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Animais

Não-Humanos
Serão eles dignos de direitos?
Animais não-humanos são dignos de direitos?

Perspetiva Utilitarismo
Não Sim
Tradicional O estatuto moral inclui todos os
Os direitos só incluem humanos, seres, logo todos devem ter
pois estes têm estatuto moral direitos.

Especismo Não Sim


Perspetiva dos direitos
Os direitos só se aplicam aos Ser um ser vivo implica
humanos, já que estes são automaticamente ter direitos
superiores. morais.
Animais não têm estatuto moral
Os animais não se encontram ao mesmo nível que o ser-
humano, quando se trata de compreender direitos e deveres.
Desse modo, estes não têm estatuto moral, já que não o
compreendem.
Perspetiva Tradicional

Antropocentrism Moralidade e
Ética Kantiana
o Animais
Antropocentrismo
O antropocentrismo é a definição dada à consideração do ser
humano como centro do universo. De acordo com esta teoria,
tudo o que existe foi criado para satisfação da humanidade.
Assim, os animais não-humanos não possuem estatuto moral,
pois são criados para benefício do ser-humano.
Ética Kantiana
Kant é defensor de uma visão antropocêntrica. Isto é, Kant acreditava que o
princípio da moralidade se baseia na razão; respeitando imperativo categórico
que consiste em tratar os nossos semelhantes como fins e nunca como meios.
Quando o imperativo categórico é aplicado, não se inclui os animais não-
humanos, uma vez que nem sequer fazem parte do âmbito da moralidade.

Nota: Contudo, nós possuímos deveres indiretos


para com os animais. Isto significa que, maltratar
um animal implica prejudicar o seu proprietário.
Moralidade e Animais
A perspectiva de Jan Narveson baseia-se na teoria contratualista de
Thomas Hobbes. Ou seja, tem como base o acordo entre partes, o que
exclui de imediato a possibilidade de haver estatuto moral para os
animais não-humanos. Animais não-humanos não possuem a
capacidade de raciocinar um acordo baseado nos seus interesses
pessoais nem de torná-lo benéfico para ambas as partes.
Críticas à Perspetiva Tradicional

01. 02.
Os animais não-humanos não foram Os animais são excluídos da comunidade
criados apenas para benefício do ser moral por não serem capazes de
humano. compreender regras morais. Contudo, se
assim for, alguns humanos também seriam
descartados de serem merecedores de ter
estatuto social. Como os recém-nascidos,
defeicientes mentais profundos, etc.
Especismo
O termo especismo consiste em considerar a espécie humana
superior relativamente a qualquer outra espécie, ou seja, que
os fatores biológicos da espécie humana valem mais que os
fatores biológicos das outras espécies. É uma visão que se
pode comparar ao racismo ou ao sexismo.
Críticas ao Especismo
01. 02.
Ser digno de ter estatuto moral não Não é somente por sermos da espécie
consiste na nossa estrutura biológica, mas humana que somos dotados de especial
sim por outras características funcionais, caráter moral.
como a capacidade de sofrer.
Animais têm estatuto moral
É uma perspetiva apoiada pelos filósofos que não concordam com as
teorias da perspetiva tradicional nem do especismo.

Perspetiva Perspetiva dos


Utilitarista Direitos
Perspetiva Utilitarista
Esta perspetiva defende que uma ação é moralmente correta se a sua
consequência trouxer resultados mais benéficos que prejudiciais ao bem-estar
geral. Para além disso, este reside na forma de prazer e ausência de dor.

Jeremy Bentham Peter Singer


Jeremy Bentham
Jeremy Bentham defende que o que determina se um ser vivo
possui ou não estatuto social, é a sua capacidade de sentir e
perceber através dos sentidos.

