Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

EEEM Arnulpho Mattos

Eletricidade
Básica II
CORRENTE ALTERNADA

Prof. Luann Queiroz

Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos
Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

No final do século XIX, havia uma grande disputa entre dois inventores, Thomas
Edison e Nikola Tesla, sobre qual seria o melhor sistema de eletricidade para
distribuir energia elétrica para as cidades dos Estados Unidos.
 Na corrente alternada
(CA), o fluxo de elétrons
muda de direção em
intervalos regulares.
• Defendia a Corrente Alternada
• Produzida por meio de geradores
que geravam energia que alternava
sua direção constantemente
• Defendia que a corrente alternada
era mais eficiente e poderia ser
transmitida a distâncias maiores
com menos perdas, além de poder
ser transformada em tensões
maiores ou menores.
• Em 1886, Tesla e Westinghouse
desenvolvem o sistema de geração,
transmissão e distribuição em CA,
transmitindo energia a longas
distâncias.
Na corrente contínua
(CC), o fluxo de
elétrons é constante em
uma única direção.
• Defendia a Corrente Contínua
• Produzida por meio de geradores
que geravam energia em uma única
direção.
• Acreditava que a corrente contínua
era mais segura e eficiente
• Tentou provar que a CA era mais
perigosa do que a CC, inclusive
realizando experimentos com
animais.
• Em 1882 inaugura a primeira usina
e sistema de distribuição de energia
elétrica em CC, alimentando 59
residências em NY.
A CA acabou sendo adotada como padrão para a transmissão de
energia elétrica em todo o mundo, graças às vantagens que
apresentava, como a capacidade de ser transmitida a longas
distâncias com menos perda de energia.

Embora a rivalidade entre Edison e Tesla tenha sido bastante acirrada, ambos foram importantes
para o desenvolvimento da eletricidade e da tecnologia como a conhecemos hoje.
VANTAGENS
• É mais eficiente para a transmissão
de energia elétrica a longas
distâncias;
• Pode ser transformada em diferentes
níveis de tensão com facilidade;
• É mais barata de produzir e distribuir
do que a CC.
DESVANTAGENS
• Pode causar interferência
eletromagnética em dispositivos
sensíveis;
• É mais difícil de controlar e regular a
tensão;
• Pode ser mais perigosa para
pessoas que ent
VANTAGENS
• É mais fácil de controlar e regular
a tensão;
• É mais seguro para aplicações em
eletrônica e dispositivos sensíveis;
• Não causa interferência
eletromagnética.
DESVANTAGENS
• A transmissão de energia elétrica
em longas distâncias é limitada,
pois há uma grande perda de
energia devido ao efeito Joule;
• A instalação de linhas de
transmissão de CC pode ser mais
cara do que a de CA;
• A CC não é capaz de ser
transformada em diferentes níveis
de tensão com tanta facilidade
quanto a CA.
Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

CC x CA

• CC ou DC
• Tensão e corrente unidirecionais
• Tensão e Corrente constantes
• Presente em sistemas
fotovoltaicos, baterias,
aplicações automotivas e
circuitos de baixa tensão

• CA ou AC
• Sentido varia periodicamente
• Tensão e Corrente variam
continuamente ao longo do
tempo
• Aplicada na transmissão e
distribuição de energia elétrica
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

A formação de corrente contínua (CC) ou corrente alternada (CA)

depende da fonte de energia utilizada.
• Corrente contínua: a fonte de energia deve ser constante, ou seja, deve manter uma
tensão elétrica estável e unidirecional. Isso pode ser obtido através de uma bateria,
que gera uma diferença de potencial elétrico constante entre seus terminais, ou de
uma fonte de alimentação CC.

• Corrente alternada: é gerada por uma fonte de energia que varia periodicamente,
invertendo a direção da corrente elétrica. O exemplo mais comum é a geração de
energia elétrica em usinas hidrelétricas ou termelétricas, que utilizam geradores de
energia elétrica para converter a energia mecânica (da queda d'água ou do vapor) em
energia elétrica. Esses geradores funcionam com base no princípio da indução
eletromagnética, que gera uma tensão elétrica alternada nos terminais do gerador. A
frequência da corrente alternada gerada nesses geradores é de 50 ou 60 Hz,
dependendo do país.

