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Nivel de Vida e Justica Social em Portugal 11 04 2022
Nivel de Vida e Justica Social em Portugal 11 04 2022
Índice
Índice................................................2
Introdução................3
Capítulo 1: Conceitos
Fundamentais
....................4
Capítulo 2: Nível de Vida
....................7
Subcapítulo
2.1. Taxa de Emprego
................7
Sub – Subcapítulo 2.1.1 População Ativa............................................................................ 8
Sub - Subcapítulo 2.1.2 Taxa de Emprego na Europa.......................................................... 9
Subcapítulo 2.2: Taxa de Desemprego.................................................................................. 10
Sub – Subcapítulo 2.2.1: Taxa de Desemprego na Europa................................................ 11
Subcapítulo 2.3: Nível de Escolaridade................................................................................. 12
Sub – Subcapítulo 2.3.1. Nível de Escolaridade na Europa............................................... 13
Subcapítulo 2.4: Taxa de Analfabetismo............................................................................... 16
Subcapítulo 2.5: Desigualdade e Exclusão Social.................................................................. 17
Sub - Subcapítulo 2.5.1. Distribuição do Rendimento Disponível .................................... 24
Sub - Subcapítulo 2.5.2. Pobreza Monetária..................................................................... 27
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Diogo Silva, 3ºTGT
Economia
Módulo 8: A Economia Portuguesa na Atualidade
Introdução
No âmbito da disciplina de economia, lecionada pela professora Isabel Gomes, foi - nos
apresentada uma proposta de um trabalho, que irá servir como elemento de avaliação para o
módulo 8 de economia.
O motivo pelo qua escolhi este tema, é porque nos dias de hoje ambos temos, nível de
vida e justiça social ainda estão muito na ribalta por ainda existirem muitas disparidades na
sociedade.
Neste trabalho vamos dar uma breve definição de justiça social e nível de vida das
pessoas e vamos apresentar quadros e gráficos das desigualdades na repartição dos
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Diogo Silva, 3ºTGT
Economia
Módulo 8: A Economia Portuguesa na Atualidade
Para que possamos fazer uma leitar mais concisa e assertiva deste trabalho,
tem de se fazer uma leitura cuidada deste primeiro capítulo, onde são apresentados os
principais temas que vão ser tratados ao longo deste trabalho.
Nível de Vida: O nível de vida traduz o quanto uma pessoa se integra a padrões
socioeconómicos e culturais, int6ernacionalmente aceites, ou seja, é a habilidade que
um indivíduo possui, através do seu rendimento, um determinado conjunto de bens e
de serviços. O seu poder de compra é, portanto, determinado pela relação existente
entre o rendimento de que dispõe e o preço dos bens de consumo que podem ser
adquiridos com esse rendimento.
PIB (Produto Interno Bruto): É composto pelo conjunto de todos os bens e serviços,
que geram valor por parte de empresas nacionais, ou estrangeiras, num determinado
país. Por regra, é calculada a produção num ano ou um trimestre.
Este indicador serve para medir a evolução económica de uma Nação e é o mais
utilizado pelos analistas e especialistas da área financeira, sendo considerado um
importante transmissor macroeconómico de uma região.
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Economia
Módulo 8: A Economia Portuguesa na Atualidade
Para o cálculo do PIB são considerados os mais variados indicadores, como o consumo
das famílias, o consumo público, o investimento e as exportações líquidas de
importações.
PIB per capita: O PIB per capita é o produto interno bruto, dividido pela quantidade de
habitantes de um país. O PIB é a soma de todos os bens de um país, e quanto maior
o PIB, mais demonstra o quanto esse país é desenvolvido, e podem ser classificados
entre países pobres, ricos ou em desenvolvimento.
Salário Mínimo: É o valor mínimo legal a pagar aos trabalhadores pela remuneração
do seu trabalho, ou seja, pelo tempo e esforços aplicados na produção dos bens ou
serviços que prestam à entidade empregadora. Muitas vezes alvo de discórdia, quer
quanto ao conceito quer quanto ao valor, surgiu com o objetivo de reduzir a pobreza e
as condições precárias na indústria transformadora.
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Economia
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Para podermos fazer uma análise mais concisa da tabela abaixo, temos de ter
noção que a taxa de emprego permite indicar qual é a percentagem de trabalhadores que
têm efetivamente emprego.
A tabela seguinte, apresenta uma análise dos últimos três anos e esta encontra-se
organizada por géneros (masculino e feminino). Ao fazermos uma análise mais cuidada desta
tabela conseguimos perceber que o sexo masculino apresenta uma maior taxa de
empregabilidade ao contrário do sexo feminino. Contudo o sexo masculino teve algumas
oscilações nas percentagens da taxa de empregabilidade, tendo no ano de 2019 registado uma
percentagem de 58,4%, a mais elevada dos três anos.
