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RADIOLOGIA DIGITAL E SUAS APLICAÇÕES

Luciana Paiva Aun¹, Kátia Pedrosa de Figueiredo e Silva²

¹Faculdade IPEMED de Ciências Médicas luciana.aun@gmail.com


²Faculdade IPEMED de Ciências Médicas katia.pedrosa@ipemed.com.br

RESUMO:

A radiologia digital é a ramificação do diagnóstico por imagem que emprega sistemas


computacionais nos diversos métodos para a aquisição, transferência, armazenamento, ou
simplesmente tratamento das imagens digitais adquiridas. A realização deste artigo consiste
em uma revisão literária sobre a radiologia digital e suas principais aplicações na área
médica. O método aplicado para a elaboração deste trabalho se baseia no estudo de
diferentes bibliografias visando agregar informações de forma clara e objetiva. Com o
crescente desenvolvimento da computação, conclui-se que a radiologia digital vem como
forma de reduzir os custos dos exames de imagem, menos exposição a radiação ionizante,
melhoria na qualidade de imagem, onde cada vez mais observamos a nítida integração de
tal tecnologia nos mais diversos centros radiológicos seja em hospitais ou clínicas
especializadas.

Palavras-Chave: Radiologia Digital, Aplicações, Diagnóstico, Tecnologia

INTRODUÇÃO

As primeiras imagens radiográficas foram adquiridas por Wilhelm Conrad Roentgen na


Alemanha no fim do século XIX, quando realizou a exposição da mão direita de sua esposa.
A partir dessa descoberta, as imagens sofreram diversas evoluções sendo, nos dias atuais,
capazes de gerar projeções cada vez mais nítidas e detalhadas e com exposições mais
curtas. Com isso, a imagem reduz os riscos biológicos do exame para o paciente, além de
tornar o ambiente de trabalho mais seguro para o profissional. (FISEL, 2015)

A radiologia convencional se baseia na emissão de fótons de radiação e sua interação com


as matérias do organismo para gerar as imagens. A radiação emitida é parcialmente
absorvida pelo organismo sendo que o restante consegue atravessar a matéria, chocando-
se contra o filme radiográfico. Nesse instante, os sais de prata ali contidos são
sensibilizados e penetram na película. Cada estrutura do corpo, seja tecido adiposo e
pulmonar, ossos e músculos absorve uma quantidade diferente de radiação, sendo que o
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filme é sensibilizado de acordo com o padrão de cada estrutura a ser analisada. (FISEL,
2015)

Para que a imagem se torne visível, faz-se necessário a revelação analógica do filme, com
processamento químico gerando representações em tons de cinza. Na paleta de cores, as
tonalidades mais próximas ao branco representam estruturas densas, que absorvem toda a
radiação. Já os tons mais escuros indicam que a maioria da radiação conseguiu atravessar
a estrutura sensibilizando o filme representando assim, estruturas com pouca densidade.
(LEITE et al, 2015)

Vale evidenciar que o sistema digital aboliu o uso de químicos para processamento,
eliminando o uso de substâncias químicas poluentes, tornando o processo digital ainda
mais sustentável. (LEITE et al , 2015)
Na radiologia digital, o aparelho para aquisição das imagens é o mesmo utilizado na
radiologia convencional. A modificação se dá a partir da substituição dos chassis com filmes
radiológicos em seu interior, por chassis com placas de fósforo, denominados cassetes.
(LEITE et al, 2015)

Devido á extensão de imagem DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine ou


Comunicação de Imagens Digitais em Medicina), se faz possível o processamento de
imagens no computador, o que permite diversas manipulações tais como ajuste de
contraste, luminescência, subtração de imagens para identificação de lesões mais
específicas, ajustes de cor, tamanho e brilho. (LEITE et al, 2015)

Em radiodiagnóstico, a inserção da tecnologia é fundamental e deve ser incorporada


igualmente na formação e capacitação dos profissionais, com ênfase das instituições de
ensino para a adequada aplicação na formação dos alunos.

Acredita-se que a modernização dessas metodologias é um passo de extrema importância


para a utilização de técnicas adequadas assim como o pleno aperfeiçoamento dos
profissionais.
Fato este que despertou a curiosidade e o interesse de se pesquisar mais sobre a radiologia
digital e suas principais aplicações com intuito didático e prático como forma de ilustrar os
principais conceitos que fazem desse tipo de tecnologia um marco dos inovadores
processos médicos da atualidade.
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O propósito central deste presente artigo visa agregar informações sobre a radiologia digital
e suas principais vantagens, acompanhando assim as avançadas tecnologias que
circundam as inovações da medicina não somente em território nacional, mas também ao
redor do mundo.

