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Economia

Módulo 8: A Economia Portuguesa na Atualidade

Nível de Vida e justiça


social em Portugal
Diogo Silva,3ºTGT
Professora: Isabel Gomes
Ano letivo: 2021/22

Índice
Índice................................................2
Introdução................3
Capítulo 1: Conceitos

Fundamentais
....................4
Capítulo 2: Nível de Vida
....................7
Subcapítulo
2.1. Taxa de Emprego
................7
Sub – Subcapítulo 2.1.1 População Ativa............................................................................ 8
Sub - Subcapítulo 2.1.2 Taxa de Emprego na Europa.......................................................... 9
Subcapítulo 2.2: Taxa de Desemprego.................................................................................. 10
Sub – Subcapítulo 2.2.1: Taxa de Desemprego na Europa................................................ 11
Subcapítulo 2.3: Nível de Escolaridade................................................................................. 12
Sub – Subcapítulo 2.3.1. Nível de Escolaridade na Europa............................................... 13
Subcapítulo 2.4: Taxa de Analfabetismo............................................................................... 16
Subcapítulo 2.5: Desigualdade e Exclusão Social.................................................................. 17
Sub - Subcapítulo 2.5.1. Distribuição do Rendimento Disponível .................................... 24
Sub - Subcapítulo 2.5.2. Pobreza Monetária..................................................................... 27

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2.5.3. Privação e Exclusão Social....................................................................................... 33


Subcapítulo 2.6: Salário Mínimo Nacional............................................................................ 36
Capítulo 3: Justiça Social........................................................................................................... 39

Introdução

No âmbito da disciplina de economia, lecionada pela professora Isabel Gomes, foi - nos
apresentada uma proposta de um trabalho, que irá servir como elemento de avaliação para o
módulo 8 de economia.

O motivo pelo qua escolhi este tema, é porque nos dias de hoje ambos temos, nível de
vida e justiça social ainda estão muito na ribalta por ainda existirem muitas disparidades na
sociedade.

Neste trabalho vamos dar uma breve definição de justiça social e nível de vida das
pessoas e vamos apresentar quadros e gráficos das desigualdades na repartição dos

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rendimentos, taxa de desemprego, população em risco de pobreza, salário mínimo nacional,


PIB per capita, que nos levará a uma breve análise de cada.

Capítulo 1: Conceitos Fundamentais

Para que possamos fazer uma leitar mais concisa e assertiva deste trabalho,
tem de se fazer uma leitura cuidada deste primeiro capítulo, onde são apresentados os
principais temas que vão ser tratados ao longo deste trabalho.

Nível de Vida: O nível de vida traduz o quanto uma pessoa se integra a padrões
socioeconómicos e culturais, int6ernacionalmente aceites, ou seja, é a habilidade que
um indivíduo possui, através do seu rendimento, um determinado conjunto de bens e
de serviços. O seu poder de compra é, portanto, determinado pela relação existente
entre o rendimento de que dispõe e o preço dos bens de consumo que podem ser
adquiridos com esse rendimento.

Justiça Social: A justiça social é um princípio fundamental de coexistência pacífica e


próspera entre as nações, para isso tem que se melhorar o nível de vida de todas as
pessoas e não só de algumas. Defendemos os princípios de justiça social quando
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promovemos a igualdade de género ou os direitos dos povos indígenas e dos


migrantes. Damos mais enfâse à justiça social quando eliminamos as barreiras que as
pessoas enfrentam, por motivos de género ou relacionados com a idade, raça, origem
étnica, religião, cultura ou deficiência.

Taxa de Emprego: Dá-se o nome de taxa de emprego à razão entre a população


ocupada e a população economicamente ativa (que está em condições de fazer parte
do mercado laboral). O índice mais habitual, porém, é a taxa de desemprego (a

quantidade de desempregados sobre a população economicamente ativa). A taxa de


emprego, por outras palavras, permite indicar qual é a percentagem de trabalhadores que têm
efetivamente emprego.

Taxa de desemprego: que define o número de pessoas desempregadas num


determinado período de tempo.

Taxa de Escolaridade: Relação percentual entre o número de alunos matriculados em


cursos de formação inicial, com idade entre 18 e 22 anos, e a população residente dos
mesmos níveis etários.

Taxa de Analfabetismo: É a percentagem de pessoas com 15 e mais anos de idade que


não sabem ler e escrever pelo menos um bilhete simples, no idioma que conhecem, na
população total residente da mesma faixa etária, em determinado espaço geográfico,
no ano considerado.

População ativa: é o conjunto de indivíduos que exerce uma profissão remunerada e


os desempregados em idade de trabalhar e que estão à procura de emprego.

PIB (Produto Interno Bruto): É composto pelo conjunto de todos os bens e serviços,
que geram valor por parte de empresas nacionais, ou estrangeiras, num determinado
país. Por regra, é calculada a produção num ano ou um trimestre.

Este indicador serve para medir a evolução económica de uma Nação e é o mais
utilizado pelos analistas e especialistas da área financeira, sendo considerado um
importante transmissor macroeconómico de uma região.

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Para o cálculo do PIB são considerados os mais variados indicadores, como o consumo
das famílias, o consumo público, o investimento e as exportações líquidas de
importações.

PIB per capita: O PIB per capita é o produto interno bruto, dividido pela quantidade de
habitantes de um país. O PIB é a soma de todos os bens de um país, e quanto maior
o PIB, mais demonstra o quanto esse país é desenvolvido, e podem ser classificados
entre países pobres, ricos ou em desenvolvimento.

Desigualdade Social: Este conceito de desigualdade social compreende diversos tipos


de desigualdades, desde desigualdade de oportunidade, até desigualdade de
escolaridade, de renda, de gênero, etc. De modo geral, a desigualdade econômica – a
mais conhecida – é intitulada de desigualdade social, dada pela distribuição desigual
de renda.

Exclusão Social: Uma pessoa é considerada socialmente excluída quando está


impedida de participar plenamente na vida económica, social e civil e/ou quando o seu
acesso a rendimento e a outros recursos (pessoais, familiares e culturais) é de tal
modo insuficiente que não lhe permite usufruir de um nível de vida considerado
aceitável pela sociedade em que vive.

Salário Mínimo: É o valor mínimo legal a pagar aos trabalhadores pela remuneração
do seu trabalho, ou seja, pelo tempo e esforços aplicados na produção dos bens ou
serviços que prestam à entidade empregadora. Muitas vezes alvo de discórdia, quer
quanto ao conceito quer quanto ao valor, surgiu com o objetivo de reduzir a pobreza e
as condições precárias na indústria transformadora.

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Capítulo 2: Nível de Vida

Subcapítulo 2.1. Taxa de Emprego

Para podermos fazer uma análise mais concisa da tabela abaixo, temos de ter
noção que a taxa de emprego permite indicar qual é a percentagem de trabalhadores que
têm efetivamente emprego.

