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NORMATÉCNICA
Método de ensaio
Origem: MB-450/1977
CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
CE-03:068.01 - Comissão de Estudo de Produtos Laminados Planos de Aço
para Fins Elétricos
NBR 5161 - Steel planes laminated products for electrical use - Verification of
properties - Method of test
Copyright © 1977, Descriptors: Steel product. Steel for electrical use
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas Esta Norma foi revalidada em MAIO 1996
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Produto de aço. Aço para fins elétricos 35 páginas
Todos os direitos reservados
Esta Norma estabelece o procedimento para a verificação Este método de ensaio indica dois procedimentos:
das propriedades dos produtos laminados planos de aço
a) procedimento do empuxo;
para fins elétricos.
b) procedimento da resistividade.
2 Documentos complementares
O desvio-padrão dos resultados de cada um dos dois
Na aplicação desta Norma é necessário consultar: procedimentos é da ordem de 0,2% a 0,3%. Em caso de
perícia, deve ser utilizado o procedimento do empuxo.
NBR 9025 - Produtos planos de aço, para fins elé-
tricos, de grão não orientado, totalmente processados 3.2.1 Amostra
- Especificação
3.2.1.1 Forma dos corpos-de-prova
NBR 9026 - Produtos planos de aço, para fins elétri-
cos, de grão não orientado, semiprocessados - Espe- Como corpos-de-prova devem ser empregadas tiras cor-
cificação tadas na direção da laminação, devido à sua espessura
mais uniforme, das chapas escolhidas para a medição.
IEC 51 - Direct acting indicating analogue electrical- Devem ser empregadas, de preferência, as tiras cortadas
measuring instruments and their accessories de acordo com 3.11.3 ou 3.13.3.
2 NBR 5161/1977
A densidade de massa (d) e a resistividade dos produtos Cada corpo-de-prova deve ser pesado individualmente.
siliciosos para fins elétricos abrangidas por 3.2.3.1 são Em seguida devem ser medidos:
funções dos teores de silício e de alumínio. Das equações:
a) comprimento total ( l );
ρ . le
Re = ... (2)
b. s b) base de medida ( l e );
obtém-se a equação:
Calculam-se os valores médios a partir dos valores in-
dividuais medidos e substituem-se na equação (4),
Rem obtendo-se o produto dρ . No gráfico da Figura 1 obtém-
dρ = ... (4)
le . l se a densidade de massa (d) correspondente ao produto
dρ encontrado. A incerteza na determinação do produto
dρ tem pouca influência sobre o valor determinado da
Onde:
densidade de massa (d) por ser aplicável ao erro relativo
a seguinte equação aproximada:
b = largura do corpo-de-prova, em metros
NBR 5161/1977 3
Considera-se como densidade de massa do produto dρ 3.3.3.1 Os corpos-de-prova devem ser constituídos de tiras
a média aritmética das densidades de massa dos cinco planas de seção transversal substancialmente uniforme.
corpos-de-prova.
3.3.3.2 Cada corpo-de-prova deve ser representativo do
3.3 Resistividade material nas condições físicas em que foi remetido, salvo
acordo diferente entre fabricante e comprador.
3.3.1 Resistividade do corpo-de-prova
3.3.3.3 O corpo-de-prova deve ter o comprimento mínimo
A resistividade de um corpo-de-prova de seção transver- de 25 cm e largura mínima de 3 cm. A largura deve ser
sal uniforme A é definida pela equação: uniforme.
4 NBR 5161/1977
NBR 5161/1977 5
3.4 Coeficiente de resistência de isolamento superficial Entretanto, este ensaio proporciona um índice útil da
qualidade da isolação superficial. Para avaliar-se a qua-
3.4.1 Generalidades
lidade da isolação de uma única superfície, dez leituras
de Im são feitas e os valores medidos aplicados à equação:
Nota: Deve ser ressaltado que haverá considerável aumento no Para obter-se um resultado composto, representativo de
coeficiente de resistência de isolamento superficial, se os 10 I
m
corpos-de-prova forem recozidos ou isolados, ou ambos,
ambas as superfícies do produto, o valor de i =∑ 1 i é
10
depois de cortados ou estampados. calculado a partir de cinco medidas de Im em cada super-
fície.
3.4.2 Princípio de medição
3.4.3 Aparelhagem
Dez contatos metálicos de área determinada são aplica-
dos sobre a superfície revestida do corpo-de-prova sob A aparelhagem necessária ao ensaio é a descrita em
condições especificadas de tensão e pressão. Um resistor 3.4.3.1 a 3.4.3.6.
de 5 Ω é ligado em série com cada contato. A medida da
eficácia da isolação superficial em limitar a circulação de 3.4.3.1 Fonte de alimentação
corrente através da superfície é proporcionada pela soma
das correntes dos dez contatos, como mostrado na Figu- O circuito de medida pode ser alimentado por baterias ou
ra 3. Esta corrente é definida como Im. Como o caminho por uma fonte de tensão contínua capaz de assegurar
da corrente é entre os contatos e o substrato metálico, uma tensão de 0,5 V ± 0,5% para correntes variando de
esta não é uma medida real do isolamento interlaminar. 0 A a 1,0 A.
