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JUL 1977 NBR 5161


Produtos laminados planos de aço para
fins elétricos - Verificação das
ABNT-Associação
Brasileira de
propriedades
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Telex: (021) 34333 ABNT - BR
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA
Método de ensaio
Origem: MB-450/1977
CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
CE-03:068.01 - Comissão de Estudo de Produtos Laminados Planos de Aço
para Fins Elétricos
NBR 5161 - Steel planes laminated products for electrical use - Verification of
properties - Method of test
Copyright © 1977, Descriptors: Steel product. Steel for electrical use
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas Esta Norma foi revalidada em MAIO 1996
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Produto de aço. Aço para fins elétricos 35 páginas
Todos os direitos reservados

1 Objetivo 3.2 Densidade de massa

Esta Norma estabelece o procedimento para a verificação Este método de ensaio indica dois procedimentos:
das propriedades dos produtos laminados planos de aço
a) procedimento do empuxo;
para fins elétricos.
b) procedimento da resistividade.
2 Documentos complementares
O desvio-padrão dos resultados de cada um dos dois
Na aplicação desta Norma é necessário consultar: procedimentos é da ordem de 0,2% a 0,3%. Em caso de
perícia, deve ser utilizado o procedimento do empuxo.
NBR 9025 - Produtos planos de aço, para fins elé-
tricos, de grão não orientado, totalmente processados 3.2.1 Amostra
- Especificação
3.2.1.1 Forma dos corpos-de-prova
NBR 9026 - Produtos planos de aço, para fins elétri-
cos, de grão não orientado, semiprocessados - Espe- Como corpos-de-prova devem ser empregadas tiras cor-
cificação tadas na direção da laminação, devido à sua espessura
mais uniforme, das chapas escolhidas para a medição.
IEC 51 - Direct acting indicating analogue electrical- Devem ser empregadas, de preferência, as tiras cortadas
measuring instruments and their accessories de acordo com 3.11.3 ou 3.13.3.

3 Procedimentos de ensaio e medição 3.2.1.2 Número de corpos-de-prova

3.1 Espessura Em cada determinação da densidade de massa devem


ser empregados no mínimo cinco corpos-de-prova.
3.1.1 Medição
3.2.2 Procedimento do empuxo
A medição deve ser feita em quatro pontos diferentes do Este procedimento é adequado somente para corpos-
produto a no mínimo 40 mm das bordas, com uma exa- de-prova sem revestimento. Os corpos-de-prova devem
tidão de 0,01 mm. ser isentos de matéria graxa e ferrugem. Por meio de
3.1.2 Resultados
uma balança hidrostática, um corpo-de-prova deve ser
pesado primeiramente emerso e depois imerso em água
Considera-se como espessura da chapa a média aritmé- de densidade de massa conhecida dw. Todas as bolhas
tica das quatro espessuras medidas. de ar devem ser removidas da superfície do corpo-de-
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prova. A densidade de massa (d) do corpo-de-prova é l = comprimento total do corpo-de-prova, em metros


dada por:
le = base de medida, ou seja, aquela parte do com-
m . dw primento da amostra na qual é medida a resis-
d= ...(1)
m - mi tência (distância entre eletrodos de potencial),
em metros
Onde:
m = massa do corpo-de-prova, em quilogramas
d = densidade de massa do corpo-de-prova, em
quilogramas por metro cúbico
Re = resistência do corpo-de-prova, em ohms
d w = densidade de massa da água, em quilogramas
por metro cúbico ρ = resistividade, em ohm metro

m = massa do corpo-de-prova emerso, em qui-


s = espessura do corpo-de-prova, em metros
logramas

m i = massa aparente do corpo-de-prova imerso em 3.2.3.3 Aparelhagem


água, em quilogramas
A aparelhagem necessária ao ensaio é a seguinte:
3.2.3 Procedimento da resistividade

a) balança que permita medir a massa (m) do corpo-


3.2.3.1 Campo de aplicação
de-prova com exatidão de 0,25%;
Este procedimento é aplicável a produtos siliciosos para
fins elétricos, com ou isentos de carepa, cuja composição b) dispositivo para medição de comprimentos, que
química satisfaça aos seguintes requisitos: permita medir as dimensões l , l e e b do corpo-
de-prova com exatidão de 0,25%;
a) teor total de silício e alumínio entre 1% e 5%;
c) dispositivo para medição de resistência, com faixa
b) teor de alumínio não superior a 0,4%; de medição de no mínimo 10-1 Ω até 10-3 Ω que
permita determinar a resistência (Re) do corpo-de-
c) teor dos demais componentes de liga não superior
prova com exatidão de 0,5%, conforme 3.3.4.
a 0,4%.

3.2.3.2 Princípios teóricos 3.2.3.4 Execução do ensaio

A densidade de massa (d) e a resistividade dos produtos Cada corpo-de-prova deve ser pesado individualmente.
siliciosos para fins elétricos abrangidas por 3.2.3.1 são Em seguida devem ser medidos:
funções dos teores de silício e de alumínio. Das equações:
a) comprimento total ( l );
ρ . le
Re = ... (2)
b. s b) base de medida ( l e );

m= l bsd ... (3) c) resistência (Re) do corpo-de-prova.

obtém-se a equação:
Calculam-se os valores médios a partir dos valores in-
dividuais medidos e substituem-se na equação (4),
Rem obtendo-se o produto dρ . No gráfico da Figura 1 obtém-
dρ = ... (4)
le . l se a densidade de massa (d) correspondente ao produto
dρ encontrado. A incerteza na determinação do produto
dρ tem pouca influência sobre o valor determinado da
Onde:
densidade de massa (d) por ser aplicável ao erro relativo
a seguinte equação aproximada:
b = largura do corpo-de-prova, em metros

d = densidade de massa do corpo-de-prova sem ∆( d ρ )


∆d
isolação e isento de carepa, em quilogramas ≅ 0,06 . ... (5)
por metro cúbico d dρ
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Figura 1 - Densidade de massa (d) em função do produto d


ρ
3.2.3.5 Resultados 3.3.3 Amostra

Considera-se como densidade de massa do produto dρ 3.3.3.1 Os corpos-de-prova devem ser constituídos de tiras
a média aritmética das densidades de massa dos cinco planas de seção transversal substancialmente uniforme.
corpos-de-prova.
3.3.3.2 Cada corpo-de-prova deve ser representativo do
3.3 Resistividade material nas condições físicas em que foi remetido, salvo
acordo diferente entre fabricante e comprador.
3.3.1 Resistividade do corpo-de-prova
3.3.3.3 O corpo-de-prova deve ter o comprimento mínimo
A resistividade de um corpo-de-prova de seção transver- de 25 cm e largura mínima de 3 cm. A largura deve ser
sal uniforme A é definida pela equação: uniforme.

3.3.3.4 A superfície do corpo-de-prova deve ser limpa


Re . A
ρ = ... (6)
antes do ensaio. Não deve apresentar defeitos visíveis.
le Óleo e graxa, quando presentes, devem ser removidos
por meio de solvente adequado. Não é necessário re-
Onde: mover o óxido superficial normal, salvo para estabelecer
contato elétrico adequado com o material do corpo-de-
ρ = resistividade do material, em ohm.metro prova.

3.3.3.5 A área da seção transversal do corpo-de-prova


Re = resistência do percurso elétrico, em ohms
deve ser determinada a partir de massa, comprimento e
A = área da seção transversal do percurso elétrico, densidade de massa, de acordo com a equação:
em metros quadrados
m
A= ... (7)
l e = comprimento do percurso elétrico, em metros l. d

Nota: O percurso elétrico é a distância entre os terminais do Onde:


circuito de tensão; a área A é dada pela equação (7) em
3.3.3.5. A = área da seção transversal, em metros quadrados

3.3.2 Aparelhagem m = massa do corpo-de-prova, em quilogramas

A aparelhagem necessária ao ensaio para a medição da l = comprimento do corpo-de-prova, em metros


resistência Re deve ser a ponte Kelvin ou potenciômetro.
O instrumento deve ser capaz de medir a resistência com d = densidade de massa do corpo-de-prova, em qui-
exatidão de 0,5%. logramas por metro cúbico
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3.3.4 Execução do ensaio Onde:

3.3.4.1 A medição da resistividade deve ser executada na


direção da laminação
ρ = resistividade, em ohm metro, a aproximada-
mente 20°C
3.3.4.2 Os terminais de tensão devem ficar entre os termi-
nais de corrente e espaçados em pelo menos 12 cm.
Esta equação é baseada na massa específica em função
A distância entre cada terminal de tensão e o terminal
do teor de silício indicada pela equação:
correspondente de corrente não deve ser inferior a 2 vezes
a largura do corpo-de-prova. A dimensão, paralela ao
comprimento do corpo-de-prova, de cada terminal de d = [7,865 - 0,065 (% Si + 1,7% A l )]. 10-3 ... (9)
tensão não deve ser superior a 0,1 vez a distância entre
os terminais de tensão. Os contatos com o corpo-de-prova Onde:
devem estar localizados em posição central relativamente
à largura deste. O contato dos terminais com o corpo-de-
d = densidade de massa, em quilogramas por me-
prova deve ser perfeito. Durante o ensaio a temperatura
tro cúbico
do corpo-de-prova deve se situar entre 18°C e 28°C.
3.3.5 Resultados A equação é baseada também na linha média traçada
3.3.5.1 A resistividade deve ser calculada pela equa- através de muitos pontos de ensaio obtidos com produ-
tos siliciosos para fins elétricos de diferentes teores de
ção (6).
silício. Ensaios individuais podem apresentar desvios da
3.3.5.2 O desvio-padrão dos resultados é da ordem de linha média, a qual é dada para fins de uso geral e orienta-
1% a 2%. ção. O intercepto 13,25 para 0% de silício não se aplica
usualmente a aços com teores de silício inferiores a
Nota: O gráfico da Figura 2 mostra a resistividade de produtos
0,15%. Quando decresce o teor de metalóides, inclusive
siliciosos em função do teor de silício. A equação para o
silício, decresce também o intercepto, aproximando-se o
traçado do gráfico nesta figura é:
seu valor de 10,7.
ρ = [13,25 + (11,3 x teor de silício em %)]. 10-8 ... (8)

Figura 2 - Resistividade em função do teor de silício


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3.4 Coeficiente de resistência de isolamento superficial Entretanto, este ensaio proporciona um índice útil da
qualidade da isolação superficial. Para avaliar-se a qua-
3.4.1 Generalidades
lidade da isolação de uma única superfície, dez leituras
de Im são feitas e os valores medidos aplicados à equação:

O objetivo deste Capítulo é definir um método de medida


para a determinação do coeficiente de resistência de iso-
   
lamento superficial de produtos laminados para fins elé-    
tricos. Este método é aplicável a todos os produtos iso-    
lados e é particularmente adequado para o controle de C= Ac
 Um -
Rs 
= 645
 0,5 -

0,5 Ω mm
2
 Im 10   Im  ... (10)
fabricação, na aplicação de revestimentos isolantes.  10∑
i   10∑
i 
A natureza do dispositivo de ensaio e do corpo-de-prova  i = 1 10   i = 1 10 
   
é tal que medidas sucessivas efetuadas no mesmo corpo-
de-prova freqüentemente fornecem valores diferentes de
resistência. Por este motivo, um único ensaio não é signi- Onde:
ficativo. Além do mais, ensaios sucessivos no mesmo
corpo-de-prova efetuados em áreas adjacentes freqüen- U m = tensão de medida de 0,5 V
temente fornecem valores diferentes de corrente, o que
torna essencial um número adequado de ensaios. Para R s = resistor de 5 Ω em série com cada contato
resultados mais representativo devem ser recolhidas
amostras de toda a largura da chapa. Se ambas as su- A c = área total dos dez contatos: 645 mm2
perfícies do produto forem revestidas, não se deve utilizar
o mesmo corpo-de-prova para ensaiar as duas super- C = coeficiente de resistência de isolamento super-
fícies. ficial, em ohms.milímetros quadrados

Nota: Deve ser ressaltado que haverá considerável aumento no Para obter-se um resultado composto, representativo de
coeficiente de resistência de isolamento superficial, se os 10 I
m
corpos-de-prova forem recozidos ou isolados, ou ambos,
ambas as superfícies do produto, o valor de i =∑ 1 i é
10
depois de cortados ou estampados. calculado a partir de cinco medidas de Im em cada super-
fície.
3.4.2 Princípio de medição
3.4.3 Aparelhagem
Dez contatos metálicos de área determinada são aplica-
dos sobre a superfície revestida do corpo-de-prova sob A aparelhagem necessária ao ensaio é a descrita em
condições especificadas de tensão e pressão. Um resistor 3.4.3.1 a 3.4.3.6.
de 5 Ω é ligado em série com cada contato. A medida da
eficácia da isolação superficial em limitar a circulação de 3.4.3.1 Fonte de alimentação
corrente através da superfície é proporcionada pela soma
das correntes dos dez contatos, como mostrado na Figu- O circuito de medida pode ser alimentado por baterias ou
ra 3. Esta corrente é definida como Im. Como o caminho por uma fonte de tensão contínua capaz de assegurar
da corrente é entre os contatos e o substrato metálico, uma tensão de 0,5 V ± 0,5% para correntes variando de
esta não é uma medida real do isolamento interlaminar. 0 A a 1,0 A.

