Você está na página 1de 386

ANAIS DO III CONGRESSO CARIRIENSE DE ENFERMAGEM

12ª SEMANA DE ENFERMAGEM:

PROMOÇÃO DA SAÚDE: TECNOLOGIAS DO CUIDADO

16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio

ISBN 978-85-65221-23-8
APRESENTAÇÃO

O Centro Universitário Dr. Leão Sampaio e o Curso de Graduação em


Enfermagem promove o III Congresso Caririense de Enfermagem, juntamente à 12ª
Semana de Enfermagem com o tema central Promoção da Saúde: tecnologias do
cuidado, que será realizado de 16 a 20 de Outubro de 2017, em Juazeiro do Norte-
CE.
É com imenso prazer que realizamos a terceira edição deste evento de
sucesso, que contará com a presença de profissionais de destaque no cenário
nacional e regional para fomentar discussões junto a comunidade caririense sobre a
promoção da saúde e as tecnologias do cuidado em enfermagem.
A tecnologia como expressão do avanço da ciência, acompanha a evolução
histórica da humanidade. A utilização da tecnologia associada a dimensão humana do
cuidado consiste em técnicas, procedimentos e conhecimentos científicos. Existe a
necessidade de mudança no modelo assistencial biomédico, que pressupõe impactar
o núcleo do cuidado. O uso da tecnologia como aliada da equipe de saúde tem o
intuito de proporcionar alternativas criativas para superar as dificuldades e sustentar
uma assistência à saúde mais humanizada.
Busca-se com esse congresso interagir com profissionais e enfermeiros das
mais diversas especialidades e atuação com o intuito de ampliar o conhecimento dos
participantes do evento sobre as práticas de saúde, perpassando pelas relações da
promoção da saúde junto as tecnologias do cuidar, contextualizando os tipos de
tecnologias e sua aplicabilidade no cenário prático do enfermeiro assim como,
tecnologias em saúde e autoeficácia nas competências do enfermeiro, de modo a
favorecer e disseminar a profissão de enfermagem na região do Cariri.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio

PROMOÇÃO DA SAÚDE: TECNOLOGIAS DO CUIDADO

Juazeiro do Norte - CE

COMISSÕES

COMISSÃO EXECUTIVA:

Coordenação: Profa. Aline Morais Venâncio

Vice Coordenação: Profa. Ariadne Gomes Patrício Sampaio

Profa. Erine Dantas Bezerra

Profa. Andréa Couto Feitosa

Profa. Katia Monaisa de Sousa Figueiredo

Profa. Maryldes Lucena Bezerra de Oliveira

Profa. Ana Karla Cruz de Lima Sales

Profa. Halana Cecília Vieira Pereira

COMISSÃO CIENTÍFICA:

Profa. Andréa Couto Feitosa

ISBN 978-85-65221-23-8
Profa. Magaly Lima Mota

Profa. Alessandra Bezerra de Brito

Profa. Fabiola Fernandes Galvão Rodrigues

Discentes:
Crisangela Santos de Melo
Sildelania de Oliveira Gonçalves
Julyanna Pereira Mendes
Thainá Mendes dos Santos

COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS:

Prof. Adalberto Cruz Sampaio


Profa. Ana Raquel Saraiva
Profa. Ana Paula Ribeiro de Castro
Profa. Ana Maria Machado Borges
Profa. Andrea Couto Feitosa
Profa. Ariadne Gomes Patrício Sampaio
Profa. Ana Karla Cruz de Lima Sales
Profa. Aline Morais Venancio
Prof. Aracélio Viana Colares
Profa. Débora Guedes Oliveira
Prof. José Diogo Barros
Profa. Erine Dantas Bezerra
Prof. Florido Sampaio das Neves Peixoto
Profa. Geni Oliveira Lopes
Profa. Gerlânia Oliveira Leite
Profa. Halana Cecília Vieira Pereira
Prof. Ivan do Nascimento Freire Lopes
Prof. José Junior dos Santos Aguiar
Profa. Maria Jeanne de Alencar Tavares
Profa. Joanalice Parente Pimentel Lóssio

ISBN 978-85-65221-23-8
Profa. Juliana Fechine Braz de Oliveira
Profa. Marlene Menezes de Souza
Profa. Magaly Lima Mota
Prof. Cicero Magerbio Gomes Torres
Profa. Milenna Alencar Brasil
Profa. Monica Maria Viana
Prof. Paulo Felipe Ribeiro
Prof. Renan Costa Vanali
Profa. Maria do Socorro Nascimento de Andrade
Profa. Shura do Padro
Prof. Tonny Emanuel Fernandes Macedo
Profa. Wislayane Gomes Milfont

COMISSÃO DIVULGAÇÃO E MARKETING:

Profa. Ana Karla Cruz de Lima Sales

Prof. José Diogo Barros

Profa. Ana Paula Ribeiro de Castro

Profa. Mônica Maria Viana da Silva

Profa. Soraya Lopes Cardoso

Discentes:

Elailce Gonçalves de Sousa

Francielton de Amorim Marçal

Georgia Darlyn Mendes Lima Verde

Hercules Pereira Coelho

Isabelly Rayane Alves dos Santos

Merley da Silva Bezerra

Paulo Pessoa Pinheiro

Sandra Braz Pereira

ISBN 978-85-65221-23-8
Suzy Helen Carvalho Bezerra

Victor Hamilton da Silva Freitas

COMISSÃO FINANCEIRA:

Profa. Katia Monaisa de Sousa Figueiredo

Profa. Ana Maria Machado Borges

Discentes:
Érica Alves Miranda

Francisca Gerliane de Sá Ferreira


Izabel Cristina da Silva Belarmino
Marcelo Pereira da Silva
Tallys Iury de Araújo
Wedislaine de Castro Matias
Wélida Apolinário Lima
Joyce Sampaio da Silva
Chesla de Alencar Ribeiro

COMISSÃO ORGANIZADORA DOS MINICURSOS:

Profa. Halana Cecília Vieira Pereira

Profa. Elainy Fabricia Galdino Dantas Malta

Profa. Maria Lys Callou Augusto

Profa. Ana Raquel Bezerra Saraiva

Discentes:

Janayle Kéllen Duarte de Sales

Adriana da Silva

Raphaely de Sousa Feitosa

ISBN 978-85-65221-23-8
COMISSÃO DE PATROCÍNIO/ACOLHIMENTO:

Profa. Maryldes Lucena Bezerra de Oliveira

Profa. Tarciana Oliveira Guedes

Prof. José Junior dos Santos Aguiar

Discentes:

Mariana Teles da Silva

Flaviani Delmondes Batista

José Nairton Coelho da Silva

Raphaely Leandro da Fonseca

Ákyla keren Silva

Bianca Lima do Nascimento

Ana Vilhena Araújo dos Santos

Elisângela Maria Santos Silva

Maria Beatriz de Sousa Nunes

COORDENADORA DO CURSO:

Profa. Erine Dantas Bezerra

PRÓ-REITORA PEDAGÓGICA:

Profa. Sônia Izabel Romero de Souza

REITOR:

Prof. Jaime Romero de Souza

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio

RESUMO
EXPANDIDO

Modalidade Oral
ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio

ARTETERAPIA COMO MÉTODO INSTRUCIONAL DE INTERVENÇÃO EM SAÚDE


MENTAL SOB A ÓTICA DA TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS
DE WANDA AGUIAR HORTA

Luyslyanne Marcelino Martins (Relatora, UNILEÃO)


Gilberto dos Santos Dias de Souza (Autor, UNILEÃO)
Hercules Pereira Coelho (Autor, UNILEÃO)
Jaqueline Machado Cruz (Autor, UNILEÃO)
Ima Sumac Bezerra Caldas (Autor, UNILEÃO)
Maryldes Lucena Bezerra de Oliveira (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A distinção entre um ser humano normal e/ou anormal é subsidiada


pelo conceito do padrão normativo e comparativo, rompido pela abordagem de
Vigotski, o qual estabelece o pressuposto de que cada ser humano deve ser
reconhecido como detentor de uma identidade única, o que não implica em relacionar
ou determinar se este é normal ou anormal, mais ou menos inteligente, melhor ou
pior, pois o conceito de normalidade ou anormalidade é algo subjetivo (VIGOTSKI,
2004). Com o objetivo de prestar uma assistência integral a crianças portadoras de
deficiência intelectual e múltipla, no ano de 1954 foi fundada, no Rio de Janeiro, a
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). Corporação sem fins
lucrativos, a APAE, auxilia os indivíduos com deficiências através da prestação de
serviços e, da busca pelos seus direitos, sendo esta lograda em 24 federações
estaduais brasileiras e detendo um atendimento médio de 250.000 clientes
diariamente, distribuídos entre crianças, jovens, adultos e idosos (APAE, 2017). No

ISBN 978-85-65221-23-8
decorrer dos anos, a partir da Teoria Ambientalista de Florence Nightingale, outros
profissionais de enfermagem começaram a elaborar novas conjecturas, embasadas
em suas vivências profissionais e nos aspectos sociais e filosóficos. Dentre estas
podemos destacar a Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Aguiar
Horta. Tendo com embasamento a pirâmide de Maslow, que aborda as necessidades
humanas a partir de cinco princípios básicos: Necessidades fisiológicas, de
segurança, interação social, estima e realização pessoal, Horta desenvolveu a teoria
das Necessidades Humanas Básicas, concretizada à luz de duas categorias, as
necessidades psicossociais e psicobiológicas. A teoria proposta por Horta tem como
objetivo subsidiar o processo de restabelecimento da saúde a partir da instrução do
autocuidado, quando possível, e recuperação, educação, promoção e manutenção da
saúde do paciente, efetivado em consonância com outros profissionais da área de
saúde. A arteterapia utiliza-se da expressão corpo e mente, através de expressões
artísticas, tais como: pintura, música, dança e teatro, objetivando promover o
conhecimento pessoal, seu eu interior (PAÏN, 2001). Conforme Jatai e Silva (2012) a
relevância do presente estudo pauta-se na afirmação de que a enfermagem utiliza-se
da arteterapia como um método alternativo, frente à busca pelo envolvimento e a
conquista própria de autonomia dos pacientes, possibilitando assim uma
transformação social. O presente estudo foi elaborado a partir de uma proposta de
intervenção, solicitada pela docente da disciplina de Processo de Trabalho em
Enfermagem, do curso de graduação em Enfermagem do Centro Universitário Doutor
Leão Sampaio, tendo esta como objetivo, compreender o impacto das ações das
expressões de arte em pacientes com deficiências intelectuais e múltiplas. A referida
pesquisa apresenta como contribuição social o embasamento acerca do método
instrucional da arteterapia, sob a ótica da teoria das necessidades humanas básicas,
aplicadas a pacientes com deficiências. Em tempo remete ainda a contribuição
acadêmica, a qual poderá vir a servir como fonte de dados para a elaboração de
novos estudos que abordem a temática expressa. OBJETIVOS: Compreender os
efeitos da utilização da prática da arteterapia embasados na teoria de enfermagem de
Wanda Aguiar Horta. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de caráter descritivo
acerca de um relato de experiência, advento de uma atividade desenvolvida por cinco

ISBN 978-85-65221-23-8
acadêmicos do curso de graduação em Enfermagem do Centro Universitário Doutor
Leão Sampaio – UNILEÃO, na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais
(APAE), em consonância com o Projeto Centro de Unificação de Resgate a Arte
(CURA CARIRI), Circo Sangine e com o Grupo Capoeira Liberdade. Para efetivação
das atividades foram desenvolvidas ações educativas utilizando-se das técnicas da
Arteterapia, Musicoterapia e do teatro Clown, embasados na teoria de enfermagem
das necessidades humanas básicas de Wanda Aguiar Horta. As ações realizadas na
APAE, durante a ocorrência da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência
Intelectual e Múltipla, visaram à promoção da saúde, a partir de intervenções
educativas quanto às necessidades particulares dos clientes. Sendo estas
observadas em visita pregressa a instituição, que em consonância com a teoria de
Horta, foram vislumbradas as necessidades psicobiológicas: de nutrição, realização
de atividades físicas, mecânica e cuidado corporal, locomoção e percepção; e as
necessidades psicossociais: de comunicação, recreação, criatividade, lazer,
aprendizagem, auto realização, autoestima, participação e autoimagem. Deste modo
a intervenção educativa intitulada: Arteterapia como Método Instrucional de
Intervenção em Saúde Mental Sob a Ótica da Teoria das Necessidades Humanas
Básicas de Wanda Aguiar Horta foi desenvolvida aos 23 de Agosto de 2017, na
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE, localizada no município de
Juazeiro do Norte – Ceará. Para concretização da ação, a mesma foi fragmentada em
sete momentos distintos, sendo estes respectivamente: Momento musical,
apresentação do projeto CURA CARIRI, apresentação do Circo Sangine, roda de
capoeira com o Grupo Capoeira Liberdade, educação nutricional, momento recreativo
e terapêutico com pinturas e encerramento. Para o momento musical contamos com a
presença de um voluntário, advento do projeto Cura, que deteve de um breve
momento para animar os infantes, jovens e adultos presentes na respectiva
instituição, ao som de voz e violão, cantando músicas típicas nacionais e regionais. A
narração de histórias foi indexada juntamente com as apresentações de dança, as
quais se utilizando do método do teatro Clown foram realizadas coreografias teatrais
pelos voluntários do respectivo projeto educativo, embasadas nos contos, à medida
que estes eram narrados. A convite dos discentes de enfermagem, a apresentação do

ISBN 978-85-65221-23-8
Circo Sangine, contou com a presença do palhaço Farofinha que desenvolveu ações
de promoção da autoestima e interação social, através de músicas coreográficas,
dinâmicas coletivas não verbais e brincadeiras instrucionais, em tempo, houve ainda a
participação de personagens fantasiados de “Galinha Pintadinha” e do “Pintinho
Amarelinho”. O grupo Capoeira Liberdade realizou, juntamente com os pacientes da
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, rodas de capoeira com incremento
de músicas populares e expressões artísticas, realizadas pelos membros do grupo, e
em tempo, reproduzidas por alguns clientes da associação. Os acadêmicos de
enfermagem se detiveram de um pequeno momento para elucidar as práticas de
alimentação saudável, os quais através da proposta de educação em saúde
promoveram questionamentos acerca da nutrição dos pacientes, do que os mesmos
gostavam, ou não, e da necessidade de incrementar alimentos ricos em fibras, frutas,
legumes, carboidratos e lipídios, bem como incentivaram a prática regular de
exercícios físicos. Logo que apresentados quanto à necessidade de uma alimentação
saudável, foi organizada uma oficina de pinturas, momento recreativo e terapêutico,
na qual os clientes alojados na APAE receberam desenhos e giz de cera para
colorirem, recebendo ao passo que pintavam, orientações e elogios frente à arte
elaborada pelos mesmos. Logo que efetivada as ações supracitadas os discentes de
enfermagem juntamente com o Projeto CURA CARIRI, Circo Sangine e com o Grupo
Capoeira Liberdade, realizaram um breve momento discursivo e reflexivo com os
pacientes quanto à efetivação das atividades, seguido de um momento fotográfico
com os mesmos. Ressalta-se que a presente intervenção de promoção do bem estar
e maximização da autoestima dos pacientes obedeceu aos aspectos éticos e legais
estabelecidos pela Resolução Nº 466/12, do Conselho Nacional de Saúde.
RESULTADOS E DISCUSSÕES: A Teoria das Necessidades Humanas Básicas
apresentou a enfermagem como uma arte e ciência da assistência ao paciente,
vislumbrando o mesmo de um modo holístico, ou seja, como um todo,
compreendendo suas necessidades básicas, a fim de, quando possível, torná-lo
independente do autocuidado, sendo este capaz de gerir e proporcionar sua própria
saúde. Embasada na pirâmide de Maslow, as necessidades humanas básicas são
distinguidas em primárias que contemplam as penúrias fisiológicas e de segurança, e

ISBN 978-85-65221-23-8
as secundárias que abarcam a realização pessoal, autoestima e consumações
sociais. Sendo em tempo para a prática de enfermagem, segundo Horta, necessário o
incremento dos preceitos de João Mohana, que compreendem a supressão das
necessidades psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais (HORTA, 1979;
SOUZA, GUITIERREZ, CASTRO, 1985). Sendo assim com a respectiva ação,
obtiveram-se resultados significativos frente às necessidades humanas básicas,
primárias e secundárias, sendo estes obtidos a partir do advento da realização da
intervenção em saúde, na qual se observou de maneira intrínseca a interação dos
clientes com as atividades propostas e suas subjetividades ao realizá-las.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A supracitada ação teve como objetivo o provimento de
um momento diferenciado junto aos integrantes da APAE, no qual foram trabalhadas
ações educativas, a partir da dança, da música e da arteterapia. Durante a efetivação
da ação foi possível compreender os aspectos sociais e afetivos, envolvidos no
cuidado aos pacientes com deficiência intelectual e múltipla. Ao passo que a ação se
concretizava, os clientes interagiam, sorriam, cantavam, dançavam, reproduziam
ações e respondiam a questionamentos juntamente com os voluntários,
desenvolvedores da ação, e com o corpo dirigente da APAE. Em meio às ações os
objetivos de promover bem-estar, autoestima, descontração e atender as
necessidades psicobiológicas e psicossociais foram alcançados, sendo deste modo,
notório a adesão dos pacientes as atividades propostas e conseguintemente
expressões de alegria após a realização destas.

Palavras-chave: Teorias de Enfermagem. Assistência. Arteterapia. Terapia


Ocupacional. Saúde Mental.

REFERÊNCIAS

APAE. Federação Nacional das APAES. Disponível em: <http://apae.com.br/#>


Acesso em: 02 de Setembro de 2017.

BARBOSA, F. Cursos da Saúde. Necessidades Humanas Básicas na


Enfermagem: Maslow e Wanda Horta. 2016. Disponível em:
http://blog.concursosdasaude.com.br/necessidades-humanas-basicas-na-
enfermagem-maslow-e-wanda-horta/. Acesso em: 29 de agosto de 2017.

ISBN 978-85-65221-23-8
HORTA, W. A. Processo de Enfermagem. São Paulo: EPUlEDUSP, I979, 99p

JATAI, J. M.; SILVA, L. M. S. Enfermagem e a Implantação da Terapia Comunitária


Integrativa na Estratégia Saúde da Família: Relato de Experiência. Rev. bras.
enferm. 65(4):691-5. 2012.

LEOPARDI, M. T. Teorias em Enfermagem: Instrumentos para a Prática.


Florianópolis: Papa-Livro; 1999.

PAÏN, S.; JARREAU, G. Teoria e Técnica da Arteterapia. Artmed, SP, 2001.

SOUZA, M. F.; GUITIERREZ, M. G. R CASTRO, R. A. P. Análise da Teoria das


Necessidades Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta. In: SIMPÓSIO
BRASILEIRO DE TEORIAS DE ENFERMAGEM. Anais. Florianópolis: Universidade
Federal de Santa Catarina, p.209-230. 1985.

VALADARES, A. C. A.; COELHO, L. F. A.; COSTA, S. C.; SALES, D. E.; CRUZ, M. F.


R.; LIMA, C. R. O. Arteterapia em Saúde Mental. Anais da 2º Jornada Goiana de
Arteterapia, jul 8. Brasil. Goiânia (GO): FEN/UFG/ABC; Cap.13 p. 144-22. 2008.