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Já no ano de 2020 registou uma percentagem de 56,7, a mais baixa registada ao longo
dos três anos que estamos a analisar, contudo foi o ano que registou a percentagem mais
baixa em comparação com os anteriores, tendo registado um decréscimo de
aproximadamente de 2%.
No sexo feminino ao longo dos três anos abaixo salientados não foram verificadas grandes
alterações nos seus valores percentuais.
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Para conseguirmos fazer uma análise na integrada da tabela acima temos de ter
em consideração o conceito de taxa de desemprego que define o número de pessoas
desempregadas num determinado período de tempo.
Através da tabela acima podemos constar que a taxa de desemprego é mais alta no
sexo feminino do que no sexo masculino, mas com pouca diferença percentual.
Comparando Portugal Continental com as Regiões Autónomas da Madeira e
dos Açores podemos verificar que taxa de desemprego é muito mais elevada do que
no Continente, mas a Região Autónoma da Madeira os valores percentuais são os que
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Tabela 2: Taxa de Desemprego
Neste subcapítulo irei abordar um tema que é bastante relevante nos dias de
hoje, o nível de escolaridade, no caso em Portugal.
Sempre que fazemos uma análise de uma tabela temos de ter em consideração
o conceito daquilo que estamos analisar, no caso especifico a taxa de escolaridade,
que é a relação percentual entre o número de alunos matriculados em cursos de
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formação inicial, com idade entre 18 e 22 anos, e a população residente dos mesmos
níveis etários.
Até chegar a estes resultados consegui analisar com a minha pesquisa que as
percentagens de indivíduos sem escolaridade em Portugal nos nossos antepassados,
registavam-se percentagens bastante superiores às da atualidade, contudo nos outros
níveis de ensino registavam-se valores percentuais mais baixos. Com a mudança dos
tempos estes valores acabaram por se inverter, ou seja, a percentagem de indivíduos
sem nível de escolaridade tem vindo a diminuir e os outros valores dos restantes níveis
de ensino tem vindo a aumentar.
Através da tabela abaixo podemos constar que o ano que apresenta uma
percentagem mais elevada de indivíduos sem nível de escolaridade é o ano de 2019
com uma percentagem de 6,0%, mas por outro lado podemos constar que esses
valores a longo prazo tem vindo a diminuir.
Contudo, podemos confirmar que existem cada vês mais jovens a ingressar no
ensino superior ao logo dos últimos três, sendo que a percentagem de indivíduos para
ingresso para o ensino superior tem tendência a subir.
Em qualquer país do mundo o que se deve dar mais importância na vida social
de um determinado país é a Educação, pois esta é uma mais-valia quer para o
individuo quer para o país. Contudo, esta pode nos trazer benefícios privados ou
individuais estes que são bastante evidentes, por norma, as pessoas mais educadas são
mais saudáveis, têm melhores salários, são menos propensas a cometer crimes e são
mais exigentes com o poder político. A Educação para além de trazer um retorno
positivo para o indivíduo, pode também trazer um retorno de grandes benefícios
públicos para a vida do país que incluem, como por exemplo, menores taxas de
abstenção nas eleições, menores gastos com o sistema judicial e criminal, menores
gastos com saúde e melhor qualidade de vida no geral.
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Figura 3: Gráfico Nível Educacional da União Europeia 2019 (% da população)
Para além, de Portugal se encontrar bastante atrás dos outros países da UE, é
importante referir que este tem tido uma evolução bastante positiva, como podemos
analisar no gráfico seguinte que mostra, através de dados fornecidos pelo INE, a
evolução do nível de escolaridade da população ativa portuguesa (dos 15 aos 64 anos)
entre 1998 e 2019.
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população portuguesa não sabia ler nem escrever. Entre as mulheres a percentagem
era ainda maior: 31% da população feminina era iletrada nesta altura.
Neste subcapítulo vou abordar dois conceitos que são cada vês mais falados
nos dias de hoje que as desigualdades sociais e a exclusão social, estes dois conceitos
que se tem evidenciado cada vês devido à situação pandémica que estamos a
ultrapassa no país e no mundo, contudo os valores percentuais da desigualdade e
exclusão social tem vindo a aumentar devido às políticas que foram implementadas
para o combate da pandemia.
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Se recuarmos até ao ano de 2020, conseguimos verificar que a taxa de pobreza subiu
em média 2,2 pontos percentuais, passando de 16,2% em 2019 para 18,4%. Este agravamento
da incidência da pobreza foi o maior registado nas últimas duas décadas num único ano e
correspondeu a um acréscimo de cerca de mais 228 mil pessoas em situação de pobreza.
A intensidade da pobreza (que avalia quão pobres são os pobres) subiu cerca de 2,7
pontos percentuais, de 24,4% para 27,1%, revelando assim que, não somente aumentou de
forma significativa o número de pessoas em situação de pobreza, mas também se agravaram
as condições de vida da população em situação de pobreza.
Este agravamento foi visível em todos os grupos etários, que viram subir a sua taxa de
pobreza.
