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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 15ª VARA DO TRABALHO

DE RECIFE - PE, 6ª REGIÃO

Processo nº: 1234


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TRANSPORTE RÁPIDO LTDA, inscrito no CNPJ sob o
nº..., representado por seu sócio gerente, cuja sede se localiza [endereço completo com CEP],
por meio de seu advogado abaixo subscrito, nos termos do documento de outorga de mandato
anexo (documento 01), nos autos da Reclamação Trabalhista que lhe move Gilson Reis, já
qualificado na inicial, vem, respeitosa e tempestivamente, perante Vossa Excelência, apresentar
sua resposta em forma de

CONTESTAÇÃO,

com base no artigo 847 da Consolidação das Leis do trabalho (CLT), combinado com o artigo
336 do Código de Processo Civil (CPC), pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
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PRELIMINARMENTE
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I. DA PRESCRIÇÃO PARCIAL
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Deve-se suscitar a prejudicial de prescrição parcial, a fim de que sejam
consideradas prescritas as parcelas anteriores aos cinco anos do ajuizamento da ação, ou seja,
anteriores a 20/04/2010, observado o biênio subsequente à extinção do contrato de trabalho, de
acordo com o art. 7º, XXIX, da Constituição Federal (CF), aclarado pela Súmula 308, I, do
Superior Tribunal do Trabalho (TST).
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MÉRITO
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I. DO CONTRATO DE TRABALHO
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Conforme narrado na inicial, Gilson Reis trabalhou por cinco anos, sete
meses e onze dias para a Reclamada na função de auxiliar de serviços gerais, cumprindo a
jornada de segunda a sexta-feira das 05:00 às 15:00 horas, com intervalo de 02 (duas) horas
para o almoço. Foi dispensado sem justa causa no dia 24/12/2014, após cumprir aviso prévio.
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II. DA REINTEGRAÇÃO
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O empregado apresentou candidatura ao cargo de dirigente sindical da
sua categoria durante o período de aviso prévio, tendo informado o fato por e-mail ao seu
empregador, o que lhe assegura a garantia de emprego, segundo alegou. Assim, requereu a sua
reintegração.

Ocorre que o Reclamante não se enquadra na situação prescrita no


art. 543, §3º da CLT, conforme alegado, pois o registro de sua candidatura ocorreu no período
de aviso prévio. Esta situação não lhe garante a estabilidade, mesmo que este aviso fosse
indenizado, em face do entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciado na
Súmula 369, V.

Portanto, o Reclamante não faz jus à reintegração, vez que, quando da


sua candidatura à direção do sindicato de sua categoria, já se encontrava cumprindo aviso
prévio.
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III. DA JORNADA DE TRABALHO/DAS HORAS EXTRAS


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O empregado aduziu que trabalhava das 05 às 15 horas, com intervalo
de 02 (duas) horas para o almoço, e que tal jornada dava-lhe o direito de requerer o pagamento
de horas extras no período trabalhado.

No entanto, pode-se verificar que a jornada cumprida não excede os


limites constitucionais, seja o semanal de 44 (quarenta e quatro) horas ou o diário de 8 (oito)
horas, conforme preceitua o art. 7º, XIII, da CF, e o art. 58, caput, da CLT, bem como não está
em desacordo com o intervalo intrajornada, que é de no mínimo 1 (uma) hora e, salvo acordo
coletivo, no máximo 2 (duas) horas, de acordo com o disposto no art. 71, caput, da CLT.

Destarte, não prospera a pretensão do Reclamante em pleitear o


pagamento de horas extraordinárias e seus respectivos reflexos.
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IV. DO ADICIONAL DE TRABALHO NOTURNO


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Gilson Reis laborava das 05 às 15 horas, o que o fez requerer o
pagamento do adicional de trabalho noturno (ATN).

Vale destacar que o empregado não trabalhava entre 22 horas de um


dia e 05 horas do dia seguinte, que é o período legal que caracteriza o ATN, segundo dispõe o
art. 73, § 2º, da CLT.

Dessa forma, requer a Reclamada a improcedência do pedido de


adicional de trabalho noturno, pelas razões acima expostas.
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V. DO INTERVALO INTERJORNADA
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O Reclamante trabalhava das 05 às 15 horas e alegou na inicial que
o intervalo interjornada não era observado, desejando ser remunerado nas respectivas horas
extraordinárias.