VIGOTSKI, L. S. Psicologia Pedagógica. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTE VÍTIMA DE TRAUMATISMO
CRANIOENCEFÁLICO: ESTUDO DE CASO
Maria Letícia Cezário Galdino (Relatora, ESTÁCIO/FMJ)
Francisca Cleydeane Fernandes de Oliveira (Autora, FJN)
Jaqueline Alves Soares (Autora, FJN)
Maria Tereza Sampaio Alves (Autora, FJN)
Cíntia de Lima Garcia (Orientadora, ESTÁCIO/FMJ)

INTRODUÇÃO: O Traumatismo cranioencefálico (TCE), reconhecido como um dos


sérios problemas de saúde pública com importante impacto econômico e social
(PEREIRA, 2014). É uma lesão que envolve a região extra ou intracraniana,
podendo acarretar problemas graves, como sequelas neurológicas, qualidade de
vida muito prejudicada e até o óbito. As causas mais frequentes são: acidentes de
trânsito, mergulhos em águas rasas, agressões, quedas, acidentes por veículos
automobilísticos e projéteis de arma de fogo (LIMA, 2011).O tratamento deve-se
basear na realização de exames de neuroimagem, na informação acerca da origem
da referida ocorrência e na execução de uma avaliação neurológica apropriada,
dentro dessa avaliação encontra-se a aplicação da escala de Glasgow, que tem a
finalidade de revelar a acuidade da lesão, sendo o embasamento no desígnio do
tipo de protocolo que será aplicado, dentre os diversos existentes. A Escala de
Coma Gasglow (ECG), pode ser classificado como leve, moderado e grave. Quando
o paciente é classificado leve o mesmo apresenta gasglow entre 13 e 15 pontos,
moderado aquele que apresenta gasglow entre 9 e 12 pontos e grave aquele
que apresenta gasglow 3 a 8 pontos (ERDTMANN, 2012). Diante o exposto o
enfermeiro respaldado em saberes científicos, firma e procurar qualificar suas
equipes na finalidade de proporcionar uma assistência que promova um cuidado de
enfermagem individual e integral, com base na Sistematização da Assistência de
Enfermagem (SAE). OBJETIVOS: Descrever o caso clínico de um paciente com
TCE, destacando a atuação do enfermeiro na assistência humanizada ao paciente.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de caso com abordagem qualitativo
descritivo. O estudo de caso é um tipo de pesquisa minuciosa, em que o
pesquisador tem a capacidade de obter dados e analise de um determinado
indivíduo, diante os diversos aspectos de vida. (PRADANOV E FREITAS, 2013). O
presente estudo foi desenvolvido no município de Barbalha, no interior do estado do
Ceará, em um hospital de referência neurológica, no período de junho de 2017. As
informações contidas neste trabalho foram obtidas através de uma entrevista
fundamentada no modelo do histórico de enfermagem de Wanda Horta e
informações contidas no prontuário hospitalar. Foi esclarecido de modo verbal e
escrito, para a responsável legal do paciente sobre a pesquisa, pautado na
resolução 466/12, que trata de pesquisas com seres humanos. Para ressaltar a
importância da Sistematização da Assistência de Enfermagem nesse referido caso
clínico, foram utilizadas as seguintes taxonomias, para elencar os principais
diagnósticos utilizou-se a NANDA (Nursing Diagnosis: Definitions and Classifications,
2015-2017), para estabelecimento dos diagnósticos, NIC (Classificação das
Intervenções de Enfermagem) para as intervenções de enfermagem, e NOC
(Classificação dos Resultados de Enfermagem) para a classificação dos resultados
esperados, abordando assim os dados e da sistematização da assistência de
enfermagem. RESULTADOS E DISCUSSÃO: J.G.A, sexo masculino, 25 anos,
data de nascimento: 30/05/1992, pardo, solteiro, natural e reside em Juazeiro do
Norte. Segundo informações colhidas pela equipe ao acompanhante, a mesma nega
que o paciente faz uso de medicação continua, nega hospitalização anteriores, nega
cirurgias, nega alergias, nega hemotransfusões, porém alega que o paciente é
diabético e hipertenso. Nega tabagismo e etilismo. Queixa Principal: TCE causado
por acidente automobilístico. História Atual: Paciente deu entrada na instituição dia
07/03/2017, com procedente de via pública vítima de TCE causado por acidente
automobilístico, socorrido pela equipe do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência). No primeiro momento foi internado na UTI (Unidade de tratamento
intensivo) a qual desenvolveu uma pneumonia associada à ventilação mecânica.
Posteriormente foi transferido para a semi intensiva, o processo de histórico de

ISBN 978-85-65221-23-8
enfermagem e o exame físico foi feito no referido lócus. O paciente encontrava-se
consciente e desorientado, sono e repouso satisfatório, com acesso venoso
periférico sem sinais flogísticos. Dieta com boa aceitação, através de sonda
nasogástrica. Fazendo uso dos medicamentos: Tazocin, Fenital, Dipirona e inalação
com Atrovent. Ao exame físico apresentou: normocárdico (92 bpm); taquipnéico (31
rpm); normotenso (120x80 mmHg); normotérmico (36,5 C). Encontrava-se acordado,
não verbalizando, atividade motora diminuída (acamado), boca e mucosa oral
íntegra, identificação de estomas pois anteriormente havia realizado o processo de
traqueostomia e ao exame apresentou secreção traqueal, pele ressecada. Ausculta
respiratória: respiração alterada, murmúrios vesiculares presentes com presença de
ruídos hidroaéreos (roncos), respirando sem aporte de oxigênio. Ausculta cardíaca:
bulhas normofonéticas, dois tempos, ritmo regular, pulso cheio. Tórax sem presença
de cicatrizes cirúrgica, íntegro e sem presença de edema, abdome plano, ruídos
hidroaéreos presentes sem visceromegalias. Extremidades: escoriações em
membros inferiores e sem edemas, pulso periférico palpável. Eliminação urinária
presente através de sonda vesical de demora, evacuações presente em fralda. Foi
solicitado hemograma. Realizado tomografia: hemorragia subaracnóidea em
tratamento conservador. Com base no histórico de enfermagem percebe-se que o
paciente necessita de cuidados intermitentes de enfermagem. Frente a esses
problemas, identificaram-se os seguintes diagnósticos com seus respectivos
resultados esperados e intervenções. O primeiro diagnóstico traçado foi o de risco
de infecção relacionado a procedimentos invasivos. As foram seguintes
intervenções: efetuar a substituição do curativo do estoma, manter satisfatória
higiene, assegurar a técnica adequada dos cuidados com o estoma, administrar
terapia com antibiótico quando necessário, ensinar aos membros da família a forma
de evitar infecções, usar luvas esterilizadas, quando adequado. Almeja-se impedir
no paciente uma infecção evitável, infecção relacionada ao uso dos cateteres, sonda
nasogástrica e nenhuma infecção ao redor do estoma, onde se deve assegurar uma
boa higiene nesse local. O segundo diagnóstico planejado foi risco de perfusão
tissular cerebral ineficaz relacionada a trauma encefálico. Traçaram-se as seguintes
intervenções: monitorar o tamanho, a simetria e a reatividade das pupilas, monitorar

ISBN 978-85-65221-23-8
nível de consciência, monitorar o nível de orientação, monitorar o reflexo da córnea,
monitorar os tônus muscular, monitorar a pressão intracraniana (PIC) e a pressão de
perfusão cerebral (PPC), monitorar a força do poder de agarrar, monitorar
características da fala, aumentar a frequência de monitorização neurológica. Espera-
se que o paciente não tenha convulsões, mantenha um estado neurológico razoável,
perfusão tissular cerebral satisfatória para suas demandas. O terceiro diagnostico foi
projetado o de Risco de integridade da pele prejudicada relacionada a imobilização
física, fatores mecânicos. Com as seguintes intervenções, para esse diagnostico:
Monitorar na busca de fontes de pressão e fricção. Almeja-se que o paciente se
mantenha a pele integra, sem a presença de lesão por pressão, devido o mesmo se
encontrar com pele ressecada e com mobilidade prejudicada e com contenção. O
último diagnóstico foi desenvolvido o de Risco de aspiração, relacionado a presença
de traqueostomia e alimentação por sonda. Com as seguintes intervenções.
Monitorar nível de consciência, reflexo de tosse, deglutição, posicionar o paciente
em decúbito de 45º graus, manter lateralizada a cabeça do paciente, quando
necessário. Observar quanto ao excesso de secreções e fazer aspiração
traqueostomia com a frequência necessária. Deseja-se prevenir uma
broncoaspiração no paciente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do quadro, a
implantação da assistência de enfermagem é de suma importância, visto que,
garante ao enfermeiro uma maior autonomia através dos registros, permitindo assim
a integralidade do cuidado e fortalecendo o trabalho em equipe.

Palavras-chave: Traumatismos Craniocerebrais. Planejamento de Assistência ao


Paciente. Cuidados de Enfermagem.

REFERÊNCIAS:

BULECHEK, G.M; BUTCHER, H.K; DOCHTERMAN, J.M. NIC,


CLASSIFICAÇÃO DAS INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM. 5ª edição. Mosby.

ERDTAMANN, Bernadette Kreutz. Et al. CAPACITAÇÃO PARA A ABORDAGEM


DE ENFERMAGEM AO TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO LEVE E MODERADO.
Departamento de Enfermagem – UDESC. 2012.Disponível
em
<http://periodicos.udesc.br/index.php/udescemacao/article/view/2509/pdf_103.Acess
o em: 15 de jun de 2017.

ISBN 978-85-65221-23-8
LIMA, Marcus Vinicius Carvalho. Et al. 2011. Perfil Clínico e Desmame Ventilatório
de Pacientes Acometidos por Traumatismo Crânio-Encefálico. Trabalho
realizado no Departamento de Fisioterapia da Universidade de Fortaleza, Fortaleza-
CE, Brasil. Rev Neurocienc 2012;20(3):354-359. Disponível
em:
<http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2012/RN2003/original%20%2003/6
61%20original.pdf>. Acesso em: 16 de jun de 2017.

NANDA Internacional. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA, Definições


e Classificação 2012-2014. Artmed.

MOORHEAD, S; JOHNSON, M; MOAS, M.L; SWANSON, E. NOC,


CLASSIFICAÇÃO DOS RESULTADOS DE ENFERMAGEM. 5ª Edição. Mosby.

PEREIRA, Inês de Oliveira. 2014. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM AO


DOENTE COM TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO: CONSTRUÇÃO E
VALIDAÇÃO DE UM PROTOCOLO. Leiria, Setembro de
2014.Disponível em:
<https://iconline.ipleiria.pt/bitstream/10400.8/2265/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o%2
0de%20Mestrado.pdf>Acesso em: 15 de jun de 2017.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA INTERNAÇÃO PEDIÁTRICA PERANTE
A PARTICIPAÇÃO FAMILIAR: LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO

Ozeias Pereira de Oliveira (Relator, UNILEÃO)


Carlos Vinícius Moreira Lima (Autor, UNILEÃO)
Luzianne Clemente Meneses (Autora, UNILEÃO)
Janayle kellen Duarte de Sales (Autora, UNILEÃO)
Hercules Pereira Coelho (Autor, UNILEÃO)
Ana Raquel Bezerra Saraiva (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇAO: No âmbito hospitalar diariamente o profissional de enfermagem


constata novos desafios em sua prática, comumente carecem de decisões
importantes para a realização de uma boa qualidade da assistência à saúde da
criança e de sua família. Deste modo, é necessário que o profissional viabilize uma
assistência pautada no conhecimento científico sobre a criança e deverá incluir sua
família, pois também necessita de cuidado (TEIXEIRA et al., 2017). Diante da
internação pediátrica a criança poderá demonstrar mudanças em seu
comportamento social, desde medo, ansiedade e tristeza, decorrentes de alterações
de sua rotina, vivenciando um ambiente hostil, repleto de procedimentos, técnicas e
profissionais diferentes (LAPA, SOUZA, 2010). Existem formas de minimizar a
internação, cabe ao enfermeiro utilizar os cuidados holísticos, lúdicos, durante a
realização de procedimentos no ambiente hospitalar (LAPA, SOUZA, 2010). A
assistência de enfermagem tem como papel impar nos cuidados à criança durante

ISBN 978-85-65221-23-8
sua internação, contribuindo diretamente para o fortalecimento da sua autonomia,
fornecendo a participação na realização dos cuidados. No entanto, dentre as
principais dificuldades encontradas durante a internação da criança, observa-se a
falta de comunicação com o cliente, realização de uma assistência sem incluir a
criança nas decisões dos procedimentos e por vezes sem respeitar sem sono e
vigília. Sendo para tanto, imprescindível que o profissional de enfermagem promova
uma boa comunicação e relacionamento profissional, sempre orientando sobre o
tratamento e a assistência prestada ao pequeno cliente (ALBUQUERQUE, et al.,
2013). O respectivo estudo justifica-se pela necessidade de difundir o processo
dialógico entre os profissionais de enfermagem, familiares e infantes internados em
unidades pediátricas, ato este que pode direcionar a uma melhor adesão a
terapêutica proposta, haja vista que a família influencia de maneira intrínseca no
processo de restabelecimento da saúde. OBJETIVOS: Conhecer através de uma
revisão da literatura como são realizadas a assistência de enfermagem a criança.
METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa do tipo revisão sistemática, com caráter
descritivo, acerca da assistência de enfermagem na realizada durante a internação
pediátrica. O estudo foi desenvolvido a partir de pesquisas nas bases de dados da
Lilacs, BDENF e MedLine, bem como na biblioteca Scielo. Utilizou-se como critérios
de inclusão o cruzamento dos descritores: Enfermagem pediátrica, Assistência, e
Humanização; que estivessem disponíveis em sua íntegra, com data de publicação
nos últimos cinco anos e em português. A pesquisa foi realizada no período de julho
a agosto de 2017. Assim, foram encontrados 163 artigos, dos quais após a primeira
avaliação foram selecionados 145 artigos, contudo após a segunda avaliação com
verificação dos critérios de inclusão e das datas de publicação apenas 25
obedeciam aos critérios. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Percebeu-se que nas
internações pediátricas as informações devem ser detalhadas e voltadas para o
esclarecimento das dúvidas das crianças, assim o enfermeiro deve sempre fornecer
e buscar o melhor cuidado na assistência ao pueril. Com a presença do familiar a
criança se sente mais segura, assim, a equipe de enfermagem deve integrar sua
assistência e seu olhar para envolver não só a criança, mas também os familiares.
Dessa forma, promoverá segurança dos envolvidos e o desenvolvendo de uma visão

ISBN 978-85-65221-23-8
positiva no processo do cuidar, minimizando o estresse e a ansiedade advinda do
quadro de internação (LOPES, 2012). Durante a assistência pediátrica o enfermeiro
deve assumir uma posição de seriedade, transmitindo confiabilidade à criança e a
seus familiares, promovendo uma aproximação entre o infante e o profissional, fator
este capaz de amenizar a hostilidade do ambiente, promovendo subsídios para o
fortalecimento de um local mais tranquilo, no qual a criança sinta-se mais confiante
no seu tratamento (ROSSI, RODRIGUES, 2010). É necessário que os profissionais
sejam capazes de identificar as necessidades dos pais, favorecendo a elaboração e
o direcionamento de ações no sentido de satisfazê-las, pensando que o cuidado
centrado na família passou a ser um ponto chave para a assistência em todas as
suas nuances. A comunicação torna-se uma ferramenta necessária para a interação,
entre a tríade criança-família-equipe, para viabilizar a transmissão de informações
claras e fidedignas. Contudo, essa comunicação precisará de tempo, disponibilidade
para escutar as queixas dos pais e elucidá-las, importando-se e se compadecendo
de seus sentimentos e anseios (ANDRADE et al., 2015). CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Faz-se necessária a inserção da família no cuidar, esclarecendo as dúvidas,
viabilizando uma compreensão clara acerca dos procedimentos realizados na
criança. Pode-se utilizar outras redes de apoio para assistir de forma humanizada,
como psicólogos e terapeutas, o que ajudará a construir uma interação entre a
equipe de saúde e a família da criança dentro da unidade pediátrica. O enfermeiro
deverá ter um posicionamento humanístico, aliando seu conhecimento a
compreensão de que a criança possui limitações de compreensão, diante do nível
de desenvolvimento, o que favorecerá uma qualidade no cuidar.

Palavras-chave: Enfermagem Pediátrica. Assistência. Humanização.

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, D. B. et al. A família no cenário hospitalar pediátrico a partir da


década de 1990: uma revisão integrativa. Cogitare Enferm., v.18, n.4, p. 789-95,
2013.

ISBN 978-85-65221-23-8
ANDRADE, R, C. et al. Necessidades dos Pais de Crianças Hospitalizadas:
Evidências para o Cuidado: Artigo de Revisão. Rev. Eletr. Enf. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.5216/ree.v17i2.30041>; abr./jun. 17(2):379-94, 2015.

COELHO, L.P; RODRIGUES. B.M.R.D; O Cuidado da Criança na Perspectiva da


Bioética. Rev. Enferm; UERJ. 17:188-93; 2009.

LAPA, D. F.; SOUZA, T. V.A Percepção do Escolar Sobre a Hospitalização:


Contribuições Para o Cuidado de Enfermagem; 45(4):811-7; Rev. Esc. Enferm.
USP, 2011.

LOPES, N. M. Q. Parceria nos cuidados à criança nos serviços de pediatria:


perspectiva dos enfermeiros. Dissertação (Mestrado em Enfermagem de Saúde
Infantil e Pediatria) - Escola Superior de Enfermagem do Porto, Portugal, 2012.

MASCARENHAS. N. B; ROSA. D.O.S; Bioética e Formação do Enfermeiro: Uma


Interface Necessária. Rev. Enfer. 19:366-71; 2010.

ROSSI, C. S.; RODRIGUES, B. M. R. D. Típico da ação do profissional de


enfermagem quanto ao cuidado familial da criança hospitalizada. Acta Paul
Enferm., v.23, n.5,p. 640-5, 2010.

SILVA, M.V, FIGUEIREDO. L.F; Desafios Históricos da Enfermagem a Luz do


Pensamento Bioético. Rev. Bras. Enfer. 15:841-3; 2010.

TEIXEIRA, M. Á. P; COUTINHO, M. C; SOUZA, A. L. T. D; SILVA, R. M;Enfermagem


Pediátrica e o Relacionamento Com Familiares Rev.Saúde e Pesquisa, v. 10, n. 1,
p. 119-125, jan./abr. maringá (pr), 2017.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
A EFICACIA DO ESTIGMA DE ZEA MAYS, E SUAS PROPRIEDADES
MEDICINAIS COMO PRATICA INTEGRATIVA NO COMBATE A
BACTERIAS MULTIRESISTENTES

Ana Beatriz Linard de Carvalho (Relatora, UNILEÃO)


Jéssica Paloma Batista da Costa (Autora, UNILEÃO)
Paula Letícia Wendy de Souza Nunes (Autora, UNILEÃO)
Valéria Maria da Silva Lima (Autora, UNILEÃO)
José Junior dos Santos Aguiar (Orientador, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Diversas práticas e métodos de atenção em saúde passaram a ser


investigados e validados por organismos governamentais, como as práticas
integrativas que passam a apresentar a sociedade diversas formas de tratamentos
(SANTOS; GUIMARAES; NOBRE; PORTELA, 2011). O campo das práticas
integrativas vem crescendo em um grande percentual, trazendo grandes benefícios
a população contemplando com a melhoria na qualidade de vida, um grande contato
e aproximação com o paciente e a cultura local (ANDRADE; COSTA, 2010). As
relações das práticas integrativas com métodos científicos revelam que o uso destas
pode apresentar um potencial minimizador de agressão química ao usuário. A
utilização de plantas medicinais é uma dessas práticas, tanto cultural quanto
científica, representa uma das principais fontes de aplicação a saúde, com
finalidades profiláticas, curativas e paliativas. Comprovando que o uso de plantas
medicinais representa um recurso muito importante para nossa saúde (PESTANA;
FERRÂO; PENA, 2014). O uso do estigma de Zea Mays popularmente conhecido
como “cabelo de milho” é uma dessas plantas com propriedades medicinais. O
estigma destaca-se por ser muito utilizado na medicina popular para tratar doenças
principalmente de trato geniturinário (PINHEIRO et al., 2011) rico em metabólitos
químicos secundários com alta propriedades antibacteriana(PINHEIRO et al., 2011;
QUEIROGA, 2015), sendo eficazes tanto contra bactérias Gram positivas e Gram
negativas, como Staphylococcus aureus, Esherichia coli e Pseudomona aeruginosas
(MURRAY; ROSENTHAL; KOBAYASHI , 2004). OBJETIVO: o presente trabalho
teve como objetivo avaliar a eficácia do estigma de Zea Mays, suas propriedades
medicinais como prática integrativa no combate a bactérias multirresistentes e
determinar seu potencial modulador a antibióticos da classe de aminoglicosídeos.
MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo de cunho experimental de
caráter quantitativo. Para isso foi usado cepas bacterianas de linhagens como:
E.coli, P. Aeruginosa e S. aureus. Todas linhagens diferenciadas em comum e
multirresistente foram mantidas em slants com Heart Infusion Agar (HIA,
DifcoLaboratories LTDA). Antes do ensaio, as linhagens foram cultivadas por 24h a
37°C em, Brain Heart Infusion (BHI), Difco Laboratories LTDA. O material botânico
obtido, estigma do milho Zea mays, foi coletado seguindo a etnofarmacológica local
na sua forma fresca, por volta das 08:00 h, em uma plantação de milharal localizada
no município do Crato - Ceará, Brasil. Para obtenção do extrato, os estigmas de
Zea mays foram coletados pesados, triturados para aumentar a superfície de
contato, acondicionados em recipiente de vidro contendo solvente Hexânico
CH3(CH₂)₄CH₃ até a submersão de todo o estigma, por 72 horas. Após esse período
o preparo foi submetido a um aparelho de rota-evaporação afim de obter o extrato
do estigma, o mesmo ainda passou por um processo de banho-maria afim de retirar
qualquer resíduo do solvente orgânico, restando apenas o extrato bruto. O extrato foi
preparado para uma concentração representativa de 10mg/mL, em DMSO
(dimetilsulfóxido), em seguida diluído com água destilada para uma concentração de
1024µg/Ml (COUTINHO et al, 2008). A CIM (concentração inibitória mínima) do
estigma de milho Zea mays foi determinada em ensaio de microdiluição em caldo
(NCCLS 2003) utilizando-se um inóculo de 100 μL de cada linhagem, suspensas em
caldo BHI numa concentração 10 UFC/mL dosada pela escala de McFarland em
placas de microtitulação com 96 poços, com diluições em série ½. Em cada poço foi
adicionado 100μL das soluções das amostras. As concentrações finais variaram
entre 512 - 8 μg/mL. Para os controles foram utilizados os antibióticos