6 NBR 5161/1977
O corpo-de-prova é comprimido entre uma placa e o con- O coeficiente de resistência do isolamento superficial é
junto de contato. O conjunto de contato consiste em dez calculado de acordo com a equação (10). Este valor ca-
hastes metálicas, montadas verticalmente em um suporte, racteriza a qualidade do revestimento.
e que se movem axialmente sob ação de molas. Estas
dez hastes de contato são normalmente dispostas em 3.5 Fator de empilhamento
duas fileiras paralelas de cinco contatos. Entretanto, por
conveniência, os dez contatos podem ser dispostos em 3.5.1 Amostra
uma só fileira. Cada haste é equipada com uma base de
contato de bronze (ou outro metal adequado como por Deve ser retirado um total de 100 tiras. Cada tira deve ter
exemplo, aço inoxidável) e deve ser isolada eletricamente largura de no mínimo 20 mm e área de no mínimo
do suporte. A área total do contato das dez bases deve 50 cm2. As dimensões devem ser medidas com exatidão
ser de 645 mm2, todas as bases tendo idênticas áreas de de ± 0,1 mm. As rebarbas das tiras devem ser cuidado-
contato. O contato elétrico com o substrato metálico do samente removidas.
corpo-de-prova deve ser feito através de duas brocas
helicoidais (que perfuram o revestimento isolante) sob 3.5.2 Ensaio
pressão de molas, com cerca de 3 mm de diâmetro.
As tiras devem ser empilhadas corretamente entre duas
3.4.3.3 Resistor de 5 Ω placas de uma prensa e submetidas a pressão de
10 MPa. As placas devem ser de dimensões suficientes
Cada base de contato é ligada em série com um resistor para cobrir inteiramente as tiras. Sob esta pressão, me-
de 5 Ω ± 1%. Os dez contatos, com seus respectivos re- de-se, com exatidão de 0,1 mm, a distância entre as placas
sistores, devem ser ligados em paralelo como mostrado próximas às quatro arestas da pilha, ou, se isso não for
na Figura 3. possível, próximo ao meio das faces menores.
A tensão é medida por um voltímetro adequado de classe O fator de empilhamento (F e) é determinado pela
1 ou melhor, sua resistência interna deve ser igual ou equação:
superior a 1000 Ω /V. Se possível deve ser utilizado um
voltímetro com resistência interna muito elevada, de modo m
que não seja necessário aplicar correção para seu con- Fe = ... (11)
s.h. d
sumo.
Onde:
3.4.3.5 Medição da corrente
m = massa da pilha de tiras, em quilogramas
A corrente é medida por um amperímetro de classe 1 ou
melhor. O zero deste amperímetro pode ser deslocado, s = área média das tiras, em metros quadrados
de modo a não incluir na leitura a corrente que circula
pelo voltímetro. h = altura média da pilha, em metros
NBR 5161/1977 7
h = desvio de aplainamento
O corpo-de-prova deve ser cortado longitudinalmente. As
duas partes devem ser justapostas sobre o desempeno,
L = comprimento da onda correspondente na sua posição relativa original. Para melhor exatidão
das medidas, devem ser colocados pesos, de forma a
Fa = fator de aplainamento, arredondado para mantê-las planas.
porcentos inteiros
8 NBR 5161/1977
No caso de medição de perdas a serem efetuadas em Consiste em dois enrolamentos constituídos cada um de
corpos-de-prova envelhecidos, estes devem ser aque- quatro bobinas ligadas em série que, juntamente com o
cidos durante 600 h a 100°C e resfriados à temperatura núcleo, formam o circuito magnético. As bobinas são mon-
ambiente. Podem ser efetuadas medições intermediárias tadas em quatro carretéis de material isolante duro, cada
depois de 200 h e 400 h para assegurar-se de que o um dos quais suporta duas bobinas concêntricas. A bo-
envelhecimento estará terminado após 600 h. Mediante bina externa faz parte do enrolamento primário e a interna
acordo entre fornecedor e comprador, na ordem de com- do enrolamento secundário. O enrolamento primário
pra, pode ser efetuado um ensaio acelerado de 24 h a constitui o enrolamento de excitação e o secundário de
225°C em substituição ao tratamento indicado acima. medição de tensão. Os carretéis são fixados sobre uma
base de material não magnético e não condutor, formando
um quadrado. As dimensões do quadro Epstein são indi-
3.11 Determinação das perdas totais pelo quadro cadas na Figura 5. Recomenda-se uma blindagem ele-
Epstein de 25 cm - Método do Wattímetro trostática entre os enrolamentos primário e secundário.