A tabela seguinte, apresenta uma análise dos últimos três anos e esta encontra-se
organizada por géneros (masculino e feminino). Ao fazermos uma análise mais cuidada desta
tabela conseguimos perceber que o sexo masculino apresenta uma maior taxa de
empregabilidade ao contrário do sexo feminino. Contudo o sexo masculino teve algumas
oscilações nas percentagens da taxa de empregabilidade, tendo no ano de 2019 registado uma
percentagem de 58,4%, a mais elevada dos três anos.
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Já no ano de 2020 registou uma percentagem de 56,7, a mais baixa registada ao longo
dos três anos que estamos a analisar, contudo foi o ano que registou a percentagem mais
baixa em comparação com os anteriores, tendo registado um decréscimo de
aproximadamente de 2%.

No sexo feminino ao longo dos três anos abaixo salientados não foram verificadas grandes
alterações nos seus valores percentuais.

Tabela 1 – Taxa de Emprego em Portugal.

Fonte: Extraído de, https://www.pordata.pt/, consultado em abril de 2022.


Sub – Subcapítulo 2.1.1 População Ativa

Este sub – subcapítulo, tem como objetivo percebermos qual é o estado da


população ativa em Portugal na atualidade.

Entende-se por população ativa, o conjunto de indivíduos que exerce uma


profissão remunerada e os desempregados em idade de trabalhar e que estão à
procura de emprego.

No gráfico abaixo podemos verificar os valores da população ativa em Portugal,


entre anos de 2017 a 2020.

O gráfico de barras mostra-nos dois pontos relevantes que devemos analisar, a


população ativa e o desemprego, mas na análise deste gráfico vamo-nos debruçar
sobre a população ativa.

Através do gráfico de barras efetuado pelo Banco de Portugal, podemos


verificar que no ano de 2017 os valores de população ativa em Portugal são mais
baixos em comparação aos restantes anos, este ronda as 4 756.6 mil pessoas, contudo
no ano de 2020 também se verifica um decréscimo da população ativa em Portugal,
devido à situação pandémica que se instalou em Portugal e em todo o mundo.
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O ano que se encontra no auge, é o ano de 2019, pois é o que apresenta


valores mais satisfatórios para o país, este que ronda as 4 913.1 mil pessoas, contudo o
ano de 2018 manifesta valores equiparados aos do ano anterior.

Figura1: População Ativa em Portugal

Fonte: Extraído de, https://bpstat.bportugal.pt/ , consultado em abril de 2022.

Sub - Subcapítulo 2.1.2 Taxa de Emprego na Europa

De acordo com o jornal de negócios, verificou-se um no emprego no terceiro


trimestre do ano passado. Na UE, a taxa de emprego dos indivíduos com idades
compreendidas entre os 20 e os 64 anos situou-se nos 73,5% no terceiro trimestre de
2021, pois verificou-se um aumento de 0.7 pontos percentuais face ao segundo
trimestre de 2021.

No que diz respeito à chamada “folga no mercado de trabalho”- a diferença


entre o volume de trabalho desejado pelos trabalhadores e o volume real de trabalho
disponível, teve um decréscimo de 08% para 12.9%, face ao período homólogo.

Os maiores aumentos foram registados na Grécia (+1.8%), Chipre (+1.6%),


Irlanda (+1.5%) na Lituânia e na Áustria (+1.1%)

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O aumento da taxa de emprego verificou-se em 24 dos Estados - Membros da


UE, demonstrando maior estabilidade na Bulgária e na Croácia e tendo diminuído na
Finlândia (-0.2%). Já Portugal encontra-se situado na nona posição da tabela,
precedido pela Itália e sucedido pela Eslovénia.

Figura 2: Taxa de Empregabilidade na Europa

Fonte: Extraído de, https://www.jornaldenegocios.pt/, consultado em abril de 2022.


Subcapítulo 2.2: Taxa de Desemprego

Para conseguirmos fazer uma análise na integrada da tabela acima temos de ter
em consideração o conceito de taxa de desemprego que define o número de pessoas
desempregadas num determinado período de tempo.

Através da tabela acima podemos constar que a taxa de desemprego é mais alta no
sexo feminino do que no sexo masculino, mas com pouca diferença percentual.
Comparando Portugal Continental com as Regiões Autónomas da Madeira e
dos Açores podemos verificar que taxa de desemprego é muito mais elevada do que
no Continente, mas a Região Autónoma da Madeira os valores percentuais são os que

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Tabela 2: Taxa de Desemprego

Fonte: Extraído de, https://www.ine.pt/, consultado em abril de 2022.


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mais se equiparam aos do Continente e a Taxa de Desemprego na Região Autónoma


dos Açores é bastante mais elevada em comparação com a do Continente e a da
Região Autónoma da Madeira.

Sub – Subcapítulo 2.2.1: Taxa de Desemprego na Europa

Alargando a minha pesquisa, consegui analisar, que a taxa de desemprego de


Portugal em janeiro rondou os 6%, abaixo da média da União Europeia e da zona euro.
Segundo alguns artigos publicados por alguns jornais de caracter económico,
averiguei que as maiores taxas de desemprego no início deste ano (2021) eram
encontradas na Grécia (13,3%) e de Espanha (12,7%). Na UE onde se podem verificar
taxas de desemprego mais baixas são na República Checa (2,2%), na Polónia (2,8%) e
na Alemanha (3,1%).

Um dos principais fatores que influencio nas oscilações das taxas de


desemprego, foi a pandemia que se instalou no mundo, que afetou alguns grupos
sociais de maneira desproporcional e, como tal, aumentou o desemprego global e
agravou a desigualdade. Entre eles encontram-se as pessoas com trabalhos menos
protegidos e remunerados, em particular os jovens e os trabalhadores mais velhos, as
mulheres e os migrantes também são incluídos nestas preocupações. As mulheres
porque tendem a predominar nos empregos de baixos rendimentos nos setores
afetados e os imigrantes porque são mais vulneráveis devido à falta de proteção e
direitos sociais.

Subcapítulo 2.3: Nível de Escolaridade

Neste subcapítulo irei abordar um tema que é bastante relevante nos dias de
hoje, o nível de escolaridade, no caso em Portugal.

Sempre que fazemos uma análise de uma tabela temos de ter em consideração
o conceito daquilo que estamos analisar, no caso especifico a taxa de escolaridade,
que é a relação percentual entre o número de alunos matriculados em cursos de

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formação inicial, com idade entre 18 e 22 anos, e a população residente dos mesmos
níveis etários.

Na tabela a seguir, é referente ao nível de escolaridade em Portugal, esta que


se encontra organizada da seguinte forma, os indivíduos sem nível de escolaridade,
com o ensino básico, secundário e por fim o ensino superior.

