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ANAIS

I CONGRESSO DAS TENSÕES ÀS INOVAÇÕES: NOVOS OLHARES PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO


BÁSICA - 20 E 21 DE MAIO DE 2022

1
Organizadores

1. Simone Araújo Moreira


2. Fernanda Serpa Cardoso
3. Fátima Raulusaitis
4. Kamilla Gravitol Rosa
5. Monique Magalhaes
6. Symone Mesquita
Sumário

Apresentação do Evento ............................................................................. 3


Comissão Organizadora .............................................................................. 5
Trabalhos ................................................................................................... 8
Apoio.........................................................................................................42

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BÁSICA - 20 E 21 DE MAIO DE 2022

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Apresentação do Evento
“...É preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir,
é preciso a chuva para florir…”
Tocando em frente,
Almir Sater e Renato Teixeira

A pandemia da Covid-19 teve impacto em todas as áreas, mas, sem dúvidas, a Educação
foi uma das mais afetadas. Os professores da Educação Básica sofreram uma
transformação radical em suas vidas, em um curtíssimo espaço de tempo histórico. Há
muito ouvíamos falar em novas tecnologias, sala de aula invertida e a educação 4.0, mas
ainda pouco as vivenciávamos nas nossas salas de aula, considerando as diferentes
realidades educacionais do nosso país. E de repente, num piscar de olhos, fomos instados
a nos reinventar.
Nossas casas viraram nossas escolas, nossos computadores fizeram o papel da lousa e
nossas vidas pareciam desmoronar. Chorávamos diante das incertezas e dificuldades. As
síndromes e doenças foram chegando: ansiedade, burnout, tendinite, cervicalgia, crise do
pânico, insônia. As “bolinhas” na tela são invés de rostos (quando as escolas as tinham)
eram desencadeadoras da nossa maior aflição: os alunos não estarem aprendendo. No
entanto, nesse cenário, uma coisa nos mantinha firmes: a certeza de contarmos uns com
os outros.
Foram noites de reuniões, colegas que viraram professores de “tecnologia” e que nos
ajudaram a seguir em frente. Alguns de nós aprendemos a fazer vídeos, criando inclusive
um canal no YouTube; outros conseguiram posicionar o quadro em frente à câmera do
computador e lá foram, com suas aulas. Os que nunca tinham preparado uma
apresentação digital, depois de tão desafiados, conseguiram cumprir o papel com
maestria. As lutas foram muitas, foram quase dois anos intermináveis... E aqui estamos
nós, no local que nos é mais caro, mais conhecido: “o chão da sala de aula”.
Agora, no cenário que tanto amamos, estamos aprendendo mais uma vez. Nossos alunos
estão diferentes. A desatenção, o “abuso” no uso das tecnologias, a dificuldade de abrir o
caderno e seguir em uma sequência lógica, dentre tantas outras questões, permeiam
nossas salas de aula. Alunos que estão matriculados no 3º ou 4º ano do Fundamental,
Anos Iniciais, e que não sabem escrever seus próprios nomes, ou mesmo segurar um
lápis. Gente com falta um do outro.
Foi nesse cenário que um grupo de profissionais da Educação Básica começou a dividir as
suas angústias, muitas vezes no pequeno intervalo do recreio, sinalizando a necessidade
de um diálogo mais amplo com outros colegas, como também com pesquisadores das
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diferentes áreas do ensino. E dessa forma, “nasceu” a ideia da organização de um evento
que aproximasse professores de diversas escolas e realidades, com pesquisadores da
área do ensino que hoje atuam ou estão matriculados em uma pós-graduação. Pensamos
além: faz-se necessário a aproximação com os licenciandos (futuros professores).
Desses entrelaçamentos surgiu o I Congresso Das Tensões às Inovações: novos olhares
para as práticas da Educação Básica, organizado por respeitáveis profissionais da
Educação Básica, tem o intuito de não só tensionar, como também lançar novos olhares
para práticas que dialoguem com o contexto pós-pandêmico, no cotidiano
escolar propondo discussões, interações e trocas de experiências conduzidas por
professores de referência na área, cujas temáticas se desdobrarão nos seguintes eixos:
Tecnologia digital, Arte, Inclusão, Saúde Mental, Avaliação, Educação Infantil, Ensino
Fundamental, Novo Ensino Médio, Emergências da sala de aula e Gestão Escolar.
Portanto, é com grande prazer que recebemos todos os participantes! Que seja um
grande (re)encontro, uma grande oportunidade de aprendizado; um daqueles eventos na
vida onde reafirmamos a escolha de fazer a diferença na Educação Brasileira!

Comissão Organizadora

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Comissão Organizadora
PRESIDÊNCIA
Simone Araújo Moreira Kamilla Gravitol Rosa
Fernanda Serpa Cardoso Monique Magalhaes
Fátima Raulusaitis Symone Mesquita

COMISSÃO CIENTÍFICA

Me. Alessandra Furtado de Oliveira - UFF Dra. Lucíola Castilho Oliveira Pinheiro –
Dra. Alice Akemi Yamasaki - UFF Pedro II
Prof. Bruna Wendhausem Enne – Sinaliza Me. Maria Cristina Barbosa Mendes –
ENEM PGCTin UFF
Dr. Caio Abujadi - Associação Caminho Azul Dra. Maria Tereza Eglér Mantoan - UNICAMP
Dra. Carla Macpherson Garcia de Paiva – Prof. Marluci Mattos – Insituto Limbios e
Salesiano Niterói e UERJ Colégio Renovação Indaiatuba/SP
Dra. Cecilia Silva Guimarães - Unilasalle Me. Mirian Renata Medeiros dosSantos Vale
- UFF
Dra. Cristina Maria Carvalho Delou - UFF
Me. Paola Martins Bagueira P.Bandeira –
Me. Elaine Alves Leite - UFF CMPDI UFF
Me. Felipe Rodrigues Martins - ISERJ Dr. Paulo Henrique Lima - UERJ
Dra. Fernanda Serpa Cardoso - UFF Dra. Priscilla Oliveira Silva Bomfim - UFF
Dr. Fernando Luiz de Campos Carvalho - Dra. Rosane Moreira Silva de Meirelles –
UNESP UERJ e Fiocruz
Me. Helder Clementino Lima Silva - UNESP Dr. Ruidglan de Souza Barros - UERJ
Dra. Helena Maria Marques Araújo - UERJ e Dra. Ruth Mariane Braz – CMPDI UFF
PUC RIO
Dra. Simone Araújo Moreira – Salesiano
Me. Giselli Cristini DomicianoAbrahão - UFF Santa Rosa
Me. Jamilly Moraes Silva – Salesiano Dra. Sonia Regina Alves Nogueira de Sá - UFF
Niterói/Estácio de Sá
Dr. Victor Giraldo - UFRJ
Dra. Joana Guilares de Aguiar - UFF
Dra. Viviane de Oliveira Freitas Lione – UFRJ
Me. Josiane Aguiar C. Feliciano – PGCTin UFF
Prof. Esp. Wanick Bruno Vieira – Seeduc/RJ
Me. Luciana da Silva Goudinho– PGCTin UFF

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SECRETARIA
Fátima Raulusaitis Thaís Barbosa Barros de Castro Souza
José Luiz Menezes Vanessa Siqueira
Kamilla Grativol Rosa

CERIMONIAL
Ana Cláudia Herdy Torres Teixeira

CADERNO DE PROGRAMAÇÃO
Equipe ASAS – Atendimento Suplementar a Alunos Superdotados:
Ailana de Sousa Bezerra
Alfredo Weberton Lopes Conceição
Natan Melo Zefiro

ARTE/MARKETING
Vanessa Siqueira Elena Cardoso Mendes
Ailana de Sousa Bezerra Gabriela de Oliveira Soares Cortez
Carlos Oliveira

ACESSIBILIDADE
Alex Sandro Lins
Bruna Wendhausem Enne
Felipe Giraud
Jaderson Vasconcelos
Layla Rodrigues da Silva

TRANSMISSÃO/EDIÇÃO/TI
Equipe Realize Estratégias Inclusivas:
Symone Mesquita de Oliveira
Giselli Cristini Domiciano Abrahão
Thamires Gomes da Silva Amaral Lessa

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SUBMISSÃO E AVALIAÇÃO DE TRABALHOS
Fernanda Serpa Cardoso Bianca da Cruz Lima Gonçalves
Monique Magalhães Marins George Lucas da Costa Tavares
Simone Araújo Moreira Jamilly Moraes Silva
Andréa Rochefeller
Beatriz de Castro Corrêa
Equipe ASAS – Atendimento Suplementar a Alunos Superdotados:
Ailana de Sousa Bezerra
Alfredo Weberton Lopes Conceição
Natan Melo Zefiro

ORGANIZAÇÃO DAS SALAS TEMÁTICAS


Fernanda Serpa Cardoso Monique Magalhães Marins
Fátima Raulusaitis Patrícia Regina de Carvalho Dias da Silva
Kamilla Grativol Rosa Simone Araújo Moreira

ORGANIZAÇÃO DAS APRESENTAÇÕES DE TRABALHOS


Beatriz de Castro Corrêa
Bianca da Cruz Lima Gonçalves
Fernanda Serpa Cardoso
Monique Magalhães Marins
Patrícia Regina de Carvalho Dias da Silva
Simone Araújo Moreira

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A AFETIVIDADE COMO INSTRUMENTO DE SUPERAÇÃO DO
INDIVIDUO COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
1. Cristiane Peculas Modesto – cristianepeculas@hotmail.com – Teresópolis/RJ – mestranda –
Universidade Federal Fluminense

O afeto está presente em muitas relações humanas, antes mesmo do nascimento. Pais já
interagem com o filho, quando este ainda está no ventre materno. Somos seres biológicos, mas também
sociais e emocionais. Nunca tivemos tanta clareza sobre este fato, após a experiência do lockndown
(Pandemia da COVID-19) quando o que mais desejávamos era estar com o outro. A Educação surge a
partir das interações humanas. Pensar a aprendizagem desvinculando o afetivo do cognitivo é um
caminho com um sério risco de fracassar. Este trabalho é um relato de experiência sobre o que tem sido
observado ao longo de 17 anos na orientação pedagógica, no 1º segmento do Ensino Fundamental, na
rede municipal de Teresópolis. Foram feitas leituras de artigos que abordam o tema afetividade e sucesso
escolar, para alinhar com a vivência profissional. Durante todos estes anos um dos maiores desafios tem
sido observar alunos com dificuldade de aprendizagem e que já se sentem “fracassados” ou “incapazes”
apesar da tenra idade. Muitas foram as vezes ao assumir uma turma na ausência do professor e, ao propor
uma atividade, era logo informada pelos alunos quais eram aqueles que “não sabiam ler e escrever”. O
rótulo já havia sido dado, quase como uma sentença. Era quase palpável a vergonha e o constrangimento
daqueles que, apesar de estarem cursando o 4º ou 5º Ano, ainda não haviam consolidado o processo de
alfabetização. Crianças tão novas totalmente frustradas e sem brilho no olhar. Não se trata daquela
frustração que nos ajuda a sermos mais fortes e resilientes, mas sim o sentimento de impotência e de
não ser bom o bastante. Foi observado em escolas da área rural e urbana que, alunos com dificuldades
que recebiam intervenção pedagógica com afetividade, respeito e empatia, apresentaram maior avanço
na aprendizagem. Esta é uma relação simbiótica e de cumplicidade entre aluno e o professor. Afetamos
o outro e neste movimento também somos transformados. O educador é um agente importante para a
superação deste indivíduo e também aquele que pode causar dores profundas. Os olhos e a expressão
corporal falam e, talvez com mais impacto do que as palavras que saem da boca. Portanto, quando existe
uma entrega de corpo e intencionalidade, o aluno responde às expectativas lançadas sobre si e se sente
capaz, seguro e impulsionado a mostrar que realmente pode transpor obstáculos.