As bobinas devem ser uniformemente distribuídas sobre
3.11.1 Generalidades um comprimento não inferior a 190 mm, possuindo cada
uma delas um quarto do número total de espiras do en-
O emprego do quadro Epstein de 25 cm abrange todos rolamento ao qual pertencem. O número de espiras dos
os tipos de produtos laminados planos de aço para fins enrolamentos primário e secundário é escolhido de acor-
elétricos (ver Anexo A). Para este ensaio são especifi- do com a fonte de alimentação e os instrumentos de
cados os limites de indução que asseguram a sua vali- medição. Para medições na faixa de freqüência de 50 Hz
dade. Estes limites dependem do tipo de aço, das caracte- a 400 Hz, recomenda-se, de acordo com a prática corren-
rísticas da fonte, dos instrumentos utilizados, do quadro te, utilizar um total de 700 espiras a 1000 espiras. A fim
Epstein e do indutor mútuo utilizado para a compensação de obter-se as menores impedâncias possíveis para os
do fluxo de dispersão. A fim de assegurar um ensaio válido, enrolamentos, as seguintes condições devem ser sa-
é essencial manter-se a forma senoidal da onda de in- tisfeitas:
dução. As perdas totais podem, geralmente, ser determi-
nadas em produtos de grão orientado com valor de crista R1
de indução até cerca de 1,8 T (18 kG) e em produtos de 2
≤ 1,25 x 10-6 Ω
N 1
grão não orientado até cerca de 1,5 T (15 kG). A faixa de
freqüência deve ficar, de preferência, entre 15 Hz e
100 Hz. Quando forem utilizados instrumentos adequa- R2
dos, pode ser atingido um limite superior de 400 Hz. As ≤ 5 x 10-6 Ω
N22
medições devem ser efetuadas sobre corpos-de-prova
previamente desmagnetizados e à temperatura de
23°C ± 5°C. As perdas totais em material ferromagnético L1
em um campo alternado compreendem: ≤ 2,5 x 10-9 H
N12
Onde:
As perdas totais são indicadas em W/kg para determinado
valor de crista de indução e determinada freqüência. De
R1, R2 = resistências totais dos enrolamentos primá-
acordo com as NBR 9025 e NBR 9026, são designadas,
rio e secundário, em ohms, respectivamente
por exemplo, para freqüência de 50 Hz:
A indução é medida em função da intensidade do campo Estas condições são satisfeitas, por exemplo, para enro-
magnético e designada, por exemplo, como B100 para um lamentos com as seguintes características:
valor de crista da intensidade do campo magnético de
100 A/cm. a) número total de espiras: N1 = N2 = 700;
NBR 5161/1977 9
10 NBR 5161/1977
NBR 5161/1977 11
b) a forma de onda deve ser senoidal. Considera-se A seção transversal A do corpo-de-prova é obtida pela
satisfeito este requisito quando o fator de forma F equação:
da tensão secundária não se afastar mais de 1%
de 1,11:
m
A= ... (16)
U 4. l.d
F = 2 ... (14)
U2
Onde:
Onde:
m = massa do corpo-de-prova, em quilogramas
U 2 = valor eficaz da tensão
l = comprimento de uma tira, em metros
U2 = valor médio da tensão secundária em
um semiperíodo entre duas passagens
pelo zero (valor médio da semi-onda) d = densidade de massa do material do corpo-de-
prova, em quilogramas por metro cúbico
Nota: A freqüência deve ser mantida constante dentrode
± 0,2%. O amperímetro do circuito primário deve ser observado
para assegurar que o circuito de corrente do wattímetro
3.11.4.2 Teoria e esquema de ligações
não seja sobrecarregado. Em seguida, devem-se anotar
O quadro Epstein formado pelos enrolamentos primário as leituras dos voltímetros de tensão média e de tensão
e secundário, tendo por núcleo a amostra, constitui um eficaz, a fim de se determinar o fator de forma da onda
transformador, cujas perdas em vazio são medidas pelo de tensão no secundário, e então fazer a leitura do
método do wattímetro (ver esquema da Figura 6). O voltí- wattímetro.
metro e o circuito de tensão do wattímetro são ligados ao
enrolamento secundário para evitar que sejam incluídas
na medição as perdas no cobre e a queda de tensão no
enrolamento primário. A indução é calculada a partir do
valor médio da tensão secundária. O fator de forma e a
potência absorvida pelo secundário são determinados
por meio do valor eficaz da tensão secundária.
12 NBR 5161/1977
N 2 = número de espiras do enrolamento secundário observa-se que a correção das perdas totais em função
do fator de forma da onda de tensão, baseada nas par-
N 1 = número de espiras do enrolamento primário celas das componentes de primeira e segunda potências
da freqüência, fornece a correção adequada sob todas
as condições práticas, desde que o fator de forma seja
R i = resistência equivalente à dos instrumentos no determinado com suficiente exatidão e o afastamento da
circuito secundário, em ohms forma senoidal não ultrapasse os limites permitidos. A
equação (21), usada para corrigir as perdas em watts, é
R t = soma das resistências dos enrolamentos derivada da seguinte equação:
secundários do quadro Epstein e do indutor
mútuo Mc, em ohms
2
F
Pt = Ph + Pp ... (19)
As perdas específicas totais (Ps) são obtidas dividindo-se 1,11
Pc pela massa efetiva do corpo-de-prova (3.11.2.1).
