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Universidade Federal do Ceará

Programa de Pós-Graduação em Economia Rural - PPGER


Microeconomia Aplicada I

Monitor: Ramon Vasconcelos

Teoria do Consumidor
Esse material contém resoluções utilizando Otimização com Restrição e
manipulações algébricas para encontrar as demandas marshallianas, hicksianas (ou
compensadas), Utilidade Indireta, Função Dispêndio (ou Gasto), aplicação do Lema de
Shephard, Identidade de Roy e dualidades entre as diversas funções.
Essas resoluções foram feitas para três funções utilidade diferentes:
1-𝑈(𝑥1 , 𝑥2 ) = 𝑥1 𝑥2
2-𝑈(𝑥1 , 𝑥2 ) = 𝑥1𝛼 𝑥21−𝛼
1
𝜌 𝜌
3-𝑈(𝑥1 , 𝑥2 ) = (𝑥1 + 𝑥2 )𝜌

Ou seja, funções que possuem diferentes categorias de dificuldade, onde a


primeira é mais fácil, feita para os alunos que precisam relembrar o conteúdo. A segunda
é uma Cobb-Douglas um pouco mais difícil e a terceira é uma CES. Em termos de prova,
o nível de dificuldade da questão provavelmente é o dessa segunda função.

Lembrando é claro que esse é um material complementar de estudos, para quem


está interessado em diminuir as chances de passar aperreio na hora da prova com
otimização e álgebra em geral.
Também é importante apontar que Teoria do consumidor envolve outros
conceitos, como por exemplo, grau de homogeneidade de uma função, bens substitutos,
equação de Slutsky, etc. Essas e outras temáticas serão abordadas em outros pdfs e nas
aulas presenciais.
Questão com Função Utilidade Cobb Douglas Simples
Um dado consumidor possui sua função utilidade dada por 𝑈(𝑥1 , 𝑥2 ) = 𝑥1 𝑥2 .
A partir dessa informação, encontre:
a)As demandas marshallianas desse consumidor;
b)A sua Função Utilidade Indireta;
c)Através da Identidade de Roy recupere as demandas marshallianas a partir da Função
Utilidade Indireta;
d)As demandas hicksianas desse consumidor;
e)A sua Função Dispêndio;
f)Através do Lema de Shephard recupere as demandas hicksianas a partir da Função
Dispêndio;
g)Utilize a dualidade para a partir da Função Utilidade Indireta encontrar a Função
Dispêndio;
h)Utilize a dualidade para a partir da Função Dispêndio encontrar a Função Utilidade
Indireta;
RESOLUÇÃO
a)As demandas marshallianas desse consumidor
Uma vez que estão sendo pedidas as demandas marshallianas, então esse é um problema
de Maximização da Utilidade do consumidor. Aplicando o método de Lagrange à função
utilidade dada na questão, temos:
L(𝑥1 , 𝑥2 , λ) = 𝑥1 𝑥2 - λ(𝑃1 𝑥1 + 𝑃2 𝑥2 − Y)
Condições de Primeira Ordem:
𝜕𝐿 𝑥
= 0 => 𝑥2 - λ𝑃1 = 0 => λ = 𝑃2 (1)
𝜕𝑥1 1

𝜕𝐿 𝑥
= 0 => 𝑥1 - λ𝑃2 = 0 => λ = 𝑃1 (2)
𝜕𝑥2 2

𝜕𝐿
= 0 => 𝑃1 𝑥1 + 𝑃2 𝑥2 = Y (3)
𝜕𝜆

Uma vez que λ = λ, podemos fazer (1) = (2). Isolando 𝑥1 , temos:


𝑥2 𝑥 𝑥2 𝑃2
= 𝑃1 => 𝑥1 = (4)
𝑃1 2 𝑃1

Aplicando (4) em (3):


𝑥2 𝑃2
𝑃1 ( ) + 𝑃2 𝑥2 = Y => 𝑃2 𝑥2 + 𝑃2 𝑥2 = Y => 2 . 𝑃2 𝑥2 = Y
𝑃1

𝑌
𝑥2∗ = 2𝑃 que é a demanda marshalliana pelo bem 𝑥2 !
2

Uma vez que λ = λ, podemos fazer (1) = (2). Isolando 𝑥2 , temos:


𝑥2 𝑥 𝑥1 𝑃1
= 𝑃1 => 𝑥2 = (5)
𝑃1 2 𝑃2

Aplicando (5) em (3):


𝑥1 𝑃1
𝑃1 𝑥1 + 𝑃2 ( ) = Y => 𝑃1 𝑥1 + 𝑃1 𝑥1 = Y => 2 . 𝑃1 𝑥1 = Y
𝑃2

𝑌
𝑥1∗ = 2𝑃 que é a demanda marshalliana pelo bem 𝑥1 !
1
b)A sua Função Utilidade Indireta
Para encontrar a Função Utilidade Indireta, basta substituir as demandas marshallianas na
Função Utilidade Direta: 𝑈(𝑥1 , 𝑥2 ) = 𝑥1 𝑥2 . Assim sendo, temos:
𝑌 𝑌
𝑣(𝑃, 𝑌) = 2𝑃 . 2𝑃
1 2

𝑌2
𝑣(𝑃, 𝑌) = 4𝑃
1 𝑃2

Eu recomendo se livrar da razão da equação, ou seja:


𝑣(𝑃, 𝑌) = 𝑌 2 . 4−1 . 𝑃1−1 𝑃2−1 , que é a nossa Função Utilidade Indireta!

c)Através da Identidade de Roy recupere as demandas marshallianas a partir da Função


Utilidade Indireta
𝜕𝑣
𝜕𝑃𝑖
Para utilizar a Identidade de Roy, é necessário aplicar − 𝜕𝑣 = 𝑥𝑖∗
𝜕𝑌

Assim, se quisermos encontrar a demanda marshalliana pelo bem 𝑥1 , é necessário aplicar


a derivada para 𝑃1 , logo:
𝜕𝑣
𝜕𝑃1 −𝑌 2 4−1 𝑃 −2 𝑃 −1 𝑌𝑃 −2 𝑃 −1 𝑌
− 𝜕𝑣 = − ( 2𝑌4−1 𝑃−1
1 2
) = 2𝑃1−1𝑃2−1 = 2 . 𝑃1−1
𝑃 −1
1 2 1 2
𝜕𝑌

𝜕𝑣
𝜕𝑃1 𝑌
− 𝜕𝑣 = 2𝑃 , que é a demanda marshalliana pelo bem 1.
1
𝜕𝑌

Para encontrar a demanda marshalliana pelo bem 2, é necessário aplicar a derivada para
𝑃2 , logo:
𝜕𝑣
𝜕𝑃2 −𝑌 2 4−1 𝑃 −1 𝑃 −2 𝑌𝑃 −1 𝑃 −2 𝑌
− 𝜕𝑣 = − ( 2𝑌4−1 𝑃−1
1 2
) = 2𝑃1−1𝑃2−1 = 2 . 𝑃2−1
𝑃 −1
1 2 1 2
𝜕𝑌

𝜕𝑣
𝜕𝑃2 𝑌
− 𝜕𝑣 = 2𝑃 , que é a demanda marshalliana pelo bem 2.
2
𝜕𝑌
d)As demandas hicksianas desse consumidor
Uma vez que estão sendo pedidas as demandas hicksianas, então esse é um problema de
Minimização dos Custos do consumidor. Aplicando o método de Lagrange à função
utilidade dada na questão, temos:
L(𝑥1 , 𝑥2 , λ) = 𝑃1 𝑥1 + 𝑃2 𝑥2 - λ(𝑥1 𝑥2 − 𝑈)
Condições de Primeira Ordem:
𝜕𝐿 𝑃
= 0 => 𝑃1 - λ𝑥2 = 0 => λ = 𝑥1 (1)
𝜕𝑥1 2

𝜕𝐿 𝑃
= 0 => 𝑃2 - λ𝑥1 = 0 => λ = 𝑥2 (2)
𝜕𝑥2 1

𝜕𝐿
= 0 => 𝑥1 𝑥2 = U (3)
𝜕𝜆

Uma vez que λ = λ, podemos fazer (1) = (2). Isolando 𝑥1 , temos:


𝑃1 𝑃 𝑥2 𝑃2
= 𝑥2 => 𝑥1 = (4)
𝑥2 1 𝑃1

Aplicando (4) em (3):


𝑥2 𝑃2 𝑃
. 𝑥2 = U => 𝑥22 = U . 𝑃1
𝑃1 2

𝑃 1/2
𝑥2ℎ = (U . 𝑃1 ) que é a demanda hicksiana pelo bem 𝑥2 !
2

Uma vez que λ = λ, podemos fazer (1) = (2). Isolando 𝑥2 , temos:


𝑃1 𝑃 𝑥1 𝑃1
= 𝑥2 => 𝑥2 = (5)
𝑥2 1 𝑃2

Aplicando (5) em (3):


𝑥1 𝑃1 𝑃
𝑥1 . = U => 𝑥12 = U . 𝑃2
𝑃2 1

𝑃 1/2
𝑥1ℎ = (U . 𝑃2 ) que é a demanda hicksiana pelo bem 𝑥1 !
1
e)A sua Função Dispêndio
Para encontrar a Função Dispêndio, basta substituir as demandas hicksianas na restrição
orçamentária: 𝑃1 𝑥1 + 𝑃2 𝑥2 . Assim sendo, temos:
𝑃 1/2 𝑃 1/2
𝑒(𝑃, 𝑈) = 𝑃1 (U . 𝑃2 ) + 𝑃2 (U . 𝑃1 )
1 2

Podemos simplificar aplicando o expoente nos termos em parênteses e também nos


livrando da razão:
1/2 −1/2 1/2 −1/2
𝑒(𝑃, 𝑈) = 𝑃1 𝑈1/2 𝑃2 𝑃1 + 𝑃2 𝑈1/2 𝑃1 𝑃2
1/2 1/2 1/2 1/2
𝑒(𝑃, 𝑈) = 𝑈1/2 𝑃2 𝑃1 + 𝑈1/2 𝑃1 𝑃2
Uma vez que os dois termos são iguais, temos:
1/2 1/2
𝑒(𝑃, 𝑈) = 2 𝑈1/2 𝑃2 𝑃1 , que é a nossa Função Dispêndio simplificada!

f)Através do Lema de Shephard recupere as demandas hicksianas a partir da Função


Dispêndio
𝜕𝑒
Para utilizar o Lema de Shephard, é necessário aplicar 𝜕𝑃 = 𝑥𝑖ℎ
𝑖

Para encontrar a demanda hicksiana pelo bem 1, é necessário aplicar a derivada para 𝑃1 ,
logo:
1/2
𝜕𝑒 1/2 −1/2 𝑃2
= 𝑈1/2 𝑃2 𝑃1 = 𝑈1/2 1/2
𝜕𝑃1 𝑃1

𝜕𝑒 𝑃 1/2
= (U . 𝑃2 ) que é a demanda hicksiana pelo bem 1.
𝜕𝑃1 1

Para encontrar a demanda hicksiana pelo bem 2, é necessário aplicar a derivada para 𝑃2 ,
logo:
1/2
𝜕𝑒 −1/2 1/2 𝑃1
= 𝑈1/2 𝑃2 𝑃1 = 𝑈1/2 1/2
𝜕𝑃2 𝑃2

𝜕𝑒 𝑃 1/2
= (U . 𝑃1 ) que é a demanda hicksiana pelo bem 2.
𝜕𝑃2 2
g)Utilize a dualidade para a partir da Função Utilidade Indireta encontrar a Função
Dispêndio
Para utilizar a dualidade para encontrar a Função Dispêndio a partir da Função Utilidade
Indireta, basta chamar Y de 𝑒(𝑃, 𝑈) e 𝑣(𝑃, 𝑌) de U, a partir de então isola-se 𝑒(𝑃, 𝑈).
Assim, aplicando isso na Função Utilidade Indireta: 𝑣(𝑃, 𝑌) = 𝑌 2 . 4−1 . 𝑃1−1 𝑃2−1
𝑈 = 𝑒(𝑃, 𝑈)2 . 4−1 . 𝑃1−1 𝑃2−1
Isolando 𝑒(𝑃, 𝑈):
1/2 1/2
𝑒(𝑃, 𝑈)2 = 4 . U 𝑃1 𝑃2 => 𝑒(𝑃, 𝑈) = 2𝑈1/2 𝑃1 𝑃2 , que é a Função Dispêndio!

h)Utilize a dualidade para a partir da Função Dispêndio encontrar a Função Utilidade


Indireta
Para utilizar a dualidade para encontrar a Função Utilidade Indireta a partir da Função
Dispêndio, basta chamar U de 𝑣(𝑃, 𝑌) e 𝑒(𝑃, 𝑈) de Y, a partir de então isola-se 𝑣(𝑃, 𝑌).
1/2 1/2
Assim, aplicando isso na Função Dispêndio: 𝑒(𝑃, 𝑈) = 2𝑈1/2 𝑃1 𝑃2
1/2 1/2
Y = 2𝑣(𝑃, 𝑌)1/2 𝑃1 𝑃2

Isolando 𝑣(𝑃, 𝑌):


−1/2 −1/2
𝑣(𝑃, 𝑌)1/2 = Y . 2−1 𝑃1 𝑃2
Elevando ao quadrado os dois lados:
𝑣(𝑃, 𝑌) = 𝑌 2 . 4−1 . 𝑃1−1 𝑃2−1 , que é a Função Utilidade Indireta!
Questão com Função Utilidade Cobb Douglas
Um dado consumidor possui sua função utilidade dada por 𝑈(𝑥1 , 𝑥2 ) = 𝑥1𝛼 𝑥21−𝛼
A partir dessa informação, encontre:
a)As demandas marshallianas desse consumidor;
b)A sua Função Utilidade Indireta;
c)Através da Identidade de Roy recupere as demandas marshallianas a partir da Função
Utilidade Indireta;
d)As demandas hicksianas desse consumidor;
e)A sua Função Dispêndio;
f)Através do Lema de Shephard recupere as demandas hicksianas a partir da Função
Dispêndio;
g)Utilize a dualidade para a partir da Função Utilidade Indireta encontrar a Função
Dispêndio;
h)Utilize a dualidade para a partir da Função Dispêndio encontrar a Função Utilidade
Indireta;
RESOLUÇÃO
a)As demandas marshallianas desse consumidor
Uma vez que estão sendo pedidas as demandas marshallianas, então esse é um problema
de Maximização da Utilidade do consumidor. Aplicando o método de Lagrange à função
utilidade dada na questão, temos:
L(𝑥1 , 𝑥2 , λ) = 𝑥1𝛼 𝑥21−𝛼 - λ(𝑃1 𝑥1 + 𝑃2 𝑥2 − Y)
Condição de Primeira Ordem:
𝜕𝐿 α𝑥1𝛼−1 𝑥21−𝛼
= 0 => α𝑥1𝛼−1 𝑥21−𝛼 -λ𝑃1 = 0 => λ = (1)
𝜕𝑥1 𝑃1

𝜕𝐿 (1−𝛼)𝑥1𝛼 𝑥2−𝛼
= 0 => (1 − 𝛼)𝑥1𝛼 𝑥2−𝛼 -λ𝑃2 = 0 => λ = (2)
𝜕𝑥2 𝑃2

𝜕𝐿
= 0 => 𝑃1 𝑥1 + 𝑃2 𝑥2 = Y (3)
𝜕𝜆

Uma vez que λ = λ, podemos fazer (1) = (2). Isolando 𝑥1 , temos:


α𝑥1𝛼−1 𝑥21−𝛼 (1−𝛼)𝑥1𝛼 𝑥2−𝛼
=
𝑃1 𝑃2

Jogando 𝑥1 para a esquerda e tudo que não for 𝑥1 para a direita (recomendo sempre
separar os termos em grupos, grupos dos expoentes que desceram com a derivada, grupo
dos preços, grupo do Y ou U, grupo das demandas, etc):
𝑥1𝛼−1 (1−𝛼) 𝑃1 𝑥2−𝛼 (1−𝛼) 𝑃1 (1−𝛼) 𝑃1
= => 𝑥1𝛼−1−𝛼 = 𝑥2−𝛼−1+𝛼 => 𝑥1−1 = 𝑥2−1
𝑥1𝛼 𝛼 𝑃2 𝑥21−𝛼 𝛼 𝑃2 𝛼 𝑃2

