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Organizadores
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Apresentação do Evento
“...É preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir,
é preciso a chuva para florir…”
Tocando em frente,
Almir Sater e Renato Teixeira
A pandemia da Covid-19 teve impacto em todas as áreas, mas, sem dúvidas, a Educação
foi uma das mais afetadas. Os professores da Educação Básica sofreram uma
transformação radical em suas vidas, em um curtíssimo espaço de tempo histórico. Há
muito ouvíamos falar em novas tecnologias, sala de aula invertida e a educação 4.0, mas
ainda pouco as vivenciávamos nas nossas salas de aula, considerando as diferentes
realidades educacionais do nosso país. E de repente, num piscar de olhos, fomos instados
a nos reinventar.
Nossas casas viraram nossas escolas, nossos computadores fizeram o papel da lousa e
nossas vidas pareciam desmoronar. Chorávamos diante das incertezas e dificuldades. As
síndromes e doenças foram chegando: ansiedade, burnout, tendinite, cervicalgia, crise do
pânico, insônia. As “bolinhas” na tela são invés de rostos (quando as escolas as tinham)
eram desencadeadoras da nossa maior aflição: os alunos não estarem aprendendo. No
entanto, nesse cenário, uma coisa nos mantinha firmes: a certeza de contarmos uns com
os outros.
Foram noites de reuniões, colegas que viraram professores de “tecnologia” e que nos
ajudaram a seguir em frente. Alguns de nós aprendemos a fazer vídeos, criando inclusive
um canal no YouTube; outros conseguiram posicionar o quadro em frente à câmera do
computador e lá foram, com suas aulas. Os que nunca tinham preparado uma
apresentação digital, depois de tão desafiados, conseguiram cumprir o papel com
maestria. As lutas foram muitas, foram quase dois anos intermináveis... E aqui estamos
nós, no local que nos é mais caro, mais conhecido: “o chão da sala de aula”.
Agora, no cenário que tanto amamos, estamos aprendendo mais uma vez. Nossos alunos
estão diferentes. A desatenção, o “abuso” no uso das tecnologias, a dificuldade de abrir o
caderno e seguir em uma sequência lógica, dentre tantas outras questões, permeiam
nossas salas de aula. Alunos que estão matriculados no 3º ou 4º ano do Fundamental,
Anos Iniciais, e que não sabem escrever seus próprios nomes, ou mesmo segurar um
lápis. Gente com falta um do outro.
Foi nesse cenário que um grupo de profissionais da Educação Básica começou a dividir as
suas angústias, muitas vezes no pequeno intervalo do recreio, sinalizando a necessidade
de um diálogo mais amplo com outros colegas, como também com pesquisadores das
I CONGRESSO DAS TENSÕES ÀS INOVAÇÕES: NOVOS OLHARES PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
BÁSICA - 20 E 21 DE MAIO DE 2022
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diferentes áreas do ensino. E dessa forma, “nasceu” a ideia da organização de um evento
que aproximasse professores de diversas escolas e realidades, com pesquisadores da
área do ensino que hoje atuam ou estão matriculados em uma pós-graduação. Pensamos
além: faz-se necessário a aproximação com os licenciandos (futuros professores).
Desses entrelaçamentos surgiu o I Congresso Das Tensões às Inovações: novos olhares
para as práticas da Educação Básica, organizado por respeitáveis profissionais da
Educação Básica, tem o intuito de não só tensionar, como também lançar novos olhares
para práticas que dialoguem com o contexto pós-pandêmico, no cotidiano
escolar propondo discussões, interações e trocas de experiências conduzidas por
professores de referência na área, cujas temáticas se desdobrarão nos seguintes eixos:
Tecnologia digital, Arte, Inclusão, Saúde Mental, Avaliação, Educação Infantil, Ensino
Fundamental, Novo Ensino Médio, Emergências da sala de aula e Gestão Escolar.
Portanto, é com grande prazer que recebemos todos os participantes! Que seja um
grande (re)encontro, uma grande oportunidade de aprendizado; um daqueles eventos na
vida onde reafirmamos a escolha de fazer a diferença na Educação Brasileira!
Comissão Organizadora
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Comissão Organizadora
PRESIDÊNCIA
Simone Araújo Moreira Kamilla Gravitol Rosa
Fernanda Serpa Cardoso Monique Magalhaes
Fátima Raulusaitis Symone Mesquita
COMISSÃO CIENTÍFICA
Me. Alessandra Furtado de Oliveira - UFF Dra. Lucíola Castilho Oliveira Pinheiro –
Dra. Alice Akemi Yamasaki - UFF Pedro II
Prof. Bruna Wendhausem Enne – Sinaliza Me. Maria Cristina Barbosa Mendes –
ENEM PGCTin UFF
Dr. Caio Abujadi - Associação Caminho Azul Dra. Maria Tereza Eglér Mantoan - UNICAMP
Dra. Carla Macpherson Garcia de Paiva – Prof. Marluci Mattos – Insituto Limbios e
Salesiano Niterói e UERJ Colégio Renovação Indaiatuba/SP
Dra. Cecilia Silva Guimarães - Unilasalle Me. Mirian Renata Medeiros dosSantos Vale
- UFF
Dra. Cristina Maria Carvalho Delou - UFF
Me. Paola Martins Bagueira P.Bandeira –
Me. Elaine Alves Leite - UFF CMPDI UFF
Me. Felipe Rodrigues Martins - ISERJ Dr. Paulo Henrique Lima - UERJ
Dra. Fernanda Serpa Cardoso - UFF Dra. Priscilla Oliveira Silva Bomfim - UFF
Dr. Fernando Luiz de Campos Carvalho - Dra. Rosane Moreira Silva de Meirelles –
UNESP UERJ e Fiocruz
Me. Helder Clementino Lima Silva - UNESP Dr. Ruidglan de Souza Barros - UERJ
Dra. Helena Maria Marques Araújo - UERJ e Dra. Ruth Mariane Braz – CMPDI UFF
PUC RIO
Dra. Simone Araújo Moreira – Salesiano
Me. Giselli Cristini DomicianoAbrahão - UFF Santa Rosa
Me. Jamilly Moraes Silva – Salesiano Dra. Sonia Regina Alves Nogueira de Sá - UFF
Niterói/Estácio de Sá
Dr. Victor Giraldo - UFRJ
Dra. Joana Guilares de Aguiar - UFF
Dra. Viviane de Oliveira Freitas Lione – UFRJ
Me. Josiane Aguiar C. Feliciano – PGCTin UFF
Prof. Esp. Wanick Bruno Vieira – Seeduc/RJ
Me. Luciana da Silva Goudinho– PGCTin UFF
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SECRETARIA
Fátima Raulusaitis Thaís Barbosa Barros de Castro Souza
José Luiz Menezes Vanessa Siqueira
Kamilla Grativol Rosa
CERIMONIAL
Ana Cláudia Herdy Torres Teixeira
CADERNO DE PROGRAMAÇÃO
Equipe ASAS – Atendimento Suplementar a Alunos Superdotados:
Ailana de Sousa Bezerra
Alfredo Weberton Lopes Conceição
Natan Melo Zefiro
ARTE/MARKETING
Vanessa Siqueira Elena Cardoso Mendes
Ailana de Sousa Bezerra Gabriela de Oliveira Soares Cortez
Carlos Oliveira
ACESSIBILIDADE
Alex Sandro Lins
Bruna Wendhausem Enne
Felipe Giraud
Jaderson Vasconcelos
Layla Rodrigues da Silva
TRANSMISSÃO/EDIÇÃO/TI
Equipe Realize Estratégias Inclusivas:
Symone Mesquita de Oliveira
Giselli Cristini Domiciano Abrahão
Thamires Gomes da Silva Amaral Lessa
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SUBMISSÃO E AVALIAÇÃO DE TRABALHOS
Fernanda Serpa Cardoso Bianca da Cruz Lima Gonçalves
Monique Magalhães Marins George Lucas da Costa Tavares
Simone Araújo Moreira Jamilly Moraes Silva
Andréa Rochefeller
Beatriz de Castro Corrêa
Equipe ASAS – Atendimento Suplementar a Alunos Superdotados:
Ailana de Sousa Bezerra
Alfredo Weberton Lopes Conceição
Natan Melo Zefiro
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A AFETIVIDADE COMO INSTRUMENTO DE SUPERAÇÃO DO
INDIVIDUO COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
1. Cristiane Peculas Modesto – cristianepeculas@hotmail.com – Teresópolis/RJ – mestranda –
Universidade Federal Fluminense
O afeto está presente em muitas relações humanas, antes mesmo do nascimento. Pais já