Figura 3 - Ligações elétricas e disposição dos contatos e resistores


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3.4.3.2 Conjunto de contato 3.4.6 Resultados

O corpo-de-prova é comprimido entre uma placa e o con- O coeficiente de resistência do isolamento superficial é
junto de contato. O conjunto de contato consiste em dez calculado de acordo com a equação (10). Este valor ca-
hastes metálicas, montadas verticalmente em um suporte, racteriza a qualidade do revestimento.
e que se movem axialmente sob ação de molas. Estas
dez hastes de contato são normalmente dispostas em 3.5 Fator de empilhamento
duas fileiras paralelas de cinco contatos. Entretanto, por
conveniência, os dez contatos podem ser dispostos em 3.5.1 Amostra
uma só fileira. Cada haste é equipada com uma base de
contato de bronze (ou outro metal adequado como por Deve ser retirado um total de 100 tiras. Cada tira deve ter
exemplo, aço inoxidável) e deve ser isolada eletricamente largura de no mínimo 20 mm e área de no mínimo
do suporte. A área total do contato das dez bases deve 50 cm2. As dimensões devem ser medidas com exatidão
ser de 645 mm2, todas as bases tendo idênticas áreas de de ± 0,1 mm. As rebarbas das tiras devem ser cuidado-
contato. O contato elétrico com o substrato metálico do samente removidas.
corpo-de-prova deve ser feito através de duas brocas
helicoidais (que perfuram o revestimento isolante) sob 3.5.2 Ensaio
pressão de molas, com cerca de 3 mm de diâmetro.
As tiras devem ser empilhadas corretamente entre duas
3.4.3.3 Resistor de 5 Ω placas de uma prensa e submetidas a pressão de
10 MPa. As placas devem ser de dimensões suficientes
Cada base de contato é ligada em série com um resistor para cobrir inteiramente as tiras. Sob esta pressão, me-
de 5 Ω ± 1%. Os dez contatos, com seus respectivos re- de-se, com exatidão de 0,1 mm, a distância entre as placas
sistores, devem ser ligados em paralelo como mostrado próximas às quatro arestas da pilha, ou, se isso não for
na Figura 3. possível, próximo ao meio das faces menores.

3.4.3.4 Medição de tensão 3.5.3 Resultado

A tensão é medida por um voltímetro adequado de classe O fator de empilhamento (F e) é determinado pela
1 ou melhor, sua resistência interna deve ser igual ou equação:
superior a 1000 Ω /V. Se possível deve ser utilizado um
voltímetro com resistência interna muito elevada, de modo m
que não seja necessário aplicar correção para seu con- Fe = ... (11)
s.h. d
sumo.
Onde:
3.4.3.5 Medição da corrente
m = massa da pilha de tiras, em quilogramas
A corrente é medida por um amperímetro de classe 1 ou
melhor. O zero deste amperímetro pode ser deslocado, s = área média das tiras, em metros quadrados
de modo a não incluir na leitura a corrente que circula
pelo voltímetro. h = altura média da pilha, em metros

3.4.3.6 Medição da força aplicada d = massa específica do material, em quilogramas


por metro cúbico
Qualquer meio que meça a força aplicada por todos os
contatos apoiados no corpo-de-prova é aceitável desde 3.6 Índice de dobramento
que assegure a medida da força com exatidão de ± 5%.
3.6.1 Amostra
3.4.4 Amostra
Devem ser retirados dois corpos-de-prova, com no mínimo
Cada corpo-de-prova é formado por uma única tira de 20 mm de largura, em sentido perpendicular ao de lami-
produto. A largura e o comprimento de um corpo-de-prova nação, a no mínimo 40 mm das bordas e fora da linha de
devem ser, respectivamente, maiores do que a largura e solda.
o comprimento do dispositivo de contato descrito em
3.4.3.2. 3.6.2 Ensaio

3.4.5 Procedimento O corpo-de-prova deve ser colocado entre cutelos de


5 mm de raio e dobrado em um ângulo de 90°, a partir da
Após a colocação do corpo-de-prova entre a placa e os posição de partida, para ambos os lados, até a ruptura
dez contatos, a força especificada é aplicada. A fim de (ver Figura 4).
obter-se resultados comparativos, é recomendada uma
força de 1290 N. Isto corresponde a uma pressão de 3.6.3 Resultados
2 MPa, quando a área total de contato for de 645 mm2.
Ajusta-se então a tensão indicada pelo voltímetro em O índice de dobramento é dado pela quantidade de do-
0,5 V e lê-se o amperímetro. A corrente indicada varia de bramentos executados até a ruptura, considerando-se
0 A para um isolante perfeito até 1,0 A para um condutor como um (1) dobramento o efetuado em um ângulo de
perfeito. 90° a partir da posição inicial e de retorno a ela.
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Figura 4 - Ensaio de dobramento

3.7 Fator de aplainamento 3.8.2 Aparelhagem

3.7.1 Amostra A aparelhagem necessária ao ensaio é a seguinte:

É constituída por um corpo-de-prova que consiste em


uma tira de 2 m de comprimento ou em uma chapa. a) régua de aço, de 500 mm de comprimento, 20 mm
de largura e 0,5 mm de espessura;
3.7.2 Aparelhagem
b) desempeno, conforme 3.7.2.
A aparelhagem necessária ao ensaio é a seguinte:
3.8.3 Procedimento
a) desempeno cujo tamanho esteja de acordo com o
das chapas a ensaiar;
A chapa deve ser colocada sobre o desempeno, conforme
3.7.3. Na existência de ondas marginais, a régua de aço
b) régua com divisões até mm.
deve ser enfiada por baixo da crista da onda até encontrar
resistência.
3.7.3 Ensaio

A chapa deve ser colocada sobre o desempeno, de modo 3.8.4 Resultados


que as suas bordas não sobressaiam. Deve, em seguida,
ser levantada em um dos lados, e solta, sem porém lhe A penetração da onda é dada pelo comprimento lido na
dar impulso. Não deve ser virada ou levantada uma se- régua, abaixo do bordo da chapa, com exatidão de 5 mm.
gunda vez. Para fins de medição, somente devem ser
consideradas ondas completas. Para medir o desvio de 3.9 Desvio da linha de corte
aplainamento e o respectivo comprimento de onda, a ré-
gua deve ser encostada lateralmente nas ondas.
3.9.1 Amostra
3.7.4 Resultados
Conforme 3.7.1.
O fator de aplainamento é determinado pela equação:
3.9.2 Aparelhagem
h
Fa = . 100% ... (12)
L Conforme 3.8.2.

Onde: 3.9.3 Ensaio

h = desvio de aplainamento
O corpo-de-prova deve ser cortado longitudinalmente. As
duas partes devem ser justapostas sobre o desempeno,
L = comprimento da onda correspondente na sua posição relativa original. Para melhor exatidão
das medidas, devem ser colocados pesos, de forma a
Fa = fator de aplainamento, arredondado para mantê-las planas.
porcentos inteiros

3.8 Penetração de ondas marginais 3.9.4 Resultados

3.8.1 Amostra A distância entre as bordas é medida com a régua e indi-


cada em milímetros por metro de comprimento da linha
Conforme 3.7.1. de corte, o que constitui o desvio da linha de corte.
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3.10 Envelhecimento 3.11.2.1 Quadro Epstein de 25 cm

No caso de medição de perdas a serem efetuadas em Consiste em dois enrolamentos constituídos cada um de
corpos-de-prova envelhecidos, estes devem ser aque- quatro bobinas ligadas em série que, juntamente com o
cidos durante 600 h a 100°C e resfriados à temperatura núcleo, formam o circuito magnético. As bobinas são mon-
ambiente. Podem ser efetuadas medições intermediárias tadas em quatro carretéis de material isolante duro, cada
depois de 200 h e 400 h para assegurar-se de que o um dos quais suporta duas bobinas concêntricas. A bo-
envelhecimento estará terminado após 600 h. Mediante bina externa faz parte do enrolamento primário e a interna
acordo entre fornecedor e comprador, na ordem de com- do enrolamento secundário. O enrolamento primário
pra, pode ser efetuado um ensaio acelerado de 24 h a constitui o enrolamento de excitação e o secundário de
225°C em substituição ao tratamento indicado acima. medição de tensão. Os carretéis são fixados sobre uma
base de material não magnético e não condutor, formando
um quadrado. As dimensões do quadro Epstein são indi-
3.11 Determinação das perdas totais pelo quadro cadas na Figura 5. Recomenda-se uma blindagem ele-
Epstein de 25 cm - Método do Wattímetro trostática entre os enrolamentos primário e secundário.
As bobinas devem ser uniformemente distribuídas sobre
3.11.1 Generalidades um comprimento não inferior a 190 mm, possuindo cada
uma delas um quarto do número total de espiras do en-
O emprego do quadro Epstein de 25 cm abrange todos rolamento ao qual pertencem. O número de espiras dos
os tipos de produtos laminados planos de aço para fins enrolamentos primário e secundário é escolhido de acor-
elétricos (ver Anexo A). Para este ensaio são especifi- do com a fonte de alimentação e os instrumentos de
cados os limites de indução que asseguram a sua vali- medição. Para medições na faixa de freqüência de 50 Hz
dade. Estes limites dependem do tipo de aço, das caracte- a 400 Hz, recomenda-se, de acordo com a prática corren-
rísticas da fonte, dos instrumentos utilizados, do quadro te, utilizar um total de 700 espiras a 1000 espiras. A fim
Epstein e do indutor mútuo utilizado para a compensação de obter-se as menores impedâncias possíveis para os
do fluxo de dispersão. A fim de assegurar um ensaio válido, enrolamentos, as seguintes condições devem ser sa-
é essencial manter-se a forma senoidal da onda de in- tisfeitas:
dução. As perdas totais podem, geralmente, ser determi-
nadas em produtos de grão orientado com valor de crista R1
de indução até cerca de 1,8 T (18 kG) e em produtos de 2
≤ 1,25 x 10-6 Ω
N 1
grão não orientado até cerca de 1,5 T (15 kG). A faixa de
freqüência deve ficar, de preferência, entre 15 Hz e
100 Hz. Quando forem utilizados instrumentos adequa- R2
dos, pode ser atingido um limite superior de 400 Hz. As ≤ 5 x 10-6 Ω
N22
medições devem ser efetuadas sobre corpos-de-prova
previamente desmagnetizados e à temperatura de
23°C ± 5°C. As perdas totais em material ferromagnético L1
em um campo alternado compreendem: ≤ 2,5 x 10-9 H
N12

a) perdas por histerese;


L2
≤ 2,5 x 10-9 H
N22
b) perdas Foucault.