Devido as evoluções tecnológicas que cercam a radiologia médica, surgiu a oportunidade


de se pesquisar os módulos digitais e suas aplicações como forma de elucidar seus
principais conceitos.

REFERENCIAL TEÓRICO

BENEFÍCIOS DA RADIOLOGIA DIGITAL

Surgida em 1987, a radiologia digital veio como forma para acompanhar novas tecnologias
no diagnóstico por imagem. Desde então, sua evolução tem se tornado gradativa e adotada
por clínicas e hospitais ao redor do mundo. (RODRIGUES et al, 2015)

A perspectiva é que esse tipo de tecnologia possa contar cada vez mais com exames que
apresentem um maior detalhamento das imagens, sem a necessidade da realização de
procedimentos invasivos como, por exemplo, a aplicação de contrastes ionizantes. Dessa
forma, a radiologia digital aumenta ainda mais sua contribuição à medicina diagnóstica,
viabilizando investigações mais precisas e com detalhamento de lesões e/ou fraturas por
meio de imagens computadorizadas. (RODRIGUES et al, 2015)

A expectativa de futuro para esse tipo de tecnologia, é que continue sendo de fundamental
importância na área médica a fim de modernizar, simplificar e aprimorar os serviços
radiológicos de forma que seja menos agressivo ao paciente e ao profissional da área.
(RODRIGUES et al, 2015)

Como forma de ilustrar melhor a Radiologia digital, foram listadas a seguir algumas de suas
vantagens mais significantes. (RODRIGUES et al, 2015)

Redução na emissão de radiação e melhor leitura nas análises da imagem

A periódica exposição á radiação, pode vir a ser prejudicial a saúde, principalmente quando
envolve a repetição de exames de imagem. O sistema digital reduz em até 90% a dose de
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radiação em comparação aos sistemas convencionais de radiodiagnóstico. (RODRIGUES et


al, 2015)

A radiologia digital possui como importante diferencial, a alta qualidade da imagem sendo
possível sua manipulação através de softwares específicos. A garantia de uma
interpretação mais detalhada deve-se ao possível ajuste de brilho e contraste, ampliação
em variadas extensões e conversões de imagem em negativo para positivo. (RODRIGUES
et al, 2015)

Maior eficiência no processamento radiográfico

Devido ao layout simplificado e com interface amigável os digitalizadores são facilmente


operáveis, o que permite um rápido domínio da tecnologia apresentada. Enquanto o
processo de revelação convencional leva em torno de 10 a 15 minutos para um filme
simples, o processamento digital leva em média 5 segundos até sua exibição total no
monitor. Dessa forma, agilizaria o processo de interpretação e compreensão do exame pelo
médico radiologista. (RODRIGUES et al, 2015)

Benefícios ao meio ambiente

O método convencional exige a utilização de componentes químicos e altamente tóxicos


durante a revelação dos filmes. Se descartados de forma indevida, podem vir a causar
danos irreversíveis ao meio ambiente. Já no método digital, esses componentes são
abolidos quando há necessidade de processamento em filme. Os filmes não são mais
revelados, mas sim impressos em dispositivos de alta precisão. (RODRIGUES et al, 2015)

Facilidade na comunicação e proteção no arquivamento de imagens e


vantajoso custo benefício

A exibição da imagem é produzida em monitor de laudo específico para esse fim, onde a
radiografia não precisa ser exposta à luz através de um dispositivo denominado por
negatoscópio. Além de uma melhor obtenção de detalhes, já que o software possui diversas
ferramentas destinadas a vários tipos função para edição e cortes na imagem.
(RODRIGUES et al, 2015)

Os arquivos contendo as imagens radiográficas são seguramente armazenados em


sistemas de nuvem, o que possibilita o descarte de arquivamento em locais físicos. Existe
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também a possibilidade de armazenamento em HD externo, além de garantir a seguridade


dos arquivos, permitindo que os mesmos sejam acessados de diversos locais.
(RODRIGUES et al, 2015)

Apesar dos preços ainda serem elevados no mercado, em longo prazo, os benefícios em se
adquirir esse tipo de equipamento podem ser recompensados em até doze meses
dependendo da demanda de serviço da clínica ou hospital. Ao adquirir um digitalizador, o
processamento químico é 100% abolido reduzindo os custos com filmes radiográficos assim
como os produtos para sua revelação. Outro ponto de interesse deve-se ao aproveitamento
do gerador de Raio-X convencional, desde que seja compatível com o sistema digital
adquirido e que tenha menos de 10 anos de uso. (RODRIGUES et al, 2015)

