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CONTESTAÇÃO,
com base no artigo 847 da Consolidação das Leis do trabalho (CLT), combinado com o artigo
336 do Código de Processo Civil (CPC), pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
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PRELIMINARMENTE
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I. DA PRESCRIÇÃO PARCIAL
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Deve-se suscitar a prejudicial de prescrição parcial, a fim de que sejam
consideradas prescritas as parcelas anteriores aos cinco anos do ajuizamento da ação, ou seja,
anteriores a 20/04/2010, observado o biênio subsequente à extinção do contrato de trabalho, de
acordo com o art. 7º, XXIX, da Constituição Federal (CF), aclarado pela Súmula 308, I, do
Superior Tribunal do Trabalho (TST).
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MÉRITO
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I. DO CONTRATO DE TRABALHO
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Conforme narrado na inicial, Gilson Reis trabalhou por cinco anos, sete
meses e onze dias para a Reclamada na função de auxiliar de serviços gerais, cumprindo a
jornada de segunda a sexta-feira das 05:00 às 15:00 horas, com intervalo de 02 (duas) horas
para o almoço. Foi dispensado sem justa causa no dia 24/12/2014, após cumprir aviso prévio.
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II. DA REINTEGRAÇÃO
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O empregado apresentou candidatura ao cargo de dirigente sindical da
sua categoria durante o período de aviso prévio, tendo informado o fato por e-mail ao seu
empregador, o que lhe assegura a garantia de emprego, segundo alegou. Assim, requereu a sua
reintegração.
V. DO INTERVALO INTERJORNADA
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O Reclamante trabalhava das 05 às 15 horas e alegou na inicial que
o intervalo interjornada não era observado, desejando ser remunerado nas respectivas horas
extraordinárias.
VI. DO PEDIDO
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De acordo com os fatos e fundamentos acima apresentados, requer a
Vossa Excelência o acolhimento da prejudicial de prescrição parcial e, por fim, no mérito, que as
pretensões apresentadas na Reclamatória Trabalhista sejam julgadas totalmente improcedentes
e o Reclamante seja condenado ao pagamento das custas processuais e demais cominações
legais conferidas à presente causa.
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Firmino, já devidamente qualificado nos autos, por intermédio de seu advogado infra-assinado, com
procuração anexa as folhas •••, vem à presença de Vossa Excelência apresentar
com fulcro no artigo 581, inciso X, do Código de Processo Penal, ora inconformado com a
decisão desses autos, dentro do prazo legal, com os fundamentos a seguir expostos.
Caso assim entenda Vossa Excelência, requer se digne reformar a decisão recorrida, porém não o
fazendo, seja encaminhado o presente recurso ao Tribunal de Justiça para o devido processamento e
julgamento.
Nestes Termos
Pede Deferimento.
Assinatura Advogado
OAB nº •••
Recorrente: Firmino
Processo nº •••
COLENDA CÂMARA,
Em que pese o notável saber jurídico do MM. Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de Porto
Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, a respeitável sentença que denegou a ordem de Habeas Corpus
impetrado pelo Recorrente, não merece prosperar, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
DOS FATOS
O Recorrente foi indiciado em inquérito policial pelo crime do art. 171, § 2º, VI, CP, haja vista ter sustado
seis cheques, os quais foram emprestados a seu cunhado para a aquisição de material de reforma de
construção, pois teve seu talonário furtado.
Impetrado habeas corpus perante o juízo da 1ª Vara Criminal de Porto Alegre, restou indeferido.
DO DIREITO
O recorrente está inconformado com a decisão de não trancamento do inquérito policial em tramitação
contra si na referida Delegacia de Polícia citada nos autos. Sabe-se que o crime do artigo 171, § 2º,
inciso VI, do Código Penal, é doloso, devendo o agente possuir a intenção de atingir, ou seja, lesar o
bem jurídico protegido, no caso, o patrimônio da vítima. Tal não houve no caso vertente, pois a
motivação de ter o recorrente sustado os cheques foi o fato de ter sito furtado todo seu talonário, razão
pela qual não agiu com o dolo para fins de adequação típica de sua conduta. Aliás, é assim que
prescreve a Súmula 246 do STF, pois o crime em tela requer que o autor venha a atuar com o dolo de
enganar a vítima, o que não se traduz neste. Ademais, ainda assim, o STF, na esteira de sua firme
jurisprudência assevera que a emissão de cheques pré-datados não pode configurar essa modalidade
de estelionato, eis que cheque é ordem de pagamento à vista, portanto, seria, até então, fato atípico.
DO PEDIDO
Ante o exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, reformando-se a respeitável
decisão, para que seja concedida a ordem de Habeas Corpus, determinando-se o trancamento do
inquérito policial, como medida de justiça.
Nestes Termos,
Pede Deferimento
Assinatura do Advogado
OAB nº •••