Até chegar a estes resultados consegui analisar com a minha pesquisa que as
percentagens de indivíduos sem escolaridade em Portugal nos nossos antepassados,
registavam-se percentagens bastante superiores às da atualidade, contudo nos outros
níveis de ensino registavam-se valores percentuais mais baixos. Com a mudança dos
tempos estes valores acabaram por se inverter, ou seja, a percentagem de indivíduos
sem nível de escolaridade tem vindo a diminuir e os outros valores dos restantes níveis
de ensino tem vindo a aumentar.

Através da tabela abaixo podemos constar que o ano que apresenta uma
percentagem mais elevada de indivíduos sem nível de escolaridade é o ano de 2019
com uma percentagem de 6,0%, mas por outro lado podemos constar que esses
valores a longo prazo tem vindo a diminuir.

No que diz respeito ao ensino básico o segundo ciclo é o que apresenta


percentagens mais baixas, de indivíduos que o frequentam nos três anos em análise,
sendo que o ano de 2021 apresenta a percentagem mais baixa.

Contudo, podemos confirmar que existem cada vês mais jovens a ingressar no
ensino superior ao logo dos últimos três, sendo que a percentagem de indivíduos para
ingresso para o ensino superior tem tendência a subir.

Tabela 3: Nível de Escolaridade 11


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Fonte: Extraído de https://www.pordata.pt/ , consultado em abril 2022.
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Sub – Subcapítulo 2.3.1. Nível de Escolaridade na Europa

Segundo um artigo do Observador, Portugal no ano de 2020, foi considerado o


país menos educado da União Europeia. Podemos confirmar isso logo ao lermos as
linhas inicias deste artigo que nos diz que apenas 52% da população portuguesa
conclui-o o ensino secundário e/ou superior até ao ano de 2019, ou seja, encontra-se
26 pontos percentuais abaixo da média registada pela UE (78%). Contudo Portugal,
encontra-se na última posição da tabela.

Em qualquer país do mundo o que se deve dar mais importância na vida social
de um determinado país é a Educação, pois esta é uma mais-valia quer para o
individuo quer para o país. Contudo, esta pode nos trazer benefícios privados ou
individuais estes que são bastante evidentes, por norma, as pessoas mais educadas são
mais saudáveis, têm melhores salários, são menos propensas a cometer crimes e são
mais exigentes com o poder político. A Educação para além de trazer um retorno
positivo para o indivíduo, pode também trazer um retorno de grandes benefícios
públicos para a vida do país que incluem, como por exemplo, menores taxas de
abstenção nas eleições, menores gastos com o sistema judicial e criminal, menores
gastos com saúde e melhor qualidade de vida no geral.

Uma das formas mais recorrentes para medir a Educação de um determinado


país é através do nível educacional da sua população, que normalmente se encontra
organizada em três níveis: nível básico, nível secundário e nível superior.

Através dos dados fornecidos pelo Eurostat, o gráfico seguinte compara a


percentagem da população (entre os 25 e os 64 anos) de cada país da União Europeia
que terminou o ensino secundário e/ou secundário.

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Figura 3: Gráfico Nível Educacional da União Europeia 2019 (% da população)

Fonte: Extraído de https://observador.pt/, consultado em abril de 2022.


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Ao analisarmos o gráfico acima, podemos concluir que Portugal é o país menos


educado de toda a União Europeia, com a apenas 52% da população a concluir o
ensino secundário e/ou superior até 2019, encontrando-se assim cerca de 26 pontos
percentuais abaixo da média da UE (78%). Estes valores abaixo da média, pode explicar
diversos problemas no nosso país como: o baixo crescimento económico, baixa
produtividade, baixos salários, elevada abstenção eleitoral, baixa literacia digital, baixa
literacia financeira, pouca exigência com o poder político, etc. Todos estes problemas
anteriormente referidos devem-se aos diversos momentos que marcaram a história do
nosso país, como por exemplo os quarenta anos vivemos sob uma ditadura.

Para além, de Portugal se encontrar bastante atrás dos outros países da UE, é
importante referir que este tem tido uma evolução bastante positiva, como podemos
analisar no gráfico seguinte que mostra, através de dados fornecidos pelo INE, a
evolução do nível de escolaridade da população ativa portuguesa (dos 15 aos 64 anos)
entre 1998 e 2019.

Figura 4: Gráfico Nível Educacional da População Ativa em Portugal (% da população)

Fonte: Extraído de https://observador.pt/, consultado em abril de 2022.


Portugal passou de ter, em 1998, menos de 20% da população com o ensino
secundário e/ou superior para mais de 52% da população, em 2020. Uma evolução
positiva, mas ainda insuficiente para chegarmos perto da média europeia. E não se
perspetiva que Portugal consiga aproximar-se dos lugares cimeiros, porque se

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olharmos para o gráfico seguinte, que compara o nível de escolaridade da população


jovem (dos 25 aos 34 anos) entre os diversos países da EU.

Figura 5: Gráfico Nível de Escolaridade na Eu em 2019 (% da população entre 25 e os 34))

Fonte: Extraído de https://observador.pt/, consultado em abril de 2022.

Vemos que Portugal continua na cauda da Europa, só à frente de dois países,


Espanha e Malta, e a cerca de 9 pontos percentuais da média europeia. Este segmento
da população vai permanecer no mercado de trabalho durante mais 30 a 40 anos, e
cerca de 25% destes indivíduos não completou o ensino secundário, pelo que não se
projeta grandes progressões salariais e de carreira para estas pessoas, a menos que se
requalifiquem.

Subcapítulo 2.4: Taxa de Analfabetismo

No presente subcapítulo irei abordar um tema que infelizmente ainda é


bastante comum em todo o mundo, a taxa de analfabetismo esta que calcula a
percentagem de pessoas com 15 e mais anos de idade que não sabem ler e escrever
pelo menos um bilhete simples, no idioma que conhecem, na população total
residente da mesma faixa etária, em determinado espaço geográfico, no ano
considerado.

De acordo com os dados da tabela abaixo, a taxa de analfabetismo tem vindo a


descer consideravelmente desde a década de 1960. Contudo, em 1970, 25,7% da

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população portuguesa não sabia ler nem escrever. Entre as mulheres a percentagem
era ainda maior: 31% da população feminina era iletrada nesta altura.

Tendo em conta os dados mais recentes, apurados nos Censos de 2011,


apenas 5,2% da população portuguesa não sabe ler nem escrever.

Com esta análise também conseguimos concluir que a taxa de analfabetismo se


regista mais elevada no sexo masculino do que no sexo feminino, tal como podemos
confirmar na tabela, isto devia-se ao facto das mulheres terem de ficar em casa a
cuidar quer dos irmãos ou até mesmo do gado e da agricultura, daí o impedimento de
ingressar na vida de estudante.

Tabela 4: Taxa de Analfabetismo

Fonte: Extraído de https://www.pordata.pt/ , consultado em abril 2022.

Subcapítulo 2.5: Desigualdade e Exclusão Social

Neste subcapítulo vou abordar dois conceitos que são cada vês mais falados
nos dias de hoje que as desigualdades sociais e a exclusão social, estes dois conceitos
que se tem evidenciado cada vês devido à situação pandémica que estamos a
ultrapassa no país e no mundo, contudo os valores percentuais da desigualdade e
exclusão social tem vindo a aumentar devido às políticas que foram implementadas
para o combate da pandemia.