ISBN 978-85-65221-23-8
padrões amicacina e gentamicina cujas concentrações finais variaram entre 2500
μg/mL – 2,4 μg/mL. As placas foram incubadas a 35ºC por 24 horas e após esse
período a leitura foi evidenciada pelo uso de resazurina (SALVAT; ANTONNACCI;
FORTUNATO, 2001). As CIMs foram registradas como as menores concentrações
para a inibição do crescimento. Para a determinação da atividade moduladora a
aminoglicosídeos utilizou-se o método proposto por Coutinho (2008), onde as
soluções do extrato hexânico do estigma de Zea mays foi testada em concentrações
sub-inibitórias (MIC/8). Foram distribuídos 100μL de solução contendo BHI 10%,
inóculo e amostra em cada poço no sentido alfabético da placa. Em seguida, 100μL
da droga foi misturado ao primeiro poço, procedendo a microdiluição em série, numa
proporção de 1:1 até a penúltima cavidade. As concentrações de aminoglicosídeos
variavam gradualmente de 5000 a 2,44μg/mL. As placas foram incubadas a 35ºC por
24 horas e após esse período a leitura foi evidenciada pelo uso de resazurina.. Os
resultados dos testes foram obtidos em triplicata e expressos como média
geométrica. Para análise estatística foi aplicada a ANOVA seguida do Bonferroni
posttests. Utilizando o software GraphPad Prisma 6.0,Considerando significância
com p< 0,05. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O estigma de zea mays rendeu 3,5 %
de extrato, este apresentou os seguintes metabólitos secundários Taninos, Flavonas
Flavonóis e Xantonas, evidenciados pela metodologia proposta por MATOS (1997).
Esses resultados corroboram com os estudos de ARORA et al., (2015) nestes os
autores ainda evidenciaram a presença de saponinas, cálcio, sódio, magnésio e
proteínas. A CIM (concentração inibitória mínima) do estigma de milho Zea mays.
apresentam com valores ≥512 μg/mL, dessa forma as CIMs foram registradas como
as menores concentrações para a inibição do crescimento. A ação moduladora do
extrato Hexânico do Zea mays sobre os antibióticos da classe dos aminoglicosídeos
amicacina e gentamicina demonstram que o extrato apresentou sinergismo frente as
linhagens Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa com significância
p<0.001. No entanto quando o extrato foi modulado com gentamicina para
Escherichia coli percebeu-se efeito sinérgico estatisticamente insignificante p<0.05
enquanto que a modulação da Amicacina frente à mesma Escherichia coli
apresentou efeito antagônico. A atividade sinérgica observada no presente estudo
pode ser explicada pela presença dos constituintes do extrato, como taninos que

ISBN 978-85-65221-23-8
segundo Monteiro; Albuquerque; Araújo, (2005) ao precipitar as proteínas conferem
um efeito antimicrobiano principalmente no combate ao Staphylococcus aureus,
Streptococcus pneumoneae, e Shigella dysenteriae e antifúngico. De acordo com
Higino; Perreira; Azevedo et al. (2015), os taninos além de apresentar atividade anti-
inflamatória, apresenta excelente atividade antimicrobiana sobre diversos
microrganismos inibindo seu crescimento, o que justifica o efeito sinérgico no
presente estudo. A possível ação antagônica observada no (Extrato Hexânico do
Estigma de Zea Mays pode ser entendida devido à propriedade quelante dos
metabólitos secundários como taninos, encontrado no extrato do presente estudo,
essa propriedade é capaz de promover quelação mútua. Este efeito, possivelmente
explica a redução da atividade dos antibióticos na presença do extrato Hexanico do
Zea Mays (BEHLING et al. 2004 ). No entanto os estudos de LOGUERCIO et al.
(2005) discorda dos BEHLING et al (2004) que descreve compostos fitoquímicos
como taninos com significativa ação antibacteriana. CONCLUSÃO: Com estes
resultados conclui-se que o extrato Hexanico de Zea mays apresentou
concentração inibitória mínima (CIM) ≥512 em todos os testes. Todos os resultados
modulados do extrato Hexanico de Zea mays apresentaram efeitos sinérgicos
significativos, exceto frente a Escherichia coli quando modulado a gentamicina que
apresentou efeito antagônico. Contudo, outros estudos devem ser realizados na
tentativa de isolar os compostos, testar suas frações na busca de criar novas
alternativas terapêuticas para o tratamento de patologias causadas por
microrganismos multirresistentes, fazendo desta prática integrativa que usa plantas
medicinais, mola propulsora para a propagação do conhecimento.

Palavras-chave: Zea Mays. Plantas medicinais. Modulação.

REFERÊNCIAS

ARORA, P.; KAUR, D.; KAUR, D.; KAUR, N.; CHOPRA, A. corn silk: a review on
botanical and pharmacological considerations. European Journal of Biomedical
and Pharmaceutical Sciences, v.2, n. 5, p. 554-572, Sept. 2015.

ISBN 978-85-65221-23-8
BEHLING, E.B., SENDÃO, M.C., FRANCESCATO, H.D.C., Antunes, L.M.G., Bianchi,
M.L.P. Flavonoid quercetin: general aspects and biological actions. Alimentary
Nutrition v.15: p.285-292, 2004.

COUTINHO, H. D.M et al. In vitro anti-staphylococcal activity of Hyptis martiusii


Benth against methicillin-resistant Staphylococcus aureus: MRSA strains. Revista
Brasileira de Farmacognosia, v. 18, p. 670-675, 2008.

HIGINO 2015 et al - Severino Silvano dos Santos Higino1 - Avaliação da atividade


antimicrobiana de taninos isolados da jurema vermelha (Mimosa arenosa (Willd Poir)
sobre Staphylococcus aureus de origem bovina .

LOGUERCIO, A.P. Atividade antibacteriana de extrato hidro-alcoólico de folhas de


jambolão (Syzygium cumini (L.) Skells). Ciência Rural, Santa Maria, v.35, n.2, p
366-370, 2005.

MATOS, FJ de A. Introdução à fitoquímica experimental. edições UFC,1997.

MONTEIRO, J. M. et al. Taninos: uma abordagem da química à ecologia.


Química Nova, v. 28, n. 5, p. 892, 2005.

MURRAY , P. R.; ROSENTHAL, K. S.; KOBAYASHI , G. S. MICROBIOLOGIA


MÉDICA. 4ª Ed. ed. GUANABARA: KOOGAN, 2004.

PESTANA;FERRÂO;PENA, 2014 ,Carlos Luiz da Silva Pestana Vinícius Giori Ferrão2


Priscila Teixeira Pena -PROGRAMA NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS E
FITOTERAPIA: Conhecer/fazer de Agentes Comunitários de Saúde, Dentistas,
Enfermeiros e Médicos de Unidade Básica de Saúde da Família.

PINHEIRO, A.C.S.; PAIS, A.A.; TARDIVO, A.C.B.; ALVES, M.J.Q.F. Efeito do extrato
aquoso de cabelo de milho (Zea mays L.) sobre a excreção renal de água e eletrólitos
e pressão arterial em ratos Wistar anestesiados. Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.13,
n.4, p.375-381, 2011.

SALVAT, A. et al. Screening of some plants from Northern Argentina for their
antimicrobial activity. Letters in Applied Microbiology, v. 32, n. 5, p. 293-297,
2001

SANTOS; GUIMARAES; NOBRE; PORTELA, 2011).SANTOS, R.L.*;


GUIMARAES, G.P.; NOBRE, M.S.C.; PORTELA, A.S . Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu,
v.13, n.4, p.486-491, 2011.

SILVEIRA, G. P. et al. Estratégias utilizadas no combate a resistência


bacteriana. Química Nova, v. 29, n. 4, p. 844, 2006

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL E O COMBATE A
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
Carla Jacilene Lemos Oliveira (Relatora, UNILEÃO)
Damiana Geanice Gregório Ribeiro (Autora, UNILEÃO)
Verinha Alderina Leite (Autora, UNILEÃO)
Fredielma Alexsandra Santos de Souza (Autora, UNILEÃO)
Cícera Moreira Leite (Autora, UNILEÃO)
Maria Jeanne de Alencar Tavares (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Historicamente as gestantes eram assistidas durante o trabalho de


parto pelas parteiras ou aparadeiras, no conforto de seus lares e sobre os olhos dos
seus familiares. Estas mulheres eram de extrema confiança das gestantes, e
também faziam orientações acerca dos cuidados com o recém-nascido e o pós-
parto, por possuírem um alto conhecimento e experiência (MONTE E RODRIGUES,
2013). No século XX, após a segunda guerra mundial, devido as altas taxas de
mortalidade materna e infantil, surgiram debates sobre a necessidade da
institucionalização do parto, passando do domicílio para o hospital, como
consequência surge a medicalização. Com estas transformações, a família deixa de
participar do processo de nascimento, pois os hospitais não tinham estrutura física
para atenderem as gestantes e seus familiares. Assim, as gestantes passaram a
dividir salas de pré-parto sem privacidade e sem acompanhantes (SILVANI, 2010). O
parto é uma oportunidade de vivenciar o milagre, sendo um momento marcante de
intensa felicidade levando em consideração diversos fatores que rodeiam esse

ISBN 978-85-65221-23-8
momento como as crenças, valores e principalmente os benefícios para a parturiente
e o recém-nascido (RN). Para que ocorra um parto humanizado, é preciso que haja
todo um envolvimento da equipe e comprometimento com a gestante e a criança.
Porém, muitas vezes ao invés de humanizar o parto, acontecem eventos violentos
configurados como violência obstétrica, classificada como um conjunto de condutas
condenáveis por parte dos profissionais responsáveis pelo bem-estar da gestante,
bebê e sua família durante o pré-natal, parto, pós-parto ou abortamento, podendo
ser verbal, física, psicológica e sexual (PERNAMBUCO, 2015). Diante do exposto,
evidenciou-se as necessidades de várias mudanças na qualidade da assistência do
parto, desde o pré-natal até o puerpério. Sendo assim nota-se a relevância desta
pesquisa, para os profissionais da saúde desenvolverem um conjunto de melhorias
na qualidade da assistência ao parto buscando a minimização dos eventos de
violência obstétrica. O interesse por esse tema, se deu no percurso da vida
acadêmica da pesquisadora e em estágios na maternidade onde foi evidenciado a
falta de humanização e a observação de práticas de violência obstétrica, durante o
pré-parto e o parto com as gestantes. A abordagem do tema se faz importante, pela
necessidade de promover partos seguros e humanizado, com o mínimo de
intercorrências. Este estudo poderá contribuir para despertar nos profissionais da
Enfermagem uma reflexão acerca da maneira como se comportarem diante das
parturientes, contribuirá também para toda a sociedade em geral, especialmente as
mulheres que não conhecem seus direitos, podendo desenvolver uma nova visão
sobre o parto e seus direitos. OBJETIVOS: Descrever a importância da
humanização do parto na visão dos profissionais de Enfermagem; Identificar o
conceito de violência obstétrica pelos profissionais de Enfermagem; Indagar com os
profissionais de Enfermagem, de que forma podem melhorar a humanização do
parto. METODOLOGIA: Este estudo foi realizado através de uma pesquisa do tipo
exploratória e descritiva com abordagem qualitativa. O local proposto pela
pesquisadora para a concretização deste estudo foi o hospital de referência
materno-infantil localizado em um município no interior do estado do Ceará. A coleta
de dados foi realizada nos meses de Agosto e Setembro de 2016, logo após a
autorização do termo de anuência da administração do hospital em estudo. A
população foi composta por todos os profissionais de Enfermagem que atuam na

ISBN 978-85-65221-23-8
sala de parto e que aceitaram participar da pesquisa, sendo 4 Enfermeiras e 9
Técnicas de Enfermagem. Dentre os critérios de inclusão foram: Profissionais de
Enfermagem que trabalham na sala de parto há mais de 2 anos, que concordaram
em participar do estudo voluntariamente. Como forma de garantir o anonimato dos
participantes, as mesmas foram identificadas com codinomes de pedras preciosas,
escolhidas aleatoriamente. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário,
onde foram combinadas perguntas abertas e fechadas e foram entregues as
participantes do estudo e oferecido um prazo de três dias para responderem e
devolverem. Os dados coletados foram organizados e discutidos através da análise
de conteúdo e formação de categorias temáticas. Esta pesquisa obedeceu a todas
as recomendações formais advindas da resolução Nº 466/2012 do Ministério da
Saúde. Incorporando assim sob a ótica do indivíduo e das coletividades, referenciais
da bioética como: autonomia, justiça, equidade, na avaliação da relação risco-
benefício entram em jogo tanto os princípios da não maleficência como o da
beneficência; entre outros. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Através deste estudo
foi possível desenvolver uma organização sistemática de uma pesquisa exploratória,
descritiva com abordagem qualitativa e conforme a proposta metodológica de
organização em categorias temáticas foi possível, após transcrição dos dados
obtidos, realizar a caracterização da amostra das participantes do estudo e elaborar
as seguintes categorias: Caracterização da Amostra; Nível de conhecimento das
participantes sobre humanização no parto; Conceito de violência obstétrica na visão
das participantes; Ações consideradas violência obstétrica; Atuação da Enfermagem
para proporcionar a humanização do parto. Como participantes do estudo, foram
identificadas somente do sexo feminino, sendo 4 Enfermeiras Especialistas em
Obstetrícia e 13 Técnicas de Enfermagem, todas atuantes na sala de parto.
Observou-se ainda que as idades variaram entre 27 e 75 anos o que demonstrou
uma amostra diversificada no quesito idade. A humanização da assistência ao parto,
está nas mãos dos profissionais da saúde, que com sua atuação responsável
dedicam-se a respeitar os aspectos fisiológicos do momento em que a gestante se
encontra em trabalho de parto, compreendendo que o parir é fisiológico, que não é
necessário intervenção violenta ou desnecessária, sobretudo, que esses
profissionais tenha sensibilidade para entender os aspectos socioculturais do parto e

ISBN 978-85-65221-23-8
do nascimento e da magnitude que tudo isso representa (TEIXEIRA; BASTOS,
2009). Em relação à humanização no parto, questionou-se com as participantes
sobre a concepção das mesmas, percebeu-se no estudo que as participantes
conhecem profundamente acerca da humanização no parto. Na de violência
obstétrica, foram expostas as falas das participantes, sobre o seu conhecimento em
relação à violência obstétrica. O termo violência obstétrica vem sendo amplamente
debatido nas esferas da saúde, essa expressão é utilizada para demonstrar as
formas de atendimentos violentos prestados por profissionais a gestantes seja em
trabalho de parto mais especificamente ou em qualquer momento da gestação
(TESSER et al., 2014). Os tipos e formas de violência obstétrica são variadas, que
podem ocorrer durante o cuidado obstétrico profissional, podendo ser físicas,
verbais, psicológicas, ou até mesmo a falta de acesso ao serviço, à omissão de
atendimento, a falta de medicamentos, a má prestação de um serviço, também se
configura violência e agressão a saúde das pessoas (BOTTI, 2013). Por isso,
questionou-se com as participantes da pesquisa se as mesmas conheciam os tipos
de violência obstétrica ou ações que as mesmas consideravam como forma de
assistência violenta. Pode-se concluir que todas são conhecedoras das práticas
consideradas violentas e que, sobretudo, toda e qualquer ação a ser realizada com a
gestante precisa ser informada e só deve ser realizada após obter seu
consentimento, evitando assim intervenções desnecessárias que são as principais
causas de infecções, complicações e traumas que podem tragicamente causar até a
morte materna, como demonstra (REZENDE, 2014). Diante da importância das
ações da Enfermagem, questionou-se com as participantes do estudo, de que forma
é possível melhorar a assistência e humanização no parto. Percebe-se que as
participantes do estudo defendem uma assistência humanizada, voltada para o bem
estar da mulher e da criança, respeitando a integridade emocional e corporal da
mulher. Identificando ainda as tentativas de transformação do modelo de assistência
ao parto voltando para um plano de cuidados, com novas práticas obstétricas como
medidas alternativas de alivio da dor e uso mínimo de intervenções no trabalho de
parto, transformando a assistência em um momento impar e humanizado a
parturiente (PROGIANTI; PORFIRIO, 2012). Foi visível a preocupação das
participantes em reconhecer a relevância da prestação de uma assistência

ISBN 978-85-65221-23-8
adequada e de qualidade, buscando promover ações que acolham a mulher, a fim
de proporcionar o máximo de segurança, amenizando os fatores estressores e como
a dor e outros fatores. COSIDERAÇOES FINAIS: Foi possível compreender no
decorrer desse estudo, que o assunto humanização tem ganhado muitos destaques
no cenário da saúde, especialmente na assistência à gestante e na humanização do
parto, na tentativa de descontruir o modelo mecanizado e medicalizado da
assistência ao parto, utilizado há alguns anos atrás. A humanização vem de
encontro aos aspectos e princípios do SUS, focando ainda no respeito à autonomia
da mulher, oferecendo uma assistência com dignidade, ética de modo acolhedor,
tornando o momento do parto e pós-parto algo inesquecível e que proporciona a
mulher apenas lembranças positivas, combatendo a violência obstétrica e o
atendimento de má qualidade. Conforme demonstrado no decorrer dessa pesquisa,
a violência obstétrica também vem sendo amplamente debatida, considerando um
assunto extremamente relevante, que precisa ser mais demonstrado nas esferas da
saúde, esclarecido, demonstrando os atos considerados violentos, muitas vezes a
assistência é prestada de forma violenta implicitamente, e por isso é necessário que
seja mais abordada nos serviços de saúde e, sobretudo, combatida. Desta forma
entende-se, que os objetivos propostos na pesquisa foram amplamente atendidos,
demonstrando que as participantes do estudo apresentaram amplo conhecimento
sobre a humanização no parto, demonstrando e descrevendo a importância e
necessidade do parto humanizado nas maternidades e de que forma podem
proporcionar uma assistência mais humanizada. Foi possível identificar ainda o
conceito de violência obstétrica pelas profissionais participantes da pesquisa, bem
como as ações que caracterizam a violência. Diante do exposto, conclui-se que esta
pesquisa foi extremamente relevante, deixando claro que as profissionais de
Enfermagem são conhecedoras do significado de violência obstétrica e que estão na
luta pela continuação da humanização do parto e da saúde da mulher, nas
maternidades públicas, através de boas práticas obstétricas, fortalecendo cada mais
a política de humanização.

Palavras-chave: Humanização. Assistência. Parto. Violência Obstétrica.

REFERÊNCIAS

ISBN 978-85-65221-23-8
BOTTI, M. L. Violência institucional e a assistência ás mulheres no parto. Anais do
Colóquio Nacional de Estudos de Gênero e História – LHAG/UNICENTRO. p. 649,
2013. Disponível em: <http://www.sites.unicentro.br/wp/lhag/files/2013/10/Maria-
Luciana-Botti.pdf>. Acesso em: 27 out. 2016
BRASIL, M. S. Humanização do parto e do nascimento. Brasília – DF, Caderno
HumanizaSUS, 2014.

MONTE, A. S.; RODRIGUES, D. P. Percepção dos profissionais de saúde e


mulheres sobre a assistência humanizada no ciclo gravídico-puerperal. Revista
baiana de Enfermagem, Salvador,v.27,n.3,p.265-276,set./dez.2013.
PERNAMBUCO, Ministério Público. Humanização do parto. Nasce o respeito
informações práticas sobre seus direitos. Recife – PE, 2015.