Palavras-chave: educação, aprendizagem, afetividade, ensino fundamental

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A INSPIRAÇÃO DE PAULO GUEDES NO MODELO CHILENO:
CONSEQUÊNCIAS DO NEOLIBERALISMO NA EDUCAÇÃO E O
NOVO ENSINO MÉDIO
1.Ana Clara Cavalcanti Barbosa - anaclarabarbosa@id.uff.br - Niterói/RJ - Universidade Federal
Fluminense (UFF)

A presente pesquisa analisa a inspiração de Paulo Guedes, ministro da economia do governo


Bolsonaro, no sistema econômico implementado no Chile durante a ditadura pinochetista, conhecido
como “modelo chileno”, seus impactos na educação e, principalmente, sua relação com o Novo Ensino
Médio brasileiro. A partir de quatro questões centrais (vouchers, endividamento estudantil, precarização
do trabalho docente e resultados do PISA), a análise tem como objetivo expor a implantação, o
funcionamento e as consequências de um sistema educacional baseado em uma ideologia capitalista
neoliberal, para, assim, problematizar a tendência de Guedes a se inspirar em um método que privilegia
o lucro e acarreta o aumento da segregação socioeconômica.
Vale destacar que tal inspiração não foi inteiramente bem-sucedida, ao não conseguir
implementar certas políticas propostas, mas a implantação do Novo Ensino Médio demarca uma
importante vitória de sua parte. Em seguida, busca-se também refletir sobre as características e
problemáticas intrínsecas à tal reforma do Ensino Médio no Brasil e sua inserção num cenário de
crescimento da desigualdade e de perda de direitos trabalhistas. Ademais, expande-se a comparação
Brasil-Chile, considerando não mais o período ditatorial deste último, e sim o novo governo Borić e
suas propostas educacionais.
Os procedimentos empregados na pesquisa baseiam-se, sobretudo, no exame crítico de múltiplas
fontes, especialmente textos acadêmicos, notícias jornalísticas, indicadores educacionais internacionais
e documentos governamentais. A pesquisa segue em andamento e, portanto, os resultados apresentados
só podem ser parciais, sobretudo levando-se em conta a atualidade e mutabilidade dos processos
sociopolíticos e econômicos abordados no trabalho. Feitas tais ressalvas, os resultados obtidos apontam
que os interesses por trás da inspiração de Paulo Guedes na educação chilena são os mesmos que movem
a maioria de suas colocações: os do mercado financeiro. Com isso, notou-se que as propostas de Guedes,
bem como o Novo Ensino Médio, baseiam-se em um processo de subordinação da educação ao mercado
de trabalho e aos interesses empresariais-financeiros, prejudicando sobretudo os estudantes das classes
sociais mais baixas.

Palavras-chave: Brasil; Chile; neoliberalismo; reformas educacionais; novo ensino médio.

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A LITERATURA NA PERSPECTIVA INCLUSIVA: O LIVRO
INFANTIL COMO FERRAMENTA DE INCLUSÃO
1. Sara Lopez Aragão Machado Costa – saralopez@id.uff.br – Macaé/RJ – Universidade Federal
Fluminense
2. Carlos Henrique N.de Cristo Júnior– carlosh@id.uff.br – Campos /RJ – Universidade Federal
Fluminense
3. Shabbina Ribeiro Messina – shabbinaribeiro@id.uff.br – Uberaba/MG – Universidade Federal
Fluminense

O presente trabalho relata a experiência de escrita dos livros “Estelina- um conto de Luz entre
o céu e o mar” e “A escola de todos os bichos”, assim como sua utilização em diferentes contextos
pedagógicos, com o objetivo de refletir sobre as múltiplas possibilidades de uso do livro infantil
enquanto recurso para promoção da inclusão das pessoas com deficiência. As duas obras apresentam
narrativas voltadas para a linha Diversidade e Inclusão e permitem explorar temas transversais como
cidadania, respeito às diferenças, empatia e acessibilidade. O livro “Estelina” foi utilizado como recurso
pedagógico na capacitação de profissionais da Educação na cidade de Macaé e como pano de fundo para
o debate em torno da Inclusão.
O conto “Estelina” foi usado também em ambientes escolares para contextualizar vivências
pedagógicas, a partir de projetos inclusivos desenvolvidos por professores da rede municipal e foi
adotado como parte do programa de leitura de uma escola da rede particular, com o intuito de levar os
alunos em processo de alfabetização a refletir sobre o respeito às diferenças. A história também ganhou
nova versão através de uma mostra de dança em João Pessoa que usou a narrativa do livro como enredo
para a peça anual de ballet infantil.
O livro “A escola de todos os bichos'', por sua vez, foi publicado mais recentemente e busca
trazer uma narrativa voltada para a perspectiva do professor diante dos desafios da inclusão escolar e
poderá ser utilizado em oficinas de formações docentes futuramente. Recentemente, foi apresentado no
encontro de contadores de histórias “HistoriArte”, numa proposta de diálogo entre Inclusão e meio
ambiente. A Literatura é uma forma de arte e, como toda manifestação artística, é uma ferramenta
potente de transformações sociais. É importante que a Literatura Inclusiva, ou seja, a produção literária
voltada para a diversidade, ganhe notoriedade e que cada vez mais a pessoa com deficiência se veja
representada nos livros. Os trabalhos realizados a partir dos dois títulos apresentados exemplificam a
pluralidade de ações que podem ser promovidas a partir do livro infantil em prol da viabilização de uma
cultura inclusiva em diferentes espaços sociais.

Palavras-chave: literatura infantil; literatura inclusiva; diversidade; representatividade; empatia.

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A NECESSIDADE DA FORMAÇÃO CONTINUADA NO ATENDIMENTO AO
ESTUDANTE COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO - TEA

1. Ayla de Cássia Franco Bragança – aylabraganca@hotmail.com - Rio Bonito/RJ – Universidade


Federal Fluminense
2. Viviane de Oliveira Freitas Lione – vivianelione@gmail.com – Maricá/RJ – Universidade Federal
Fluminense

INTRODUÇÃO: O Transtorno do Espectro do Autismo, popularmente chamado de autismo, é


uma falha no neurodesenvolvimento que acontece no sistema nervoso central, acarretando prejuízos que
perpassam pelas questões sociais e, em alguns casos, trazem a deficiência intelectual e diferentes
comorbidades. Pensar no atendimento e suporte a esse público requer atenção, capacitação,
planejamento, estratégias e outras condições que contribuam e facilitem o processo de inclusão escolar
desses educandos. OBJETIVOS: Pesquisar, dialogar, planejar e executar propostas voltadas para os
estudantes com autismo são tarefas primordiais para que o atendimento eficaz e funcional aconteça,
almejando assim, a possibilidade de amenizar dificuldades, situações cotidianas conflituosas, barreiras
e prejuízos diversos, buscando potencializar e investir em novas descobertas, desafios e habilidades a
serem estimuladas e ampliadas. MÉTODO: Aplicamos ficha investigativa estruturada para 7
profissionais da Rede Municipal de Ensino do Município de Itaboraí/RJ, sendo 3 professores
especialistas na educação especial e 4 profissionais de apoio escolar. Os entrevistados responderam
sobre tempo de experiência na modalidade da educação especial, nível de formação e outras informações
sinalizadas e expressadas verbalmente. Foram instruídos sobre a pesquisa e assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido. RESULTADOS: Os dados revelaram que os profissionais de apoio
escolar possuem menor tempo de experiência na área de atuação, enquanto que os demais, Professores
Especialistas na Educação Especial apresentaram mais anos. A necessidade de mais qualificação
contínua e específica, em forma de cursos e/ou oficinas, pelos relatos verbalizados para a pesquisadora,
foi externado pelos profissionais de apoio escolar, sedentos de conhecimentos teóricos e práticos,
voltados às demandas dos estudantes e a sua realidade na escola. CONCLUSÃO: Os desafios dos
profissionais que realizam o Atendimento Educacional Especializado e a mediação escolar são amplos
e diversos. A inexperiência e a falta de formação, deixa o profissional de apoio escolar, inseguro e cheio
de frustrações sobre como conduzir determinadas situações cotidianas e desenvolver atividades,
principalmente se estas precisarem ser adaptadas/flexibilizadas para os estudantes com TEA.

Palavras-chave: Transtorno do Espectro do Autismo. Atendimento Educacional Especializado.


Profissional de Apoio Escolar. Mediação Escolar. Inclusão Escolar.

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A TRAJETÓRIA DE FORMAÇÃO DE UMA LICENCIANDA EM
QUÍMICA PELO GRUPO DIECI UFF
1. Isabelle Ferraz Rodrigues e Silva – isarodrigues2011@live.com – Niterói/RJ – Licencianda -
Universidade Federal Fluminense
2. Fernanda Serpa Cardoso – fernandalabiomol@yahoo.com.br – Niterói/RJ – Orientadora -
Universidade Federal Fluminense
3. Sonia Regina Alves Nogueira – sranogueiradesa@gmail.com – Niterói/RJ – Orientadora –
Universidade Federal Fluminense

Ingressar num curso de Licenciatura não era, inicialmente, o desejado. Pensava que não queria
ser professora pelo fato de precisar escolher uma profissão que pudesse dar um bom retorno financeiro
e o senso comum afirmava que isso não era possível através do magistério. Entretanto, à época, fui
aprovada no curso de Licenciatura em Química na UFF e, não podendo esperar para tentar de novo,
matriculei-me. Comecei os estudos um pouco a contragosto, pensando até em mudar de curso; mas, em
uma das disciplinas iniciais, ao estudar a LDB e refletir sobre a educação no Brasil, vivenciei um
despertar para o magistério e me apaixonei. Contudo, o real comprometimento com a profissão só foi
incentivado quando comecei a participar do grupo de pesquisa e extensão “
Desenvolvimento e Inovação em Ensino de Ciências” (DIECI UFF), no qual venho usufruindo
de experiências que têm transformado tanto a minha formação como futura professora, quanto como
pessoa humana. No DIECI UFF, aprendi que o chão da escola é “sagrado” e que não há como pensar
em inovação pedagógica sem pensar no “para quem?”, “o quê?”, “por quê?”, quando? e onde? para,
enfim, chegar ao “como” será planejado e desenvolvido o material para a aula. Aprendi, que a intuição
pedagógica é uma aliada para nos desafiarmos a fazer diferente com o que encontramos de igual, que
nenhum aluno é tão desinteressado quanto demonstra ou tão inteligente que não precise se desenvolver
cognitiva ou emocionalmente, que um professor nunca deve perder seus alunos de vista e possibilitar a
inclusão de todos.
Através de estudos em grupo de referenciais como Arendt, Benevides, Cortina, Fazenda, Freire,
Santos, Morin e Gardner, refletimos sobre a importância da intersubjetividade para um grupo
interdisciplinar e aprendemos a conviver com o outro, com o diferente; aprendizados que transcendem
os conhecimentos acadêmicos. Desenvolvemos autonomia e nos conscientizamos de que todos temos
direito ao conhecimento científico e que este deve contribuir para preservar a dignidade humana e a
natureza, que educar para a cidadania é um ato político e que deve ser encarado com responsabilidade.
O DIECI UFF me ensinou que ser professora de química é bem mais do que ensinar o conteúdo
programático, é ensinar sobre o contexto que originou um conhecimento, questionando seu uso e o
acesso aos produtos, estimulando a criatividade e o pensamento crítico.

Palavras-chave: DIECI; UFF; formação acadêmica; licenciatura em química.

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ABORDAGEM DO CONTEÚDO SISTEMA IMUNOLÓGICO EM
OFICINA PARA PROFESSORES

1. Amanda Santos Antunes – santosamanda@id.uff.br – Niterói/RJ – Universidade Federal Fluminense


2. Fernanda Serpa Cardoso – fernandalabiomol@yahoo.com.br– Niterói/RJ – Universidade Federal
Fluminense
3. Carla Eponina de Carvalho Pinto – carlaeponina@id.uff.br – Niterói/RJ – Instituto de Biologia -
Universidade Federal Fluminense

A Imunologia é uma ciência abordada em livros de ensino básico e, consequentemente, nas salas
de aula. Entretanto, devido à carência de aprofundamento de conteúdo, decidiu-se avaliar junto aos
professores as dificuldades pertinentes para melhorar as estratégias pedagógicas do ensino sobre o
Sistema Imunológico. Atualmente nas salas de aula, os alunos são considerados Nativos Digitais e esta
nova geração estimula os docentes a utilizarem metodologias ativas em suas práticas pedagógicas.
Contudo, sabe-se que apenas a disponibilização de métodos e recursos no ambiente escolar não garante
que a aprendizagem ocorra de forma efetiva. Neste âmbito, reforça-se a importância do professor
mediador, para que o objetivo pedagógico seja alcançado e não apenas o mero entretenimento. A partir
destas perspectivas, em agosto de 2019 desenvolveu-se uma oficina para professores de Ciências e
Biologia, realizada durante o III Congresso Científico e Tecnológico para o Ensino Médio (COCTEM),
no Colégio Salesiano Santa Rosa, promovido pelo grupo Desenvolvimento e Inovação em Ensino de
Ciências - UFF (DIECI-UFF). Na oportunidade, os docentes responderam a um questionário, no qual
apontaram as maiores dificuldades para trabalhar o assunto Sistema Imunológico em sala de aula.
Falaram suas opiniões sobre a utilização de métodos ativos de ensino durante a prática pedagógica de
Imunologia e quais recursos tecnológicos facilitadores eles dispunham para suas aulas. Em seguida,
foram separados em duplas para participar da atividade de resolução de um Caso Clínico relacionado ao
Sistema Imunológico, utilizado como método ativo de ensino. O caso clínico mencionava a
hipersensibilidade tipo IV, de contato por Hera Venenosa. O texto comentava desde como a
hipersensibilidade iniciava até o seu tratamento. Deste modo, através de uma abordagem investigativa
e autônoma, os docentes trabalharam as questões colocadas para a resolução do caso. Nos questionários
respondidos, posteriormente analisados, 50% dos participantes afirmaram que apenas o livro didático
não seria suficiente para auxiliar na transposição dos conteúdos relacionados à Imunologia. No entanto,
100% afirmaram que recursos tecnológicos, digitais ou não, utilizados com métodos ativos de ensino,
auxiliam e incrementam o processo de ensino-aprendizagem de Imunologia, pois, motivam os alunos,
reforçam a autonomia e o trabalho colaborativo.