Segundo um estudo realizado pelo professor Carlos Farinha Rodrigues, do ISEG,


Universidade Lisboa, conseguimos analisar a evolução dos principais indicadores de

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desigualdade, pobreza e exclusão social recentemente divulgados pelo Instituto


Nacional de Estatística, a partir do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento
realizado em 2021, permite-nos traçar um primeiro retrato oficial de como a
pandemia, a retração da atividade económica e as políticas públicas implementadas
para a enfrentar, se refletiram nas condições de vida da população e nos seus níveis de
desigualdade e de pobreza.

Através dos dados disponibilizados podemos confirmar a informação de muitas


instituições de solidariedade social que muito constatavam, no terreno, que o ano de
2020 se caracterizou por um forte agravamento das condições sociais e um aumento
das situações de pobreza e de exclusão social.

Com o encerramento ou a redução eloquente de uma parte significativa dos


setores de atividade económica ocorrida nesse ano, é traduzido num aumento da taxa
de desemprego e uma quebra dos rendimentos de largos setores da população, logo
agravou de uma forma inequívoca as condições de vida de milhares de pessoas e não
poderia deixar de se refletir nos principais indicadores de pobreza.

Se recuarmos até ao ano de 2020, conseguimos verificar que a taxa de pobreza subiu
em média 2,2 pontos percentuais, passando de 16,2% em 2019 para 18,4%. Este agravamento
da incidência da pobreza foi o maior registado nas últimas duas décadas num único ano e
correspondeu a um acréscimo de cerca de mais 228 mil pessoas em situação de pobreza.

A intensidade da pobreza (que avalia quão pobres são os pobres) subiu cerca de 2,7
pontos percentuais, de 24,4% para 27,1%, revelando assim que, não somente aumentou de
forma significativa o número de pessoas em situação de pobreza, mas também se agravaram
as condições de vida da população em situação de pobreza.

Este agravamento foi visível em todos os grupos etários, que viram subir a sua taxa de
pobreza.

O aumento nas crianças e jovens foi, no entanto, menor do que nos indivíduos em
idade adulta. Apesar disso, as crianças e jovens permanecem como o grupo etário onde há
maior incidência da pobreza (20,4%).

A incidência da pobreza por tipo de família permite identificar os núcleos familiares


mais vulneráveis. Em 2020, as famílias com crianças registaram um agravamento da pobreza

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superior ao das famílias sem crianças (2,7 pp e 1,8 pp, respetivamente). As famílias
monoparentais e as famílias com três ou mais crianças dependentes eram as que
apresentavam taxas de pobreza mais elevadas (30,2% e 29,4%, respetivamente) apesar de este
último grupo ter registado um decréscimo da taxa de pobreza muito significativo. O maior
agravamento da incidência da pobreza ocorreu nas famílias monoparentais (+ 4,7 pp)
confirmando que estes núcleos têm um elevado nível de vulnerabilidade. Igualmente
expressivo é o aumento da taxa nas famílias com dois adultos em que pelo menos um deles
tem 65 ou mais anos (+ 3,5 pp), reafirmando o agravamento da incidência da pobreza nos
idosos.

Os desempregados são um grupo social extremamente vulnerável às situações de


pobreza. A incidência da pobreza deste grupo aumentou 5,8 pp, passando de uma taxa de
40,7% em 2019 para 46,5% em 2020. O desemprego permanece, assim, um dos principais
fatores de pobreza.

Já a proporção da população empregada em situação de pobreza aumentou de 9,6%


para 11,2%.

A existência de uma percentagem tão expressiva de indivíduos que apesar de terem


emprego não conseguem evitar a pobreza não pode deixar de constituir um dos fatores mais
preocupantes da situação social do país. A incidência da pobreza da população reformada
aumentou igualmente, passado de 15,7% em 2019 para 18,0% em 2020.

O agravamento da incidência da pobreza em 2020 repercutiu-se, ainda que com


diferentes intensidades, em todas as regiões do Continente. O Algarve registou o maior
incremento da taxa de pobreza (mais 3,9 pontos percentuais), seguido da região Centro (mais
3,3 pp) e da região Norte (mais 3,0 pp). Comportamento inverso registou-se nos Açores e na
Madeira, as regiões com maior incidência da pobreza onde se verificou um desagravamento
das respetivas taxas (menos 6,6 pp na Região Autónoma dos Açores e menos 2,1 pp na Região
Autónoma da Madeira).

A partir dos dados disponibilizados pelo INE podemos confirmar outra característica
dos efeitos socioeconómicos da atual crise provocada pela pandemia: a natureza
profundamente desigual dos seus impactos ao longo da escala de rendimentos, de
grupos profissionais e sociais.

Durante o ano de 2020, o rendimento médio por adulto equivalente subiu cerca de
3%. No entanto, este crescimento não foi homogéneo. De acordo com os dados do
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INE, o valor do percentil 10 (a fronteira que separa os rendimentos dos 10% mais
pobres das restantes famílias) diminuiu cerca de 7% evidenciando uma forte retração
do rendimento das famílias mais vulneráveis. Esta diminuição, relativa e absoluta, dos
rendimentos mais baixos não poderia deixar de se refletir num agravamento dos vários
indicadores de desigualdade. O coeficiente de Gini (O Índice de Gini, criado pelo
matemático italiano Conrado Gini, é um instrumento para medir o grau de
concentração de renda em determinado grupo. Ele aponta a diferença entre os
rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos) aumentou 1,8 pontos percentuais,
fixando-se no valor de 33.0%. Este agravamento do coeficiente de Gini constituiu
igualmente a maior variação deste indicador de desigualdade verificada num único ano
desde 2003.

O nível de desigualdade, medido pelo coeficiente de Gini, varia entre as regiões


do País.

A Região Centro com um valor de 33,3% regista a maior assimetria na


distribuição dos rendimentos. É igualmente a região onde se verificou um maior
agravamento da desigualdade (3,3 pontos percentuais) Comparativamente a 2019, a
desigualdade aumentou em todas as regiões com exceção da região autónoma dos
Açores onde se registou um desagravamento da desigualdade de 1,5 pontos
percentuais. Esta região, que em 2019 apresentava o nível mais elevado de
desigualdade regista em 2020 um coeficiente de Gini idêntico ao do conjunto do
território nacional.

Os dados agora publicados pelo INE quanto aos indicadores de privação


sofreram uma alteração face aos anos anteriores. Esta alteração, implementada pelo
sistema estatístico europeu no âmbito do sistema de monitorização social da
estratégia Europa 2030, implica que os anteriores nove indicadores de privação
material tenham sido alargados, sendo agora constituídos por treze indicadores de
privação material e social. No entanto, e de forma a assegurar a comparabilidade
destes novos indicadores, o INE recalculou as estimativas de privação material e social
desde o ano de 2016.