Onde:
As perdas totais são indicadas em W/kg para determinado
valor de crista de indução e determinada freqüência. De
R1, R2 = resistências totais dos enrolamentos primá-
acordo com as NBR 9025 e NBR 9026, são designadas,
rio e secundário, em ohms, respectivamente
por exemplo, para freqüência de 50 Hz:

N1, N2 = números totais de espiras dos enrolamentos


- P10, para indução B$ = 1 T; primário e secundário, respectivamente

L1, L2 = indutâncias totais dos enrolamentos primá-


- P15, para indução B$ = 1,5 T. rio e secundário, respectivamente, sem nú-
cleo magnético, em henrys

A indução é medida em função da intensidade do campo Estas condições são satisfeitas, por exemplo, para enro-
magnético e designada, por exemplo, como B100 para um lamentos com as seguintes características:
valor de crista da intensidade do campo magnético de
100 A/cm. a) número total de espiras: N1 = N2 = 700;

3.11.2 Aparelhagem b) enrolamento primário (externo), com cada bobina


possuindo 175 espiras de dois fios de cobre com
A aparelhagem necessária ao ensaio é a descrita em 1,8 mm2 de seção transversal cada, enrolados, la-
3.11.2.1 a 3.11.2.7. do a lado, em três camadas e ligados em paralelo;
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NBR 5161/1977 9

c) enrolamento secundário (interno), com cada bo- 3.11.2.2 Medição de tensão


bina possuindo 175 espiras de fio de cobre com
0,8 mm2 de seção transversal, enrolado em uma
O valor médio da tensão secundária ( U2 ) é medido por
camada.
um voltímetro de bobina móvel e retificador da classe 0,5
ou melhor (conforme IEC 51). Voltímetros eletrônicos
O comprimento efetivo do circuito magnético neste equi- podem também ser usados. A corrente drenada pelo cir-
pamento de ensaio é adotado convencionalmente como cuito secundário deve ser a menor possível. Conseqüen-
lm = 0,94 m. Em conseqüência, a massa efetiva, isto é, a temente, a resistência interna do voltímetro de tensão mé-
magneticamente efetiva, do corpo-de-prova é dada pela dia deve ser pelo menos 1000 Ω /V. Para medir-se o valor
equação: eficaz da tensão secundária (U2), deve-se usar um vol-
tímetro de valor eficaz verdadeiro, como, por exemplo,
um voltímetro de termopar. Este aparelho deve ser da
lm . m
ma = ... (13) classe 0,5 ou melhor. A resistência interna deve ser no
4l mínimo de 500 Ω /V.

Onde: Notas: a)Os voltímetros de bobina móvel e retificador normal-


mente são fornecidos com escalas calibradas em valor
eficaz. Este é igual a 1,11 vez o valor médio, somente
ma = massa efetiva do corpo-de-prova, em quilo- no caso de corrente senoidal pura.
gramas

b) Nesta Norma, entende-se por U o valor médio verda-


m = massa total do corpo-de-prova, em quilogramas
deiro.

lm = comprimento efetivo do circuito magnético, em 3.11.2.3 Medição de corrente


metros
Na medição de corrente primária deve ser empregado
amperímetro de valor eficaz de baixa resistência interna.
l = comprimento de uma tira, em metros O amperímetro deve ser de classe 1 ou melhor, conforme
IEC 51.

Figura 5 - Quadro Epstein de 25 cm


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3.11.2.4 Medição de freqüência pendicular ao plano dos mesmos. Os enrolamentos do


indutor mútuo devem ser ligados em série com os en-
O freqüencímetro deve ser da classe 0,5 ou melhor , con- rolamentos correspondentes do quadro Epstein. Como
forme IEC 51. Quando for desejada alta exatidão, a classe descrito no Anexo C, a indutância mútua do compensador
0,2 é adequada. deve ser ajustada para um valor igual ao dos enrolamentos
do quadro Epstein. Quando os enrolamentos forem liga-
3.11.2.5 Medição de potência dos convenientemente, a tensão induzida no enrolamento
secundário do indutor mútuo deve compensar a tensão
A potência é medida por um wattímetro de alta sensibi- induzida pela corrente primária no enrolamento secun-
lidade de classe 0,5 ou melhor, conforme IEC 51, apro- dário do quadro Epstein.
priado para uso em circuitos de baixo fator de potência
(0,1 ou 0,2). Leituras no primeiro quarto da escala devem 3.11.3 Corpo-de-prova
ser evitadas. A resistência do circuito de tensão do
wattímetro deve ser ≤ 100 Ω /V. Um wattímetro eletrônico
adequado pode ser usado. Além disto, a resistência De cada amostra retiram-se as tiras por um processo que
ôhmica do circuito de tensão deve ter valor pelo menos não deixe rebarbas. O número de tiras que compõe o
5000 vezes o da reatância, a não ser que esta já esteja corpo-de-prova não deve ser inferior a 12 e deve ser múl-
compensada. Deste modo, correções para o ângulo de tiplo de 4. As tiras devem ter as seguintes dimensões:
defasagem são evitadas. Quando necessário pode ser
estabelecida uma ligação elétrica entre os enrolamentos a) largura b = 30 mm ± 0,2 mm;
primário e secundário do quadro Epstein, a fim de igualar
o potencial das bobinas de tensão e corrente do
b) comprimento 280 ≤ l < 308 (o comprimento da
wattímetro, como indicado no esquema da Figura 6.
tira é medido com exatidão de ± 0,5 mm).
3.11.2.6 Medição do fator de forma
Para facilitar a montagem e a desmontagem do circuito
O fator de forma da tensão secundária é a relação entre o magnético de ensaio, é freqüente usar tiras de compri-
seu valor eficaz e o seu valor médio, medidos com os vol- mento maior que o mínimo (por exemplo, 305 mm). Quan-
tímetros mencionados em 3.11.2.2, aferidos entre si com do as tiras são cortadas em direção paralela ou perpen-
tensão senoidal. O fator de forma deve ser determinado dicular à direção de laminação, a borda da chapa original
com exatidão de 0,5%. Deve ser notado que o controle é tomada como direção de referência. As seguintes tole-
da forma de onda pela medida do fator de forma pode ser râncias serão permitidas para o ângulo entre a direção
insuficiente para assegurar a validade da medição. A me- de laminação e do corte:
dida do fator de forma pode ser acompanhada por uma
observação simultânea da imagem da tensão medida a) ± 1°, para chapas de aço com grão orientado;
por meio de um osciloscópio. A onda induzida deve ser
limpa durante o ciclo inteiro (ver Anexo B).
b) ± 5°, para chapas de aço com grão não orientado.
3.11.2.7 Compensação da queda de tensão devida ao fluxo
de dispersão Somente tiras de superfície plana devem ser usadas. As
medições devem ser efetuadas sem isolação adicional.
O indutor mútuo para compensação do fluxo de dispersão É permitido aplicar um esforço de 1 N a cada canto, per-
(Anexo C) deve ser localizado no centro do quadrado for- pendicularmente ao plano das tiras intercaladas. As tiras
mado pelos quatro solenóides e o seu eixo deve ser per- não devem ter espessura superior a 1,0 mm.

V1 = voltímetro de tensão eficaz

V2 = voltímetro de tensão média

Mc= indutância mútua para compensação do fluxo de dispersão

Figura 6 - Circuito para o método do wattímetro


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3.11.4 Procedimento N 2 = número de espiras do enrolamento secundário

3.11.4.1 Tensão de ensaio


A = seção transversal do corpo-de-prova, em metros
quadrados
A tensão de ensaio deve satisfazer às seguintes con-
dições:
B$ = valor de crista da indução, em teslas
a) deve ser mantida constante dentro de ± 0,2%;

b) a forma de onda deve ser senoidal. Considera-se A seção transversal A do corpo-de-prova é obtida pela
satisfeito este requisito quando o fator de forma F equação:
da tensão secundária não se afastar mais de 1%
de 1,11:
m
A= ... (16)
U 4. l.d
F = 2 ... (14)
U2
Onde:
Onde:
m = massa do corpo-de-prova, em quilogramas
U 2 = valor eficaz da tensão
l = comprimento de uma tira, em metros
U2 = valor médio da tensão secundária em
um semiperíodo entre duas passagens
pelo zero (valor médio da semi-onda) d = densidade de massa do material do corpo-de-
prova, em quilogramas por metro cúbico
Nota: A freqüência deve ser mantida constante dentrode
± 0,2%. O amperímetro do circuito primário deve ser observado
para assegurar que o circuito de corrente do wattímetro
3.11.4.2 Teoria e esquema de ligações
não seja sobrecarregado. Em seguida, devem-se anotar
O quadro Epstein formado pelos enrolamentos primário as leituras dos voltímetros de tensão média e de tensão
e secundário, tendo por núcleo a amostra, constitui um eficaz, a fim de se determinar o fator de forma da onda
transformador, cujas perdas em vazio são medidas pelo de tensão no secundário, e então fazer a leitura do
método do wattímetro (ver esquema da Figura 6). O voltí- wattímetro.
metro e o circuito de tensão do wattímetro são ligados ao
enrolamento secundário para evitar que sejam incluídas
na medição as perdas no cobre e a queda de tensão no
enrolamento primário. A indução é calculada a partir do
valor médio da tensão secundária. O fator de forma e a
potência absorvida pelo secundário são determinados
por meio do valor eficaz da tensão secundária.

3.11.4.3 Execução do ensaio

A massa do corpo-de-prova é medida com exatidão de


± 0,1%. Após determinar a massa, as tiras são colocadas
dentro dos carretéis do quadro Epstein, de tal modo que Figura 7 - Colocação das tiras no quadro Epstein
são formadas juntas duplamente sobrepostas nos cantos
(Figura 7). No caso em que metade das tiras tenha sido 3.11.4.4 Cálculo das perdas específicas totais
cortada na direção da laminação e a outra metade per-
pendicularmente a esta direção, aquelas devem ser colo- A potência (Pm) medida pelo wattímetro inclui a potência
cadas em dois braços paralelos do quadro e estas nos consumida pelos instrumentos no circuito secundário, que
outros dois. Nas juntas, o entreferro entre as tiras deve deve ser igual a (1,11 U2 )2/Ri, quando a forma de onda
ser o menor possível. Todos os braços devem ter o mesmo da tensão secundária for senoidal, dentro dos limites esta-
número de tiras. A desmagnetização do corpo-de-prova belecidos neste método de ensaio. Portanto, as perdas
é efetuada antes da medição. Para este fim, pode ser totais (Pc) do corpo-de-prova são calculadas pela equa-
aplicado um campo magnético alternado decrescente. A ção:
fonte de energia é ajustada de tal modo que o valor médio
da tensão secundária seja:
N1 (1,11 U2 )2
Pc = . Pm - ... (17)
N2 (Ri + Rt )
U2 = 4.f.N2.A. ... (15)
B$
Onde: Onde:

U2 = valor médio da tensão secundária, em volts P c = perdas totais do corpo-de-prova calculadas, em


watts
f = freqüência, em hertz
Pm = potência medida com o wattímetro, em watts
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N 2 = número de espiras do enrolamento secundário observa-se que a correção das perdas totais em função
do fator de forma da onda de tensão, baseada nas par-
N 1 = número de espiras do enrolamento primário celas das componentes de primeira e segunda potências
da freqüência, fornece a correção adequada sob todas
as condições práticas, desde que o fator de forma seja
R i = resistência equivalente à dos instrumentos no determinado com suficiente exatidão e o afastamento da
circuito secundário, em ohms forma senoidal não ultrapasse os limites permitidos. A
equação (21), usada para corrigir as perdas em watts, é
R t = soma das resistências dos enrolamentos derivada da seguinte equação:
secundários do quadro Epstein e do indutor
mútuo Mc, em ohms
2
 F 
Pt = Ph + Pp   ... (19)
As perdas específicas totais (Ps) são obtidas dividindo-se  1,11
Pc pela massa efetiva do corpo-de-prova (3.11.2.1).
sendo Pt determinada por:
Pc P . 4l
Ps = = c ... (18)
ma m . lm N1 (1,11 U2)2
Pt = . P’m - ... (20)
N2 Ri + R t
Onde:
Onde:
P s = perdas específicas totais do corpo-de-prova, em
watts por quilograma
Pt = perdas totais do corpo-de-prova calculadas,
em watts, para fluxo com fator de forma
m = massa total do corpo-de-prova, em quilogramas da tensão fora de ± 1% de 1,11

ma = massa efetiva do corpo-de-prova, em quilo- Ph = perdas aparentes por histerese, em watts, para
gramas fluxo senoidal

l = comprimento de uma tira, em metros Pp = perdas aparentes devidas a correntes de