interagem com o filho, quando este ainda está no ventre materno. Somos seres biológicos, mas também
sociais e emocionais. Nunca tivemos tanta clareza sobre este fato, após a experiência do lockndown
(Pandemia da COVID-19) quando o que mais desejávamos era estar com o outro. A Educação surge a
partir das interações humanas. Pensar a aprendizagem desvinculando o afetivo do cognitivo é um
caminho com um sério risco de fracassar. Este trabalho é um relato de experiência sobre o que tem sido
observado ao longo de 17 anos na orientação pedagógica, no 1º segmento do Ensino Fundamental, na
rede municipal de Teresópolis. Foram feitas leituras de artigos que abordam o tema afetividade e sucesso
escolar, para alinhar com a vivência profissional. Durante todos estes anos um dos maiores desafios tem
sido observar alunos com dificuldade de aprendizagem e que já se sentem “fracassados” ou “incapazes”
apesar da tenra idade. Muitas foram as vezes ao assumir uma turma na ausência do professor e, ao propor
uma atividade, era logo informada pelos alunos quais eram aqueles que “não sabiam ler e escrever”. O
rótulo já havia sido dado, quase como uma sentença. Era quase palpável a vergonha e o constrangimento
daqueles que, apesar de estarem cursando o 4º ou 5º Ano, ainda não haviam consolidado o processo de
alfabetização. Crianças tão novas totalmente frustradas e sem brilho no olhar. Não se trata daquela
frustração que nos ajuda a sermos mais fortes e resilientes, mas sim o sentimento de impotência e de
não ser bom o bastante. Foi observado em escolas da área rural e urbana que, alunos com dificuldades
que recebiam intervenção pedagógica com afetividade, respeito e empatia, apresentaram maior avanço
na aprendizagem. Esta é uma relação simbiótica e de cumplicidade entre aluno e o professor. Afetamos
o outro e neste movimento também somos transformados. O educador é um agente importante para a
superação deste indivíduo e também aquele que pode causar dores profundas. Os olhos e a expressão
corporal falam e, talvez com mais impacto do que as palavras que saem da boca. Portanto, quando existe
uma entrega de corpo e intencionalidade, o aluno responde às expectativas lançadas sobre si e se sente
capaz, seguro e impulsionado a mostrar que realmente pode transpor obstáculos.
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A INSPIRAÇÃO DE PAULO GUEDES NO MODELO CHILENO:
CONSEQUÊNCIAS DO NEOLIBERALISMO NA EDUCAÇÃO E O
NOVO ENSINO MÉDIO
1.Ana Clara Cavalcanti Barbosa - anaclarabarbosa@id.uff.br - Niterói/RJ - Universidade Federal
Fluminense (UFF)
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A LITERATURA NA PERSPECTIVA INCLUSIVA: O LIVRO
INFANTIL COMO FERRAMENTA DE INCLUSÃO
1. Sara Lopez Aragão Machado Costa – saralopez@id.uff.br – Macaé/RJ – Universidade Federal
Fluminense
2. Carlos Henrique N.de Cristo Júnior– carlosh@id.uff.br – Campos /RJ – Universidade Federal
Fluminense
3. Shabbina Ribeiro Messina – shabbinaribeiro@id.uff.br – Uberaba/MG – Universidade Federal
Fluminense
O presente trabalho relata a experiência de escrita dos livros “Estelina- um conto de Luz entre
o céu e o mar” e “A escola de todos os bichos”, assim como sua utilização em diferentes contextos
pedagógicos, com o objetivo de refletir sobre as múltiplas possibilidades de uso do livro infantil
enquanto recurso para promoção da inclusão das pessoas com deficiência. As duas obras apresentam
narrativas voltadas para a linha Diversidade e Inclusão e permitem explorar temas transversais como
cidadania, respeito às diferenças, empatia e acessibilidade. O livro “Estelina” foi utilizado como recurso
pedagógico na capacitação de profissionais da Educação na cidade de Macaé e como pano de fundo para
o debate em torno da Inclusão.
O conto “Estelina” foi usado também em ambientes escolares para contextualizar vivências
pedagógicas, a partir de projetos inclusivos desenvolvidos por professores da rede municipal e foi
adotado como parte do programa de leitura de uma escola da rede particular, com o intuito de levar os
alunos em processo de alfabetização a refletir sobre o respeito às diferenças. A história também ganhou
nova versão através de uma mostra de dança em João Pessoa que usou a narrativa do livro como enredo
para a peça anual de ballet infantil.
O livro “A escola de todos os bichos'', por sua vez, foi publicado mais recentemente e busca
trazer uma narrativa voltada para a perspectiva do professor diante dos desafios da inclusão escolar e
poderá ser utilizado em oficinas de formações docentes futuramente. Recentemente, foi apresentado no
encontro de contadores de histórias “HistoriArte”, numa proposta de diálogo entre Inclusão e meio
ambiente. A Literatura é uma forma de arte e, como toda manifestação artística, é uma ferramenta
potente de transformações sociais. É importante que a Literatura Inclusiva, ou seja, a produção literária
voltada para a diversidade, ganhe notoriedade e que cada vez mais a pessoa com deficiência se veja
representada nos livros. Os trabalhos realizados a partir dos dois títulos apresentados exemplificam a
pluralidade de ações que podem ser promovidas a partir do livro infantil em prol da viabilização de uma
cultura inclusiva em diferentes espaços sociais.
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A NECESSIDADE DA FORMAÇÃO CONTINUADA NO ATENDIMENTO AO
ESTUDANTE COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO - TEA
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A TRAJETÓRIA DE FORMAÇÃO DE UMA LICENCIANDA EM
QUÍMICA PELO GRUPO DIECI UFF
1. Isabelle Ferraz Rodrigues e Silva – isarodrigues2011@live.com – Niterói/RJ – Licencianda -
Universidade Federal Fluminense
2. Fernanda Serpa Cardoso – fernandalabiomol@yahoo.com.br – Niterói/RJ – Orientadora -
Universidade Federal Fluminense
3. Sonia Regina Alves Nogueira – sranogueiradesa@gmail.com – Niterói/RJ – Orientadora –
Universidade Federal Fluminense
Ingressar num curso de Licenciatura não era, inicialmente, o desejado. Pensava que não queria
ser professora pelo fato de precisar escolher uma profissão que pudesse dar um bom retorno financeiro
e o senso comum afirmava que isso não era possível através do magistério. Entretanto, à época, fui
aprovada no curso de Licenciatura em Química na UFF e, não podendo esperar para tentar de novo,
matriculei-me. Comecei os estudos um pouco a contragosto, pensando até em mudar de curso; mas, em
uma das disciplinas iniciais, ao estudar a LDB e refletir sobre a educação no Brasil, vivenciei um
despertar para o magistério e me apaixonei. Contudo, o real comprometimento com a profissão só foi
incentivado quando comecei a participar do grupo de pesquisa e extensão “
Desenvolvimento e Inovação em Ensino de Ciências” (DIECI UFF), no qual venho usufruindo
de experiências que têm transformado tanto a minha formação como futura professora, quanto como
pessoa humana. No DIECI UFF, aprendi que o chão da escola é “sagrado” e que não há como pensar
em inovação pedagógica sem pensar no “para quem?”, “o quê?”, “por quê?”, quando? e onde? para,
enfim, chegar ao “como” será planejado e desenvolvido o material para a aula. Aprendi, que a intuição
pedagógica é uma aliada para nos desafiarmos a fazer diferente com o que encontramos de igual, que
nenhum aluno é tão desinteressado quanto demonstra ou tão inteligente que não precise se desenvolver
cognitiva ou emocionalmente, que um professor nunca deve perder seus alunos de vista e possibilitar a
inclusão de todos.