Palavras-chave: Métodos Ativos de Ensino, Imunologia, Recursos Tecnológicos.

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ALTAS HABILIDADES OU SUPERDOTAÇÃO EM CONTEXTOS DE
VULNERABILIDADE SOCIOECONÔMICA: PRODUÇÕES
ACADÊMICAS BRASILEIRAS

1. Thaís B. B. de Castro Souza – thaisbbdecsouza@gmail.com – Niterói/RJ - CMPDI UFF


2. Fernanda Serpa Cardoso - fernandalabiomol@yahoo.com.br – Niterói/RJ – Profa. Me. CMPDI UFF

As altas habilidades ou superdotação ainda é um tema pouco explorado no ambiente escolar,


sobretudo quando esta questão é abordada no contexto das suscetibilidades socioeconômicas
observadas em nossa sociedade. Diante disso, o presente trabalho pautou se na seguinte pergunta:
Existem publicações que tratam das altas habilidades ou superdotação em contextos de vulnerabilidade
socioeconômica nas bases de dados google acadêmico, scielo e catálogo de teses e dissertações da
CAPES? Levando em consideração esta indagação foram realizadas buscas nos bancos de dados
anteriormente citados, utilizando-se as seguintes palavras-chaves: altas capacidades, vulnerabilidade,
superdotação, quilombola, altas habilidades, negro, população de rua, situação de rua, desfavorecido.
A pesquisa foi realizada sem o estabelecimento de um período específico.
A partir dos resultados, foram retiradas as duplicidades e foi possível verificar que apesar de
não haver restrição com relação a data das produções, as buscas remeteram a somente 21 trabalhos,
entre artigos, monografias de graduação e especialização, além de teses e dissertações. O resultado mais
antigo é do ano de 2005 e o mais recente de 2021. Diante disso, é possível corroborar que as produções
acadêmicas brasileiras sobre as altas habilidades ou superdotação e voltadas para as camadas menos
favorecidas ainda são escassas. Esta falta de reconhecimento resulta na invisibilidade destes indivíduos,
o que impossibilita que suas habilidades sejam estimuladas e aprimoradas. Isto ocasiona a perda destes
talentos que acabam por não se desenvolver de forma plena e deixam de contribuir positivamente para
a vida em sociedade.

Palavras-chaves: altas habilidades ou superdotação; susceptibilidade; produções acadêmicas; inclusão.

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ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE FERRAMENTAS DIGITAIS
PARA O ENSINO DE MICROBIOLOGIA E BIOTECNOLOGIA NA
EDUCAÇÃO PÚBLICA
1. Thalita de Melo Soares – thalita.m.s@hotmail.com– Volta Redonda/RJ – Universidade Federal
Fluminense
2. Dra. Viviane Lione – vivianelione@gmail.com– Niterói/RJ – Universidade Federal Fluminense
3.Dr. Carlos Rangel – rangelfarmacia@gmail.com – Niterói/RJ – Universidade Federal Fluminense
4.Dra. Helena Carla Castro – hcastrorangel@yahoo.com.br – Niterói/RJ – Universidade Federal
Fluminense

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), os professores do


ensino fundamental I necessitam apenas do diploma de Pedagogia para lecionar. Dessa forma, algumas
disciplinas podem ser prejudicadas uma vez que há conteúdos específicos de cada matéria a serem
explorados e que o professor fica sobrecarregado com a quantidade massiva de conteúdo que deve
ministrar. Ao analisar a disciplina de Ciências, por exemplo, observa-se que a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) indica que o tema “microrganismos” deve ser abordado no 4º ano do Ensino
Fundamental e que algumas habilidades devem ser desenvolvidas durante o ensino desta temática, são
elas: a participação de microrganismos na biotecnologia e na produção de alimentos. Em se tratando do
ensino atualmente, tem-se uma enorme demanda por novas técnicas e ferramentas que engajem o aluno
e o estimulem a aprender. Somado a isso, a tecnologia trouxe consigo uma gama de possibilidades para
abordar temas como a microbiologia que, anteriormente, necessitaria de um laboratório e equipamentos
especializados.
Dessa forma, o objetivo desta pesquisa é desenvolver material didático digital que, em
consonância com o Desenho Universal da Aprendizagem (DUA) e com a Educação 4.0, visa atender as
necessidades de alunos e professores do Ensino Fundamental I. A pesquisa almeja, portanto, alcançar
objetivos de ensino postulados pela BNCC que não seriam atingidos apenas com a utilização de livros
didáticos. Além disso, este estudo dedica-se a integrar todos os alunos presentes nas salas de aulas, tendo
eles NEE 's (necessidades educacionais especiais) ou não. Por fim, a pesquisa visa também atender as
demandas dos alunos nativos digitais e dos professores que trabalham com esses alunos. Como
metodologia, realizamos uma análise do material didático do 4º ano do ensino fundamental,
comparando-o com livros utilizados no ensino superior a fim de averiguar a acurácia do conteúdo. Como
resultado dessa pesquisa, teremos uma ferramenta digital educativa voltada para o ensino de
microbiologia que, após o seu desenvolvimento, já se encontra disponível um site educativo que pode
ser acessado através do link (https://www.microbio.tech/).

Palavras-chave: ferramenta digital de ensino; ensino de ciências; microbiologia; biotecnologia;


gamificação.

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CONSTRUÇÃO DE RECURSO DIDÁTICO NA PANDEMIA
1. Silvana Rodrigues Maciel – dotesil@gmail.com–Rio de Janeiro/RJ– SEEDUC

A pandemia é um momento histórico no mundo. O ano de 2020 foi desafiador. Todos os setores
tiveram que se reinventar. De repente, com a suspensão das aulas presenciais, uma nova sala de aula
surge diante de uma pandemia, com um grande desafio para o professor e aluno, acostumados ao modelo
tradicional de ensino presencial. Salas de aula no ambiente online, com propostas de traçar estratégias
para continuidade dos estudos. Diante das mudanças provocadas, foi necessário o desenvolvimento de
materiais, como aporte no processo ensino aprendizagem, visto ser importante o fornecimento de
ferramentas aos educadores e estudantes, para o apoio na identificação dos conteúdos das áreas de
conhecimento que compõem o currículo escolar.
Neste contexto, a Secretaria Estadual de Educação do Estado do Rio de Janeiro (SEEDUC - RJ)
criou a plataforma digital aplique-se, um aplicativo com hospedagem de conteúdos digitais: como
podcast, vídeo aulas e materiais de apoio, para aporte de estudos e atividades, bem como as orientações
de estudos (OEs). Os desafios das aulas remotas ampliaram a ótica sobre a necessidade de elaboração
de propostas pedagógicas inclusivas e acessíveis, a todos e todas. Neste sentido, fez-se necessária a
construção das orientações de estudos, produção de materiais, desenvolvimento de textos e conteúdo
para o quinto ano de escolaridade do Ensino Fundamental Anos Iniciais.
Baseado no momento pandêmico, a coletânea de materiais para compor a orientação de estudo
foi criteriosa na escolha e na necessidade de inserção de atividades lúdicas, integradas às áreas de
conhecimento. Isso possibilitou aos estudantes uma construção significativa de conceitos, de forma
dinâmica e divertida. O material priorizou as vivências de aprendizagens dos estudantes, experiências
em seu contexto social e cultural, suas memórias, seu pertencimento, sua interação e diálogo com as
mais diversas culturas. A implementação do recurso por docentes das redes estaduais e municipais, em
suas práticas pedagógicas, proporcionou um apoio no desenvolvimento de saberes cognitivos e
socioemocionais dos discentes.

Palavras-chave: educação; materiais pedagógicos; pandemia; plataforma digital; tecnologia.

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CRIAÇÃO DE UM SITE COM FORMATO DE PORTFÓLIO DOCUMENTAL
PARA ALUNOS DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
DA ESCOLA MUNICIPAL JÚLIA CORTINES

1. Luciene Morais Gonçalves da Silva – lubressand@gmail.com – Niterói/RJ – Universidade Federal


Fluminense
2. Suzete Araujo Oliveira Gomes – suzetearaujo@id.uff.br – Niterói/RJ – Universidade Federal
Fluminense

O presente trabalho tem por tema a educação inclusiva, assim, esta pesquisa visa identificar e
classificar a constituição do processo de inclusão de uma escola do sistema público municipal de
educação, na cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, relacionado, especificamente, aos alunos
com deficiências do 1º ao 5º ano do ensino regular. A justificativa deste trabalho, por sua vez, se dá,
pois, nos últimos anos, o compromisso com os direitos humanos tem sido apresentado no contexto da
discussão sobre a política de inclusão educacional. Neste contexto, a defesa da educação, não apenas
como uma política, mas como um direito que deve ser garantida e efetivada. Dessa forma, visando
melhorias em relação às informações de cada aluno da educação especial nesta escola, elaboramos um
site com formato de Portfólio Documental para alunos com deficiências matriculados na Rede Municipal
de Educação de Niterói com ênfase na Unidade Escolar Julia Cortines.
Para isso, junto à secretaria da escola fizemos um levantamento e identificamos os documentos
dos alunos com deficiências, os quais solicitados na matrícula presencial na Unidade Escolar Julia
Cortines. A metodologia empregada foi na abordagem qualitativa com ênfase nas fontes primárias,
dados e informações documentais. A coleta de dados será compartilhada respeitando as condições éticas
e restringindo ao ambiente da escola de estudo. O site com formato de portfólio foi elaborado com
informações dos desafios, conquistas, retrocessos e avanços construídos durante sua vida escolar dos
alunos em questão, registrados e organizados facilitando a construção de olhares de todos os envolvidos
no processo educativo desta escola. Este portfólio online aperfeiçoará a consulta, a concentração das
informações documentais, médicas, sociais e pedagógicas dos alunos do atendimento educacional
especializado matriculados nesta unidade escolar, possibilitando uma prática pedagógica dinâmica que
seja capaz de reconhecer e valorizar as diferenças.

Palavras-chave: escola inclusiva; atendimento educacional especializado; portfólio online; tecnologia


inclusiva.

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CURSO PREPARATÓRIO PARA A ONRJ: FAZERES PEDAGÓGICOS
E INCLUSÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA
1. Rodrigo Colaço das Neves – rodrigo.colaco.neves@gmail.com – São Gonçalo/RJ – Universidade
Federal Fluminense
2. Adriana da Cunha Faria Melibeu – acfmelibeu@id.uff.br – Rio de Janeiro/RJ – Universidade
Federal Fluminense

A Olimpíada de Neurociências do Rio de Janeiro (ONRJ) é uma competição local científica e


do conhecimento, sendo inerente à Olimpíada Brasileira de Neurociências (OBN). A competição é
direcionada a alunos do Ensino Médio e realizada seguindo os moldes de outras olimpíadas científicas.
A ONRJ possui o objetivo de despertar nos estudantes o interesse pelas neurociências e pelo
conhecimento científico, assim como promover uma aproximação da escola à Universidade.
Entretanto, a ONRJ possui uma demanda de conhecimento bastante amplo e específico das
neurociências, que não é contemplada pelas bases curriculares das disciplinas Ciências e Biologia. Para
superar esse empecilho foi criado o Curso Preparatório para a Olimpíada de Neurociências do Rio de
Janeiro e Grande Rio - Rio Brain Bee (ONRJ) que, com o apoio de alunos da graduação e pós-graduação,
busca auxiliar os participantes da ONRJ. O Curso permite uma integração entre alunos de graduação,
pós-graduação, professores tanto do ensino médio, como fundamental e universitários e alunos de
escolas públicas e privadas, divulgando saberes e permitindo a troca de experiências entre as diferentes
realidades educacionais, formando verdadeiras redes.
Em tempos de pandemia, o Curso ainda passou por diversas alterações para adaptar o ensino
das neurociências em um ambiente remoto. O projeto acontece desde 2017 e até hoje, foram oferecidas
7 turmas, atendendo a mais de 200 alunos. O projeto ainda visa despertar nos estudantes o sentido de
pertencimento, produzindo tanto a inclusão quanto um impacto na vida desses estudantes. A
metodologia que utilizamos no curso preparatório online perpassa as metodologias convencionais e visa
a inclusão de alunos que não teriam outra forma de entrar em contato com esse conhecimento de forma
acolhida, individual e personalizada. Temos como um dos objetivos, tornar esses alunos autônomos e
agentes ativos do seu processo de aprendizagem. Em suma, o projeto busca aproximar estudantes do
fazer científico através de iniciativas formativas e incentivando sua participação em atividades pouco
acessadas por estudantes do ensino básico.

Palavras-chave: neurociências; olimpíada; ensino; pandemia; educação.

