A experimentação animal é a utilização dos animais em experiências científicas com o objetivo de
asa desenvolver a ciência, mas de cariz invasivo. Este é um tema extremamente controverso e importante, na medida em que se discute a violação dos direitos dos animais. O utilitarismo, uma das correntes éticas mais influentes, defende que as ações devem ser julgadas com base nas consequências, buscando maximizar a felicidade e minimizar o sofrimento, ou seja, filósofos como Bentham, Peter Singer e Stuart Mill, utilitaristas, defendem que os animais têm direitos e deveres e estes só devem ser violados no caso de haver uma maximização da felicidade. Na perspetiva de Bentham, os animais têm estatuto moral, na medida em que este se avalia não pela capacidade de raciocinar, mas a de sofrer. Ele explica o seu ponto de vista através de uma analogia muito interessante: compara um recém-nascido com um coelho, e conclui que ainda que o segundo tenha maior sentido de consciência, ninguém seria capaz de pôr em causa a vida do recém-nascido. Para Bentham, os animais são todos iguais e deve-se procurar garantir o seu bem-estar. Segundo Peter, a experimentação animal só é legitima em casos que esta é utilizada para curar doenças graves, ou seja, ele defende que os interesses doas animais devem ser tidos em conta, sendo necessário haver imparcialidade por parte do homem no bem estar de todos os animais. A única forma de alcançar essa imparcialidade é apenas utilizar os animais quando há benefícios suficientemente significativos. A perspetiva utilitarista de Stuart Mill sobre a experimentação animal baseia-se na maximização da felicidade. Ele pondera os benefícios humanos da pesquisa em relação ao sofrimento dos animais, permitindo a experimentação apenas se os benefícios superarem os danos. Isso implica minimizar o sofrimento animal e justificar a necessidade genuína da pesquisa para a humanidade.