede muscular do útero.
L- Leiomioma: Os miomas mais comumente associados a sangramento uterino
anormal são os submucosos.
M – lesões malignas: Tumores malignos são mais comuns após a menopausa, mas
devem ser descartados sempre.
C – Coagulopatia: Alterações da coagulação provocadas por doenças hepáticas,
hemofilia, leucemia, dentre outras.
O – Disfunção Ovulatória: Falta de ovulação, ovulação pouco frequente, falhas
associadas a aproximação da menopausa, stress, perda ou ganho de peso, exercício
excessivo, medicamentos.
E – Alterações do endométrio: alguma alteração do funcionamento normal do
endométrio.
I – Iatrogenia: Situações provocadas por tratamento prescrito pelo médico ou
intervenções médicas, tais como terapêutica hormonal, anticoagulantes,
medicamentos que interferem com a situação hormonal, DIU, etc.
N – Não classificados: Outras situações clínicas mais raras que podem contribuir
individualmente para o sangramento uterino anormal.
197
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | HIPERPLASIA E CÂNCER DE ENDOMÉTRIO
Espessamento endometrial
Dúvida do diagnóstico
Causas Porcentagem
Atrofia endometrial 60 - 80%
Terapia hormonal estrogênica 15 - 25%
Pólipo endometrial 2 - 12%
Hiperplasia endometrial 5 - 10%
Câncer de endométrio 10%
198
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | HIPERPLASIA E CÂNCER DE ENDOMÉTRIO
Idade de 50 a 70 anos
Uso de tamoxifeno
Menarca precoce
Nuliparidade / infertilidade
Obesidade
Síndrome de Cowden
199
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | HIPERPLASIA E CÂNCER DE ENDOMÉTRIO
Hiperplasia Endometrial
Avaliação com ultrassonografia com biopsia.
Desejo de gestar.
Presença de atipias.
Reavaliar tratamento
200
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | HIPERPLASIA E CÂNCER DE ENDOMÉTRIO
Paciente
sem Terapia
Hormonal
< 8 mm Atrofia
Paciente em
uso de Terapia
Hormonal
>= 8 mm Biópsia
II Tumor invade o estroma do colo uterino, mas não se estende além do útero¹
201
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA | HIPERPLASIA E CÂNCER DE ENDOMÉTRIO
Risco de comprometimento
A linfadenectomia pode
Carcinoma endometrióide grau
ser realzada para avaliar o
3 com invasão miometrial <
Risco comprometimento linfonodal
50% (estádio IA) ou Carcinoma
intermediário e realizar o estadiamento
endometrióide com invasão
cirúrgico (verificar a real
miometrial >= 50% (estádio IB)
extensão da doença)
Classificação
Ca de Endométrio tipo I e tipo II
Avaliação pré operatória do câncer Em geral, esses exames são usados para
de endométrio detectar linfonodos suspeitos.
O desempenho do PET-TC é
Diagnóstico histológico do câncer de semelhante aos outros exames para a
endométrio por meio da biópsia, detecção de metástases.
devemos avaliar a paciente antes de Palpar os linfonodos na região inguinal.
iniciar o tratamento: Dosar CA 125 no sangue: Rastrear
Exame físico: Avaliar a extensão da acometimento linfonodal.
lesão, mediante o exame do útero Solicitar Raio-X de tórax: Afastar
e dos paramétrios e procurar metastases pulmonares.
sinais de metástases à distância.
Exames de imagem ou Aprofunde o tema
marcadores tumorais para
Acesse o QR Code abaixo e seja direcionado
estimar a extensão da doença e
para a área de estudos e perguntas sobre o
avaliar a existência de possíveis
tema que trabalhamos neste módulo.
metástases.
Uma radiografia de tórax deve ser
realizada como parte da avaliação
inicial para excluir metástases
pulmonares. Níveis elevados do
CA-125 podem sugerir
comprometimento linfonodal. A
avaliação da infiltração do
miométrio pelo câncer de
endométrio pode ser feita pela
ultrassonografia ou pela
ressonância magnética. Não há
diferença significativa entre os
dois exames, mas a sensibilidade
da ressonância é um pouco maior.
A tomografia computadorizada, a
ressonância magnética e o PET-CT
são os exames de imagem mais
usados na avaliação pré-
operatória das mulheres com
suspeita de doença metastática.
203
CLÍNICA | PSIQUIATRIA | INTOXICAÇÕES EXÓGENAS
1. INTOXICAÇÕES EXÓGENAS
204
CLÍNICA | PSIQUIATRIA | INTOXICAÇÕES EXÓGENAS
Antídotos/tratamentos
Benzodiazepínicos: Flumazenil.
Opióides: Naloxona.
Paracetamol: N-acetilcisteína.
Betabloqueadores: Glucagon.
Cianeto: Hidroxicobalamina.
Aprofunde o tema
205
CLÍNICA | PSIQUIATRIA | DEPENDÊNCIA QUÍMICA
2. DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Síndrome de Abstinência Nicotina
Estimula os receptores de acetilcolina,
→ É o desenvolvimento de uma síndrome
dopamina, noradrenalina, serotonina,
específica da substância devido à
glutamato e GABA ~ Dopamina:
interrupção ou redução de seu uso
importante no siste- ma límbico, capaz
intenso e prolongado.
de desencadear a sensação de prazer-
→ Causa sofrimento clinicamente
bem estar (dependência).
significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em
→Tratamento: A terapia não
outras áreas importantes da vida do
medicamentosa deve ser oferecida a
indivíduo.
todos os pacientes (terapia cognitivo-
→ Os sintomas não podem ser explicados
comportamental); Em caso mais graves
por outra condição médica ou transtorno
(fagerstrom a partir de 5) se associa a
mental.
terapia farmacológica.
Processo de deixar um hábito/vício Primeira linha: Bupropiona
(antidepressivo atípico), vareniclina
1. Contemplação (“I might”): Assume o
(agonista nicotínico) e a terapia de
problema, é ambivalente e considera
reposição de nicotina (TRN), como
iniciar mudanças.
adesivos, gomas e pastilhas.
2. Preparação (“I will”): Planeja, cria
Segunda linha: Nortriptilina
condições para mudar, revisa tentativas
(antidepressivo tricíclico), clonidina
passadas.
(antihipertensivo de ação
3. Ação (“I am): Implementa mudanças
adrenérgica).
ambientais e comportamentais.
4. Manutenção (“I have”): Processo de
# Bupropiona é contraindicada em
continuidade e manutenção do trabalho,
pacientes com história de
prevenção de recaídas.
convulsões (mesmo febril), traumatismo
5. Recaída: Falha na manutenção,
craniano e anorexia nervosa.
retomada do hábito.
# O adesivo de nicotina só pode ser
usado após o paciente deixar de fumar,
Processo de deixar um hábito/vício devido ao risco de intoxicação nicotínica.
Estimula os receptores de acetilcolina, CI: IAM recente (menos de 14 dias).
dopamina, noradrenalina, serotonina, # Goma e pastilha de nicotina
glutamato e GABA ~ Dopamina: CI: úlcera gástrica.
Importante no sistema límbico, capaz de # Combinações nicotínicas devem ser
desencadear a sensação de prazer-bem usadas com cautela em hipertensos,
estar (dependência). podem agravar o quadro (goma +
adesivo).
→Tratamento: A terapia não
medicamentosa deve ser oferecida a
todos os pacientes (terapia cognitivo-
comportamental); em casos mais graves
(fagerstrom a partir de 5) se associa a
terapia farmacológica.
206
CLÍNICA | PSIQUIATRIA | DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Dentro de 5 minutos 3
Após 60 minutos 0
Sim 1
Vacê encontra dificuldade de abster-se
do fumo em lugares proibidos? Não 0
O primeiro da 1
Qual cigarro seria mais difícil de largar?
manhã Qualquer um 0
10 0
11 - 20 1
Quantos cigarros você fuma por dia?
21 - 31 2
31 ou mais 3
Você fuma mais frequentemente Sim 1
as primeiras horas após acordar ou
durante o resto do dia? Não 0
207
CLÍNICA | PSIQUIATRIA | DEPENDÊNCIA QUÍMICA
208
CLÍNICA | PSIQUIATRIA | TRANSTORNO DE ANSIEDADE
3. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
TAG Tratamento: Antidepressivos ISRS ou
clomipramina (antidepres- sivo tricíclico).
Clínica: Preocupação excessiva,
generalizada (sem a presença de
Transtorno do Pânico
claros estímulos agressores) ou
desproporcional ao estímulo). Medo ou ansiedade de estar em lugares
Sintomas de pelo menos 6 meses e situações nos quais não é fácil
consecutivos. escapar, que podem causar pânico,
Pode acompanhar irritabilidade, impotência ou constrangimento.
tensão, fadiga, inquietação, ranger Frequentemente desencadeada pelo
de dentes etc. transtorno de pânico.
Transtorno do Pânico
209
CLÍNICA | PSIQUIATRIA | TRANSTORNOS DE HUMOR
4. TRANSTORNOS DE HUMOR
Tema mais cobrado em psiquiatria Em crianças/adolescentes:
Transtorno depressivo (depressão 1)Critério maior: Irritabilidade “nova” +
maior, recorrente, pós-parto e outros critérios menores.
distimia).
Transtorno bipolar. Estratificação do episódio depressivo
Burnout. De acordo com a funcionalidade/prejuízo
Suicídio. funcional.
Leve: Mantém rotina com dificuldade.
Transtorno Depressivo Maior Moderado: Prejuízos maiores na
rotina.
Doença crônica e recorrente, o episódio
Grave: Incapaz de manter a
tem uma média de duração de 4-6
rotina/responsabilidades.
meses. Depressão recorrente: recorrência com
3 pilares fundamentais um intervalo mínimo de 2 meses (ou
seja, um episódio → 2 meses ou mais →
Afeta o humor: Triste, perda de
outro episódio).
afetividade.
Afeta o prazer: Interesse em fazer algo
Psicose na depressão: Alucinações,
que ele gosta - anedonia.
delírios, comportamentos
Afeta a energia: Corpo pesado,
desorganizados → em casos moderados
cansado, fatigado.
ou graves (CID 11 2022).
Mais frequente em pessoas menores de
40 anos (jovens), e quanto mais precoce
Transtorno Depressivo Maior
pior o diagnóstico; mais frequente nas
mulheres. Blues puerperal: Surge logo após o
parto, sintomas leves, transitórios. Não se
Diagnóstico (5 critérios) medica, tto de suporte.