sendo Pt determinada por:
Pc P . 4l
Ps = = c ... (18)
ma m . lm N1 (1,11 U2)2
Pt = . P’m - ... (20)
N2 Ri + R t
Onde:
Onde:
P s = perdas específicas totais do corpo-de-prova, em
watts por quilograma
Pt = perdas totais do corpo-de-prova calculadas,
em watts, para fluxo com fator de forma
m = massa total do corpo-de-prova, em quilogramas da tensão fora de ± 1% de 1,11
ma = massa efetiva do corpo-de-prova, em quilo- Ph = perdas aparentes por histerese, em watts, para
gramas fluxo senoidal
As perdas específicas totais calculadas desta maneira P’ m = potência medida com o wattímetro, em watts,
são arredondadas para 0,01 W/kg. para fluxo com fator de forma da tensão fora
de ± 1% de 1,11
3.11.4.4.1 Correção das perdas devido a desvios no fator
de forma A perda corrigida pode ser obtida com bastante precisão
pela equação:
Recomenda-se manter o fator de forma da tensão indu-
zida dentro de ± 1% de 1,11 (isto pode ser obtido por
meio de diversos métodos, como, por exemplo, sistemas Pt
Pc = 2
eletrônicos de realimentação). Caso esta condição não F ... (21)
possa ser mantida, é permitido fazer correções na medi- Kh + K p
1,11
ção das perdas, para levar em conta o desvio no fator de
forma, até um máximo de 10%. Ao corrigirem-se as perdas
totais em função do fator de forma, admite-se componente Onde:
histerética independente do fator de forma, se o valor de
crista da indução estiver em seu valor correto (como
P c = perdas totais do corpo-de-prova, em watts, para
quando se usa um voltímetro de fluxo para estabilizar o
fluxo senoidal
valor da indução). A componente Foucault, sendo função
do valor eficaz da tensão, depende do fator de forma da
Ph
onda de tensão. Realmente, o ensaio de separação de Kh = = relação entre as pe rdas devidas à
perdas pelo método da variação da freqüência não for- Pc histerese e as perdas totais, do corpo-
nece valores das componentes histerética e Foucault, de-prova, para fluxo senoidal
mas sim separa as perdas totais em duas componentes,
uma que varia com a primeira potência da freqüência e Pp
Kp = = relação entre as perdas devidas a
outra que varia com a segunda potência da freqüência. Pc correntes de Foucault e as perdas totais
Apesar das dificuldades acadêmicas associadas em do corpo-de-prova, para fluxo senoidal,
caracterizar tais componentes como histerética e Foucault, sendo Kh + Kp = 1
Cópia não autorizada
NBR 5161/1977 13
Porém, exatidão suficiente pode ser obtida pela seguinte tem coeficiente angular tg (Ap B$ ). Tem-se assim os ter-
equação aproximada: mos Ah B$ x e ApB $ 2 , que multiplicados, respectivamente,
2
por f e f nos dão os valores separados das perdas:
∆F
∆P = 2 K p( ) P
1,11 t ... (22) $2 2
Pp = A pB f ... (25)
Onde:
Ph = Ah B$ f
x
... (26)
∆P = Pc - Pt = diferença das perdas devido à
distorção de onda
de onde se obtém a proporção das perdas:
14 NBR 5161/1977
As características acima devem ser determinadas para dância primária mais baixa possível. Para minimizar os
valores de crista da indução especificados e freqüências erros, a impedância secundária do indutor deve ser baixa
especificadas. Para se obter resultados comparáveis, a em comparação à do instrumento de medida a ele ligado.
indução deve ser senoidal. Em conseqüência, em aço Durante a calibração e o uso do indutor, devem ser toma-
não orientado as medições podem ser efetuadas até uma das precauções para que as medidas não sejam afetadas
indução B$ = 1,5 T (15 kG) e em aço orientado até pelo fluxo de dispersão do quadro Epstein ou de outros
B$ = 1,8 T (18 kG). A faixa de freqüência deve ficar, de equipamentos.
preferência, entre 15 Hz a 100 Hz. Quando forem utilizados
instrumentos adequados pode ser atingido um limite 3.12.2.3 Compensação da queda de tensão devida ao fluxo
superior de 400 Hz. de dispersão
Conforme 3.11.3.
3.12.2.1 Quadro Epstein de 25 cm
3.12.4 Procedimento
Conforme descrito em 3.11.2.1.
Conforme 3.11.4.1.
Utilizam-se um voltímetro de valor médio e um freqüen-
címetro, satisfazendo os requisitos de 3.11.2.2 e 3.11.2.4,
e mais um amperímetro de valor eficaz, de baixa impe- 3.12.4.2 Teoria e esquema de ligações
dância, de classe 0,5 ou melhor. Se o método utilizado
para medição da intensidade do campo magnético for o 3.12.4.2.1 Valor de crista da indução
do resistor calibrado, é necessário um voltímetro ele-
trônico de crista de alta sensibilidade, mostrando os valo-
O valor de crista da indução B$ é determinado para cada
res de crista ou um osciloscópio de raios catódicos pré- $ através da
valor de crista da intensidade de campo H
calibrado. A exatidão da medida máxima da escala do
medida da tensão média do secundário, como indica a
instrumento utilizado deve ser de ±3% ou melhor. O re-
equação apresentada em 3.11.4.3.
sistor calibrado deve ter exatidão de ±0,5% ou melhor. O
valor da resistência a ser escolhida depende da sensibi-
lidade do voltímetro de crista. Ela não deve exceder 3.12.4.2.2 Valor eficaz da intensidade de campo magnético
1 Ω , quando se utilizar o quadro Epstein de N1 = 700 es-
piras, a fim de minimizar a distorção da forma de onda de O valor eficaz da intensidade de campo magnético H é
indução. Se o método utilizado para medição da inten- calculado a partir do valor eficaz da corrente primária
sidade do campo magnético for o do indutor mútuo, este medida por um amperímetro de valor eficaz no circuito
deve ter uma exatidão de ±0,5% ou melhor e uma impe- mostrado na Figura 9.