PADRÕES DE COMUNICAÇÃO NA RADIOLOGIA DIGITAL

No fim da década de 1980, a aplicação de sistemas de informação para gerenciamento de


imagens clínicas começou a ser estudada de forma mais efetiva para que os processos de
aquisição digital começassem a ser utilizados em maior escala nos hospitais e clínicas
médicas. Cada equipamento era considerado um sistema isolado, estando conectado
somente a uma estação de trabalho e a uma determinada impressora. Porém, o
desenvolvimento do uso da informação em formato digital criou a necessidade de se
estabelecer uma estrutura informatizada que possibilitasse a troca de dados de imagens de
forma consistente e automática dentro do círculo hospitalar. (RODRIGUES et al, 2015)

Extensão DICOM

Com o largo e crescente aumento na quantidade de exames executados pelas


organizações médicas, passou a ser indispensável padronizar os formatos dos arquivos e a
comunicação entre equipamentos para facilitar envios e, consequentemente, os
diagnósticos. Visando melhorar a comunicação e expondo novas tendências, foi adotado o
formato DICOM a fim de gerar benefícios a todos, desde médicos até pacientes.
(MATSUMOTO, 2014)

O DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine) se caracteriza como o padrão


global para transferência de imagens radiológicas e outras informações médicas entre
estações de trabalho digital. O DICOM atual, publicado em 1993 e geralmente identificado
como 3.0, evoluiu das versões anteriores de um padrão desenvolvido pelo Colégio
Americano de Radiologia (American College of Radiology, ACR) em conjunto com a NEMA
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(ACR-NEMA 1.0, de 1985, e ACR-NEMA 2.0, de 1988). A conectividade prevista por esse
padrão é muito importante no que diz respeito à razão custo-benefício para áreas da saúde
que fazem uso de imagens médicas. (MATSUMOTO, 2014)

Para um amplo aproveitamento de seus recursos, os usuários DICOM podem prover


serviços de radiologia entre instalações localizadas em diferentes regiões geográficas,
desfrutando de recursos em tecnologia da informação já existentes, mantendo custos
reduzidos através da compatibilidade de novos equipamentos e sistemas. O DICOM é
extremamente adaptável, uma característica que levou outras especialidades, tais como a
endoscopia e a área da odontologia, a empregarem esse padrão de imagem.

Uma transação DICOM é estabelecida através da necessidade de dois dois equipamentos


distintos, um deles é o usuário do serviço (SCU Service Class User) e o outro o provedor do
serviço (SCP Service Class Provider). As modalidades de imagem médicas relevantes são
difundidas em sete classes de serviços: (MATSUMOTO, 2014)

 Verification Service para verificar uma comunicação DICOM


 MWM Modality Worklist Management Tráfego de informações (Ex.: nome do
paciente, tipo de estudo, data do exame, número de imagens, número de registro,
etc.) com o servidor Worklist.
 PPS Performed Procedure Step Monitora os passos do exame e do paciente (Ex.:
exame agendado, exame realizado, exame impresso, exame assinado, etc.).
 Store Envio do exame para outro local (Ex.: armazenamento no DICOM Server e
envio para Workstation).
 Storage Commitment Confirma se todas as imagens do exame foram transferidas
para o destino.
 Print Impressão das imagens em impressora DICOM.
 Query/Retrive Pesquisa no banco de dados e transferência do arquivo.

Para a obtenção de sucesso em uma comunicação entre sistemas heterogêneos, o DICOM


visa prescrever a preparação de um documento de instrução para cada componente
DICOM (hardware e Software) chamado de DICOM Conformance Statement. Este
documento tem como objetivo descrever os serviços suportados e sua codificação. É
possível prever as possíveis funcionalidades entre dois componentes DICOM confrontando
seus respectivos DICOM Conformance Statement. (MATSUMOTO, 2014)
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PACS Picture Archiving and Communication System

O PACS é um composto de sistemas computadorizados contendo uma infraestrutura de


rede responsável pelo armazenamento e a distribuição eletrônica de imagens médicas de
uma instituição. O PACS se interage com as modalidades geradoras de imagens digitais e
com os sistemas de informações da radiologia e hospitalar (RIS-Radiology Information
System e HIS-Hospital Information System). O PACS, quando integrado ao RIS, pode
percorrer imagens associadas às informações, como dados demográficos, resultados de
exames anteriores, histórico clínico, estatísticas e contabilidade, além de um gerenciamento
e otimização do fluxo de trabalho.

