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CENTRO DE ENSINO EUGÊNIO BARROS Turma_________ Turno______

DISCENTE ______________________________________________________________________________________ Nº ______


DOCENTE__________________________________________________________________________________ Data
___/___/_______
ATIVIDADE: ________________________________________________________________________________ Bimestre:
_____
Atenção! b) Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, José Lins do Rego e Jorge
. LEIA todas as questões com cuidado, interprete bem seu enunciado, uma Amado.
pode ajudar a responder a outra. c) Graciliano Ramos, Fernando Sabino, Érico Veríssimo e Mário de
. Não deixe as respostas a lápis. Andrade.
. Evite deixar questão sem marcar. d) Paulo Mendes Campos, Carlos Drummond de Andrade, Dionélio
Texto I
Machado e Hilda Hilst.
A caatinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de
e) Lúcio Cardoso, Roberto Drummond, Jorge Amado e Adélia Prado.
manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos urubus fazia
círculos altos em redor de bichos moribundos.
07. Sobre a prosa na segunda geração do modernismo, é correto
– Anda, excomungado.
afirmar, exceto:
O pirralho não _______, e Fabiano desejou ______. Tinha o
a) O romance brasileiro produzido nas décadas de 1930 e 1940,
coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça. A
período em que o país e o mundo viveram profundas crises, colocou-se
seca _______ como um fato necessário – e a obstinação da criança
a serviço da análise crítica de nossa realidade e teve na obra de
______. Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas
Graciliano Ramos a principal expressão desse momento.
dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde.
b) Ainda que distantes do experimentalismo estético proposto pelos
Tinham deixado os caminhos, cheios de espinho e seixos, fazia
modernistas de 1922, os romancistas de 1930 consideravam
horas que pisavam a margem do rio, a lama seca e rachada que
irreversíveis muitas de suas conquistas, tais como o interesse por
escaldava os pés.
temas nacionais, a busca de uma linguagem mais brasileira e o
Pelo espírito atribulado do sertanejo passou a ideia de abandonar
interesse pela vida cotidiana.
o filho naquele descampado. Pensou nos urubus, nas ossadas, coçou
c) O romance de 1930 trilhou diferentes caminhos, sendo o
a barba ruiva e suja, irresoluto, examinou os arredores.
regionalismo, especialmente o nordestino, o mais importante entre
Sinhá Vitória esticou o beiço indicando vagamente uma direção e
todos. Entre seus principais nomes, estão Graciliano Ramos e Rachel
afirmou com alguns sons guturais que estavam perto. Fabiano meteu a
de Queiroz.
faca na bainha, guardou-a no cinturão, acocorou-se, pegou no pulso do
d) A prosa na segunda geração do modernismo foi marcada pela
menino, que se encolhia, os joelhos encostados ao estômago, frio
preocupação com a descoberta e com a exploração de novas técnicas
como um defunto. Aí a cólera desapareceu e Fabiano teve pena.
narrativas, além da sondagem do universo social e psicológico do ser
Impossível abandonar o anjinho aos bichos do mato. Entregou a
humano. Entre suas principais obras, está Macunaíma, de Mário de
espingarda a Sinhá Vitória, pôs o filho no cangote, levantou-se, agarrou
Andrade.
os bracinhos que lhe caíam sobre o peito, moles, finos como cambitos.
e) Num panorama tão diversificado, destaca-se a prosa regionalista
Sinhá Vitória aprovou esse arranjo, lançou de novo a interjeição
doNordeste, conhecida como neorrealista.
gutural, designou os juazeiros invisíveis. Texto II
E a viagem prosseguiu, mais lenta, mais arrastada, num silêncio A velha Totonha de quando em vez batia no engenho. E era um
grande. Ausente do companheiro, a cachorra Baleia tomou a frente do acontecimento para a meninada... Que talento ela possuía para contar
grupo. Arqueada, as costelas à mostra, corria ofegando, a língua fora as suas histórias, com um jeito admirável de falar em nome de todos os
da boca. E de quando em quando se detinha, esperando as pessoas, personagens, sem nenhum dente na boca, e com uma voz que dava
que se retardavam. (RAMOS, Graciliano. Vidas secas. 16 ed. São Paulo. Martins, 1967. P. 8-9)
todos os tons às palavras!
Havia sempre rei e rainha, nos seus contos, e forca e
01. Assinale a alternativa que preenche os espaços de forma correta. adivinhações. E muito da vida, com as suas maldades e as suas
a) se mexeu, matá-lo, aparecia-lhe, irritava-o. grandezas, a gente encontrava naqueles heróis e naqueles intrigantes,
b) se mexeu, matá-lo, aparecia-lhe, lhe irritava. que eram sempre castigados com mortes horríveis! O que fazia a velha
c) se mexeu, lhe matar, lhe aparecia, lhe irritava. Totonha mais curiosa era a cor local que ela punha nos seus
d) mexeu-se, matar ele, lhe aparecia, lhe irritava. descritivos. Quando ela queria pintar um reino era como se estivesse
e) mexeu-se, matá-lo, lhe aparecia, irritava-o. falando dum engenho fabuloso. Os rios e florestas por onde andavam
os seus personagens se pareciam muito com a Paraíba e a Mata do
02. Quanto ao texto acima, marque o correto: Rolo. O seu Barba-Azul era um senhor de engenho de Pernambuco.
a) Trata-se de uma narrativa de uma viagem com destino certo José Lins do Rego. Menino de Engenho. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980, p. 49-51 (com adaptações).

