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Angela Marta

PROGRAMAS DE COMBATE A OBESIDADE E Disciplina de saúde coletiva

PROGRAMAS INTEGRATIVAS 2021


TRANSIÇÃO NUTRICIONAL
As grandes mudanças demográficas e
epidemiológicas ocorridas nos últimos 50 anos têm
por fundamento o envelhecimento populacional, a
rápida urbanização e a globalização de estilos de
vida pouco saudáveis.
Nesse cenário, as doenças crônicas não
transmissíveis (DCNT) são mais prevalentes do que
as doenças infecciosas como a principal causa de
morbidade e mortalidade, com sobrepeso e
obesidade figurando como importantes fatores de
risc
ETIOLOGIA ENFOQUE COLETIVO
O peso corporal saudável depende de
gatilhos culturais ou ambientais que
produzem efeitos sobre a saúde individual, tais
como as condições de segurança, as
características do comércio local e global de
alimentos, a qualidade e acesso ao transporte
coletivo, acesso à recreação, serviços e apoio
social e educacional, entre outros aspectos do
contexto que modulam as práticas e estilos de
vida atual
OBESIDADE
Embora a obesidade seja um problema de saúde em
todo o País, conhecer as prevalências de sobrepeso e
obesidade por regiões e estados permite uma melhor
definição de prioridades, assim como o planejamento
de ações de forma regionalizada.
Dados baseados em peso e altura referida estão
disponíveis por capitais na pesquisa de Vigilância
Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas
por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada anualmente
pelo Ministério da Saúde, desde 2006

https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/27/vigitel-brasil-2019-vigilancia-fatores-risco.pdf
CUSTOS FINANCEIROS DA OBESIDADE PARA O SUS
Os custos totais de hipertensão, diabetes e
obesidade no SUS alcançaram 3,45 bilhões de
reais em 2018.

HAS DM OBES
59% 30% 11%

Isoladamente os custos atribuíveis a essa


doença chegaram a R$ 1,42 bilhão

Custos atribuíveis a obesidade, hipertensão e diabetes no Sistema Único de Saúde, Rev Panam Salud Publica. 2020; 44: e32.Brasil, 2018
DETERMINANTES SOCIAIS DA OBESIDADE
Os determinantes sociais da obesidade mostram
a complexidade do problema a ser abordado
pelo sistema de Ministério da
Saúde/Organização Pan-Americana da Saúde,
não podendo ser esquecidos mesmo quando o
objetivo é discutir ações que possam ser
incorporadas ao SUS.
Hoje, o desafio é superar o modelo biomédico
que vê o indivíduo e organiza o cuidado de
maneira fragmentada, propondo inovações e
um novo olhar aos indivíduos dentro da
atenção à saúde no SUS
PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O ENFRENTAMENTO DAS DOENÇAS CRÔNICAS
NÃO TRANSMISSÍVEIS NO BRASIL 2011-2022
PLANO DE AÇÕES E ESTRATÉGIAS
FLUXOGRAMA DE AÇÕES E ESTRATÉGIAS
FLUXOGRAMA DE AÇÕES E ESTRATÉGIAS
FLUXOGRAMA AÇÕES DE PROTEÇÃO MÃE E BEBÊ
FLUXOGRAMA DE AÇÕES E ESTRATÉGIAS
REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DAS PESSOAS COM
DOENÇAS CRÔNICAS
POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO
SUS (PNPIC)

portaria nº 145/2017,
POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS
E COMPLEMENTARES NO SUS (PNPIC)
As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS),
denominadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como
medicinas tradicionais e complementares, foram institucionalizadas no
Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da Política Nacional de
Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC), aprovada
pela Portaria GM/MS nº 971, de 3 de maio de 2006.
A PNPIC é reconhecida internacionalmente, pela OMS e por diversos
países, como uma experiência de referência em implantação das
medicinas tradicionais e complementares em um sistema nacional de
saúde, sendo este um dos principais motivos pelo qual essas práticas
são incorporadas de forma integrada no cuidado à saúde no SUS, e não
inseridas como uma estrutura alternativa ao sistema, como em alguns
países.
POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO
SUS (PNPIC)

• O termo alternativa significa que a prática é utilizada em substituição às práticas da medicina


convencional – aquela do médico sentado dentro do consultório ou no hospital.

• O termo complementar é usado quando a prática é utilizada em associação com a medicina


convencional.