1 ou 2 principais + acessórios (mínimo 5). Depressão periparto/pós parto: Surge
Mínimo de 14 dias/2 semanas com até 6 meses após o parto, sintomas mais
1)Critério maior: Humor deprimido e/ou intensos, duração superior a 14 dias. Tto
Anedonia padrão de depressão. Se pode avaliar
2)Critérios acessórios: Alterações: com a Escala de Depressão Pós-Natal
peso/apetite, sono, agitação/retardo, (DPP)
cansaço, diminuição da concentração, de Edimburgo, que é um instrumento
sentimento de culpa, pensamento de autoaplicável para rastrear sintomas de
morte. depressão no puerpério.
3)Prejuízo funcional (prejudica as
atividades diárias, trabalho, educação Tratamento da depressão
etc). Não medicamentoso:
4)Episódios, crônico, recorrente (maioria Alimentação saudável.
- média de 6/vida). Higiene do sono.
Exercícios físicos.
Terapia cognitiva comportamental.
210
CLÍNICA | PSIQUIATRIA | TRANSTORNOS DE HUMOR
211
CLÍNICA | PSIQUIATRIA | TRANSTORNOS DE HUMOR
Sintomas psicóticos
212
CLÍNICA | PSIQUIATRIA | TRANSTORNOS DE HUMOR
Tentativas prévias
Transtornos psiquiátricos
FATORES DE RISCO
Sexo masculino
FATORES DE PROTEÇÃO
Sexo feminino
Médicos
Casamento
Jovens - idosos
Filhos
Solidão - divórcio
Gravidez
Luto
Emprego
Desemprego
Acesso à saúde
Minorias
Religiosidade - fé
Doenças crônicas
Dor física
Acesso a armas
Luto: Reação emocional frente a uma perda. O luto é prolongado quando ultrapassa 6
meses de duração.
Fases do luto
213
CLÍNICA | PSIQUIATRIA | TRANSTORNOS DE HUMOR
Burnout
214
CLÍNICA | PNEUMOLOGIA | TROMBOEMBOLISMO PULMONAR
5. TROMBOEMBOLISMO PULMONAR
Burnout
Trombofilia/Tromboflebite
Prótese joelho/quadril Hipertensão arterial
Doença inflamatória intestinal
Clínica
Sintomas Sinais
215
CLÍNICA | PNEUMOLOGIA | TROMBOEMBOLISMO PULMONAR
Diagnóstico
Critérios de Wells
Sinais e sintomas de TVP 3,0
Hemoptise 1,0
Câncer. 1,0
EP improvável <4
EP provável >4
SUSPEITA DE TEP
negativo
negativo
Ar teriografia
216
CLÍNICA | PNEUMOLOGIA | TROMBOEMBOLISMO PULMONAR
217
CLÍNICA | PNEUMOLOGIA | TROMBOEMBOLISMO PULMONAR
Classificação de Severidade
Tratamento
Indicações de internamento:
1.Pacientes instáveis.
2.Falência de VD.
??? TVP E TEP
Pacientes instáveis ou falência de VD: Anticoagulação + trombólise (ou terapia
intervencionista/cx).
Pacientes estáveis: Anticoagulação apenas (menos nos pacientes com CI:
Hemorragia ativa, plaquetopenia menor a 50 mil, trauma importante, história de
AVC hemorrágico, hemorragia intracraniana, aí se realiza filtro de veia cava
inferior).
Enoxaparina 1 mg/kg 12 em 12h SC.
HNF
Rivaroxabana/Apixabana/Fondaparinux (quando não há indicação de internação).
218
CLÍNICA | PNEUMOLOGIA | TROMBOEMBOLISMO PULMONAR
Anticoagulação
Instabilidade
Hemodinâmica
219
CLÍNICA | PNEUMOLOGIA | TROMBOEMBOLISMO PULMONAR
Aprofunde o tema
Acesse o QR Code abaixo e seja
direcionado para a área de estudos e
perguntas sobre o tema que
trabalhamos neste módulo.
220
CLÍNICA | PNEUMOLOGIA | DPOC
6. DPOC
Etiologia/Fatores de Risco
Tabagismo (principal).
Fatores ambientais
Exposição ocupacional (biomassa, poluição, queimadas).
Genética (deficiência de alfa-1-antitripsina).
Fatores individuais Asma e hiperreatividade brônquica.
Infecções pulmonares a repetição na infância.
Tabagismo:
Principal Fator de risco para DPOC.
Comumente em pacientes com carga tabágica acima de 20 maços-ano.
50% das pessoas que fumam vão desenvolver DPOC.
DPOC-C: Cigarro.
DPOC -P: Poluição/biomassa.
DPOC-A: + asma.
DPOC-I: Por infecções (hiv/tbc/a repetição na
infância).
DPOC-G: Genético (alfa-1-antitripsina)
221
CLÍNICA | PNEUMOLOGIA | DPOC
Etiofisiopatologia
Dificuldade, Hipoventilação,
Bronquiolite obstrutiva principalmente, hiperinsuflação e
para a saída do ar aprisionamento aéreo
→ Enfisema:
Centroacinar: Predomínio nas partes superiores pulmonares, a destruição começa
no centro do acino. Típico de tabagista.
Panacinar: predomínio nas partes inferiores pulmonares, a destruição já começa
destruindo todo o acino. Típico em pacientes com deficiência de alfa-1-antitripsina.
Clínica
Tríade Clássica
Dispneia
DPOC
Expectoração Tosse
222
CLÍNICA | PNEUMOLOGIA | DPOC
Exame físico:
→ Tórax em tonel ou barril (aumento diâmetro A-P).
→ Expansibilidade torácica diminuída.
→ MV diminuídos, sibilancias.
→ Frêmito tóraco vocal diminuído.
→ Hipersonoridade na percussão.
Diagnóstico Diferencial
O principal diagnóstico diferencial é a doença asmática.
Retificação das
hemicúpulas
Em geral, normal. diafragmáticas,
Pacientes com doença hiperinsuflação,
Radiografia de tórax grave, remodelamento ou hipertransparência
em crise podem apresentar pulmonar; coração
hiperinsuflação e trama alongado (“em gota”);
brônquica aumentada. aumento da distância entre
os espaços intercostais.
Resposta ao Ausente
Boa
corticoide inalado
Outros:
Insuficiência cardíaca (cardiomegalia e congestão pulmonar).
Bronquiectasias (escarro purulento, infecções a repetição, dilatação do brônquio
central).
Tuberculose: Tosse a mais de 15 dias, febre vespertina, perda de peso, sudorese
noturna.
Diagnóstico:
1. Espirometria.
223
CLÍNICA | PNEUMOLOGIA | DPOC
ou seja:
A presença de enfisema e/ou bronquite crônica não diagnostica DPOC,
independente dos achados clínicos e/ou espirometria, o diagnóstico requer a
obstrução fixa ao fluxo aéreo.
GOLD 2023
Pré DPOC: Pacientes sintomáticos e/ou com alterações estruturais pulmonares (ex:
Enfisema) e/ou alterações fisiológicas (ex: VEF1 reduzido), porém, com VEF1/CVF
normal.
PRISm: Espirometria alterada com VEF1/CVF normal.
2.Exames de Imagem:
Radiografia de Tórax:
224
CLÍNICA | PNEUMOLOGIA | DPOC
VEF
GOLD 2 50 a 79
GOLD 3 30 a 49
ESCALA CAT
Eu nunca tenho tosse 0-1-2-3-4-5 Eu tenho tosse toda hora
Eu não tenho expectoração / 0-1-2-3-4-5 Meu peito é completamente
catarro no meu peito cheio de expectoração / catarro
Não sinto aperto no peito 0-1-2-3-4-5 Sinto muito aperto no peito
225
CLÍNICA | PNEUMOLOGIA | DPOC
Sintomas:
1. Sintomáticos = mMRC > 2 (dispneia para caminhar no plano,anda mais devagar
que as outras pessoas da mesma idade).
2. Pouco sintomáticos = mMRC <1 (dispneia em grandes esforços, não apresentam
dispneia).
Exacerbações:
1. Exacerbadores: 2 ou mais exacerbações no último ano (12 meses) ou que foram
internados.
2. 2.Não exacerbadores: Não preenchem esses critérios.
Estadiamento:
>= 2 ou
>= 1 com hospitalização { E
0 ou 1
sem hospitalização { A B
{
{
mMRC 0- mMRC 2+
1 CAT <10 CAT 10+
Ou seja…
→Grupo E: 2 ou mais exacerbações em 12 meses ou 1 internação.
→Grupo A: 0 ou 1 exacerbação nos últimos 12 meses, 0 internação, mMRC 0-1 (pouco
sintomáticos), CAT <10.
→Grupo B: 0 ou 1 exacerbação nos últimos 12 meses, 0 internação, mMRC 2+
sintomáticos), CAT > 10.
Tratamento
226
CLÍNICA | PNEUMOLOGIA | DPOC
Vacinas (gold 2023): Influenza, pneumococo 13 e 23, coqueluche (DTPa, para os não
vacinados na infância), Zoster (mais de 50 anos).
227
CLÍNICA | PNEUMOLOGIA | DPOC
228
CLÍNICA | PNEUMOLOGIA | ASMA
7. ASMA
A tosse crônica é um sintoma comum na prática clínica e pode ser causada por
diversas condições, como asma, doença do refluxo gastroesofágico, rinite, sinusite,
DPOC, tuberculose, entre outras.
A asma é uma das causas mais comuns de tosse crônica e tem forte associação com
rinite.
229
CLÍNICA | PNEUMOLOGIA | ASMA
Não Sim
SABA
SABA
Ipratropio
Considerar ipratropio
02 para Sat 93-95%
02 para Sat 93-95%
Corticoide VO ou EV
Corticoide oral
Considerar magnésio EV
Considerar altas doses de Cl
Reavaliação frequente
Nova avaliação funcional em 1h
Em caso de piora, considerar UTI
Considerar alta se melhora clínica com PFE 60-80% do predito ou melhor.
Se VEF1 ou PFE <60 % do predito ou o melhor do paciente ou ausência de
resposta clínica, continuar tratamento como crise grave e reavaliar
frequentemente.
230
CLÍNICA | PNEUMOLOGIA | ASMA
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231
CLÍNICA | NEUROLOGIA | TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
Mecanismos principais:
Golpe.
Contragolpe.
Classificação de gravidade:
TCE grave = ≤ 8. 1 - Sem descontos
TCE moderado = 9-12. 2 - Perde 1 ponto
TCE leve = 13,14 e 15. 3 - Perde 2 pontos
232
CLÍNICA | NEUROLOGIA | TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
Suspeita de fratura aberta de crânio Mecanismo de alto impacto (queda > 1m,
Glasgow < 15 = TAC (guideline diferente, revalida usa em algumas questões, não deixa
de ser TCE leve, mas indica tomografia).
Mecanismo da queda: Lembrar que mais de 1 metro de queda já tem que fazer,
sempre perguntar o mecanismo da queda, de onde caiu e quantos metros.
Mecanismo da queda: Lembrar que mais de 1 metro* de queda já tem que fazer,
sempre perguntar o mecanismo da queda, de onde caiu e quantos metros.