NBR 5161/1977 15
3.12.4.2.3 Valor de crista da intensidade de campo magnético crista da queda de tensão através do resistor (Rn) é lido
no voltímetro de crista. De acordo com o método B, a
O valor de crista da intensidade de campo H $ é calculado tensão média no secundário do indutor mútuo é lida no
a partir do valor de crista da corrente primária $I . Deve-se voltímetro de tensão média.
notar que para valores baixos de intensidade de campo
os valores de crista da indução e da intensidade de campo 3.12.4.3.3 Determinação das características
não ocorrem simultaneamente devido ao arredonda-
mento do ciclo de histerese dinâmico, provocado pelas
$
3.12.4.3.3.1 Determinação de B
correntes Foucault. Os métodos alternativos de medição
são:
O valor de crista da indução é dado pela equação:
a) método A:
3.12.4.3.1 Preparação para as medições Nota: Para obter-se U2 , a leitura do voltímetro deve ser corrigida
pelo fator:
Conforme 3.11.4.3.
3.12.4.3.2 Medições R v + R2
... (30)
Rv
Na prática, são determinados valores simples ou grupos
de valores de indução B$ e intensidade de campo magné-
tico (H ou H$ ). Se a intensidade do campo magnético é Onde:
Figura 10 - Circuito para medição do valor de crista da intensidade de campo magnético, usando um voltímetro de
crista
Cópia não autorizada
16 NBR 5161/1977
B$
$=
H
N1 $ µ rap =
. U ... (32) $
µ. H ... (34)
Rn . lm
m
Onde:
3.12.4.3.3.4 Determinação da potência aparente específica
Ss
$
H = valor de crista da intensidade de campo, em
ampéres por metro A potência aparente é dada por:
volts
Figura 11 - Circuito para medição do valor de crista da intensidade do campo magnético, usando um indutor mútuo
Cópia não autorizada
NBR 5161/1977 17
3.13.2 Aparelhagem
Onde:
l = comprimento de uma tira, em metros 3.13.2.1 Indutor mútuo para compensação do fluxo de
dispersão (Mc)
Nota: Mediante acordo entre fabricante e comprador, o fluxímetro pode ser substituído por um galvanômetro balístico ou um inte-
grador de carga eletrônico.
18 NBR 5161/1977
Onde:
R = resistência em série com o fluxímetro
µo = 4 π x 10 -7
3.13.4 Corpo-de-prova
3.13.2.2 Indutor mútuo de calibração (Mt)
Os corpos-de-prova usados são idênticos àqueles defini-
Para calibrar o fluxímetro, é usado um indutor mútuo, tendo dos para a determinação da perda específica total.
um valor Mt para permitir o ensaio em todos os valores do
campo. Geralmente é suficiente o uso de valores entre
50 mH e 100 mH, com erro conhecido e menor que 3.13.5 Método de medição
± 0,2%. O primário precisa ser capaz de conduzir a corren-
te de calibração sem se aquecer apreciavelmente. 3.13.5.1 Preparação
NBR 5161/1977 19
3.13.5.4 Determinação dos valores de indução A indução é medida em função da intensidade do campo
magnético e designada, por exemplo, como B100 para um
Para determinar os valores de indução, a chave comuta- valor de crista da intensidade do campo magnético de
dora D1 é mantida fechada em uma das duas posições 100 A/cm.
possíveis, e a chave comutadora D2 na posição m. A
corrente de magnetização I1 é então ajustada através do 3.14.2 Aparelhagem
resistor R’. O valor do campo é estabelecido pela equa-
ção: A aparelhagem necessária ao ensaio é a descrita em
3.14.2.1 a 3.14.2.3.
N1 I1
H = ... (40)
lm 3.14.2.1 Quadro Epstein de 50 cm
20 NBR 5161/1977
Onde: Onde:
Estas condições são satisfeitas, por exemplo, para enrola- O valor médio da tensão secundária (U2) é medido por
mentos com as seguintes características: um voltímetro de bobina móvel e retificador da classe
0,5 ou melhor (conforme IEC 51).
a) número total de espiras: N1 = N2 = 600; Nota: Deve-se notar que em instrumentos deste tipo, normal-
mente, não se lê o valor médio, porém 1,11 vez este valor,
que corresponde ao valor eficaz da tensão quando a forma
b) cada bobina deve ser constituída de duas cama-
de onda é senoidal pura, sendo esta uma característica
das de 150 espiras cada, de fio de cobre de
importante dos voltímetros de tensão média.
5,5 mm2 de seção transversal em cada carretel.
Voltímetros eletrônicos podem também ser usados. A cor-
O comprimento efetivo do circuito magnético neste equi- rente drenada pelo circuito secundário deve ser a menor
pamento de ensaio é adotado, com boa aproximação, possível. Conseqüentemente, a resistência interna do vol-
como lm = 1,94 m. Em conseqüência, a massa efetiva, tímetro de tensão média deve ser pelo menos 1000 Ω /V.
isto é, magneticamente efetiva, do corpo-de-prova é dada Para medir-se o valor eficaz da tensão secundária (U2),
pela equação: deve-se usar um voltímetro de valor eficaz verdadeiro,
como, por exemplo, um voltímetro de termopar. O erro
desse aparelho deve ser igual ou menor que 0,5% do va-
lm . m lor máximo da escala de leitura. A resistência interna deve
ma = ... (41)
4l ser no mínimo de 500 Ω /V.