Os primeiros PACS foram criados para centralizar e arquivar imagens e dados, e então
distribuí-las quando solicitadas pelas workstations periféricas. (MARQUES, et al 2009)

Com o desenvolvimento de redes e sistemas de comunicações em intercomputadores,


tornou-se possível, a estruturação de uma arquitetura descentralizada de arquivos, em que
imagens e dados podem ser armazenados em diferentes localizações da rede e podem ser
acessados de qualquer parte, criando-se uma redundância e redução do tráfego na rede.
(MARQUES, et al 2009)

Outro sinal de evolução do PACS foi a criação de um protocolo padrão de comunicação que
permite a integração entre equipamentos de imagens de diversas instituições e também
como outros componentes do PACS. O protocolo padrão atual é o DICOM 3.0. Atualmente
todas as modalidades de diagnóstico por imagem da radiologia estão disponíveis para o
formato digital DICOM, dentre elas ressonância magnética, tomografia computadorizada,
ultrassom, PET-CT, raios-X, fluoroscopia e mamografia. (MARQUES, et al 2009)
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FIGURA 1. Fluxograma básico de um serviço digital

FONTE: (THIAGO, 2017)

Os primeiros projetos de implementação de PACS tinham como objetivo a eliminação da


impressão de filmes e por consequência redução de custos. Porém, com a rápida evolução
tecnológica, o PACS agregou muitas outras funcionalidades que melhoram o departamento
de radiologia. Diversos serviços têm demonstrado os ganhos com a implementação do
PACS, os principais benefícios são: (MARQUES, et al 2009)

 Nítido aperfeiçoamento do fluxo de trabalho;


 Elevação de produtividade médica e dos profissionais de geração de imagem;
 Redução dos custos em filmes radiográficos;
 Preparação para ambiente de trabalho sem utilização de papel e filmes;
 Diagnóstico em workstations (janelamento, medidas, zoom, cine, reformatações,
etc.) e norteamento de exames a distância;
 Acesso a exames em locais específicos e simultâneos;
 Entrega de exames em mídias eletrônicas formatadas em CD, DVD, internet e
outros meios de interação digitais. Assim como a consulta e comparação com
exames anteriores;
 Sucesso em relação a ganho de tempo entre o exame e o diagnóstico;
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RIS (Radiology Information System)

O RIS (Radiology Information System ou Sistema de Informação de Radiologia) é uma das


mais completas ferramentas de gestão para instituições de diagnóstico por imagem. Essa
ferramenta tem como função otimizar o fluxo de trabalho de um serviço radiológico, desde o
agendamento do exame, passando pelo atendimento de obtenção de dados do paciente e
seu diagnóstico, até o compartilhamento do resultado, acelerando assim os procedimentos
visando diminuir os possíveis erros humanos ao se manipular o sistema. (BOOCHEVER,
2004)

Com a finalidade de reunir informações em um único dispositivo, o sistema RIS pode ser
adaptado a outros sistemas, como de fluxo de trabalho, prontuários e outros. O resultado
possui ainda recursos e aplicações disponíveis para ativação somente quando for
necessário e de acordo com a conveniência da instituição, trazendo mais comodidade ao
gestor. (BOOCHEVER, 2004)

A pesquisa simplificada com a inserção de filtros e palavras chave constitui em mais um


proveito disponibilizado pela aplicação do sistema RIS. Introduzindo assim uma elevação na
eficiência dos profissionais, pois o sistema permite o rastreamento detalhado de
informações do paciente e seus históricos. (BOOCHEVER, 2004)

A integração de um sistema de comunicação continua a ser significativamente prejudicada,


não pelas limitações de tecnologia, mas sim por questões comerciais e de custo ainda
elevados. Em resposta a esses desafios, vários fornecedores começaram a oferecer
soluções consolidadas e integradas em um só produto. RIS / PACS e / ou soluções HIS /
RIS / PACS. Com o crescente avanço da concorrência entre empresas de renome em se
tratando da área de saúde, esse tipo de tecnologia vem sendo acessível não somente a
clínicas particulares, mas também na crescente implementação em instituições públicas,
gerando assim uma redução significativa de custos. (BOOCHEVER, 2004)

METODOLOGIA

A elaboração deste artigo consiste de uma pesquisa bibliográfica, analisando diversos


trabalhos sobre o assunto de maneira objetiva e de fácil compreensão.