• Termo integrativa significa a associação da terapia médica convencional aos métodos


complementares e/ou alternativos a partir de evidências científicas. não para substituí-la
POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO
SUS (PNPIC)
Os procedimentos são voltados à cura e prevenção de doenças como
depressão e hipertensão.
Propósitos:
Ampliar a visão a respeito da saúde e a autonomia das pessoas no cuidado;
Prestar apoio aos Estados Membros à implantação/implementação das PICS;
Promover a utilização segura e eficaz, mediante a regulamentação de produtos,
práticas e praticantes.
Objetivos estratégicos:
Promoção da cobertura universal da saúde através da integração de PICS nos
sistemas oficiais de saúde.
RESOLUÇÃO CFN DE 19 DE JANEIRO DE 2021

As PICS são práticas de saúde baseadas no cuidado humanizado, na individualidade, na escuta acolhedora e
na integração do indivíduo com o meio ambiente e a sociedade.
Através de técnicas terapêuticas que promovam saúde e previnam doenças, o nutricionista é capaz de auxiliar o
processo de educação alimentar e nutricional, de forma a compor uma abordagem multidimensional do exercício
profissional.
Para exercer as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, é necessário o certificado de curso de pós-
graduação lato sensu, em nível de especialização, emitido por instituição de ensino superior credenciada pelo
Ministério da Educação.
VEDADO: indicar produtos sujeitos à prescrição médica e vender ou fazer propaganda de produtos ou
técnicas que o nutricionista indicará ao paciente, de acordo com o Código de Ética e de Conduta do
Nutricionista.
29 PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES À POPULAÇÃO

Portaria nº 849/GM/MS, de 27 de março de 2017.


RESOLUÇÃO CFN Nº 679 19 DE JANEIRO DE 2021

• Regulamenta o exercício das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) pelo


nutricionista e dá outras providências.

• Na prática, a resolução amplia as abordagens de cuidado e as possibilidades terapêuticas para os


clientes/pacientes/usuários em assistência nutricional.

• As PICS autorizadas são: Apiterapia (Exceto Apitoxina); Aromaterapia; Arteterapia; Ayurveda;


Biodança; Bioenergética; Cromoterapia; Dança Circular; Homeopatia; Imposição De
Mãos/Reiki; Medicina Antroposófica/Antroposofia Aplicada À Saúde; Medicina Tradicional
Chinesa: Dietoterapia/Fitoterapia, Auriculoterapia E Práticas Corporais; Meditação;
Musicoterapia; Reflexoterapia; Shantala; Terapia Comunitária Integrativa; Terapia De Florais;
E Yoga.
POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO
SUS (PNPIC)
Apiterapia Prática terapêutica que consiste em usar produtos derivados de abelhas, como apitoxinas, mel, pólen,
geleia real e própolis, para promoção da saúde e fins terapêuticos.

Ayurveda Abordagem terapêutica de origem indiana, segundo a qual o corpo humano é composto por cinco
elementos – éter, ar, fogo, água e terra, os quais compõem o organismo, os estados energéticos e
emocionais e, em desequilíbrio, podem induzir o surgimento de doenças. Ayurveda significa ciência da
vida (ayus: vida – veda: ciência ou conhecimento).

Constelação Método psicoterapêutico de abordagem sistêmica, energética e fenomenológica, que busca


familiar reconhecer a origem dos problemas e/ou alterações trazidas pelo usuário, bem como o que está
encoberto nas relações familiares para, por meio do conhecimento das forças que atuam no
inconsciente familiar e das leis do relacionamento humano, encontrar a ordem, o pertencimento e o
equilíbrio, criando condições para que a pessoa reoriente o seu movimento em direção à cura e ao
crescimento.
POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO
SUS (PNPIC)

Plantas Espécies vegetais, cultivadas ou não, administradas por qualquer via ou forma, que exercem
medicinais/ ação terapêutica.
fitoterapia Estudo das plantas medicinais e suas aplicações na promoção, proteção e recuperação da
saúde.
Terapia de Prática terapêutica que utiliza essências derivadas de flores para atuar nos estados mentais e
florais emocionais
Aromaterapia Prática terapêutica que utiliza as propriedades dos óleos essenciais para recuperar o
equilíbrio e a harmonia do organismo visando à promoção da saúde física e mental.
Acupuntura prática de intervenção em saúde, que faz parte dos recursos terapêuticos da Medicina
Tradicional Chinesa, que visem estimular os pontos e canais de energia, por meio do uso de
agulhas filiformes metálicas e outros instrumentos, visando à promoção, à manutenção e à
recuperação da saúde, bem como a prevenção de agravos e doenças.
RESOLUÇÃO CFN 19 DE JANEIRO DE 2021

RESOLUÇÃO CFN Nº 680, DE 19 DE JANEIRO DE 2021

Regulamenta a prática da fitoterapia pelo nutricionista como o uso de plantas


medicinais em preparações, plantas medicinais in natura, drogas vegetais e
derivados vegetais.

Sendo excluída a indicação de medicamentos fitoterápicos que tenham na


composição vitaminas, minerais, aminoácidos, substâncias ativas isoladas ou
altamente purificadas (sintéticas, semissintéticas ou naturais e nem as
associações dessas com outros extratos), medicamentos fitoterápicos que
necessitem prescrição médica e a comercialização ou venda dos produtos
indicados.
RESOLUÇÃO CFN 19 DE JANEIRO DE 2021

RESOLUÇÃO CFN Nº 681, DE 19 DE JANEIRO DE 2021


A resolução 681 autoriza o nutricionista a adotar a acupuntura no estímulo a canais de
energia para promover e prevenir o agravo de doenças.