NBR 5161/1977 21
O freqüencímetro deve ser da classe 0,5 ou melhor, con- - 5 kg de tiras cortadas em direção normal à da
forme IEC 51. Quando for desejada alta exatidão, a classe laminação;
0,2 é adequada.
- 5 kg de tiras cortadas na direção da laminação;
3.14.2.5 Medição de potência
A potência é medida por um wattímetro de alta sensibi- b) para determinação das perdas em uma só direção
lidade de classe 0,5, ou melhor, conforme IEC 51, apro- (da laminação ou normal a ela), quando isto for
priado para uso em circuitos de baixo fator de potência especificado:
(0,1 ou 0,2). Leituras no primeiro quarto da escala devem
ser evitadas. A resistência do circuito de tensão do wattí-
metro deve ser menor ou igual a 100 Ω /V. Um wattímetro - 10 kg de tiras cortadas na direção especificada.
eletrônico adequado pode ser usado. Além disto, a resis-
tência ôhmica do circuito de tensão deve ter valor pelo Deve ser retirado sempre igual número de tiras de cada
menos 5000 vezes o da reatância, a não ser que esta já direção de uma mesma chapa. Se as tiras forem retiradas
esteja compensada. Deste modo, correções para o ângulo de chapas de comprimento inferior a 500 mm ou houver
de defasagem são evitadas. Quando necessário pode acordo entre as partes, estas podem ser retiradas so-
ser estabelecida uma ligação elétrica entre os enrolamen- mente na direção de laminação. As tiras destinadas ao
tos primário e secundário do quadro Epstein, a fim de ensaio, conforme 3.14.3-a) devem ser separadas em fei-
igualar o potencial das bobinas de tensão e de corrente xes de 2,5 kg, sendo dois feixes constituídos por tiras
do wattímetro, como indicado no esquema da Figura 14. cortadas na direção de laminação e outros dois por tiras
cortadas na direção normal à de laminação. As tiras desti-
3.14.2.6 Medição do fator de forma nadas ao ensaio, conforme 3.14.3-b), também devem ser
separadas em feixes de 2,5 kg cada. Somente tiras de su-
O fator de forma da tensão secundária é a relação entre o perfície plana devem ser usadas. As medições devem
seu valor eficaz e o seu valor médio, medidos com os vol- ser efetuadas sem isolação adicional.
tímetros mencionados em 3.14.2.2, aferidos entre si com
tensão senoidal. O fator de forma deve ser determinado
com exatidão de 0,5%. Deve ser notado que o controle 3.14.4 Procedimento
da forma da onda pela medida do fator de forma pode ser
insuficiente para assegurar a validade da medição. A me- 3.14.4.1 Tensão de ensaio
dida do fator de forma pode ser acompanhada por uma
observação simultânea da imagem da tensão medida
A tensão de ensaio deve satisfazer às seguintes condi-
por meio de um osciloscópio.
ções:
U2
F = ... (42)
U2
3.14.3 Corpo-de-prova
U 2 = valor eficaz da tensão
De cada amostra retiram-se as tiras por um processo que
não deixe rebarbas. As tiras devem ter as seguintes di- U2 = valor médio da tensão secundária em
mensões: um semiperíodo entre duas passagens
pelo zero (valor médio da semi-onda)
- comprimento l = 500 mm ± 0,5 mm;
Nota: A freqüência deve ser mantida constante dentro de ± 0,2%.
- largura b = 30 mm ± 0,2 mm.
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22 NBR 5161/1977
3.14.4.2 Teoria e esquema de ligações eficaz, a fim de se determinar o fator de forma da onda de
tensão no secundário, e então fazer a leitura do wattí-
O quadro Epstein, formado pelos enrolamentos primário metro.
e secundário, tendo por núcleo a amostra, constitui um
transformador cujas perdas em vazio são medidas pelo
método do wattímetro (ver esquema da Figura 14). O vol-
tímetro e o circuito de tensão do wattímetro são ligados
ao enrolamento secundário para evitar que sejam incluí-
das na medição as perdas no cobre e a queda de tensão
no enrolamento primário. A indução é calculada a partir
do valor médio da tensão secundária. O fator de forma e
a potência absorvida pelo secundário são determinados
por meio do valor eficaz da tensão secundária.
m Onde:
A = ... (44)
4. l. d P s = perdas específicas totais do corpo-de-prova, em
watts por quilograma
Onde:
m = massa total do corpo-de-prova, em quilogramas
m = massa do corpo-de-prova, em quilogramas
ma = massa efetiva do corpo-de-prova, em quilo-
l = comprimento de uma tira, em metros gramas
NBR 5161/1977 23
3.14.4.4.1 Correção das perdas devido a desvios no fator 3.15.4.2 Teoria e esquema de ligações
de forma
A intensidade de campo e a indução correspondente são
Conforme 3.11.4.4.1. medidas por meio de bobinas, ficando as bobinas de me-
dição da intensidade de campo bem junto à amostra,
3.14.4.4.2 Separação das perdas totais em histeréticas e como bobinas tangenciais, enquanto as bobinas de in-
Foucault pelo método das duas freqüências dução circundam a amostra. Todas as bobinas ficam na
parte média, homogeneamente magnetizadas, da amos-
Conforme 3.11.4.4.2. tra de 100 mm de comprimento e são ligadas em série. As
tensões induzidas nas bobinas são indicadas por instru-
3.15 Determinação da indução em campo magnético mento de medição, que indica o valor médio (Figura 16).
alternado pelo quadro Epstein de 50 cm Isto permite medir os valores de crista da intensidade de
campo e da indução, independentemente da forma de
3.15.1 Generalidades onda.
3.15.4 Procedimento
Wb
µ O = 4π x 10-7
A. m
3.15.4.1 Tensão de ensaio
24 NBR 5161/1977
NBR 5161/1977 25
c) chaves: A tensão de ensaio deve ser suprida por uma fonte cujo
fator depende do campo máximo desejado. O fator de
- a comutação deve permitir a reprodutibilidade ondulação da tensão de ensaio deve ser menor do que
dos valores de corrente obtidos. A estabilidade 1%.