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Em 2021 quer o indicador de privação material e social quer o de privação


material e social severa registaram um agravamento, contrariando a tendência de
descida registada desde 2016.

A comparação dos valores de 2020 e de 2021 dos treze indicadores de privação


material e social adotados pelo sistema estatístico europeu no âmbito da estratégia
2030 permite evidenciar os itens em que a privação das famílias é mais fortemente
sentida neste período de crise económica e social. Possibilitam, igualmente, antever
em relação a alguns indicadores um desagravamento da situação de 2021
comparativamente a 2020.

Entre os indicadores que traduzem uma situação de vulnerabilidade material e


social mais elevada, em 2021, destacam-se: 37,9% dos indivíduos declaram não terem
possibilidade de substituir o mobiliário usado (38,2 em 2020); 36,6% não têm
capacidade para pagar uma semana de férias, por ano, fora de casa (38,0% em 2020);
31,1% dizem não ter capacidade para pagar de imediato uma despesa inesperada
próxima do valor da linha de pobreza (39,7% em 2020); 16,4% declaram não terem
capacidade financeira para manter a casa adequadamente aquecida (17,4% em 2021).

Saliente-se ainda que 6,9% dos inquiridos revelam ter atrasos, motivado por
dificuldades económicas, em algum dos pagamentos regulares relativos a rendas,
prestações, créditos, etc. Em 2020, este valor era de 5,4%).

As alterações ocorridas nos indicadores de privação refletem-se igualmente na


taxa de pobreza ou de exclusão social que é o indicador síntese utilizado pelo sistema
estatístico da União Europeia no âmbito da estratégia Europa 2030 para caracterizar as
famílias e as pessoas que se encontram em pelo menos uma das três situações
seguintes: em situação de pobreza monetária; em situação de privação material e
social severa; em situação de afastamento do mercado de trabalho, traduzida no facto
de, num dado agregado, os indivíduos adultos entre os 18 e os 59 anos trabalharam
em média menos de 20% do tempo de trabalho possível (baixa Intensidade laboral).

Em 2021, 2,3 milhões de pessoas (22,4% da população) encontravam-se em


situação de pobreza ou de exclusão social em Portugal. Este valor, superior ao

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Economia
Módulo 8: A Economia Portuguesa na Atualidade

verificado em 2020 (20,0%) revela que mais de um quinto da população vive em


situação de pobreza ou de exclusão social.

Também em relação a este indicador se verificam fortes assimetrias regionais:


O valor mais baixo da taxa de pobreza ou de exclusão social regista-se na região de
Lisboa (16,9%), enquanto os arquipélagos dos Açores (27,7%) e da Madeira (28,9%) são
as regiões com valores mais elevados. Apesar de todas as regiões do Continente terem
evidenciado um agravamento deste indicador em 2021 a diminuição da taxa de
pobreza ou exclusão social ocorrida nas duas regiões autónomas contribuiu para uma
diminuição das assimetrias regionais deste indicador.

Os dados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento realizado em 2021


permitem igualmente identificar alguns efeitos sociais diretamente relacionados com o
impacto da pandemia. Esses dados possibilitam uma interpretação adicional das
alterações nos indicadores de desigualdade, pobreza e exclusão social atrás referidos.

Em primeiro lugar cerca de 16,4% das famílias referiam a redução do seu


rendimento familiar nos doze meses anteriores ao inquérito. Entre estas 27,5%
associam explicitamente a redução dos seus rendimentos aos efeitos da pandemia.
Também nesta questão os efeitos desiguais da atual crise estão bem visíveis. 63% das
famílias regista que o seu rendimento não se alterou o que é facilmente compreensível
se pensarmos nos setores cujos rendimentos se mantiveram “protegidos” durante a
presente crise como os funcionários públicos, os reformados, etc. Já 20,1% das famílias
refere que o seu rendimento aumentou apesar da crise socioeconómica.

Uma questão importante passa por analisar o papel das políticas públicas na
minimização dos efeitos da crise. Os resultados mostram que 5,0% das famílias
receberam apoios monetários do Estado, no âmbito da pandemia em 2020,
relacionados com o emprego dos trabalhadores por conta de outrem, 2,9% receberam
apoios relacionados com o trabalho por conta própria e 2,4% das famílias tiveram
apoios relacionados com a família, as crianças e a habitação.

Se estes apoios não foram suficientes para impedir o expressivo aumento da


pobreza, afigura-se-nos lícito afirmar que na sua ausência o agravamento da pobreza
seria claramente superior.
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Diogo Silva, 3ºTGT
Economia
Módulo 8: A Economia Portuguesa na Atualidade

A importância das prestações sociais na redução da incidência da pobreza pode


ser observada através da comparação das “taxas de pobreza” antes e após
transferências sociais.

Em 2020, a incidência da pobreza no conjunto da população foi de 18,4%.


Mantendo-se inalterado o montante em euros que define a linha de pobreza e
subtraindo ao rendimento disponível das famílias as transferências sociais relacionadas
com a doença e incapacidade, família, desemprego e inclusão social, a incidência
passaria para 23,0%. As transferências sociais possibilitam, assim, uma redução da
incidência da pobreza em 4,6 pontos percentuais. Este efeito redutor das
transferências sociais na pobreza sofreu, no entanto, uma diminuição expressiva face
ao verificado em 2019.

Uma explicação possível para a redução da eficácia das transferências sociais na


diminuição da pobreza pode dever-se ao facto de esta crise se ter repercutido com
particular incidência em setores da economia tradicionalmente afastados do mercado
de trabalho formal, o que poderá não ter acontecido em crises anteriores.

Mas o que a pandemia veio revelar é que, quando não há uma ligação ao
mercado de trabalho formal isso significa também um afastamento dos mecanismos
tradicionais de proteção social. Apesar do alargamento dos apoios sociais para alguns
desses setores a capacidade de os envolver plenamente nos mecanismos de proteção
social foi claramente insuficiente.

Os dados agora tornados públicos pelo INE permitem traçar o legado que a
pandemia nos deixa sobre as condições de vida das famílias, os níveis de desigualdade
e de pobreza. O retrato social do ano de 2020 evidencia claramente que esta crise
acentuou muitos dos fatores tradicionais da pobreza em Portugal mas trouxe também
elementos novos que potenciam as situações de pobreza e de exclusão social.

Um outro aspeto que emerge claramente dos resultados apresentados é o de


que os efeitos desta crise foram profundamente assimétricos. A crise, nos seus aspetos
sanitários mas sobretudo nos seus efeitos socioeconómicos, foi profundamente
desigual, atingindo de forma extremamente gravosa nalguns setores da população e
tendo efeitos mais limitados noutros.
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Diogo Silva, 3ºTGT
Economia
Módulo 8: A Economia Portuguesa na Atualidade

Os expressivos agravamentos dos indicadores de desigualdade, de pobreza, de


privação e de exclusão social em 2020, evidenciam a grande fragilidade da situação
social em Portugal, com uma larga percentagem da população em situação de pobreza
ou exclusão social e com elevados níveis de desigualdade.