O aumento nas crianças e jovens foi, no entanto, menor do que nos indivíduos em
idade adulta. Apesar disso, as crianças e jovens permanecem como o grupo etário onde há
maior incidência da pobreza (20,4%).
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superior ao das famílias sem crianças (2,7 pp e 1,8 pp, respetivamente). As famílias
monoparentais e as famílias com três ou mais crianças dependentes eram as que
apresentavam taxas de pobreza mais elevadas (30,2% e 29,4%, respetivamente) apesar de este
último grupo ter registado um decréscimo da taxa de pobreza muito significativo. O maior
agravamento da incidência da pobreza ocorreu nas famílias monoparentais (+ 4,7 pp)
confirmando que estes núcleos têm um elevado nível de vulnerabilidade. Igualmente
expressivo é o aumento da taxa nas famílias com dois adultos em que pelo menos um deles
tem 65 ou mais anos (+ 3,5 pp), reafirmando o agravamento da incidência da pobreza nos
idosos.
A partir dos dados disponibilizados pelo INE podemos confirmar outra característica
dos efeitos socioeconómicos da atual crise provocada pela pandemia: a natureza
profundamente desigual dos seus impactos ao longo da escala de rendimentos, de
grupos profissionais e sociais.
Durante o ano de 2020, o rendimento médio por adulto equivalente subiu cerca de
3%. No entanto, este crescimento não foi homogéneo. De acordo com os dados do
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INE, o valor do percentil 10 (a fronteira que separa os rendimentos dos 10% mais
pobres das restantes famílias) diminuiu cerca de 7% evidenciando uma forte retração
do rendimento das famílias mais vulneráveis. Esta diminuição, relativa e absoluta, dos
rendimentos mais baixos não poderia deixar de se refletir num agravamento dos vários
indicadores de desigualdade. O coeficiente de Gini (O Índice de Gini, criado pelo
matemático italiano Conrado Gini, é um instrumento para medir o grau de
concentração de renda em determinado grupo. Ele aponta a diferença entre os
rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos) aumentou 1,8 pontos percentuais,
fixando-se no valor de 33.0%. Este agravamento do coeficiente de Gini constituiu
igualmente a maior variação deste indicador de desigualdade verificada num único ano
desde 2003.
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Saliente-se ainda que 6,9% dos inquiridos revelam ter atrasos, motivado por
dificuldades económicas, em algum dos pagamentos regulares relativos a rendas,
prestações, créditos, etc. Em 2020, este valor era de 5,4%).
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Uma questão importante passa por analisar o papel das políticas públicas na
minimização dos efeitos da crise. Os resultados mostram que 5,0% das famílias
receberam apoios monetários do Estado, no âmbito da pandemia em 2020,
relacionados com o emprego dos trabalhadores por conta de outrem, 2,9% receberam
apoios relacionados com o trabalho por conta própria e 2,4% das famílias tiveram
apoios relacionados com a família, as crianças e a habitação.
Mas o que a pandemia veio revelar é que, quando não há uma ligação ao
mercado de trabalho formal isso significa também um afastamento dos mecanismos
tradicionais de proteção social. Apesar do alargamento dos apoios sociais para alguns
desses setores a capacidade de os envolver plenamente nos mecanismos de proteção
social foi claramente insuficiente.
Os dados agora tornados públicos pelo INE permitem traçar o legado que a
pandemia nos deixa sobre as condições de vida das famílias, os níveis de desigualdade
e de pobreza. O retrato social do ano de 2020 evidencia claramente que esta crise
acentuou muitos dos fatores tradicionais da pobreza em Portugal mas trouxe também
elementos novos que potenciam as situações de pobreza e de exclusão social.
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Figura 13: Famílias com Filhos
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Através do gráfico seguinte, também podemos analisar que o país que regista
uma taxa de pobreza e exclusão social mais baixa é a Republica Checa (11,5%) e o país
que regista um valor mais elevado é a Roménia (35,8%)
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trabalhadores. Entre 2015 e 2022, o salário mínimo aumentou 39,6%, passando de 505
para 705 euros.
Uma das perguntas que se coloca, e que nos dias de hoje ainda é alvo de
debate, é de existe salário mínimo na Europa em que a resposta é não, contudo à
alguns que defendem de deveria existir.
O valor do salário mínimo nacional básico pode ser fixado em uma taxa horária,
semanal ou mensal e é imposto por lei, muitas vezes após consulta aos parceiros
sociais ou diretamente por acordo intersectorial nacional, como é o caso da Bélgica e
da Grécia.
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Este conceito começou a ter uma grande importância, a par disto foi-lhe
atribuído um dia de comemoração, este que foi proclamado pela primeira vez no ano
de 2007, na Assembleia da Nações Unidas, e foi comemorado pela primeira vez a 20 de
fevereiro de 2009, neste momento já conta com 14 anos de comemoração.
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