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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE JORNALISMO

Av. João Naves de Ávila, 2121 - Campus Santa Mônica, Bloco 1G -Uberlândia-MG

CAROLINE CALURA
ISABELA GADIA
JÚLIA DE ALMEIDA
LUISA SANTOS NIELSEN
MARIA FERNANDA MATHEUS
RIQUELMY MENEZES

RELATO COLETIVO SOBRE O PROJETO “ANGOLEIRINHAS E


ANGOLEIRINHOS DA MALTA: AS VOZES DAS E DOS JOVENS DO GRUPO
DE CAPOEIRA ANGOLA MALTA NAGOA”

Uberlândia
2023
Quando a profa. dra. Christiane Pitanga passou as primeiras orientações acerca
do PIC I, já havíamos formado nosso grupo e cogitado algumas possibilidades. Após a
definição do tema e de algumas discussões com Pitanga, estabelecemos o contato com o
grupo de Capoeira Angola “Malta Nagoa”, por meio da Isabela, integrante do grupo,
que já conhecia o Mestre Guimes. Assim, marcamos o primeiro encontro e, depois
desse, vieram vários, de acordo com as aulas e com os eventos que o próprio Malta
desenvolve.

Desde o início, ficou claro que o protagonismo do projeto seria das crianças.
Isso se dá pelo grande envolvimento que o Malta tem com elas: os professores e mestres
possuem o cuidado de apoiar a jornada estudantil dos jovens, bem como seus futuros
acadêmicos. Além disso, algumas das crianças vêm de outros estados, como o
Maranhão, e conhecem a cidade graças aos eventos do grupo.

Assim, tendo em vista tal protagonismo das crianças e a fala do professor


Foguinho, que nos alertou para não sermos “jornalistas de ar condicionado”, pudemos
compreender o verdadeiro significado de Educomunicação. Antes, o que sabíamos era
baseado nas aulas teóricas de Educação e Comunicação e na leitura de Paulo Freire. No
entanto, bem como o pai da pedagogia afirma no livro “Extensão ou Comunicação”,
cuja leitura foi promovida no semestre, o aprendizado requer teoria e experiência
prática. Para nós, foi isso que o projeto proporcionou. Foram as crianças quem nos
ensinaram a ginga e a tocar os instrumentos: elas foram nossos professores, em uma
troca dialógica.

Da mesma forma, juntamente com a Roberta, mais conhecida como Rob,


buscamos apresentar um produto que fosse tão educomunicativo quanto eles o foram
para nós. Concluímos, então, com a proposta de uma página do instagram. Por mais que
o Malta Nagoa já tenha um perfil, nossa ideia é a de que as crianças tenham um espaço
onde possam contar as suas histórias, postar suas fotos e seus vídeos e mostrar ao
mundo o seu canto, de forma a levar o que acontece na roda da capoeira para a roda da
vida.

De maneira geral, toda a parceria estabelecida surpreendeu a todos nós, pois não
imaginávamos o quanto aquele espaço se envolve na vida de quem por lá passa. Foi
tudo muito bonito de ver, já que todos lá sonham junto com as crianças e buscam meios
de tornar possíveis futuros melhores. Para nós, como comunicadores sociais em
formação, foi importante observar, na prática, a necessidade de um jornalismo que se
importa, de um jornalismo humano.

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