Essa fragilidade traduz-se claramente numa menor capacidade da nossa


economia e das políticas públicas enfrentarem de forma eficaz os efeitos sociais de
uma crise profunda como a que vivemos.

Sub - Subcapítulo 2.5.1. Distribuição do Rendimento Disponível

 Evolução Real do Rendimento Médio Disponível

No gráfico seguinte, podemos ver retratada a evolução real do rendimento


médio disponível, por adulto referente a (euros/mês) 2010-2020.

Em 2020, apesar da forte contração económica originada pela pandemia, o


rendimento médio por adulto equivalente subiu em termos reais 3,3%, passando de
1.058 euros mês para 1.093 euros. O rendimento mediano teve um comportamento
semelhante passando de 900 para 924 euros mês. Este crescimento não foi visível, em
todas as famílias. De acordo com os dados fornecidos pelo INE o valor do percentil 10
(a fronteira que separa os rendimentos dos 10% mais pobres das restantes famílias)
diminui aproximadamente 7% evidenciando uma forte retração do rendimento das
famílias mais vulneráveis.

Figura 6: Gráfico da Evolução Real do Rendimento Médio Disponível 22


Diogo Silva, 3ºTGT
Fonte: Extraído de https://portugaldesigual.ffms.pt/ , consultado em abril de 2022.
Economia
Módulo 8: A Economia Portuguesa na Atualidade

 Rendimento Mensal Equivalente na União Europeia (valores referentes a


2019)
O gráfico abaixo, apresenta o rendimento mensal equivalente na União
Europeia referente à grande maioria dos países que constituem a UE.

Em 2019, o último ano em que o Eurostat disponibiliza informação referente ao


rendimento médio de praticamente todos os países da UE, o rendimento médio
mensal por adulto equivalente das famílias portuguesas foi de 1.058 euros. Portugal
era, antes da crise económica e social provocada pela pandemia, o 17º país com
rendimento mais baixo do conjunto dos países da UE. Contudo o país que apresenta
um rendimento mais elevado antes da pandemia era o Luxemburgo (3.640,6€) e um
rendimento mais baixo é a Bulgária (403,8€).

Figura 7: Gráfico do Rendimento Mensal Equivalente na UE (valores referentes a 2019)

Fonte: Extraído de https://portugaldesigual.ffms.pt/ , consultado em abril de 2022.

 Evolução da Desigualdade (2003-2020)

Em 2020 o coeficiente de Gini sofreu um agravamento de 1,8 pontos


percentuais, fixando-se no valor de 33.0%.Como consequência dos efeitos sociais
desiguais da pandemia a tendência de descida do coeficiente de Gini iniciada em 2014
foi assim interrompida. Este agravamento do coeficiente de Gini constituiu igualmente
a maior variação deste indicador de desigualdade verificada num único ano desde
2003.

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Diogo Silva, 3ºTGT
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Módulo 8: A Economia Portuguesa na Atualidade

Figura 8: Gráfico da Evolução da Desigualdade (2003-2020)

Fonte: Extraído de https://portugaldesigual.ffms.pt/ , consultado em abril de 2022.

 Desigualdades por Regiões (Referente ao ano de 2020)

O nível de desigualdade, medido pelo coeficiente de Gini, varia entre as várias


regiões do País. A Região Centro com um valor de 33,3% é a região com maior
assimetria na distribuição dos rendimentos. Constitui igualmente a região onde se
verificou um maior agravamento da desigualdade (3,3 pontos percentuais).
Comparativamente ao ano de 2019 a desigualdade aumentou em todas as regiões com
exceção da região autónoma dos Açores onde se registou um desagravamento da
desigualdade de 1,5 pontos percentuais. Esta região autónoma, que em 2019
apresentava o nível mais elevado de desigualdade regista em 2020 um coeficiente de
Gini que é idêntico ao do conjunto do território nacional.

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Diogo Silva, 3ºTGT
Economia
Módulo 8: A Economia Portuguesa na Atualidade

Figura 9: Desigualdades por Região

Fonte: Extraído de https://portugaldesigual.ffms.pt/ , consultado em abril de 2022.

Sub - Subcapítulo 2.5.2. Pobreza Monetária

 Evolução da Pobreza Monetária (2003-2020)

Os efeitos socioeconómicos provocados pela pandemia e pela contração da


atividade económica repercutiram-se fortemente nos rendimentos dos indivíduos e
das famílias de menores rendimentos e teve um impacto expressivo na incidência da
pobreza monetária. A taxa de pobreza subiu cerca de 2,2 pontos percentuais,
passando de 16,2% em 2019 para 18,4% em 2020. Este agravamento da incidência da
pobreza foi o maior registado nas últimas duas décadas num único ano e correspondeu
a um acréscimo de cerca de mais 228 mil pessoas em situação de pobre

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Diogo Silva, 3ºTGT
Economia
Módulo 8: A Economia Portuguesa na Atualidade

Em 2020, a intensidade da pobreza (que avalia quão pobres são os pobres)


subiu cerca de 2,7 pontos percentuais, de 24,4% para 27,1%, traduzindo assim que a
situação da população igualmente se agravou face ao ano anterior.

Figura 9: Evolução da Pobreza Monetária (2003-2020)

Fonte: Extraído de https://portugaldesigual.ffms.pt/ , consultado em abril de 2022.

 Incidência da Pobreza Monetária por Regiões (2020)

O agravamento da incidência da pobreza ocorrido em Portugal em 2020


repercutiu-se, ainda que com diferentes intensidades, em todas as regiões do
Continente. O Algarve registou o maior incremento da sua taxa de pobreza (mais 3,9
pontos percentuais) seguido da região Centro (mais 3,3 p.p.) e da região Norte (mais
3,0 p.p.). Registou-se um comportamento nas regiões autónomas dos Açores e da
Madeira, as regiões com maior incidência da pobreza onde se verificou um
desagravamento das respetivas taxas de pobreza (menos 6,6 p.p. na Região Autónoma
dos Açores e menos 2,1 p.p. na Região Autónoma da Madeira). Apesar desta
diminuição da pobreza registada nas regiões autónomas é nestas duas regiões que se
continua a verificar os maiores níveis de incidência da pobreza.

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Diogo Silva, 3ºTGT
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Módulo 8: A Economia Portuguesa na Atualidade

Figura 10: Evolução da Pobreza Monetária por Regiões (2020)

Fonte: Extraído de https://portugaldesigual.ffms.pt/ , consultado em abril de 2022.

 Evolução da Percentagem de Crianças e Idosos em Situação de Pobreza.