b) Trata-se de uma argumentação cujo conteúdo é o Nordeste


c) Ocorre uma narrativa que aborda o fenômeno da seca 08. Na construção da personagem “velha Totonha”, é possível
d) Há uma narrativa de cunho eminentemente sócio-urbano identificar traços que revelam marcas do processo de colonização e de
e) Há predominância descritiva da região nordestina civilização do país. Considerando o texto acima, infere-se que a velha
Totonha
03. Acerca do romance como um todo, pode-se dizer que ele apresenta a) tira o seu sustento da produção da literatura, apesar de suas
uma linguagem marcada por expressões e vocábulos com traços de condições de vida e de trabalho, que denotam que ela enfrenta
oralidade, o que lhe confere um nível: situação econômica muito adversa.
a) culto b) vulgar c) coloquial d) técnico e) científico b) compõe, em suas histórias, narrativas épicas e realistas da história
do país colonizado, livres da influência de temas e modelos não
04. São também obras de Graciliano Ramos: representativos da realidade nacional.
a) Fogo Morto, São Bernardo, Memórias do Cárcere c) retrata, na constituição do espaço dos contos, a civilização urbana
b) Capitães de Areia, Vidas Secas, Caetés europeia em concomitância com a representação literária de engenhos,
c) O Quinze, Menino do Engenho, São Bernardo rios e florestas do Brasil.
d) A Bagaceira, Cangaceiros, São Bernardo d) aproxima-se, ao incluir elementos fabulosos nos contos, do próprio
e) Angústia, São Bernardo, Memórias do Cárcere romancista, o qual pretende retratar a realidade brasileira de forma tão
grandiosa quanto a europeia.
05. Pertencem ao Regionalismo de 30, além de Graciliano Ramos: e) imprime marcas da realidade local a suas narrativas, que têm como
a) José Américo de Almeida, Rachel de Queiroz e José Lins do Rego modelo e origem as fontes da literatura e da cultura europeia
b) Guimarães Rosa, Graça Aranha e Adolfo Caminha universalizada.
c) José Américo de Almeida, Guimarães Rosa e Raul Pompéia
d) Guimarães Rosa, Raul Pompéia e Euclides da Cunha 09. No texto de J. L. do Rego, é obrigatório o uso de vírgula(s), entre os
e) Cecília Meireles, Jorge de Lima e Carlos Drummond de Andrade. termos da oração, na seguinte passagem
a) “A velha Totonha de quando em vez batia no engenho.”
06. Estão, entre os principais escritores da prosa na segunda fase do b) “(...)era um acontecimento para a meninada...”
modernismo: c) “Que talento ela possuía para contar as suas histórias(...)”
a) Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles, Augusto de Campos e d) “Havia sempre rei e rainha, nos seus contos, (...)”
Dalton Trevisan. e) “O que fazia a velha Totonha mais curiosa era a cor local que ela
punha nos seus descritivos.”
10. Autor de “Olhai os lírios do campo”, rastreia o ambiente citadino do
Rio Grande do Sul, do qual elabora um panorama histórico e poético,
como uma prosa límpida, tendendo ao Impressionismo. Estamos
falando de
a) José Lina do Rego b) Jorge Amado c) Erico Verissimo
d) Gilberto Freyre e) Cornélio Pena

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