“O que importa não é se os animais podem


raciocinar ou falar, mas se os animais podem
sofrer.”
Peter Singer
Peter Singer desenvolve a perspetiva defendida por Bentham. Já que para ambos,
todos os seres humanos e não humanos que são dotados com a capacidade de sentir
são dignos de estatuto moral. Desse modo, Singer diz que se todos terão de sofrer as
consequências de uma determinada ação, incluindo os animais não humanos, devem
ser considerados os seus interesses de igual forma. Deve-se considerar igualmente
todos os seres vivos que têm a capacidade de sentir dor e prazer.
Peter Singer
Desse modo, este critica práticas que implicam o sofrimento desnecessário de
animais não humanos, sendo que estes são capazes de sentir dor. Exemplo: Testar
em animais a eficácia de produtos antes que estes cheguem à mão dos seres humanos
que pode resultar em experiências muito dolorosas e até mesmo letais para os
animais não humanos.
Críticas À Perspetiva Utilitarista de Singer
01. 02.
Como sabemos que os animais sentem Por outro lado, de acordo com Raymond Frey, os
dor? animais não humanos não têm a capacidade
Segundo Peter Harrison, dado que as de distinguir os seus interesses, pois a sua
estruturas mentais dos animais não-humanos sensibilidade apenas se reserva à percepção da
são substancialmente diferentes dos nossos, dor e do prazer. Assim, estes não são capazes de
não podemos concluir que a partir desta ter desejos ou crenças.
observação do comportamento de dor que os
animais apresentam são semelhantes às dos
humanos em situações idênticas de dor.
Perspetiva dos Direitos De Tom
Regan
Ao contrário de Peter Singer, a perspetiva de Tom Regan baseia-se na deontologia da ética.
Contudo, esta perspetiva deontológica é diferente da defendida por Kant, (Kant negaria o
estatuto moral a animais não humanos) já Regan afirma que o estatuto moral é igual para
qualquer ser vivo, independentemente se ele é um animal humano ou não humano já que, de
acordo com o mesmo, ambos possuem direitos invioláveis. Direitos esses que incluem: o
direito à vida, à liberdade, e à integridade, seja ela física ou psicológica. Qualquer
sujeito que possua todos estes direitos, faz parte do critério de Regan: ser sujeito-de-uma-
vida.
O que é ser “Sujeito-de-uma-vida” para Tom
Regan?

“Ser sujeito-de-uma-vida não é apenas


viver, mas sim, ter algumas faculdades
psicológicas como recordar de memórias
passadas, ou ter desejos ou medos.”
Principais Críticas À Perspetiva dos
Direitos
01. 02.
Alguns críticos desta teoria consideram Os animais não humanos são desprovidos de
absurda a ideia de os animais poderem qualquer noção de bem ou mal. Desse modo,
usufruir dos mesmo direitos dos seres- não se podem atribuir os mesmo direitos de seres
humanos, já que tal implicaria direitos como morais (os seres humanos) que aos seres amorais
votar, mudar de cidadania ou de casa.. e sem capacidade de autonomia moral (animais
não-humanos).
Teoria Apoiada
pelo Grupo
Perspetiva utilitarista
Perspetiva do Grupo
Como dito anteriormente, a perspetiva utilitarista baseia-se em
maximizar o bem comum, sendo que as nossas ações podem
influenciar o bem-estar de qualquer animal humano e não humano
que possa sentir dor ou prazer.
Desse modo, o nosso grupo defende esta perspetiva pois esta
considera que devemos levar o interesse de qualquer animal sensível
em conta, diminuindo a sua dor e arranjando formas de aumentar a
satisfação comum. Resumindo, achamos correto adotar práticas que
busquem causar menos sofrimento a animais não humanos, como por
exemplo, o veganismo, que implica diminuir o consumo de carne
animal, evitando, desse modo, a criação intensiva e dolorosa dos
mesmos. Para além disso, também consideramos importante agir de
forma consistente com nossos valores e buscar maneiras de causar
um impacto positivo no mundo; o que apenas é possível fazer ao
recorrer à teoria de Singer. Já que ao adotarmos uma perspectiva
utilitarista, podemos criar uma sociedade mais empática e ética, que
busca o bem-estar de todos os seres que possuam a capacidade de
sentir.
Perspetiva do Grupo

Concluindo, consideramos que é importante defender a


Perspetiva Utilitarista pois ela baseia-se nas consequências das
nossas ações, ou seja, o impacto das nossas ações sobre o
mundo e as pessoas ao nosso redor. Através dela, podemos
tornar-nos mais altruístas, pensando em alternativas que possam
melhorar positivamente a posição de todos os animais
sencientes e não só do próprio ser humano. Já que os animais,
apesar de não serem capazes de distinguir os seus reais
interesses e desejos por não terem o mesmo desenvolvimento
mental que nós, humanos, ainda são capazes de distinguir entre
a sua dor e prazer. Dor essa que, mesmo diferente da nossa,
ainda é dor e sofrimento.
Fim! :)
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