Elevando os dois lados da equação por -1:


𝛼 𝑃
𝑥1 = (1−𝛼) 𝑃2 𝑥2 (4)
1

Aplicando (4) em (3):


𝛼 𝑃
𝑃1 (1−𝛼) 𝑃2 𝑥2 + 𝑃2 𝑥2 = Y
1

Cancelando 𝑃1 e colocando 𝑥2 em evidência:


2𝛼𝑃
𝑥2 [(1−𝛼) + 𝑃2 ] = Y

Encontrando o denominador comum para resolver o colchete, temos:


𝛼𝑃2 +𝑃2 −𝛼𝑃2 2𝑃
𝑥2 [ (1−𝛼)
] = Y => 𝑥2 [(1−𝛼) ]=Y

Finalmente, isolando 𝑥2 :
(1−𝛼)
𝑥2∗ = Y , que é a demanda marshalliana pelo bem 2!
𝑃2
Agora para encontrar a demanda marshalliana pelo bem 1, temos:
Uma vez que λ = λ, podemos fazer (1) = (2). Isolando 𝑥2 , temos:
α𝑥1𝛼−1 𝑥21−𝛼 (1−𝛼)𝑥1𝛼 𝑥2−𝛼
=
𝑃1 𝑃2

Jogando 𝑥2 para a esquerda e tudo que não for 𝑥2 para a direita (recomendo sempre
separar os termos em grupos, grupos dos expoentes que desceram com a derivada, grupo
dos preços, grupo do Y ou U, grupo das demandas, etc):
𝑥21−𝛼 (1−𝛼) 𝑃1 𝑥1𝛼 (1−𝛼) 𝑃1 (1−𝛼) 𝑃1
= => 𝑥21−𝛼+𝛼 = 𝑥1𝛼−𝛼+1 => 𝑥2 = 𝑥1 (5)
𝑥2−𝛼 𝛼 𝑃2 𝑥1𝛼−1 𝛼 𝑃2 𝛼 𝑃2

Aplicando (5) em (3):


(1−𝛼) 𝑃1
𝑃1 𝑥1 + 𝑃2 𝑥1 = Y
𝛼 𝑃2

Cancelando 𝑃2 e colocando 𝑥1 em evidência:


(1−𝛼)𝑃1
𝑥1 [𝑃1 + ]=Y
𝛼

Encontrando o denominador comum para resolver o colchete, temos:


𝛼𝑃1 +𝑃1 −𝛼𝑃1 𝑃
𝑥1 ( ) = Y => 𝑥1 ( 𝛼1 ) = Y
𝛼

Finalmente, isolando 𝑥1 :
𝛼
𝑥1∗ = Y𝑃 , que é a demanda marshalliana pelo bem 1!
1
b)A sua Função Utilidade Indireta
Para encontrar a Função Utilidade Indireta, basta substituir as demandas marshallianas na
Função Utilidade Direta: 𝑈(𝑥1 , 𝑥2 ) = 𝑥1𝛼 𝑥21−𝛼 . Assim sendo, temos:
𝛼 𝛼 (1−𝛼) 1−𝛼
𝑣(𝑃, 𝑌) = (Y 𝑃 ) [Y ]
1 𝑃2

Uma vez que o item seguinte pedirá para ser feita a Identidade de Roy, ou seja, será
necessário derivar essa função em relação a preços e renda, nossa vida será facilitada se
pudermos simplificar essa função. Para tanto, podemos começar aplicando o expoente
para todos os membros da equação:
𝛼𝛼 (1−𝛼)1−𝛼
𝑣(𝑃, 𝑌) = 𝑌 𝛼 𝑌1−𝛼
𝑃𝛼
1 𝑃21−𝛼

Subindo os denominadores e agrupando:


𝑣(𝑃, 𝑌) = 𝑌 𝛼 𝑌1−𝛼 𝛼 𝛼 (1 − 𝛼)1−𝛼 𝑃1−𝛼 𝑃2𝛼−1
𝑣(𝑃, 𝑌) = 𝑌𝛼 𝛼 (1 − 𝛼)1−𝛼 𝑃1−𝛼 𝑃2𝛼−1 , que é a nossa Função Utilidade Indireta!

c)Através da Identidade de Roy recupere as demandas marshallianas a partir da Função


Utilidade Indireta
𝜕𝑣
𝜕𝑃𝑖
Para utilizar a Identidade de Roy, é necessário aplicar − 𝜕𝑣 = 𝑥𝑖∗
𝜕𝑌

Assim, se quisermos encontrar a demanda marshalliana pelo bem 𝑥1 , é necessário aplicar


a derivada para 𝑃1 .
𝜕𝑣
𝜕𝑃1 −𝛼𝑌𝛼𝛼 (1−𝛼)1−𝛼 𝑃1−𝛼−1 𝑃2𝛼−1
− =-
𝜕𝑣 𝛼𝛼 (1−𝛼)1−𝛼 𝑃1−𝛼 𝑃2𝛼−1
𝜕𝑌

Podemos aplicar o sinal de negativo no numerador. Além disso, também podemos


cancelar 𝛼 𝛼 e (1 − 𝛼)1−𝛼 do numerador e denominador:
𝜕𝑣
𝜕𝑃1 𝛼𝑌𝑃1−𝛼−1 𝑃2𝛼−1
− =
𝜕𝑣 𝑃1−𝛼 𝑃2𝛼−1
𝜕𝑌

Subindo o denominador:
𝜕𝑣 𝜕𝑣
𝜕𝑃1 𝜕𝑃𝑖
− 𝜕𝑣 = 𝛼𝑌𝑃1−𝛼−1 𝑃2𝛼−1 𝑃1𝛼 𝑃21−𝛼 => − 𝜕𝑣 = 𝛼𝑌𝑃1−𝛼−1+𝛼 𝑃2𝛼−1+1−𝛼
𝜕𝑌 𝜕𝑌

𝜕𝑣
𝜕𝑃1 𝛼
− 𝜕𝑣 = Y𝑃 , que é a demanda marshalliana pelo bem 1!
1
𝜕𝑌
Fazendo o mesmo, agora para encontrar 𝑥2∗ :
𝜕𝑣
𝜕𝑃2 (𝛼−1)𝑌𝛼𝛼 (1−𝛼)1−𝛼 𝑃1−𝛼 𝑃2𝛼−1−1
− =-
𝜕𝑣 𝛼𝛼 (1−𝛼)1−𝛼 𝑃1−𝛼 𝑃2𝛼−1
𝜕𝑌

Podemos aplicar o sinal de negativo no numerador. Além disso, também podemos


cancelar 𝛼 𝛼 e (1 − 𝛼)1−𝛼 do numerador e denominador:
𝜕𝑣
𝜕𝑃2 (1−𝛼)𝑌𝑃1−𝛼 𝑃2𝛼−1−1
− =
𝜕𝑣 𝑃1−𝛼 𝑃2𝛼−1
𝜕𝑌

Subindo o denominador:
𝜕𝑣 𝜕𝑣
𝜕𝑃2 𝜕𝑃2
− 𝜕𝑣 = (1 − 𝛼)𝑌𝑃1−𝛼 𝑃2𝛼−2 𝑃1𝛼 𝑃21−𝛼 => − 𝜕𝑣 = (1 − 𝛼)𝑌𝑃1−𝛼+𝛼 𝑃2𝛼−2+1−𝛼
𝜕𝑌 𝜕𝑌

𝜕𝑣
𝜕𝑃2 (1−𝛼)
− 𝜕𝑣 =Y , que é a demanda marshalliana pelo bem 2!
𝑃2
𝜕𝑌
d)As demandas hicksianas desse consumidor
Uma vez que estão sendo pedidas as demandas hicksianas, então esse é um problema de
Minimização de Gastos do consumidor. Aplicando o método de Lagrange à função
utilidade dada na questão, temos:
L(𝑥1 , 𝑥2 , λ) = 𝑃1 𝑥1 + 𝑃2 𝑥2 - λ[𝑥1𝛼 𝑥21−𝛼 − U]
Condição de Primeira Ordem:
𝜕𝐿 𝑃
= 0 => 𝑃1 -λα𝑥1𝛼−1 𝑥21−𝛼 = 0 => λ = α𝑥 𝛼−11𝑥 1−𝛼 (1)
𝜕𝑥1 1 2