Através de estudos em grupo de referenciais como Arendt, Benevides, Cortina, Fazenda, Freire,
Santos, Morin e Gardner, refletimos sobre a importância da intersubjetividade para um grupo
interdisciplinar e aprendemos a conviver com o outro, com o diferente; aprendizados que transcendem
os conhecimentos acadêmicos. Desenvolvemos autonomia e nos conscientizamos de que todos temos
direito ao conhecimento científico e que este deve contribuir para preservar a dignidade humana e a
natureza, que educar para a cidadania é um ato político e que deve ser encarado com responsabilidade.
O DIECI UFF me ensinou que ser professora de química é bem mais do que ensinar o conteúdo
programático, é ensinar sobre o contexto que originou um conhecimento, questionando seu uso e o
acesso aos produtos, estimulando a criatividade e o pensamento crítico.
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ABORDAGEM DO CONTEÚDO SISTEMA IMUNOLÓGICO EM
OFICINA PARA PROFESSORES
A Imunologia é uma ciência abordada em livros de ensino básico e, consequentemente, nas salas
de aula. Entretanto, devido à carência de aprofundamento de conteúdo, decidiu-se avaliar junto aos
professores as dificuldades pertinentes para melhorar as estratégias pedagógicas do ensino sobre o
Sistema Imunológico. Atualmente nas salas de aula, os alunos são considerados Nativos Digitais e esta
nova geração estimula os docentes a utilizarem metodologias ativas em suas práticas pedagógicas.
Contudo, sabe-se que apenas a disponibilização de métodos e recursos no ambiente escolar não garante
que a aprendizagem ocorra de forma efetiva. Neste âmbito, reforça-se a importância do professor
mediador, para que o objetivo pedagógico seja alcançado e não apenas o mero entretenimento. A partir
destas perspectivas, em agosto de 2019 desenvolveu-se uma oficina para professores de Ciências e
Biologia, realizada durante o III Congresso Científico e Tecnológico para o Ensino Médio (COCTEM),
no Colégio Salesiano Santa Rosa, promovido pelo grupo Desenvolvimento e Inovação em Ensino de
Ciências - UFF (DIECI-UFF). Na oportunidade, os docentes responderam a um questionário, no qual
apontaram as maiores dificuldades para trabalhar o assunto Sistema Imunológico em sala de aula.
Falaram suas opiniões sobre a utilização de métodos ativos de ensino durante a prática pedagógica de
Imunologia e quais recursos tecnológicos facilitadores eles dispunham para suas aulas. Em seguida,
foram separados em duplas para participar da atividade de resolução de um Caso Clínico relacionado ao
Sistema Imunológico, utilizado como método ativo de ensino. O caso clínico mencionava a
hipersensibilidade tipo IV, de contato por Hera Venenosa. O texto comentava desde como a
hipersensibilidade iniciava até o seu tratamento. Deste modo, através de uma abordagem investigativa
e autônoma, os docentes trabalharam as questões colocadas para a resolução do caso. Nos questionários
respondidos, posteriormente analisados, 50% dos participantes afirmaram que apenas o livro didático
não seria suficiente para auxiliar na transposição dos conteúdos relacionados à Imunologia. No entanto,
100% afirmaram que recursos tecnológicos, digitais ou não, utilizados com métodos ativos de ensino,
auxiliam e incrementam o processo de ensino-aprendizagem de Imunologia, pois, motivam os alunos,
reforçam a autonomia e o trabalho colaborativo.
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ALTAS HABILIDADES OU SUPERDOTAÇÃO EM CONTEXTOS DE
VULNERABILIDADE SOCIOECONÔMICA: PRODUÇÕES
ACADÊMICAS BRASILEIRAS
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ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE FERRAMENTAS DIGITAIS
PARA O ENSINO DE MICROBIOLOGIA E BIOTECNOLOGIA NA
EDUCAÇÃO PÚBLICA
1. Thalita de Melo Soares – thalita.m.s@hotmail.com– Volta Redonda/RJ – Universidade Federal
Fluminense
2. Dra. Viviane Lione – vivianelione@gmail.com– Niterói/RJ – Universidade Federal Fluminense
3.Dr. Carlos Rangel – rangelfarmacia@gmail.com – Niterói/RJ – Universidade Federal Fluminense
4.Dra. Helena Carla Castro – hcastrorangel@yahoo.com.br – Niterói/RJ – Universidade Federal
Fluminense
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CONSTRUÇÃO DE RECURSO DIDÁTICO NA PANDEMIA
1. Silvana Rodrigues Maciel – dotesil@gmail.com–Rio de Janeiro/RJ– SEEDUC
A pandemia é um momento histórico no mundo. O ano de 2020 foi desafiador. Todos os setores
tiveram que se reinventar. De repente, com a suspensão das aulas presenciais, uma nova sala de aula
surge diante de uma pandemia, com um grande desafio para o professor e aluno, acostumados ao modelo
tradicional de ensino presencial. Salas de aula no ambiente online, com propostas de traçar estratégias
para continuidade dos estudos. Diante das mudanças provocadas, foi necessário o desenvolvimento de
materiais, como aporte no processo ensino aprendizagem, visto ser importante o fornecimento de
ferramentas aos educadores e estudantes, para o apoio na identificação dos conteúdos das áreas de
conhecimento que compõem o currículo escolar.
Neste contexto, a Secretaria Estadual de Educação do Estado do Rio de Janeiro (SEEDUC - RJ)
criou a plataforma digital aplique-se, um aplicativo com hospedagem de conteúdos digitais: como
podcast, vídeo aulas e materiais de apoio, para aporte de estudos e atividades, bem como as orientações
de estudos (OEs). Os desafios das aulas remotas ampliaram a ótica sobre a necessidade de elaboração
de propostas pedagógicas inclusivas e acessíveis, a todos e todas. Neste sentido, fez-se necessária a
construção das orientações de estudos, produção de materiais, desenvolvimento de textos e conteúdo
para o quinto ano de escolaridade do Ensino Fundamental Anos Iniciais.
Baseado no momento pandêmico, a coletânea de materiais para compor a orientação de estudo
foi criteriosa na escolha e na necessidade de inserção de atividades lúdicas, integradas às áreas de
conhecimento. Isso possibilitou aos estudantes uma construção significativa de conceitos, de forma
dinâmica e divertida. O material priorizou as vivências de aprendizagens dos estudantes, experiências
em seu contexto social e cultural, suas memórias, seu pertencimento, sua interação e diálogo com as
mais diversas culturas. A implementação do recurso por docentes das redes estaduais e municipais, em
suas práticas pedagógicas, proporcionou um apoio no desenvolvimento de saberes cognitivos e
socioemocionais dos discentes.
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CRIAÇÃO DE UM SITE COM FORMATO DE PORTFÓLIO DOCUMENTAL
PARA ALUNOS DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
DA ESCOLA MUNICIPAL JÚLIA CORTINES
O presente trabalho tem por tema a educação inclusiva, assim, esta pesquisa visa identificar e
classificar a constituição do processo de inclusão de uma escola do sistema público municipal de
educação, na cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, relacionado, especificamente, aos alunos
com deficiências do 1º ao 5º ano do ensino regular. A justificativa deste trabalho, por sua vez, se dá,
pois, nos últimos anos, o compromisso com os direitos humanos tem sido apresentado no contexto da
discussão sobre a política de inclusão educacional. Neste contexto, a defesa da educação, não apenas
como uma política, mas como um direito que deve ser garantida e efetivada. Dessa forma, visando
melhorias em relação às informações de cada aluno da educação especial nesta escola, elaboramos um
site com formato de Portfólio Documental para alunos com deficiências matriculados na Rede Municipal
de Educação de Niterói com ênfase na Unidade Escolar Julia Cortines.
Para isso, junto à secretaria da escola fizemos um levantamento e identificamos os documentos
dos alunos com deficiências, os quais solicitados na matrícula presencial na Unidade Escolar Julia
Cortines. A metodologia empregada foi na abordagem qualitativa com ênfase nas fontes primárias,
dados e informações documentais. A coleta de dados será compartilhada respeitando as condições éticas
e restringindo ao ambiente da escola de estudo. O site com formato de portfólio foi elaborado com
informações dos desafios, conquistas, retrocessos e avanços construídos durante sua vida escolar dos
alunos em questão, registrados e organizados facilitando a construção de olhares de todos os envolvidos
no processo educativo desta escola. Este portfólio online aperfeiçoará a consulta, a concentração das
informações documentais, médicas, sociais e pedagógicas dos alunos do atendimento educacional
especializado matriculados nesta unidade escolar, possibilitando uma prática pedagógica dinâmica que
seja capaz de reconhecer e valorizar as diferenças.