Mecanismos de tx graves: ejeção do veículo, capotamento do veículo, morte de outro
passageiro, ciclista sem capacete, atropelamento, cabeça atingida por objeto em
velocidade, queda de mais de 1 metro em criança com menos de 2 anos ou mais de 1,5
m em maiores de 2 anos* guias diferentes*.
233
CLÍNICA | NEUROLOGIA | TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
Fratura
Contusão
Lesão do
perênquima
Lesão axonal
Primária difusa
Hematoma
subdural
Lesão
Sangramento Hematoma
extra-axial epidural
Isquemia Hemorragia
Secundária secundária
(tardia) subaracnóidea
Hemorragia Subaracnóidea
Segue o trajeto do espaço subaracnóideo.
Sangue entre subaracnóide e cérebro.
234
CLÍNICA | NEUROLOGIA | TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
Hematoma Epidural
Lesão da artéria meningea média.
Aspecto biconvexo.
Sangue entre o osso e a dura-màter.
Como se fosse um limão.
Com intervalo lúcido.
Mais comum no trauma “temporal”.
TCE grave
IOT
Sedação
Temp esofágica < 38º
Neuroproteção No TCE grave:
PAM > 100 mmHg
PaCO2 35-45 mmHg Fenitoína profilática
SpO 2 -> 94%
Cabeceira > 30º
Cirurgia?
TC de crânio
Motorização de PIC com
cateter intraventricular
Tríade de Cushing
“Descompensação” da HIC? Herniação cerebral
Postura motora anormal
235
CLÍNICA | NEUROLOGIA | TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
Descompensação da HIC
Drenar LCR
236
CLÍNICA | NEUROLOGIA | PARKINSONISMO
9. PARKINSONISMO
Diagnóstico: Clínico.
} }
Tremor
Critério da
Movement Critério do
Disorders banco de
Bradicinesia
+ Rigidez Society Cérebros de
Londres (1 de 3)
Instabilida
de postural
Causas:
Neurolépticos e antivertiginosos
Efeito Raramente pode ser assimétrico
medicamentoso
Tratamento: retirar a droga
Doença de Parkinson
237
CLÍNICA | NEUROLOGIA | PARKINSONISMO
Tremor Essencial
Parkinson-Plus
238
CLÍNICA | NEUROLOGIA | PARKINSONISMO
Diagnóstico Diferencial
Doença de Parkinson
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239
CLÍNICA | NEUROLOGIA | MORTE ENCEFÁLICA
240
CLÍNICA | NEUROLOGIA | MORTE ENCEFÁLICA
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241
CLÍNICA | NEUROLOGIA | ESTADO CONFUSIONAL AGUDO
Fatores predisponentes
Fatores precipitantes
*Intoxicações:
Medicamentos: Anticolinérgicos, antidepressivos tricíclicos, anti-histamínicos,
benzodiazepínicos, opióides, antibióticos como quinolonas, cefepime, etc).
Tratamento:
→ Da causa: Em todos os pacientes.
→ Ajuste ambiental: Todos os pacientes.
→ Farmacológico: Neuroléptico só se constatada a agitação, com risco de dano a si
ou a terceiros (delirium hiperativo).
Maioria dos pacientes (não todos): Neurolépticos (haloperidol, risperidona,
quetiapina etc).
Alcoólatras e Parkinson: Benzodiazepínicos.
Prevenção:
→ O haloperidol não previne o delirium, sim a contenção/mobilização precoce.
Crença errada com “certeza”. Não há comprometimento da consciência
Delírio
nem da cognição. Ex: delírio de grandeza ou de perseguição.
Delirium Pensamento desorganizado e alteração da consciência.
242
CLÍNICA | NEUROLOGIA | ESTADO CONFUSIONAL AGUDO
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243
CLÍNICA | NEUROLOGIA | EPILEPSIA/CONVULSÕES
12. EPILEPSIA/CONVULSÕES
Classificação: Clônicas: Movimentos estereotipados e
repetitivos.
Origem do estímulo elétrico: Tônicas: Contractura sustentada
→ Crise de início focal: Atividade elétrica (contração e flexão).
anómala ou paroxismos epileptiformes
restrita a um hemisfério cerebral (ex: Crise Epiléptica
região occipital do hemisfério direito).
→ Crise de início generalizada: Atividade → 95% das vezes autolimitada, se aguarda
elétrica anómala ou paroxismos os primeiros 5 minutos antes de iniciar a
epileptiformes em ambos hemisférios medicação.
cerebrais. → Estado de mal epiléptico: Mais de 5
→ Crise de início desconhecida: Não se minutos ou mais de 2 crises sem
localiza a atividade elétrica anómala. recuperar a consciência.
Crise de início focal: Assimetria clínica e Quando a crise epiléptica deixa de ser
EEG e RM com achados focais. automutilada
Consciência:
Falha na cessação da crise
1. Perceptivas: Não há perda de
Desencadeante que estimula a
consciência.
atividade epiléptica
2. Disperceptivas: Há perda de
consciência.
Sintomas e sinais iniciais:
1. Início não motor: Autonômicas, Crise tônico-clônica > 5 min
sensoriais, emocionais, cognição,
parada comportamental. >= 2 crises sem recuperar a consciência
2. Início motor: Atônicas, tônicas,
clônicas, automatismo, mioclônicas,
espasmos epilépticos, hipercinética.
244
CLÍNICA | NEUROLOGIA | EPILEPSIA/CONVULSÕES
Tratamento/Abordagem Anticonvulsivantes
Considerações Fenitoína 20 mg/kg/EV em dose de
Dose Reconhecer o estado de ataque (velocidade máxima da taxa de
Diazepam: 10mg EV mal epiléptico infusão 50 mg/min).
Midazolam: 15 mg IM
Importante: A Fenitoína é um antiarrítmico
Pode repetir até 3 Urgência médica que, se administrado em alta velocidade de
vezes com inter valo infusão, interfere no sistema cardionector do
de 5 minutos. coração podendo desencadear um bloqueio
Via nasal e retal e consequente paro cardíaco.
Diazepam EV ou
são opções se EV Midazolam IM
indisponível.
Anticonvulsivantes barbitúricos
Na prática clínica, é Fenobarbital 15 mg/kg/EV (100 mg/min):
Fenitoína 20mg;Kg
possível “inverter” a EV (50mg/min) depressão respiratória e sonolência
ordem da fenitoína e excessiva.
do fenobarbital. *Paciente cardiopata grave: pode inverter
Fenobarbital 15-20 mg/ (iniciar por fenobarbital).
Kg EV (100mg/min)
245
CLÍNICA | NEUROLOGIA | EPILEPSIA/CONVULSÕES
Convulsão na gestante
→ Eclâmpsia: Aumento da PA em
gestantes de mais de 20 semanas,
levando a convulsões, geralmente tônico-
clônico generalizadas.
Conduta inicial: Internação e estabilização
hemodinâmica.
Chamar ajuda.
Conter a paciente para evitar trauma.
Decúbito lateral para evitar aspiração.
Protetor de língua.
Fornecer oxigenoterapia.
Realizar monitorização dos sinais
vitais.
Conduta específica:
Sulfato de Magnésio.
Parto pela via mais rápida.
Antihipertensivos.
246
CLÍNICA | NEUROLOGIA | CEFALEIAS
13. CEFALEIAS
→ Tratamento:
- Não farmacológico: Evitar gatilhos
(comida, cheiros, estresse etc),
alimentação balanceada, hidratação,
exercício físico regular.
ENXAQUECA ABORTIVO
247
CLÍNICA | NEUROLOGIA | CEFALEIAS
Neuralgia do Trigêmeo
Fisiopatologia: Se dá por conflito neurovascular (trigêmeo e artéria intracraniana,
podendo estar relacionada a doença desmielinizante ou ser idiopática).
Clínica: Crise de dor moderada a forte, sensação de choque ou facada que duram
segundos e podem recorrer várias vezes por dia.
248
CLÍNICA | NEUROLOGIA | CEFALEIAS
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250
CLÍNICA | NEUROLOGIA | SÍNDROME DE GUILLAIN BARRÉ
251
CLÍNICA | NEUROLOGIA | SÍNDROME DE GUILLAIN BARRÉ
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252
CLÍNICA | NEUROLOGIA | ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
253
CLÍNICA | NEUROLOGIA | ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
254
CLÍNICA | NEUROLOGIA | ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
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2º Passo:
Caso a tomografia venha negativa: Se
coleta líquor.
Complicações:
→ Ressangramento: 20% dos pacientes (1-
7º dia).
→ Vasoespasmo por isquemia: 30% (3º-14º
dia).
→ Hidrocefalia: pela síndrome da secreção
inapropriada do hormônio antidiurético
ou síndrome cerebral perdedora de sal.
256
CLÍNICA | NEUROLOGIA | DEMÊNCIAS
16. DEMÊNCIAS
Definição: Degeneração crônica, global e geralmente irreversível da cognição.
Ou seja:
1º- É constatável ou não o declínio objetivo?
2º- Esse declínio afeta a funcionalidade do paciente?
Rastreio de síndromes perante a suspeita de demência
Vitamina B12 (a deficiência da vitamina B12 pode levar a problemas cognitivos,
emocionais, cansaço, formigamento de extremidades, tonturas, falta de equilíbrio,
cefaléia, palidez, taquicardia, dores musculares, etc).
257
CLÍNICA | NEUROLOGIA | DEMÊNCIAS
258
CLÍNICA | NEUROLOGIA | DEMÊNCIAS
Clinica:
Tríade de Hakim-Adams.
1. Urgência e incontinência urinária.
2. Demência.
3. Alteração de marcha.
Diagnóstico:
TAC/RMN de crânio.
Presença de hidrocefalia: aumento
das dimensões ventriculares.
Tratamento:
Derivação ventrículo-peritoneal.
260
CLÍNICA | NEFROLOGIA | DOENÇAS GLOMERULARES
261
CLÍNICA | NEFROLOGIA | DOENÇAS GLOMERULARES
Diagnóstico Diferencial
Nefropatia por IgA: Hematúria sinofaringitica, poucos dias depois aparece a
hematúria, que não consome complemento, mais comum em adultos jovens e pior
evolução a DRC.
262
CLÍNICA | NEFROLOGIA | DOENÇAS GLOMERULARES
Glomerulonef rite
Rapidamente progressiva
Imunoflorecência
Nefrite lúpica
Doença
Nefropatia por IgA
antimembrana Vasculite associada
Endocardite
basal glomerucular ao ANCA
GNPE
(Goodpasture)
Crioglobulinemia
Doença de Goodpasture
Doença do anticorpo antimembrana basal glomerular.
10-20% das causas de GNRP (única forma de apresentação).
Síndrome pulmão-rim (comprometimento pulmonar).