𝜕𝐿 𝑃
= 0 => 𝑃2 -λ(1 − 𝛼)𝑥1𝛼 𝑥21−𝛼−1 = 0 => λ = (1−𝛼)𝑥2𝛼𝑥 −𝛼 (2)
𝜕𝑥2 1 2

𝜕𝐿
= 0 => 𝑥1𝛼 𝑥21−𝛼 = U (3)
𝜕𝜆

Uma vez que λ = λ, podemos fazer (1) = (2). Isolando 𝑥1 , temos:


𝑃1 𝑃
= (1−𝛼)𝑥2𝛼𝑥 −𝛼
α𝑥1 𝑥21−𝛼
𝛼−1
1 2

Jogando 𝑥1 para a esquerda e tudo que não for 𝑥1 para a direita (recomendo sempre
separar os termos em grupos, grupos dos expoentes que desceram com a derivada, grupo
dos preços, grupo do Y ou U, grupo das demandas, etc):
𝑥1𝛼 𝛼 𝑃 𝑥21−𝛼 𝛼 𝑃 𝛼 𝑃
= (1−𝛼) 𝑃2 => 𝑥1𝛼−𝛼+1 = (1−𝛼) 𝑃2 𝑥21−𝛼+𝛼 => 𝑥1 = (1−𝛼) 𝑃2 𝑥2 (4)
𝑥 𝛼−1
1 1 𝑥2
−𝛼
1 1

Aplicando (4) em (3):


𝛼 𝑃2 𝛼
[(1−𝛼) 𝑥2 ] 𝑥21−𝛼 = U
𝑃1

Distribuindo o expoente em todos os termos:


𝛼𝛼 𝑃2𝛼 𝛼𝛼 𝑃2𝛼
𝑥2𝛼 𝑥21−𝛼 = U => 𝑥2 = U
(1−𝛼)𝛼 𝑃1𝛼 (1−𝛼)𝛼 𝑃1𝛼

(1−𝛼)𝛼 𝑃1𝛼 (1−𝛼) 𝑃1 𝛼


𝑥2ℎ = U ou 𝑥2ℎ = U [ ] , que é a demanda hicksiana pelo bem 2!
𝛼𝛼 𝑃2𝛼 𝛼 𝑃2

Agora para encontrar a demanda hicksiana pelo bem 1, temos:


Uma vez que λ = λ, podemos fazer (1) = (2). Isolando 𝑥2 , temos:
𝑃1 𝑃
= (1−𝛼)𝑥2𝛼𝑥 −𝛼
α𝑥1𝛼−1 𝑥21−𝛼 1 2
Jogando 𝑥2 para a esquerda e tudo que não for 𝑥2 para a direita (recomendo sempre
separar os termos em grupos, grupos dos expoentes que desceram com a derivada,
grupo dos preços, grupo do Y ou U, grupo das demandas, etc):
𝑥2−𝛼 𝛼 𝑃 𝑥1𝛼−1 𝛼 𝑃 𝛼 𝑃
= (1−𝛼) 𝑃2 => 𝑥2−𝛼−1+𝛼 = (1−𝛼) 𝑃2 𝑥1𝛼−1−𝛼 => 𝑥2−1 = (1−𝛼) 𝑃2 𝑥1−1
𝑥21−𝛼 1 𝑥1𝛼 1 1

Elevando os dois lados da equação por -1:


(1−𝛼) 𝑃1
𝑥2 = 𝑥1 (5)
𝛼 𝑃2

Aplicando (5) em (3):


(1−𝛼) 𝑃1 1−𝛼
𝑥1𝛼 [ 𝑥1 ] =U
𝛼 𝑃2

Distribuindo o expoente em todos os termos:


(1−𝛼)1−𝛼 𝑃11−𝛼 (1−𝛼)1−𝛼 𝑃11−𝛼
𝑥1𝛼 𝑥11−𝛼 = U => 𝑥1 =U
𝛼1−𝛼 𝑃21−𝛼 𝛼1−𝛼 𝑃21−𝛼

𝛼1−𝛼 𝑃 1−𝛼 𝛼 𝑃 1−𝛼


𝑥1ℎ = U (1−𝛼)1−𝛼 𝑃21−𝛼 ou 𝑥1ℎ = U [(1−𝛼) 𝑃2 ] , que é a demanda hicksiana pelo bem 1!
1 1
e)A sua Função Dispêndio
Para encontrar a Função Dispêndio, basta substituir as demandas hicksianas na restrição
orçamentária: 𝑃1 𝑥1 + 𝑃2 𝑥2 . Assim sendo, temos:
𝛼1−𝛼 𝑃 1−𝛼 (1−𝛼)𝛼 𝑃1𝛼
𝑒(𝑃, 𝑈) = 𝑃1 U (1−𝛼)1−𝛼 𝑃21−𝛼 + 𝑃2 U
1 𝛼𝛼 𝑃2𝛼

Uma vez que o item seguinte pedirá para ser feita o Lema de Shephard, ou seja, será
necessário derivar essa função em relação aos preços, nossa vida será facilitada se
pudermos simplificar essa função. Para tanto, podemos começar subindo o denominador
e agrupando:
𝑒(𝑃, 𝑈) = U 𝑃1 𝑃1𝛼−1 𝑃21−𝛼 (1 − 𝛼)𝛼−1 𝛼 1−𝛼 + U 𝑃2 𝑃2−𝛼 𝑃1𝛼 (1 − 𝛼)𝛼 𝛼 −𝛼
Somando os expoentes dos termos que possuem base comum:
𝑒(𝑃, 𝑈) = U 𝑃1𝛼 𝑃21−𝛼 (1 − 𝛼)𝛼−1 𝛼 1−𝛼 + U 𝑃1𝛼 𝑃21−𝛼 (1 − 𝛼)𝛼 𝛼 −𝛼
Colocando U, 𝑃1𝛼 e 𝑃21−𝛼 em evidência:
𝑒(𝑃, 𝑈) = U 𝑃1𝛼 𝑃21−𝛼 [(1 − 𝛼)𝛼−1 𝛼 1−𝛼 + (1 − 𝛼)𝛼 𝛼 −𝛼 ]
Uma vez que (1 − 𝛼)𝛼−1 é (1 − 𝛼)𝛼 (1 − 𝛼)−1 e 𝛼 1−𝛼 é 𝛼 𝛼 −𝛼 , temos:
𝑒(𝑃, 𝑈) = U 𝑃1𝛼 𝑃21−𝛼 [(1 − 𝛼)𝛼 (1 − 𝛼)−1 𝛼 𝛼 −𝛼 + (1 − 𝛼)𝛼 𝛼 −𝛼 ]
Colocando (1 − 𝛼)𝛼 𝛼 −𝛼 em evidência:
𝑒(𝑃, 𝑈) = U 𝑃1𝛼 𝑃21−𝛼 (1 − 𝛼)𝛼 𝛼 −𝛼 [(1 − 𝛼)−1 𝛼 + 1]
𝛼
𝑒(𝑃, 𝑈) = U 𝑃1𝛼 𝑃21−𝛼 (1 − 𝛼)𝛼 𝛼 −𝛼 [(1−𝛼) + 1]

Encontrando o denominador comum para resolver o colchete:


𝛼+1−𝛼
𝑒(𝑃, 𝑈) = U 𝑃1𝛼 𝑃21−𝛼 (1 − 𝛼)𝛼 𝛼 −𝛼 [ (1−𝛼) ]

1
𝑒(𝑃, 𝑈) = U 𝑃1𝛼 𝑃21−𝛼 (1 − 𝛼)𝛼 𝛼 −𝛼 [(1−𝛼)]