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CURSO PREPARATÓRIO PARA A ONRJ: FAZERES PEDAGÓGICOS
E INCLUSÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA
1. Rodrigo Colaço das Neves – rodrigo.colaco.neves@gmail.com – São Gonçalo/RJ – Universidade
Federal Fluminense
2. Adriana da Cunha Faria Melibeu – acfmelibeu@id.uff.br – Rio de Janeiro/RJ – Universidade
Federal Fluminense
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DA ESCOLA PARA O MOOC: A FORMAÇÃO CONTINUADA DE
PROFESSORES SOBRE O ENSINO DE CIÊNCIAS NOS ANOS
INICIAIS
Introdução: É na etapa inicial da vida escolar que os alunos mais expressam sua curiosidade,
através dos diversos "porquês" que perpassam o dia a dia da sala de aula, sem que a maioria dos
professores aproveitem esses questionamentos para aguçar ainda mais a curiosidade dos educandos e
mediar a aprendizagem, inserindo-os no universo das ciências. A formação continuada tem sido
apontada como uma das ações possíveis para elucidar a importância e favorecer o desenvolvimento do
ensino de ciências nos anos iniciais. Objetivo: O presente estudo busca contribuir para a melhoria do
ensino de ciências através da elaboração de um curso online, resultado de uma formação continuada
seguindo os pressupostos da pesquisa ação e suas contribuições para os professores dos anos iniciais.
Método: A abordagem metodológica foi de cunho qualitativo, partindo da implementação da
formação com a participação de seis professores dos anos iniciais de uma escola pública de Duque de
Caxias – RJ. Como instrumentos para a coleta de dados, foram utilizados: entrevistas, diário de campo,
gravação em áudio dos encontros e registro escrito dos participantes. Os encontros acontecem
mensalmente de março à novembro de 2021, com duração média de 3h, dentro da carga horária de
trabalho do professor, de forma presencial, buscando dar oportunidade aos professores de refletirem a
respeito de aspectos práticos e teóricos relacionados ao ensino de ciências, discutindo temáticas
relevantes, como: Legislação e direitos de aprendizagem, Literatura infantil, Alfabetização científica,
CTS – ciências, tecnologia e sociedade, Atividade investigativa e Experimentação.
Resultados: Os resultados obtidos foram bastante significativos e aspectos como o repensar da
prática pedagógica, a prática colaborativa, a articulação do ensino de ciências com outras áreas do
conhecimento e o como os alunos aprendem, foram apontados como contribuições relevantes pelos
professores. Conclusão: Considerando as contribuições e sugestões dos professores ao longo da
formação continuada, foi elaborado um curso online, do tipo Curso Online Aberto e Massivo – Mooc
intitulado “Quem disse que Ciências é coisa de gente grande?” que busca oportunizar a formação
continuada sobre o ensino de ciências nos anos iniciais, tornando-a acessível a todos os professores que
tiverem interesse em promover mudanças na sua prática pedagógica.
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DESAFIOS DE CONSTRUIR UMA MOSTRA CIENTÍFICA EM
TEMPOS DE PANDEMIA
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DESAFIOS VIVENCIADOS PELA EDUCAÇÃO ESPECIAL
INCLUSIVA NO PÓS PANDEMIA NO MUNICÍPIO DE NITERÓI
1. Bianca Evangelista Santos – pioneirabiancasantos07@gmail.com – Niterói/RJ – Fundação
Municipal de Educação de Niterói -UNIRIO
O artigo apresenta os desafios contemporâneos experienciados por aqueles que atuam no front
da inclusão da educação básica. Relata a experiência da autora em uma Escola Municipal da Rede de
Niterói, que assim como outras vivencia muitos conflitos que divergem a teoria pedagógica inclusiva.
Objetiva denunciar as precariedades da Educação Inclusiva no Município de Niterói. A referida escola
possui em seus três turnos: 33 estudantes com N.E.E.s; 8 professores de apoio educacional
especializados. Distribui-se de 3 a 6 alunos com deficiência, por professor de A.E.E. Os alunos são
atendidos em sala regular pelo professor de A.E.E. e com complementação pedagógica em sala de
recursos multifuncionais improvisada, por um professor de sala de recursos responsável.
Nas classes regulares o mesmo professor acompanha estudantes de diferentes níveis de
comprometimento, não efetivando o processo de ensino-aprendizagem. Gerando uma tensão pedagógica
do docente sobre o processo de inclusão. Considerando a dinâmica e organização escolar, há a pauta do
horário/carga horária de professores de A.E.E. Pois quando houve a criação do cargo Professor de
A.E.E. foi estipulada carga horária de 24h, compreendendo 1 ⁄ 3 de planejamento, sendo 16h de efetiva
regência. Entretanto, as escolas abrangem uma carga horária diária de mais de 5h sendo mais de 25 horas
semanais, ultrapassando a carga horária dos Professores de A. E. E.
Sendo assim, estabeleceu-se um dilema de acessibilidade, pois os alunos desde então não
puderam ter o seu direito escolar contemplado, conforme o horário da escola que estão matriculados. O
direito ao 1 ⁄ 3, planejamento é essencial para o desenvolvimento de uma prática pedagógica inclusiva,
reflexiva e baseada em evidências. Sem o direito a este, pleiteando o acompanhamento pedagógico dos
alunos, os professores se sentem sobrecarregados, e distantes da identidade profissional de sua formação.
Um questionamento que paira sobre os professores de A.E.E. tem sido: Como garantir o planejamento
educacional individualizado, sem tempo nem recursos para ele? Não se deve romantizar o processo de
inclusão. Quando se há esvaziamento de recursos humanos e físicos, a responsabilidade pela inclusão
não deve ser somente do professor.
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EMPREENDER NO SÉCULO XXI: UMA PROPOSTA
INTERDISCIPLINAR
1. Alessandro Moreth – alemoretholiveira@gmail.com – Niterói/RJ – Colégio Salesiano Santa Rosa.
2. Daniel Sá Vianna Mello - danielsageografia@gmail.com – Niterói/RJ – Colégio Salesiano Santa
Rosa.
3. Diego Jacomim Passos – diego.passos@salesiano.br – Niterói/RJ – Colégio Salesiano Santa Rosa.
4. Guilherme Marques Soares – gsoaresvet@gmail.com – Niterói/RJ – Colégio Salesiano Santa Rosa
5.Monique Magalhães Marins – moniquemmarins@gmail.com – Niterói/RJ – Colégio Salesiano Santa
Rosa.
Os tempos atuais apontam para a necessidade de cuidarmos cada vez mais dos recursos naturais
e humanos do nosso Planeta. Nesse contexto, a Base Nacional Curricular Comum preconiza que
devemos auxiliar os alunos do Ensino Médio a “Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de
informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais
(incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos,
resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva”.
Desta forma, o presente trabalho relata a realização de um trabalho interdisciplinar que
culminou em uma apresentação da 1ª Feira de Matemática, Ciências e Tecnologias do Colégio Salesiano
Santa Rosa. O trabalho foi desenvolvido pelas disciplinas Biologia, Física, Hands On, Geografia,
Sociologia e Salê Projeto de Vida. Os alunos foram organizados em grupos e foi sorteada uma
personagem da Ciência sobre a qual eles deveriam pesquisar: seu grande feito, o impacto de sua
descoberta/criação em seu próprio tempo, enfatizando o contexto geográfico e social que gerou a
demanda. A partir do levantamento de dados, eles deveriam criar uma empresa virtual (usando, por
exemplo, a webpage https://pt.wix.com/) para “vender” um produto que fosse fruto da descoberta
realizada pela personagem estudada, podendo ser o próprio produto/invento descoberto ou um
desdobramento dele.