Para a prática da acupuntura, o nutricionista deve possuir curso técnico, de


formação ou pós-graduação, com carga horária mínima de 1.200 horas, sendo,
pelo menos, 30% da referida carga horária de aulas práticas
presenciais. regulamenta a prática da acupuntura pelo nutricionista.

Por acupuntura, entende-se a prática de intervenção em saúde, que faz parte


dos recursos terapêuticos da Medicina Tradicional Chinesa, que visem estimular
os pontos e canais de energia, por meio do uso de agulhas filiformes metálicas
e outros instrumentos, visando à promoção, à manutenção e à recuperação da
saúde, bem como a prevenção de agravos e doenças.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS
HUMANOS:

“Todas as pessoas nascem livres e iguais


em dignidade e direitos. São dotadas de
razão e consciência e devem agir em
relação umas às outras com espírito de
fraternidade
SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
O conceito de Segurança Alimentar e Nutricional – SAN é
um conceito em permanente construção.

Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o termo


segurança alimentar passou a ser utilizado na Europa.
Nessa época, o seu conceito tinha estreita ligação com o
conceito de segurança nacional e com a capacidade de
cada país produzir sua própria alimentação, de forma a não
ficar vulnerável a possíveis embargos, cercos ou boicotes
devido a razões políticas ou militares.

Após a Segunda Guerra, a segurança alimentar foi hegemonicamente tratada como


uma questão de insuficiente disponibilidade de alimentos.
Em resposta, foram instituídas iniciativas de promoção de assistência alimentar, que
eram feitas, em especial, a partir dos excedentes de produção dos países ricos.
NUTRICIONISTA EM AÇÃO

Segurança alimentar
Sistema prisional Escolas NASF
- ANVISA

ATAN- bolsa familia Asilos e orfanatos


Instituições de longa permanência para idosos (ILPI)
NUTRICIONISTA LEGISLAÇÃO

Conselhos municipal
• Saúde
• Educação
• Meio ambiente
• Segurança
• Segurança alimentar
• Assistência social

2016
LINKS
Conselhos Municipais Resende  https://resende.rj.gov.br/blogtransparencia/page/conselhos-
municipais.asp Conselho.resende@gmail.com
conferencias https://resende.rj.gov.br/blogtransparencia/page/propostas-aprovadas.asp
REFERÊNCIAS
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. NutriSUS: guia de evidências: estratégia de fortificação
da alimentação infantil com micronutrientes (vitaminas e minerais) em pó / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de
Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.

2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual de condutas gerais do Programa Nacional de
Suplementação de Vitamina A / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde,
2013.

3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Programa Nacional de Suplementação de Ferro : manual
de condutas gerais / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 24 p.:
il.

4. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar.
Brasília: Ministério da Saúde, 2009b. (Caderno de Atenção Básica, 23)

5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2a Edição,
1a reimpressão. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2014a. 156p.

6. CAMPOS, C. S. S.; CAMPOS, R. S. SOBERANIA ALIMENTAR COMO ALTERNATIVA AO AGRONEGÓCIO NO BRASIL. Revista Electrónica de Geografía y
Ciencias Sociales, Barcelona, v. 11, n. 245, p.68-69, 01 ago. 2007. Disponível em: http://www.ub.edu/geocrit/sn/sn-24568.htm

7. CONSEA - II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. A construção da Política de Segurança Alimentar e Nutricional: Relatório Final.
Brasília: CONSEA, 20LEÃO, M. M.; RECINE, E. O Direito Humano à Alimentação Adequada. In: TADDEI, J. A. et al. Nutrição em

8. Saúde Pública. Rio de Janeiro: Rubio, 2011. p. 30-31.

9. LEÃO, Marília (Org.). Direito humano à alimentação adequada e o sistema nacional de segurança alimentar e nutricional. Brasília: Abrandh, 2013. 263 p.
Disponível em: <http://www.mds.gov.br/ webarquivos/publicacao/seguranca_alimentar/DHAA_SAN.pdf>04. 46 p. Disponível em: <http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/II_Conferencia_2versao.pdf>. Acesso em: 1 maio 2021

10. Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional. Estratégia Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade: recomendações para
estados e municípios -- Brasília, DF: CAISAN, 2014.
SITES INFORMATIVOS

http://www.ibfan.org.br/
http://www.saude.gov.br/crianca
http://www.who.int/topics/infant_nutrition/en/
Http://www.mds.gov.br/segurancaalimentar/aquisicao-e-comercializacao-da-agricultura-familiar
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_instrutivo_agenda_atencao_nutricional.pdf
http://ecos-redenutri.bvs.br/tiki-view_blog.php?blogId=1
Portaria Nº 27, de 13 de janeiro de 1998
Portaria Nº 29, de 13 de janeiro de 1998
Resolução RDC N° 24/2010
Recomendações da Consulta de Especialistas da Organização Pan-Americana da Saúde sobre a Promoção e a
Publicidade de Alimentos e Bebidas Não Alcoólicas para Crianças nas Américas

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