Acomete tipicamente adultos homens jovens.
Nefropatía Diabética
263
CLÍNICA | NEFROLOGIA | DOENÇAS GLOMERULARES
Síndrome Nefrítica
GNPE, Nefrite Lúpica, Pós infecciosa (Endocardite) e Nefrite por IgA (Berger).
Cx: Quadro súbito de hipertensão, que pode durar entre 2-4 semanas, edema, oligúria
(primeira semana), hematúria que pode ficar até 1 ano, piora da função renal (4
semanas), diminuição do complemento (até 8 semanas).
Dx: Clínica + laboratório com hematúria, proteinúria. GNPE: antecedente de faringite (2s)
ou piodermite (4s), diminuição com complemento C3 (fidedigno), criança.
Biópsia em casos selecionados: MO: depósito grânulos de IgG e C3; ME: gibas ou
corcovas/humps
GN Rapidamente Progressiva
264
CLÍNICA | NEFROLOGIA | DOENÇAS GLOMERULARES
Púrpura Henoch Schonlein (vasculite por IgA) púrpura palpável, dor abdominal,
artralgia
Síndrome Nefrótica
Criança: Lesões mínimas.
Jovens: GSEF.
Idoso: Membranoproliferativa.
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265
CLÍNICA | NEFROLOGIA | INFECÇÃO URINÁRIA EM ADULTOS
268
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | TUBERCULOSE
19. TUBERCULOSE
Etiologia:
- Bacilo de Koch: Mycobacterium
tuberculosis.
269
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | TUBERCULOSE
270
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | TUBERCULOSE
Quem trata?
CINCO (C, In, C, O).
1. Contatos.
2.Inibidores de TNF (HIV).
3.Cicatriz radiológica de TB.
4.Órgãos (em caso de transplante).
Droga de
escolha
INFECÇÃO LATENTE PELO
M. TUBERCULOSIS 270 doses
(9 meses) ou
Infecção pelo Isoniazida 180 doses
M. tuberculosis Definição Definição
sem
ou (6 meses)
desenvolvimento Diagnóstico Rifampicina Indicada em
de doença ativa maiores de
50 anos,
menores de
Descartar TB Exames Pessoas com 10 anos e
+ ou hepatopatas
ativa anamnese HIV contactantes
e radiografia de casos
120 doses
de tórax confirmados
(4 meses)
CD4 s 350
Prova
tuberculinica
ou IGRA
271
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | TUBERCULOSE
Fármacos:
1ª escolha: Isoniazida 180 dias (6 m) ou 270 dias (9m).
Hepatopatas, crianças menores de 10
Rifampicina 4 meses.
anos, maiores de 50 anos:
272
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | TUBERCULOSE
Quando se suspende:
→ Transaminasas x 5 sem sintomas.
→ Transaminasas x 3 com sintomas.
*Digestivos (náuseas, vômitos) ou
icterícia.
TB e HIV
→ Em pessoas com HIV já se solicita
TRM-TB e baciloscopia com cultura e
teste de sensibilidade já na primeira
consulta.
→ Não se começa tratamento
concomitante, primeiro se trata a TB e
logo se ingressa com o tto para HIV
dependendo do CD4:
CD4 <50: 2 semanas.
CD4 >50: 2 a 8 semanas.
273
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | PNEUMONIA
20. PNEUMONIA
Etiologia:
Pneumococo é o principal agente etiológico.
1° - Streptococcus pneumoniae
"Pneumococo"
Atípicos
Clínica:
Quadro agudo: poucos dias de evolução (dif TB).
→ Tosse produtiva.
→ Febre (alta).
→ Dor pleurítica - ventilatório dependente.
→ Dispneia/taquipneia.
Estratificação de Risco
CURB 65:
→ Lembrar os valores: 50, 30, 90/60 e 65 anos.
→ Lembrar a divisão com uréia: 0/1 (Ambulatorial) - 2 (Cinza) - 3 (Hospital) - 4 (UTI).
→ CRB 65 (sem uréia): 0 (Ambulatorial) -1/2 (Considerar Internar) -3/4 (Internar).
CURB-65
0-1 2 ≥3
Tratamento
→ Depende do CURB 65 ou CRB 65 (ou seja ambulatorial, internação ou UTI), das
comorbidades ou fatores de risco e do uso de atb prévio (3 meses).
274
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | PNEUMONIA
Tratamento - Pneumonia
Ambulatorial (com
Ambulatorial (sem coborbidades / Internação UTI
comorbidades) fatores de risco)
•Betalactâmico + • Cefalosporina • Cefalosporina 3ª
•Amoxicilina ou
macrolídeo 3ª geração ou geração ou
Amoxicilina/ Ampicilina/ Ampicilina/
Clavulanato •Levofloxacino ou Sulbactam +/- Sulbactam +
moxifloxacico ou Macrolídeo macrolídeo
•Azitromicina ou
gemifloxacino
claritromicina •Levofloxacino ou • Cefalosporina
(se alergia aos outros
moxifloxacino ou 3ª geração +
antibióticos)
gemifloxacino quinolona
Cefalosporinas de 3ª geração: Ceftriaxona, cefotaxima etc.
CEFALOSPORINAS
Cefazolina Cefamandol Ceftriaxona Cefepima
Cefalotina Cefuroxima Cefotaxima Cefpiroma
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275
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | DERRAME PLEURAL
Transudato Exsudato
Critérios de Light
Lembrar: Os valores são 0,5 e 0,6, LDH: Desidrogenase láctica, uma palavra maior, então
é 0,6, além de ter um terceiro parâmetro só pra ela.
Quilotórax Pseudoquilotórax
Trigricérides > 110 mg/dL <50 mg/dL
Colesterol <200 mg/dL > 200 mg/dL
Quilomicrons Presente Ausente
Cristias de Colesterol Não Sim
276
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | DERRAME PLEURAL
Lembrar: Ph < 7,2 (mais ácido), DHL > 1000 e Glicose < 40.
Aprofunde o tema
277
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | INFECÇÃO DO SNC
Clínica:
Tríade clássica = Febre, cefaléia, rigidez nuca.
Critério de suspeição do Ministério da Saúde
>1 ano de idade - Febre, cefaleia, vômitos, sinais de irritação meningea (Kernig e
Brudzinski), convulsão e/ou petéquias.
Neonatos - Sinais menos evidentes: atenção à irritabilidade e abaulamento de
fontanela.
Suspeitou = Notificou (imediata – até 24 horas).
Etiologia:
→ Neonato: Bactérias do canal de parto (também produzem sepse precoce e
pneumonia).
→ Listeria monocytogenes: Extremos de idade (neonatos, >50 anos e
imunodeprimidos).
Contraindicações de PL
→ Lesão de pele no local do procedimento.
→ Déficit focal (convulsões, alteração no exame físico neurológico).
→ Suspeita de hipertensão endocraniana (faz TAC antes, se não há CI se faz a PL):
bradicardia, hipertensão, edema de papila (tríade de cushing), alteração da
consciência.
Comparação do Líquor
Análise do LCR - Meningites
Bacteriana Viral Fúngica Tuberculose
Glicose Normal
Proteínas Normal ou
PMN: Polimorfonucleares / LMN: Linfomononucleares.
Vírus: Celularidade com LMN, glicose normal e proteínas normais (ou ambas pouco
aumentadas), parece com a TB, o que muda é o consumo de glicose e as proteínas.
Bacterioscopia
Bacilos Listeria
(Bacilos gram-positivos)
Resumo e comparação:
OPMN
- Agudo (horas / dias)
Glicose
Bacteriana = - Grave +
Proteinas
- Sintomas intensos
Bacterioscopia +
OLMN
Glicose normal (2/3
= - Agudo + sérica)
Viral - Leve ou moderado Proteínas
Bacterioscopia neg.
- Subagudo / crônico
- Progressivo
OLMN
- Sintomas pulmonares
Glicose baixa
Tuberculose = - Perda de peso +
Proteínas
-Alteração do nivel
Bacterioscopia neg.
consciência
- Contato com TB
279
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | INFECÇÃO DO SNC
Indicação Droga
Indicação Droga
Domicílio Rifampicina
• Crianças Imunossuprimidas • 600mg (adultos)
• Crianças < 4 anos • 20mg/kg (crianças)
• 1x/dia por 4 dias
Creches e pré-escolas
• Dois ou mais casos em 60 Meningococo = 2 dias (tem 2 co - co).
dias Haemophilus = 4 dias e < 4 anos.
280
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | INFECÇÃO DO SNC
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281
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | LEPTOSPIROSE
23. LEPTOSPIROSE
→Bactéria Leptospira.
→Contato com urina de rato, pouco saneamento.
Dados epidemiologicos
Exposicao de risco:
•Contato corn ratos
•Enchente, alagamento, esgoto etc
•Profissao de risco
Manifestações clínicas
Alterações laboratoriais
•CPK elevada
•Leucocitose, plaquetopenia
•AST e ALT elevadas (3 a 5 vezes acima da normalidade)
•Hiperbilirrubinemia (predominio de direta)
•Disfuncao renal corn hipocalemia
*CPK elevada: Miosite.
Fase precoce
282
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | LEPTOSPIROSE
Síndrome de Weil
Cefotaxima 1g 6/6h
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283
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | ARBOVIROSES
24. ARBOVIROSES
284
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | ARBOVIROSES
Oligúria (<1,5ml/kg/h)
Chikungunya
Hipotensão arterial
Cianose Quadro agudo de febre elevada, que gera
poliartralgia intensa (dor articular) e
Prova do laço: indicado para todo diferente da dengue cronifica.
paciente com suspeita, sem Fases:
sangramento espontâneo. Aguda: até 14 dias.
1. Média PAS e PAD, insufla manguito Pós- aguda: 14-90 dias.
nesse valor e insufla por 5 min Crônica: > 90 dias.
adultos e 2 em crianças. Clínica
2. Desenha quadrado no antebraço Fase Aguda
2,5 cm 2. Tratamento
3. Positivo: 20 petéquias adulto, 10 Fase aguda: Analgesia (seja com dipirona
petéquias crianças. e/ou paracetamol ou opióides (em dor
intensa).
Dentro das arboviroses a dengue é a
que mais cursa com plaquetopenia.
Diagnóstico etiológico:
→ Detecção do vírus/viremia: NS1 até o
5º dia de sintomas.
→ Sorologia/anticorpos: A partir do 6º
dia de sintomas. Fase subaguda ou crônica (>14 dias): É
importante o controle da inflamação (entra
os anti-inflamatórios que antes não eram
indicados e vai agregando medicação de
Hidratação: acordo com a resposta ao tratamento
Adultos (escalonado).