Foucault, em watts, para fluxo senoidal

lm = comprimento efetivo convencional do circuito


F = fator de forma medido, segundo 3.11.2.6 e
magnético, em metros ( lm = 0,94 m) 3.11.4.1

As perdas específicas totais calculadas desta maneira P’ m = potência medida com o wattímetro, em watts,
são arredondadas para 0,01 W/kg. para fluxo com fator de forma da tensão fora
de ± 1% de 1,11
3.11.4.4.1 Correção das perdas devido a desvios no fator
de forma A perda corrigida pode ser obtida com bastante precisão
pela equação:
Recomenda-se manter o fator de forma da tensão indu-
zida dentro de ± 1% de 1,11 (isto pode ser obtido por
meio de diversos métodos, como, por exemplo, sistemas Pt
Pc = 2
eletrônicos de realimentação). Caso esta condição não  F  ... (21)
possa ser mantida, é permitido fazer correções na medi- Kh + K p  
 1,11
ção das perdas, para levar em conta o desvio no fator de
forma, até um máximo de 10%. Ao corrigirem-se as perdas
totais em função do fator de forma, admite-se componente Onde:
histerética independente do fator de forma, se o valor de
crista da indução estiver em seu valor correto (como
P c = perdas totais do corpo-de-prova, em watts, para
quando se usa um voltímetro de fluxo para estabilizar o
fluxo senoidal
valor da indução). A componente Foucault, sendo função
do valor eficaz da tensão, depende do fator de forma da
Ph
onda de tensão. Realmente, o ensaio de separação de Kh = = relação entre as pe rdas devidas à
perdas pelo método da variação da freqüência não for- Pc histerese e as perdas totais, do corpo-
nece valores das componentes histerética e Foucault, de-prova, para fluxo senoidal
mas sim separa as perdas totais em duas componentes,
uma que varia com a primeira potência da freqüência e Pp
Kp = = relação entre as perdas devidas a
outra que varia com a segunda potência da freqüência. Pc correntes de Foucault e as perdas totais
Apesar das dificuldades acadêmicas associadas em do corpo-de-prova, para fluxo senoidal,
caracterizar tais componentes como histerética e Foucault, sendo Kh + Kp = 1
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Porém, exatidão suficiente pode ser obtida pela seguinte tem coeficiente angular tg (Ap B$ ). Tem-se assim os ter-
equação aproximada: mos Ah B$ x e ApB $ 2 , que multiplicados, respectivamente,
2
por f e f nos dão os valores separados das perdas:
 ∆F 
∆P = 2 K p( )   P
 1,11 t ... (22) $2 2
Pp = A pB f ... (25)

Onde:
Ph = Ah B$ f
x
... (26)
∆P = Pc - Pt = diferença das perdas devido à
distorção de onda
de onde se obtém a proporção das perdas:

∆F = (1,11 - F) = diferença entre 1,11 e o fator de Kh = Ph/Pc ...(27)


forma da onda de tensão conside-
rada
Kp = Pp/Pc ...(28)
Os valores de Kh e Kp nas equações acima são determi-
nados através do ensaio descrito em 3.11.4.4.2.

3.11.4.4.2 Separação das perdas totais em histeréticas e


Foucault pelo método das duas freqüências. As perdas
totais podem ser separadas em perdas devidas a
correntes de Foucault e à histerese do material, admi-
tindo-se que elas variam proporcionalmente à segunda
e à primeira potências da freqüência, para um mesmo
valor da indução, de acordo com:

Pc = A pB$ 2 f 2 + A hB$ x f ...(23)

Figura 8 - Gráfico Pc/f em função de f


Onde:
3.11.4.5 Reprodutibilidade
Ap = constante do material, ligada com as correntes
de Foucault; depende do volume do corpo- A reprodutibilidade da medição deste método é caracte-
de-prova e é proporcional ao quadrado da rizada por um desvio-padrão de 1% a 1,5%.
espessura de uma única tira
3.12 Determinação da intensidade do campo magnético
e da potência aparente específica pelo quadro Epstein
Ah = constante do material, ligado com as proprie-
de 25 cm
dades de histerese deste; depende do volume
do corpo-de-prova 3.12.1 Generalidades

O emprego do quadro Epstein de 25 cm abrange todos


B$ = valor de crista da indução, segundo 3.12.4.3.3
os tipos de produtos laminados planos de aço para fins
elétricos. Em cada um dos métodos de medição descritos
f = freqüência considerada adiante, são especificados os limites de indução que
asseguram a validade do ensaio. Estes limites dependem
Efetua-se o ensaio de Epstein para várias freqüências do tipo de aço, das características da fonte, dos instru-
que estejam na faixa que vai da metade ao dobro da fre- mentos utilizados, do quadro Epstein e do indutor mútuo
qüência na qual se quer obter a perda corrigida, e a curva utilizado para a compensação do fluxo de dispersão. A
(Pc/f) em função de f (ver Anexo D), ou seja: fim de assegurar um ensaio válido, é essencial manter-
se a forma senoidal da onda de indução. A seguir são de-
Pc finidos métodos de medição para a determinação das se-
= A pB$ 2 f + Ah B$ x ... (24) guintes características:
f
a) valor eficaz da intensidade de campo magnético
conforme mostra a Figura 8. Devem ser mantidos cons- H;
tantes os valores de B$ e F durante o ensaio para levan-
tamento dos pontos da curva da Figura 8. Neste ensaio b) valor de crista da intensidade de campo magnético
específico, o valor de F não deve ter afastamento superior $
H;
a 1% de 1,11. A equação (24) representa uma reta que
intercepta o eixo das ordenadas no ponto Ah B$ x , e que c) potência aparente específica Ss.
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As características acima devem ser determinadas para dância primária mais baixa possível. Para minimizar os
valores de crista da indução especificados e freqüências erros, a impedância secundária do indutor deve ser baixa
especificadas. Para se obter resultados comparáveis, a em comparação à do instrumento de medida a ele ligado.
indução deve ser senoidal. Em conseqüência, em aço Durante a calibração e o uso do indutor, devem ser toma-
não orientado as medições podem ser efetuadas até uma das precauções para que as medidas não sejam afetadas
indução B$ = 1,5 T (15 kG) e em aço orientado até pelo fluxo de dispersão do quadro Epstein ou de outros
B$ = 1,8 T (18 kG). A faixa de freqüência deve ficar, de equipamentos.
preferência, entre 15 Hz a 100 Hz. Quando forem utilizados
instrumentos adequados pode ser atingido um limite 3.12.2.3 Compensação da queda de tensão devida ao fluxo
superior de 400 Hz. de dispersão

3.12.2 Aparelhagem Conforme 3.11.2.7.

A aparelhagem necessária ao ensaio é a descrita em 3.12.3 Amostra


3.12.2.1 a 3.12.2.3.

Conforme 3.11.3.
3.12.2.1 Quadro Epstein de 25 cm

3.12.4 Procedimento
Conforme descrito em 3.11.2.1.

3.12.4.1 Tensão de ensaio


3.12.2.2 Instrumentos de medição

Conforme 3.11.4.1.
Utilizam-se um voltímetro de valor médio e um freqüen-
címetro, satisfazendo os requisitos de 3.11.2.2 e 3.11.2.4,
e mais um amperímetro de valor eficaz, de baixa impe- 3.12.4.2 Teoria e esquema de ligações
dância, de classe 0,5 ou melhor. Se o método utilizado
para medição da intensidade do campo magnético for o 3.12.4.2.1 Valor de crista da indução
do resistor calibrado, é necessário um voltímetro ele-
trônico de crista de alta sensibilidade, mostrando os valo-
O valor de crista da indução B$ é determinado para cada
res de crista ou um osciloscópio de raios catódicos pré- $ através da
valor de crista da intensidade de campo H
calibrado. A exatidão da medida máxima da escala do
medida da tensão média do secundário, como indica a
instrumento utilizado deve ser de ±3% ou melhor. O re-
equação apresentada em 3.11.4.3.
sistor calibrado deve ter exatidão de ±0,5% ou melhor. O
valor da resistência a ser escolhida depende da sensibi-
lidade do voltímetro de crista. Ela não deve exceder 3.12.4.2.2 Valor eficaz da intensidade de campo magnético
1 Ω , quando se utilizar o quadro Epstein de N1 = 700 es-
piras, a fim de minimizar a distorção da forma de onda de O valor eficaz da intensidade de campo magnético H é
indução. Se o método utilizado para medição da inten- calculado a partir do valor eficaz da corrente primária
sidade do campo magnético for o do indutor mútuo, este medida por um amperímetro de valor eficaz no circuito
deve ter uma exatidão de ±0,5% ou melhor e uma impe- mostrado na Figura 9.

Figura 9 - Circuito para medição do valor eficaz da intensidade do campo magnético


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3.12.4.2.3 Valor de crista da intensidade de campo magnético crista da queda de tensão através do resistor (Rn) é lido
no voltímetro de crista. De acordo com o método B, a
O valor de crista da intensidade de campo H $ é calculado tensão média no secundário do indutor mútuo é lida no
a partir do valor de crista da corrente primária $I . Deve-se voltímetro de tensão média.
notar que para valores baixos de intensidade de campo
os valores de crista da indução e da intensidade de campo 3.12.4.3.3 Determinação das características
não ocorrem simultaneamente devido ao arredonda-
mento do ciclo de histerese dinâmico, provocado pelas
$
3.12.4.3.3.1 Determinação de B
correntes Foucault. Os métodos alternativos de medição
são:
O valor de crista da indução é dado pela equação:
a) método A:

- o valor de crista $I pode ser determinado pela B$ =


1
U2 ... (29)
medição da queda de tensão através de um 4f . N2 . A
resistor calibrado (Rn), usando um voltímetro de
crista como mostra a Figura 10; Onde:
b) método B:
B$ = valor de crista da indução, em teslas
- o valor de crista $I pode ser determinado, medin-
do-se a tensão que aparece no enrolamento se-
f = freqüência, em hertz
cundário de um indutor mútuo cujo primário está
em série com o primário do quadro Epstein, como
mostra o circuito da Figura 11. Neste caso, o voltí- N 2 = número de espiras do enrolamento secundário
metro pode ser o mesmo que é usado para medir do quadro Epstein
a tensão secundária do quadro Epstein.
A = seção transversal do corpo-de-prova, em me-
3.12.4.3 Execução do ensaio tros quadrados

3.12.4.3.1 Preparação para as medições Nota: Para obter-se U2 , a leitura do voltímetro deve ser corrigida
pelo fator:
Conforme 3.11.4.3.