Relevante esclarecer que o intervalo interjornada deve ser de um


período mínimo de onze horas consecutivas para descanso do trabalhador, conforme aduz o art.
66 da CLT. Entretanto, no caso em tela, havia um interregno de catorze horas entre as jornadas,
o que não contempla o pagamento de horas extras nem está em consonância com a Orientação
Jurisprudencial 355 da Seção de Dissídios Individuais, Subseção I, do TST.
Portanto, por tais motivos, não pode prosperar o pagamento de horas
extraordinárias e de seus reflexos.
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VI. DO PEDIDO
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De acordo com os fatos e fundamentos acima apresentados, requer a
Vossa Excelência o acolhimento da prejudicial de prescrição parcial e, por fim, no mérito, que as
pretensões apresentadas na Reclamatória Trabalhista sejam julgadas totalmente improcedentes
e o Reclamante seja condenado ao pagamento das custas processuais e demais cominações
legais conferidas à presente causa.
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VII. DAS PROVAS

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito


admitidos, em especial o depoimento pessoal do Reclamante, que fica desde já requerido, sob
pena de confissão, bem como pela juntada de documentos, oitiva de testemunhas, perícias e o
que mais for necessário para elucidação dos fatos.
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Nestes termos,
pede deferimento.
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Local e data..
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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA

DE PORTO ALEGRE, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

Ref. processo nº •••

Firmino, já devidamente qualificado nos autos, por intermédio de seu advogado infra-assinado, com
procuração anexa as folhas •••, vem à presença de Vossa Excelência apresentar

RECURSO EM SENTIDO ESTRITO,

com fulcro no artigo 581, inciso X, do Código de Processo Penal, ora inconformado com a
decisão desses autos, dentro do prazo legal, com os fundamentos a seguir expostos.

Caso assim entenda Vossa Excelência, requer se digne reformar a decisão recorrida, porém não o
fazendo, seja encaminhado o presente recurso ao Tribunal de Justiça para o devido processamento e
julgamento.

Nestes Termos

Pede Deferimento.

Local •••, data •••

Assinatura Advogado
OAB nº •••

RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Recorrente: Firmino

Recorrida: Justiça Pública

Processo nº •••

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL

COLENDA CÂMARA,

Em que pese o notável saber jurídico do MM. Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de Porto
Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, a respeitável sentença que denegou a ordem de Habeas Corpus
impetrado pelo Recorrente, não merece prosperar, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:

DOS FATOS

O Recorrente foi indiciado em inquérito policial pelo crime do art. 171, § 2º, VI, CP, haja vista ter sustado
seis cheques, os quais foram emprestados a seu cunhado para a aquisição de material de reforma de
construção, pois teve seu talonário furtado.

Impetrado habeas corpus perante o juízo da 1ª Vara Criminal de Porto Alegre, restou indeferido.

Inconformado, ajuíza o presente recurso.

DO DIREITO

O recorrente está inconformado com a decisão de não trancamento do inquérito policial em tramitação
contra si na referida Delegacia de Polícia citada nos autos. Sabe-se que o crime do artigo 171, § 2º,
inciso VI, do Código Penal, é doloso, devendo o agente possuir a intenção de atingir, ou seja, lesar o
bem jurídico protegido, no caso, o patrimônio da vítima. Tal não houve no caso vertente, pois a
motivação de ter o recorrente sustado os cheques foi o fato de ter sito furtado todo seu talonário, razão
pela qual não agiu com o dolo para fins de adequação típica de sua conduta. Aliás, é assim que
prescreve a Súmula 246 do STF, pois o crime em tela requer que o autor venha a atuar com o dolo de
enganar a vítima, o que não se traduz neste. Ademais, ainda assim, o STF, na esteira de sua firme
jurisprudência assevera que a emissão de cheques pré-datados não pode configurar essa modalidade
de estelionato, eis que cheque é ordem de pagamento à vista, portanto, seria, até então, fato atípico.

DO PEDIDO

Ante o exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, reformando-se a respeitável
decisão, para que seja concedida a ordem de Habeas Corpus, determinando-se o trancamento do
inquérito policial, como medida de justiça.

Nestes Termos,

Pede Deferimento

Local •••, data •••

Assinatura do Advogado

OAB nº •••

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