285
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | ARBOVIROSES
Subaguda
Hidroxiclo- Metotrexate
roquina +
Hidroxicloroquina
Corticosteroide Sulfassalazina
AINES
(Prednisona até
(ibuprofeno,
0,5mg/kg/dia)
naproxeno)
286
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | ARBOVIROSES
Tratamento
Tratamento de zika
Aprofunde o tema
287
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | ENDOCARDITE INFECCIOSA (2023)
1) Endocardite Definida.
Critérios Patológicos:
A. Identificação microbiológica ou histopatológica + sintomas.
B. Endocardite ativa, aguda ou subcrônica.
- Critérios Clínicos:
A. Maiores: 3 categorias = Microbiológicos, imagem e cx (tabela).
B. Menores: 7 categorias = Predisposição, febre, fenômenos vasculares, fenômenos
imunológicos, microbiologia, exame físico e análise de imagem.
2) Endocardite Possível.
3) Endocardite Descartada.
288
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | ENDOCARDITE INFECCIOSA (2023)
História prévia de El
Válvula protética
Lesões de Janeway
Púrpura de Henoch-Schónlein
289
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | ENDOCARDITE INFECCIOSA (2023)
Endocardite definida
Endocardite possível
Endocardite descartada
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290
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | SEPSE E CHOQUE SÉPTICO
Etiologia:
→ Agente mais frequente identificado: bacilos gram negativos, logo de coco gram
positivos (S. aureus) e fungos.
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291
CLÍNICA | INFECTOLOGIA | MALÁRIA
27. MALÁRIA
Epidemiologia: Hiperparasitemia: Pode ser descrita
99% na região da Amazônia legal (acre, como número de formas assexuadas
amapá, amazonas, mato grosso, pará, superior a 250.000/mm3, ou mais de
rondônia, roraima, maranhão, tocantins). 5% das hemácias parasitadas.
Imunodeprimidos (incluindo
Etiologia: asplenia).
90% Plasmodium vivax. Crianças com idade inferior a 5 anos.
Diagnóstico:
Detectar o plasmódio em sangue
periférico.
→ Gota grossa: Método de escolha no
Brasil; fura o dedo (sangue), coloração
Walker ou Giemsa, observação em
microscópio com visão do parasita.
292
CLÍNICA | DERMATOLOGIA | CÂNCER DE PELE
Tratamento
→ Alto risco: Cirurgia com margem > 6 mm
(alto risco de recidiva, os da face, lábios,
orelhas ou derivados de úlceras ou
cicatrizes).
→ Baixo risco: Cirurgia, radioterapia,
criocirurgia.
293
CLÍNICA | DERMATOLOGIA | CÂNCER DE PELE
Melanoma Clínica
→ Ca de pele mais agressivo. Regra do ABCDE.
→ Alto risco de metástase (hematogênica → A: Assimetria (divide em 4 ou 2 e
e linfática). compara).
→ Adultos entre 20-50 anos. → B: Bordas
→ Homem: tronco. (irregularidades/entrecortadas).
→ Mulheres: MMII. → C: Cor (modificações ou várias cores no
mesmo nevo).
Principais fatores de risco → D: Diâmetro > 6 mm.
→ História pessoal ou familiar de → E: Evolução (crescimento, mudança de
melanoma (parente de primeiro grau ou cor).
recidivas).
→ Fototipo baixo (pele clara, olhos claros, *O melanoma pode ser amelanótico, ou
ruivos). seja, com lesão rosada.
→ História de queimaduras solares *Pode ter prurito.
(bolhas, vesículas) e exposição solar
crônica. Classificação
→ Múltiplos nevos melanocíticos (>100). 1) Extensivo superficial.
2) Nodular.
O melanoma é um câncer relacionado à 3) Lentigo maligno.
exposição solar e queimaduras, em 4) Lentiginoso acral.
indivíduos jovens de 20-50 anos, claros,
ruivos de olhos claros (não se bronzeiam, Melanoma extensivo superficial
já se queimam), logo é mais frequente na Mais comum.
América do norte, Oceania e Europa. Placa enegrecida de crescimento
assimétrico.
294
CLÍNICA | DERMATOLOGIA | CÂNCER DE PELE
Prognóstico:
Aprofunde o tema
296
CLÍNICA | DERMATOLOGIA | HANSENÍASE
29. HANSENÍASE
297
CLÍNICA | DERMATOLOGIA | HANSENÍASE
298
CLÍNICA | DERMATOLOGIA | HANSENÍASE
299
CLÍNICA | CARDIOLOGIA | HIPERTENSÃO ARTERIAL
VISITA 2
PA < 140/90:
normotensão ou solicitar
VISITA 1
MAPA/MRPA na suspeita
dde hipertensão mascarada
PA medica ≥ 140/90 com
risco cardiovascular baixo
ou moderado
PA ≥ 140/90:
Hipertensão ou MAPA/MRPA
na suspeita de hipertensão do
avental branco
VISITA 1
ESTADIO 1 (>140/90) com alto risco cardiovascular já faz diagnóstico em uma visita.
300
CLÍNICA | CARDIOLOGIA | HIPERTENSÃO ARTERIAL
Presença de
Risco Risco Risco Risco
LOA, DCV, DRC
alto alto alto alto
ou DM
Impacto na Meta: ✓ Cessar o tabagismo.
Alto risco CV: <130/80 e >120/70. ✓ Dieta DASH.
Baixo e moderado risco: <140/90. ✓ Consumo de sódio < 2g/dia ou 5g de NaCl.
✓ Controlar o peso (IMC < 25).
Tratamento em idoso: ✓ Exercício físico (pelo menos 150 minutos de
Idoso: frágil ≥ 160/90; hígido ≥ 140/90. AF moderada por semana - aeróbico).
Meta idoso frágil: <150/80. ✓ Reduzir o consumo de álcool (homem 2
Meta idoso hígido: <140/80. doses e mulher 1 dose).
301
CLÍNICA | CARDIOLOGIA | HIPERTENSÃO ARTERIAL
Pré-hipertensão e DCV
Hipertensão estágio 2
preexistente ou risco alto
Hipertensão estágio 3
302
CLÍNICA | CARDIOLOGIA | HIPERTENSÃO ARTERIAL
BRAs: Betabloqueadores:
EC: EA:
Insuficiência renal. Bradicardia.
Pioram a função renal no caso de Broncoespasmo.
estenose renal. Hipotensão ortostática.
Hipercalemia.
Hepatotoxicidade. CI:
Distúrbios neuropsiquiátricos. Asma/DPOC.
Bloqueio AV.
BCC: Feocromocitoma.
EC: Cuidado em diabéticos: Pode interferir
Edema periférico (dose na liberação de insulina e aumentar sua
dependente/ anlodipina). resistência endógena. Também podem
Cefaleia. mascarar os sintomas de hipoglicemia e
Lipotimia. prolongar uma crise hipoglicêmica.
Hiperplasia gengival.
Palpitações. Indicações em casos especiais:
Náuseas. Diabéticos: Leca/Bra (proteção renal),
Dor abdominal. principalmente em pacientes com
Rubor facial nefropatia diabética com albuminúria.
Dermatite Ocre. Prevenção de enxaqueca:
Betabloqueadores.
Tiazídicos:
Doença coronariana, insuficiência cardíaca,
MA: Inibe a reabsorção de sódio nos
taquiarritmias: betabloqueadores.
túbulos distais, causando um aumento
da excreção de sódio e água, além de
Hipertensão Maligna
íons potássio e hidrogênio.
A hipertensão maligna é definida pelo
EC: 4 hiper e 5 hipo.
aumento abrupto da pressão arterial (PA)
Hiponatremia. com PA sistólica ≥ 180 mmHg e/ou PA
Hiperuricemia. diastólica ≥ 120 mmHg associada a lesão
Hipocalemia,
Hiperglicemia.
Hipomagnesemi aguda de órgão alvo como encefalopatia,
Hipercolesterole
a. Hipovolemia. acidente vascular cerebral, papiledema,
mia.
Hipofunção isquemia miocárdica, dissecção de aorta,
Hipercalcemia.
sexual (DE). edema agudo de pulmão ou eclâmpsia.
CI:
Diabéticos.
Pacientes com gota.
303
CLÍNICA | CARDIOLOGIA | HIPERTENSÃO ARTERIAL
Mulheres:
Recomendado em mulheres maiores
de 45 anos ou com alto grupo de risco
para doença coronariana (grau A de
recomendação).
Recomendado em mulheres de 20-35
anos de alto grupo de risco para
doença coronariana (grau B de
recomendação).
Não há recomendação contra ou a
favor das desordens lipídicas em
mulheres maiores de 20 anos se não
estiverem em grupo de alto risco
cardiovascular (grau de
recomendação C).
Homens Mulheres
> 35 anos: sim > 45 anos: sim
20-35 anos alto RCV: 20-35 anos alto RCV:
Sim Sim
20-35 anos sem alto > 20 anos sem RCV:
RCV: Não Não
304
CLÍNICA | GASTRO | REFLUXO GASTROESOFÁGICO (DRGE)
305
CLÍNICA | GASTRO | REFLUXO GASTROESOFÁGICO (DRGE)
Esquema triplo
1. IBP: Exemplo omeprazol 20 mg 12/12
horas.
2. Amoxicilina 1 g 12/12 horas.
3. Claritromicina 500 mg 12/12 horas.
por 14 dias.
Retratamento
1. IBP: Exemplo omeprazol 20 mg 12/12
horas.
2. Amoxicilina 1 g 12/12 horas.
3. Levofloxacina 1/dia.
308
CLÍNICA | GASTRO | DIABETES MELLITUS TIPO 2
309
CLÍNICA | GASTRO | DIABETES MELLITUS TIPO 2
310
CLÍNICA | GASTRO | DIABETES MELLITUS TIPO 2
→ Insulina Basal
Algoritmo de conduta/tratamento: → Insulina Basal +
De acordo com a Glicemia em Jejum: Terapia baseada em
Insulina Prandial
Insulina
→ < 200 mg/dl = Metformina. → Insulina Basal +
→ 200-300 mg/dl = Metformina + outro Análogo do GLP 1
antidiabético oral.
→ > 300 mg/dl = Insulina. Efeitos colaterais mais importantes dos
antidiabéticos:
De acordo com a Hemoglobina
Biguanidas (Metformina)
Glicosilada:
Negativo:
Diarreia, dor abdominal (no início do
Como escolher o antidiabético na DM 2
tratamento), por isso se recomenda começar
HbA1C HbA1C HbA1C em doses baixas (500 mg e ir subindo até a
6.5 - 7.5 % 7.5 - 9.0 % >9%
dose máxima 2550 mg); Acidose Láctica
METFORMINA METFORMINA (raramente); Pode alterar a absorção da
METFORMINA + + vitamina B12.
AD1 AD1 ou TBI Positivo:
Auxilia na perda de peso; Não é
Importante:
hipoglicemiante.
