- Diana Cunha, nº6, 10ºA Para a disciplina de: - Filosofia
Março de 2007 Será que os animais têm direitos?
Direitos são conjuntos de leis e disposições que abrigam uma sociedade
ou uma nação. Animal é um ser vivo capaz de se mover e dotado de sensibilidade. O meu objectivo com este ensaio é demonstrar a importância dos animais, exceptuando alguns insectos, parasitas como os piolhos e as pulgas, que estão na vida dos seres humanos e de outros seres vivos pelo lado negativo; demonstrar também que é errado tratar os seres vivos mais fracos, especialmente aqueles a quem falta a inteligência humana normal, como ferramentas, fontes renováveis, modelos para testes ou mercadorias. Ao justificar os direitos de outros animais, este ensaio fornece, razoes para negar que esses animais existem para nos servir e que ninguém tem direito de beneficiar em resultado da violação dos direitos de outro, quer esse “outro” seja um ser humano ou algum outro animal. Os animais precisam da ajuda de todas as pessoas que os respeitam. Só com a ajuda de todos se conseguirá realizar um trabalho eficaz ajudando os animais, informando e sensibilizando cidadãos e autoridades. Tudo aquilo que cada um de nós possa fazer por eles poderá ser a diferença entre a vida e a morte para muitos deles. Dado que os animais não podem lutar pelos seus direitos, teremos de ser nós a lutar por eles. Quem é contra os direitos dos animais diz que igualar os animais aos humanos é um absurdo pois estes são muito diferentes e que os animais não têm os mesmos direitos que os humanos: as galinhas não podem ter direito de votar, tão pouco podem os porcos ter direito a uma educação superior. Se ao afirmar que os animais têm direitos, estes dizem então, que os vegetais também teriam de ter, o que é absurdo pois estes possuem uma identidade psicológica unificada, e que os animais não respeitam os nossos direitos logo os humanos também não têm qualquer obrigação de respeitar os deles. Isto ainda reforça mais a minha tese porque ao dizer que os animais têm direitos não digo que, os humanos e os animais sejam iguais em todos os aspectos. Por exemplo, não digo que os cães ou os gatos possam resolver problemas matemáticos, ou que as vacas e os porcos possam apreciar um bom livro. Mas sim que, tal como os humanos, os animais são seres psicológicos e que neste sentido os humanos e os animais são análogos. Não defendo também que os animais e os humanos têm sempre os mesmos direitos, mas sim que os animais partilham um direito moral básico com os outros animais- nomeadamente o respeito. Pois, tal como os humanos os animais são seres psicológicos. Já os vegetais como as cenouras, tomates, batatas não têm nada que se assemelhe a um cérebro ou um sistema nervoso. Uma vez que estes não têm estas características, não há qualquer razão para pensar nos vegetais como seres psicológicos. É por estas razoes que se podem racionalmente defender os direitos dos animais, e negá-los aos vegetais. Existem muitas situações nas quais um indivíduo que tem direitos não é capaz de respeitar os direitos de outros. Isto é verdade para bebés, crianças pequenas, e seres humanos mentalmente debilitados ou com perturbações mentais. No caso deles nós não dizemos que é correcto tratá-los desrespeitosamente porque eles não honram os nossos direitos. Pelo contrário, nós reconhecemos que temos o dever de os tratar com respeito, apesar de eles não terem qualquer dever de nos tratar da mesma forma. Aquilo que é verdade nos casos de bebés, crianças, e dos outros humanos referidos, não é menos verdade nos casos que envolvem animais. Concluo então que os animais não têm o dever de respeitar os nossos direitos, mas isto não elimina ou diminui a nossa obrigação de respeitar os deles.