𝑒(𝑃, 𝑈) = U 𝑃1𝛼 𝑃21−𝛼 (1 − 𝛼)𝛼 𝛼 −𝛼 (1 − 𝛼)−1


𝑒(𝑃, 𝑈) = U 𝑃1𝛼 𝑃21−𝛼 (1 − 𝛼)𝛼−1 𝛼 −𝛼 , que é a nossa Função Dispêndio simplificada!
f)Através do Lema de Shephard recupere as demandas hicksianas a partir da Função
Dispêndio
𝜕𝑒
Para utilizar a Lema de Shephard, é necessário aplicar 𝜕𝑃 = 𝑥𝑖ℎ
𝑖

Assim, se quisermos encontrar a demanda hicksiana pelo bem 𝑥1 , é necessário aplicar a


derivada para 𝑃1 :
𝜕𝑒
= αU 𝑃1𝛼−1 𝑃21−𝛼 (1 − 𝛼)𝛼−1 𝛼 −𝛼
𝜕𝑃1

Agrupando os termos:
𝜕𝑒 𝜕𝑒
= U 𝑃1𝛼−1 𝑃21−𝛼 (1 − 𝛼)𝛼−1 𝛼𝛼 −𝛼 => 𝜕𝑃 = U 𝑃1𝛼−1 𝑃21−𝛼 (1 − 𝛼)𝛼−1 𝛼 1−𝛼
𝜕𝑃1 1

Organizando os termos para que fiquem elevados a 1-α:


𝜕𝑒 𝑃21−𝛼 𝛼1−𝛼
=U
𝜕𝑃1 𝑃11−𝛼 (1−𝛼)1−𝛼

𝜕𝑒 𝛼 𝑃 1−𝛼
= U [(1−𝛼) 𝑃2 ] , que é a demanda hicksiana pelo bem 1!
𝜕𝑃1 1

Fazendo o mesmo para encontrar 𝑥2ℎ :


𝜕𝑒
= (1 − 𝛼)U 𝑃1𝛼 𝑃2−𝛼 (1 − 𝛼)𝛼−1 𝛼 −𝛼
𝜕𝑃1

Agrupando os termos:
𝜕𝑒 𝜕𝑒
= U 𝑃1𝛼 𝑃2−𝛼 (1 − 𝛼)(1 − 𝛼)𝛼−1 𝛼 −𝛼 => = U 𝑃1𝛼 𝑃2−𝛼 (1 − 𝛼)𝛼 𝛼 −𝛼
𝜕𝑃1 𝜕𝑃1

Organizando os termos para que fiquem elevados a α:


𝜕𝑒 𝑃 𝛼 (1−𝛼)𝛼
= U 𝑃1𝛼
𝜕𝑃1 2 𝛼𝛼

𝜕𝑒 𝑃 (1−𝛼) 𝛼
= U [𝑃1 ] , que é a demanda hicksiana pelo bem 2!
𝜕𝑃1 2 𝛼
g)Utilize a dualidade para a partir da Função Utilidade Indireta encontrar a Função
Dispêndio
Para utilizar a dualidade para encontrar a Função Dispêndio a partir da Função Utilidade
Indireta, basta chamar Y de 𝑒(𝑃, 𝑈) e 𝑣(𝑃, 𝑌) de U, a partir de então isola-se 𝑒(𝑃, 𝑈).
Assim, aplicando isso na Função Utilidade Indireta: 𝑣(𝑃, 𝑌) = 𝑌𝛼 𝛼 (1 − 𝛼)1−𝛼 𝑃1−𝛼 𝑃2𝛼−1
U = 𝑒(𝑃, 𝑈) 𝛼 𝛼 (1 − 𝛼)1−𝛼 𝑃1−𝛼 𝑃2𝛼−1
Isolando 𝑒(𝑃, 𝑈):
𝑒(𝑃, 𝑈) = U 𝛼 −𝛼 (1 − 𝛼)𝛼−1 𝑃1𝛼 𝑃21−𝛼 , que é a Função Dispêndio!

h)Utilize a dualidade para a partir da Função Dispêndio encontrar a Função Utilidade


Indireta
Para utilizar a dualidade para encontrar a Função Utilidade Indireta a partir da Função
Dispêndio, basta chamar U de 𝑣(𝑃, 𝑌) e 𝑒(𝑃, 𝑈) de Y, a partir de então isola-se 𝑣(𝑃, 𝑌).
Assim, aplicando isso na Função Dispêndio: 𝑒(𝑃, 𝑈) = U 𝑃1𝛼 𝑃21−𝛼 (1 − 𝛼)𝛼−1 𝛼 −𝛼
Y = 𝑣(𝑃, 𝑌) 𝑃1𝛼 𝑃21−𝛼 (1 − 𝛼)𝛼−1 𝛼 −𝛼
Isolando 𝑣(𝑃, 𝑌):
𝑣(𝑃, 𝑌) = Y 𝑃1−𝛼 𝑃2𝛼−1 (1 − 𝛼)1−𝛼 𝛼 𝛼 , que é a Função Utilidade Indireta!
Questão com Função Utilidade CES
1
𝜌 𝜌
Um dado consumidor possui sua função utilidade dada por 𝑈(𝑥1 , 𝑥2 ) = (𝑥1 + 𝑥2 )𝜌

A partir dessa informação, encontre:


a)As demandas marshallianas desse consumidor;
b)A sua Função Utilidade Indireta;
c)Através da Identidade de Roy recupere as demandas marshallianas a partir da Função
Utilidade Indireta;
d)As demandas hicksianas desse consumidor;
e)A sua Função Dispêndio;
f)Através do Lema de Shephard recupere as demandas hicksianas a partir da Função
Dispêndio;
g)Utilize a dualidade para a partir da Função Utilidade Indireta encontrar a Função
Dispêndio;
h)Utilize a dualidade para a partir da Função Dispêndio encontrar a Função Utilidade
Indireta;
RESOLUÇÃO
a)As demandas marshallianas desse consumidor
Uma vez que estão sendo pedidas as demandas marshallianas, então esse é um problema
de Maximização da Utilidade do consumidor. Aplicando o método de Lagrange à função
utilidade dada na questão, temos:
1
𝜌 𝜌
L(𝑥1 , 𝑥2 , λ) = (𝑥1 + 𝑥2 )𝜌 - λ(𝑃1 𝑥1 + 𝑃2 𝑥2 − Y)

Condições de Primeira Ordem (é importante se atentar que será necessário utilizar a regra
da cadeira nas derivadas em relação a 𝑥1 e 𝑥2 ):
1 1
𝜕𝐿 1 𝜌 𝜌 −1 𝜌−1 1 𝜌 𝜌 −1 𝜌−1
= 0 => 𝜌 (𝑥1 + 𝑥2 )𝜌 .𝜌𝑥1 -λ𝑃1 = 0 => λ = 𝜌 (𝑥1 + 𝑥2 )𝜌 .𝜌𝑥1 .𝑃1−1 (1)
𝜕𝑥1
1 1
𝜕𝐿 1 𝜌 𝜌 −1 𝜌−1 1 𝜌 𝜌 −1 𝜌−1
= 0 => 𝜌 (𝑥1 + 𝑥2 )𝜌 .𝜌𝑥2 -λ𝑃2 = 0 => λ = 𝜌 (𝑥1 + 𝑥2 )𝜌 .𝜌𝑥2 .𝑃2−1 (2)
𝜕𝑥2

𝜕𝐿
= 0 => 𝑃1 𝑥1 + 𝑃2 𝑥2 = Y (3)
𝜕𝜆

Uma vez que λ = λ, podemos fazer (1) = (2). Isolando 𝑥1 , temos:


1 1
1 𝜌 𝜌 −1 𝜌−1 1 𝜌 𝜌 −1 𝜌−1
(𝑥1 + 𝑥2 )𝜌 .𝜌𝑥1 .𝑃1−1 =𝜌 (𝑥1 + 𝑥2 )𝜌 .𝜌𝑥2 .𝑃2−1
𝜌
1
1 𝜌 𝜌 −1
Aqui, podemos cortar diversos termos dos dois lados como 𝜌, 𝜌 e (𝑥1 + 𝑥2 )𝜌 :

𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝑃1


𝑥1 .𝑃1−1 =𝑥2 .𝑃2−1 => 𝑥1 =𝑥2 .𝑃
2

1
Finalmente, para isolar 𝑥1 , elevaremos os dois lados a 𝜌−1:
1
𝑃 𝜌−1
𝑥1 = 𝑥2 .(𝑃1 ) (4)
2

Aplicando (4) em (3):


1
𝑃 𝜌−1
𝑃1 𝑥2 .(𝑃1 ) +𝑃2 𝑥2 = Y
2

Colocando 𝑥2 em evidência:
𝜌
1
𝜌−1
𝑃1 𝜌−1 𝑃1
𝑥2 [𝑃1 (𝑃 ) + 𝑃2 ] = Y => 𝑥2 ( 1 + 𝑃2 ) = Y
2 𝜌−1
𝑃2
Utilizando o denominador comum das expressões de dentro do parênteses:
𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
𝑃1 +𝑃2
𝑥2 ( 1 )=Y
𝜌−1
𝑃2

1
𝜌−1
𝑃2
𝑥2∗ = Y. ( 𝜌 𝜌 ) , que é a demanda marshalliana pelo bem 𝑥2 !
𝜌−1 𝜌−1
𝑃1 +𝑃2

Uma vez que λ = λ, podemos fazer (1) = (2). Isolando 𝑥2 , temos:


1 1
1 𝜌 𝜌 −1 𝜌−1 1 𝜌 𝜌 −1 𝜌−1
(𝑥1 + 𝑥2 )𝜌 .𝜌𝑥1 .𝑃1−1 =𝜌 (𝑥1 + 𝑥2 )𝜌 .𝜌𝑥2 .𝑃2−1
𝜌
1
1 𝜌 𝜌 −1
Aqui, podemos cortar diversos termos dos dois lados como 𝜌, 𝜌 e (𝑥1 + 𝑥2 )𝜌 :

𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝑃2


𝑥1 .𝑃1−1 =𝑥2 .𝑃2−1 => 𝑥2 =𝑥2 .𝑃
1

1
Finalmente, para isolar 𝑥2 , elevaremos os dois lados a 𝜌−1:
1
𝑃 𝜌−1
𝑥2 = 𝑥1 .(𝑃2 ) (5)
1

Aplicando (5) em (3):


1
𝑃 𝜌−1
𝑃1 𝑥1 + 𝑃2 𝑥1 .(𝑃2 ) =Y
1

Colocando 𝑥1 em evidência:
𝜌
1
𝜌−1
𝑃 𝜌−1 𝑃2
𝑥1 [𝑃1 + 𝑃2 (𝑃2 ) ] = Y => 𝑥1 (𝑃1 + 1 )=Y
1 𝜌−1
𝑃1

Utilizando o denominador comum das expressões de dentro do parênteses:


𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
𝑃1 +𝑃2
𝑥1 ( 1 )=Y
𝜌−1
𝑃1

1
𝜌−1
𝑃1
𝑥1∗ = Y. ( 𝜌 𝜌 ) , que é a demanda marshalliana pelo bem 𝑥1 !
𝜌−1 𝜌−1
𝑃1 +𝑃2
b)A sua Função Utilidade Indireta
Para encontrar a Função Utilidade Indireta, basta substituir as demandas marshallianas na
1
𝜌 𝜌
Função Utilidade Direta: 𝑈(𝑥1 , 𝑥2 ) = (𝑥1 + 𝑥2 )𝜌 . Assim sendo, temos:
1
1 𝜌 1 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
𝑃1 𝑃2
𝑣(𝑃, 𝑌) = {[Y. ( 𝜌 𝜌 ) ] + [Y. ( 𝜌 𝜌 )] }
𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1
𝑃1 +𝑃2 𝑃1 +𝑃2

Uma vez que o item seguinte pedirá para ser feita a Identidade de Roy, ou seja, será
necessário derivar essa função em relação a preços e renda, nossa vida será facilitada se
pudermos simplificar essa função. Para tanto, podemos começar tirando o Y e o
numerador dessa fração do colchete:
1
𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
𝑌 𝜌 .𝑃1 𝑌 𝜌 .𝑃2
𝑣(𝑃, 𝑌) = 𝜌 𝜌 𝜌 + 𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1
(𝑃1 +𝑃2 ) (𝑃1 +𝑃2 )
[ ]
Uma vez que o denominador é o mesmo nos dois membros, nós podemos somar esses
numeradores em um único denominador comum, ou seja:
1
𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
𝑌 𝜌 .𝑃1 +𝑌 𝜌 .𝑃2
𝑣(𝑃, 𝑌) = 𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
(𝑃1 +𝑃2 )
[ ]
Colocando o Y em evidência no numerador:
1
𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
𝑌 𝜌 (𝑃1 +𝑃2 )
𝑣(𝑃, 𝑌) = 𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
(𝑃1 +𝑃2 )
[ ]
Podemos ver que o numerador e o denominador são os mesmos, a única diferença é que
o numerador está elevado a 1 e o denominador está elevado a 𝜌, uma forma mais fácil de
observar isso é subindo o denominador:
1
𝜌 𝜌 𝜌 𝜌 −𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1
𝑣(𝑃, 𝑌) = [𝑌𝜌 (𝑃1 + 𝑃2 ) (𝑃1 + 𝑃2 ) ]

Agora basta multiplicar os dois parênteses, que teremos:


1
𝜌 𝜌 1−𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
𝑣(𝑃, 𝑌) = [𝑌𝜌 (𝑃1 + 𝑃2 ) ]
1−𝜌
𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
𝑣(𝑃, 𝑌) = Y(𝑃1 + 𝑃2 ) , que é a nossa Função Utilidade Indireta simplificada!

c)Através da Identidade de Roy recupere as demandas marshallianas a partir da Função


Utilidade Indireta
𝜕𝑣
𝜕𝑃𝑖
Para utilizar a Identidade de Roy, é necessário aplicar − 𝜕𝑣 = 𝑥𝑖∗
𝜕𝑌

Assim, se quisermos encontrar a demanda marshalliana pelo bem 𝑥1 , é necessário aplicar


a derivada para 𝑃1 . É importante lembrar que a derivada em relação a preço será uma
regra da cadeia, enquanto que a derivada em relação a renda será bem simples
(basicamente nos livramos do Y).
1−𝜌
𝜌 𝜌 −1 𝜌
𝜌 −1
1−𝜌 𝜌−1 𝜌−1 𝜌 𝜌−1
𝜕𝑣 .𝑌(𝑃1 +𝑃2 ) 𝑃1
𝜌 𝜌−1
𝜕𝑃1
− 𝜕𝑣 =− 1−𝜌
𝜌 𝜌 𝜌
𝜕𝑌 𝜌−1 𝜌−1
(𝑃1 +𝑃2 )

1−𝜌
Aplicando o sinal de negativo no numerador da fração , temos:
𝜌
1−𝜌
𝜌 𝜌 −1 𝜌
𝜌 −1
𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌 𝜌−1
𝜕𝑣 .𝑌(𝑃1 +𝑃2 ) 𝑃1
𝜌 𝜌−1
𝜕𝑃1
− 𝜕𝑣 = 1−𝜌
𝜌 𝜌 𝜌
𝜕𝑌 𝜌−1 𝜌−1
(𝑃1 +𝑃2 )

𝜌−1 𝜌
Agora iremos cancelar com 𝜌−1 e resolveremos o -1 nos expoentes do numerador:
𝜌
1−2𝜌
𝜌 𝜌 𝜌 1
𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1
𝜕𝑣 𝑌(𝑃1 +𝑃2 ) 𝑃1
𝜕𝑃1
− 𝜕𝑣 = 1−𝜌
𝜌 𝜌 𝜌
𝜕𝑌 𝜌−1 𝜌−1
(𝑃1 +𝑃2 )

1
𝜌−1
Movendo 𝑃1 para perto do Y e subindo o denominador:
1−2𝜌 𝜌−1
𝜕𝑣 1 𝜌 𝜌 𝜌 𝜌 𝜌 𝜌
𝜕𝑃1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1
− 𝜕𝑣 = 𝑌𝑃1 (𝑃1 + 𝑃2 ) (𝑃1 + 𝑃2 )
𝜕𝑌