→ A metformina é a droga de primeira
Indicação:
escolha no tratamento do DM tipo 2. Primeira escolha no início do tratamento de
→ Já a segunda droga a ser inserida diabetes e pré-diabetes.
depende do perfil do paciente. Contraindicação:
IC ou DRC leve a moderada (TFG > Insuficiência Renal e Hepatopatia grave.
30): SGLT2.
DAC: SGLT2 ou GLP1 (ambos de 1ª Sulfonilureias (Gliclazida, Glibenclamida,
linha). Clorpropamida etc)
Obesidade: GLP 1. Negativo:
Hipoglicemia, não se associa com insulina;
Aumento de peso.
Positivo:
Maior eficácia na redução da Hba1c.
Contraindicação: Insuficiência renal,
hepatopatia grave.
311
CLÍNICA | GASTRO | DIABETES MELLITUS TIPO 2
312
CLÍNICA | GASTRO | DIABETES MELLITUS TIPO 2
Anteced. DM
Síndrome Metabólica
gestacional
Acantose
Hipertensão Arterial
Nigricans/SOP
Anteced. DCV Dislipidemias
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313
CIRURGIA | ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO
314
CIRURGIA | ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO
315
CIRURGIA | ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO
Classificação de Hinchey
Classificação de Hinchey
316
CIRURGIA | ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO
1. Neoplasia colorretal;
2. Volvo de sigmoide/megacólon/
Obstrução
chagásico;
baixa
3. Estenose de ileo terminal;
4. Invaginação.
318
CIRURGIA | ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO
319
CIRURGIA | ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO
320
CIRURGIA | ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO
Etiologia Diagnóstico
1. Úlcera péptica perfurada. Exames laboratoriais:
2. Rotura de apêndice (compilação Hemograma, coagulograma, ionograma,
de apendicite). função renal e hepática, lactato, amilase,
3. Rotura de divertículo (complicação lipase.
de diverticulite).
4. Síndrome de Crohn. Exames de imagem:
5. Neoplasias com alto grau de - Raio x simples de tórax (AP e perfil): sinal de
invasão. Popper/pneumoperitônio.
6. Iatrogenia. - Tomografia.
Fisiopatologia
→ Perfuração: Saída de líquido
corrosivo na cavidade abdominal
causando peritonite regional que logo
evolui a generalizada.
Clínica
→ Dor abdominal súbita, difusa,
lancinante ou em pontada, de
evolução rapidamente progressiva,
irradiação variável e sem fator de
melhora.
→ Agitação psicomotora (devido ao
desconforto abdominal).
→ Inapetência.
→ Febre.
→ Náuseas, Vômitos.
321
CIRURGIA | ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO
Tratamento
Internação em UTI.
Jejum.
Acesso venoso periférico.
Hidratação endovenosa.
Inibidor de bomba de prótons
(omeprazol ou pantoprazol).
Analgésicos.
Antieméticos.
Antibiótico de amplo espectro.
Cirurgia.
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direcionado para a área de estudos e
perguntas sobre o tema que
trabalhamos neste módulo.
322
CIRURGIA | POLITRAUMA E TRAUMA TORÁCICO
X - Controle de hemorragias
Se faz em ambiente extrahospitalario.
Quando há hemorragia ativa, o ideal é
tentar controlá-la em primeira
instância, senão o paciente se
desestabiliza e não adianta realizar o
restante do ABCDE.
323
CIRURGIA | POLITRAUMA E TRAUMA TORÁCICO
BNM:
Succinilcolina 1,5 mg/kg/dose.
Rocurônio 0.6-1.2 mg/kg/dose.
324
CIRURGIA | POLITRAUMA E TRAUMA TORÁCICO
325
CIRURGIA | POLITRAUMA E TRAUMA TORÁCICO
Ao estímulo sonoro 3
Ao estímulo de pressão 2
Nenhuma 1
Confusa 4
Verbaliza sons 2
Nenhuma 1
Localiza estímulo 5
Flexão normal 4
Flexão anormal 3
Extensão anormal 2
Nenhuma 1
13 - 15 9 - 12 3-8
Reatividade pupilar
326
CIRURGIA | POLITRAUMA E TRAUMA TORÁCICO
327
CIRURGIA | POLITRAUMA E TRAUMA TORÁCICO
Punção
Lesões/FX do 9º ao 12º arco costal
Pode ser realizada no 2ª EI na linha
hemiclavicular ou no 5º EI na linha axilar Lesões de vísceras abdominais.
média.
É feita com abocath 14 + seringa 20 ml. Lado direito: Fígado.
Lado esquerdo: Baço, diafragma.
Drenagem torácica
A drenagem é feita em selo d'água no Atenção a lesões associadas → tórax +
mesmo 5º EI na LAM. abdome.
Dispneia
Hemoptise (hematoma no pulmão pela
contusão e sangue extravasado).
Dessaturação.
Infiltrado no raio-x.
Conduta imediata: O2 +/- IOT + VM (se sat
< 90%).
328
CIRURGIA | POLITRAUMA E TRAUMA TORÁCICO
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trabalhamos neste módulo.
329
CIRURGIA | TRAUMA ABDOMINAL E PÉLVICO
MECANISMO DO
ÓRGÃOS ACOMETIDOS
TRAUMA
Intestino
TRAUMA ABDOMINAL Baço Fígado
delgado
FECHADO (40-55%) (35-45%)
(5-10%)
Estruturas
TRAUMA ABDOMINAL Intestino
Colon Fígado vasculares
PENETRANTE POR delgado
(40%) (30%) abdominais
ARMA DE FOGO (50%)
(25%)
TRAUMA ABDOMINAL
Figado Intestino delgado Diafragma Colon
PENETRANTE POR
(40%) (30%) (20%) (15%)
ARMA BRANCA
Órgão mais acometido no trauma abdominal fechado: Baço.
Órgão mais acometido no trauma penetrante por arma de fogo: Intestino
delgado.
Órgão mais acometido no trauma penetrante por arma branca: Fígado.
Conduta:
Em geral
330
CIRURGIA | TRAUMA ABDOMINAL E PÉLVICO
Instabilidade hemodinâmica =
Loparotomia
Penetrante
Arma branca Violou Peritônio?
Sim = Loparotomia
Não/Não sei = LPD/ FAST/ TC
Estável Hemodinamicamente TC
Fechado
Só abdômen = Loparotomia
Instável Hemodinamicamente Politrauma = FAST / LPD
331
CIRURGIA | TRAUMA ABDOMINAL E PÉLVICO
332
CIRURGIA | TRAUMA ABDOMINAL E PÉLVICO
333
CIRURGIA | TRAUMA ABDOMINAL E PÉLVICO
LPD
Lavagem peritoneal diagnóstica: De fácil execução, mas depende do cirurgião,
invasiva. Ajuda a verificar o que há dentro do abdômen (sangue, líquido, fezes etc).
Positivo: Sangue.
Duvidoso: Se envia pro laboratório → Mais de 100 mil hemácias ou 500 leucócitos =
Positivo.
Examinador
Invasivo dependente
Maior custo
Risco de iatrogenia Distorção das
Exposição à
Necessita de imagens por gases,
radiação e ao
descompressão enfisema subcutâneo
contraste
gástrica e vesical Não detecta lesões
Pode não identificar
Não pode ser diafragmáticas e
lesões
repetido intestinais
diafragmáticas,
Baixa especificidade Não acessa o
Desvantagens pancreáticas e
Não detecta lesão retroperitônio
intestinais
retroperitoneal e Não visualiza
Requer transporte
diafragmática pneumoperitônio
Requer estabilidade
Interfere na Limitado em obesos/
Demanda maior
interpretação do fraturas pélvicas
tempo para
FAST e TC Limitado se pequena
realização
subsequentes quantidade de líquido
livre (< 200 mL)
Trauma abdominal
Trauma abdominal
Trauma abdominal fechado com
fechado com
fechado instável estabilidade
instabilidade
Trauma penetrante Trauma penetrante
Indicações Trauma penetrante
sem indicação em dorso ou flanco
sem indicação
imediata de sem indicação
imediata de
laparotomia imediata de
laparotomia
laparotomia
334
CIRURGIA | TRAUMA ABDOMINAL E PÉLVICO
Tomografia
Mais específico.
É sempre feito com um paciente estável.
Sujeito a disponibilidade.
1. ABCDE.
2. Otimizar a reposição volêmica e a oxigenoterapia.
RV com cristalóide (1000 ml de solução aquecida).
Transfusão sanguínea precoce (choques classe III e IV).
4 bolsas + crioprecipitado.
Laparotomia mediana (estancar o sangramento).
3. Verificar o mecanismo do trauma.
4. Exame físico minucioso.
5. Reconhecer rapidamente possíveis locais de hemorragia.
Estabilização da pelve.
Cirurgia (laparotomia).
6. Realizar testes de diagnóstico.
RÁPIDO - LPD - TC.
7. Reavaliação seriada.
Paciente
Lesão com extravasamento ativo
estável
de contraste (grau III, IV, V) =
Embolização hepática
Controle de danos
1 - Controle da hemorragia: Realizado através de ressecções de órgão não vitais
(por exemplo o baço), empacotamento abdominal (colocação de compressas),
reparo ou ligadura de vasos abdominais.
2 - Controle da contaminação: Reparo rápido ou ressecção intestinal (de preferência
com grampeadores). Não realizar anastomoses.
3 - Fechamento abdominal temporário (peritoneostomia): Curativos por
pressão negativa, permite efluxo de fluido peritoneal.
335
CIRURGIA | TRAUMA ABDOMINAL E PÉLVICO
Trauma Pélvico
Suspeita de Fratura de pelve:
Equimose perineal, uretrorragia.
Positivo Negativo
336
CIRURGIA | TRAUMA ABDOMINAL E PÉLVICO
Trauma de Uretra
Geralmente está relacionado a fratura de pelve, que lesiona a uretra posterior
(membranosa) ou queda do cavaleiro/trauma direto que lesiona a uretra anterior
(bulbar).
Clínica:
Uretrorragia (sangue que sai pela uretra).
Globo vesical palpável (retenção urinária).
Equimose/hematoma perineal em forma de borboleta (por ruptura da fáscia de
Buck, podendo se estender para o escroto).
Próstata flutuante ao toque retal (ATLS 10ªed não considera a palpação de próstata
um sinal confiável de lesão uretral.
Uretra anterior: Disúria
.
*O grau de uretrorragia não se relaciona com a gravidade do caso.
Conduta:
→ Não SONDAR.
→ Uretrocistografia retrógrada e cistostomia se confirmada a lesão.