3.12.4.3.2 Medições R v + R2
... (30)
Rv
Na prática, são determinados valores simples ou grupos
de valores de indução B$ e intensidade de campo magné-
tico (H ou H$ ). Se a intensidade do campo magnético é Onde:

especificada e a indução deve ser determinada, a corrente


primária é ajustada para dar a intensidade do campo U2 = valor médio da tensão secundária do qua-
magnético correspondente. Então a tensão secundária dro Epstein, em volts
do quadro Epstein é lida no voltímetro de tensão médio
(ver 3.11.4.3). Reciprocamente, se a indução é especifi- Rv = resistência interna do voltímetro, em
cada e a intensidade de campo magnético deve ser deter- ohms
minada, a tensão secundária é ajustada para o seu valor
especificado em 3.11.4.3. Para determinação de H, o valor
R2 = resistência do enrolamento secundário do
eficaz da corrente primária é lido no amperímetro. Para a
$ , de acordo com o método A, o valor de quadro Epstein, em ohms
determinação de H

Figura 10 - Circuito para medição do valor de crista da intensidade de campo magnético, usando um voltímetro de
crista
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3.12.4.3.3.2 Determinação de H No caso de ser utilizado o método B, H $ é calculado a


partir da leitura Um do voltímetro de tensão média ligado
O valor eficaz da intensidade de campo magnético H é aos terminais do indutor mútuo M:
calculado a partir do valor eficaz da corrente primária I in-
dicado pelo amperímetro, de acordo com o circuito da Fi-
N1 R + Rm
gura 9: $ =
H . v . Um ... (33)
4f.M . l m Rv
N1
H = I1 ...(31) Onde:
lm

M = indutância mútua no circuito dado na Figu-


Onde:
ra 11, em henrys
H = valor eficaz da intensidade de campo, em am-
péres por metro f = freqüência, em hertz

N1 = número de espiras do enrolamento primário do R m = resistência do enrolamento secundário de M,


quadro Epstein em ohms

lm = comprimento convencional efetivo do circuito R v = resistência interna do voltímetro de valor


magnético, em metros ( lm = 0,94 m) médio, em ohms
I1 = valor eficaz da corrente primária, em ampéres
Um = valor médio da tensão secundária de M, em
Após determinar-se um grupo de valores correspondentes volts
de B$ e H, uma curva de magnetização de B$ versus H
pode ser traçada. Após determinar-se um grupo de valores correspondentes
$ , a curva de magnetização de B$ versus H
de B$ e H $ pode
$
3.12.4.3.3.3 Determinação de H ser traçada.
Se for utilizado o método A, do resistor calibrado (Rn), o
Nota: A amplitude relativa do valor de crista da permeabilidade
valor de crista da intensidade de campo é calculado pela (µ rap), de acordo com a IEC 125, pode convencionalmente
$ do voltímetro de crista, de acordo com a equa-
leitura U 2 ser expressa como:
ção:

B$
$=
H
N1 $ µ rap =
. U ... (32) $
µ. H ... (34)
Rn . lm
m

Onde:
3.12.4.3.3.4 Determinação da potência aparente específica
Ss
$
H = valor de crista da intensidade de campo, em
ampéres por metro A potência aparente é dada por:

R n = valor da resistência do resistor de precisão na


N1 N
Figura 10, em ohms S = I1 . U2 = 1,11 I1 U2 1 ... (35)
N2 N2
$ = queda da tensão de crista através de R , em
Um n

volts

Figura 11 - Circuito para medição do valor de crista da intensidade do campo magnético, usando um indutor mútuo
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Onde: 3.13 Determinação da indução magnética em campo


de corrente contínua pelo quadro Epstein de 25 cm
S = potência aparente, em volt.ampéres
3.13.1 Generalidades
U2 = valor eficaz da tensão secundária do quadro
Epstein, em volts
A determinação da indução magnética em um campo de
corrente contínua é efetuada por meio de um quadro
A potência aparente específica é dada pelo quociente de
Epstein de 25 cm. O corpo-de-prova é submetido a um
S, como expresso acima, por ma, de acordo com a equa-
campo magnético criado pela passagem da corrente con-
ção:
tínua no enrolamento primário. A indução magnética é
medida com um fluxímetro ligado aos terminais do enro-
S 1,11 I1 U2 .4l. N1 lamento secundário, como mostrado no circuito da Fi-
Ss = = ... (36) gura 12.
ma m . lm . N2

3.13.2 Aparelhagem
Onde:

S s = potência aparente específica, em volt.ampéres A aparelhagem necessária ao ensaio é a descrita em


por quilograma 3.13.2.1 a 3.13.2.4.

l = comprimento de uma tira, em metros 3.13.2.1 Indutor mútuo para compensação do fluxo de
dispersão (Mc)

lm = comprimento efetivo do circuito magnético, em


O indutor mútuo para compensação do fluxo de dispersão
metros está descrito em 3.11.2.7. Os enrolamentos do indutor
mútuo são ligados em série com os enrolamentos corres-
m = massa total do corpo-de-prova, em quilogra- pondentes do quadro Epstein, sendo o secundário ligado
mas em oposição. O ajuste deve ser tal que, sob o efeito de
uma corrente no enrolamento primário, na falta de corpos-
ma = massa efetiva do corpo-de-prova, em quilo- de-prova no quadro Epstein, a tensão que aparece entre
gramas os terminais não comuns do enrolamento secundário não
exceda 0,1% da tensão não compensada. O fluxo medido
3.12.5 Reprodutibilidade no secundário permite o cálculo da magnetização ou indu-
ção intrínseca do material pelo uso da seguinte equação:
A exatidão dos ensaios depende essencialmente da exa-
tidão dos instrumentos de medida empregados. Utilizan-
φi
do-se instrumentos da classe 0,5, o desvio-padrão dos Bi = ... (37)
resultados é da ordem de 2%. N2 A

Nota: Mediante acordo entre fabricante e comprador, o fluxímetro pode ser substituído por um galvanômetro balístico ou um inte-
grador de carga eletrônico.

Figura 12 - Circuito de ensaio com corrente contínua


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Onde: 3.13.3.2 Fluxímetro

B i = magnetização ou indução intrínseca, em O impulso do fluxímetro deve ser inferior ou igual a


teslas 2 x 10-3 da escala por minuto. Para medições de inten-
sidades de campo superiores a 10000 A/m, o fluxímetro
φ i = fluxo magnético medido nas espiras do secun- deve satisfazer à seguinte condição:
dário, em webers
Rf > 1000 R2
A = seção transversal magnética do corpo-de-
prova, em metros quadrados
Onde:
Para converter a magnetização em indução, é acon-
selhável fazer a correção de acordo com a equação: R f = soma da resistência do fluxímetro e de R”

B = µo H + Bi ... (38) R 2 = resistência do secundário

Onde:
R = resistência em série com o fluxímetro
µo = 4 π x 10 -7

3.13.4 Corpo-de-prova
3.13.2.2 Indutor mútuo de calibração (Mt)
Os corpos-de-prova usados são idênticos àqueles defini-
Para calibrar o fluxímetro, é usado um indutor mútuo, tendo dos para a determinação da perda específica total.
um valor Mt para permitir o ensaio em todos os valores do
campo. Geralmente é suficiente o uso de valores entre
50 mH e 100 mH, com erro conhecido e menor que 3.13.5 Método de medição
± 0,2%. O primário precisa ser capaz de conduzir a corren-
te de calibração sem se aquecer apreciavelmente. 3.13.5.1 Preparação

3.13.2.3 Fonte de alimentação O corpo-de-prova é pesado e as tiras são colocadas nos


enrolamentos do quadro Epstein da mesma forma que
A escolha da fonte depende do campo máximo desejado. para a determinação das perdas específicas totais.
Para campos de pequena intensidade, a fonte deve ter
uma tensão de pelo menos 20 V. O fato de ondulação
deve ser menor que 1%. A corrente no primário deve ser 3.13.5.2 Desmagnetização do corpo-de-prova
mantida estável durante toda a medição. Os impulsos e
flutuações da corrente primária não devem provocar va- O corpo-de-prova usado para determinação dos valores
riações relativas de fluxo maiores que 0,2%. de indução deve ser desmagnetizado por uma série de
inversões do campo magnético, o qual diminui progressi-
3.13.2.4 Chaves vamente, a partir de um valor inicial de pelo menos
5000 A/m. A desmagnetização é geralmente conseguida
A comutação deve permitir a reprodutibilidade dos valores com corrente contínua, por meio da operação da chave
de corrente obtidos. A estabilidade deve ser melhor que de reversão D1, a uma freqüência de cerca de duas re-
o limite de exatidão do fluxímetro. A chave deve: versões por segundo, enquanto a corrente diminui e atin-
ge o valor zero, devido ao aumento progressivo da resis-
a) não introduzir surtos; tência R’. A chave comutadora D2 deve ser ligada ao
ponto m e a chave comutadora D3 deve estar aberta. É
b) satisfazer à relação: igualmente possível proceder à desmagnetização com
corrente alternada através da redução do campo, lenta-
R1 + R’> 1000 Rs mente, até zero, partindo do valor indicado para a des-
magnetização com corrente contínua.
Onde:

R 1 = resistência do enrolamento primário 3.13.5.3 Calibração do fluxímetro

R’ = resistência variável do circuito de É preciso calibrar o fluxímetro antes de cada medição do


alimentação valor da indução. Para fazer esta calibração usando o
indutor mútuo (Mt), deve-se ligar a chave comutadora D2
R s = resistência da chave no ponto t e fechar D3 depois de inverter a corrente de
calibração It por meio do comutador D1. A constante K
3.13.3 Instrumentos de medição
que dá o valor da indução para uma divisão da escala
igual a B/ δ t é obtida pela equação:
3.13.3.1 Exatidão dos instrumentos

A classe de exatidão dos instrumentos de medição deve Mt . It


ser tal que a exatidão do conjunto formado pelo resistor K = ... (39)
AN2 δ t
mútuo de calibração, fluxímetro e amperímetro seja de
± 0,5 ou melhor.
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NBR 5161/1977 19

Onde: As perdas totais são indicadas em W/kg para determinado


valor de crista de indução e determinada freqüência. De
Mt = valor do indutor mútuo de calibração, em henrys acordo com as NBR 9025 e NBR 9026, são designados,
por exemplo, para freqüência de 50 Hz:
It = valor da corrente de calibração, em ampéres

δ t = subdivisão da escala - P10, para indução B$ = 1 T;

O resistor R”, inserido no circuito, é usado para variar a


resposta do instrumento e para permitir, o quanto possível, - P15, para indução B$ = 1,5 T.
a leitura direta dos valores de indução.

3.13.5.4 Determinação dos valores de indução A indução é medida em função da intensidade do campo
magnético e designada, por exemplo, como B100 para um
Para determinar os valores de indução, a chave comuta- valor de crista da intensidade do campo magnético de
dora D1 é mantida fechada em uma das duas posições 100 A/cm.
possíveis, e a chave comutadora D2 na posição m. A
corrente de magnetização I1 é então ajustada através do 3.14.2 Aparelhagem
resistor R’. O valor do campo é estabelecido pela equa-
ção: A aparelhagem necessária ao ensaio é a descrita em
3.14.2.1 a 3.14.2.3.
N1 I1
H = ... (40)
lm 3.14.2.1 Quadro Epstein de 50 cm

Onde: Consiste em dois enrolamentos constituídos cada um de


quatro bobinas ligadas em série que, juntamente com o
lm = comprimento efetivo convencional do circuito
núcleo, formam o circuito magnético. As bobinas são mon-
magnético, em metros ( lm = 0,94 m)
tadas em quatro carretéis de material isolante duro, cada
I1 = valor da corrente no enrolamento primário, em um dos quais suportando duas bobinas concêntricas. A
ampéres bobina externa faz parte do enrolamento primário e a in-
terna do enrolamento secundário. O enrolamento primário
A corrente é invertida, operando-se a chave comutadora constitui o enrolamento de excitação e o secundário o de
D1; a indução intrínseca deve ser então indicada pelo flu- medição de tensão. Os carretéis são fixados sobre uma
xímetro. A indução é calculada pela equação (38). O qua- base de material não magnético e não condutor, formando
dro Epstein é geralmente usado para intensidades de um quadro. As dimensões dos carretéis do quadro Epstein
campo inferiores ou iguais a 10000 A/m. Para valores su- são indicadas na Figura 13. Recomenda-se uma blin-
periores, devem-se tomar cuidados para evitar as conse- dagem eletrostática entre os enrolamentos primário e
qüências provenientes do aquecimento dos enrola- secundário. As bobinas devem ser uniformemente distri-
mentos. buídas sobre um comprimento não inferior a 420 mm,
possuindo cada uma delas um quarto do número total de
3.14 Determinação das perdas totais pelo quadro espiras do enrolamento ao qual pertencem. O número de
Epstein de 50 cm - Método do wattímetro espiras dos enrolamentos primário e secundário é esco-
lhido de acordo com a fonte de alimentação e os ins-
3.14.1 Generalidades trumentos de medição, sendo normais as faixas de
200 espiras a 1000 espiras para o enrolamento primário
O emprego do quadro Epstein de 50 cm abrange princi- e de 100 espiras a 600 espiras para o secundário. A fim
palmente as chapas de grão não orientado. Para estes de obter-se as menores impedâncias possíveis para os
ensaios são especificados os limites de indução que enrolamentos, as seguintes condições devem ser sa-
asseguram a sua validade. Estes limites dependem do tisfeitas:
tipo de aço, das características da fonte, dos instrumentos
utilizados e do quadro Epstein. A fim de assegurar um
ensaio válido, é essencial manter-se a forma senoidal da R1
≤ 1 x 10-6 Ω
onda de indução. As perdas totais podem, geralmente, N12
ser determinadas em produtos de grão não orientado
com valor de crista de indução até cerca de 1,6 T (16 kG)
e as induções com valor de crista de intensidade de campo R2
entre 5 A/cm e 300 A/cm. A faixa de freqüência deve ficar ≤ 1,75 x 10-6 Ω
N22
de preferência entre 15 Hz e 100 Hz. As medições devem
ser efetuadas sobre corpos-de-prova previamente des-
magnetizados e à temperatura de 23°C ± 5°C. As perdas L1
totais em material ferromagnético em campo alternado ≤ 2,5 x 10-9 H
N12
compreendem:

a) perdas por histerese;