Uma vez que os conteúdos dos parênteses são iguais, podemos multiplica-los
simplesmente somando os expoentes:
1−2𝜌+𝜌−1 −𝜌
𝜕𝑣 1 𝜌 𝜌 𝜌 1 𝜌 𝜌 𝜌
𝜕𝑃1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1
− 𝜕𝑣 = 𝑌𝑃1 (𝑃1 + 𝑃2 ) => 𝑌𝑃1 (𝑃1 + 𝑃2 )
𝜕𝑌
𝜕𝑣 1 𝜌 𝜌 −1
𝜕𝑃1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1
− 𝜕𝑣 = 𝑌𝑃1 (𝑃1 + 𝑃2 )
𝜕𝑌

1
𝜕𝑣 𝜌−1
𝜕𝑃1 𝑃1
− 𝜕𝑣 = Y. ( 𝜌 𝜌 ) , que é a demanda marshalliana pelo bem 𝑥1 !
𝜕𝑌 𝜌−1 𝜌−1
𝑃1 +𝑃2

Fazendo o mesmo, agora para encontrar 𝑥2∗ :


1−𝜌
𝜌 𝜌 −1 𝜌
𝜌 −1
1−𝜌 𝜌−1 𝜌−1 𝜌 𝜌−1
𝜕𝑣 .𝑌(𝑃1 +𝑃2 ) 𝑃2
𝜌 𝜌−1
𝜕𝑃2
− 𝜕𝑣 =− 1−𝜌
𝜌 𝜌 𝜌
𝜕𝑌 𝜌−1 𝜌−1
(𝑃1 +𝑃2 )

1−𝜌
Aplicando o sinal de negativo no numerador da fração , temos:
𝜌
1−𝜌
𝜌 𝜌 −1 𝜌
𝜌 −1
𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌 𝜌−1
𝜕𝑣 .𝑌(𝑃1 +𝑃2 ) 𝑃2
𝜌 𝜌−1
𝜕𝑃2
− 𝜕𝑣 = 1−𝜌
𝜌 𝜌 𝜌
𝜕𝑌 𝜌−1 𝜌−1
(𝑃1 +𝑃2 )

𝜌−1 𝜌
Agora iremos cancelar com 𝜌−1 e resolveremos o -1 nos expoentes do numerador:
𝜌
1−2𝜌
𝜌 𝜌 𝜌 1
𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1
𝜕𝑣 𝑌(𝑃1 +𝑃2 ) 𝑃2
𝜕𝑃2
− 𝜕𝑣 = 1−𝜌
𝜌 𝜌 𝜌
𝜕𝑌 𝜌−1 𝜌−1
(𝑃1 +𝑃2 )

1
𝜌−1
Movendo 𝑃2 para perto do Y e subindo o denominador:
1−2𝜌 𝜌−1
𝜕𝑣 1 𝜌 𝜌 𝜌 𝜌 𝜌 𝜌
𝜕𝑃2 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1
− 𝜕𝑣 = 𝑌𝑃2 (𝑃1 + 𝑃2 ) (𝑃1 + 𝑃2 )
𝜕𝑌

Uma vez que os conteúdos dos parênteses são iguais, podemos multiplica-los
simplesmente somando os expoentes:
1−2𝜌+𝜌−1 −𝜌
𝜕𝑣 1 𝜌 𝜌 𝜌 1 𝜌 𝜌 𝜌
𝜕𝑃2 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1
− 𝜕𝑣 = 𝑌𝑃2 (𝑃1 + 𝑃2 ) => 𝑌𝑃2 (𝑃1 + 𝑃2 )
𝜕𝑌

𝜕𝑣 1 𝜌 𝜌 −1
𝜕𝑃2 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1
− 𝜕𝑣 = 𝑌𝑃2 (𝑃1 + 𝑃2 )
𝜕𝑌
1
𝜕𝑣 𝜌−1
𝜕𝑃2 𝑃2
− 𝜕𝑣 = Y. ( 𝜌 𝜌 ) , que é a demanda marshalliana pelo bem 𝑥2 !
𝜕𝑌 𝜌−1 𝜌−1
𝑃1 +𝑃2

d)As demandas hicksianas desse consumidor


Uma vez que estão sendo pedidas as demandas hicksianas, então esse é um problema de
Minimização de Gastos do consumidor. Aplicando o método de Lagrange à função
utilidade dada na questão, temos:
1
𝜌 𝜌
L(𝑥1 , 𝑥2 , λ) = 𝑃1 𝑥1 + 𝑃2 𝑥2 - λ[(𝑥1 + 𝑥2 )𝜌 − U]

Condições de Primeira Ordem (é importante se atentar que será necessário utilizar a regra
da cadeira nas derivadas em relação a 𝑥1 e 𝑥2 ):
1
𝜕𝐿 1 𝜌 𝜌 −1 𝜌−1 𝑃1
= 0 => 𝑃1 − 𝜆 [𝜌 (𝑥1 + 𝑥2 )𝜌 . ρ𝑥1 ] = 0 => λ = 1 (1)
𝜕𝑥1 1 𝜌 𝜌 −1 𝜌−1
[ (𝑥1 +𝑥2 )𝜌 .ρ𝑥1 ]
𝜌

1
𝜕𝐿 1 𝜌 𝜌 −1 𝜌−1 𝑃2
= 0 =>𝑃2 − 𝜆 [𝜌 (𝑥1 + 𝑥2 )𝜌 . ρ𝑥2 ] = 0 => λ = 1 (2)
𝜕𝑥2 1 𝜌 𝜌 −1 𝜌−1
[ (𝑥1 +𝑥2 )𝜌 .ρ𝑥2 ]
𝜌

1
𝜕𝐿 𝜌 𝜌
= 0 => (𝑥1 + 𝑥2 )𝜌 = U (3)
𝜕𝜆

Uma vez que λ = λ, podemos fazer (1) = (2). Isolando 𝑥1 , temos:


𝑃1 𝑃2
1 = 1
1 𝜌 𝜌 −1 𝜌−1 1 𝜌 𝜌 −1 𝜌−1
[ (𝑥1 +𝑥2 )𝜌 .ρ𝑥1 ] [ (𝑥1 +𝑥2 )𝜌 .ρ𝑥2 ]
𝜌 𝜌

1
1 𝜌 𝜌 −1
Aqui, podemos cortar diversos termos dos dois lados como 𝜌, 𝜌 e (𝑥1 + 𝑥2 )𝜌 :

𝑃1 𝑃2 𝜌−1 𝑃 𝜌−1
𝜌−1 = 𝜌−1 => 𝑥1 = 𝑃1 . 𝑥2
𝑥1 𝑥2 2

1
Para isolar 𝑥1 , elevaremos os dois lados a 𝜌−1:
1
𝑃 𝜌−1
𝑥1 = 𝑥2 .(𝑃1 ) (4)
2

Aplicando (4) em (3):


1
𝜌 𝜌
𝜌 𝑃1 𝜌−1 𝜌
[𝑥2 . (𝑃 ) + 𝑥2 ] = U
2
𝜌
Colocando 𝑥2 em evidência:
1
𝜌 𝜌
𝜌 𝑃1 𝜌−1
{𝑥2 [(𝑃 ) + 1]} = U
2

Retirando 𝑥2 das chaves e aplicando o expoente no parênteses:


1
𝜌 𝜌
𝜌−1
𝑃1
𝑥2 ( 𝜌 + 1) = U
𝜌−1
𝑃2

Resolvendo o parênteses, encontrando o denominador comum:


1 1
𝜌 𝜌 𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1
𝑃1 +𝑃2 𝑃2
𝑥2 ( 𝜌 ) = U => 𝑥2 = U.( 𝜌 𝜌 )
𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1
𝑃2 𝑃1 + 𝑃2

1
𝜌−1
𝑃2
𝑥2ℎ = U. 1 que é a demanda hicksiana pelo bem 2!
𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
(𝑃1 + 𝑃2 )

Uma vez que λ = λ, podemos fazer (1) = (2). Isolando 𝑥2 , temos:


𝑃1 𝑃2
1 = 1
1 𝜌 𝜌 −1 𝜌−1 1 𝜌 𝜌 −1 𝜌−1
[ (𝑥1 +𝑥2 )𝜌 .ρ𝑥1 ] [ (𝑥1 +𝑥2 )𝜌 .ρ𝑥2 ]
𝜌 𝜌