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DA ESCOLA PARA O MOOC: A FORMAÇÃO CONTINUADA DE
PROFESSORES SOBRE O ENSINO DE CIÊNCIAS NOS ANOS
INICIAIS

1. Halline Fialho da Rocha – halline.rocha@hotmail.com – Duque de Caxias/RJ –Unigranrio


2. Andrea Velloso da Silveira Praça – andrea.velloso@unigranrio.edu.br – Duque de Caxias/RJ –
Unigranrio

Introdução: É na etapa inicial da vida escolar que os alunos mais expressam sua curiosidade,
através dos diversos "porquês" que perpassam o dia a dia da sala de aula, sem que a maioria dos
professores aproveitem esses questionamentos para aguçar ainda mais a curiosidade dos educandos e
mediar a aprendizagem, inserindo-os no universo das ciências. A formação continuada tem sido
apontada como uma das ações possíveis para elucidar a importância e favorecer o desenvolvimento do
ensino de ciências nos anos iniciais. Objetivo: O presente estudo busca contribuir para a melhoria do
ensino de ciências através da elaboração de um curso online, resultado de uma formação continuada
seguindo os pressupostos da pesquisa ação e suas contribuições para os professores dos anos iniciais.
Método: A abordagem metodológica foi de cunho qualitativo, partindo da implementação da
formação com a participação de seis professores dos anos iniciais de uma escola pública de Duque de
Caxias – RJ. Como instrumentos para a coleta de dados, foram utilizados: entrevistas, diário de campo,
gravação em áudio dos encontros e registro escrito dos participantes. Os encontros acontecem
mensalmente de março à novembro de 2021, com duração média de 3h, dentro da carga horária de
trabalho do professor, de forma presencial, buscando dar oportunidade aos professores de refletirem a
respeito de aspectos práticos e teóricos relacionados ao ensino de ciências, discutindo temáticas
relevantes, como: Legislação e direitos de aprendizagem, Literatura infantil, Alfabetização científica,
CTS – ciências, tecnologia e sociedade, Atividade investigativa e Experimentação.
Resultados: Os resultados obtidos foram bastante significativos e aspectos como o repensar da
prática pedagógica, a prática colaborativa, a articulação do ensino de ciências com outras áreas do
conhecimento e o como os alunos aprendem, foram apontados como contribuições relevantes pelos
professores. Conclusão: Considerando as contribuições e sugestões dos professores ao longo da
formação continuada, foi elaborado um curso online, do tipo Curso Online Aberto e Massivo – Mooc
intitulado “Quem disse que Ciências é coisa de gente grande?” que busca oportunizar a formação
continuada sobre o ensino de ciências nos anos iniciais, tornando-a acessível a todos os professores que
tiverem interesse em promover mudanças na sua prática pedagógica.

Palavras-chave: ensino de ciências; anos iniciais; formação continuada de professores; Mooc.

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DESAFIOS DE CONSTRUIR UMA MOSTRA CIENTÍFICA EM
TEMPOS DE PANDEMIA

1. Léo Machado Dias – leodias@id.uff.br – Niterói/RJ – Universidade Federal Fluminense


2. Guilherme Silva dos Santos – guilhermesds@id.uff.br – Niterói/RJ – Universidade Federal
Fluminense
3. Sonia Regina Alves Nogueira – sranogueiradesa@gmail.com – Niterói/RJ – Universidade Federal
Fluminense.
4. Fernanda Serpa Cardoso – fernandalabiomol@yahoo.com.br – Niterói/RJ- Universidade Federal
Fluminense

O distanciamento social, provocado pela pandemia do SARS-CoV-2 vírus, intensificou ainda


mais a comunicação virtual. Nesse contexto, dois licenciandos em Química, coautores desse trabalho,
bolsistas no grupo de pesquisa e extensão “Desenvolvimento e inovação em ensino de Ciências – DIECI
UFF”, participaram da elaboração de um website para a realização de uma Mostra Científica Virtual. A
Etapa de Preparação constou da busca de uma plataforma que atendesse às necessidades da Mostra e de
estudos acerca do manuseio da ferramenta, o que foi um grande desafio para toda a equipe, exigiu dos
licenciandos autonomia e organização, resultando em grande aprendizado e na estruturação do site. Os
graduandos participaram da etapa de Captação de Expositores, enviando convites a pesquisadores de
diversas áreas. Em reuniões virtuais, vivenciaram como a equipe escolheu os parâmetros para um
formato padrão de recebimento dos materiais dos expositores, de forma a compreender a sequência que
gostariam que fossem dispostos na página de exposição. Na etapa da curadoria, que envolve a leitura e
compreensão desses materiais, os licenciandos perceberam que trabalhar com assuntos não análogos aos
de sua área de formação exige adquirir conhecimento sobre eles, de forma a exercitar a sua criatividade
para a construção da página de exposição, sem perder de vista os objetivos do expositor, adequando o
material à compreensão do público-alvo do evento, o que foi mais desafiador, pois precisaram traduzir
conteúdos científicos para crianças e pessoas de fora do meio acadêmico. Muitas vezes, quando
consideravam que textos, imagens e sequências estavam passando a informação de forma adequada, na
reunião de orientação/supervisão entendiam que sua disposição ou formatação poderia atrapalhar mais
do que ajudar. Mas, ao realizarem reuniões para que expositores analisassem e aprovassem o formato
final de cada exposição, toda a equipe ficou orgulhosa da trajetória percorrida e os licenciandos, de sua
contribuição para a realização da Mostra. Ao longo do processo, aprofundaram a compreensão do termo
interdisciplinaridade e como as diversas áreas de conhecimento interagem e formam linhas de raciocínio
congruentes, compreenderam que trabalhar em conjunto com outras áreas é bastante complexo e, nesse
sentido, ficou evidente que o trabalho interdisciplinar é de suma importância na formação acadêmica.

Palavras-chave: divulgação científica, mostra virtual, interdisciplinaridade, formação de professores,


DIECI UFF.

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DESAFIOS VIVENCIADOS PELA EDUCAÇÃO ESPECIAL
INCLUSIVA NO PÓS PANDEMIA NO MUNICÍPIO DE NITERÓI
1. Bianca Evangelista Santos – pioneirabiancasantos07@gmail.com – Niterói/RJ – Fundação
Municipal de Educação de Niterói -UNIRIO

O artigo apresenta os desafios contemporâneos experienciados por aqueles que atuam no front
da inclusão da educação básica. Relata a experiência da autora em uma Escola Municipal da Rede de
Niterói, que assim como outras vivencia muitos conflitos que divergem a teoria pedagógica inclusiva.
Objetiva denunciar as precariedades da Educação Inclusiva no Município de Niterói. A referida escola
possui em seus três turnos: 33 estudantes com N.E.E.s; 8 professores de apoio educacional
especializados. Distribui-se de 3 a 6 alunos com deficiência, por professor de A.E.E. Os alunos são
atendidos em sala regular pelo professor de A.E.E. e com complementação pedagógica em sala de
recursos multifuncionais improvisada, por um professor de sala de recursos responsável.
Nas classes regulares o mesmo professor acompanha estudantes de diferentes níveis de
comprometimento, não efetivando o processo de ensino-aprendizagem. Gerando uma tensão pedagógica
do docente sobre o processo de inclusão. Considerando a dinâmica e organização escolar, há a pauta do
horário/carga horária de professores de A.E.E. Pois quando houve a criação do cargo Professor de
A.E.E. foi estipulada carga horária de 24h, compreendendo 1 ⁄ 3 de planejamento, sendo 16h de efetiva
regência. Entretanto, as escolas abrangem uma carga horária diária de mais de 5h sendo mais de 25 horas
semanais, ultrapassando a carga horária dos Professores de A. E. E.
Sendo assim, estabeleceu-se um dilema de acessibilidade, pois os alunos desde então não
puderam ter o seu direito escolar contemplado, conforme o horário da escola que estão matriculados. O
direito ao 1 ⁄ 3, planejamento é essencial para o desenvolvimento de uma prática pedagógica inclusiva,
reflexiva e baseada em evidências. Sem o direito a este, pleiteando o acompanhamento pedagógico dos
alunos, os professores se sentem sobrecarregados, e distantes da identidade profissional de sua formação.
Um questionamento que paira sobre os professores de A.E.E. tem sido: Como garantir o planejamento
educacional individualizado, sem tempo nem recursos para ele? Não se deve romantizar o processo de
inclusão. Quando se há esvaziamento de recursos humanos e físicos, a responsabilidade pela inclusão
não deve ser somente do professor.

Palavras-chave: inclusão; políticas públicas; pós pandemia.

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EMPREENDER NO SÉCULO XXI: UMA PROPOSTA
INTERDISCIPLINAR
1. Alessandro Moreth – alemoretholiveira@gmail.com – Niterói/RJ – Colégio Salesiano Santa Rosa.
2. Daniel Sá Vianna Mello - danielsageografia@gmail.com – Niterói/RJ – Colégio Salesiano Santa
Rosa.
3. Diego Jacomim Passos – diego.passos@salesiano.br – Niterói/RJ – Colégio Salesiano Santa Rosa.
4. Guilherme Marques Soares – gsoaresvet@gmail.com – Niterói/RJ – Colégio Salesiano Santa Rosa
5.Monique Magalhães Marins – moniquemmarins@gmail.com – Niterói/RJ – Colégio Salesiano Santa
Rosa.

Os tempos atuais apontam para a necessidade de cuidarmos cada vez mais dos recursos naturais
e humanos do nosso Planeta. Nesse contexto, a Base Nacional Curricular Comum preconiza que
devemos auxiliar os alunos do Ensino Médio a “Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de
informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais
(incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos,
resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva”.
Desta forma, o presente trabalho relata a realização de um trabalho interdisciplinar que
culminou em uma apresentação da 1ª Feira de Matemática, Ciências e Tecnologias do Colégio Salesiano
Santa Rosa. O trabalho foi desenvolvido pelas disciplinas Biologia, Física, Hands On, Geografia,
Sociologia e Salê Projeto de Vida. Os alunos foram organizados em grupos e foi sorteada uma
personagem da Ciência sobre a qual eles deveriam pesquisar: seu grande feito, o impacto de sua
descoberta/criação em seu próprio tempo, enfatizando o contexto geográfico e social que gerou a
demanda. A partir do levantamento de dados, eles deveriam criar uma empresa virtual (usando, por
exemplo, a webpage https://pt.wix.com/) para “vender” um produto que fosse fruto da descoberta
realizada pela personagem estudada, podendo ser o próprio produto/invento descoberto ou um
desdobramento dele.
A criação da empresa tinha como objetivo fazê-los refletir sobre a atuação como profissionais
do futuro, divulgando os seus serviços na webpage criada, destacando a importância do produto/invento
para a sociedade atual e a facilidade de acesso a ele. Era preciso que, na proposta, fosse levado em conta:
a empatia e o altruísmo de um profissional do Século XXI; proposta clara do serviço e do valor; nome,
filosofia e marca da empresa; como a descoberta pode ajudar ou facilitar a vida das pessoas;
envolvimento da empresa e dos profissionais; Blog para conteúdos informativos; seção para depoimento
de clientes; site responsivo. Uma vez construídas as propostas, elas foram organizadas para visitação no
site da Feira de Matemática, Ciências e Tecnologias. O envolvimento dos alunos foi positivo, trazendo
à tona o diálogo acerca da responsabilidade social que todos devemos ter em nossos diversos ambientes
de trabalho.

Palavras-chave: interdisciplinaridade; empresa virtual; feira de matemática; ciências; tecnologias.

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ENCONTRO DE SABERES: RESSIGNIFICANDO A TEMÁTICA
INDÍGENA A PARTIR DAS OFICINAS PEDAGÓGICAS
1. Monique Magalhães Marins – niquemm@yahoo.com.br – Niterói/RJ – Salesiano Santa Rosa
2. Gabriela de Oliveira Soares Cortez – brielacortez@gmail.com –Niterói/RJ – Universidade Federal
Fluminense

Apesar da promulgação da Lei nº 11.645 de março de 2008 tornando obrigatório o estudo da


história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas brasileiras, pouco mudou. Nos últimos anos
reconhecemos a dificuldade de trabalhar tais temas dentro de uma perspectiva voltada para a construção
de um saber emancipador. Neste sentido, faz-se necessário e urgente enxergarmos a sala de aula como
local de construção e desconstrução de práticas e conhecimentos. Procuramos adotar a matriz
epistemológica decolonial no ensino de História, gerada do entendimento de que existem outros
conhecimentos, saberes e fazeres. Para isso, é preciso dar visibilidade às narrativas das histórias locais,
regionais e nacionais “outras”, ou seja, histórias e memórias que valorizem o protagonismo de índios e
negros que foram subjugados e escravizados. Trabalhar, no cotidiano escolar, projetos, aulas, excursões
e oficinas pedagógicas que possibilitem aos alunos a percepção do outro como sujeito histórico e a si
mesmo em permanente construção, é urgente para a reinvenção da escola. Utilizamos o conceito de
oficina pedagógica fundamentado nas reflexões da professora Zélia Mediano (1996), no qual a oficina
seria o lugar onde se faz, se constrói e se conserta alguma coisa. Espaço de vínculo, de participação, de
produção social de objetos, fatos e conhecimentos. Tendo como objetivo elaborar um projeto para a
Feira de Humanidades do Salesiano Santa Rosa, pensamos, enquanto categoria professor e alunos do
Ensino Médio, em atividades que pudessem ressignificar a temática indígena no currículo escolar. O
público-alvo seria alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental 1. Nossas oficinas pedagógicas
utilizam metodologias participativas e dialogantes, que estimulam o trabalho coletivo dos diferentes
agentes presentes no espaço escolar, como principal fonte de construção de conhecimento. Utilizam
diferentes linguagens, a fim de estimular o diálogo entre os agentes da escola e destes com a comunidade.
Num segundo momento, compartilhamos nossas experiências na elaboração e aplicação das oficinas
com estudantes dos cursos de Pedagogia e História da Unilasalle. Ali, pudemos trocar sobre a temática
indígena, integrando conhecimentos e compartilhando saberes entre alunos da Educação Básica e
futuros professores.