A criação da empresa tinha como objetivo fazê-los refletir sobre a atuação como profissionais
do futuro, divulgando os seus serviços na webpage criada, destacando a importância do produto/invento
para a sociedade atual e a facilidade de acesso a ele. Era preciso que, na proposta, fosse levado em conta:
a empatia e o altruísmo de um profissional do Século XXI; proposta clara do serviço e do valor; nome,
filosofia e marca da empresa; como a descoberta pode ajudar ou facilitar a vida das pessoas;
envolvimento da empresa e dos profissionais; Blog para conteúdos informativos; seção para depoimento
de clientes; site responsivo. Uma vez construídas as propostas, elas foram organizadas para visitação no
site da Feira de Matemática, Ciências e Tecnologias. O envolvimento dos alunos foi positivo, trazendo
à tona o diálogo acerca da responsabilidade social que todos devemos ter em nossos diversos ambientes
de trabalho.
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ENCONTRO DE SABERES: RESSIGNIFICANDO A TEMÁTICA
INDÍGENA A PARTIR DAS OFICINAS PEDAGÓGICAS
1. Monique Magalhães Marins – niquemm@yahoo.com.br – Niterói/RJ – Salesiano Santa Rosa
2. Gabriela de Oliveira Soares Cortez – brielacortez@gmail.com –Niterói/RJ – Universidade Federal
Fluminense
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FAKE NEWS SE COMBATE COM CIÊNCIA E ARTE
1. Guilherme Marques Soares – gsoaresvet@gmail.com – Niterói/RJ – Colégio Salesiano Santa Rosa 2.
Diego Jacomim Passos – diego.passos@salesiano.br – Niterói/RJ – Colégio Salesiano Santa Rosa
3. Katia Regina de Oliveira Mendes – katia.mendes@ salesiano.br – Niterói/RJ – Colégio Salesiano
Santa Rosa
4. Fernanda Serpa Cardoso - fernandalabiomol@yahoo.com.br -Niterói/RJ – Colégio Salesiano Santa
Rosa
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GAME MOTRICIDADE – USO DE JOGOS EM REALIDADE VIRTUAL
PARA PESSOAS COM TDAH (TRANSTORNO DO DÉFICIT DE
ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE)
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O ATENDIMENTO SUPLEMENTAR A ALUNOS COM
COMPORTAMENTO SUPERDOTADO: FERRAMENTA PARA
TRANSFORMAÇÃO, HUMANIZAÇÃO E SUPERAÇÃO DO
EDUCADOR
1. Ailana de Sousa Bezerra – ailanasousa@id.uff.br – São Gonçalo/RJ – ASAS; DIECI UFF
2. Natan Melo Zefiro – natanzefiro@id.uff.br – Itaboraí/RJ – ASAS; DIECI UFF
3. Alfredo Weberton Lopes Conceição – alfredoconceicao@id.uff.br – Niterói/RJ – ASAS; UFF
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O JOGO DE XADREZ PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL DA ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS
EXCEPCIONAIS- APAE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
1- Carlos Henrique Nascimento de Cristo Júnior– carlosh@id.uff.br– Campos /RJ – Universidade
Federal Fluminense.
2- Sara Lopez Aragão Machado Costa – saralopez@id.uff.br – Macaé/RJ – Universidade Federal
Fluminense
3- Shabbina Ribeiro Messina – shabbinaribeiro@id.uff.br – Uberaba/MG – Universidade Federal
Fluminense
Esse trabalho é um relato de experiência fruto de um projeto que foi realizado dentro da proposta
pedagógica da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais- APAE, que culminou-se com o nome
“Além do Xeque Mate” - uma abordagem transdisciplinar, desenvolvido nas aulas de Educação Física
Escolar com a temática: o xadrez e suas potencialidades, no período de 2016 a 2019 na cidade de Campos
dos Goytacazes, RJ.O objetivo central deste estudo foi analisar a influência da prática do xadrez no
desenvolvimento dos aspectos cognitivos dos alunos com deficiência intelectual.
O desenho metodológico iniciou-se a partir de uma pesquisa de campo de caráter qualitativo,
sendo realizadas intervenções semanais, uma vez por semana com duração de 40 minutos, podendo
variar o tempo de acordo com a interação de cada criança. O projeto foi composto por 10 participantes
com idades entre 12 e 23 anos, que foram incluídos de forma aleatória considerando apenas a curiosidade
de conhecer o jogo de xadrez. Como instrumento de coleta, foram utilizados relatórios semanais de
campo e das aulas, com intenção de acompanhar o desenvolvimento individual dos participantes em
outras atividades propostas pela na escola.
Diante disso, os alunos tiveram diferentes ritmos de aprendizagem, notou-se dificuldades de
interação, comportamento e alteração na coordenação motora fina ao manusear as peças do tabuleiro,
necessitando respeitar o tempo estabelecido para realizar a atividade. Sendo necessárias diferentes
estratégias de ensino para a efetivação da aprendizagem dos alunos. Dessa forma, conclui-se que a
prática do xadrez se tornou relevante por trabalhar questões de atenção, concentração e tomada de
decisão em situações de jogo, além de estimular situações de imprevisibilidade dos praticantes,
proporcionando caminhos para a construção da aprendizagem dos alunos em espaços formais ou
informais.
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O PLANO EDUCACIONAL INDIVIDUALIZADO NA PERSPECTIVA
INCLUSIVA: O EIXO DE INTERESSE NO ENSINO REMOTO
1. Bianca Burlandy Mota de Melo – biancaburlandy@gmail.com– Rio de Janeiro/RJ – SME/RJ
2. Aline Silveira Gomes – gomes.aline07@gmail.com – Ananindeua/PA – UFPA
O movimento de inclusão e a busca por atendimento educacional para alunos com deficiência
têm sido objeto de estudo em várias pesquisas nos últimos anos, possibilitando a criação de documentos
que colaboram com o processo de escolarização e posteriormente auxiliarão os estudantes no mercado
de trabalho e em atividades diárias. Este resumo apresenta o desenvolvimento do Plano Educacional
Individualizado, aplicado no formato remoto, devido a pandemia da Covid-19, para um estudante do
Caep Favo de Mel, pertencente à Fundação de Apoio a Escola Técnica do Rio de Janeiro (Faetec/RJ),
com Deficiência Intelectual e Autismo, desenvolvido através do curso de extensão “Alfabetização e
letramento sob o viés do Plano Educacional Individualizado – PEI”, oferecido pela Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (UERJ) a profissionais da educação.
Seu objetivo geral foi reconhecer nas práticas educativas inclusivas a importância de pensar no
sujeito da aprendizagem, destacando sua área de interesse. A aplicação foi realizada através do protocolo
seguindo a Matriz de Conteúdos Prioritários para a elaboração do PEI, onde estabelece-se os objetivos
e critérios de observação ao longo do período proposto. O sujeito do estudo passou por diversas
experiências de escolarização e por isso as atividades propostas foram para o atendimento de suas
necessidades diárias. As mediações foram feitas no formato remoto com o uso do computador com
atividades que contemplassem o Alfa letramento.
Ao repensar as práticas a partir das especificidades do estudante, valorizando sua área de
interesse, observamos que durante as aplicações houve maior desenvolvimento de sua autonomia,
proporcionando a realização de atividades mais complexas com o uso das tecnologias. Nestas foram
envolvidos os atores que estão no contexto de sua aprendizagem e as ações realizadas proporcionaram
resultados para além da sala de aula. A partir do PEI refletimos que as estratégias precisam ser
elaboradas, contemplando o sujeito na sua realidade, pois atividades que proporcionem inclusão
ultrapassam o diagnóstico e têm a aprendizagem como o foco da prática educativa. O compromisso
docente e da família numa participação colaborativa favorece a percepção do indivíduo como
participante ativo do seu processo de escolarização.