PROGIANTI, J. M.; PORFÍRIO, A. B. Participação das Enfermeiras no Processo de


Implantação de Práticas Obstétricas Humanizadas na Maternidade Alexander
Fleming (1998-2004). Esc. Anna Nery. V. 16, n. 3, p. 443-450, 2012. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-81452012000300003&script.pdf>. Acesso
em: 1 nov. 2016.
REZENDE, F. N. D. V. Violência Obstétrica: uma ofensa a direitos humanos ainda
não reconhecida legalmente no Brasil. Brasília, 2014. Disponível em:
repositorio.uniceub.br/bitstream/235/5969/1/20812390.pdf Acesso em: 08 de maio
de 2016.
SILVANI, C. M. B. Parto Humanizado: Uma Revisão Bibliográfica. Porto alegre, RS,
2010. Disponível em
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/28095/000767445.pdf Acesso em:
06 de maio de 2016.
TEIXEIRA, K. C.; BASTOS, R. Humanização Do Parto, 2009. Disponível em:
http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/2809_1187.pdf Acesso
em 30 out. 2016.
TESSER, C. D. Violência obstétrica e prevenção quaternária: o que é e o que fazer.
Rev Bras Med Fam Comunidade. Rio de Janeiro, 2014.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA O PORTADOR DE
DIABETES MELLITUS: UMA INTERVENÇÃO EDUCATIVA

Caroline Guedes Oliveira (Relatora, UNILEÃO)


Dannieli de Sousa Silva Rodrigues (Autora, UNILEÃO)
Jeyzianne Franco da Cruz Silva (Autora, UNILEÃO)
Francinubia Nunes Barros(Autora, UNILEÃO)
Monalisa Martins Querino (Autora, UNILEÃO)
Mônica Maria Viana da Silva (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Segundo Carvalho (2012) a Diabetes Mellitus (DM) é uma doença


de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina no corpo ou devido à
incapacidade desta de exercer adequadamente seus efeitos, resultando em
resistência à insulina. Caracteriza-se pela presença de hiperglicemia crônica.
Atualmente no Brasil observa-se aumento na prevalência de DM tipo 2, devido ao
envelhecimento populacional, à crescente prevalência de obesidade, a fatores
relacionados ao estilo de vida, além de modificações no consumo alimentar. Nota-se
baixa frequência de alimentos ricos em fibras, tais como frutas e hortaliças, aumento
da proporção de gorduras saturadas e açúcares da dieta. Sabe-se das dificuldades
encontradas pelos indivíduos para aderir ao tratamento da doença, e da influência
de fatores como baixo nível de escolaridade, crenças, não aceitação da doença,
entre outros, que podem impedir o indivíduo de adotar mudanças necessárias para
cuidar de sua saúde. Há possibilidade de que os níveis de informação recebida pela
população sobre os fatores de risco para desenvolvimento de doenças crônicas não
transmissíveis estejam relacionados a diferenças regionais, socioeconômicas e

ISBN 978-85-65221-23-8
culturais (QUEIROZ, 2010). Mudanças na alimentação em pacientes portadores de
DM 2, tais como consumo de alimentos com baixo índice glicêmico e ricos em fibras
alimentares, induzem menor aumento nos níveis séricos de glicose e insulina no
período pós-prandial, assim, as orientações nutricionais, associadas às mudanças
de estilo de vida, são consideradas essenciais para o controle do DM. Porém, a
adesão às recomendações nutricionais nem sempre é satisfatória, torna-se
necessário conscientizar o paciente sobre a importância da adesão ao tratamento,
que resultará em melhor controle da doença (CARVALHO, 2012). A adoção de
hábitos alimentares adequados é fundamental para o controle do DM e,
consequentemente, para a prevenção das complicações agudas e crônicas da
doença. O carboidrato tem sido apontado como o componente da dieta que tem
maior influência na glicemia. A quantidade de carboidrato ingerida é usualmente o
principal determinante da glicemia pós-prandial, mas o tipo de carboidrato ingerido
também pode afetar essa resposta, os hábitos alimentares estão relacionados à
cultura e diferem entre as populações (QUEIROZ, 2010). Considerando a
importância da alimentação e da adesão à terapia nutricional para a melhoria da
qualidade de vida da população e o sucesso do tratamento do diabetes mellitus,
torna-se importante conscientizar os pacientes sobre a importância de uma
alimentação saudável e a realização do controle glicêmico para a diminuição das
sequelas advindas do não controle da glicemia. OBJETIVOS: Orientar quanto à
prática de uma alimentação saudável para uma melhor qualidade de vida de
pacientes diabéticos. METODOLOGIA: Trata-se de uma intervenção educativa
realizada por acadêmicos do 9º semestre de enfermagem da UNILEÃO-Centro
Universitário Leão Sampaio. A intervenção foi realizada em uma UBS – Unidade
Básica de Saúde, utilizando como metodologia de escolha uma roda de conversa
com exposição dialogada e discussão em grupo abordando o tema sobre “A
importância da alimentação saudável para pacientes diabéticos”. Escolheu-se a UBS
pelo fato de ser campo de estágio supervisionado dos alunos e ter uma população
ampla de pacientes diabéticos. A instituição em questão está localizada no bairro
triângulo, no município de Juazeiro do Norte-CE. A população foi composta por
pacientes atendidos na UBS. A amostra da pesquisa foi definida a partir dos critérios

ISBN 978-85-65221-23-8
de inclusão e exclusão. Os critérios de inclusão foram: ser diabético e fazer parte da
Estratégia de Saúde da Família (ESF). Os critérios de exclusão foram: não atender
os critérios anteriores. Durante toda a pesquisa buscou-se obedecer aos princípios
éticos e legais da pesquisa com seres humanos, pautado na portaria 466 de 12 de
dezembro de 2012. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Juntamente com a preceptora e
a enfermeira da UBS foi solicitado aos Agentes Comunitário de Saúde (ACS) para
que os pacientes diabéticos fossem encaminhados no dia da intervenção para a
unidade de saúde. A intervenção foi programada para que ocorresse no dia da
consulta dos pacientes diabéticos, onde a mesma ocorreria antes da consulta dos
mesmos. A intervenção ocorreu no dia 23/03/2017, às 09:00, dessa forma podemos
dividir a intervenção em dois momentos. No primeiro momento a equipe optou por
iniciar com uma dinâmica a fim de manter um vínculo com o público alvo, dessa
forma foi solicitado para que os pacientes que chegavam fizessem um círculo. A
dinâmica procedeu-se da seguinte forma: em uma caixa de papelão foram colocadas
gravuras de vários tipos de alimentos dos mais variados e de composição diferentes
como: hipercalóricos, hipocalóricos, hipossódicos e hipersódicos, energéticos, ricos
e pobres em fibra, ou seja, alimentos que são utilizados no café da manhã, nos
lanches, no almoço, no jantar e na ceia e em seguida foi pedido para os pacientes
que estavam em círculo se levantassem e colocassem a gravura de um determinado
alimento que eles consumiam em uma cartolina que estava fixada na parede com os
respectivos lugares apropriados de café da manhã, lanche, almoço, lanche da tarde,
jantar e ceia. Essa foi a maneira que a equipe escolheu para analisar quais os
alimentos que esses pacientes consumiam diariamente em suas refeições do dia a
dia, dessa forma, utilizamos uma abordagem que se adequasse aos anseios desse
público, decorrente da escolha dos alimentos que os mesmo não podiam se
alimentar, evitar ou diminuir construímos um diálogo com os mesmo. No decorrer da
dinâmica podemos observar que a maioria dos pacientes fizeram escolhas de muitos
alimentos ricos em carboidratos como: bolos, açúcar, pães, macarrão e dentre
outros riquíssimos em carboidrato. Para Brasil (2011) uma das maiores dificuldades
de para usuários que fazem parte da Estratégia da Saúde, muitas vezes são as
condições socioeconômicas, fatores culturais, que esses usuários não aderem uma

ISBN 978-85-65221-23-8
dieta adequada. No segundo momento foi iniciada uma discussão sobre os tipos de
alimentos mais apropriados para esse grupo. Segundo Figueredo (2016), deve-se
orientar essa população para a uma mudança no estilo de vida dando ênfase na
diminuição da ingesta de carboidratos, lipídios e açucares, por sua vez aumentando
o consumo de fibras, legumes e vegetais. Dessa forma, foram dadas algumas
sugestões para facilitar o entendimento de todos. As orientações foram as seguintes:
Realização de 5 a 6 refeições diárias, evitar passar períodos longos sem se
alimentar; evitar a ingesta de alimentos ricos em açúcar como: biscoitos recheados,
doces, chocolates e outros dando preferências aos diet e sempre ler os rótulos.
Evitar o consumo em excesso de alimentos ricos em carboidratos complexos como:
macarrão, arroz e pães, foi sugerido dar preferência aos integrais ou escolher
apenas um do grupo para comer em uma refeição. Em relação ao consumo de
verduras principalmente as verdes foi sugerido comer em todas as refeições, já em
relação aos legumes como batatas, mandioca, cenoura e outros legumes que
possuem quantidades significativas de carboidratos deve-se comer com moderação.
Alimentos ricos em sal, como por exemplo, embutidos e industrializados devem ser
evitados, assim como também: alimentos ricos em gorduras (frituras, linguiça, banha
de porco entre outros). Em relação as carnes, sugeriu-se que ao invés de frita-las,
fossem cozidas ou assadas. Na ocasião foi abordado sobre a prática de exercício
físico aliada a uma alimentação saudável através das palavras do educador físico da
ESF que também se fizera presente nesta intervenção. Fizeram presentes nesta
ocasião; os alunos do 9°semestre, o preceptor do estágio, a enfermeira da unidade
de saúde, o educador físico e 20 pacientes. Ao final, agradecemos a todos pela
atenção, e deixamos o espaço aberto para perguntas e discussões. CONCLUSÃO:
Diante da intervenção realizada, pudemos verificar que pacientes da referida
unidade de saúde ainda tem uma prática alimentar errônea, na introdução de
alimentos em sua dieta alimentos que elevam os níveis glicêmicos rápido, para tanto
esses pacientes foram orientados quanto a adesão dos alimentos mais indicados
que podem ser instituído na dieta do paciente diabético para melhor controle dos
níveis glicêmicos melhorando assim a qualidade de vida dos mesmos.

ISBN 978-85-65221-23-8
Palavras-chave: Diabetes Mellitus. Alimentação. Intervenção.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, Fernanda Sanches; NETTO, Augusto, Pimazoni; ZACH, Patrícia;


SACHS, Anita; ZANELLA, Maria Teresa. Importância da orientação nutricional e do
teor de fibras da dieta no controle glicêmico de pacientes diabéticos tipo 2 sob
intervenção educacional intensiva. Arq Bras Endocrinol Metab [online]. 2012,
vol.56, n.2, pp.110-119. ISSN 1677-9487. Disponível em
http://dx.doi.org/10.1590/S0004-27302012000200004. Acesso em 20/09/2017

QUEIROZ, Karla Cristina; SILVA, Ivani Novato and ALFENAS, Rita de Cássia
Gonçalves.Associação entre fatores nutricionais e o controle glicêmico de crianças e
adolescentes com diabetes melito tipo 1. Arq Bras Endocrinol Metab [online]. 2010,
vol.54, n.3, pp.319-325. ISSN 1677-9487. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-
27302010000300011. Acesso em 19/09/2017

BRASIL. Ministério da Saúde. Grupo Hospitalar Conceição. Gerências de Saúde


Comunitária. A Organização do cuidado às pessoas com Diabetes Mellitus tipo
II em serviços de atenção primária à saúde. Sandra R.S. Ferreira, Itemar M.
Bianchini, Rui Flores. – Porto Alegre: Hospital Nossa Senhora da conceição. 2011.
156p.

FIGUEREDO, Raphael Coelho. A importância da dieta no controle glicêmico do


diabético na unidade básica de saúde de Axixá – TO, 2016. 14f. Especialização
em Atenção Básica em Saúde. Universidade Federal do Maranhão. São Luís, 2016.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017

Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio


A INFLUÊNCIA DA LER/DORT NA VIDA DO TRABALHADOR
Francinubia Nunes Barros (Relatora, UNILEÃO)
Andressa Gonçalves da Silva (Autora, UNILEÃO)
Dannieli de Sousa Silva Rodrigues (Autora, UNILEÃO)
Jeyzianne Franco da Cruz Silva (Autora, UNILEÃO)
Ricardo da Silva (Autor, UNILEÃO)
Aline Morais Venancio (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Na contemporaneidade, as doenças ocupacionais envolvem muitos


estudos e indagações em torno de questões como prevenção e os riscos associados
à atividade laboral produtiva, devido à prevalência cada vez mais significativa
desses agravos a saúde do trabalhador, dentre elas destacam-se as lesões por
esforço repetitivo (LER), e as doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho
(DORT), as quais são afecções musculoesqueléticas relacionadas ao trabalho
(OLIVEIRA; SOUZA, 2015). Nesse sentido, a (LER/DORT) representa um grande
problema socioeconômico e de saúde pública no Brasil, a pessoa que é acometida
por estas patologias sofre grandes modificações na vida profissional e pessoal. O
estresse psicológico pode influenciar no aparecimento da algia bem como o
aumento de outros sintomas, como: ansiedade, depressão, bem como outros
distúrbios psicológicos pode prejudicar ou não a tensão muscular. (Sociedade
Brasileira de Reumatologia, 2011). A alta prevalência das LER/DORT tem sido
explicada por transformações do trabalho, cuja organização tem se caracterizado
pelo estabelecimento de metas e produtividade, considerando apenas as
necessidades de qualidade dos produtos e serviços aumento da competitividade de

ISBN 978-85-65221-23-8
mercado, sem levar em conta os trabalhadores, os limites físicos e psicossociais
(BRASIL, 2012). No entanto o direito a saúde do trabalhador no âmbito da
promoção, prevenção, recuperação e reabilitação sob as doenças ocupacionais são
garantidos pela Constituição Federal, e pela Lei Orgânica da Saúde. Entre as
diretrizes que regem esta política, estão: Atenção Integral a Saúde do Trabalhador,
Articulação Intra e Intersetoriais, Estruturação de Rede de Informações em Saúde do
Trabalhador e Participação da Comunidade na Gestão das Ações de Saúde
(BRASIL, 2012). A justificativa desta pesquisa apresenta-se devido à necessidade
de se fomentar a sensibilização dos graduandos quanto à reflexão crítica sobre
patologias contemporâneas que exigem o entendimento acerca das relações
interpessoais e o processo de trabalho. Nesse ínterim, busca-se a construção do
conhecimento científico que contribua no desenvolvimento de habilidades e
competências que torne o indivíduo agente da transformação social tanto no próprio
local de trabalho como na comunidade. OBJETIVOS: Aprofundar o conhecimento
sobre as LER/DORT através da literatura, enfatizando a influência na saúde do
trabalhador. MATERIAIS E MÉTODOS A pesquisa foi do tipo exploratória, descritiva
de caráter bibliográfico com abordagem qualitativa. De acordo com Marconi e
Lakatos (2010), a pesquisa bibliográfica é uma análise que o pesquisador faz
baseado em estudos já realizados anteriormente, como forma de enriquecer seu
estudo através de literaturas já publicadas sobre o assunto. Realizou-se uma
investigação na literatura para identificar os estudos publicados sobre o tema
proposto. Através de consultas nas bases de dados, referentes aos sites
da SciELO, LILACS, BDENF - Enfermagem à procura de artigos publicados nos
últimos 6 anos. Foram encontrados 10 artigos científicos, sendo que foram 07
artigos na SciELO, 02 na BDENF – Enfermagem, 01 na LILACS. Como critérios de
inclusão foram utilizados artigos completos, publicados na íntegra, e
compreendendo os anos entre 2010 à 2016. Os critérios de exclusão utilizados
foram: texto incompleto, e com anos inferiores aos mencionados anteriormente. A
pesquisa foi realizada durante o mês de setembro de 2017. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Sabe-se que, o trabalhador acometido por LER/DORT, deixa ou
diminui a realização de suas atividades de vida diária, ocorrendo assim, uma

ISBN 978-85-65221-23-8
diminuição da produção no seu labor em decorrência do surgimento dos sintomas da
patologia. Dessa maneira, entende-se que as Lesões por Esforço Repetitivo (LER) é
uma doença genética de causa multifatorial que atingem músculos, nervos bem
como tendões, que se instala no organismo humano causando escandescência. Ela
acontece de forma lenta e insidiosa, em decurso disto na maioria das vezes só é
descoberta em estágio avançado, seu surgimento se dar em decorrência das
atividades exercidas pelo homem de maneira continua e repetitivas (RAGADALI et
al, 2015). Ainda segundo o autor supracitado, existem dois tipos comuns de LER, a
distensão muscular no pescoço, ombro e costa, que isto ocorre devido o trabalhador
permanecer por um período longo sentado durante o labor, e o segundo são as
lesões articulares e musculares, que irão surgir devido à desmensurada repetição de
movimentos. Sendo assim, quando o trabalhador é diagnosticado com as afecções
músculos esquelético, isso remete em sua vida diversos prejuízos, principalmente
quando fica limitado a desenvolver as suas atividades de vida diária, como o
trabalho, lazer, a atividade doméstica, esportiva dentre outras (PAULA, 2016). Vale
ressaltar que, o individuo pode ser acometido por LER e não ser DORT, porque esta
última patologia tem o trabalho como uma relação para o surgimento. Nesse sentido,
algia é o sintoma principal da patologia em questão (LER/DORT), contudo esse
agravo apresenta graus de estadiamento os quais são divididos em quatro graus,
sendo que no grau I, o paciente sente dor localizada, sensação de peso, que surgem
eventualmente durante a fase do labor, e o cliente tem um bom prognostico. Já no
grau II, a dor é descontinuada o funcionário consegue trabalhar, mas já nota-se uma
diminuição no seu rendimento laboral, pode sentir dormência e calor, além dos
distúrbios de sensibilidade, e o prognóstico é favorável. No grau III, a situação fica
mais complexa, onde a dor pode surgir mesmo em repouso e suscitar perda da
função da musculatura e parestesia. Edema frequente e recorrente como também a
hipertonia da musculatura, o prognóstico é reservado. E no grau IV, o paciente é
grave o seu prognostico é ruim, porque aqui ele sai ter um aumento da sensibilidade,
há perda da força muscular, motora, bem como dos movimentos, a capacidade do
funcionário de desenvolver sua atividade laboral é anulada e sua vida diária fica
consequentemente prejudicada (PESSOA; CARDIA; SANTOS, 2010). Desse modo,

ISBN 978-85-65221-23-8
os Distúrbios Osteomusculares Relacionados com o Trabalho (DORT) antes
denominado como LER, mas para ficha de notificação utiliza-se a denominação
LER/DORT tipifica por lesões em decorrência da utilização excessiva do sistema
osteomuscular. E assim, o individuo que é acometido por LER/DORT sofre diversos
prejuízos e danos comprometendo a saúde do indivíduo, influenciando diretamente
seu atividade ocupacional (OLIVEIRA e SOUZA,2015). Para que seja realizado um
diagnóstico eficiente das patologias em questão é de suma importância que a equipe
multidisciplinar realize o exame clínico para que possam fechar um diagnóstico
precoce e efetivo (MANGO et al, 2012). Entende-se que essas doenças na
conjuntura atual, atingem diversas classes trabalhistas em decorrência dos
esforções repetitivos que os indivíduos realizam no dia a dia durante o período
laboral (MEDEIROS E SEGATTO, 2012). As mudanças tecnológicas contribuíram
bastante no aparecimento de novos casos de LER/DORT, principalmente com a
criação da máquina de escrever, telégrafo e o computador. Na atualidade, a
preocupação das empresas tem feito com que se torne rotina no trabalho à presença
de profissionais como educadores físicos, médico do trabalho, enfermeiros do
trabalho, entre outros, esses profissionais buscam estratégias que previnam ou
atenuem as manifestações já existentes e promovam o bem estar do trabalhador
(MORAES e BASTOS, 2013). Vale ressaltar que quanto mais fatores estiverem
presentes em uma tarefa desempenhada pelo individuo mais riscos existem de se
desenvolver as doenças e assim, a cada dia fica mais difícil desconsiderar as
dimensões psicossocial e organizacional, pois os problemas de saúde têm ganhado
em complexidade e acabam demandando maiores investimentos no conhecimento
das patologias e prevenção de novos casos (MORAES e BASTOS, 2013).
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Após análise da literatura verificou-se que é unânime
entre os estudos a influência negativa da LER/DORT na saúde do trabalhador
alterando desde aspectos físicos, psicológicos, sociais e comportamentais do
indivíduo refletindo diretamente no seu processo laboral. As Lesões por Esforços
Repetitivos ou Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (LER/DORT)
estão presentes nos ambientes de trabalho como consequência de vários fatores
como: excesso de repetitividade posição inadequada, excesso de carga horária de

ISBN 978-85-65221-23-8
trabalho entre outros. Diante disso, é de suma importância que as empresas tracem
estratégias que minimize tanto o surgimento da LER/DORT, quanto de outras
patologias que o seu funcionário possa estar exposto durante sua atividade de
trabalho. Destaca-se ainda, a assistência de enfermagem aos trabalhadores, na
promoção da saúde do trabalhador, na prevenção de doenças e minimização dos
riscos.

Palavras-chave: Doenças Profissionais. LER-DORT. Saúde do Trabalhador.


Promoção da Saúde

REFERÊNCIAS

BRASIL, “Dor relacionada ao trabalho”. Protocolo de Complexidade Diferenciada.