Palavras chaves: Ensino de história; lei 11.645/08; oficinas pedagógicas; decolonialidade.

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FAKE NEWS SE COMBATE COM CIÊNCIA E ARTE
1. Guilherme Marques Soares – gsoaresvet@gmail.com – Niterói/RJ – Colégio Salesiano Santa Rosa 2.
Diego Jacomim Passos – diego.passos@salesiano.br – Niterói/RJ – Colégio Salesiano Santa Rosa
3. Katia Regina de Oliveira Mendes – katia.mendes@ salesiano.br – Niterói/RJ – Colégio Salesiano
Santa Rosa
4. Fernanda Serpa Cardoso - fernandalabiomol@yahoo.com.br -Niterói/RJ – Colégio Salesiano Santa
Rosa

Atualmente, as redes sociais permitem a divulgação de informações inverídicas (fake News) a


respeito de muitos assuntos. A pandemia da COVID-19, inclusive, potencializou muitas fraudes. Os
alunos, inseridos na sociedade, são vítimas dessa enxurrada de desinformação. Para que os alunos
tenham autonomia suficiente para desenvolver senso crítico e maturidade para lidar com toda
informação a qual tem acesso, e para que tenham liberdade para expressar-se de múltiplas formas,
valorizando seus talentos e suas vozes na sociedade, a presente proposta uniu esses aspectos, pois fez
com que os alunos identificassem as fakes News, planejam uma resposta e expressassem essa resposta
de forma criativa e artística, tudo isso de forma autônoma.
Os alunos do nono ano do ensino fundamental aos da segunda série do ensino médio foram
divididos em grupos e cada um escolheu uma informação falsa que circulou ou circulou nas mídias
sociais nos 18 meses antecedentes à proposta, relacionada às ciências. Não foram aceitas fake News
políticas ou ligadas a personalidades públicas. O trabalho foi dividido nas etapas letivas de modo que,
na primeira etapa, os alunos apresentaram uma pesquisa sobre a informação mentirosa escolhida com
embasamento para refutá-la; na segunda etapa, realizaram o projeto de atividade artística que seria
apresentada, na qual havia a justificativa para as propostas, e, na terceira etapa, a realização da atividade
artística.
Os alunos desenvolveram canções, histórias em quadrinhos, gravuras e filmes refutando as fakes
News escolhidas. Este projeto obteve resultados bastante interessantes direta e indiretamente
relacionados à prática em si. Os resultados diretos dizem respeito à produção científica/artística de cada
grupo. São adolescentes e se expressaram como tal, mas, com o embasamento adquirido pela pesquisa
realizada na primeira etapa do projeto. Como resultados indiretos podemos relacionar: (1)
o desenvolvimento da capacidade de gerir grupos e seus conflitos naturais; (2) a autoestima dos
adolescentes que foi estimulada a partir dos resultados de seus trabalhos; (3) o desenvolvimento de
estratégias para reuniões virtuais para o desenvolvimento do trabalho; visto que não lhes era permitido
encontrarem-se presencialmente para o desenvolvimento da proposta; (4) o envolvimento da família no
momento em que os trabalhos foram exibidos para toda comunidade escolar.

Palavras-chave: ciências; fake News; metodologias ativas.

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GAME MOTRICIDADE – USO DE JOGOS EM REALIDADE VIRTUAL
PARA PESSOAS COM TDAH (TRANSTORNO DO DÉFICIT DE
ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE)

1. Alan Macedo Santos – alanmacedosantos@id.uff.br – Niteroi-RJ – UMEI Darcy Ribeiro


2 Vera Lúcia Prudência dos Santos Caminha – veraprudencia@id.uff.br – Volta Redonda – RJ -
VFI/ICEx/UFF

O DSM-5 classifica o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade como um


transtorno do neurodesenvolvimento que se caracteriza por dificuldades no desenvolvimento
manifestadas precocemente, influenciando nas questões sociais, pessoais e acadêmicas. A Lei nº 14.254
dispõe sobre o acompanhamento integral para alunos com dislexia, TDAH ou outro transtorno de
aprendizagem, trazendo direitos assegurados a esse indivíduo. Neste contexto, os óculos de realidade
virtual e seus jogos têm se mostrado um recurso para o desenvolvimento das potencialidades em crianças
com TDAH.
Tendo em vista as dificuldades apresentadas por tais crianças e as novas tecnologias, como
também estudos junto à comunidade científica sobre a temática, este trabalho tem como objetivo
elucidar e diminuir preconceitos quanto ao uso dos jogos de realidade virtual a favor deste público-alvo,
sendo este mais um recurso, não substituindo as demais propostas pedagógicas. Foi realizada uma
pesquisa bibliográfica sobre os tratamentos destinados a pessoas com TDAH. Adquirindo o recurso dos
óculos de realidade virtual e seus jogos, o levamos para a UMEI Darcy Ribeiro, em Charitas, Niterói-
RJ. No atendimento, temos desenvolvido práticas pedagógicas dirigidas a esse público-alvo através
deste recurso. Estamos analisando as questões comportamentais destes estudantes durante a atividade.
Pretende-se analisar tais dados relacionando-os aos dos professores quanto às questões comportamentais
e pedagógicas, identificando possíveis mudanças nas dificuldades dos estudantes.
O recurso utilizado com intuito pedagógico e potencial terapêutico tem auxiliado nas
dificuldades de atenção, concentração, foco e frustração, desenvolvendo a superação e a
psicomotricidade (lateralidade – controle motor). Ressalta-se que este recurso deve ser utilizado por um
tempo máximo de 15 minutos. A superestimação à tela e do corpo pode ser prejudicial. Portanto,
devemos ponderar e reprimir seu uso excessivo. A necessidade de desenvolvimento de práticas para
estudantes com TDAH, asseguradas na lei, aponta os jogos em realidade virtual como ferramenta para
atender a esta especificidade, complementando as demais articulações, flexibilizações, adaptações e
tratamentos terapêuticos a qual este indivíduo tem direito. Faz-se necessário aprofundar as pesquisas
relacionadas ao uso desta tecnologia a fim de minimizar as dificuldades apresentadas por esse indivíduo.

Palavras-chave: game motricidade; realidade virtual; educação, TDAH, game.

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O ATENDIMENTO SUPLEMENTAR A ALUNOS COM
COMPORTAMENTO SUPERDOTADO: FERRAMENTA PARA
TRANSFORMAÇÃO, HUMANIZAÇÃO E SUPERAÇÃO DO
EDUCADOR
1. Ailana de Sousa Bezerra – ailanasousa@id.uff.br – São Gonçalo/RJ – ASAS; DIECI UFF
2. Natan Melo Zefiro – natanzefiro@id.uff.br – Itaboraí/RJ – ASAS; DIECI UFF
3. Alfredo Weberton Lopes Conceição – alfredoconceicao@id.uff.br – Niterói/RJ – ASAS; UFF

O envolvimento durante a graduação na construção e aplicação de estratégias


metodológicas de curta duração para alunos com comportamento superdotado traz a oportunidade
da reflexão crítica sobre as necessidades do estímulo do público-alvo e capacita o futuro docente
para que, no decorrer do exercício de sua profissão, se atente às diversidades encontradas em sala
de aula, respeitando-as e promovendo a devida inclusão. Ainda que sejam esporádicas, a
experiência é enriquecedora tanto para o aluno participante quanto ao licenciando em formação;
mostrando-se recurso essencial para o desenvolvimento das inteligências, do diálogo e da
interação entre educador-educando e entre os próprios pares.
No entanto, quando o convívio passa de esporádico/breve a contínuo/longa duração,
observa-se que a evolução não se limita apenas às perspectivas da apreensão do conhecimento
científico pelos alunos e do seu desenvolvimento comportamental, no qual, a partir da intensa
interação, enxergam-se como seres incompletos e singulares, diminuindo suas angústias e
tornando-se mais sociáveis; mas também no amadurecimento da postura do educador, que reflete
no aprimoramento de suas práticas pedagógicas e, em especial, na sensibilização acerca das
características emocionais e demais aspectos inerentes à individualidade de cada aluno.
Dessa forma, socializamos neste trabalho nossa jornada e transformação pessoal e
profissional a partir da experiência adquirida por meio da participação no Curso de Verão para
Alunos Superdotados da UFF e a vivência no atendimento suplementar a alunos superdotados dos
primeiros anos do ensino fundamental I, em uma escola da rede privada. Este último consiste na
suplementação através da adaptação e aplicação de estratégias pedagógicas para o ensino de
ciências desenvolvidas pelo DIECI – Desenvolvimento e Inovação em Ensino de Ciências, grupo
de pesquisa em ensino da Universidade Federal Fluminense no qual mantemos vínculo
atualmente.
Buscamos evidenciar a importância na participação de projetos voltados para a formação
de professores que impulsionam à saída da zona de conforto e nos fortalecem quanto sujeitos
essenciais no processo de conscientização. Além disso, mostraremos o relevante papel do
educador na observação e indicação de alunos com perfil de altas habilidades/superdotação a fim
de contribuir para que cada vez mais alunos sejam vistos, atendidos e, principalmente, ajudados
a desenvolverem todas as suas potencialidades.
Palavras-chave: alunos superdotados; atendimento suplementar; formação de professores;
inclusão; ensino de ciências.

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O JOGO DE XADREZ PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL DA ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS
EXCEPCIONAIS- APAE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
1- Carlos Henrique Nascimento de Cristo Júnior– carlosh@id.uff.br– Campos /RJ – Universidade
Federal Fluminense.
2- Sara Lopez Aragão Machado Costa – saralopez@id.uff.br – Macaé/RJ – Universidade Federal
Fluminense
3- Shabbina Ribeiro Messina – shabbinaribeiro@id.uff.br – Uberaba/MG – Universidade Federal
Fluminense

Esse trabalho é um relato de experiência fruto de um projeto que foi realizado dentro da proposta
pedagógica da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais- APAE, que culminou-se com o nome
“Além do Xeque Mate” - uma abordagem transdisciplinar, desenvolvido nas aulas de Educação Física
Escolar com a temática: o xadrez e suas potencialidades, no período de 2016 a 2019 na cidade de Campos
dos Goytacazes, RJ.O objetivo central deste estudo foi analisar a influência da prática do xadrez no
desenvolvimento dos aspectos cognitivos dos alunos com deficiência intelectual.
O desenho metodológico iniciou-se a partir de uma pesquisa de campo de caráter qualitativo,
sendo realizadas intervenções semanais, uma vez por semana com duração de 40 minutos, podendo
variar o tempo de acordo com a interação de cada criança. O projeto foi composto por 10 participantes
com idades entre 12 e 23 anos, que foram incluídos de forma aleatória considerando apenas a curiosidade
de conhecer o jogo de xadrez. Como instrumento de coleta, foram utilizados relatórios semanais de
campo e das aulas, com intenção de acompanhar o desenvolvimento individual dos participantes em
outras atividades propostas pela na escola.
Diante disso, os alunos tiveram diferentes ritmos de aprendizagem, notou-se dificuldades de
interação, comportamento e alteração na coordenação motora fina ao manusear as peças do tabuleiro,
necessitando respeitar o tempo estabelecido para realizar a atividade. Sendo necessárias diferentes
estratégias de ensino para a efetivação da aprendizagem dos alunos. Dessa forma, conclui-se que a
prática do xadrez se tornou relevante por trabalhar questões de atenção, concentração e tomada de
decisão em situações de jogo, além de estimular situações de imprevisibilidade dos praticantes,
proporcionando caminhos para a construção da aprendizagem dos alunos em espaços formais ou
informais.

Palavras-chave: ensino de xadrez; deficiência intelectual; educação física.