L2
≤ 2,5 x 10-9 H
b) perdas Foucault. N22
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20 NBR 5161/1977

Onde: Onde:

ma = massa efetiva do corpo-de-prova, em quilo-


R1 , R2 = resistência totais dos enrolamentos primário
gramas
e secundário, respectivamente, em ohms
m = massa total do corpo-de-prova, em quilogramas
N1, N2 = números totais de espiras dos enrolamentos
primário e secundário, respectivamente lm = comprimento efetivo do circuito magnético, em
metros

L1, L2 = indutâncias totais dos enrolamentos primá-


l = comprimento de uma tira, em metros
rio e secundário, respectivamente, sem nú-
cleo magnético, em henrys 3.14.2.2 Medição de tensão

Estas condições são satisfeitas, por exemplo, para enrola- O valor médio da tensão secundária (U2) é medido por
mentos com as seguintes características: um voltímetro de bobina móvel e retificador da classe
0,5 ou melhor (conforme IEC 51).
a) número total de espiras: N1 = N2 = 600; Nota: Deve-se notar que em instrumentos deste tipo, normal-
mente, não se lê o valor médio, porém 1,11 vez este valor,
que corresponde ao valor eficaz da tensão quando a forma
b) cada bobina deve ser constituída de duas cama-
de onda é senoidal pura, sendo esta uma característica
das de 150 espiras cada, de fio de cobre de
importante dos voltímetros de tensão média.
5,5 mm2 de seção transversal em cada carretel.
Voltímetros eletrônicos podem também ser usados. A cor-
O comprimento efetivo do circuito magnético neste equi- rente drenada pelo circuito secundário deve ser a menor
pamento de ensaio é adotado, com boa aproximação, possível. Conseqüentemente, a resistência interna do vol-
como lm = 1,94 m. Em conseqüência, a massa efetiva, tímetro de tensão média deve ser pelo menos 1000 Ω /V.
isto é, magneticamente efetiva, do corpo-de-prova é dada Para medir-se o valor eficaz da tensão secundária (U2),
pela equação: deve-se usar um voltímetro de valor eficaz verdadeiro,
como, por exemplo, um voltímetro de termopar. O erro
desse aparelho deve ser igual ou menor que 0,5% do va-
lm . m lor máximo da escala de leitura. A resistência interna deve
ma = ... (41)
4l ser no mínimo de 500 Ω /V.

Figura 13 - Dimensões do quadro Epstein de 50 cm


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NBR 5161/1977 21

3.14.2.3 Medição de corrente Estas tiras constituem o corpo-de-prova, em um total de


10 kg. De acordo com a direção de laminação, o corpo-
Na medição de corrente primária deve ser empregado de-prova é constituído como segue:
amperímetro de baixa resistência interna, como, por exem-
plo, instrumento de bobina móvel com retificador. O ampe-
rímetro deve ser de classe 1 ou melhor, conforme IEC 51. a) para determinação do valor médio das perdas
totais:
3.14.2.4 Medição de freqüência

O freqüencímetro deve ser da classe 0,5 ou melhor, con- - 5 kg de tiras cortadas em direção normal à da
forme IEC 51. Quando for desejada alta exatidão, a classe laminação;
0,2 é adequada.
- 5 kg de tiras cortadas na direção da laminação;
3.14.2.5 Medição de potência

A potência é medida por um wattímetro de alta sensibi- b) para determinação das perdas em uma só direção
lidade de classe 0,5, ou melhor, conforme IEC 51, apro- (da laminação ou normal a ela), quando isto for
priado para uso em circuitos de baixo fator de potência especificado:
(0,1 ou 0,2). Leituras no primeiro quarto da escala devem
ser evitadas. A resistência do circuito de tensão do wattí-
metro deve ser menor ou igual a 100 Ω /V. Um wattímetro - 10 kg de tiras cortadas na direção especificada.
eletrônico adequado pode ser usado. Além disto, a resis-
tência ôhmica do circuito de tensão deve ter valor pelo Deve ser retirado sempre igual número de tiras de cada
menos 5000 vezes o da reatância, a não ser que esta já direção de uma mesma chapa. Se as tiras forem retiradas
esteja compensada. Deste modo, correções para o ângulo de chapas de comprimento inferior a 500 mm ou houver
de defasagem são evitadas. Quando necessário pode acordo entre as partes, estas podem ser retiradas so-
ser estabelecida uma ligação elétrica entre os enrolamen- mente na direção de laminação. As tiras destinadas ao
tos primário e secundário do quadro Epstein, a fim de ensaio, conforme 3.14.3-a) devem ser separadas em fei-
igualar o potencial das bobinas de tensão e de corrente xes de 2,5 kg, sendo dois feixes constituídos por tiras
do wattímetro, como indicado no esquema da Figura 14. cortadas na direção de laminação e outros dois por tiras
cortadas na direção normal à de laminação. As tiras desti-
3.14.2.6 Medição do fator de forma nadas ao ensaio, conforme 3.14.3-b), também devem ser
separadas em feixes de 2,5 kg cada. Somente tiras de su-
O fator de forma da tensão secundária é a relação entre o perfície plana devem ser usadas. As medições devem
seu valor eficaz e o seu valor médio, medidos com os vol- ser efetuadas sem isolação adicional.
tímetros mencionados em 3.14.2.2, aferidos entre si com
tensão senoidal. O fator de forma deve ser determinado
com exatidão de 0,5%. Deve ser notado que o controle 3.14.4 Procedimento
da forma da onda pela medida do fator de forma pode ser
insuficiente para assegurar a validade da medição. A me- 3.14.4.1 Tensão de ensaio
dida do fator de forma pode ser acompanhada por uma
observação simultânea da imagem da tensão medida
A tensão de ensaio deve satisfazer às seguintes condi-
por meio de um osciloscópio.
ções:

a) deve ser mantida constante dentro de ± 0,2%;

b) a forma de onda deve ser senoidal. Considera-se


satisfeito este requisito quando o fator de forma F
da tensão secundária não se afastar mais de 1%
de 1,11:

U2
F = ... (42)
U2

Figura 14 - Circuito para o método do wattímetro


Onde:

3.14.3 Corpo-de-prova
U 2 = valor eficaz da tensão
De cada amostra retiram-se as tiras por um processo que
não deixe rebarbas. As tiras devem ter as seguintes di- U2 = valor médio da tensão secundária em
mensões: um semiperíodo entre duas passagens
pelo zero (valor médio da semi-onda)
- comprimento l = 500 mm ± 0,5 mm;
Nota: A freqüência deve ser mantida constante dentro de ± 0,2%.
- largura b = 30 mm ± 0,2 mm.
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22 NBR 5161/1977

3.14.4.2 Teoria e esquema de ligações eficaz, a fim de se determinar o fator de forma da onda de
tensão no secundário, e então fazer a leitura do wattí-
O quadro Epstein, formado pelos enrolamentos primário metro.
e secundário, tendo por núcleo a amostra, constitui um
transformador cujas perdas em vazio são medidas pelo
método do wattímetro (ver esquema da Figura 14). O vol-
tímetro e o circuito de tensão do wattímetro são ligados
ao enrolamento secundário para evitar que sejam incluí-
das na medição as perdas no cobre e a queda de tensão
no enrolamento primário. A indução é calculada a partir
do valor médio da tensão secundária. O fator de forma e
a potência absorvida pelo secundário são determinados
por meio do valor eficaz da tensão secundária.

3.14.4.3 Execução do ensaio


Figura 15 - Colocação das tiras no quadro Epstein
A massa do corpo-de-prova é medida com exatidão de
± 0,1%. Após determinar a massa, as tiras são colocadas 3.14.4.4 Cálculo das perdas específicas totais
dentro dos carretéis do quadro Epstein, de tal modo que A potência (Pm) medida pelo wattímetro inclui a potência
são formadas juntas simplesmente encostadas sem so- consumida pelos instrumentos no circuito secundário, que
breposição das tiras (Figura 15). No caso em que a me- deve ser igual a (1,11 U2 )2/Ri, quando a forma de onda
tade das tiras tenha sido cortada na direção da laminação da tensão secundária for senoidal, dentro dos limites esta-
e a outra metade perpendicularmente a esta direção, belecidos neste método de ensaio. Portanto, as perdas
aquelas devem ser colocadas em dois braços pararelos totais (Pc) do corpo-de-prova são calculadas pela equa-
do quadro e estas nos outros dois. Nas juntas, o entreferro ção:
entre as tiras deve ser o menor possível. Todos os braços
devem ter o mesmo número de tiras. A desmagnetização
do corpo-de-prova é efetuada antes da medição. Para N1 (1,11 . U2 )2
Pc = . Pm - ... (45)
este fim, pode ser aplicado um campo magnético N2 (Ri + R t )
alternado decrescente. A fonte de energia é ajustada de
tal modo que o valor médio da tensão secundária seja: Onde:

P c = perdas totais do corpo-de-prova calculadas, em


U2 = 4 . f . N2 . A . B$ ... (43) watts

Onde: Pm = potência medida com o wattímetro, em watts

N 2 = número de espiras do entolamento secundário


U2 = valor médio da tensão secundária, em volts
N 1 = número de espiras do enrolamento primário
f = freqüência, em hertz
R i = resistência equivalente à dos instrumentos no
N 2 = número de espiras do enrolamento secundário circuito secundário, em ohms

R t = soma das resistências dos enrolamentos secun-


A = seção transversal do corpo-de-prova, em metros
dários do quadro Epstein, em ohms
quadrados
As perdas específicas totais (Ps) são obtidas dividindo-se
B$ = valor de crista de indução, em teslas Pc pela massa efetiva do corpo-de-prova:

A seção transversal A do corpo-de-prova é obtida pela PC P . 4l


PS = = c
equação: ma m . lm

m Onde:
A = ... (44)
4. l. d P s = perdas específicas totais do corpo-de-prova, em
watts por quilograma
Onde:
m = massa total do corpo-de-prova, em quilogramas
m = massa do corpo-de-prova, em quilogramas
ma = massa efetiva do corpo-de-prova, em quilo-
l = comprimento de uma tira, em metros gramas

d = densidade de massa do material do corpo-de- l = comprimento de uma tira, em metros


prova, em quilogramas por metro cúbico
lm = comprimento efetivo convencional do circuito
O amperímetro do circuito primário deve ser observado magnético, em metros ( lm = 1,94 m)
para assegurar que o circuito de corrente do wattímetro
não seja sobrecarregado. Em seguida, devem-se anotar As perdas específicas totais calculadas desta maneira
as leituras dos voltímetros de tensão média e de tensão são arredondadas para 0,01 W/kg.
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NBR 5161/1977 23

3.14.4.4.1 Correção das perdas devido a desvios no fator 3.15.4.2 Teoria e esquema de ligações
de forma
A intensidade de campo e a indução correspondente são
Conforme 3.11.4.4.1. medidas por meio de bobinas, ficando as bobinas de me-
dição da intensidade de campo bem junto à amostra,
3.14.4.4.2 Separação das perdas totais em histeréticas e como bobinas tangenciais, enquanto as bobinas de in-
Foucault pelo método das duas freqüências dução circundam a amostra. Todas as bobinas ficam na
parte média, homogeneamente magnetizadas, da amos-
Conforme 3.11.4.4.2. tra de 100 mm de comprimento e são ligadas em série. As
tensões induzidas nas bobinas são indicadas por instru-
3.15 Determinação da indução em campo magnético mento de medição, que indica o valor médio (Figura 16).
alternado pelo quadro Epstein de 50 cm Isto permite medir os valores de crista da intensidade de
campo e da indução, independentemente da forma de
3.15.1 Generalidades onda.