Os métodos trabalhados em sua elaboração visaram em revisar estudos relevantes sobre a


radiologia digital e suas principais aplicações. Como forma de rever os conhecimentos
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sobre o assunto proposto, foram realizadas pesquisas em periódicos nacionais e


internacionais disponíveis no portal da Capes, com base de dados Lilacs e Scielo. Também
foi desempenhada uma análise de estudos baseados em artigos anteriormente publicados,
onde foram selecionadas as mais relevantes referências sobre o conteúdo apresentado.

Os termos Radiologia Digital, Aplicações, Diagnóstico e tecnologia foram as palavras chave


empregadas cruzando-se com o tema proposto. Foi realizada a pesquisa de diversos
artigos onde foram selecionadas apenas as referências de maior relevância ao conteúdo
redigido.

O período deste artigo teve como base publicações elaboradas entre os anos de 2004 a
2015 separando informações relevantes ao que é capaz de ser empregado nos dias atuais.

Finalmente, os artigos e bibliografias pesquisadas foram devidamente analisados e


comparados entre si.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A descoberta dos Raios-x teve influência direta na evolução da medicina, pois possibilitou o
estudo das estruturas ósseas antes não observadas. O surgimento de novas tecnologias foi
extremamente importante para a modernização e desenvolvimento de equipamentos de
radiodiagnósticos, em especial os aparelhos de raios x, tornando possível a aquisição de
imagens de forma mais rápida, com melhor qualidade, evitando a exposição de pacientes a
altas doses de radiação e possibilitando ao profissional realizar ajustes na imagem quando
necessário, obtendo assim uma maior precisão em seu diagnóstico.

A tecnologia designada para adquirir, armazenar, recuperar, exibir e distribuir as imagens


avançou visivelmente nos últimos anos. Sistemas de informação radiológicos (RIS),
arquivamento de imagens e sistemas de comunicação (PACS), tornaram-se mais
sofisticados. Foram adotadas interfaces mais simplificadas e lógicas, tornando-as mais
efetivas e consistentes. A proliferação da banda larga tem sido de extrema importância para
o perfeito funcionamento desse tipo de dispositivo, possibilitando a execução de um
hardware mais rápido e eficiente na geração e distribuição da imagem a ser estudada.
Este artigo teve como finalidade exemplificar de forma objetiva os avanços da radiologia
digital, citando suas importâncias e funcionalidades em um serviço de diagnóstico por
imagem.
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Desse modo, a utilização das várias tecnologias desenvolvidas se torna uma solução
plausível para tratar o crescente incremento no volume de informações nos dias de hoje,
pois possibilita o desenvolvimento de sistemas tecnológicos capazes de analisar grandes
fontes de informação com o objetivo de ampliar ainda mais os recursos na área da
radiologia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(FISEL, Marcelo. O que é Radiologia Digital. São Paulo. 2015. Disponível em:
http://www.tecnologiaradiologica.com/digital.htm. Acesso em 12 out. 2017)

(LEITE, Claudia; AMARO, Edson; OTADUY, Maria. Como é Obtida a Imagem


Radiográfica Através dos Raios X. São Paulo. 2015. Disponível em:
portaldaradiologia.com/?page_id=538#none. Acesso em 12 out. 2017)

(RODRIGUES, Juliana; FIALHO, Maria; SANTANA, Marina. Informática Aplicada a


Radiologia. Curitiba. 2010. Disponível em:
http://radiologiacamoes.blogspot.com.br/2010/04/radiologia-digital.html. Acesso em 12 out.
2017)

(MATSUMOTO, Carlos. Introdução ao PACS , DICOM: O que são e para que servem. São
Paulo. Português. PDF)

(MARQUES, Paulo; SALOMÃO, Samuel. Sistemas de Arquivamento e Distribuição de


Imagens. Ribeirão Preto. 2009. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/75402/mod_resource/content/1/RBFMv4n3a_Paulo_
Mazzoncini.pdf. Acesso em 13 out. 2017)

(THIAGO, Rubens. Radiologia Digital. São Paulo. 2017. Disponível em:


http://radiologia.blog.br. Acesso em 13 out. 2017)

BOOCHEVER, Stephen. Ris/Pacs Integration: Getting to the Gold Standard. Boston.


2004. Radiology Management. Disponível em:
https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents. Acesso em 17 nov. 2017
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