deve ser melhor que o limite de exatidão do fluxí-
metro. A chave não deve introduzir surtos e deve
satisfazer à seguinte relação: 3.16.4.2 Teoria e esquema de ligações
Onde:
O valor de crista da indução B$ é determinado para um
R 1 = resistência do enrolamento primário dado valor de crista da intensidade de campo H$ através
da medição da indução intrínseca feita por meio de um
R’ = resistência variável do circuito de fluxímetro e conforme esquema mostrado na Figura 17.
alimentação
26 NBR 5161/1977
nado decrescente. No caso de estar-se aplicando o mé- lm = comprimento convencional efetivo do circuito
todo A, é preciso calibrar o fluxímetro antes de cada me- magnético, em metros ( lm = 1,94 m)
dição. A constante K, que dá o valor de indução para uma
divisão da escala igual a B / δ t , é:
I1 = valor eficaz da corrente primária, em ampéres
N1 I1 Onde:
H= ... (50)
lm
B i = indução intrínseca, indicada pelo fluxímetro, em
teslas
Onde:
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/ANEXO A
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A-1 A diferença essencial do quadro de 25 cm em relação cálculo das perdas totais consta em 3.11.2.7 e 3.14.2.6, e
ao de 50 cm consiste na disposição das tiras, além do no caso da determinação da intensidade de campo, em
seu menor comprimento e da menor quantidade de cor- 3.12.2.3.
pos-de-prova. Enquanto o circuito magnético do quadro
de 50 cm é constituído de quatro feixes de tiras, os quais A-2 Outra diferença em relação ao processo do quadro
encostam um no outro perpendicularmente, no quadro de 50 cm consiste na impossibilidade de formarem-se
de 25 cm as tiras são sobrepostas nos cantos, de modo a amostras cujas massas tenham igual valor (como, por
formarem o núcleo. Esta disposição resulta em menor exemplo, no caso do quadro de 50 cm, onde
oposição à passagem do fluxo de uma perna para outra, m = 10,0 kg ± a massa de meia tira), devido à necessidade
reduzindo o fluxo de dispersão nos cantos e o corte da de ser o número de corpos-de-prova divisível por 4. Devido
curva de magnetização. A magnetização é também bas- à espessura variável das chapas não se consegue sempre
tante uniforme ao longo das pernas, no caso de materiais a mesma massa.
de grão orientado de alta permeabilidade. Nos cantos
há, entretanto, quebra da homogeneidade do circuito
magnético. A determinação do fluxo nos cantos é bastante A-2.1 Por este motivo, devem ser determinadas, indivi-
complexa devido à seção transversal dupla do ferro nos dualmente, para cada amostra, a massa, a seção trans-
cantos e da passagem do fluxo perpendicularmente à versal, a massa efetiva e a tensão necessária para o ajuste
superfície das tiras. A maneira de levar isto em conta no de determinada indução.
/ANEXO B
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B-1 A determinação das propriedades magnéticas sob B-2.1 Quando a fonte de energia for capaz de gerar teor sig-
corrente alternada, características da excitação com uma nificativo de harmônicos pares, o método do fator de forma
freqüência única de excitação, requer que o fluxo magné- para detecção de afastamentos da forma senoidal pode não
tico induzido no corpo-de-prova seja senoidal. Esta con- ser adequado. Neste caso, recomenda-se observar a forma
dição implica que a tensão induzida nos enrolamentos de onda por meio de um osciloscópio de raios catódicos ou
secundários do circuito de ensaio seja senoidal. de um aparelho adequado para medir a distorção. Quando
for requerida a máxima exatidão na determinação de afas-
B-2 Desde que o teor de harmônicos pares, produzidos tamentos da forma senoidal, como em ensaios de perícia,
pela fonte de energia que alimenta os enrolamentos do pode ser utilizado um analisador de harmônicos para indicar
circuito de ensaio, seja desprezível, os afastamentos da a exatidão da forma de onda.
onda senoidal exata podem ser determinados, satisfa-
toriamente, pela medição do fator de forma da tensão se-
cundária.