O emprego do quadro Epstein de 50 cm abrange produtos 3.15.4.3 Execução do ensaio


de grão não orientado ou fracamente orientado. Para este
ensaio são especificados os limites de indução que Os quatro feixes de tiras aparelhados são introduzidos
asseguram a sua validade. Estes limites dependem do no quadro Epstein de tal forma que fiquem opostos dois
tipo de aço, das características da fonte, dos instrumentos feixes de tiras cortadas na direção de laminação e de
utilizados e do quadro Epstein. A fim de assegurar um dois feixes de tiras cortadas em direção normal à de la-
ensaio válido, é essencial manter-se a forma senoidal da minação. Excita-se o enrolamento primário, de modo que
onda de indução. Em conseqüência, em aço não orien- as distâncias fiquem ainda mais reduzidas sob o efeito
tado, as medições podem ser efetuadas até uma indução das forças magnéticas, e fixam-se os feixes, por meio de
B$ = 1,5 T (15 kG). A faixa de freqüência deve ficar entre
um dispositivo. A tensão UH a ser ajustada para uma
15 Hz a 100 Hz. intensidade de campo dada H $ é calculada por meio da
equação:
3.15.2 Aparelhagem

A aparelhagem necessária ao ensaio é a descrita em $ .µ . Ri


UH = 4f . A f . H o
3.15.2.1 e 3.15.2.2. RH + Ri ... (46)

3.15.2.1 Quadro Epstein de 50 cm


Onde:
Conforme descrito em 3.14.2.1.
UH = valor médio linear da tensão corresponde a
3.15.2.2 Instrumentos de medição intensidade de campo em um semiperíodo
entre duas passagens pelo zero (valor médio),
3.15.2.2.1 Medição de tensão (medição da indução e da em volts
intensidade de campo)
f = freqüência, em hertz
Para a medição dos valores médios da tensão, deve ser
empregado instrumento de bobina móvel com retificador,
Af = área total de espiras das bobinas de medição
tanto na determinação da indução, quanto na determina-
da intensidade de campo, em metros quadra-
ção da intensidade de campo; o erro deste conjunto deve
dos
ser ± 0,5%, no máximo.

3.15.2.2.2 Medição de corrente $


H = valor de crista da intensidade de campo, em
ampéres por metro
Para medição da corrente primária, é satisfatório um am-
perímetro da classe 1,5.
Ri = resistência do voltímetro, em ohms
3.15.2.2.3 Medição da freqüência
R H = resistência total das bobinas de medição de
O freqüencímetro deve medir a freqüência com erro de intensidade, em ohms
0,5%, no máximo.
µO = constante de indução, em weber por ampére
3.15.3 Corpo-de-prova vezes metro

Ver 3.14.3. Pode-se adotar para a constante de indução o valor:

3.15.4 Procedimento
Wb
µ O = 4π x 10-7
A. m
3.15.4.1 Tensão de ensaio

Conforme 3.14.4.1. Ajustada a tensão UH , procede-se à leitura de UB .


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24 NBR 5161/1977

Figura 16 - Circuito para medição do valor eficaz da intensidade do campo magnético

3.15.4.4 Cálculo da indução A seção transversal A do corpo-de-prova é obtida pela


equação:

A indução B$ é calculada por meio da equação:


m
A= ... (48)
4. l.d
RB + Ri A - A
B$ = UB . - B $
. µo . H ... (47)
4f . Ni . A . Ri A Onde:

m = massa do corpo-de-prova, em quilogramas


Onde:
l = comprimento das tiras do corpo-de-prova, em
B$ = valor de crista da indução, em Wb/m2 metros

d = densidade de massa do material do corpo-de-


UB = valor médio linear da tensão de indução em
um semiperíodo entre duas passagens pelo prova, em quilogramas por metro cúbico
zero (valor médio), em volts
A indução B$ deve ser indicada, por exemplo, como B100
R B = resistência total do enrolamento de indução, em Wb/m2, com aproximação de 0,001 Wb/m2.
em ohms
3.16 Determinação da indução em campo magnético
R i = resistência do voltímetro, em ohms de corrente contínua pelo quadro Epstein de 50 cm

f = freqüência, em hertz 3.16.1 Generalidades

A determinação da indução magnética em um campo de


N i = número total de espiras do enrolamento de in-
corrente contínua é efetuada por meio de um quadro
dução
Epstein de 50 cm. O corpo-de-prova é submetido a um
campo magnético criado pela passagem da corrente
A = seção transversal do ferro, em metros qua-
contínua no enrolamento primário. A indução magnética
drados
é medida com um fluxímetro ou por um galvanômetro ba-
lístico, ligados aos terminais do enrolamento secundário.
AB = seção transversal das bobinas de indução, em São descritos a seguir dois métodos de ensaio: o méto-
metros quadrados do A, conforme a Figura 17, utilizando o fluxímetro na me-
dição da indução intrínseca, e o método B, conforme a
H = valor de crista da intensidade de campo, em Figura 18, utilizando o galvanômetro balístico.

ampéres por metro 3.16.2 Aparelhagem

µ o = constante de indução, em weber por ampéres A aparelhagem necessária ao ensaio é a descrita em


3.16.2.1 a 3.16.2.3.
vezes metros
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NBR 5161/1977 25

3.16.2.1 Quadro Epstein de 50 cm 3.16.2.3 Método B

Conforme descrito em 3.14.2.1.


Para o método B devem ser utilizados:
3.16.2.2 Método A
a) fonte de tensão:
Para o método A devem ser utilizados:

a) indutor mútuo de calibração Mt: - conforme 3.16.2.2-b);

- para calibrar o fluxímetro, é usado um indutor b) chaves:


mútuo tendo um valor Mt para permitir o ensaio
em todos os valores do campo. Geralmente é
suficiente o uso de valores entre 50 mH e - conforme 3.16.2.2-c).
100 mH, com erro conhecido e menor que
± 0,3%. O primário precisa ser capaz de conduzir Nota: A classe de exatidão dos instrumentos de medida deve
a corrente de calibração sem se aquecer apre- ser tal que a exatidão do conjunto formado pelo galva-
ciavelmente; nômetro balístico e amperímetro seja ± 0,5 ou melhor.

b) fonte de tensão: 3.16.3 Corpo-de-prova

- a escolha da fonte depende do campo máximo


desejado. O fator de ondulação deve ser menor Conforme 3.14.3.
que 1%. A corrente no primário deve ser mantida
estável durante toda a medição. Os impulsos e 3.16.4 Procedimento
flutuação da corrente primária não devem pro-
vocar variações relativas de fluxo maiores que
3.16.4.1 Tensão de ensaio
0,2%;

c) chaves: A tensão de ensaio deve ser suprida por uma fonte cujo
fator depende do campo máximo desejado. O fator de
- a comutação deve permitir a reprodutibilidade ondulação da tensão de ensaio deve ser menor do que
dos valores de corrente obtidos. A estabilidade 1%.
deve ser melhor que o limite de exatidão do fluxí-
metro. A chave não deve introduzir surtos e deve
satisfazer à seguinte relação: 3.16.4.2 Teoria e esquema de ligações

R1 + R’> 1000 Rs 3.16.4.2.1 Para o método A

Onde:
O valor de crista da indução B$ é determinado para um
R 1 = resistência do enrolamento primário dado valor de crista da intensidade de campo H$ através
da medição da indução intrínseca feita por meio de um
R’ = resistência variável do circuito de fluxímetro e conforme esquema mostrado na Figura 17.
alimentação

R s = resistência da chave 3.16.4.2.2 Para o método B

d) fluxímetro: O valor de crista da indução B$ é determinado para um


dado valor de crista da intensidade de campo H$ através
- o impulso no fluxímetro deve ser superior ou igual da deflexão do ponteiro de um galvanômetro balístico
a 2 x 10-3 da escala por minuto. Para medições (GB) e conforme mostrado na Figura 18.
de intensidades de campo superiores a
10000 A/m, o fluxímetro deve satisfazer à se-
guinte condição: 3.16.4.3 Execução do ensaio

Rf > 1000 R2 A massa do corpo-de-prova é medida com exatidão de


± 0,1. Após determinar a massa, as tiras são colocadas
Onde:
dentro dos carretéis do quadro Epstein, de tal modo que
R f = soma das resistências do fluxímetro e são formadas juntas simplesmente encostadas sem so-
de R” breposição das tiras (ver Figura 15). No caso em que a
metade das tiras tenha sido cortada na direção da lami-
R2 = resistência do secundário nação e a outra metade perpendicularmente a esta di-
reção, aquelas devem ser colocadas em dois braços pa-
R”= resistência em série com o fluxímetro ralelos do quadro e estas nos outros dois. Nas juntas, o
entreferro deve ser o menor possível. Todos os braços
Nota: A classe de exatidão dos instrumentos de medida deve devem ter o mesmo número de tiras. A desmagnetização
ser tal que a exatidão do conjunto formado pelo resistor do corpo-de-prova é efetuada antes da medição. Para
mútuo de calibração, fluxímetro e amperímetro seja de
este fim, pode ser aplicado um campo magnético alter-
± 0,5 ou melhor.
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26 NBR 5161/1977

nado decrescente. No caso de estar-se aplicando o mé- lm = comprimento convencional efetivo do circuito
todo A, é preciso calibrar o fluxímetro antes de cada me- magnético, em metros ( lm = 1,94 m)
dição. A constante K, que dá o valor de indução para uma
divisão da escala igual a B / δ t , é:
I1 = valor eficaz da corrente primária, em ampéres

Mt . It A corrente é invertida, operando-se uma chave comuta-


K= ... (49)
AN2 .δ t dora, e a leitura é feita no fluxímetro ou no galvanômetro
balístico.
Onde:
3.16.4.4 Cálculo da indução
Mt = valor do indutor mútuo de calibração, em henrys
3.16.4.4.1 Para o método A
It = valor de corrente de calibração, em ampéres
O fluxímetro indica, na comutação, o valor de indução in-
δ t = subdivisão da escala trínseca (Bi). A indução é calculada de acordo com a
equação:
A corrente do enrolamento primário é ajustada para um
dado valor de intensidade de campo de acordo com a
B = µ o H + Bi ... (51)
equação:

N1 I1 Onde:
H= ... (50)
lm
B i = indução intrínseca, indicada pelo fluxímetro, em
teslas
Onde:

H = valor eficaz da intensidade de campo, em H = valor eficaz da intensidade de campo, em


ampéres por metro ampéres por metro

N 1 = número de espiras do enrolamento primário do


µ o = constante de indução igual a 4 x 10-7 Wb/A.m
quadro Epstein

Figura 17 - Circuito de ensaio com corrente contínua

Figura 18 - Circuito de ensaio empregando galvanômetro balístico


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3.16.4.4.2 Para o método B N 2 = número de espiras do enrolamento secundário

A indução é calculada de acordo com a equação: Rs + Rp


.Cq = C = constante balística (ver Anexo E)
Rp
Rs + Rp 1
B$ = . Cq . α ... (52)
Rp 2A . N2
R s = resistência em série com o galvanômetro, em
ohms
Onde:

R p = resistência em paralelo com o galvanômetro,


B$ = valor de crista de indução, em weber por metro em ohms
quadrado

A = seção transversal do ferro, em metros qua- α = deflexão do ponteiro do galvanômetro


drados

/ANEXO A
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28 NBR 5161/1977
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ANEXO A - Comparações entre os quadros Epstein de 25 cm e 50 cm (ver 3.11.1)

A-1 A diferença essencial do quadro de 25 cm em relação cálculo das perdas totais consta em 3.11.2.7 e 3.14.2.6, e
ao de 50 cm consiste na disposição das tiras, além do no caso da determinação da intensidade de campo, em
seu menor comprimento e da menor quantidade de cor- 3.12.2.3.
pos-de-prova. Enquanto o circuito magnético do quadro
de 50 cm é constituído de quatro feixes de tiras, os quais A-2 Outra diferença em relação ao processo do quadro
encostam um no outro perpendicularmente, no quadro de 50 cm consiste na impossibilidade de formarem-se
de 25 cm as tiras são sobrepostas nos cantos, de modo a amostras cujas massas tenham igual valor (como, por
formarem o núcleo. Esta disposição resulta em menor exemplo, no caso do quadro de 50 cm, onde
oposição à passagem do fluxo de uma perna para outra, m = 10,0 kg ± a massa de meia tira), devido à necessidade
reduzindo o fluxo de dispersão nos cantos e o corte da de ser o número de corpos-de-prova divisível por 4. Devido
curva de magnetização. A magnetização é também bas- à espessura variável das chapas não se consegue sempre
tante uniforme ao longo das pernas, no caso de materiais a mesma massa.
de grão orientado de alta permeabilidade. Nos cantos
há, entretanto, quebra da homogeneidade do circuito
magnético. A determinação do fluxo nos cantos é bastante A-2.1 Por este motivo, devem ser determinadas, indivi-
complexa devido à seção transversal dupla do ferro nos dualmente, para cada amostra, a massa, a seção trans-
cantos e da passagem do fluxo perpendicularmente à versal, a massa efetiva e a tensão necessária para o ajuste
superfície das tiras. A maneira de levar isto em conta no de determinada indução.