Em resumo, a formação de uma corrente CC ou CA depende da fonte de energia utilizada.

Para gerar uma corrente contínua, é preciso utilizar uma fonte de energia estável e
unidirecional, enquanto para gerar uma corrente alternada, é preciso utilizar uma fonte
de energia que varie periodicamente, invertendo a direção da corrente elétrica.
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

1. Sinais Senoidais

A tensão elétrica em um
circuito de corrente alternada
(CA) varia periodicamente,
oscilando em magnitude e
direção. Essa oscilação da
tensão pode ser descrita por
uma curva senoidal, que
representa a variação da
tensão ao longo do tempo.
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

1. Sinais Senoidais

Conceitos Fundamentais
❑ Ciclo
❑ Período
❑ Frequência
❑ Frequência angular
❑ Valor de pico
❑ Valor médio
❑ Fase inicial
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

❑ Ciclo

ciclo 1 ciclo 2 Quando observamos a

repetição de um sinal
senoidal entre dois pontos,
dizemos que este sinal
completou um ciclo. Isto
fica mais claro quando
observamos o sinal se
repetindo entre dois picos
da forma de onda.
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

❑ Período

ciclo 1 ciclo 2

Medida de tempo que um

sinal periódico leva para
completar um ciclo.
Geralmente o período é
representado pela letra T.
Dado em segundos (s).
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

Medida do número de ciclos

❑ Frequência que um sinal periódico realiza
durante um segundo.
ciclo 1 ciclo 2 Geralmente representada pela
letra f. Dada em Hertz (Hz).

1 1
𝑓= 𝑇=
𝑇 𝑓

1 hertz (Hz) = 1 ciclo

por segundo (c/s)
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

❑ Frequência
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

❑ Velocidade Angular (ou Frequência Angular)

Mede a variação do
ângulo θ de um sinal
senoidal em função do
tempo. Representada por
ω e dada em rad/s.

2𝜋
𝜔= = 2𝜋𝑓
𝑇
𝜔 =2×𝜋×𝑓
Para uma frequência de
𝜔 = 2 × 𝜋 × 60
60 Hz →
𝜔 = 377 𝑟𝑎𝑑/𝑠
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

❑ Valor de pico (ou valor máximo) Máximo valor que um sinal

pode atingir, tanto no
Pico sentido positivo como no
sentido negativo (amplitude
máxima).

A amplitude total, entre os

valores máximos positivo e
negativo, é denominada
valor de pico a pico Vpp.

Pico
𝑉𝑃𝑃 = 2𝑉𝑝
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

❑ Valor médio
Em um sinal senoidal, o valor médio é
nulo quando considerado um período
inteiro, pois o somatório entre os
ciclos positivos e negativos é zero.

𝑉𝑚 = 0 𝑉

Para um sinal retificado que

apresenta apenas o semiciclo
positivo, o valor será diferente de
zero.
2 ∗ 𝑉𝑃
𝑉𝑚 = = 0,637𝑉𝑃
𝜋
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

❑ Valor Eficaz (Vef ou Vrms)

O valor eficaz é uma forma de
especificar um valor constante para
tensão ou para corrente elétrica em
um sinal senoidal. Ele corresponde ao
valor médio quadrático das oscilações
presentes no sinal senoidal
(considerando valores positivos e
negativos)

𝑉𝑃
𝑉𝑟𝑚𝑠 = = 0,707𝑉𝑃
2

OBS: O valor de tensão que é indicado em aparelhos elétricos de corrente alternada

(CA) é geralmente o valor eficaz (RMS) da tensão elétrica
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

❑ Fase Inicial (θo)

Representa o deslocamento angular de um sinal senoidal em

relação à origem.