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OBSERVAÇÃO DAS HABILIDADES COGNITIVAS E SOCIOEMOCIONAIS
DE ALUNO COM AUTISMO ATRAVÉS DO PENSAMENTO
COMPUTACIONAL: UM RELATO COM ATIVIDADE DESPLUGADA
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PLANEJAR A MATEMÁTICA NO MODELO REMOTO: NARRATIVAS DO
PROJETO DE TUTORIA DE MATEMÁTICA
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RECONHECENDO E INCLUINDO UM ALUNO COM
COMPORTAMENTO SUPERDOTADO EM AULAS DE CIÊNCIAS
Desde o início do programa de Escolas de Período integral (PEI) do Governo do Estado de São
Paulo, em 2012, vários esforços vêm sendo direcionados para a melhoria da qualidade de ensino e da
convivência dos estudantes, visando formá-los protagonistas, solidários e competentes, cuja base é
alicerçada em ações para conhecer melhor as possibilidades e potencialidades de cada aluno para se
desenvolver integralmente no ambiente escolar e na vida social. No período da pandemia da COVID-
19, os professores foram solicitados a prepararem aulas online que estimulam a participação dos alunos,
em especial os do 6º ano.
Nesse contexto, foi notório o desempenho do aluno Alan, que participava ativamente em todas
as aulas de Ciências, mostrando avidez pela mesma, autodidatismo, conhecimento superior aos dos
colegas e até ao do ensino fundamental. A professora buscou, no grupo de pesquisa DIECI UFF,
formação para atender o aluno de forma específica, estimulando sua capacidade e habilidades. Tal
formação, realizada através de um minicurso online, elucidou a necessidade da escola se ater não apenas
às defasagens de aprendizagem, preparando-se, também, para acolher aqueles com altas habilidades ou
superdotação (AH/SD), contando, inclusive, com suas contribuições para a comunidade escolar e a
sociedade. O DIECI UFF inseriu o Alan em atividades suplementares e orientou sua família sobre
superdotação e reivindicação de direitos. Com a Gestão Escolar, a professora buscou orientação para
mediar conflitos em sala, garantindo a inclusão.
A gestão, através da Diretoria de Ensino, indicou-o para avaliação por um grupo na universidade
local, cuja fila de espera é de cerca de 400 alunos. A família está juntando recursos para o atendimento
com os especialistas, mas os custos são altos. A Gestão Escolar designou a professora de Ciências como
tutora pedagógica do Alan e dialogou com os demais professores, orientando-os a buscar acolhê-lo na
perspectiva das AH/SD. Com o retorno das atividades presenciais, as demandas do aluno se
confirmaram, ele também está participando do Clube Juvenil de Ciências e é um “Laranjinha”, grupo
de apoio entre os estudantes e a gestão. Espera-se que a experiência proporcionada contribua com a
replicabilidade das informações e a busca por formações na área, reduzindo a escassez de recursos para
o pleno atendimento dos alunos, em especial aqueles com AH/SD.
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UM PARALELO ENTRE O RÁDIO E O PODCAST EM TEMPOS
PANDÊMICOS
1. Denise de Moraes Pinheiro – denise.pinheiro@salesiano.br – Niterói/RJ – Colégio Salesiano Santa
Rosa
Durante os dois anos de Pandemia nós, seres humanos, tivemos que iniciar uma nova forma de
criar, e sobreviver de acordo com os desafios que nos foram impostos neste novo tempo. Compreender
este tempo e desafios parecia utópico aos olhares de uma sociedade que já estava bastante acostumada
ao que chamamos agora de “antigo normal”, e para os adolescentes foi um período ainda mais
desafiador. Que intenção pedagógica poderia ser apresentada a eles diante de um evento mundial sem
precedentes e, até aquele momento, sem soluções? Como manter o processo criativo vivo na essência
de cada um dos alunos?
Foi nesse contexto, que os alunos do 9° ano de 2020 do Colégio Salesiano Santa Rosa, durante
as aulas de Artes, mergulharam na criação de um conteúdo baseado no estudo sobre a história da Rádio.
Os adolescentes fizeram uma viagem no tempo e resgataram notícias de diversos gêneros e épocas e
reconstruíram esses materiais em forma de um podcast, que é um formato de publicação de áudio
disponibilizado na internet para downloads ou através de serviços de streaming, fazendo um paralelo
entre as tecnologias do rádio e do podcast. O primeiro já bastante antigo, vista até como obsoleto. A
segunda, mais recente e cada vez mais popular.
O objetivo central da proposta era a possibilidade de recriar uma rádio, porém com os recursos
atuais da tecnologia, como programas de edição, aplicativos, compartilhamento de mídias e outros, e
oportunizar aos alunos a experiência de serem parte do período histórico que vivíamos. Naquele
momento, era importante que os alunos pudessem explorar habilidades e competências que pudessem
ser adequadas ao formato do ensino remoto e, portanto, longe do espaço de criação da sala de aula.
Priorizamos a produção com base no senso crítico, no desenvolvimento criativo, na troca de ideias, na
sensibilidade e na cooperação.
Em grupos e, mais uma vez, usando a tecnologia a seu favor, os alunos criaram roteiros de
notícias, comerciais, receitas, entrevistas, informes culturais, programações musicais e construíram o
que chamaram de “Rádio Salê”. No ano de 2021, diante do sucesso, o projeto foi continuado, mas dessa
vez com um novo foco: o novo Ensino Médio. Uma vez que as aulas seguiam sendo remotas e esse era,
mais uma vez, um novo desafio para os jovens alunos do Colégio Salesiano Santa Rosa, abraçamos
novamente o formato do podcast para construir outras possibilidades de debate sobre assuntos que muito
interessam nossos adolescentes.
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RELATO DE EXPÊRIENCIA DE UM PROFESSOR EM SEU
PROCESSO DE REINVENÇÃO DIANTE DA COVID-19
1. Alessandra Furtado de Oliveira - afurtadodeoliveiranovaes@yahoo.com.br – São Gonçalo/RJ –
UFF/CMPDI
2. Ruth Maria Mariani Braz – rutmariamariani@id.uff – Entroncamento/Portugal – UFF/CMPDI
3. Jacqueline de Faria Barros Ramos – jacefadu@gmail.com – Niterói/RJ – UFF/CMPDI
O ano de 2020 começou com um desafio muito grande para todos os docentes. Embora muito
se falasse da necessidade de inovações na prática educativa, efetivamente a maioria dos professores
ainda se apoiava no modelo tradicional em suas demandas diárias. Isso ocorria por uma série de
implicações: resistência, falta de interesse ou habilidade para o uso da tecnologia como suporte, falta de
ambiente adequado nos locais de trabalho ou até mesmo em casa, e o receio de ser substituído pela
máquina. Enfim, muitos eram os motivos alegados para o distanciamento dessas ferramentas. No
entanto, o processo advindo com a COVID-19 fez que não ocorresse uma transição gradual para os
meios tecnológicos mais modernos, com cursos que pudessem preparar e familiarizar o docente diante
dessa nova e urgente realidade. Da noite para o dia, vimos o quanto era necessário nos reinventarmos
para que não caísse por terra o trabalho de levar informação e conteúdos ao discente, colaborando na
sua formação educacional, o qual, em circunstâncias normais, já é intrinsecamente árduo. O objetivo
desse relato de experiência é narrar como foi a adaptação a minha prática como professora regente diante
dessa mudança que foi tão abrupta. É importante frisar que toda mudança pode ser benéfica se
encararmos como um desafio a ser superado e que poderá nos trazer meios para que possamos crescer
enquanto profissional e pessoa. Para desenvolver o meu trabalho investi em uma metodologia de
pesquisa bibliográfica e busquei fontes de estudo em diversas plataformas, como Google Acadêmico,
SciELO, Portal do CAPES, artigos científicos com informações sobre como me apropriar das novas
tecnologias, de forma que pudesse agregar na minha prática profissional. A partir de então, fui
experimentando junto com meus discentes o modelo mais adequado para nossos encontros. Fui
percebendo que, de início, o que parecia um meio hostil dentro dessa concepção de aula virtual, onde
pela minha falta de habilidade poderia ser um fator de risco diante das falhas que poderiam ocorrer,
acabaram por proporcionar parcerias entre todos que estavam nas vídeoaulas. Outro fator que foi deveras
importante nesse contexto foi a facilidade de poder ali, no decorrer do que era proposto, poder
acrescentar, quando era necessário, informações de blogs confiáveis, vídeos, músicas, e outras
ferramentas. Os resultados foram muito promissores, tendo em vista que a participação era grande e
entusiasmada, mas também é importante destacar s constatação de que esse modelo não contempla todas
as instituições e alunos, uma vez que, para que funcione, é imprescindível que o discente tenha o recurso
do computador e/ou telefone e dados, o que não é uma realidade para todos. Dessa forma, chegamos à
conclusão de que a tecnologia deve ser vista como um importante aliado na aquisição e formação de
conteúdos, caminhando no sentido de somar e agregar valores à prática do professor.