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O PLANO EDUCACIONAL INDIVIDUALIZADO NA PERSPECTIVA
INCLUSIVA: O EIXO DE INTERESSE NO ENSINO REMOTO
1. Bianca Burlandy Mota de Melo – biancaburlandy@gmail.com– Rio de Janeiro/RJ – SME/RJ
2. Aline Silveira Gomes – gomes.aline07@gmail.com – Ananindeua/PA – UFPA

O movimento de inclusão e a busca por atendimento educacional para alunos com deficiência
têm sido objeto de estudo em várias pesquisas nos últimos anos, possibilitando a criação de documentos
que colaboram com o processo de escolarização e posteriormente auxiliarão os estudantes no mercado
de trabalho e em atividades diárias. Este resumo apresenta o desenvolvimento do Plano Educacional
Individualizado, aplicado no formato remoto, devido a pandemia da Covid-19, para um estudante do
Caep Favo de Mel, pertencente à Fundação de Apoio a Escola Técnica do Rio de Janeiro (Faetec/RJ),
com Deficiência Intelectual e Autismo, desenvolvido através do curso de extensão “Alfabetização e
letramento sob o viés do Plano Educacional Individualizado – PEI”, oferecido pela Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (UERJ) a profissionais da educação.
Seu objetivo geral foi reconhecer nas práticas educativas inclusivas a importância de pensar no
sujeito da aprendizagem, destacando sua área de interesse. A aplicação foi realizada através do protocolo
seguindo a Matriz de Conteúdos Prioritários para a elaboração do PEI, onde estabelece-se os objetivos
e critérios de observação ao longo do período proposto. O sujeito do estudo passou por diversas
experiências de escolarização e por isso as atividades propostas foram para o atendimento de suas
necessidades diárias. As mediações foram feitas no formato remoto com o uso do computador com
atividades que contemplassem o Alfa letramento.
Ao repensar as práticas a partir das especificidades do estudante, valorizando sua área de
interesse, observamos que durante as aplicações houve maior desenvolvimento de sua autonomia,
proporcionando a realização de atividades mais complexas com o uso das tecnologias. Nestas foram
envolvidos os atores que estão no contexto de sua aprendizagem e as ações realizadas proporcionaram
resultados para além da sala de aula. A partir do PEI refletimos que as estratégias precisam ser
elaboradas, contemplando o sujeito na sua realidade, pois atividades que proporcionem inclusão
ultrapassam o diagnóstico e têm a aprendizagem como o foco da prática educativa. O compromisso
docente e da família numa participação colaborativa favorece a percepção do indivíduo como
participante ativo do seu processo de escolarização.

Palavras-chave: plano educacional individualizado; inclusão; eixo de interesse; ensino remoto.

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OBSERVAÇÃO DAS HABILIDADES COGNITIVAS E SOCIOEMOCIONAIS
DE ALUNO COM AUTISMO ATRAVÉS DO PENSAMENTO
COMPUTACIONAL: UM RELATO COM ATIVIDADE DESPLUGADA

1. Anamaria Glória Linhares – anagloriatj@gmail.com – Barra Mansa/RJ – NEPA-UFF


2. Josiane Aguiar Cerqueira Feliciano – josiane.feliciano@gmail.com – Niterói/RJ- NEPA-UFF
3. Viviane Lione – vivianelione@gmail.com – Maricá/RJ – NEPA-UFF

Este é um relato de experiência com Atividade Desplugada (AD) sobre Pensamento


Computacional (PC). Tem como objetivo observar as habilidades cognitivas e socioemocionais do aluno
com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), 4º ano do Fundamental. Foi iniciado em outubro de
2021 pela professora de Tecnomaker em escola de Barra Mansa/RJ e retomado em março de 2022.
Utiliza a atividade Caminhos da Turma da Mônica, em dupla e disponível em www.computacional.
Vincula-se ao Núcleo de Estudos e Pesquisa em Autismo da UFF. Em outubro de 2021 foi escolhida a
turma do 3º ano com 1 aluno TEA e utilizadas 5 aulas de 50min cada.
A turma permaneceu com a mesma formação em 2022 e no 4º ano. Utilizou jogos para trazer
ludicidade e possibilitar desenvolvimento de habilidades cognitivas e socioemocionais. O Jogo é
composto de tabuleiro dividido por rio e por ponte. Há 7 personagens da Turma da Mônica e 1 árvore.
A folha de resposta tem 8 rotas pré-determinadas e uma para livre criação. Exercita os pilares
Reconhecimento de Padrão e Algoritmo do PC, buscando o menor caminho para um personagem
encontrar outro. É proibido sobrepor-se à árvore e transpor o rio só utilizando a ponte. Setas registram
a rota na folha de resposta, escritas depois resumidamente com multiplicadores (2x, 3x).
Nas primeiras aulas o aluno demonstrou ansiedade por não encontrar o trajeto mais curto e não
respeitava as regras. A ansiedade gerou flap de mãos, caminhar pela sala e alteração na altura da voz
com o colega. Na 3ª aula já respeitava as regras do jogo; flaps menos frequentes, sem caminhar pela sala
e alteração de voz. Nas aulas seguintes, encontrou as rotas mais curtas com ajuda do colega. Não foi
trabalhada escrita resumida dos comandos. Em março de 2022 a atividade foi utilizada novamente,
mantendo a dupla. O aluno sinalizou os caminhos mais curtos, respeitando as normas do jogo. Precisou
de apoio da professora na criação de um percurso diferente aos pré-estabelecidos, apresentando
necessidade de caminhar pela sala. Ainda não foi trabalhada a representação resumida das setas. Os
resultados apontam que a AD pode ser usada na observação de habilidades cognitivas e socioemocionais
em alunos TEA, mas, necessitam de acompanhamento longitudinal e maior amostragem para que tal
premissa se confirme ou não.

Palavras-chave: atividades desplugadas; autismo; habilidades cognitivas e socioemocionais; turma da


mônica.

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PLANEJAR A MATEMÁTICA NO MODELO REMOTO: NARRATIVAS DO
PROJETO DE TUTORIA DE MATEMÁTICA

1. Danilo Magalhães Costa – danilo.costa@salesiano.br – São Gonçalo/RJ – Colégio Salesiano Santa


Rosa
Com o retorno do ensino presencial/remoto no ano de 2021 e buscando desenvolver projetos no
Horário Integral, que dialogassem com o ensino de matemática no Colégio Salesiano Santa Rosa, foi
sugerido pela supervisora dos anos iniciais do ensino fundamental, Ana Paula Garcia Alves, ao tutor
Danilo Magalhães Costa, a criação da Tutoria de Matemática. Esta tinha o formato de grupos de estudos,
no contraturno e no modelo remoto, a qual visava ao atendimento de dúvidas e à ampliação dos estudos
matemáticos nas turmas do 4º e 5º anos. Durante o processo de criação do projeto, as atividades foram
planejadas seguindo o cronograma de conteúdos estudados em sala de aula, na busca de reformular suas
abordagens e utilizar diferentes vertentes de metodologias do ensino de Matemática, como: jogos e
brincadeiras, a história de matemática, o uso do material concreto, a literatura infanto-juvenil, a
modelagem matemática, a resolução de problemas, o raciocínio lógico e as ferramentas de uso em
tecnologia.
Nessa perspectiva, o tutor foi “tensionado” a criar uma transposição do que estava sendo
aprendido em sala de aula para atividades complementares dos estudos no ambiente virtual, com um
planejamento que alcançasse as revisões dos conceitos matemáticos e a valorização da participação dos
estudantes. Cada encontro seguiu um planejamento estimado de uma hora de aula, composto por
objetivos estruturados em situações contextualizadas da matemática, desenvolvidas em atividades e
avaliações de aprendizagens. O projeto de Tutoria também fomenta nos estudantes a participação nas
Olimpíadas de Matemática internas e externas da escola, ao estimular o interesse ao primeiro desafio
das realizações destas avaliações. Para esse trabalho de comunicação, Danilo Magalhães Costa traz ao
“I Congresso das Tensões às Inovações: Novos olhares para as práticas da educação básica”, a narrativa
de como foi sua experiência na criação e desenvolvimento do projeto de Tutoria de Matemática, ao
exemplificar algumas propostas desenvolvidas e as metodologias utilizadas, as contribuições do projeto
para os estudantes nos seus estudos e os resultados obtidos nas Olimpíadas de Matemática.

Palavras-chave: Ensino Fundamental, Ensino de Matemática, Ensino Remoto, Práticas Pedagógicas e


Tutoria.

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RECONHECENDO E INCLUINDO UM ALUNO COM
COMPORTAMENTO SUPERDOTADO EM AULAS DE CIÊNCIAS

1. Márcia Nogueira Quintães de Castro – marcianogueiraqcastro@gmail.com – Campinas/SP –


Secretaria da Educação do Estado de São Paulo – Diretoria de Ensino Campinas Oeste.
2. Sonia Regina Alves Nogueira – sranogueiradesa@gmail.com – Niterói/RJ – UFF

Desde o início do programa de Escolas de Período integral (PEI) do Governo do Estado de São
Paulo, em 2012, vários esforços vêm sendo direcionados para a melhoria da qualidade de ensino e da
convivência dos estudantes, visando formá-los protagonistas, solidários e competentes, cuja base é
alicerçada em ações para conhecer melhor as possibilidades e potencialidades de cada aluno para se
desenvolver integralmente no ambiente escolar e na vida social. No período da pandemia da COVID-
19, os professores foram solicitados a prepararem aulas online que estimulam a participação dos alunos,
em especial os do 6º ano.
Nesse contexto, foi notório o desempenho do aluno Alan, que participava ativamente em todas
as aulas de Ciências, mostrando avidez pela mesma, autodidatismo, conhecimento superior aos dos
colegas e até ao do ensino fundamental. A professora buscou, no grupo de pesquisa DIECI UFF,
formação para atender o aluno de forma específica, estimulando sua capacidade e habilidades. Tal
formação, realizada através de um minicurso online, elucidou a necessidade da escola se ater não apenas
às defasagens de aprendizagem, preparando-se, também, para acolher aqueles com altas habilidades ou
superdotação (AH/SD), contando, inclusive, com suas contribuições para a comunidade escolar e a
sociedade. O DIECI UFF inseriu o Alan em atividades suplementares e orientou sua família sobre
superdotação e reivindicação de direitos. Com a Gestão Escolar, a professora buscou orientação para
mediar conflitos em sala, garantindo a inclusão.
A gestão, através da Diretoria de Ensino, indicou-o para avaliação por um grupo na universidade
local, cuja fila de espera é de cerca de 400 alunos. A família está juntando recursos para o atendimento
com os especialistas, mas os custos são altos. A Gestão Escolar designou a professora de Ciências como
tutora pedagógica do Alan e dialogou com os demais professores, orientando-os a buscar acolhê-lo na
perspectiva das AH/SD. Com o retorno das atividades presenciais, as demandas do aluno se
confirmaram, ele também está participando do Clube Juvenil de Ciências e é um “Laranjinha”, grupo
de apoio entre os estudantes e a gestão. Espera-se que a experiência proporcionada contribua com a
replicabilidade das informações e a busca por formações na área, reduzindo a escassez de recursos para
o pleno atendimento dos alunos, em especial aqueles com AH/SD.

Palavras-chave: superdotados; inclusão; formação continuada; relato; DIECI UFF.

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UM PARALELO ENTRE O RÁDIO E O PODCAST EM TEMPOS
PANDÊMICOS
1. Denise de Moraes Pinheiro – denise.pinheiro@salesiano.br – Niterói/RJ – Colégio Salesiano Santa
Rosa

Durante os dois anos de Pandemia nós, seres humanos, tivemos que iniciar uma nova forma de
criar, e sobreviver de acordo com os desafios que nos foram impostos neste novo tempo. Compreender
este tempo e desafios parecia utópico aos olhares de uma sociedade que já estava bastante acostumada
ao que chamamos agora de “antigo normal”, e para os adolescentes foi um período ainda mais
desafiador. Que intenção pedagógica poderia ser apresentada a eles diante de um evento mundial sem
precedentes e, até aquele momento, sem soluções? Como manter o processo criativo vivo na essência
de cada um dos alunos?
Foi nesse contexto, que os alunos do 9° ano de 2020 do Colégio Salesiano Santa Rosa, durante
as aulas de Artes, mergulharam na criação de um conteúdo baseado no estudo sobre a história da Rádio.
Os adolescentes fizeram uma viagem no tempo e resgataram notícias de diversos gêneros e épocas e
reconstruíram esses materiais em forma de um podcast, que é um formato de publicação de áudio
disponibilizado na internet para downloads ou através de serviços de streaming, fazendo um paralelo
entre as tecnologias do rádio e do podcast. O primeiro já bastante antigo, vista até como obsoleto. A
segunda, mais recente e cada vez mais popular.
O objetivo central da proposta era a possibilidade de recriar uma rádio, porém com os recursos
atuais da tecnologia, como programas de edição, aplicativos, compartilhamento de mídias e outros, e
oportunizar aos alunos a experiência de serem parte do período histórico que vivíamos. Naquele
momento, era importante que os alunos pudessem explorar habilidades e competências que pudessem
ser adequadas ao formato do ensino remoto e, portanto, longe do espaço de criação da sala de aula.
Priorizamos a produção com base no senso crítico, no desenvolvimento criativo, na troca de ideias, na
sensibilidade e na cooperação.
Em grupos e, mais uma vez, usando a tecnologia a seu favor, os alunos criaram roteiros de
notícias, comerciais, receitas, entrevistas, informes culturais, programações musicais e construíram o
que chamaram de “Rádio Salê”. No ano de 2021, diante do sucesso, o projeto foi continuado, mas dessa
vez com um novo foco: o novo Ensino Médio. Uma vez que as aulas seguiam sendo remotas e esse era,
mais uma vez, um novo desafio para os jovens alunos do Colégio Salesiano Santa Rosa, abraçamos
novamente o formato do podcast para construir outras possibilidades de debate sobre assuntos que muito
interessam nossos adolescentes.