Ministério da Sa de, Secretaria de vigilância em sa de, Sa de do Trabalhador,
Brasília, 2012.

Sociedade Brasileira de Reumatologia. Comissão de Reumatologia Ocupacional.


LER/DORT Cartilha para pacientes. Ed: Rian Narcizo Mariano. 2011. Pág: 13

RAGADALI, F.A; LEAL,I; ANJOS ,Q.S; LEITE, A. S; DANELUSSI, D. P. Lesões Por


Esforços Repetitivos (Ler): Uma Doença Misteriosa Do Trabalho. REV: saberes,
rolim de moura, VOL. 3, N. 2, jul./dez., P. 76-89, 2015. ISSN: 2358-0909, 2015.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de


metodologia científica. 7º ed.-São Paulo: Atlas, 2010, p. 157-197.

MANGO, M. S. M; CARILHO, M. K; DRABOVSKI, B; JOUCOSKI, E; GARCIA, M.C;


GOMES, A. R. S. Análise dos sintomas osteomusculares de professores do ensino
fundamental em Matinhos (PR).Rev: Fisioter. Mov, v. 25, n. 4, p. 785-794,ISSN
0103-5150, 2012.

MEDEIROS, U. V.; SEGATTO, G. G. Lesões por esforços repetitivos (LER) e


distúrbios osteomusculares (Dort) em dentistas. Revista Brasileira de Odontologia,
v. 69, n. 1, p. 49-54, 2012.

MORAES, P. W. T.; BASTOS, A. V. B. As LER/DORT e os fatores psicossociais.


Arquivos Brasileiros de Psicologia. [online]; Rio de Janeiro, 65 (1):pp 2-20, 2013.

OLIVEIRA, R.A.; SOUZA, S.T.M. Lesões Por Esforços Repetitivos / Distúrbios


Osteomusculares Relacionados À Atividade Bancária. Sistemas & Gestão 10
(2015), pp 124-132. Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) –
Londrina, PR, Brasil.

ISBN 978-85-65221-23-8
PESSOA, J.C. S; CARDIA, M. C. G; SANTOS, M. L. C. Análise das limitações,
estratégias e perspectivas dos trabalhadores com LER/DORT, participantes do
grupo PROFIT-LER: um estudo de caso. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2010,
vol.15, n.3, pp.821-830. ISSN 1413-8123. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-
81232010000300025.

PAULA, E.A. de; BUSCHINELLI, J.T; MAENOC, M; COSTA, R.F. da. Qualidade de
vida de trabalhadores com LER/DORT e lombalgia ocupacional atendidos no Cerest
de Guarulhos, São Paulo, Brazil. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, v. 41,
2016.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
A SISTEMATIZAÇÃO DO BRINCAR COMO TERAPIA ALTERNATIVA PARA A
CRIANÇA HOSPITALIZADA

Alessandra Morais Menezes Silva (Relatora, UNILEÃO)


Állif Ramon Lima Felix da Silva (Autor, UNILEÃO)
Hercules Pereira Coelho (Autor, UNILEÃO)
Maria Daniele Sampaio Mariano (Autora, UNILEÃO)
Luziane Clemente de Meneses (Autora, UNILEÃO)
Woneska Rodrigues Pinheiro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: O ser humano ao longo do seu processo de crescimento e


desenvolvimento vivencia o que se pode denominar de ciclo vital ou fases da vida.
Segundo Wong (2014), o indivíduo pode apresentar seis períodos etários de
desenvolvimento humano, são estes: Período Pré-Natal, que abrange desde a
concepção ao nascimento; Lactância que vai do nascimento aos doze meses de
vida; Primeira Infância, compreendido de um aos seis anos de idade; Infância
Intermediária, que perpassa o período que vai de seis aos doze anos; a Fase da
Adolescência, dos onze aos dezenove anos e a Fase Adulta. Conforme estabelecido
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), considera-se criança, o indivíduo
com idade inferior a doze anos de idade, e adolescentes, entre treze e dezoitos anos
de idade (BRASIL, 1990). De acordo com o último Censo (2010), o Brasil possui
uma população de 201,5 milhões de pessoas, das quais 39.025.835 são crianças de
0 a 12 anos de idade (IBGE 2010). A criança em seu processo de desenvolvimento
vai construindo seu mundo com afeto, proteção, estímulo e com as oportunidades
oferecidas, permanecendo aberta para inúmeras possibilidades de descobertas.
Através do brincar, parte essencial do processo do crescimento e desenvolvimento
infantil, a criança desenvolve a compreensão, ato este necessário para lidar e

ISBN 978-85-65221-23-8
controlar a realidade na qual está inserida, bem como se relacionar com o seu
ambiente social. As brincadeiras ricas em fantasias e imaginação estão presentes
em todas as fases da infância e atuam como fatores estimulantes para a
aprendizagem dos infantes (PAULA et al., 2002). Um evento que pode vir a alterar
esse processo de desenvolvimento é o acometimento da criança por um processo
patológico. Mediante esse quadro, a internação em ambiente hospitalar pode ser
necessário, no intuito de reestabelecer o padrão de saúde da criança. O processo de
hospitalização implica em modificações na rotina cotidiana dos infantes e de seus
familiares, podendo direcioná-la a quadros de transtornos, e alteração de seu
processo particular de ser e viver. Desse modo, a criança pode apresentar
manifestações de insatisfação momentânea, regressões, diminuição no ritmo do
desenvolvimento, desordens do sono e da alimentação, dependência, agressividade,
insegurança, medo e transtorno de comportamento em geral (LIMA et al., 2014).
Comumente quando hospitalizados, os pequenos pacientes, são submetidas a
diversos procedimentos dolorosos, sem compreender ao certo como estes serão
executados, qual a sua finalidade e por qual razão precisa vivenciá-los, fator este
que culmina em diversas alterações no comportamento, no humor, e muitas vezes
na autoimagem da criança (LEMOS et al., 2016). Conquanto, a hospitalização não
impede que o infante desenvolva algumas atividades rotineiras, uma vez que
continua a apresentar as mesmas necessidades emocionais e sociais básicas da
infância. Sendo assim, faz-se necessário que a equipe de saúde, no âmbito
hospitalar, favoreça oportunidades para que a criança possa desenvolver tais
atividades. Portanto, a inserção de estratégias de assistência voltada para criança
mediante a utilização de recursos lúdicos, juntamente com a participação familiar é
de grande importância na hospitalização infantil (MARTINS et al., 2016). Visando
atenuar os medos e anseios advindos desse espaço, e auxiliar o infante no processo
de restabelecimento da saúde, apresenta-se a necessidade de criação de ambientes
recreativos no âmbito hospitalar, que contenha livros, jogos e brinquedos educativos
e seguros, com o intuito de estimular a auto expressão da criança. Em corroboração,
o lúdico pode constituir uma estratégia adequada para o enfrentamento do processo
de hospitalização pela criança (MARTINS et al., 2016). O presente estudo pauta-se

ISBN 978-85-65221-23-8
com significativa relevância frente ao pressuposto de que minimizar ou evitar os
possíveis traumas decorrentes de quadros de internação hospitalar infantil, não pode
se limitar ao leito, sendo necessário que a unidade pediátrica e os profissionais de
saúde forneçam condições que atendam às necessidades humanas básicas do
infante, sejam elas: físicas, emocionais, culturais, sociais, instrucionais e/ou de
desenvolvimento neuropsicomotor (LIMA, JORGE, MOREIRA, 2006). A escolha do
tema abordado deu-se pela observação da dificuldade expressa pelos profissionais
da área pediátrica em aderir a técnicas lúdicas na assistência de saúde, bem como a
inexistência de um manejo adequado na manipulação dos brinquedos ludoterápicos.
Em tempo, o interesse pelo objeto de estudo é advento da observação de
intervenções realizadas pelo projeto de extensão Enfermagem da Alegria “grupo de
humanização hospitalar”, no qual a relatora atua como monitora voluntária. A
referida pesquisa apresenta como contribuição social a difusão dos métodos ludo-
terapêuticos no meio profissional e comunitário, com o intuito de favorecer a inclusão
destas práticas na assistência cotidiana a criança hospitalizada. Bem como expressa
significativo aporte para o meio acadêmico e científico, o qual poderá vir a servir
como fonte de dados para elaboração de novos estudos que abordem a temática
referida nesta pesquisa. OBJETIVO: Compreender os efeitos da utilização dos
métodos ludoterápicos na assistência a criança hospitalizada. METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão sistemática, de caráter exploratório com abordagem
qualitativa, fruto de pesquisas realizadas nas bases de dados da Lilacs e MedLine,
bem como no diretório da revista Scielo e na literatura cinzenta pertinente. Para a
qual, foi elaborada uma estratégia de busca específica, através dos MeSH Term e
dos seguintes descritores: Ludoterapia, Métodos Terapêuticos, Criança, e
Enfermagem. Ao realizar a leitura dos títulos encontrados, foram excluídos os que
não se encaixavam no tema abordado ou tempo pré-estabelecido e textos que não
estavam na integra ou não disponíveis. Os artigos que se encaixavam aos critérios
de inclusão foram: estudos realizados com crianças hospitalizadas e que sofreram
alguma intervenção de ludoterapia; publicados nos últimos cinco anos, de 2013 a
2017, apresentar-se em português e inglês. Foram encontrados um total de 104
artigos, dos quais 12 estavam diretamente relacionado aos objetivos propostos. Aos

ISBN 978-85-65221-23-8
quais após fichados e analisados foram alocados em categorias flutuantes, os quais
serviram de embasamento para construção do respectivo estudo. RESULTADOS E
DISCUSSÕES: A atividade lúdica pode proporcionar a transformação do ambiente
das enfermarias em um local prazeroso, no qual a criança consiga se adaptar mais
facilmente. Ademais, as atividades lúdicas oportunizam à criança momentos de
raciocínio, descobertas, persistência e perseverança, nos quais ela se torna capaz
de se esforçar e ter paciência para não desistir frente aos problemas encontrados.
Portanto o brincar pode ser utilizado para recrear, estimular, socializar e também
para cumprir sua função terapêutica (LIMA et al., 2014). Jonas et al., (2013), afirma
que o cuidar humanizado requer que se compreenda o singular significado da vida,
no que diz respeito a capacidade de perceber e compreender a si mesmo e ao outro.
A humanização exige dos profissionais de saúde, essencialmente, que compartilhem
com o paciente, experiências e vivências que resultem na ampliação do foco de
suas ações, e sugere o autocuidado com a conscientização de atitudes e hábitos
para o bem estar físico, emocional e social. A ludoterapia atua como um recurso,
pelo qual a criança pode se expressar e se comunicar no âmbito hospitalar, essa
ferramenta permite que o cliente exponha seus medos, angústias e dúvidas diante
da hospitalização, podendo até colaborar com os procedimentos aos quais será
submetido (PAIXÃO, DAMASCENO, SILVA, 2016). Comumente o hospital é
vislumbrado pelos infantes como sendo um ambiente do qual advêm métodos
dolorosos, dentre estes: punções venosas, terapias medicamentosas e outros.
Sendo o brincar como método terapêutico, a ludoterapia, é capaz de minimizar os
quadros de angústia, anseios e tristeza do pequeno cliente, possibilitando em tempo
uma melhor interação entre a díade profissional e paciente, de modo a favorecer a
adesão da criança a terapêutica medicamentosa. Tendo em vista a importância da
humanização, vislumbramos a relevância da assistência de enfermagem á criança
hospitalizada, de modo não apenas técnico, relacionada apenas ao conhecimento
perante patologias, mas também aos cuidados como um todo, contemplando o
físico-emocional e a família. Por isso, faz-se necessário a abordagem de recursos
lúdicos na formação acadêmica e profissional, como pré-requisito para a qualidade
da assistência (LEMOS et al., 2010). Essa técnica faz exatamente o uso dessas

ISBN 978-85-65221-23-8
brincadeiras – do lúdico – da utilização de espaços e de comportamento
diferenciados por toda parte do corpo de funcionários: psicólogos; médicos;
enfermeiros; gestores; assistentes sociais, dentre outros, com o intuito de resgatar a
fantasia do paciente, e a partir desta, fornecer subsídios para que haja uma
minimização do sofrimento psíquico e angústias que o processo de internação
acarreta (FERNANDES, 2011). CONSIDERAÇÕES FINAIS: O emprego das
técnicas lúdicas depende da idade e das características individuais de cada criança,
podendo este método apresentar diferentes modos de atuação frente à utilização de
pinturas, brinquedos terapêuticos, músicas, teatro clown e a ludoterapia. Deste
modo, a utilização das práticas metodológicas lúdicas podem atuar como fatores
essenciais na internação e preparação da criança para procedimentos, sejam eles
invasivos ou não, o que direciona a fatores benéficos aos pequenos enfermos.
Diante do exposto observa-se a necessidade de uma maior adesão por parte dos
profissionais de saúde, que atuam em alas hospitalares pediátricas, de se
especializarem frente à utilização de métodos alternativos, que visem fornecer
subsídios para uma melhor aceitação da terapêutica pelo pequeno paciente, e que
em tempo vise a minimização dos possíveis traumas decorrentes do ambiente
hospitalar.

Palavras-chave: Ludoterapia. Métodos Terapêuticos. Criança. Enfermagem.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe Sobre o Estatuto da Criança


e do Adolescente e á outras providências. Acesso em: 07 de Março de 2017.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm

FERNANDES, C. A Ludoterapia Dentro do Contexto Hospitalar. Disponível em:


http://www.webartigos.com/artigos/a-ludoterapia-dentro-do-contexto-
hospitalar/73737/Acesso em; 25 de abril de 2017.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Unidades de Federação.


2010. Disponível em: http://7a12.ibge.gov.br/especiais/criancas-no-censo-2010.
Acesso em: 07 de Março de 2017.

ISBN 978-85-65221-23-8
JONAS, M. F.; COSTA, M. A. D. J.; SOUZA, P. T. L.; PINTO, R. N. M.; MORAIS, G.
S. N.; DUARTE, M. C. S. O Lúdico como Estratégia de Comunicação para a
Promoção do Cuidado Humanizado com a Criança Hospitalizada. Revista
Brasileira de Ciências da Saúde, [s.l.], v. 17, n. 4, p.393-400, 30 dez. 2013.

LEMOS, I. C. S.; OLIVEIRA, J. D.; GOMES, E. B.; SILVA, K. V. L.; SILVA, P. K. S.;
FERNANDES, G. P. Brinquedo Terapêutico no Procedimento de Punção Venosa:
Estratégia para Reduzir Alterações Comportamentais. Rev. Cuidarte, Colômbia, v.
1, n. 7, p.1163-1170, 28 out. 2016.

LIMA, F. E. T.; JORGE, M. S. B.; MOREIRA, T. M. M. Humanização Hospitalar:


Satisfação dos Profissionais de um Hospital Pediátrico. Rev. Bras. Enferm. v. 59, n.
3, p. 291-296. 2006.

LIMA, K. Y. N.; BARROS, A. G.; COSTA, T. D.; SANTOS, V. E. P.; VITOR, A. F.;
LIRA, A. L. B. C. Atividade Lúdica como Ferramenta de Enfermagem as Crianças
Hospitalizadas. Reme: Revista Mineira de Enfermagem, [s.l.], v. 18, n. 3, p.741-
746, 2014.
MARTINS A. K. L.; SILVA, R. G.; FERNANDES, C. N.; SOUZA, A. M. A.; VIEIRA, N.
F. C. Repercussão da Clowterapia no Processo de Hospitalização da Criança. Rev.
Fundam. Care. Online. Jan./mar. 8(1): 3968-3978. 2016.

PAIXÃO, A. B.; DAMASCENO, T. A. S.; SILVA, J. C.; Importância das atividades


lúdicas na terapia oncológica infantil. Rer. Cuidarte enfermagem. Online. 2016 jul.-
dez.; 10(2):209-216. 2016.

PAULA, C. C.; RAVELLI, A. P. X.; ZINN, L. R.; MOTTA, N. G. C. Cuidado de


Enfermagem na Aventura do Desenvolvimento Infantil: Reflexões Sobre o Lúdico no
Mundo da Criança. Rev. Cogitare Enfermagem. v. 7, n. 2, p. 1-11. 2002.

RIBEIRO, A. B. S.; PINHEIRO, W. R.; ARAUJO, G. A.; AKERMAN, M. A Ludoterapia


e a Criança Hospitalizada: Uma Revisão Sistemática. Cadernos ESP, Ceará 8(1):
67-80, jan./jun. 2010.

WONG, D. L. Fundamentos\ de Enfermagem Pediátrica. Marilyn J. Hockenberry,


David Wilson; tradução Maria Inês Corrêa Nascimento. 9ª. ed. Rio de Janeiro;
Elsevier, 1443 p. 201. 2014.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL E O IMPACTO NA ESTRUTURA FAMILIAR

Nadna Larissa Ferreira Moura (Relatora, UNILEÃO)


Darley Rodrigues da Silva (Autor, UNILEÃO)
Eduarda Brennda Ferreira Gonçalves de Lima (Autora, UNILEÃO)
Rozeneide Carla da Silva (Autora, UNILEÃO)
Tally Iury de Ara jo (Autor, UNILEÃO)
Ana Paula Ribeiro de Castro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: O Acidente Vascular cerebral (AVC) ou Acidente Vascular


Encefálico (AVE)é uma perda considerável que interfere na função do retorno
sanguíneo até o cérebro. É dividido em dois subtipos, existindo assim o acidente
vascular isquêmico e o acidente vascular hemorrágico. No isquêmico acontece uma
obstrução de uma artéria que consequentemente impede do cérebro receber o
sangue necessário para o seu funcionamento, já no hemorrágico acontece o
extravasamento dentro do cérebro ou no espaço meníngeo (BRASIL, 2013).Diante
de toda a problemática e os impasses sofridos após um indivíduo ser acometido por
um AVE a maior desestruturação é no meio familiar, observando-se a sobrecarga, e
a necessidade de divisões das tarefas e responsabilidades e, sobretudo, o impacto
nos aspectos financeiros, pois na maioria das vezes, o indivíduo em questão é o
principal provedor do lar e devido as sequelas significativas são impedidos de
exercer qualquer tipo de atividades (COSTA et al., 2015).O tema é de grande
relevância, pois estudos revelam que os números de óbitos sobre a causa de
acidente vascular cerebral se manterão na mesma posição do topo até 2030 e
atinge 16 milhões de pessoas ao redor do globo a cada ano (BRASIL, 2013).
OBJETIVOS: O estudo teve como objetivo geral analisar as percepções de

ISBN 978-85-65221-23-8
familiares de pacientes que sofreram AVE em relação ao cuidado no âmbito familiar.
Sendo os objetivos específicos: Relatar as dificuldades/facilidades existentes no
cuidado prestado, avaliar o processo de stress dos familiares em questão e verificar
a disponibilidade de tempo do cuidador principal. METODOLOGIA: O estudo se deu
a partir de uma abordagem qualitativa, do tipo descritivo e de caráter exploratório.
Foi desenvolvido nas residências de cuidadores no município de Tarrafas-Ce. Os
participantes foram familiares, que eram cuidadores principais, de pacientes que
sofreram AVE e se internaram no hospital de pequeno porte do município. A partir
dos critérios de inclusão e exclusão foi possível alcançar 30 familiares, sendo
realizadas entrevistas semiestruturadas gravadas após consentimento livre e
esclarecido nas residências. Para facilitar o acesso, a pesquisadora teve a
colaboração dos Agentes Comunitários de Saúde das áreas selecionadas. Os dados
foram analisados pela análise de conteúdo na perspectiva de Minayo (2010), após a
transcrição na íntegra das falas. O estudo seguiu os preceitos éticos e legais da
Resolução 466/2012 (BRASIL, 2012). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após a
transcrição e leitura exaustiva dos depoimentos, foi possível identificar e organizar
três categorias temáticas, sendo essas intituladas: Dificuldades e facilidades no
cuidado a pessoa com AVE; Fatores desencadeantes do stress do cuidador da
pessoa com AVE; e O cuidado e o cuidador: a relação de tempo, disponibilidade e
necessidade de apoio. As dificuldades com a locomoção do paciente se destacaram
em quase todas as falas, expressadas por diversos problemas. As grandes
evidências foi à necessidade da família de locomover o paciente retirando-o da
cama e levá-lo para outros lugares, porém, percebe-se que para isso, muitas vezes,
precisa-se de uma cadeira para facilitar o transporte. Outra dificuldade foi os
transtornos dos familiares, durante o acesso aos serviços de saúde, ou na
transferência para um hospital de referência, muitos retratam haver negligencia, falta
do transporte adequado ou mesmo o motorista responsável, forçando os próprios
familiares de realizarem tal transporte sem os devidos cuidados. Emergiram as
dificuldades na prestação do cuidado diário, sobrecarregando o cuidador familiar
principal em relação à sua vida social. Diante dos relatos, foram evidenciados os
estressores relacionados à situação financeira, nos quais familiares relatam que