Palavras-chave: Tecnologia. Educação. Inclusão. Diversidade.
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CAMPANHA DA SOLIDARIEDADE SALESIANA
1. Aline Machado da Silva Barros – almachs@gmail.com – Niterói/RJ – Colégio Salesiano Santa Rosa
2. Fernanda Serpa Cardoso – fernandalabiomol@yahoo.com.br – Niterói/RJ – Colégio Salesiano Santa
Rosa
3. Katia Regina de Oliveira Mendes – katia.mendes@salesiano.br – Niterói/RJ – Colégio Salesiano
Santa Rosa
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RELATO DE UM ESTUDANTE DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS
BIOLÓGICAS SOBRE O ENSINO DE CIÊNCIAS E DIREITOS HUMANOS
Antes de me dedicar aos estudos dos Direitos Humanos (DH), meu maior contato com este
termo se dava de maneira informal, através da grande mídia, geralmente pelas denúncias de violações
dos DH contra criminosos ou outras populações marginalizadas. Até então, tinha a percepção falha de
que esse debate era de interesse apenas a certas comunidades, em situações com as quais eu não me
identificava. O conhecimento raso sobre o assunto dificultava, inclusive, distinguir DH de outros
conceitos, como o de “cidadania”, ou dimensionar sua potência nas sociedades.
Ao longo do curso de Bacharelado e Licenciatura em Ciências Biológicas, na Universidade
Federal Fluminense, cursei algumas disciplinas que pontuaram questões envolvendo os DH, sobretudo
as de educação; mas, mais superficialmente. Seja pela suposição, por parte dos docentes que as
ministravam, de que os alunos já sabem o suficiente sobre esse tema ou pela própria falta de
conhecimento ou de interesse deles próprios sobre o assunto, o resultado é que os debates sobre DH
acabam não sendo trabalhados junto aos conteúdos disciplinares, ficando dissociados dos mesmos.
No entanto, ao longo da disciplina optativa “Ensino de Ciências e Direitos Humanos: a
Biologia”, fiquei surpreso ao perceber quão equivocada era a minha compreensão sobre os DH, quanto
à sua história, propostas e aplicações. Por este ser um assunto pouco discutido, ao longo das demais
disciplinas, atinei em como muitos estudantes acabam se formando sem compreenderem e aplicarem a
cultura dos DH em suas profissões e vivências, ou seja, sem perceberem e compreenderem o quanto
estes são sistematicamente violados e como podem trabalhar para defendê-los.
Hoje tenho um entendimento maior sobre a importância de se promover os DH na educação,
não apenas como um conteúdo em si, mas integrados como cerne dos processos pedagógicos, em
detrimento de uma formação tecnicista. Sobretudo atualmente, quando uma forte onda reacionária vem
provocando diversos retrocessos humanitários, como na recente reforma do Ensino Médio que culminou
na nova BNCC, é que se faz mais urgente e necessária a efetiva implementação dos debates acerca dos
DH nos cursos de licenciatura, assim como na formação continuada de professores, a fim de que possam
desenvolver e realizar ações pedagógicas em prol de uma educação crítica e libertadora, que fomente a
defesa da dignidade humana.
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RODAS DE CONVERSA: DIVULGANDO PAULO FREIRE, DESPERTANDO
VOCAÇÕES
O método de alfabetização desenvolvido por Paulo Freire possui em seu histórico a relação com
a aplicação em jovens e adultos, mas é fundamental a percepção de que a obra de Freire não se restringe
a criação de um método a ser seguido. A filosofia da educação de Freire defende não apenas a leitura da
palavra, mas a leitura do mundo e a formação de uma consciência crítica que leva homens e mulheres a
questionarem a natureza da sua situação social e passem a se encarar como participantes na construção
de uma sociedade democrática. Por questionar as injustiças sociais e a opressão de classe, e defender a
autonomia do pensar, a figura de Paulo Freire acabou sendo inserida em confrontos políticos-ideológicos
com pretensões de retirá-lo do cenário da educação brasileira.
Por esse motivo, o grupo ProPet Bio Fronteiras criou o grupo de estudo voltado à discussão e
reflexão das obras do autor e o projeto de extensão “Rodas de conversa: divulgando Paulo Freire,
despertando vocações”. O objetivo do projeto foi proporcionar um espaço aberto e democrático para
discussões sobre a filosofia Freiriana. Metodologia. As rodas foram realizadas ao longo de 2021, de
forma remota devido ao distanciamento imposto pela pandemia do COVID-19 e com duração de
aproximadamente 2 horas. Resultados e Discussão. As rodas oportunizaram o compartilhamento de
experiências e estratégias metodológicas utilizadas em sala de aula e a necessidade do constante
processo de ação/reflexão/ação por parte dos educadores. O público incluiu licenciandos, pedagogos e
professores da educação básica que consideraram fundamental o debate de pautas como a educação de
crianças, jovens e adultos e principalmente de minorias marginalizadas.
A discussão da obra de Freire é atemporal visto que, é fundamentada em eixos norteadores
essenciais na consolidação de escolas comprometidas com a cidadania a partir da integração entre
educação e cultura, priorizando a multiculturalidade e a perspectiva inter e transdisciplinar, a
democratização das relações de poder além da formação permanente dos educadores. O projeto contribui
para a reflexão acerca da filosofia da educação libertadora de Paulo Freire, suscitando o debate sobre
questões sociais e contribuindo para a compreensão de sua importância para a história da educação,
formação e atuação docente.
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TEATRO DO OPRIMIDO COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA
ANTIRRACISTA
INTRODUÇÃO: O Teatro do Oprimido (TO), criado por Boal, é um método pedagógico, social,
cultural, político e terapêutico que possibilita o fortalecimento do sujeito oprimido, visando a
humanização e a superação das opressões. O TO enquanto um método estético, com conjunto de técnicas
e jogos cênicos, permite dialogar com o pensar da Pedagogia do Oprimido do educador Paulo Freire.
Em comemoração ao ano do centenário do educador, propusemos uma prática discente de TO que
fomentou o diálogo sobre educação antirracista. OBJETIVO: Estimular práticas pedagógicas
antirracistas através da metodologia do Teatro do Oprimido.
METODOLOGIA: Relato de investigação cênica, a partir da reflexão das convergências e
similaridades do pensamento de Boal e Paulo Freire, usando o TO como ferramenta de linguagem.
Utilizamos a técnica de Teatro Fórum (02h de vivência) no Projeto Escolar, com alunos do NEJA. Nessa
técnica, encena-se fatos, na qual personagens oprimidos e opressores entram em conflito de desejos e
interesses. No confronto, o oprimido fracassa e o público é estimulado pelo Curinga (facilitador do TO),
a entrar em cena, e substituir o protagonista (o oprimido), buscando alternativas para o problema
encenado. A temática do Teatro Fórum foi desenvolvida como criação coletiva, a partir das situações
opressivas vivenciadas pelo grupo. Gênero, raça e violência policial foram os temas que se
apresentaram, e dentre eles, escolhemos encenar a violência policial contra negros.
RESULTADOS: Realizamos uma cena sobre “violência policial contra negros” em que foi
possível observar que as intervenções realizadas pelos alunos/plateia na cena, produziram reflexões
acerca de questões sociais e raciais impactantes. As mobilizações se deram das seguintes maneiras: por
Identidade, quando 3“atores” negros, vivenciaram no palco experiências da sua vida real; por Analogia,
quando a “atriz” que sofreu violência de gênero, interveio na cena questionando a ação violenta dos
“policiais”; e por Solidariedade, quando a “atriz”, mãe de um jovem negro, reconheceu a injustiça
cometida e se solidarizou com a luta política dos jovens. CONCLUSÃO: OTO, por meio da técnica
Teatro Fórum, é uma metodologia, que favorece o diálogo, a reflexão e a instrumentalização do sujeito
na construção de uma prática pedagógica antirracista.