Palavras-chave: arte educação; rádio; podcast; cooperação.

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RELATO DE EXPÊRIENCIA DE UM PROFESSOR EM SEU
PROCESSO DE REINVENÇÃO DIANTE DA COVID-19
1. Alessandra Furtado de Oliveira - afurtadodeoliveiranovaes@yahoo.com.br – São Gonçalo/RJ –
UFF/CMPDI
2. Ruth Maria Mariani Braz – rutmariamariani@id.uff – Entroncamento/Portugal – UFF/CMPDI
3. Jacqueline de Faria Barros Ramos – jacefadu@gmail.com – Niterói/RJ – UFF/CMPDI
O ano de 2020 começou com um desafio muito grande para todos os docentes. Embora muito
se falasse da necessidade de inovações na prática educativa, efetivamente a maioria dos professores
ainda se apoiava no modelo tradicional em suas demandas diárias. Isso ocorria por uma série de
implicações: resistência, falta de interesse ou habilidade para o uso da tecnologia como suporte, falta de
ambiente adequado nos locais de trabalho ou até mesmo em casa, e o receio de ser substituído pela
máquina. Enfim, muitos eram os motivos alegados para o distanciamento dessas ferramentas. No
entanto, o processo advindo com a COVID-19 fez que não ocorresse uma transição gradual para os
meios tecnológicos mais modernos, com cursos que pudessem preparar e familiarizar o docente diante
dessa nova e urgente realidade. Da noite para o dia, vimos o quanto era necessário nos reinventarmos
para que não caísse por terra o trabalho de levar informação e conteúdos ao discente, colaborando na
sua formação educacional, o qual, em circunstâncias normais, já é intrinsecamente árduo. O objetivo
desse relato de experiência é narrar como foi a adaptação a minha prática como professora regente diante
dessa mudança que foi tão abrupta. É importante frisar que toda mudança pode ser benéfica se
encararmos como um desafio a ser superado e que poderá nos trazer meios para que possamos crescer
enquanto profissional e pessoa. Para desenvolver o meu trabalho investi em uma metodologia de
pesquisa bibliográfica e busquei fontes de estudo em diversas plataformas, como Google Acadêmico,
SciELO, Portal do CAPES, artigos científicos com informações sobre como me apropriar das novas
tecnologias, de forma que pudesse agregar na minha prática profissional. A partir de então, fui
experimentando junto com meus discentes o modelo mais adequado para nossos encontros. Fui
percebendo que, de início, o que parecia um meio hostil dentro dessa concepção de aula virtual, onde
pela minha falta de habilidade poderia ser um fator de risco diante das falhas que poderiam ocorrer,
acabaram por proporcionar parcerias entre todos que estavam nas vídeoaulas. Outro fator que foi deveras
importante nesse contexto foi a facilidade de poder ali, no decorrer do que era proposto, poder
acrescentar, quando era necessário, informações de blogs confiáveis, vídeos, músicas, e outras
ferramentas. Os resultados foram muito promissores, tendo em vista que a participação era grande e
entusiasmada, mas também é importante destacar s constatação de que esse modelo não contempla todas
as instituições e alunos, uma vez que, para que funcione, é imprescindível que o discente tenha o recurso
do computador e/ou telefone e dados, o que não é uma realidade para todos. Dessa forma, chegamos à
conclusão de que a tecnologia deve ser vista como um importante aliado na aquisição e formação de
conteúdos, caminhando no sentido de somar e agregar valores à prática do professor.
Palavras-chave: Tecnologia. Educação. Inclusão. Diversidade.

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CAMPANHA DA SOLIDARIEDADE SALESIANA
1. Aline Machado da Silva Barros – almachs@gmail.com – Niterói/RJ – Colégio Salesiano Santa Rosa
2. Fernanda Serpa Cardoso – fernandalabiomol@yahoo.com.br – Niterói/RJ – Colégio Salesiano Santa
Rosa
3. Katia Regina de Oliveira Mendes – katia.mendes@salesiano.br – Niterói/RJ – Colégio Salesiano
Santa Rosa

O presente trabalho relata uma sequência de atividades desenvolvidas, na modalidade remota e


presencial, na disciplina Salê Projeto de Vida com alunos da 2ª série do Ensino Médio do Colégio
Salesiano Santa Rosa, localizado em Niterói – RJ. O objetivo central foi auxiliar os jovens no
desenvolvimento de duas das competências gerais da BNCC: Empatia, Cooperação e Responsabilidade
e Cidadania. Para tal, foi desenvolvido o Projeto Solidariedade. A primeira ação foi apresentar aos
alunos o Centro Juvenil Mamãe Margarida, um local que atende crianças e jovens em situação de
vulnerabilidade econômica e social, mais conhecido como Oratório Mamãe Margarida, como também
o Oratório Festivo.
Sendo assim, eles então se engajaram em ações em prol das famílias dos atendidos pelos
oratórios, como a distribuição de cestas básicas, produtos de higiene, brinquedos, roupas e livros. As
ações iniciaram com reuniões junto à direção, supervisão e professores, culminando na participação e
organização da entrega dos itens arrecadados. No decorrer da implementação do projeto, os alunos
assistiram a uma palestra com a assistente social que trabalha em uma ONG. Ela apresentou um
panorama sobre a importância do engajamento em serviços voluntários para o mercado de trabalho, não
só para o crescimento pessoal, mas também como oportunidade de melhorar o curriculum vitae, uma
vez que é comum as empresas utilizarem o trabalho voluntário como uma pontuação favorável ao
candidato ao emprego. Na última etapa do ano letivo, os estudantes fizeram um relatório apontando os
pontos positivos, como também as suas dificuldades de engajamento na Campanha da Solidariedade
Salesiana.
Como resultado, ao longo do ano de 2021, este projeto gerou a distribuição de 2.150 cestas
básicas de alimentos, além dos demais itens supracitados. Sendo o trabalho finalizado com a confecção
de um cartão de Natal que foi entregue junto a um saquinho de balas, que também foi feito por nossos
discentes, para as crianças e adolescentes do Centro Juvenil. Os relatos realizados pelos alunos
apontaram que muitos perceberam que a participação em um projeto de solidariedade foi um ganho tanto
na vida pessoal como também na vida acadêmica e para o futuro mercado de trabalho.

Palavras-chave: BNCC; educação; empatia; cooperação; voluntariado.

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RELATO DE UM ESTUDANTE DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS
BIOLÓGICAS SOBRE O ENSINO DE CIÊNCIAS E DIREITOS HUMANOS

1.Saullo Rigon Soares – saullors@id.uff.br – Niterói/RJ – Universidade Federal Fluminense

Antes de me dedicar aos estudos dos Direitos Humanos (DH), meu maior contato com este
termo se dava de maneira informal, através da grande mídia, geralmente pelas denúncias de violações
dos DH contra criminosos ou outras populações marginalizadas. Até então, tinha a percepção falha de
que esse debate era de interesse apenas a certas comunidades, em situações com as quais eu não me
identificava. O conhecimento raso sobre o assunto dificultava, inclusive, distinguir DH de outros
conceitos, como o de “cidadania”, ou dimensionar sua potência nas sociedades.
Ao longo do curso de Bacharelado e Licenciatura em Ciências Biológicas, na Universidade
Federal Fluminense, cursei algumas disciplinas que pontuaram questões envolvendo os DH, sobretudo
as de educação; mas, mais superficialmente. Seja pela suposição, por parte dos docentes que as
ministravam, de que os alunos já sabem o suficiente sobre esse tema ou pela própria falta de
conhecimento ou de interesse deles próprios sobre o assunto, o resultado é que os debates sobre DH
acabam não sendo trabalhados junto aos conteúdos disciplinares, ficando dissociados dos mesmos.
No entanto, ao longo da disciplina optativa “Ensino de Ciências e Direitos Humanos: a
Biologia”, fiquei surpreso ao perceber quão equivocada era a minha compreensão sobre os DH, quanto
à sua história, propostas e aplicações. Por este ser um assunto pouco discutido, ao longo das demais
disciplinas, atinei em como muitos estudantes acabam se formando sem compreenderem e aplicarem a
cultura dos DH em suas profissões e vivências, ou seja, sem perceberem e compreenderem o quanto
estes são sistematicamente violados e como podem trabalhar para defendê-los.
Hoje tenho um entendimento maior sobre a importância de se promover os DH na educação,
não apenas como um conteúdo em si, mas integrados como cerne dos processos pedagógicos, em
detrimento de uma formação tecnicista. Sobretudo atualmente, quando uma forte onda reacionária vem
provocando diversos retrocessos humanitários, como na recente reforma do Ensino Médio que culminou
na nova BNCC, é que se faz mais urgente e necessária a efetiva implementação dos debates acerca dos
DH nos cursos de licenciatura, assim como na formação continuada de professores, a fim de que possam
desenvolver e realizar ações pedagógicas em prol de uma educação crítica e libertadora, que fomente a
defesa da dignidade humana.

Palavras-chave: formação de professores; ensino de ciências; educação libertadora; educação em


direitos humanos.

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RODAS DE CONVERSA: DIVULGANDO PAULO FREIRE, DESPERTANDO
VOCAÇÕES

1. Vivian Alves Teixeira – vivian.alvest@gmail.com – Rio de Janeiro/RJ – UFF


2. Clara Corrêa de Souza Gavazza – gavazzaclara@gmail.com – Rio de Janeiro/RJ – UFF
3. Brenda Krishna de Andrade Miranda – brenda.krishnam@gmail.com – Rio de Janeiro/RJ -UFF
4. Helena de Souza Pereira – helenapereira@id.uff.br – Niterói/RJ – UFF

O método de alfabetização desenvolvido por Paulo Freire possui em seu histórico a relação com
a aplicação em jovens e adultos, mas é fundamental a percepção de que a obra de Freire não se restringe
a criação de um método a ser seguido. A filosofia da educação de Freire defende não apenas a leitura da
palavra, mas a leitura do mundo e a formação de uma consciência crítica que leva homens e mulheres a
questionarem a natureza da sua situação social e passem a se encarar como participantes na construção
de uma sociedade democrática. Por questionar as injustiças sociais e a opressão de classe, e defender a
autonomia do pensar, a figura de Paulo Freire acabou sendo inserida em confrontos políticos-ideológicos
com pretensões de retirá-lo do cenário da educação brasileira.
Por esse motivo, o grupo ProPet Bio Fronteiras criou o grupo de estudo voltado à discussão e
reflexão das obras do autor e o projeto de extensão “Rodas de conversa: divulgando Paulo Freire,
despertando vocações”. O objetivo do projeto foi proporcionar um espaço aberto e democrático para
discussões sobre a filosofia Freiriana. Metodologia. As rodas foram realizadas ao longo de 2021, de
forma remota devido ao distanciamento imposto pela pandemia do COVID-19 e com duração de
aproximadamente 2 horas. Resultados e Discussão. As rodas oportunizaram o compartilhamento de
experiências e estratégias metodológicas utilizadas em sala de aula e a necessidade do constante
processo de ação/reflexão/ação por parte dos educadores. O público incluiu licenciandos, pedagogos e
professores da educação básica que consideraram fundamental o debate de pautas como a educação de
crianças, jovens e adultos e principalmente de minorias marginalizadas.
A discussão da obra de Freire é atemporal visto que, é fundamentada em eixos norteadores
essenciais na consolidação de escolas comprometidas com a cidadania a partir da integração entre
educação e cultura, priorizando a multiculturalidade e a perspectiva inter e transdisciplinar, a
democratização das relações de poder além da formação permanente dos educadores. O projeto contribui
para a reflexão acerca da filosofia da educação libertadora de Paulo Freire, suscitando o debate sobre
questões sociais e contribuindo para a compreensão de sua importância para a história da educação,
formação e atuação docente.

Palavras-chave: educação; Paulo Freire; divulgação; roda de conversa.

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TEATRO DO OPRIMIDO COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA
ANTIRRACISTA

1. Hélio Ferreira Pinto Filho – heliofpf@id.uff.br - Rio de Janeiro/RJ – Curso de Mestrado em


Diversidade e Inclusão – Universidade Federal Fluminense
2. Suelen Adriani Marques – suelen_marques@id.uff.br – Cidade/UF – Rio de Janeiro/RJ – Curso de
Mestrado em Diversidade e Inclusão – Universidade Federal Fluminense.