1
1 𝜌 𝜌 −1
Aqui, podemos cortar diversos termos dos dois lados como 𝜌, 𝜌 e (𝑥1 + 𝑥2 )𝜌 :

𝑃1 𝑃2 𝜌−1 𝑃 𝜌−1
𝜌−1 = 𝜌−1 => 𝑥2 = 𝑃2 . 𝑥1
𝑥1 𝑥2 1

1
Finalmente, para isolar 𝑥2 , elevaremos os dois lados a 𝜌−1:
1
𝑃 𝜌−1
𝑥2 = 𝑥1 .(𝑃2 ) (5)
1

Aplicando (5) em (3):


1
𝜌 𝜌
𝜌 𝜌 𝑃 𝜌−1
[𝑥1 + 𝑥1 . (𝑃2 ) ] =U
1

𝜌
Colocando 𝑥1 em evidência:
1
𝜌 𝜌
𝜌 𝑃 𝜌−1
{𝑥1 [1 + (𝑃2 ) ]} =U
1

Retirando 𝑥1 das chaves e aplicando o expoente no parênteses:


1
𝜌 𝜌
𝜌−1
𝑃2
𝑥1 ( 𝜌 + 1) = U
𝜌−1
𝑃1

Resolvendo o parênteses, encontrando o denominador comum:


1 1
𝜌 𝜌 𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1
𝑃1 +𝑃2 𝑃1
𝑥1 ( 𝜌 ) = U => 𝑥1 = U.( 𝜌 𝜌 )
𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1
𝑃1 𝑃1 + 𝑃2

1
𝜌−1
𝑃1
𝑥1ℎ = U. 1 que é a demanda hicksiana pelo bem 1!
𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
(𝑃1 + 𝑃2 )
e)A sua Função Dispêndio
Para encontrar a Função Dispêndio, basta substituir as demandas hicksianas na restrição
orçamentária: 𝑃1 𝑥1 + 𝑃2 𝑥2 . Assim sendo, temos:
1 1
𝜌−1 𝜌−1
𝑃1 𝑃2
𝑒(𝑃, 𝑈) = 𝑃1 U. 1 + 𝑃2 U. 1
𝜌 𝜌 𝜌 𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1
(𝑃1 + 𝑃2 ) (𝑃1 + 𝑃2 )

Uma vez que o item seguinte pedirá para ser feito o Lema de Shephard, ou seja, será
necessário derivar essa função em relação aos preços, nossa vida será facilitada se
pudermos simplificar essa função. Colocando U em evidência e multiplicando 𝑃1 pelo
numerador do primeiro termo e 𝑃2 pelo numerador do segundo termo, temos:

𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
𝑃1 𝑃2
𝑒(𝑃, 𝑈) = U. 1 + 1
𝜌 𝜌 𝜌 𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1
(𝑃1 + 𝑃2 ) (𝑃1 + 𝑃2 )
[ ]
Uma vez que o denominador é o mesmo nos dois membros, nós podemos somar esses
numeradores em um único denominador comum, ou seja:

𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
𝑃1 + 𝑃2
𝑒(𝑃, 𝑈) = U. 1
𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
(𝑃1 + 𝑃2 )
[ ]
Podemos ver que o numerador e o denominador são os mesmos, a única diferença é que
1
o numerador está elevado a 1 e o denominador está elevado a 𝜌, uma forma mais fácil de
observar isso é subindo o denominador:
1
𝜌 𝜌 𝜌 𝜌 −
𝜌
𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1
𝑒(𝑃, 𝑈) = U. (𝑃1 + 𝑃2 ). (𝑃1 + 𝑃2 )

𝜌−1
𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
𝑒(𝑃, 𝑈) = U. (𝑃1 + 𝑃2 ) , que é a nossa Função Dispêndio simplificada.
f)Através do Lema de Shephard recupere as demandas hicksianas a partir da Função
Dispêndio
𝜕𝑒
Para utilizar a Lema de Shephard, é necessário aplicar 𝜕𝑃 = 𝑥𝑖ℎ
𝑖

Assim, se quisermos encontrar a demanda hicksiana pelo bem 𝑥1 , é necessário aplicar a


derivada para 𝑃1 . É importante lembrar que a derivada em relação a preço será uma regra
da cadeia, assim temos que:
𝜌−1
𝜌 𝜌 −1 𝜌
𝜌 −1
𝜕𝑒 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌 𝜌−1
= U. (𝑃1 + 𝑃2 ) 𝑃
𝜕𝑃1 𝜌 𝜌−1 1

𝜌−1 𝜌
Agora iremos cancelar com 𝜌−1 e resolveremos o -1 nos expoentes:
𝜌
−1
𝜌 𝜌 𝜌 1
𝜕𝑒 𝜌−1 𝜌−1
= U.(𝑃1 + 𝑃2 ) 𝑃1𝜌−1
𝜕𝑃1

1
𝜌−1
𝜕𝑒 𝑃1
= U. 1 , que é a demanda hicksiana pelo bem 1!
𝜕𝑃1 𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
(𝑃1 + 𝑃2 )

Fazendo o mesmo para encontrar 𝑥2ℎ :


𝜌−1
𝜌 𝜌 −1 𝜌
𝜌 −1
𝜕𝑒 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1 𝜌
= U. (𝑃1 + 𝑃2 ) 𝑃 𝜌−1
𝜕𝑃2 𝜌 𝜌−1 2

𝜌−1 𝜌
Agora iremos cancelar com 𝜌−1 e resolveremos o -1 nos expoentes:
𝜌
−1
𝜌 𝜌 𝜌 1
𝜕𝑒 𝜌−1 𝜌−1 𝜌−1
= U.(𝑃1 + 𝑃2 ) 𝑃2
𝜕𝑃2

1
𝜌−1
𝜕𝑒 𝑃2
= U. 1 , que é a demanda hicksiana pelo bem 2!
𝜕𝑃2 𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
(𝑃1 + 𝑃2 )
g)Utilize a dualidade para a partir da Função Utilidade Indireta encontrar a Função
Dispêndio
Para utilizar a dualidade para encontrar a Função Dispêndio a partir da Função Utilidade
Indireta, basta chamar Y de 𝑒(𝑃, 𝑈) e 𝑣(𝑃, 𝑌) de U, a partir de então isola-se 𝑒(𝑃, 𝑈).
1−𝜌
𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
Assim, aplicando isso na Função Utilidade Indireta: 𝑣(𝑃, 𝑌) = Y(𝑃1 + 𝑃2 )

1−𝜌
𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
U = 𝑒(𝑃, 𝑈). (𝑃1 + 𝑃2 )

1−𝜌
𝜌 𝜌 −( )
𝜌
𝜌−1 𝜌−1
𝑒(𝑃, 𝑈) = U. (𝑃1 + 𝑃2 )

𝜌−1
𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
𝑒(𝑃, 𝑈) = U. (𝑃1 + 𝑃2 ) , que é a Função Dispêndio!

h)Utilize a dualidade para a partir da Função Dispêndio encontrar a Função Utilidade


Indireta
Para utilizar a dualidade para encontrar a Função Utilidade Indireta a partir da Função
Dispêndio, basta chamar U de 𝑣(𝑃, 𝑌) e 𝑒(𝑃, 𝑈) de Y, a partir de então isola-se 𝑣(𝑃, 𝑌).
𝜌−1
𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
Assim, aplicando isso na Função Dispêndio: 𝑒(𝑃, 𝑈) = U. (𝑃1 + 𝑃2 )

𝜌−1
𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
Y = 𝑣(𝑃, 𝑌). (𝑃1 + 𝑃2 )

𝜌−1
𝜌 𝜌 −( )
𝜌
𝜌−1 𝜌−1
𝑣(𝑃, 𝑌) = Y. (𝑃1 + 𝑃2 )

1−𝜌
𝜌 𝜌 𝜌
𝜌−1 𝜌−1
𝑣(𝑃, 𝑌) = Y(𝑃1 + 𝑃2 ) , que é a Função Utilidade Indireta!

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