• Sinal adiantado: θo positivo + • Sinal atrasado: θo negativo -

Sinal adiantado inicia antes

Sinal atrasado inicia depois da
da origem.
origem.
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

❑ Fase Inicial (θo)

Representa o deslocamento angular de um sinal senoidal em

relação à origem.

• Sinal adiantado: θo positivo + • Sinal atrasado: θo negativo -

 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

❑ Fase Inicial (θo)

Ou seja...

Um sinal senoidal está defasado em relação à origem, quando a onda

senoidal não começa no valor zero no eixo horizontal.

No caso de um sinal senoidal, a origem é o ponto onde a amplitude da

onda é zero e o sinal começa a aumentar em uma direção ou outra.
Quando um sinal senoidal está defasado em relação à origem, isso
significa que ele não começa exatamente no ponto zero, mas sim em
algum outro ponto no eixo horizontal.

Por exemplo, se o sinal senoidal começa em seu valor máximo (pico),

ele está defasado em 90 graus ou π/2 radianos em relação à origem.
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

❑ Defasagem (θo)

Sinal defasado em relação a outro:

Dizer que um sinal senoidal está defasado em relação a outro

significa que existe um atraso ou adiantamento entre duas ondas
senoidais idênticas que possuem a mesma frequência e amplitude.

Por exemplo, se dois sinais senoidais têm a mesma frequência e

amplitude, mas um deles está adiantado em relação ao outro em um
ângulo de 90 graus, dizemos que eles estão defasados de 90 graus.
Isso significa que o pico do primeiro sinal ocorre 1/4 de período
antes do pico do segundo sinal.
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

❑ Defasagem (θo)

Sinal defasado em relação a outro

SINAL B ATRASADO EM RELAÇÃO AO SINAL A

 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

Exemplos
1.Um sinal de corrente alternada tem um valor de pico de 10V. Qual é o valor
eficaz desse sinal?

2.Um sinal de corrente alternada tem um valor eficaz de 20V. Qual é o valor de
pico desse sinal?

3.Um sinal de corrente alternada tem um período de 10ms. Qual é a frequência

desse sinal?

4.Um sinal de corrente alternada tem uma frequência de 50Hz. Qual é o período
desse sinal?

5.Um sinal de corrente alternada tem um valor eficaz de 15V e um valor de pico
de 30V. Qual é o valor médio desse sinal considerando um ciclo completo?
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

Exemplos
6. Determine o valor de pico, eficaz o período, a frequência e a frequência
angular dos sinais abaixo.
30 V
a) 180V b)

0,02s
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

Exemplos
7. Desenha a forma de onda de um sinal de corrente alternada, considerando
que o valor eficaz é de 7 A e o período é de 0,2s.

8. Desenha a forma de onda de um sinal de CA, considerando que o valor

eficaz é de 220 V e o período é de 1s.
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

Representação Matemática

Um sinal senoidal pode ser representado em função do

tempo de acordo com a seguinte expressão

𝑣 𝑡 = 𝑉𝑃 𝑆𝑒𝑛 𝜔𝑡 ± 𝜃𝑣 𝑉
ÂNGULO DA TENSÃO

TEMPO

FREQUÊNCIA ANGULAR

TENSÃO DE PICO
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

Representação Matemática

A mesma representação pode ser feita para Corrente

𝑖 𝑡 = 𝐼𝑃 𝑆𝑒𝑛 𝜔𝑡 ± 𝜃𝑖 𝐴
ÂNGULO DA CORRENTE

TEMPO

FREQUÊNCIA ANGULAR

CORRENTE DE PICO
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

EXEMPLO: As figuras abaixo representam as formas de onda para duas

tensões senoidais. A primeira é referente a uma rede de tensão alternada de
220 Vrms; já a segunda de 127 Vrms. Represente matematicamente essas
tensões em função do tempo.
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

Adiantada de 30º Atrasada de 30º

 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

𝑣 𝑡 = 𝑉𝑃 𝑆𝑒𝑛 𝜔𝑡 + 𝜃𝑜 𝑉
𝑣 𝑡 = 311,1 𝑆𝑒𝑛 𝜔𝑡 + 30° 𝑉

Radiano para Grau:

180
𝐺𝑟𝑎𝑢 = 𝜋 x radianos
Grau para Radiano :
𝜋
Adiantada de 30º 𝑅𝑎𝑑𝑖𝑎𝑛𝑜 =
180
x graus
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

𝑣 𝑡 = 𝑉𝑃 𝑆𝑒𝑛 𝜔𝑡 + 𝜃𝑜 𝑉
𝑣 𝑡 = 179,6 𝑆𝑒𝑛 𝜔𝑡 − 30° 𝑉

Radiano para Grau:

180
𝐺𝑟𝑎𝑢 = x radianos
𝜋
Grau para Radiano :
𝜋
𝑅𝑎𝑑𝑖𝑎𝑛𝑜 = 180 x graus
Atrasada de 30º
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

Exercícios

1. Dados os sinais descritos ao lado,

determine:
I. tensão de pico,
A. 𝑣 𝑡 = 220𝑆𝑒𝑛 40𝑡 + 45° 𝑉
II. tensão eficaz, B. 𝑣 𝑡 = 65𝑆𝑒𝑛 377𝑡 − 45° 𝑉
III. frequência angular, C. 𝑣 𝑡 = 86𝑆𝑒𝑛 150𝑡 + 45° 𝑉
D. 𝑣 𝑡 = 678𝑆𝑒𝑛 830𝑡 𝑉
IV. frequência,
E. 𝑖 𝑡 = 112𝑆𝑒𝑛 240𝑡 + 45° 𝐴
V. período, F. 𝑖 𝑡 = 80𝑆𝑒𝑛 600𝑡 − 45° 𝐴
VI. ângulo de fase
VII. sinal está atrasado ou adiantado.
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

A. 𝑣 𝑡 = 220𝑆𝑒𝑛 40𝑡 + 45° 𝑉

B. 𝑣 𝑡 = 65𝑆𝑒𝑛 377𝑡 − 45° 𝑉
C. 𝑣 𝑡 = 86𝑆𝑒𝑛 150𝑡 + 45° 𝑉
D. 𝑣 𝑡 = 678𝑆𝑒𝑛 830𝑡 𝑉
E. 𝑖 𝑡 = 112𝑆𝑒𝑛 240𝑡 + 45° 𝐴
F. 𝑖 𝑡 = 80𝑆𝑒𝑛 600𝑡 − 45° 𝐴

Valor A B C D E F
Vpico ou Ipico
Vrms ou Irms
ω
ƒ
T
θ
AD ou AT
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

Exercícios

2. Considerando a figura abaixo, determine:

a) Tensão de pico;
b) Tensão pico a pico;
c) Período;
d) Frequência
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

Exercícios

3. Qual o período de uma onda periódica que completa 30 ciclos em 4

segundos?

4. Determine
a) Velocidade angular de uma onda cujo período é 5 s;
b) Velocidade angular de uma onda cujo período é 100 ms;
c) Velocidade angular de uma onda cuja frequência é 1000 Hz;
d) Frequência de uma onda cuja velocidade angular é 600 rad/s;
e) Frequência de uma onda cuja velocidade angular é 10 rad/s.
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

Exercícios

5. Faça a representação gráfica mostrando 1 ciclo dos sinal de

corrente senoidal, cuja expressões matemáticas são:

i = 8 sen (100t + 90°) A

i = 10 sen (150) A
i = 6 sen (200 - 90°) A
 Eletricidade Básica II EEEM Arnulpho Mattos

Circuitos em Corrente Alternada

6. Considerando os sinais de tensão “VA” e “VB”, determine:

a) O período de cada sinal ( TA e TB );

b) A frequência “ f ” de cada sinal ( fA e fB );
c) A velocidade angular de cada sinal ( ωA e ωB );
d) O ângulo de fase de cada sinal ( θA e θB );
e) A amplitude de cada sinal ( VMA e VMB);
f) O valor eficaz de cada sinal ( VefA e VefB );
g) A expressão matemática de cada sinal;
h) A defasagem entre os sinais A e B ( φAB ).