INTRODUÇÃO: O Teatro do Oprimido (TO), criado por Boal, é um método pedagógico, social,
cultural, político e terapêutico que possibilita o fortalecimento do sujeito oprimido, visando a
humanização e a superação das opressões. O TO enquanto um método estético, com conjunto de técnicas
e jogos cênicos, permite dialogar com o pensar da Pedagogia do Oprimido do educador Paulo Freire.
Em comemoração ao ano do centenário do educador, propusemos uma prática discente de TO que
fomentou o diálogo sobre educação antirracista. OBJETIVO: Estimular práticas pedagógicas
antirracistas através da metodologia do Teatro do Oprimido.
METODOLOGIA: Relato de investigação cênica, a partir da reflexão das convergências e
similaridades do pensamento de Boal e Paulo Freire, usando o TO como ferramenta de linguagem.
Utilizamos a técnica de Teatro Fórum (02h de vivência) no Projeto Escolar, com alunos do NEJA. Nessa
técnica, encena-se fatos, na qual personagens oprimidos e opressores entram em conflito de desejos e
interesses. No confronto, o oprimido fracassa e o público é estimulado pelo Curinga (facilitador do TO),
a entrar em cena, e substituir o protagonista (o oprimido), buscando alternativas para o problema
encenado. A temática do Teatro Fórum foi desenvolvida como criação coletiva, a partir das situações
opressivas vivenciadas pelo grupo. Gênero, raça e violência policial foram os temas que se
apresentaram, e dentre eles, escolhemos encenar a violência policial contra negros.
RESULTADOS: Realizamos uma cena sobre “violência policial contra negros” em que foi
possível observar que as intervenções realizadas pelos alunos/plateia na cena, produziram reflexões
acerca de questões sociais e raciais impactantes. As mobilizações se deram das seguintes maneiras: por
Identidade, quando 3“atores” negros, vivenciaram no palco experiências da sua vida real; por Analogia,
quando a “atriz” que sofreu violência de gênero, interveio na cena questionando a ação violenta dos
“policiais”; e por Solidariedade, quando a “atriz”, mãe de um jovem negro, reconheceu a injustiça
cometida e se solidarizou com a luta política dos jovens. CONCLUSÃO: OTO, por meio da técnica
Teatro Fórum, é uma metodologia, que favorece o diálogo, a reflexão e a instrumentalização do sujeito
na construção de uma prática pedagógica antirracista.

Palavras-chave: teatro do oprimido; educação; antirracismo; pedagogia.

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TRABALHO COLABORATIVO PARA PRÁXIS INCLUSIVA DE
ALUNOS COM TEA COM BASE NO DUA
1. Elaine Alves Leite – elaineleite@id.uff.br – Rio de Janeiro/RJ – Universidade Federal Fluminense
2. Ruth Maria Mariani Braz –– Rio de Janeiro/RJ – Universidade Federal Fluminense
3. Sérgio Crespo Coelho da Silva Pinto – screspo@id.uff.br – Rio de Janeiro/RJ – Universidade Federal
Fluminense

A inclusão escolar é garantida no Brasil através de vários documentos normativos. Entretanto,


no dia a dia, ainda enfrenta muitos desafios que demonstram que estamos longe de colocar em prática o
que a legislação determina em seus documentos. Nesse sentido, este trabalho tem por objetivo
demonstrar os benefícios do trabalho colaborativo em uma escola pública de segundo segmento da rede
municipal do Rio de Janeiro para inclusão de quatro alunos, sendo dois do oitavo ano e dois do nono
ano, com diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA), sendo os quatro alunos sem deficiência
intelectual, com base no ensino colaborativo e na abordagem do Desenho Universal para Aprendizagem
(DUA).
O relato apresenta a pesquisa-ação desenvolvida entre a professora pesquisadora que atua no
Atendimento Educacional Especializado e os professores da classe regular que trabalharam juntos para
que os alunos com TEA tivessem acesso ao currículo geral, fazendo uso da abordagem do DUA.
Primeiramente os professores da classe regular tiveram algumas formações com a professora
especialista para trabalharem com a perspectiva do DUA, posteriores foram elaboradas as aulas com o
foco no público-alvo da pesquisa, entretanto, não deixando de contemplar os alunos neurotípicos das
turmas.
Como resultado, foi possível observar que todos os alunos das turmas envolvidos tiveram
aproveitamento e os professores beneficiam-se com o trabalho, pois aprenderam a utilizar a abordagem
do DUA através do trabalho colaborativo com a professora especialista É importante ressaltar que um
aluno do nono ano de destacou em matemática ganhando o prêmio das Olimpíadas Municipais de
Matemática, que teve como prêmio uma viagem para Nasa, o que de fato, incentivou todos os alunos da
unidade escolar rompendo o preconceito do autismo. Portanto, entendemos que quando os professores
se unem em prol dos alunos Público-Alvo da Educação Especial para proporcionar o acesso ao currículo
escolar, o resultado aparece beneficiando todos os alunos envolvidos das classes regulares.

Palavras-chave: inclusão; desenho universal para aprendizagem; coensino.

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UM RELATO SOBRE INCLUSÃO E ESPERANÇA
1. Karolaynne Queiroz – karolaynnequeiroz@id.uff.br – Niterói/RJ - Universidade Federal Fluminense
2. Andressa de Souza lopes – andressalopes@id.uff.br – Niterói/RJ - Universidade Federal Fluminense
3. Evelyn Carmelino dos Santos – evelyncarmelino@id.uff.br – Niterói/RJ - Universidade Federal
Fluminense
4. Sonia Regina Alves Nogueira – sranogueiradesa@gmail.com – Niterói/RJ - Universidade Federal
Fluminense.
5. Fernanda Serpa Cardoso – fernandalabiomol@yahoo.com.br – Niterói/RJ - Universidade Federal
Fluminense
Conhecer alunos com comportamento superdotado (CS) é importante durante a formação
docente, mas isso não ocorre nas disciplinas dos cursos de graduação. E não foi diferente com três
graduandas, coautoras deste trabalho, que só tiveram contato com o tema após integrarem o grupo de
pesquisa e extensão DIECI UFF - Desenvolvimento e Inovação em Ensino de Ciências, no qual
passaram por breve, porém intenso, período de capacitação marcado por leituras individuais e
colaborativas e pela participação no minicurso “COMPORTAMENTO SUPERDOTADO:
identificando e formando recursos humanos inovadores” e no “X Curso de Verão para Alunos
Superdotados da UFF - SOMOS TODOS SUPER RELATIVOS”, realizados pelo grupo, que permitiu
a elas a apropriação de conhecimento pertinente.
Ao experienciar a formação interdisciplinar e continuada sobre o tema, perceberam que tinham
a errônea ideia, do ideário popular, que indivíduos com comportamento superdotado são gênios, com
alto QI e, especialmente, pessoas boas em ciências exatas. Aprenderam que o aluno superdotado não
necessariamente é uma pessoa culta e com resultados acima da média em tudo o que faz, sendo o CS
uma característica que pode ocorrer em qualquer gênero. A quebra de estereótipos foi fundamental para
seu processo de desconstrução/reconstrução a respeito dos indivíduos com CS.
Ressaltamos que o programa do DIECI UFF para alunos com CS é o único desse tipo em uma
universidade brasileira, traz consigo desafios e inovações através das atividades que o compõem, entre
outras: a formação específica, os minicursos para professores e o Curso de Verão, do qual as graduandas
participaram, primeiro como observadoras, depois como monitoras e oficineiras. Nessas oportunidades,
o contato com as crianças e adolescentes foi “de tirar o fôlego” e exigiu “saírem da zona de conforto”,
proporcionando riquíssimo aprendizado e troca de experiências.
Dessa forma, o processo que vivenciaram confirma o quanto a academia vem negligenciando a
formação de profissionais para a inclusão desses alunos, que também são público-alvo da educação
inclusiva. As graduandas declaram se sentirem privilegiadas por receberem a formação diferenciada
oferecida pelo DIECI UFF, que as permitiu ampliarem sua visão de mundo, tanto nesse tema como em
outros, aprendendo a serem pessoas melhores e futuras docentes esperançosas para praticarem uma
educação mais inclusiva e diversificada.
Palavras-chave: superdotados; altas habilidades; inclusão; relato; DIECI UFF.

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UMA ANÁLISE DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA EM BIOCIÊNCIAS
ATRAVÉS DE PODCASTS NA EDUCAÇÃO BÁSICA

1. Heloá Caramuru Carlos – heloa_caramuru@id.uff.br – Niterói/RJ – UFF


2. Ruth Maria Mariani Braz – ruthmariani@yahoo.com.br – Niterói/RJ – UFF
3. Suzete Araujo Oliveira Gomes – suzetearaujo@id.uff.br – Niterói/RJ – UFF

A divulgação científica, atualmente, se faz indispensável e pode ser realizada através de diversos
meios de comunicação, como os podcasts. Método que foi denominado, por Ben Hammersley, de
podcasting, juntando o prefixo “pod”, de iPod, com o sufixo “casting”, de “broadcasting”, transmissão
massiva de informações. Biologia In Situ Podcast é um programa em formato de áudio ou vídeo
distribuído em agregadores através de feed. Os conteúdos ficam gravados em diversas plataformas e/ou
em websites de forma gratuita para que os ouvintes tenham conhecimento diretamente ou através de
download em computadores e smartphones. Ao inserirmos pautas científicas em podcasts,
possibilitamos uma abordagem acessível na linguagem e nos acessos aos episódios.
Este trabalho tem como objetivo investigar as fontes atuais de divulgação científica em
BioCiências, com o foco nos podcasts dentro das escolas de educação básica, utilizando como modelo
a avaliação do impacto do podcast Biologia In Situ. Para isso foram apresentados diversos episódios já
desenvolvidos pelo podcast para diversas turmas da educação básica de uma instituição localizada na
cidade de Niterói no estado do Rio de Janeiro. De acordo com o público-alvo, tivemos um resultado
satisfatório e análise dos resultados obtidos, através de pré-testes e pós-testes, e ainda uma discussão
oral com os alunos, podemos dizer que obtivemos um resultado satisfatório na construção do
conhecimento a partir dos conteúdos abordados com a aplicação da tecnologia de podcast.

Palavras-chave: divulgação científica; podcast; educação básica.

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USO DE SIMULADORES DIDÁTICOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS
NATURAIS: ILUMINANDO CONHECIMENTOS

1. Wladimyr Mattos Albano – mattosalbano@gmail.com – Rio de Janeiro/RJ – PPGEBS/FIOCRUZ


2. Bianca Machado - bicmachado@gmail.com – Niterói/RJ – IQ/UFF
3. Helena Carla Castro – hcastro@id.uff.br – Niterói/RJ – PPGEBS/FIOCRUZ; IB- UFF

Considerando o contexto do aprender fazendo, no qual o aluno deve construir seu conhecimento
a partir do uso de diferentes instrumentos, estratégias e métodos de aprendizagem, a educação baseada
em simulação (EBS) pode ser ainda mais explorada no Novo Ensino Médio (NEM) e em cursos de
graduação (CG). Por replicar/simular a realidade, a EBS permite estudos de caso e problematização da
realidade profissional com diminuição de riscos e do uso de reagentes ou equipamentos caros, de difícil
disponibilidade, ou que geram rejeitos tóxicos, como o luminol (C8H7O2N3).
Utilizado para detecção de sangue, o luminol possui grande potencial para substituição em uma
prática de EBS contextualizada devido a seu perfil. Neste trabalho, desenvolvemos um kit que utiliza
simuladores didáticos (SD), usando uma substância capaz de simular o efeito de quimioluminescência
do Luminol e que viabiliza práticas científicas de baixo custo, simplicidade e de fácil contextualização.
Para tal, selecionamos, a partir da busca em sites e artigos, o “pigmento pó azul Glow”, utilizado por
manicures e artistas para provocar o brilho azulado no escuro e que possui baixo custo, atoxicidade e
fácil manipulação e obtenção.
Visando criar uma contextualização envolvendo um ambiente de simulação científico-
profissional factível, incluindo a discussão da identificação do sangue por reação de
quimioluminescência do luminol com seus constituintes; temos como parte desse kit de SD também: a)
uma caixa de papel para o efeito de ambiente escuro à reação quimioluminescente; b) um frasco
borrifador para o reagente (apenas água); e c) algumas amostras de tecidos e outros materiais com
manchas do tipo 1 (esmalte vermelho, molho de tomate e/ou coloral), as quais não irão brilhar no escuro.
Portanto, o resultado será negativo; e do tipo 2 (“pigmento pó azul Glow” invisível na claridade
e denominado como sanglow - sangue com brilho) para simular o efeito positivo. No Kit, o usuário/aluno
é convidado a borrifar o reagente (água) nas amostras, simulando a aplicação do luminol e que, na
ausência de luz, não afetará a visão do brilho azul intenso das manchas sanglow. Esse SD permite
práticas ricas em discussão de conteúdo das áreas de Química e Biologia no NEM e CG de forma
interdisciplinar, dentro de um contexto que faz parte de um possível futuro profissional desses alunos
envolvendo, por exemplo, a perícia criminal.

Palavras-chave: kits didáticos; metodologia ativa; novo ensino médio e simuladores didáticos.

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