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337
CIRURGIA | PRÉ OPERATÓRIO E COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS
338
CIRURGIA | PRÉ OPERATÓRIO E COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS
339
CIRURGIA | PRÉ OPERATÓRIO E COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS
Clínica: Febre nas primeiras 24-48 horas, Tratamento: Analgesia (retirar opioides e
dispneia e dor torácica, queda de medicações que podem dar íleo),
saturação, MV diminuído em bases. hidratação, correção eletrolítica, repouso
Prevenção: Cessar tabagismo, ventilação intestinal, SNG se vômitos, avaliar NPT.
protetora, pré condicionamento
pulmonar. Deiscência de Anastomose
Rx: Hemitórax opaco, redução do volume Vazamento do conteúdo luminal por
pulmonar, mediastino desviado pro lado uma falha na cicatrização da ferida.
da atelectasia, cúpula diafragmática e
seios costofrênicos livres. Maior risco: Esofágica, pancreatojejunal,
Tto: Fisioterapia respiratória, aspiração de colorretal abaixo da reflexão peritoneal.
secreções, controle álgico.
Clínica: Taquicardia inexplicada é o
achado mais precoce na deiscência de
anastomose.
340
CIRURGIA | PRÉ OPERATÓRIO E COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS
Fístula intestinal:
Comunicação anormal entre duas
superfícies epitelizadas (uma sendo
um órgão oco).
Enterocutâneas: Falha na pele, são as
mais comuns.
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341
CIRURGIA | CIRURGIA PEDIÁTRICA
7. CIRURGIA PEDIÁTRICA
Estenose hipertrófica do piloro. Massa palpável móvel e indolor no
Invaginação intestinal. hipocôndrio direito (palpação da oliva
Hirschsprung. pilórica/tipo azeitona por debaixo do
Atrofia esofágica. íleo).
Divertículo de Meckel.
Neuroblastoma/Wilms. Diagnóstico
Gastrocele/Gastrosquise. → Clínico, confirmação por USG.
Patologias escrotais. → Radiografia direta do abdome
(distensão gástrica por acúmulo de
Estenose Hipertrófica do Piloro líquido e ar).
Definição → Radiografia com contraste (sinal da
Hipertrofia das fibras musculares vela).
pilóricas (válvula que comunica o → USG abdominal (canal pilórico >17 mm,
estômago com o duodeno). músculo pilórico com espessura > 3mm e
diâmetro transverso pilórico > 13mm).
Epidemiologia/Etiologia
→ Mais frequente em meninos. Diagnóstico Diferencial
→ Até 28 dias de vida. → Dificuldade na
→ Primogênito. alimentação/aleitamento.
→ Genética. → Refluxo gastro esofágico (vômitos não
→ Etiologia não definida, possível são em jato, há arrotos, criança um pouco
associação com o uso de eritromicina maior de 2-6 meses, regurgitação sem
neonatal. esforço).
→ Tabagismo. → Espasmo pilórico.
→ Ausência do aleitamento materno. → Malrotação intestinal (vômitos biliosos).
→ Estenose duodenal.
Clínica → Hiperplasia suprarrenal congênita.
Paciente geralmente neonato (até 30
dias), com início na 2ª ou 3ª semana Tratamento
de vida. Cirurgia: Piloromiotomia extramucosa
Vômitos pós prandiais (logo após a Fredet-Ramstedt-Webber.
alimentar se) não biliosos em jato Correção das alterações
(leite, não há bile no estômago), do hidroeletrolíticas.
tipo progressivo.
Invaginação Intestinal
Perda ou não ganho de peso.
Desidratação. Definição
Alcalose metabólica hipoclorêmica Ocorre quando um segmento do
hipopotassêmica. intestino se introduz dentro de outro
Ondas peristálticas visíveis (ondas de segmento intestinal no sentido
Kussmaul). peristáltico.
Há compressão vascular do mesentério
com consequente edema, isquemia e
necrose
342
CIRURGIA | CIRURGIA PEDIÁTRICA
Epidemiologia Definição
→ A maioria dos casos são diagnosticados Doença congênita caracterizada por uma
antes dos 10 anos de idade. estenose luminal esofágica até o
→ Mais frequente em meninos (4:1). fechamento completo do esôfago.
→ Associação com síndrome de Down Muitas vezes relacionada a uma fístula
(9%). entre o esôfago e a traquéia.
Etiologia Epidemiologia/Etiologia
Importante associação genética. → Associação genética.
Há diversas associações de malformações
Clínica congênitas (VACTERL).
Leve: Retardo da eliminação do
mecônio nas primeiras 48 horas de V: Coluna vertebral
vida. Geralmente quando se realiza o A: Atresia Anal
toque retal há uma ampola vazia e C: Cardiovasculares
esfíncter anal contraido, logo após o T: Fístula Traqueoesofágica
toque é frequente a eliminação E: Atresia Esofágica
explosiva de fezes e gases. R: Renais ou rádio
Grave: Obstrução completa com L: Membros (limbs)
distensão abdominal, vômitos
biliosos/fecalóides, instabilidade etc. Classificação
Tipo A: Atresia de esôfago sem fístula
Diagnóstico (cerca de 7%);
→ Enema opaco: Visualização de um Tipo B: Atresia do esôfago com fístula
segmento estreitado (cone de transição, proximal (cerca de 2%);
patognomônico da doença). Tipo C: Atresia de esôfago com fístula
→ Manometria anorretal. distal (85-90%).
→ Biópsia retal (padrão-ouro): Ausência de Tipo D: Atresia de esôfago com fístula
células ganglionares, nervos não distal e proximal (cerca de 1%)
mielinizados espessos, aumento da Tipo E: Fístula sem atresia ou em H
atividade da acetilcolinesterase. (4% dos casos).
344
CIRURGIA | CIRURGIA PEDIÁTRICA
Tratamento
Cirurgia + Quimioterapia neoadjuvante.
Diagnóstico
TAC
Tratamento
Cirurgia + Quimioterapia.
Onfalocele x Gastrosquise
Aprofunde o tema
346
CIRURGIA | HÉRNIAS
8. HÉRNIAS
Definição B. Encarcerada x Estragulada.
Protrusão anormal de um órgão ou → Encarcerada: Quando a hérnia é
tecido, por meio de um defeito nas irredutível, mas o suprimento sanguíneo do
paredes circundantes. conteúdo herniado não está comprometido.
Clínica: Presença de massa/abaulamento
Diferente de: irredutível associada a dor a palpação
Hérnia incisional: Protrusão de um superficial e profunda, vômitos, distensão
órgão em locais que houveram abdominal, parada de eliminação de gases,
penetração da pele (cirurgia). RHA diminuídos, hipertimpanismo, (abdome
Evisceração: Saída de órgãos por fora agudo obstrutivo), sem sinais flogísticos,
da pele. descompressão brusca negativa e presença
de fezes em ampola.
Fatores de Risco
Depende do tipo de hérnia. → Estrangulada, quando há
Em geral: comprometimento vascular e sofrimento do
Tudo que aumenta a pressão intra- conteúdo herniado (isquemia intestinal).
abdominal: Clínica: Presença de massa/abaulamento
Obesidade. irredutível associada a dor repentina, sinais
Gravidez. flogísticos/inflamatórios no local da massa,
Trabalhos com sobrecarga de peso. descompressão brusca positiva, febre,
taquicardia.
Tudo o que pode levar a uma
debilidade da parede: *A hérnia que mais sofre encarceramento e
Tabagismo. estrangulamento é a hérnia femoral, devido
Desnutrição. ao tamanho estreito e inelástico do canal
Idades avançadas. femoral.
Anomalias na estrutura do
colágeno. Hérnias e localização
Inguinal: Mais frequente.
Cirurgias: Femoral.
Hérnias incisionais. Umbilical.
Spiegel: Margem lateral do músculo reto
Genética. abdominal.
Familiares de primeiro grau com Richter: Hérnia abdominal da borda
hérnias antimesentérica do intestino.
Grynfelt: Hérnia lombar localizada no
Classificação triângulo superior.
A. Redutível x Irredutível. Petit: Hérnia lombar localizada no
→ Redutível, quando seu conteúdo triângulo inferior.
retorna para a cavidade abdominal
→ Irredutível, quando esse retorno não
acontece.
347
CIRURGIA | HÉRNIAS
→ Indireta:
Geralmente por permeabilidade do conduto peritoneovaginal/canal inguinal.
Maioria congênita.
Mais frequente em crianças.
Protrusão pelo anel inguinal interno e externo.
No exame digital a hérnia é sentida na ponta do dedo.
B. Hérnia Femoral
→ É mais frequente em mulheres.
→ Localizada abaixo do ligamento inguinal.
348
CIRURGIA | HÉRNIAS
349
CIRURGIA | PROCTOLOGIA
9. PROCTOLOGIA
Doença Hemorroidária Diagnóstico:
→ Clínico: Anamnese (fatores de risco) +
Definição: exame proctológico (anuscopia e toque
A doença hemorroidária é caracterizada retal).
por dilatação anormal das veias do plexo
hemorroidário interno, distensão das Tratamento:
anastomoses arteriovenosas, prolapso Hemorroidas externas:
dos coxins anais e destruição do tecido 1)Banho de assento 3 vezes ao dia.
conectivo de ancoragem. 2)Pomadas analgésicas/cicatrizantes.
3)Alteração da dieta: Equilibrada, com
Fatores de Risco: aumento no consumo de fibras.
→ Constipação crônica. 4)Aumento da ingestão hídrica.
→ Obesidade. 5)Evitar o uso de papel higiênico (realizar
→ Alimentação desbalanceada, pobre em duchas).
fibras, rica em gorduras e alimentos 6)Evitar ficar muito tempo sentado no
processados. vaso sanitário.
→ Genética. 7)Ajuste da posição defecatória (joelhos
→ Aumento da pressão intra-abdominal acima do umbigo).
(gestação, obesidade, etc).
→ Sedentarismo. Hemorroidas internas:
O tratamento das hemorróidas internas
Classificação de acordo com o plexo depende de sua classificação segundo a
hemorroidário acometido: presença e características de prolapso.
1) Interna (acima da linha pectínea, plexo
hemorroidário superior). Hemorroida Grau 1:
2) Externa (abaixo da linha pectínea, Nunca descem para
plexo hemorroidário inferior). baixo da linha dentada
3) Mista.
Hemorroida Grau 2:
Clínica: Projetam-se sobre o
Hemorroidas externas: canal anal ao defecar
→ Dor (são inervadas por fibras e desaparecem ao
somáticas). terminar o esforço
→ Sem sangramento ou com
Hemorroida Grau 3:
sangramento discreto.
Prolapsam durante o
→ Coceira, irritação local.
esforço defecatório, mas
o doente pode
Hemorroidas internas: reintroduzi-las
→ Sangramento indolor sangue vivo que manualmente.
suja o papel higiênico.
Hemorroida Grau 4:
As hemorroidas são
irredutíveis e estão
sempre prolapsadas.