/ANEXO C
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C-1 A seção transversal total At do enrolamento secun- necessárias. A tensão secundária do indutor mútuo com-
dário é obviamente maior do que a seção transversal A pensa o valor da tensão secundária do quadro Epstein,
do corpo-de-prova.
causada pela variação do fluxo de dispersão, de modo
$ A t - A na equação (1) desaparecerá.
que o termo µ oH
C-1.1 Portanto, o fluxo de dispersão no enrolamento se- A
cundário contribui para a tensão induzida naquele enro- Assim, a indução no corpo-de-prova pode ser calculada
lamento, e a indução B’$ calculada a partir da tensão se- diretamente da tensão secundária, usando a equação:
cundária medida difere da indução B$ no corpo-de-prova,
como mostra a equação:
U2
B$ = ... (2)
4 f.N2 .A
$ = B$ + µ H
B’ $ At - A ... (1)
o
A
Onde:
Onde:
B$ = valor de crista da indução no corpo-de-prova,
$ = indução calculada a partir da tensão secundá-
B’ em teslas
ria medida, em teslas
U2 = valor médio da tensão secundária, em volts
B$ = indução do corpo-de-prova, em teslas
f = freqüência medida, em hertz
$
H Desta forma, o ensaio é simplificado e a exatidão dos
= intensidade de campo magnético, em ampéres
por metro resultados é aumentada.
µ oN1 N2 (A t - A)
Mc = ... (3)
$ At - A lm
µo H
A
32 NBR 5161/1977
Ao invés de usar a equação (3), recomenda-se fazer um através do enrolamento primário, na ausência dos corpos-
ajuste permanente da indutância mútua para um valor de-prova no quadro Epstein, a tensão medida entre os
igual ao da existente entre os enrolamentos primário e terminais do enrolamento secundário não deve ser su-
secundário do quadro Epstein em vazio. O ajuste é feito perior a 0,1% da tensão que aparece nesse enrolamento
pela variação do número de espiras do enrolamento se- sem o indutor mútuo. Deve ser notado que, neste caso, a
cundário. O enrolamento primário do indutor mútuo é li- indução calculada pela equação (2) é a indução intrín-
gado em série com o primário do quadro Epstein, enquanto seca B$ i = B.
$ µH
o
$ (polarização magnética), que não difere
o enrolamento secundário do indutor mútuo é ligado em suficientemente da indução B$ para tornar necessária uma
oposição série ao secundário do quadro Epstein. O ajuste distinção no âmbito deste método de ensaio.
deve ser tal que, quando circular uma corrente alternada
/ANEXO D
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NBR 5161/1977 33
ANEXO D - Separação das perdas totais em histeréticas e Foucault pelo método das duas freqüências -
Processo analítico (ver 3.11.4.4.2)
Analogamente,
Pc 2 = Cp f22 + Chf2 ... (3)
a 2 Pc 1 - Pc 2
Onde: Ph1 = Ch f1 = ... (8)
a (a - 1)
Pc 1 = perdas totais do corpo-de-prova, em watts,
para fluxo senoidal, na freqüência f1, em hertz
a 2 Pc 1 - Pc 2
Ph2 = Ch f2 = ... (9)
Pc 2 = perdas totais do corpo-de-prova, em watts, a - 1
para fluxo senoidal, na freqüência f2, em hertz
Onde:
= A pB$ , conforme 3.11.4.4.2
2
Cp
Ph1 = perdas histeréticas do corpo-de-prova, em
watts, para fluxo senoidal, na freqüência f2 , em
C h = AhB$ x , conforme 3.11.4.4.2 hertz
D-1.2 Resolvendo-se o sistema formado pelas equações Ph2 = perdas histeréticas do corpo-de-prova, em
(2) e (3), obtém-se: watts, para fluxo senoidal, na freqüência f2, em
hertz
a (Pc2 - a Pc1 )
Cp = ... (4) D-1.3 Quando se quiser determinar as perdas histeréticas
f22 (a - 1)
e de Foucault em uma freqüência f, hertz, intermediária a
f1 e f2, então:
e
Pp = Cp f2 ... (10)
a 2 Pc1 - Pc2
Ch = ... (5)
f2 (a - 1) Ph = Ch f2 ... (11)
Onde: Onde:
34 NBR 5161/1977
D-1.4 As perdas totais são dadas por: D-1.5 Permanecem válidas as considerações feitas em
3.11.4.4.1 quanto à caracterização das parcelas da perda
Pc = Pp + Ph = Cp f2 + Ch f total como perdas histeréticas e Foucault. A restrição de
que as freqüências f1 e f2 sejam no máximo respectiva-
Onde: mente a metade e o dobro de f (ver 3.11.4.4.2), prende-se
ao fato de que em uma faixa mais ampla de freqüências
P c = perdas totais do corpo-de-prova, em watts, para
poderiam surgir variações nos valores de Cp e Ch. Este
fluxo senoidal, na freqüência f, em hertz
processo justifica o processo gráfico apresentado em
Assim, obtém-se a proporção das perdas, ou seja: 3.11.4.4.2.
Pp P
Kp = Kh = h
Pc e Pc
/ANEXO E
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E-1 O valor da constante balística é determinado Esta variação no fluxo de ligações dá origem a uma
utilizando-se o circuito mostrado na Figura 19. quantidade Q de eletricidade no circuito e produz uma
deflexão do ponteiro do galvanômetro equivalente a um
E-1.1 Uma corrente de valor I1 é ajustada ao circuito, atu- ângulo α . Esta quantidade de eletricidade é dada por:
ando-se na resistência r e então a chave seletora é alter-
nada da posição 1 para posição 2. Como resultado, a 2N2 φ 2 2MI1
Q = =
corrente do circuito é revertida desde +I1 até -I1 e o fluxo r2 r2
associado com o enrolamento secundário do indutor
mútuo M muda para : e a constante balística é:
Q 2MI1
2MI1 = 2N2φ 2 C = r2 =
α α
Figura 19