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TRABALHO COLABORATIVO PARA PRÁXIS INCLUSIVA DE
ALUNOS COM TEA COM BASE NO DUA
1. Elaine Alves Leite – elaineleite@id.uff.br – Rio de Janeiro/RJ – Universidade Federal Fluminense
2. Ruth Maria Mariani Braz –– Rio de Janeiro/RJ – Universidade Federal Fluminense
3. Sérgio Crespo Coelho da Silva Pinto – screspo@id.uff.br – Rio de Janeiro/RJ – Universidade Federal
Fluminense
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UM RELATO SOBRE INCLUSÃO E ESPERANÇA
1. Karolaynne Queiroz – karolaynnequeiroz@id.uff.br – Niterói/RJ - Universidade Federal Fluminense
2. Andressa de Souza lopes – andressalopes@id.uff.br – Niterói/RJ - Universidade Federal Fluminense
3. Evelyn Carmelino dos Santos – evelyncarmelino@id.uff.br – Niterói/RJ - Universidade Federal
Fluminense
4. Sonia Regina Alves Nogueira – sranogueiradesa@gmail.com – Niterói/RJ - Universidade Federal
Fluminense.
5. Fernanda Serpa Cardoso – fernandalabiomol@yahoo.com.br – Niterói/RJ - Universidade Federal
Fluminense
Conhecer alunos com comportamento superdotado (CS) é importante durante a formação
docente, mas isso não ocorre nas disciplinas dos cursos de graduação. E não foi diferente com três
graduandas, coautoras deste trabalho, que só tiveram contato com o tema após integrarem o grupo de
pesquisa e extensão DIECI UFF - Desenvolvimento e Inovação em Ensino de Ciências, no qual
passaram por breve, porém intenso, período de capacitação marcado por leituras individuais e
colaborativas e pela participação no minicurso “COMPORTAMENTO SUPERDOTADO:
identificando e formando recursos humanos inovadores” e no “X Curso de Verão para Alunos
Superdotados da UFF - SOMOS TODOS SUPER RELATIVOS”, realizados pelo grupo, que permitiu
a elas a apropriação de conhecimento pertinente.
Ao experienciar a formação interdisciplinar e continuada sobre o tema, perceberam que tinham
a errônea ideia, do ideário popular, que indivíduos com comportamento superdotado são gênios, com
alto QI e, especialmente, pessoas boas em ciências exatas. Aprenderam que o aluno superdotado não
necessariamente é uma pessoa culta e com resultados acima da média em tudo o que faz, sendo o CS
uma característica que pode ocorrer em qualquer gênero. A quebra de estereótipos foi fundamental para
seu processo de desconstrução/reconstrução a respeito dos indivíduos com CS.
Ressaltamos que o programa do DIECI UFF para alunos com CS é o único desse tipo em uma
universidade brasileira, traz consigo desafios e inovações através das atividades que o compõem, entre
outras: a formação específica, os minicursos para professores e o Curso de Verão, do qual as graduandas
participaram, primeiro como observadoras, depois como monitoras e oficineiras. Nessas oportunidades,
o contato com as crianças e adolescentes foi “de tirar o fôlego” e exigiu “saírem da zona de conforto”,
proporcionando riquíssimo aprendizado e troca de experiências.
Dessa forma, o processo que vivenciaram confirma o quanto a academia vem negligenciando a
formação de profissionais para a inclusão desses alunos, que também são público-alvo da educação
inclusiva. As graduandas declaram se sentirem privilegiadas por receberem a formação diferenciada
oferecida pelo DIECI UFF, que as permitiu ampliarem sua visão de mundo, tanto nesse tema como em
outros, aprendendo a serem pessoas melhores e futuras docentes esperançosas para praticarem uma
educação mais inclusiva e diversificada.
Palavras-chave: superdotados; altas habilidades; inclusão; relato; DIECI UFF.
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UMA ANÁLISE DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA EM BIOCIÊNCIAS
ATRAVÉS DE PODCASTS NA EDUCAÇÃO BÁSICA
A divulgação científica, atualmente, se faz indispensável e pode ser realizada através de diversos
meios de comunicação, como os podcasts. Método que foi denominado, por Ben Hammersley, de
podcasting, juntando o prefixo “pod”, de iPod, com o sufixo “casting”, de “broadcasting”, transmissão
massiva de informações. Biologia In Situ Podcast é um programa em formato de áudio ou vídeo
distribuído em agregadores através de feed. Os conteúdos ficam gravados em diversas plataformas e/ou
em websites de forma gratuita para que os ouvintes tenham conhecimento diretamente ou através de
download em computadores e smartphones. Ao inserirmos pautas científicas em podcasts,
possibilitamos uma abordagem acessível na linguagem e nos acessos aos episódios.
Este trabalho tem como objetivo investigar as fontes atuais de divulgação científica em
BioCiências, com o foco nos podcasts dentro das escolas de educação básica, utilizando como modelo
a avaliação do impacto do podcast Biologia In Situ. Para isso foram apresentados diversos episódios já
desenvolvidos pelo podcast para diversas turmas da educação básica de uma instituição localizada na
cidade de Niterói no estado do Rio de Janeiro. De acordo com o público-alvo, tivemos um resultado
satisfatório e análise dos resultados obtidos, através de pré-testes e pós-testes, e ainda uma discussão
oral com os alunos, podemos dizer que obtivemos um resultado satisfatório na construção do
conhecimento a partir dos conteúdos abordados com a aplicação da tecnologia de podcast.
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USO DE SIMULADORES DIDÁTICOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS
NATURAIS: ILUMINANDO CONHECIMENTOS
Considerando o contexto do aprender fazendo, no qual o aluno deve construir seu conhecimento
a partir do uso de diferentes instrumentos, estratégias e métodos de aprendizagem, a educação baseada
em simulação (EBS) pode ser ainda mais explorada no Novo Ensino Médio (NEM) e em cursos de
graduação (CG). Por replicar/simular a realidade, a EBS permite estudos de caso e problematização da
realidade profissional com diminuição de riscos e do uso de reagentes ou equipamentos caros, de difícil
disponibilidade, ou que geram rejeitos tóxicos, como o luminol (C8H7O2N3).
Utilizado para detecção de sangue, o luminol possui grande potencial para substituição em uma
prática de EBS contextualizada devido a seu perfil. Neste trabalho, desenvolvemos um kit que utiliza
simuladores didáticos (SD), usando uma substância capaz de simular o efeito de quimioluminescência
do Luminol e que viabiliza práticas científicas de baixo custo, simplicidade e de fácil contextualização.
Para tal, selecionamos, a partir da busca em sites e artigos, o “pigmento pó azul Glow”, utilizado por
manicures e artistas para provocar o brilho azulado no escuro e que possui baixo custo, atoxicidade e
fácil manipulação e obtenção.
Visando criar uma contextualização envolvendo um ambiente de simulação científico-
profissional factível, incluindo a discussão da identificação do sangue por reação de
quimioluminescência do luminol com seus constituintes; temos como parte desse kit de SD também: a)
uma caixa de papel para o efeito de ambiente escuro à reação quimioluminescente; b) um frasco
borrifador para o reagente (apenas água); e c) algumas amostras de tecidos e outros materiais com
manchas do tipo 1 (esmalte vermelho, molho de tomate e/ou coloral), as quais não irão brilhar no escuro.
Portanto, o resultado será negativo; e do tipo 2 (“pigmento pó azul Glow” invisível na claridade
e denominado como sanglow - sangue com brilho) para simular o efeito positivo. No Kit, o usuário/aluno
é convidado a borrifar o reagente (água) nas amostras, simulando a aplicação do luminol e que, na
ausência de luz, não afetará a visão do brilho azul intenso das manchas sanglow. Esse SD permite
práticas ricas em discussão de conteúdo das áreas de Química e Biologia no NEM e CG de forma
interdisciplinar, dentro de um contexto que faz parte de um possível futuro profissional desses alunos
envolvendo, por exemplo, a perícia criminal.
Palavras-chave: kits didáticos; metodologia ativa; novo ensino médio e simuladores didáticos.
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APOIO:
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