350
CIRURGIA | PROCTOLOGIA
Complicações:
Hemorroidas externas:
O tratamento da hemorroida externa envolve o manejo nutricional, a prevenção de
constipação e a higiene anal apropriada e delicada. Os pacientes devem ser orientados
a aumentar a ingesta de fibras para 25 a 30 gramas por dia, a beber mais líquidos e a
modificar as preferências alimentares, evitando alimentos constipantes e ingerindo
verduras, legumes, e cereais em maior quantidade. Também devem ser incentivados a
melhorar a higiene local, evitando esfregar excessivamente a região perianal e
realizando limpeza suave com lenços umedecidos e banhos de assento frequentes. A
ressecção das hemorroidas exclusivamente externas raramente é indicada, exceto na
presença de trombose hemorroidária externa aguda.
Abscesso Perianal
A manifestação mais comum do abscesso anorretal na sua prova!
Resultado da disseminação descendente de uma infecção interesfincteriana para a
margem anal. O paciente com abscesso perianal apresenta dor anal aguda, latejante e
pode referir febre e retenção urinária. Ao exame físico, possui área endurada próxima a
borda anal, extremamente dolorosa, com hiperemia da pele e aumento da
temperatura local.
Agora que você tornou-se capaz de diagnosticar a presença de um.
352
CIRURGIA | FERIMENTOS E SUTURAS
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CIRURGIA | FERIMENTOS E SUTURAS
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CIRURGIA | FERIMENTOS E SUTURAS
355
CIRURGIA | PROCTOLOGIA
Fatores de Risco:
Cirróticos
Perda ponderal rápida (cálculos pretos). Infecções (E. coli)
Composição:
Pretos (bilirrubina).
25% Cálculos de Cálcio de Bilirrubina Castanhos (infecção por E.coli).
356
CIRURGIA | PROCTOLOGIA
Tratamento:
Indicações de colecistectomia em pacientes assintomáticos.
INDICAÇÃO DE COLECISTECTOMIA PROFILÁTICA
Pacientes que irão para áreas isoladas. sem atendimento médico por períodos longos
→ Exceção: pacientes com alto risco cirúrgico, cálculos pequenos (<1 cm), vesícula biliar
funcionante, tratamento clínico conversador com ácido ursodesoxicólico (torna a bile
menos saturada/”solubiliza os cálculos).
Complicações:
Colecistite: Inflamação da vesícula biliar.
Íleo biliar: Migração do cálculo biliar através de uma fístula entre o intestino e a
vesícula biliar, onde o cálculo se impacta na válvula íleo-cecal.
Obstrução intestinal alta: Dor, distensão abdominal, náuseas, vômitos biliosos,
parada de eliminação de fezes e flatos, hipertimpanismo à percussão.
USG: Triade de Rigler -espessamento da parede da vesícula, pneumobilia/aerobilia,
cálculo biliar >2,5 cm impactado no íleo terminal.
Síndrome de Mirizzi: Cálculo impactado no conduto cístico que comprime o ducto
hepático comum. Podem surgir fístulas entre oinfundíbulo e o ducto biliar comum.
Dor biliar crônica intermitente.
Icterícia.
357
CIRURGIA | PROCTOLOGIA
1%: Enfisematosa.
Pacientes idosos (homens) e
diabéticos.
Relacionada a bactérias Clostridium
perfringens e Clostridium welchii.
Clínica:
Dor de início súbito/aguda em região
do epigástrio, HD, com irradiação
para a escápula e dorso ipsilateral
que se mantêm por mais de 6 horas.
Sinal de Murphy positivo.
Náuseas, vômitos, anorexia, sudorese,
calafrios.
358
CIRURGIA | PROCTOLOGIA
Complicações:
Perfuração Empiema
Absceso hepático Íleo biliar
Colecistite Enfisematosa Colecistite Gangrenosa
Fístula colecistoentérica Síndrome de Mirizzi
359
CIRURGIA | PROCTOLOGIA
Coledocolitíase
Definição:
Presença de cálculo no ducto colédoco (ducto biliar comum).
360
CIRURGIA | PROCTOLOGIA
Suspeita de
coledocolitíase
Suspeita de coledocolitíase
CPRE
Colangiofrafia intraoperatória
Colangioressonância
(opção nos locais que não
magnética (padrão-ouro)
dispõem de RNM)
361
CIRURGIA | PROCTOLOGIA
Clínica:
DOR HD Pêntade de REYNOLD
60%
Colangite
+
aguda
Hipotensão
Triade de
Triade de
CHARCOT Confusão
CHARCOT
FEBRE mental
90% ICTERÍCIA
80%
C. Imagem
1. Dilatação biliar
2. Evidência da etiologia na imagem
(cálculo, estenose, stent etc.)
Diagnóstico suspeito: Um item em A +
um item em B ou C.
Diagnóstico definitivo: um item em A,
um item em B e um item em C.
362
CIRURGIA | PROCTOLOGIA
Tratamento:
Aprofunde o tema
→Medidas de suporte:
Jejum. Acesse o QR Code abaixo e seja direcionado
Hidratação E.V. para a área de estudos e perguntas sobre o
Proteção Gástrica. tema que trabalhamos neste módulo.
Antieméticos.
Analgesia/Antiespasmódicos.
Controle hidroeletrolítico, ácido-
base e glicêmico.
Profilaxia de TVP.
→ Antibioticoterapia:
Ceftriaxona + Metronidazol EV.
Cefepima + Metronidazol EV.
Ampicilina + Sulbactam EV.
363
CIRURGIA | HEMORRAGIA DIGESTIVA
Classificação:
Alta (80%): Originada proximamente ao ângulo de Treitz (boca, esôfago,
estômago, até o duodeno). Geralmente cursa com hematemese e/ou melena
(sangue digerido, negro, odor fétido).
Baixa (20%): Originada depois do ângulo de Treitz, do intestino delgado (jejuno e
íleo) até o reto. Geralmente cursa com hematoquezia (sangue com fezes) ou
enterorragia (sangue vivo), ou melena em pacientes com trato digestivo lento.
Causas:
Úlcera Péptica
364
CIRURGIA | HEMORRAGIA DIGESTIVA
→ Antecedentes: Dispepsia
Se repete o tratamento endoscópico 2
(queimação, refluxo, pirose
vezes, antes de buscar outros
retroesternal, dor em epigástrio,
tratamentos em caso de falha terapêutica.
infecção por H. pylori, uso crônico de
O maior risco de ressangramento na
aines, estresse, alimentação com
úlcera péptica, é o Forrest IA (90%), a
excesso de gordura, cafeína,
partir do IB já diminui drasticamente a
refrigerantes, tabagismo, álcool etc.
chance (30% pra baixo).
Clínica:
→ Depende da gravidade do quadro.
Geralmente hematêmese (vômito
com sangue vivo ou em “borra de
café”, dor no epigástrio, até
taquicardia, hipotensão (choque
hipovolêmico).
Conduta:
1.Estabilização: Verificar e tratar se
choque hipovolêmico.
A) ABC, 2 acessos venosos periféricos
de grosso calibre, expansão volêmica
com RL ou SF, uso ou não de
transfusão sanguínea (choque graus 3
e 4) e drogas vasoativas.
B) Coleta de exames gerais:
Hemograma completo,
coagulograma, creatinina, uréia,
ionograma, gasometria arterial etc.
C)Sonda vesical: Avaliar diurese
(normal > 0,5 ml/kg/hora).
D) Jejum.
2. Medicamentos:
A) Omeprazol em bolus 80 mg (2
ampolas) na suspeita de úlcera
gástrica.
B) Inibidores da bomba de prótons.
Classificação de Forrest
Risco de Ressangramento
Etiologia Varicosa
→ Paciente com estigmas de hepatopatia crônica: Ascite, circulação colateral,
ginecomastia, eritema palmar, telangiectasias, hepatoesplenomegalia ou fígado
diminuído, nodular.
→ Antecedentes de etilismo, hepatites virais.
Conduta:
1. Estabilização: verificar e tratar se choque hipovolêmico.
A) ABC, 2 acessos venosos periféricos de grosso calibre, expansão volêmica com RL ou
SF, uso ou não de transfusão sanguínea (choque graus 3 e 4) e drogas vasoativas.
B) Coleta de exames gerais: Hemograma completo, coagulograma, creatinina, uréia,
ionograma, gasometria ar terial.
C) Exames específicos: Enzimas hepáticas (TGO/TGP), fosfatasa alcalina, gama GT,
albumina.
D) Sonda vesical: Avaliar diurese (normal > 0,5 ml/kg/hora).
E) Jejum.
2. Medicamentos:
A) Drogas vasoconstritoras esplâncnicas na suspeita de varizes esofágicas:
Octreotida, Somatostatina ou Terlipressina.
B) Profilaxia para peritonite bacteriana espontânea: Norfloxacina, ciprofloxacina
ou ceftriaxona.
3.Endoscopia digestiva alta:
A) Ligadura elástica ou escleroterapia.
B) Refratariedade: TIPS ou cirurgia.
C) Pacientes instáveis ou não há endoscopia: Balão de Sengstaken-Blakemore.
*Balão de SB: Se deixa no máximo por 24-48 horas até a estabilização e logo se tenta o
tratamento por EDA.
366
CIRURGIA | HEMORRAGIA DIGESTIVA
Causas:
Cólon (95% dos casos).
Delgado (5% dos casos).
A doença hemorroidária é a que mais sangra, mas geralmente o paciente não busca
atendimento no PS por isso.
→ Sangue vivo, que não se mistura com as fezes, em pouca quantidade, visível por
anoscopia.
→ As hemorroidas internas sangram mais, enquanto as externas fazem trombose
e/ou infecções/abcessos/flegmões.
Doença diverticular
Tratamento definitivo:
A) Pela colonoscopia: Injeção de epinefrina, clipes endoscópicos, eletrocoagulação.
B) Pela arteriografia: Em caso de fracasso do tratamento colonoscópico.
C) Por cirurgia: Em último caso: desde colectomia segmentar até colectomia total.
→Permite diferencial HDA e HDB: Se passa a sonda, se realiza irrigação com soro, se
refluir sangue pela sonda é alta, se vier bile é baixa.
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CIRURGIA | HEMORRAGIA DIGESTIVA
Choque hipovolêmico
Classificação:
Perda sanpinea
(ti voaste Até 15% I5%-30% 30%-40% >40%
sarapinto)
frequência de
pulso OPM) <100 100-120 120-140 >140
Facilitando…
↓ SNC + ↑ FC + ↓ PA Grau 4
Expansão volêmica:
→RL ou SF 1000-2000 ml.
→Alvo: PAS > 90 mmHg e Diurese > 0,5 ml/kg/hora.
→Grau 3 e 4: hemoderivados. -1 CH: 1 Plasma :1 Plaquetas
Ácido tranexâmico (Transamin). Uso controverso.
Aprofunde o tema
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