ISBN 978-85-65221-23-8
quando não se tem dinheiro para a realização e prestar o cuidado necessário, esses
ficam a mercê e não tem a quem recorrer. Em alguns relatos foi bem notório o stress
por consequências e demandas emocionais dos cuidadores, que relataram se
sentirem sufocados para prestar o cuidado diante da tão crítica situação, pois se
sentem angustiados e não conseguem mais elaborar os seus sentimentos,
expressando assim só dor e sofrimento. Observou-se que muitos cuidadores
expressam um pesar em suas falas, relatando que renunciam suas vidas, abrindo
mão do que lhe faz bem, perdendo fases da juventude, interrupções de ciclos
familiares para se dedicarem ao cuidado domiciliar. Perlini e Faro (2005) colocam
que muitos estudos relatam que os cuidadores vivem suas vidas com falta de tempo,
muitos deles não realizam suas atividades do cotidiano por que não tem tempo
disponível, dedicam suas vidas a uma atividade nobre e exaustiva, priorizar as suas
atividades não é mais uma atividade simples, assim deixam de cuidar de si próprio
em prol de ver o bem está do outro. Já Nascimento et al; (2015) colocam que os
profissionais de saúde têm uma grande parcela de responsabilidade para com esses
cuidadores em relação à sobrecarga, pois esses podem implementar e planejar o
manejo das ações orientando assim os cuidadores quanto a melhor adaptação para
realização das atividades vinculadas aos cuidados prestado e instigar melhor as
divisões de tarefas entre as pessoas do âmbito em que estão inseridos, ressaltando
ainda que esse deveria ser um processo continuo entre profissionais e cuidadores
pois a interação da equipe multiprofissional favorece a troca de saberes para a
realização de uma assistência de qualidade paciente pós Acidente Vascular
Encefálico. Pois como relatam Nascimento et al;(2015) e Costa et al; ( 2015) os
cuidadores, na maioria das vezes, desempenham uma rotina cansativa, devido a
desestruturação que acontece no meio familiar, esses têm a obrigação de trabalhar,
pois se tornam o único provedor do lar, sem ter o tempo disponível para prestar o
cuidado e sem receber nenhum auxilio na execução das tarefas, assim por não
encontrarem resultados satisfatório a longo prazo, além da exaustão física, esses
ainda acabam que enfrentando experiências e sentimentos de frustações, levando a
falta de tempo para os seus afazeres e piora no prognostico do paciente acometido
podendo esse ir a óbito. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As percepções de familiares

ISBN 978-85-65221-23-8
de pacientes que sofreram AVE, em relação ao cuidado no âmbito familiar, foram
evidenciadas com inúmeros impasses, que de forma subjetiva causa um impacto
significativo em todos os aspectos de uma vida relativamente normal. Os diversos
fatores relacionados aos cuidados domiciliares mostraram que cuidar de doentes
com sequelas de AVE em casa não é mais uma tendência ou algo incomum, é uma
realidade atual. Mostrou ainda que o cuidado informal é realizado por membros da
família, pois esses em situações de aspectos financeiros não vêm alternativas para
a tal situação sendo na maioria dos casos, e em situações que envolvem condições
devidamente crônicas dos indivíduos acometidos, que consequentemente
necessitara de cuidados específicos podendo ser a longo, médio e curto prazo, com
uso ou não de aparato tecnológico, com ou sem recursos financeiros. Assim
compreender parte do processo e impacto de cuidar no domicílio possibilitou
identificar algumas das carências e fragilidade encontradas no dia a dia de todos os
familiares que se disponibilizaram participarem do presente estudo.

Palavras-chave: Acidente Vascular Encefálico. Cuidador. Familiar.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Atenção Especializada. Manual de rotinas para atenção a AVC. Brasília: Ministério
da Saúde, 2013. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/pulblicações_rotinas_para_atenção_avc.pdf>
Acesso: 20/08/2016

Resolução 466 de 12 de dezembro de 2012. Disponível em:


<http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf. Acesso em:
22/09/2016.

COSTA, T. F. et al. Sobrecarga dos cuidadores familiares de idosos com acidente


vascular encefálico. Rev. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem. v. 19, n 2, p.
350-355, 2015. Acesso em: 22/09/2016.

MINAYO, M. C., O Desafio do Conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12


ed. São Paulo: Hucitec, 2010.

NASCIMENTO, M. G. G. et al. Autocuidado a Idosos Pós-Acidente Vascular


Encefálico: Vivências do Cuidador e de Acadêmicos. Rev. Rene; v. 16, n. 5, set-out,
p. 682-689, 2015.

ISBN 978-85-65221-23-8
PERLINI, N. M. O. G, FARO, A. C. M; Cuidar de Pessoa Incapacitada por Acidente
Vascular Cerebral no Domicílio: o fazer do cuidador familiar. Rev. EscEnferm USP.
v. 39, n. 2, p. 154-163, 2005.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
AÇÕES EDUCATIVAS PARA PROMOÇÃO DA AUTOEFICÁCIA MATERNA
NA AMAMENTAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Jamilla Nogueira Landim Rufino (Relatora, UNILEÃO)


José Alexandre Albino Pinheiro (Autor, UNILEÃO)
Marceliana Oliveira Felex (Autora, UNILEÃO)
Francisca Maria Pereira Linhares (Autora, UNILEÃO)
Isa Maria de Oliveira Morais(Autora, UNILEÃO)
Aline Morais Venâncio (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO A Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselha que seja


oferecido à criança até o sexto mês de vida apenas o leite materno, e a partir dessa
idade devem-se introduzir alimentos adequados para a criança bem como outros
líquidos de forma complementar ao leite materno até os dois anos de idade.
Segundo a OMS, pode ser classificado em alguns tipos, que são reconhecidos
mundialmente, são eles: aleitamento materno exclusivo, aleitamento materno
predominante, aleitamento materno complementado e aleitamento materno misto ou
parcial. O Aleitamento Materno Exclusivo (AME) pode ser definido como a oferta de
leite materno à criança, seja ofertado diretamente da mama ou ordenhado, ou leite
humano de qualquer outra fonte, sem introdução de outros líquidos ou sólidos,
excetuando gotas ou xaropes que contenham vitaminas, sias de reidratação oral,
medicamentos ou suplementação mineral. A oferta de AME vem aumentando cada
vez mais nas últimas décadas, como mostra um estudo realizado com 34.366
crianças de capitais brasileiras, onde a prevalência do mesmo mostrou uma
elevação da sua mediana de 23,4 dias (em 1999) para 54,1 dias (em 2008). O
enfermeiro se revela um dos principais profissionais da saúde incentivadores quando
se trata do AME, por possuir o conhecimento técnico científico para estabelecer o
padrão da alimentação correta. As intervenções que competem ao enfermeiro
devem destacar o vínculo mãe e filho, benefícios nutricionais, fisiológicos,
emocionais e fortalecimento do sistema imunológico. Ressaltando também o
incentivo do AME para que não ocorra o desmame precoce que possa prejudicar o
lactente Com vista à importância da temática, foi realizada uma atividade de
extensão voltada para o incentivo ao AME com gestantes em acompanhamento pré-
natal em uma Unidade Básica de Saúde do Município de Juazeiro do Norte, interior
do Ceará OBJETIVOS: Descrever a experiência de uma intervenção (gincana)
realizada com gestantes cadastradas na atenção pré-natal de uma Unidade Básica
de Saúde de Juazeiro do Norte, Ceará METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
descritivo, do tipo relato de experiência realizado por acadêmicos de enfermagem de
uma instituição privada, após uma intervenção realizada com gestantes em
acompanhamento pré-natal em uma Unidade Básica de Saúde, de Juazeiro do
Norte, Ceará. A mesma foi realizada no mês de abril, e contou com 2 encontros,
marcados previamente pelos ACS com as gestantes em seu domicílio. No
primeiro e no último encontro realizou-se, respectivamente, um pré- teste e um pós-
teste com informações questões objetivas pertinentes à temática. Em cada encontro
realizou-se uma dinâmica, e as vencedoras da mesma recebiam pontuações
diárias, estabelecidas anteriormente pelos acadêmicos. As pontuações eram
anotadas em painel fixado na sala de reuniões da UBS, com a finalidade de somá-
los no último encontro e premiar a gestante vencedora com um brinde para o recém-
nascido. Foram realizadas as seguintes dinâmicas: “Classifique o leite”, “V” ou “F” e
“dinâmica do repolho” RESULTADOS E DISCUSSÃO: Inicialmente, foram entregues
convites às Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) contendo as informações
referentes ao local, data, hora e o tema que seria abordado nas intervenções.
Posteriormente, os mesmos foram encaminhados às gestantes pelos próprios ACS,
que no ato da entrega incentivaram o comparecimento mostrando a importância da
ação educativa para o enriquecer o conhecimento acerca do Aleitamento Materno
Exclusivo. A primeira ação aconteceu por volta das 8:30 h, do dia 12 de abril de
2017. Ao chegarem, as convidadas foram recepcionadas e encaminhadas ao
auditório da unidade. A atividade iniciou-se com o acolhimento, em seguida a equipe
fora apresentada e explicou para todas como seria realizada tal intervenção. Foi

ISBN 978-85-65221-23-8
entregue um pré-teste a cada gestante para que fosse avaliado o conhecimento
prévio acerca do tema abordado. No pré-teste continham perguntas sobre o
aleitamento materno, na qual elas deveriam marcar as alternativas “SIM” ou “NÃO”.
Após o pré-teste foi feita uma gincana para interação do público alvo com os
acadêmicos, que se dividiu em duas etapas: na primeira, foi a de “V ou F” (A cada
participante foi entregue uma placa contendo as letras V e F, e os acadêmicos
expuseram afirmações, que foram respondidas de acordo com o conhecimento de
cada uma e para cada pergunta respondida corretamente eram somados 6 pontos).
A segunda etapa deu-se pela realização da dinâmica: “Caracterize o leite”, a qual
continham dois cartazes, um com a imagem que representava o leite da mamada
anterior e o outro da posterior. Foi entregue a cada participante características de
cada tipo de leite dispostas em cartões, para que as mesmas fixassem nos cartazes
que achavam ser a característica correta e para cada acerto eram adicionados 5
pontos. Os pontos foram expostos e uma tabela que continha quatro colunas: a
primeira com o nome de cada participante, a segunda para a pontuação da dinâmica
de V ou F, a terceira para a dinâmica caracterize o leite e a quarta para a dinâmica
do repolho que foi realizada no segundo encontro. Os pontos obtidos através das
dinâmicas foram somados e a gestante que teve a maior pontuação foi presenteada
com um pequeno kit com produtos de bebê. Como incentivo, houve a entrega de um
brinde para cada participante, que foram convidadas novamente a comparecer no
próximo encontro. Ao final, foi dada uma oportunidade para que as gestantes
pudessem expor suas dúvidas, curiosidades e experiências vividas. Houve um
pequeno debate entre a equipe e as participantes, encerrando-se assim com
agradecimentos, felicitações e um lanche. O segundo encontro começou
aproximadamente às 8:45h, do dia 26 de abril de 2017 percebeu-se a participação
de novas gestantes e assim totalizaram nessa ação 11 convidadas, dentre elas 2
eram lactantes. Foi explicado novamente como seria desenvolvida a ação e
apresentada uma nova dinâmica: “Dinâmica do repolho”, que consistia em mensurar
o conhecimento das participantes sobre o assunto abordado, com perguntas sobre a
temática, cada uma delas foi colocada em uma folha de papel oficio e embrulhadas
umas às outras, formando uma bola, assemelhada a um repolho. Solicitou-se que

ISBN 978-85-65221-23-8
elas sentassem em círculo e o “repolho” foi entregue a uma das gestantes para que
ela repassasse às demais enquanto tocava uma música. Ao parar súbito da música,
a gestante que estivesse com o repolho na mão, retirava a primeira folha e
respondia à pergunta e assim sucessivamente até que a última folha fosse
respondida. Vale ressaltar que cada folha continha a pontuação referente a
pergunta de acordo com a dificuldade da mesma, conforme as perguntas eram
respondidas pelas gestantes, os acadêmicos retificavam caso as respostas
estivessem inadequadas à pergunta, parabenizavam se estivessem corretas e
explanavam sobre o assunto da pergunta, independente da resposta estar correta
ou não. Após a realização da dinâmica do repolho, as gestantes expuseram suas
dúvidas relacionadas à duração da amamentação, benefícios e composição do leite.
Posteriormente foi aplicado um pós-teste, com o intuito de analisar o conhecimento
das gestantes após a realização das intervenções. Nele continham as mesmas
perguntas do pré-teste para que os acadêmicos pudessem comparar o
conhecimento antes e após as ações educativas. De todas as dinâmicas, a que mais
chamou atenção dos acadêmicos, durante sua realização, foi a de caracterização do
leite, devido o maior interesse das mesmas no momento dessa dinâmica, bem como
ao entendimento sobre o que é um leite da mamada anterior e posterior,
pois,nenhuma delas entendiam o porquê de, a cada nova mamada, iniciar pela
mama que foi oferecida por último na mamada prévia. Tal fato foi associado ao uso
da imagem utilizada nas cartolinas, onde as mesmas, puderam ver que os dois tipos
de leites eram realmente diferentes, e, que um, em sua composição, era composto
por maior quantidade de água que o outro. A partir da análise do pré e pós-teste
percebeu-se que, no segundo, as gestantes responderam corretamente a um
número maior de perguntas quando as respostas foram comparadas com as do
primeiro. Os acadêmicos se beneficiaram à medida que tiveram que buscar maior
conhecimento sobre a temática, revisando assuntos abordados nas disciplinas
anteriores, durante o desenvolvimento do curso. CONCLUSÃO: Em virtude dos fatos
mencionados verificou-se que a partir do projeto de intervenção os acadêmicos são
estimulados a obter mais conhecimentos acerca do tema, reforçando ainda mais o
conhecimento sobre a importância do Aleitamento Materno Exclusivo (AME). Isso

ISBN 978-85-65221-23-8
reflete diretamente na prática, pois os mesmos, como futuros enfermeiros, saberão
lidar de forma mais eficaz no que diz respeito às orientações repassadas para as
gestantes. Viu-se ainda que que houve um maior entendimento das gestantes sobre
o AME. Tal fato é de suma importância, pois espera-se que a partir dos
conhecimentos adquiridos durante a realização das atividades as mães possam
realizar uma reflexão sobre a importância do AME e efetivar sua prática, que levará
a um melhor desenvolvimento da criança, fortalecimento do vínculo da mãe com o
bebê e uma série de benefícios para a sua saúde e também para os seus filhos.
Sugere-se, a partir do desenvolvimento do estudo, que as dinâmicas realizadas com
esse público alvo, sejam feitas com imagens ou figuras para auxiliar no apreender
das informações, efetivando mais ainda no processo reflexivo das envolvidas.

Palavras-chave: Aleitamento Materno Exclusivo. Saúde da Mulher. Ação


educativa.

REFERÊNCIAS

AMORIM, M. M.; ANDRADE, E. R. Atuação do enfermeiro no PSF sobre


aleitamento materno. Perspectivaonline., v. 3, n. 9. P. 93-110. Disponível
em:<http://www.seer.perspectivasonline.com.br/index.php/revista_antiga/article/
viewFile/349/260 >. Acesso em: 21/05/17.

BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo da Atenção Básica: saúde das


mulheres. Brasília, 2016.

BUENO, K. C. V. N. A importância do aleitamento materno exclusivo até os


seis meses de idade para a promoção de saúde da mãe e bebê. Minas Gerais.
p. 28. 2013. Disponível em:<
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/4276.pdf>. Acesso em:
20/05/17.

JUNGES, C. F.; RESSEL, L. B.; BUDÓ, L. D.; PADOIM, S. M. M.; HOFFMANN,


I.C.; SEHNEM, G. D. Percepções de puérperas quanto aos fatores que influenciam
o aleitamento materno. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v. 31, n. 2,
p. 343-350, 2010.

MONTESCHIOI, C. A. C.; GAÍVAI, M. A. M.; MOREIRA, M. D. S. O enfermeiro


frente ao desmame precoce na consulta de enfermagem à criança. Rev Bras
Enferm., Cuiabá, v. 68, n. 5, p. 869-75, Set-Out. 2015. Disponível

ISBN 978-85-65221-23-8
em:<http://www.scielo.br/pdf/reben/v68n5/0034-7167-reben-68-05-0869.pdf>.
Acesso em: 15/05/17.]

OLIVEIRA, F. F. S.; OLIVEIRA, A. S. S.; OLIVEIRA LIMA, L. H.; MARQUES, M. B.;


FERREIRA FELIPE, G.; SENA, I. V. O. Consulta de puericultura realizada pelo
enfermeiro na estratégia saúde da família. Rev Rene, Piauí, v. 14, n. 4, p.694-703,
2013. Disponível em:< http://saudepublica.bvs.br/pesquisa/resource/pt/bde-26499>.
Acesso em: 20/06/17

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017

Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio


A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA PRESTADA AO POTENCIAL
DOADOR ÓRGÃOS EM MORTE ENCEFÁLICA: REVISÃO DE LITERATURA.

Maria Letícia Cezário Galdino (Relatora, ESTÁCIO/FMJ)


Francisca Cleydeane Fernandes de Oliveira (Autora, FJN)
Jaqueline Alves Soares (Autora, FJN)
Maria Tereza Sampaio Alves (Autora, FJN)
Cíntia de Lima Garcia (Orientadora, ESTÁCIO/FMJ)

INTRODUÇÃO: A morte ainda é um tema de difícil aceitação, o que pode criar


dúvidas sobre o seu real conceito, uma vez que o mesmo vem sendo debatido e
redefinido ao longo dos anos. A morte encefálica (ME) é a constatação irremediável
e irreversível da lesão nervosa e significa morte clínica, legal e social. O processo
de ME, decorre da associação do aumento da pressão intracraniana, diminuição do
fluxo sanguíneo cerebral e hipóxia do tecido encefálico, ou seja, hipóxia tecidual,
caracterizando a morte encefálica (BRASIL, 2016). Esse tipo de morte envolve a
sociedade e mais ainda a família do paciente e onde se sobressai questões éticas
envolvidas ao critério clínico, no Brasil existem alguns critérios para a constatação
de ME, que foram redigidos em 1997 pela Resolução do Conselho Federal de
Medicina (CFM) nº 1480, de 21 de agosto de 1997. Os critérios são baseados na
ausência da atividade cerebral, incluindo o tronco encefálico e foram disciplinados
em atenção ao previsto e no art. 3 da Lei nº 9.434/97, que considera a remoção de
órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante (BRASIL, 2016).
Os determinantes mais comuns são: o traumatismo crânio-encefálico (TCE), no
contexto de acidentes automobilísticos ou agressões; hemorragia subaracnóidea,
ligada à ruptura de aneurisma; lesão difusa do cérebro após parada

ISBN 978-85-65221-23-8
cardiorrespiratória revertida; hemorragia cerebral espontânea maciça; grandes
lesões isquêmicas, e em menor número, as meningoencefalites e encefalites
fulminantes e a falência hepática aguda (ANDRÉ, 2002). Quando o paciente se
incluir nesses critérios citados acima, pode abrir o protocolo de morte encefálica,
com aqueles pacientes com suspeita de ME, independentemente da possibilidade
de doação ou não de órgãos e/ou tecidos. O diagnóstico é fechado por dois
médicos diferentes, sendo um deles obrigatoriamente neurologista ou
neurocirurgião, não integrantes da equipe de remoção e transplante. Os
mesmos têm que possuir a capacidade de: avaliar a situação fisiológica do
paciente, transmitir informações fidedignas aos familiares, evitar terapias invasivas
e ocupação desnecessária dos leitos. Para abrir o protocolo de ME é obrigatório o
paciente ter o Glasgow 3 e sem condições voluntárias de respirar sem auxílio de
ventilação mecânica e sem condições confusas para o coma, sendo o intervalo
mínimo entre um exame e outro de seis horas em pacientes acima de dois anos. É
cogente a realização de exame complementar, para mostrar ausência de atividade
elétrica e metabólica encefálica ou de perfusão sanguínea encefálica (BRASIL,
2016; CFM; 1997).Nessa discernimento, se ressalta a precisão dos profissionais
enfermeiros serem competentes ao executar um cuidado integral aqueles indivíduos
com ME, principalmente se o mesmo for um potencial doador de órgãos, onde é
competência do enfermeiro prestar uma assistência à família em relação ao
paciente com diagnóstico de ME, esclarecendo as etapas do processo de ME, a
qual se inclui possíveis dúvidas que venham a ter, pois a maioria dos familiares tem
o pensamento que o ente querido pode “acordar”, questionando a situação em que
o coração e função respiratória estejam ativos (BATISTA,2012).Nessas
circunstâncias delicadas, os profissionais de saúde devem oferecer apoio
psicológico à família. Em segundo momento deve-se dialogar de forma ética, moral
e legal sobre o processo de doação de órgãos e tecidos, retirando possíveis
dúvidas sobre o processo e argumentar que a doação pode salvar vidas, contudo
sempre respeitando a dor e o luto da perda do ente querido (COSTA, 2016).
Em relação ao processo de órgãos, o enfermeiro tem o papel conhecer sobre as
alterações fisiológicas decorrentes da ME, resultando em uma melhor qualidade e

