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INDICADORES DE SAÚDE

INDICADORES DE MORTALIDADE

ALINE DAYRELL FERREIRA SALES


Prof.a Waleska Teixeira Caiaffa

2023
Objetivo

Calcular os principais indicadores de mortalidade, interpretá-los e


compreender sua aplicabilidade para a tomada de decisão.
FONTE DE DADOS: DECLARAÇÃO DE ÓBITO

Contém campos que caracterizam o indivíduo e circunstâncias do


óbitos como:

• Características demográficas (idade, sexo, escolaridade, ocupação)


• Local de residência e de ocorrência do óbito
• Condições e causas do óbito

Fatores que afetam a qualidade dos dados


• Sistema de registro incompleto
• Segmentos mais pobres da população
• Não registro de óbitos (cultura, religião)
• Idade

Apesar de erros possuem informações inestimáveis sobre tendências na


população
TAXAS DE MORTALIDADE

Taxa de Mortalidade geral (TMG)

= número de óbitos numa população e período x 10n


média da população neste mesmo período

Interpretação: Risco de morrer na população por todas as causas


e faixas etárias.

Cuidado com o uso da TMG para fins comparativos

Comparar populações de diferentes composições etárias: TMG padronizada


ou TM específicas
TAXAS DE MORTALIDADE

Taxa de Mortalidade Específica (TME): causa, sexo, idade

TME causa= número de óbitos por causa x 10n


média da população

TME sexo= número de óbitos por sexo x 10 n

média da população do sexo especificado

TME idade= número de óbitos por idade x 10n


média da população na faixa etária especificada
Perfil Epidemiológico
TAXAS DE MORTALIDADE: perfil epidemiológico de causas
externas

Profa. Aline Dayrell Ferreira Sales DMPS / FM / UFMG


TAXAS DE MORTALIDADE
Mortalidade infantil =

n0 de óbitos em crianças < 1 ano, local e período x 1.000


n° de nascidos vivos no mesmo local e período

Interpretação: Um dos indicadores mais sensíveis às

condições de vida, saúde e sócio-econômicas

Limitações: redução, sem grandes mudanças nos níveis


de saúde, condições de vida e sócio-econômico
Perfil Epidemiológico
TAXAS DE MORTALIDADE: perfil epidemiológico da mortalidade
infantil

Profa. Aline Dayrell Ferreira Sales DMPS / FM / UFMG


TAXAS DE MORTALIDADE: perfil epidemiológico da mortalidade
infantil
Países 1990 2009 % variação
Afeganistão 167 134 -19,8
Serra Leoa 166 123 -25,9
Brasil 47 17 -63,8
Argentina 25 13 -48,0
Uruguai 21 11 -47,6
Estados Unidos 9 7 -22,2
Alemanha 7 4 -42,9
Cuba 10 4 -60,0
França 7 3 -57,1
Portugal 12 3 -75,0
Japão 6 2 -66,7

Fonte: UNICEF 2011

Profa. Aline Dayrell Ferreira Sales DMPS / FM / UFMG


TAXAS DE MORTALIDADE
Componentes da Mortalidade infantil

Mortalidade neonatal =
n° de crianças <28 dias que morreram em um ano x 1000
n° de nascidos vivos no mesmo ano

Mortalidade pós-neonatal =
n° de crianças >=28 dias e < 1 ano que morreram em um ano x 1000
n° de nascidos vivos no mesmo ano
RAZÃO DE MORTALIDADE MATERNA

RMM = n° de mortes maternas x 100.000


n° de nascidos vivos no mesmo ano

Morte Materna: óbitos durante a gestação ou dentro de um


período de 42 dias após o término da gestação, independente
da duração ou da localização da gravidez, devida a qualquer
causa relacionada ou agravada pela gravidez ou por medidas
tomadas em relação a ela, porém não devida a causas
acidentais ou incidentais (OMS, 1993)
RAZÃO DE MORTALIDADE MATERNA

• As causas de óbitos maternos, classificadas pela CID-10, são


divididas em três grupos:
– Obstétricas diretas: altamente dependente da qualidade da
assistência ao planejamento familiar, pré-natal e parto. Ex. aborto,
hemorragias, hipertensão, infecção puerperal
– Obstétricas indiretas: doenças pré-existentes agravadas pela gestação
ou que surgiram durante a gestação. Ex. tuberculose, HIV, influenza,
peneumonias

– Não especificadas: quando não se sabe a causa da morte


PERFIL EPIDEMIOLÓGICO: razão de mortalidade materna

RMM por causas obstétricas diretas e indiretas (por


100 mil nascidos vivos). Brasil, 1990, 2000 e 2010

1990 2000 2010


Morte obstétrica direta 126,5 63,5 47,1
Morte obstétrica indireta 13,5 17,9 19,5
MORTALIDADE
Mortalidade PROPORCIONAL
Proporcional
QUANDO DISPONHO SOMENTE DO NÚMERO DE ÓBITOS:
"A importância ou peso que cada grupo (causa, sexo, idade) tem em
relação ao total de óbitos da área e período"

Mortalidade Proporcional por IDADE:


Número de óbitos em cada faixa etária

DENOMINADOR = Mortalidade Proporcional por SEXO:


Total de óbitos
Número de óbitos em cada sexo

Mortalidade Proporcional por CAUSA:


Número de óbitos em cada grupo de
causa

Profa. Aline Dayrell Ferreira Sales DMPS / FM / UFMG


MORTALIDADE PROPORCIONAL: índice de Swaroop e Uemura

Índice de Swaroop e Uemura =

n° de mortes de pessoas >= 50 anos x 100


número de óbitos total neste período

• Classificação do índice de Swaroop e Uemura:


– Nível de saúde elevado ⇨ > 75%
– Nível de saúde regular ⇨ de 50 a 74%
– Nível de saúde baixo ⇨ 25 a 49%
– Nível de saúde muito baixo ⇨ < 25%
MORTALIDADE PROPORCIONAL: indicador de Nelson Morais

• Distribuição dos óbitos por grupos etários (<1, 1 a 4, 5 a 19, 20 a


49, > 50 anos)
– Muito baixo (forma de N): predomínio de óbitos de adultos
jovens
– Baixo (Jota invertido): predomínio de óbitos infantis
– Regular (forma de V): predomínio de óbitos em maiores de 50
anos, porém também elevada proporção de óbitos infantis
– Elevado (forma de J): predomínio de óbitos em maiores de 50
anos
INDICADORES DE SAÚDE
OUTROS INDICADORES
OUTROS INDICADORES
• Taxa de natalidade
Nascidos vivos x 1000
População total

• Taxa de fecundidade
Nascidos vivos x 1000
Mulheres em idade fértil

• Taxa de letalidade
Total de óbitos por determinada doença x 100
Total de pessoas doentes

• APVP
REFERÊNCIAS

Beaglehole R, Bonita R, Kjellstron T,. Epidemiologia Básica.


Capítulo 2, OMS, 1993.

Notas Técnicas 1: Ministério da Saúde/CENEPI: Base de dados do


SIM e do SINASC (www.datasus.gov.br)

Notas Técnicas 2: Adaptado de Ministério da Saúde/CENEPI: Base


de dados do SIM e do SINASC

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