/ANEXO B
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ANEXO B - Indução senoidal em aço para fins elétricos (ver 3.11.2.6)

B-1 A determinação das propriedades magnéticas sob B-2.1 Quando a fonte de energia for capaz de gerar teor sig-
corrente alternada, características da excitação com uma nificativo de harmônicos pares, o método do fator de forma
freqüência única de excitação, requer que o fluxo magné- para detecção de afastamentos da forma senoidal pode não
tico induzido no corpo-de-prova seja senoidal. Esta con- ser adequado. Neste caso, recomenda-se observar a forma
dição implica que a tensão induzida nos enrolamentos de onda por meio de um osciloscópio de raios catódicos ou
secundários do circuito de ensaio seja senoidal. de um aparelho adequado para medir a distorção. Quando
for requerida a máxima exatidão na determinação de afas-
B-2 Desde que o teor de harmônicos pares, produzidos tamentos da forma senoidal, como em ensaios de perícia,
pela fonte de energia que alimenta os enrolamentos do pode ser utilizado um analisador de harmônicos para indicar
circuito de ensaio, seja desprezível, os afastamentos da a exatidão da forma de onda.
onda senoidal exata podem ser determinados, satisfa-
toriamente, pela medição do fator de forma da tensão se-
cundária.

/ANEXO C
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NBR 5161/1977 31

ANEXO C - Indutor mútuo para compensação do fluxo de dispersão (ver 3.11.2.7)

C-1 A seção transversal total At do enrolamento secun- necessárias. A tensão secundária do indutor mútuo com-
dário é obviamente maior do que a seção transversal A pensa o valor da tensão secundária do quadro Epstein,
do corpo-de-prova.
causada pela variação do fluxo de dispersão, de modo
$ A t - A na equação (1) desaparecerá.
que o termo µ oH
C-1.1 Portanto, o fluxo de dispersão no enrolamento se- A
cundário contribui para a tensão induzida naquele enro- Assim, a indução no corpo-de-prova pode ser calculada
lamento, e a indução B’$ calculada a partir da tensão se- diretamente da tensão secundária, usando a equação:
cundária medida difere da indução B$ no corpo-de-prova,
como mostra a equação:
U2
B$ = ... (2)
4 f.N2 .A
$ = B$ + µ H
B’ $ At - A ... (1)
o
A
Onde:
Onde:
B$ = valor de crista da indução no corpo-de-prova,
$ = indução calculada a partir da tensão secundá-
B’ em teslas
ria medida, em teslas
U2 = valor médio da tensão secundária, em volts
B$ = indução do corpo-de-prova, em teslas
f = freqüência medida, em hertz

µ o = 4 π x 10-7 H/m (henry/metro): permeabilidade


N 2 = número de espiras do enrolamento secundário
do vácuo do quadro Epstein

$
H Desta forma, o ensaio é simplificado e a exatidão dos
= intensidade de campo magnético, em ampéres
por metro resultados é aumentada.

C-1.2.1 As espiras do indutor mútuo devem ser enroladas


At = seção transversal total do enrolamento secun-
dário do quadro Epstein, em metros quadrados em um carretel cilíndrico de material não condutor e não
magnético, o qual recebe primeiramente o enrolamento
primário e depois o secundário. Este último deve ter um
A = seção transversal magnética do corpo-de-prova, número de espiras maior do que o requerido, a fim de
em metros quadrados propiciar o ajuste da indutância mútua. Para completa
compensação, é necessário um valor de indutância mútua
Então, caso nenhuma precaução seja tomada, haverá igual a :
um erro em B$ de:

µ oN1 N2 (A t - A)
Mc = ... (3)
$ At - A lm
µo H
A

que varia com a seção (At - A), onde:


Para reduzir este erro, é desejável deixar o mínimo pos-
sível de folga entre o enrolamento e o corpo-de-prova,
M c = valor da indutância mútua para compensação
preenchendo cada enrolamento com o maior número pos-
do fluxo de dispersão, em henrys
sível de corpos-de-prova. Isto implicaria cortar um grande
número de tiras sem, contudo, aumentar substancial-
mente a exatidão dos resultados finais. Por outro lado, N 1 = número de espiras do enrolamento primário do
para corrigir o erro, seria necessário determinar a inten- quadro Epstein
sidade de campo magnético (de acordo com esta Norma),
ou escolher para esta grandeza um valor característico N 2 = número de espiras do enrolamento secundário
do material a ser ensaiado. Tais correções consomem do quadro Epstein
tempo ou são inexatas.
lm = comprimento efetivo convencional do circuito
C-1.2 O uso do indutor mútuo para compensação do fluxo magnético, em metros ( lm = 0,94 m)
de dispersão faz com que estas correções sejam des-
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32 NBR 5161/1977

Ao invés de usar a equação (3), recomenda-se fazer um através do enrolamento primário, na ausência dos corpos-
ajuste permanente da indutância mútua para um valor de-prova no quadro Epstein, a tensão medida entre os
igual ao da existente entre os enrolamentos primário e terminais do enrolamento secundário não deve ser su-
secundário do quadro Epstein em vazio. O ajuste é feito perior a 0,1% da tensão que aparece nesse enrolamento
pela variação do número de espiras do enrolamento se- sem o indutor mútuo. Deve ser notado que, neste caso, a
cundário. O enrolamento primário do indutor mútuo é li- indução calculada pela equação (2) é a indução intrín-
gado em série com o primário do quadro Epstein, enquanto seca B$ i = B.
$ µH
o
$ (polarização magnética), que não difere
o enrolamento secundário do indutor mútuo é ligado em suficientemente da indução B$ para tornar necessária uma
oposição série ao secundário do quadro Epstein. O ajuste distinção no âmbito deste método de ensaio.
deve ser tal que, quando circular uma corrente alternada

/ANEXO D
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NBR 5161/1977 33

ANEXO D - Separação das perdas totais em histeréticas e Foucault pelo método das duas freqüências -
Processo analítico (ver 3.11.4.4.2)

D-1 Parte-se da equação: Pc 2 - aPc 1


Pp = Cp f22 = ... (7)
2 a - 1
Pc = A pB$ 2 f 2 + AhB$ x f ... (1)
Onde:
conforme 3.11.4.4.2.
Pp = perdas Foucault do corpo-de-prova, em watts,
1
D-1.1 Efetuando-se as medições em duas freqüências, para fluxo senoidal, na freqüência f1, em hertz
têm-se:
Pp = perdas Foucault do corpo-de-prova, em watts,
2
2
Pc 1 = C f + Chf1 para fluxo senoidal, na freqüência f2, em hertz
p 1 ... (2)

Analogamente,
Pc 2 = Cp f22 + Chf2 ... (3)

a 2 Pc 1 - Pc 2
Onde: Ph1 = Ch f1 = ... (8)
a (a - 1)
Pc 1 = perdas totais do corpo-de-prova, em watts,
para fluxo senoidal, na freqüência f1, em hertz
a 2 Pc 1 - Pc 2
Ph2 = Ch f2 = ... (9)
Pc 2 = perdas totais do corpo-de-prova, em watts, a - 1
para fluxo senoidal, na freqüência f2, em hertz
Onde:
= A pB$ , conforme 3.11.4.4.2
2
Cp
Ph1 = perdas histeréticas do corpo-de-prova, em
watts, para fluxo senoidal, na freqüência f2 , em
C h = AhB$ x , conforme 3.11.4.4.2 hertz

D-1.2 Resolvendo-se o sistema formado pelas equações Ph2 = perdas histeréticas do corpo-de-prova, em
(2) e (3), obtém-se: watts, para fluxo senoidal, na freqüência f2, em
hertz
a (Pc2 - a Pc1 )
Cp = ... (4) D-1.3 Quando se quiser determinar as perdas histeréticas
f22 (a - 1)
e de Foucault em uma freqüência f, hertz, intermediária a
f1 e f2, então:
e
Pp = Cp f2 ... (10)
a 2 Pc1 - Pc2
Ch = ... (5)
f2 (a - 1) Ph = Ch f2 ... (11)

Onde: Onde:

f2 Cp e Ch = são obtidos respectivamente das equa-


a = , razão das freqüências ções (4) e (5)
f1

Pp = perdas Foucault do corpo-de-prova, em


Obtém-se então:
watts, para fluxo senoidal, na freqüência f,
em hertz
Pc 2 - aPc 1
Pp = Cp f12 = ... (6)
1 a (a - 1) Ph = perdas histeréticas do corpo-de-prova, em
watts, para fluxo senoidal, na freqüência f,
e em hertz
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34 NBR 5161/1977

D-1.4 As perdas totais são dadas por: D-1.5 Permanecem válidas as considerações feitas em
3.11.4.4.1 quanto à caracterização das parcelas da perda
Pc = Pp + Ph = Cp f2 + Ch f total como perdas histeréticas e Foucault. A restrição de
que as freqüências f1 e f2 sejam no máximo respectiva-
Onde: mente a metade e o dobro de f (ver 3.11.4.4.2), prende-se
ao fato de que em uma faixa mais ampla de freqüências
P c = perdas totais do corpo-de-prova, em watts, para
poderiam surgir variações nos valores de Cp e Ch. Este
fluxo senoidal, na freqüência f, em hertz
processo justifica o processo gráfico apresentado em
Assim, obtém-se a proporção das perdas, ou seja: 3.11.4.4.2.

Pp P
Kp = Kh = h
Pc e Pc

sendo Kp e Kh definidos em 3.11.4.4.2.

/ANEXO E
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NBR 5161/1977 35

ANEXO E - Determinação da constante balística C (ver 3.16.4.4)

E-1 O valor da constante balística é determinado Esta variação no fluxo de ligações dá origem a uma
utilizando-se o circuito mostrado na Figura 19. quantidade Q de eletricidade no circuito e produz uma
deflexão do ponteiro do galvanômetro equivalente a um
E-1.1 Uma corrente de valor I1 é ajustada ao circuito, atu- ângulo α . Esta quantidade de eletricidade é dada por:
ando-se na resistência r e então a chave seletora é alter-
nada da posição 1 para posição 2. Como resultado, a 2N2 φ 2 2MI1
Q = =
corrente do circuito é revertida desde +I1 até -I1 e o fluxo r2 r2
associado com o enrolamento secundário do indutor
mútuo M muda para : e a constante balística é:

Q 2MI1
2MI1 = 2N2φ 2 C = r2 =
α α

Figura 19

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