A proporção de crianças e jovens a viver em situação de pobreza atingiu, em


2020, o valor de 20,4%, tendo-se registado um acréscimo de 1,3% pontos percentuais
face ao verificado no ano anterior. Na população idosa a incidência de pobreza
registou um acréscimo mais expressivo de 2,6 pontos percentuais, fixando-se em 2020
nos 20,1%
Ainda que o acréscimo da incidência da pobreza nestes dois grupos etários tenha
acompanhado o agravamento do aumento da taxa de pobreza do conjunto da população os
níveis de aumento da taxa de pobreza parecem apontar para um efeito menos significativo na
população jovem e um acentuar pronunciado da pobreza dos idosos. Neste último caso, e
tendo em conta a não alteração da sua principal fonte de rendimento (as pensões) uma
explicação possível é a de que o aumento do limiar de pobreza desempenhou aqui um papel
importante.

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Diogo Silva, 3ºTGT
Economia
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Figura 11: Gráfico de Evolução da Percentagem de Crianças e Idosos em Situação de Pobreza

Fonte: Extraído de https://portugaldesigual.ffms.pt/ , consultado em abril de 2022.

 Taxa de Pobreza por Grupo Etário

O agravamento da incidência da pobreza registado em 2020 refletiu-se em


todos os grupos etários que viram a sua taxa de pobreza subir. O aumento da pobreza
das crianças e jovens foi, no entanto, menor do que nos indivíduos em idade adulta.
Apesar disso as crianças e jovens permanecem como o grupo etário onde se regista
uma maior incidência da pobreza (20,4%).

 Taxa de Pobreza por Composição do Agregado Familiar (2020)


Figura 12: Taxa de Pobreza por Grupo Etário 28
Diogo Silva, 3ºTGT
Fonte: Extraído de https://portugaldesigual.ffms.pt/ , consultado em abril de 2022.
Economia
Módulo 8: A Economia Portuguesa na Atualidade

A análise da incidência da pobreza por tipo de família permite identificar os núcleos


familiares mais vulneráveis à pobreza monetária. Em 2020 as famílias com crianças registaram
um agravamento da pobreza superior ao das famílias sem crianças (2,7 pp e 1,8 pp,
respetivamente). As famílias monoparentais e as famílias com três ou mais crianças
dependentes eram as que apresentavam taxas de pobreza mais elevadas (30,2% e 29,4%,
respetivamente) apesar de este último grupo ter registado um decréscimo da sua taxa de
pobreza muito significativo. O maior agravamento da incidência da pobreza ocorreu nas
famílias monoparentais (+ 4,7 pp) confirmando o elevado nível de vulnerabilidade destas
famílias. Igualmente expressivo é o aumento da taxa de pobreza das famílias constituídas por
dois adultos em que pelo menos um deles tem 65 e mais anos (+ 3,5 pp), reafirmando o
agravamento já referido da incidência da pobreza nos idosos.

Figura 13: Famílias sem Crianças

Fonte: Extraído de https://portugaldesigual.ffms.pt/ , consultado em abril de 2022.

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Diogo Silva, 3ºTGT
Figura 13: Famílias com Filhos

Fonte: Extraído de https://portugaldesigual.ffms.pt/ , consultado em abril de 2022.


Economia
Módulo 8: A Economia Portuguesa na Atualidade

 Taxa de Pobreza Segundo a Condição Perante o Trabalho (2020)

A população em situação de desemprego é um grupo social extremamente


vulnerável às situações de pobreza. A incidência da pobreza deste grupo aumentou 5,8
pontos percentuais, passando de uma taxa de pobreza de 40,7% em 2019 para 46,5%
em 2020, reforçando a sua posição como um dos grupos com maior taxa de pobreza
entre a população portuguesa. O desemprego permanece, assim, um dos principais
fatores de pobreza.

A proporção da população empregada em situação de pobreza aumentou de


9,6% para 11,2%.

A existência de uma percentagem tão expressiva de indivíduos que apesar de


terem emprego não conseguem evitar a situação de pobreza, logo não pode deixar de
constituir um dos fatores preocupantes da situação social do país.

A incidência da população reformada aumentou igualmente.

Figura 14: Taxa de Pobreza Segundo a Condição Perante o Trabalho (2020)

Fonte: Extraído de https://portugaldesigual.ffms.pt/ , consultado em abril de 2022.

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2.5.3. Privação e Exclusão Social

 População em Situação de Pobreza e Exclusão Social

A taxa de pobreza ou de exclusão social é um indicador síntese utilizado pelo


sistema estatístico da União Europeia no âmbito da estratégia Europa 2030 para
caracterizar as famílias e as pessoas que se encontram em pelo menos uma das três
situações seguintes: em situação de pobreza monetária; em situação de privação
material e social severa; em situação de afastamento do mercado de trabalho,
traduzida no facto de, num dado agregado, os indivíduos adultos entre os 18 e os 59
anos trabalharam em média menos de 20% do tempo de trabalho possível (baixa
Intensidade laboral).

Em 2021, 2,3 milhões de pessoas (22,4% da população) encontravam-se em


situação de pobreza ou de exclusão social em Portugal. Este valor, superior ao
verificado em 2020 (20,0%) revela que mais de um quinto da população vive em
situação de pobreza ou de exclusão social.

Figura 15: População em Situação de Pobreza e Exclusão Social

Fonte: Extraído de https://portugaldesigual.ffms.pt/ , consultado em abril de 2022. 31


Diogo Silva, 3ºTGT
Figura 16: Taxa de Pobreza e Exclusão Social

Fonte: Extraído de https://portugaldesigual.ffms.pt/ , consultado em abril de 2022.


Economia
Módulo 8: A Economia Portuguesa na Atualidade

 Exclusão Social por Regiões

Em 2021, cerca de 2300 milhares de pessoas, 22,4% da população total,


encontrava-se em situação de pobreza ou de exclusão social. Mas também em relação
a este indicador se verificam fortes assimetrias regionais: O valor mais baixo da taxa de
pobreza ou de exclusão social verifica-se na região de Lisboa (16,9%) enquanto os
arquipélagos dos Açores (27,7%) e da Madeira (28,9%) são as regiões nacionais com
valores mais elevados neste indicador.

Apesar de todas as regiões do Continente terem evidenciado um agravamento


deste indicador em 2021 a diminuição da taxa de pobreza ou exclusão social ocorrida
nas duas regiões autónomas contribuiu para uma diminuição das assimetrias regionais
deste indicador

Figura 17: Exclusão Social por Regiões  T


a
Fonte: Extraído de https://portugaldesigual.ffms.pt/ , consultado em abril de 2022.
x
a de Pobreza e Exclusão Social na União Europeia (2020)

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A taxa de pobreza ou de exclusão social em Portugal (20,0%) era ligeiramente


inferior à verificada no conjunto da União Europeia (21,9%) e dois pontos percentuais
inferior à da zona euro (22,0%).

Através do gráfico seguinte, também podemos analisar que o país que regista
uma taxa de pobreza e exclusão social mais baixa é a Republica Checa (11,5%) e o país
que regista um valor mais elevado é a Roménia (35,8%)

Figura 18: Taxa de Pobreza e Exclusão Social na União Europeia

Fonte: Extraído de https://portugaldesigual.ffms.pt/ , consultado em abril de 2022.

Subcapítulo 2.6: Salário Mínimo Nacional

No final do ano de 2021, ficou aprovado em Concelho de Ministros que o


salário mínimo nacional iriai sofrer um aumento para 705€ em janeiro deste ano.
Contudo o Governo deixou claro no seu Pograma o objetivo de aprofundar, no quadra
da negociação em sede de concentração social, a atualização real do salário mínimo
nacional, de forma faseada, previsível e sustentada, para atingir os 750€ em 2023.

Independentemente da pandilha da COVID -19 ter alterado de forma significativa o


contexto económico e social, o compromisso foi mantido, contribuindo para a
recuperação dos rendimentos do trabalho e para a melhoria do poder de compra dos

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Diogo Silva, 3ºTGT
Economia
Módulo 8: A Economia Portuguesa na Atualidade

trabalhadores. Entre 2015 e 2022, o salário mínimo aumentou 39,6%, passando de 505
para 705 euros.

2.6.1. Salário Mínimo na Europa

Uma das perguntas que se coloca, e que nos dias de hoje ainda é alvo de
debate, é de existe salário mínimo na Europa em que a resposta é não, contudo à
alguns que defendem de deveria existir.

Para se ter ideia, em outubro de 2020, a Comissão Europeia apresentou uma


proposta de diretiva que será tratada pelo Conselho Europeu e pelo Parlamento da
União Europeia (UE). Essa proposta visa garantir padrões de vida para todos os
assalariados nos países da UE.

Isso porque ela irá reduzir as disparidades salariais e deve proteger os


empregadores responsáveis da concorrência desleal. No entanto, essa proposta ainda
está em discussão.

Atualmente o salário mínimo na Europa varia de acordo com o país. E, com


base em dados da Comissão Europeia, os salários mínimos entre os 27 países do bloco
têm uma grande variação entre o mais baixo (Bulgária) e o mais alto (Luxemburgo).

O valor do salário mínimo nacional básico pode ser fixado em uma taxa horária,
semanal ou mensal e é imposto por lei, muitas vezes após consulta aos parceiros
sociais ou diretamente por acordo intersectorial nacional, como é o caso da Bélgica e
da Grécia.

Além disso, o salário mínimo geralmente se aplica a todos os funcionários ou,


pelo menos, a uma grande maioria dos empregos. Alguns países têm exceções para,
por exemplo, trabalhadores mais jovens, aprendizes ou trabalhadores com deficiência,
como é o caso do Reino Unido.

Mesmo com diferentes valores, a média dos salários mínimos na Europa é de


1.007€.

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Diogo Silva, 3ºTGT
Economia
Módulo 8: A Economia Portuguesa na Atualidade

Apar do exposto, anteriormente vou apresentar um gráfico disponibilizado pelo


Eurostat, onde podemos verificar os salários mínimos da Europa em 2022 e o poder de
compra de cada país.

Figura 19: Salário Mínimo na Europa

Fonte: Extraído de https://www.eurodicas.com.br/ , consultado em abril de 2022.

Capítulo 3: Justiça Social

A justiça social é um princípio fundamental de coexistência pacífica e próspera


entre as nações, para isso tem que se melhorar o nível de vida de todas as pessoas e
não só de algumas. Defendemos os princípios de justiça social quando promovemos a
igualdade de género ou os direitos dos povos indígenas e dos migrantes. Damos mais
enfâse à justiça social quando eliminamos as barreiras que as pessoas enfrentam, por
motivos de género ou relacionados com a idade, raça, origem étnica, religião, cultura
ou deficiência.

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Diogo Silva, 3ºTGT
Economia
Módulo 8: A Economia Portuguesa na Atualidade

Este conceito começou a ter uma grande importância, a par disto foi-lhe
atribuído um dia de comemoração, este que foi proclamado pela primeira vez no ano
de 2007, na Assembleia da Nações Unidas, e foi comemorado pela primeira vez a 20 de
fevereiro de 2009, neste momento já conta com 14 anos de comemoração.

Mesmo com a criação de uma data comemorativa para promover a


conscientização da importância da igualdade entre os povos, o respeito às diversidades
culturais, a promoção do desenvolvimento social e a ideia de justiça social, na prática,
essas questões ainda não estão consolidadas. Alcançar a justiça social não é tarefa
fácil, ainda mais porque existe um certo desconhecimento em torno do tema. Muitos
ainda não sabem o que é e qual a importância desse conceito. É importante responder
essas questões, mesmo que de maneira simples, pois trata-se de um princípio
importante para coexistência pacífica entre os indivíduos e a sociedade.

Subcapítulo 3.1: Quando se Começou a Falar de Justiça Social?

A noção de justiça social como conhecemos hoje, encontrasse relacionada com


princípios morais e políticos, fundamentada nas ideias de igualdade e solidariedade,
começou a ser desenvolvida ainda no século XIX.

Nessa época, essa ideia estava associada à busca de um equilíbrio social, de


modo que todas as pessoas que constituem a sociedade tenham os mesmos direitos.
Ou seja, procurava-se concretizar a noção de que uma sociedade justa deve estar
comprometida com a garantia de direitos básicos como educação, saúde, trabalho,
acesso à justiça, etc.

Dessa forma, é fundamental criar mecanismos de proteção para amenizar as


desigualdades sociais.

Assim, a noção moderna de justiça social passou a estar associada a uma


sociedade igualitária. Era uma resposta às desigualdades sociais da sociedade
europeia, que ainda se orientava pelas ideias de diferenciação e subordinação. Isso
porque o modelo de desenvolvimento europeu estava baseado na industrialização,
que desde o início gerou desigualdades entre classes sociais.

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Diogo Silva, 3ºTGT
Economia
Módulo 8: A Economia Portuguesa na Atualidade

Com a chegada da globalização, a partir do final do século XX, uma série de


problemas sociais foram realçados. O processo de integração econômica e cultural de
diferentes nações agravou ainda mais as desigualdades sociais. A globalização é reflexo
da Terceira Revolução Industrial, que está associada ao desenvolvimento da ciência,
tecnologia e informação. O problema é que as mudanças que ocorreram com a
ascensão da tecnologia da informação vêm reduzindo o número de pessoas nas
empresas, aumentando o desemprego estrutural e a precarização das condições de
trabalho. Essa realidade tem vindo a causar uma série de problemas sociais, como a
violência urbana, a pobreza, vulnerabilidade etc.

Os problemas da desigualdade têm levado diferentes indivíduos e instituições a


pensar sobre essa questão fundamental para a sociedade. Estudos, relatórios e
pesquisas tem sido desenvolvidos com o intuito de se compreender e intervir nesse
problema através do princípio de justiça social.

Subcapítulo 3.2: Os Caminhos para a Justiça Social

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Diogo Silva, 3ºTGT

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