ISBN 978-85-65221-23-8
conservação dos órgãos que decorrem do processo de manutenção do potencial
doador (PD), devem ser realizados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), contar
com infraestrutura apropriada, recursos humanos especializados, materiais
específicos e tecnologias necessárias ao diagnóstico, monitorização e terapia.
Deve-se realizar a manutenção do PD com a finalidade de manter a estabilidade
hemodinâmica, viabilidade e qualidade dos órgãos e tecidos passíveis de utilização
(BRASIL, 2010; MAIA, 2012 apud FREIRE, 2014). OBJETIVO: O objetivo deste
estudo é discernir a atuação do enfermeiro na assistência ofertado ao potencial
doador de órgãos em morte encefálica (ME), de acordo com a literatura.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo bibliográfico, caracterizado como
descritivo-exploratório, constituído por meio um levantamento bibliográfico, cuja
fonte primária de consulta foi a base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde –
BVS por meio de acesso a Literatura Latino-Americana e do Caribe (LILACS) e
Scientific Electronic Library Online (SciELO). A pesquisa foi realizada no período de
junho de 2017 sendo utilizados apenas artigos em português e com data de
publicação entre o período de 2009 a 2017 e que estivesse disponível gratuitamente
e na íntegra. Foi encontrado um total de 13 artigos, porém apenas 8 atenderam os
critérios de inclusão. A busca de artigos foi realizada através de DeCS- Descritores
em Ciências da Sa de: “Assistência”, “Enfermagem”, “ Morte Encefálica”. Segundo
Fachin (1995 apud LEITE, 2008, p. 48), a pesquisa bibliográfica tem como objetivo
conduzir o leitor a determinado assunto e à produção, à coleção, ao
armazenamento, e produção, à utilização e a comunicação das informações
coletadas para o desempenho de uma pesquisa específica. A relevância do tema
baseia-se da premissa de um tema extremamente sensível, em que na maioria dos
casos os familiares não têm o conhecimento necessário sobre a morte encefálica,
dificultando assim a aceitação da morte e respectivamente a permissão para
doação de órgãos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com o estudo
realizado, os resultados foram agrupados nas seguintes categorias: Fisiopatologia
da Morte Encefálica e Assistência dos profissionais de enfermagem no processo de
doação de órgãos. Fisiopatologia da Morte Encefálica: As alterações fisiológicas
consideradas mais importantes foram as cardiovasculares, pulmonares,

ISBN 978-85-65221-23-8
temperatura e as endócrinas, sendo de crucial importância a intervenção do
profissional de enfermagem na manutenção das atividades metabólicas do paciente
no caso da doação de órgãos (ARAÚJO; MASSAROLLO, 2014). Os cuidados de
enfermagem essenciais incluem: manter temperatura corporal, providenciar acesso
venoso central para infusão de drogas e líquidos, além de mensuração de pressão
venosa central, monitorização dos sinais vitais, realizar sondagem gástrica para
descompressão do estômago ou alimentação, manter dietas enterais, manutenção
de vias aéreas superiores, manter a cabeceira a 30° para evitar broncoaspiração,
sondagem vesical, realização da higiene corporal (FREIRE,2014). Alguns cuidados
específicos,como: Corrigir hipotensão ou hipertensão, alterações nos fluidos,
eletrólitos e metabolismo, desequilíbrio ácido-básico, hipotermia e tratamento de
infecções. Um dos artigos considerou essencial também o cuidado com as córneas
do potencial doador (FREIRE,2014). Conduta dos profissionais de enfermagem no
processo de doação de órgãos: A maioria dos profissionais demonstra falta de
conhecimento acerca de todas as etapas do processo de doação, desde o
diagnóstico ao transplante. O despreparo da equipe foi elencado como principal
empecilho, comprometendo todo o processo. Há maior evidência de despreparo dos
acadêmicos, os profissionais que se mostram mais preparados fizeram
capacitações e especializações (GUETTI, 2008). CONCLUSÃO: De acordo com o
estudo realizado, conclui-se que a atuação da equipe de enfermagem na
assistência a pacientes com ME, é de grande importância e indispensável, pois é
um processo que não irá envolver apenas a pessoa acometida (paciente),
envolvendo a equipe como um todo e a família da vítima. Então, torna-se preciso a
capacitação e especialização dos profissionais envolvidos no processo de doação
de órgãos de pacientes com morte encefálica.

Palavras-chave: Morte Encefálica. Cuidados de Enfermagem. Obtenção de


Tecidos e Órgãos.

REFERÊNCIAS:
ANDRÉ C, Morte cerebral – diagnóstico e suporte clínico. In: André C, Freitas
GR. Terapia intensiva em neurologia e neurocirurgia – métodos de

ISBN 978-85-65221-23-8
monitorização e situações especiais. Rio de Janeiro (RJ): Revinter; 2002. p. 303-
3.

ARAÚJO, M.N.; MASSAROLLO. M.C.K.B. Conflitos éticos vivenciados por


enfermeiros no processo de doação de órgãos. Acta Paul. Enferm., v.27, p.215-220,
2014.

BATISTA ACR, SILVA OL JR, CANOVA JCM. Atuação do enfermeiro no


processo de doação de órgãos e tecidos para transplante. J Bras Transpl.
[Internet].2012;15(4):1689-714. Disponível: http://bit.ly/1ZUFWfH. Acesso em: 28
jun.2017.

BRASIL, PARANÁ. Secretaria de Estado da Saúde do Paraná. Sistema Estadual


de Transplantes. Manual para Notificação, Diagnóstico de Morte Encefálica e
Manutenção do Potencial Doador de Órgãos e Tecidos. Curitiba:
SESA/SGS/CET, 2016. 52 p. Disponível em: <
http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/ap_protocolo_morte16FINAL.pdf >.
Acesso em: 28 jun. 2017.

Conselho Federal de Medicina (CFM). Resolução CFM nº 1.480/1997.

Critérios para diagnóstico de morte encefálica. Brasília (Brasil):


CFM;1997.Disponível em:
<http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/1997/1480_1997.htm >.
Acesso em: 29 jun. 2017.

COSTA RC, et al. A enfermagem e o paciente em morte encefálicana UTI. Rev.


bioét. (Impr.). 2016; 24 (2): 368-73. Disponível em: <
http://dx.doi.org/10.1590/198380422016242137 > . Acesso em: 28 jun. 2017.

FREIRE ILS e tal. Compreensão da equipe de enfermagem sobre a morte


encefálica e a doação de órgãos. Revista Eletrônica Trimestral de Enfermeira.
2014; Nº 36: 194-207. Disponível
em:<http://scielo.isciii.es/pdf/eg/v13n36/pt_administracion1.pdf >. Acesso em: 29 jun.
2017.

GUETTI, Nancy Ramos; MARQUES, Isaac Rosa. Assistência de enfermagem Ao


potencial Doador de Órgãos em morte encefálica. Rev. bras. enferm., Brasília, v.
61, n. 1, p. 91-97, fevereiro de 2008. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003471672008000100014&
lng=en&nrm=iso >. Acesso em: 29 jun. 2017.

LEITE, Tarciso Francisco. Metodologia cientifica: métodos e técnicas de


pesquisa (monografias, teses, dissertações e livros. São Paulo: Ed. Idéias e

ISBN 978-85-65221-23-8
Letras, 2008. Disponível
em:<https://www.ufpe.br/mdu/images/documentos/ementaruskin_2015.2.pdf>.
Acesso em: 29 jun. 2017.

MAIA BO, AMORIM JS. Morte encefálica: conhecimento de acadêmicos de


enfermagem e medicina. JBTJ BrasTranspl [Internet].2009; 12(2):1088-91.
Disponível em: <http://www.abto.org.br/abtov03/Upload/file/JBT/2009/2.pdf >.
Acesso em: 28 jun. 2017.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
A DIFUSÃO DE CONHECIMENTOS ACERCA DA SAÚDE MENTAL EM MEIO
DISCENTE ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DE DINÂMICAS TERAPÊUTICAS

Gilberto dos Santos Dias de Souza (Relator, UNILEÃO)


Hercules Pereira Coelho (Autor, UNILEÃO)
Janayle Kéllen Duarte de Sales (Autora, UNILEÃO)
Jaqueline Machado Cruz (Autora, UNILEÃO)
Luyslyanne Marcelino Martins (Autora, UNILEÃO)
Ariadne Gomes Patrício Sampaio (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Ao longo dos anos as tecnologias do cuidado têm ganhado grande


enfoque perante a assistência a pacientes clínicos, críticos e/ou psiquiátricos, para
os quais se tem desenvolvido medidas de prevenção, promoção, controle e
manutenção da saúde. Caracterizada como uma avaliação individual que o indivíduo
faz de si mesmo, a autoestima é vislumbrada como um processo de auto aceitação
ou auto rejeição e aprovação ou reprovação de si próprio, visto que evidencia as
respostas estabelecidas pelo indivíduo a partir das diferentes situações vivenciadas
(TOWNSEND, 2013). Trajado com um ato intencional de retirar a própria vida, o
suicídio, detém entre suas causas mais comuns alguns transtornos mentais e/ou
psicológicos, dos quais pode-se destacar a depressão, o transtorno bipolar, a
esquizofrenia, o alcoolismo e o uso de drogas (VIDEBECK, 2012, p.322). Conforme
o Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, somente no ano de 2010 o
Brasil deteve em números gerais, distribuídos entre as 27 federações, um total de
9.448 óbitos decorrentes de suicídio, sendo estes mais prevalentes na faixa etária
dos 15 a 29 anos de idade (BRASIL, 2010; ESCÓSSIA, 2017). Aponta-se para a
associação de pensamentos suicidas em indivíduos com a baixa autoestima, visto

ISBN 978-85-65221-23-8
que estes pacientes demonstram quadros de insegurança, medo e autoconfiança
reduzida (SAMPAIO et al., 2000, p. 143). Diante disto, o emprego de grupos
terapêuticos enfatiza a troca de experiências e diálogos entre os participantes,
buscando uma interação coletiva para a superação dos problemas e/ou difusão de
conhecimentos. O presente estudo pauta-se com expressiva relevância perante a
teoria de enfermagem do relacionamento interpessoal, proposto por Hildegard
Peplau. Esta afirma em seus escritos que somente quando um indivíduo em
influência mútua percebe o outro como um ser, é que a relação ocorre
(WESTPHALEN, CARRARO, 2001; STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 2008). A
presente pesquisa decorre de um relato de experiência, vivenciado por discentes,
durante uma apresentação prática dialógica, com a temática autoestima, proposta
pela docente da disciplina de Saúde Mental do curso de graduação em Enfermagem
do Centro Universitário Doutor Leão Sampaio – UNILEÃO. A indicação temática
compreende o emprego de medidas alternativas de cuidado, de intervenções de
enfermagem e, de difusão do conhecimento para a eficácia do aprendizado, ato este
direcionado para a prevenção do suicídio e promoção da vida. Reforçar-se que a
proposta temática se apresenta envolta de contribuição social acerca da utilização
do eu, profissional, como medida subsidiária à compreensão de sentimentos,
emoções e vivências, pelos clientes e/ou coletividades. Além disso, acena-se para
um aporte ao meio acadêmico e científico ao qual poderá vir a servir com fonte de
dados e pesquisa para elaboração de estudos vindouros. OBJETIVO: Compreender
a difusão da saúde mental acerca da autoestima como método preventivo ao
suicídio. METODOLOGIA: Estudo de caráter descritivo, o presente relato de
experiência é fruto de uma atividade em grupo, realizada por sete discentes do 5º.
Semestre do curso de graduação em Enfermagem do Centro Universitário Doutor
Leão Sampaio, durante uma apresentação nas aulas da disciplina de Saúde Mental.
Para concretização das ações foram utilizadas ações dinâmicas, educativas, e
interativas, que visaram à prevenção, promoção e manutenção da saúde no meio
discente, bem como uma melhor compreensão acerca da autoestima e a inter-
relação desta com a prevenção do suicídio. Deste modo a intervenção dinâmica foi
proposta com o intuito de facilitar a compreensão perante o conteúdo e, acentuar a

ISBN 978-85-65221-23-8
interação entre a tríade: discentes, conteúdo programático e docente. Para tanto a
ação intitulada: A Difusão de Conhecimentos acerca da Saúde Mental em Meio
Discente Através da Utilização de Dinâmicas Terapêuticas, ocorreu aos 14 de
Setembro de 2017 durante as aulas da disciplina de Saúde Mental, no curso de
graduação em enfermagem do respectivo centro de ensino. Para a efetivação da
intervenção interativa realizada pelos discentes, a respectiva ação foi fragmentada
em 07 segmentos, sendo estes: simulação de um diálogo entre discentes,
autoestima inflada, autoestima alta, autoestima baixa, subjetividade, realização de
uma dinâmica interativa, e conclusão. RESULTADOS E DISCUSSÕES: O grupo
facilitador da atividade em saúde mental sobre autoestima, na perspectiva de
prevenção do suicídio, optou de iniciar com o método da dramatização. Em
conformidade, dois acadêmicos do mesmo, entraram na sala simulando um diálogo
acerca do tema autoestima, aprendido na aula anterior, relatando a necessidade de
compreensão e importância da temática frente às questões psicossociais do
indivíduo e/ou coletividade. Ao chegarem próximo do centro da sala, onde se
apresentaram, os mesmos sentam-se em um banco e, com auxílio do instrumento
tecnológico de slides, em meio a conversas, começam a elucidar o conteúdo para os
demais discentes da disciplina. Ao passo que se iniciava o debate frente às
classificações dos tipos de autoestima, entrava um novo personagem ao som de
músicas que faziam alusão à temática, encenando o respectivo quadro. Durante a
encenação das classificações da autoestima vislumbramos a autoestima inflada,
encenada pela entrada, em sala, de duas discentes com celulares e roupas
luxuosas, ao som da canção “Show das Poderosas”, menosprezando a ação,
vestimentas e falas dos indivíduos presentes no recinto, alegando sua melhor
condição social e pessoal. Em tempo, perante a autoestima alta reservou-se um
momento para a entrada de um quinto voluntário, discente, ao som da música
“Gordinho Gostoso”, ao qual expressava sua autoestima excedente, ao passo em
que a canção prosseguia. Potter, Perry (2013, p. 681) afirmam que as pessoas com
autoestima alta, “em geral, são mais flexíveis e mais capazes de enfrentar
demandas e estressores do que aqueles com baixa autoestima”. Caracterizada
quase que em sua totalidade pela cor preta, uma nova discente, através de um

ISBN 978-85-65221-23-8
relato, encenou e apresentou cortes longitudinais nos pulsos. Em seu monólogo,
relatou a tristeza de viver, a ausência de vontade de prosseguir, de manter-se em
seu espaço, longe de todos e de tudo, caracterizando deste modo a autoestima
baixa. A baixa autovalorização do indivíduo favorece a não realização e o
sentimento de separação dos outros, resultando em adoecimento mental como a
depressão e a ansiedade (POTTER; PERRY, 2013). A partir das cenas
representadas pelos discentes, abriu-se um pequeno espaço para uma discussão
acerca de projetos de extensão existentes, viabilizados pela enfermagem da própria
Instituição de Ensino Superior (IES), na região do Cariri, que visam à transmissão de
alegria, a esperança, o estímulo ao autoestima e atenuação de anseios e angústias,
através da promoção e manutenção da saúde. Destacou-se: o Projeto de Extensão
Enfermagem da Alegria, que atua na área infantil, e o Programa Sorriso Grisalho
que opera em prol de idosos em lares de residência permanente. Assim, mesmo não
sendo projetos de extensão exclusivos da saúde mental, executam ações de
cuidado na totalidade do sujeito. Portanto, perante a atenção psicossocial são
desenvolvidos aspectos de cidadania, autoestima, e influência mútua entre a díade
indivíduo e sociedade. Diante desta perspectiva, as ações sociais peculiares do
indivíduo psíquico transpassam a metodologia clínica e constituem um processo
complexo, para o qual, carecem da elaboração de medidas e estratégias que visem
à concretização de ações resolutivas (AMARANTE, 2007; OLIVEIRA, ATAIDE,
SILVA, 2004). Como método instrucional de fixação do conteúdo foi realizada uma
dinâmica coletiva, que visou a obtenção de características positivas individuais entre
todos os participantes da turma, com o intuito de que cada aluno se sentisse bem
nas relações interpessoais, com a aquisição de elogios. Os discentes organizados
em filas foram orientados a colar, com fita adesiva, um pequeno pedaço de papel
nas costas da pessoa que estava a sua frente. Conseguintemente foram orientados
a escrever, nos papéis do maior número de indivíduos, adjetivos que expressam
qualidades, ao som de uma melodia animada. Essa atividade visou estimular formas
de expressar a autoestima dos discentes e minimizar os sintomas depressivos e
exclusivos, que afetam as necessidades psicossociais dos indivíduos e/ou
comunidades. Ao término desse momento, os mesmos foram direcionados a ler os

ISBN 978-85-65221-23-8
seus respectivos papéis, com as características positivas que lhes foram atribuídas.
Em alusão a perspectiva de elaboração de medidas terapêuticas, como supracitado,
o implemento de ações sociais e abordagens clínicas na assistência a pacientes em
sofrimento mental visam a promoção do enfrentamento do transtorno psíquico
(AMARANTE, 2007; OLIVEIRA, ATAIDE, SILVA, 2004). Ao término da ação foram
englobados, e sintetizados os aspectos expressos na apresentação, quanto à
promoção da autoestima como fator preventivo de suicídio, e intervenção necessária
perante a auto realização humana, sendo esta embasada na teoria de enfermagem
das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Aguiar Horta e, na teoria do
Relacionamento Interpessoal de Hildegard Peplau (HORTA, 1979). Nesse contexto,
a ação concretizada pelos discentes de enfermagem visou à discussão, interação e
empoderamento social que subsidiam a promoção e proteção da saúde dos
indivíduos, sendo este, um método efetivo de difusão desses saberes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nesse contexto, a intervenção apontada no estudo
como uma tecnologia de cuidado atua sobre o princípio da difusão do conhecimento
como medida terapêutica, pelo qual se apresenta como uma metodologia alternativa
de ensino. Portanto, pode ser aplicada a comunidades sociais, visando de maneira
interativa, à obtenção de resultados significativos frente à captação ativa, precoce,
de pacientes psiquiátricos, decorrentes de ações sociais, familiares, ou fatores
externos. Assim, poderão direcioná-los a uma atenção psicossocial, vislumbrando
deste modo, a atenuação do risco de atentado a própria vida. Conquanto, perante a
elaboração de intervenções sociais, cabe aos profissionais da equipe
multiprofissional de saúde, na atuação da prevenção e promoção da saúde, com
enfoque no grupo terapêutico, elaborar ações que visem à interação social e feed
back positivo perante a ação desenvolvida. Durante a intervenção com os discentes,
dinâmica em grupo, foi visível a satisfação dos mesmos ao vislumbrarem os papéis
com suas características positivas, apontadas pelos demais discentes do grupo de
modo coletivo. Dessa forma, constitui-se como um fator promotor do
desenvolvimento de um autoconceito social, que pode atuar como medida
alternativa de atenuação de preceitos, angústias e insatisfações, remetendo em
tempo a minimização de fatores estressores, ambientais e depressivos.

ISBN 978-85-65221-23-8
Palavras-chave: Saúde Mental. Suicídio. Intervenções. Prevenção.

REFERÊNCIAS

AMARANTE, P. Saúde Mental e Atenção Psicossocial. Rio de Janeiro: Fiocruz,


2007.

BRASIL. Sistema de Informação sobre Mortalidade – SIM. Taxa de Mortalidade


Específica por Causas Externas. 2010. Disponível em:
tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?idb2011/c09.def. Acesso em: 07 de Outubro de
2017.

ESCÓSSIA, F. Crescimento Constante: Taxa de Suicídio entre Jovens sobe


10% desde 2002. BBC Brasil. Disponível em: flacso.org.br/?p=18908. Acesso em:
07 de Outubro de 2017.

HORTA, W. A. Processo de Enfermagem. São Paulo: EPUlEDUSP, 99p. I979.

OLIVEIRA, A. G. B.; ATAIDE, I. F. C.; SILVA, M. A. A Invisibilidade dos Problemas


de Saúde Mental na Atenção Primária: O Trabalho da Enfermeira Construindo
Caminhos junto às Equipes de Saúde da Família. Texto Contexto Enferm. v.13,
n.4, p.618-24, 2004.

POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de Enfermagem. Rio de Janeiro:


Elsevier, 2013.

SAMPAIO, D.; OLIVEIRA, A.; VINAGRE, M. G.; GOUVEIA-PEREIRA, M.; SANTOS,


N.; ORDAZ, O. Representações Sociais do Suicídio em Estudantes do Ensino
Secundário. Análise Psicológica (2000), 2 (XVIII): 139-155. Disponível em <
http://publicacoes.ispa.pt/index.php/ap/article/view/410/pdf> Acesso em: 07 de
Outubro de 2017.

ISBN 978-85-65221-23-8
STEFANELLI, M. C.; FUKUDA, I. M. K.; ARANTES, E. C. Enfermagem Psiquiátrica
em suas Dimensões Assistenciais. Barueri: Manole, 2008.

TOWSEND, M. C. Enfermagem Psiquiátrica: Conceitos e Cuidados. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

VIDEBECK, S. l. Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria. 5ª. Ed. Porto


Alegre: Artmed, 2012.

WESTPHALEN, M. E. A.; CARRARO, T. E. Metodologias para a Assistência de


Enfermagem: Teorizações, Modelos e Subsídios para a Prática. Goiânia: AB;
2001.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE À ASSISTÊNCIA AO
CLIENTE AUTISTA
Eli Carlos Martiniano (Relator, FJN)
Raimundo Luan Souza Alencar (Autor, FJN)
Izanete Cavalcante dos Santos (Autora)
Rutherford Alves Moura (Orientador, SEAS)

INTRODUÇÃO: O autismo é tido como uma doença de natureza complexa, por toda
sua interferência no processo de desenvolvimento do individuo acometido, esta pode
ser caracterizada por apresentação de déficits em três áreas: comportamento,
interação social e comunicação. A pessoa acometida vem a apresentar quadro
característico já nos primeiros meses de vida, pois muitas vezes não se observam
em bebês com esse distúrbio o choro, um contato visual compatível com a idade, e
negação por ações afetivas e a hipoatividade (MARFINATI; ABRÃO, 2011). Apesar
da diversidade, o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) de maneira geral, pode
ser caracterizado por alterações de aspecto qualitativo em interações sociais, no
comportamento e na comunicação (BIALER, 2014). Quando se analisa o autismo é
importante se ter ideia de todo o contexto sobre interações sociais que este individuo
pode apresentar, como por exemplo: não demonstrar e nem compreender emoções,
não apresentar reações a outro individuo por meio de gestos como olhares, fala e
outros recursos. Essa não demonstração de sentimentalidade pode vir a ser
expressada até por pessoas próximas a este individuo como por exemplo, seus pais,
dificultando todo o processo de apego paterno, estabelecimento de ações lúdicas e
o desenvolvimento de laços de amizade, isso tudo devido sua tendência ao
isolamento (LIMA et al., 2014). Profissionais capacitados, entre estes, enfermeiros,

ISBN 978-85-65221-23-8
podem estabelecer contribuições à pessoa com autismo através de ações que visem
o estado comportamental deste indivíduo, consultas que se detalhem a analise do
crescimento e desenvolvimento e também fornecer aos seus progenitores dando-
lhes todas as informações necessárias, quanto a dificuldades encontradas,
detalhamento sobre planos de assistência diferenciada além de esclarecimentos a
toda questão terapêutica (NUNES et al., 2009). OBJETIVO: Descrever o papel da
enfermagem no processo de assistência da pessoa com autismo. MÉTODO: O
presente estudo trata-se de uma revisão integrativa de abordagem descritiva. Foi
realizado através de buscas nas bases de dados Medical Literature Analysis and
Retrieval Sistem online – MEDLINE, via Biblioteca Virtual em Saúde (BVS),
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde – LILACS, Scientific
Electronic Library Online – SCIELO e a Base de Dados em Enfermagem – BDENF,
para esta busca foram utilizados os descritores em ciências da saúde – DECS
“transtorno autístico, tratamento, cuidados de enfermagem” o operador boleano
utilizado foi AND; a sequencia utilizada nas buscas foi: transtorno autistico AND
tratamento; e transtorno autístico AND cuidados de enfermagem; o período de
desenvolvimento do estudo foi durante todo o mês de Abril do ano 2016. Foram
utilizados como filtros: artigos que apresentassem texto completo disponível de
forma gratuita e que fossem publicados no idioma português. O critério de exclusão
utilizado foi artigos que se encontrassem repetidos entre as bases de dados
pesquisadas. Não houve restrição quanto ao ano de publicação pelo fato da pouca
quantidade de artigos encontrados, fazendo assim uma melhor exploração sobre
todos os achados já encontrados referentes a esta temática. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: O fenótipo autista tem diversas alterações, pois segundo Bernardino
(2015), existem autistas considerados como clássicos, que vem a apresentar
deficiência mental grave e até mesmo ausência de comunicação verbal; e também
autistas com sociabilidade comprometida, estes podendo vir a apresentar habilidade
verbal e inteligência compatível com outras pessoas ditas normais. Para se dar inicio
ao processo de tratamento e acolhimento da pessoas autista é fundamental
inicialmente realizar todo o processo de detecção, este vem a se basear na
observância clínica de hábitos de cunho comportamental que são

ISBN 978-85-65221-23-8
caracteristicamente apresentados por indivíduos com pouco contato visual, que
apresentam dificuldades para realizar expressões faciais e que apresentem
dificuldade no processo comunicacional (VISANI; RABELLO, 2012). O cuidado a
terapêutica exige um dinamismo diário, pois a pessoa com transtorno autístico não
vem a apresentar um comportamento semelhante diariamente, embora o quadro
sintomatológico seja constantemente o mesmo. A importância do dinamismo pelos
profissionais assim como os familiares é de extrema importância, pois a pessoa
autista não responde à métodos normais de aprendizagem, apresentam resistência
ao contato físico e visual e muitas vezes são autoagressivas, tendo em mente todas
estas possibilidades é importante sempre estar atento e com disposição para a cada
momento, vivenciar e descobrir novas formas de atuar frente a situação vivenciada.
O profissional da enfermagem deve voltar seu processo de cuidar não somente a
criança acometida pelo autismo, mas também para toda a família, auxiliando lhes a
buscar motivos e sentidos para buscarem o caminho do cuidado, essa relação tem
que ser constantemente renovada, isso pelo fato de se lidar com uma patologia
complicada, que exige atenção e dedicação contínua. O enfermeiro deve atuar na
promoção da estabilidade familiar, pois a família é considerada elemento essencial
no processo de intervenção, isso é tido como base em cima do pressuposto básico
de transferência de ações, onde a criança autista tende a aprender e manter
situações comportamentais dos pais ou outro membro da família, esse estimulo
sendo negativo, acaba prejudicando toda terapêutica planejada (MONTEIRO et al.,
2008). A pessoa autista faz uso muito mais do raciocínio logico e acaba muitas
vezes não compreendendo o afeto; assim sendo muitos deles não sentem dor e não
entendem traços de afeto, isso interfere todo processo terapêutico, por que esta
pessoa não vê sentido para se tratar (SOUZA, 2011). Dentro do âmbito da
estimulação comportamental o enfermeiro assim como outras pessoas, podem
utilizar de ferramentas específicas a técnicas de aprendizagem, como: moldagem,
neste método ocorre recompensa por aproximação a um comportamento desejável,
até que o comportamento desejado seja alcançado; reforço positivo, onde se tem o
uso de prêmios, lanches, brinquedos e outros para se ter o aumento do
comportamento que se deseja; punição, este método tem como propósito a

ISBN 978-85-65221-23-8
aplicação de uma ação de represália para se tentar reduzir ou inibir um
estímulo/ação; extinção, neste o propósito é remover o esforço, mantendo assim
uma situação comportamental; desvanecimento, tem a finalidade de reduzir
instruções para que assim se tenha o aumento do quadro de independência. O
tratamento adequado ao autista deve receber auxílio de vários profissionais da
saúde e o enfermeiro como porta de entrada na atenção a saúde deve realizar todo
inspeção primária, traçar metas e avaliações sobre este paciente, más também deve
fazer o encaminhamento desta pessoa para serviços especializados (MENEGOLI,
2010). Os demais tratamentos com profissionais da saúde são utilizados com o
intuito de estimular e auxiliar a criança a interessar-se pelo mundo real e pelas
relações que os cercam, bem como auxiliar no desenvolvimento da comunicação,
interação com outros indivíduos, rompimento de rotinas e estimulação do sistema
sensório-motor. Conforme estudos de Sena et al. (2015), percebe-se que os
enfermeiros ainda se encontram bastante inseguros e frágeis em relação ao
conhecimento a conduta adequada para se dar continuidade ao atendimento
especializado ao paciente autista. Em seu estudo observou-se ainda que sobre o
fato de ter prestado assistência à pessoa com autismo, dentre os 15 enfermeiros
entrevistados, 13 destes relataram nunca ter prestado assistência a estas pessoas e
um teve contato com uma criança autista devido uma disciplina durante a
graduação, porém, não houve a prestação de nenhum tipo de assistência à criança,
justificando o comprometimento no desenvolvimento interacional que o mesmo
apresentava. A enfermagem muitas vezes atende estes pacientes em centros de
apoio psicossociais CAPS, como membro deste tipo de atendimento o enfermeiro
tem que promover a relação intersetorial, fazendo assim atendimentos individuais e
em grupo, visitas domiciliares, além de envolver setores como escolas, organizações
não governamentais, e conselhos tutelares (SENA et al., 2015). Nesse cenário, o
maior desafio do enfermeiro está na prática clínica em si, a qual requer o
desenvolvimento de novas tecnologias de cuidado específicas para essa área de
atuação e que permitam a experimentação de diferentes lugares, funções e modos
de fazer para o estabelecimento de vínculo e da relação terapêutica com crianças e
adolescentes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A relação existente entre profissional da

ISBN 978-85-65221-23-8
enfermagem e a pessoa autista assim como também seus familiares torna-se
fundamental, uma vez que no desempenho do cuidado em enfermagem a relação de
confiança e desempenho do papel desprovido de preconceitos e atento as
necessidades, mesmo que na maioria das ocasiões, ocorra a dificuldade de
expressar-se oralmente tanto por parte do autista como do familiar, cabe ao
enfermeiro prestar escuta qualificada e de maneira mais propícia estabelecer
trajetórias e metas cabíveis a situação. O enfermeiro no tratamento ao autista deve
sempre procurar qualificar o cuidado, através de orientações aos familiares sobre o
autismo, deve estabelecer planos terapêuticos que tenham como proposito a
singularidade de cada paciente, sempre com foco em proporcionar melhoras ao
estado de saúde destas pessoas assim como todos envolvidos.

Palavras-chave: Assistência. Enfermagem. Autismo.

REFERÊNCIAS

BERNARDINO, L.M.F. A importância da escrita na clínica do autismo. Estilos clín;


20(3): 504-519, dez. 2015.

BIALER, M. A lógica do autismo: uma análise através da autobiografia de um autista.


Psicol. estud; 19(4): 645-655, Oct-Dec/2014.

LIMA, R.C. et al. Indicadores sobre o cuidado a crianças e adolescentes com


autismo na rede de CAPSi da região metropolitana do Rio de Janeiro. Physis (Rio
J.); 24(3): 715-739, Jul-Sep/2014.

MARFINATI, A.C. ABRÃO, J.L.F. O pensamento psicanalítico sobre o autismo a


partir da análise da Revista Estilos da Clínica. Estilos clín; 16(1): 14-31, jun. 2011.

MENEGOLI, E.B. Capacitação de agentes comunitários de saúde sobre o espectro


autista. CuidArte, Enferm; 4(1): 7-11, jan.-jun. 2010.

ISBN 978-85-65221-23-8
MONTEIRO, C.F.S. et al. Vivências maternas na realidade de ter um filho autista:
uma compreensão pela enfermagem. Rev Bras Enferm; 61(3): 330-335, maio-jun.
2008.

NUNES, S.C. et al. Autismo: conhecimento da equipe de enfermagem. CuidArte,


Enferm; 3(2): 134-141, jul.-dez. 2009.

SENA, R.C.F. et al. Prática e conhecimento dos enfermeiros sobre o autismo infantil.
Rev. pesqui. cuid. fundam. (Online); 7(3): 2707-2716, jul.-set. 2015.

SOUZA, L.C. Considerações psicanalíticas sobre o tratamento do outro no autismo.


Estilos clín; 16(1): 52-65, jun. 2011.

VISANI, P. RABELLO, S. Considerações sobre o diagnóstico precoce na clínica do


autismo e das psicoses infantis. Rev. latinoam. psicopatol. fundam; 15(2): 293-
308, jun. 2012.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ACADÊMCOS DA ÁREA DE SAÚDE: REVISÃO DE
LITERATURA

José Rafael Eduardo Campos (Relator, FJN)


Ana Patrícia Ramos Pires (Autora, FJN)
Jessika Brenda Rafael Campos (Autora, FJN)
Maria Patrícia Vitorino de Sousa (Autora, FJN)
Maryldes Lucena Bezerra de Oliveira (Orientadora, FJN)

INTRODUÇÃO: A Organização Mundial da Saúde (OMS) define automedicação


como a seleção e o uso de medicamentos por indivíduos para tratamento de suas
enfermidades ou sintomas. Esta prática é considerada um problema de saúde
pública que merece atenção especial, uma vez que apresenta riscos para a
população. No Brasil, são vendidos indiscriminadamente cerca de 32 mil
medicamentos por ano. Além disso o uso indiscriminado de medicamentos pode
nem sempre resultar nos efeitos prometidos, e expõe os consumidores a reações
indesejadas, às reações adversas, sempre crescentes devido ao consumo elevado
de medicamentos que se observa na atualidade. A automedicação está inclusa no
conceito de autocuidado. Essa prática é utilizada como método de prevenção de
doenças e preservação da saúde, uma vez que a sociedade atual vê a morte,
consequência final da doença, como um fracasso. Nesse sentindo, a população
busca ter e manter a sua saúde, entretanto, essa prática de se automedicar pode
originar consequências críticas para o paciente e dispendiosas para o sistema de
saúde. O risco dessa prática está correlacionado com o grau de instrução e

ISBN 978-85-65221-23-8
informação dos usuários sobre medicamentos, bem como com a acessibilidade dos
mesmos ao sistema de saúde. Há uma tendência da prevalência da automedicação
entre pessoas com maior grau de escolaridade, levando em conta que o
conhecimento pode dar maior segurança a essa prática. OBJETIVOS: Identificar, na
literatura disponível, os fatores que confluem para a adesão da prática da
automedicação pelos acadêmicos da área da saúde e os riscos que essa prática
pode promover. METODOLOGIA: Este estudo possui como metodologia a revisão
de literatura. Os artigos selecionados foram oriundos de buscas realizadas nas
bases de dados MEDLINE, PubMED, LILACS e SciELO. Foram selecionados artigos
completos, disponíveis em português e publicados entre o período de 2007 a 2017.
A priori, foram identificados 20 artigos e, após aplicar os critérios de inclusão
elencados previamente, 08 estudos compuseram a amostra final. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: A propaganda massiva e a facilidade de acesso a medicamentos em
farmácias e supermercados dão a impressão de que são produtos livres de riscos. A
automedicação é uma decisão potencialmente nociva à saúde individual e coletiva.
Até mesmo um remédio utilizado de forma correta em sua indicação, se
administrado em altas doses, pode causar sérios danos ao usuário. Em
contrapartida, a total obrigatoriedade da prescrição para a aquisição de algum
fármaco pode eventualmente representar uma limitação da liberdade pessoal de
busca imediata do alívio da sintomatologia, impedindo, por exemplo, que o indivíduo
faça preponderar sua própria experiência e vontade. O acúmulo de conhecimento
geral, incluindo aqui experiência de vida, torna o indivíduo mais confiante e seguro
para se automedicar. A fácil adesão de medicamentos nas farmácias configura outro
fator importante para a prática da automedicação. Isso pode ser explicado pelo fato
das drogarias não serem consideradas como unidade de saúde, e sim como ponto
comercial, em constante disputa de mercado. É muito comum observar drogarias
fazendo promoções “compre um e leve outro com 50% de desconto” ou tentando
agradar seus clientes, oferecendo serviços de entrega à domicilio, em que
geralmente o vendedor ou o entregador não são profissionais da saúde e não
exigem ou não são orientados a pedir a receita médica., ou seja, facilitando e
incentivando o consumo de medicamentos. Outros fatores que também são

ISBN 978-85-65221-23-8
determinantes para essa prática incluem a farmácia caseira (com medicamentos
prescritos previamente), a indicação por terceiros que não profissionais habilitados
para tal, aquisição de medicamentos em balcões de farmácia sem o devido
acompanhamento do farmacêutico, a aquisição induzida pela propaganda, o
compartilhamento de medicamentos entre os membros da família e o círculo social,
utilização de antigas receitas, o custo de se conseguir uma opinião médica, a
limitação do poder prescritivo restrito a poucos profissionais de saúde, o desespero,
angústia e ansiedade desencadeados por sintomas ou pela possibilidade de se
adquirir uma doença, a falta de regulamentação e fiscalização daqueles que vendem
e a falta de programas educativos sobre os efeitos, muitas vezes irreparáveis da
automedicação. As Reações Adversas ao Medicamento (RAM) é qualquer efeito
prejudicial ou indesejável, não intencional, que aparece após a administração de um
medicamento, em doses normalmente utilizadas no homem, para profilaxia,
diagnóstico e tratamento de uma moléstia, ou ainda para a modificação de uma
função fisiológica. Não sendo consideradas RAM os efeitos adversos ocasionados
por doses maiores do que as habituais. O ato de se automedicar é um fenômeno
potencialmente prejudicial à saúde, pois nenhum medicamento é inofensivo. O uso
inadequado de substâncias e até mesmo de drogas consideradas simples pela
população, como os medicamentos de venda livre, como os analgésicos, podem
acarretar diversas consequências como: reações de hipersensibilidade, resistência
bacteriana, estímulo para a produção de anticorpos desnecessária, dependência do
medicamento sem necessidade, hemorragias digestivas, dentre outros. A
intoxicação por medicamentos é responsável por 29% das mortes no Brasil e, na
maioria dos casos, é consequência da automedicação. Além disso, o alívio
momentâneo dos sintomas pode mascarar a doença de base, podendo agravá-la. A
Automedicação é considerada um problema de saúde mundial, mesmo sendo
considerada uma necessidade. Os riscos dessa prática contrapõem-se com uma
eventual e relativa necessidade da mesma pela população, já que ela contribui
diretamente para reduzir a demanda na busca do serviço de saúde, muitas vezes
excessiva. CONCLUSÃO: A automedicação é uma prática bastante comum nas
faculdades, entre os acadêmicos da área da saúde. Fatores como nível de

ISBN 978-85-65221-23-8
conhecimento, confiança, facilidade de acesso a medicamentos, condição financeira,
aconselhamento de terceiros, ansiedade em obter alívio rápido, campanhas
publicitárias persuasivas e em alguns casos a precariedade dos serviços de saúde
interferem significativamente na hora de adotar a automedicação. Para reverter este
quadro, faz-se necessário a incorporação de práticas educativas quanto ao uso
correto dos medicamentos, riscos, benefícios, superdosagem, intoxicações, reações
adversas, gastos para o sistema de saúde decorrentes de internações devido a
problemas relacionados a medicamentos, a necessidade de uma política pública
para a definição de estratégias e intervenções para a promoção da saúde, visando
esclarecer a população em geral, e também os estudantes universitários, acerca do
uso adequado de medicamentos cuja venda é permitida sem receita médica. Por
fim, a automedicação e um fenômeno nocivo à saúde do indivíduo. Dessa forma,
cabe aos profissionais e acadêmicos da área da saúde se conscientizar quanto a
esta prática, visando o não comprometimento de sua saúde.

Palavras-chave: Acadêmicos. Saúde. Automedicação. Fatores. Riscos.

REFERÊNCIAS
AQUINO, D.S; BARROS, J.A.C; SILVA, M.D.P. A automedicação e os acadêmicos
da área de saúde. Recife, Ciência & Saúde Coletiva, v. 5, n. 15, p. 2533-2538,
2010.

DHAMER, T; DAL-MOLIN, A.P; HELFER, A.P; CARNEIRO, M; POSSUELO, L.G;


KAUFFMANN, C; VALIM, A.R.M. A automedicação em acadêmicos de cursos de
graduação da área da saúde em uma universidade privada do estado do Rio
Grande do Sul. Rio Grande do Sul, Rev. Epidemiol. Control. Infect., v. 2, n. 4, p.
138-140, 2012.

DAMASCENO, D.D; TERRA, F.S; ZANETTI H.H.V; D’ANDRÉA, E.D; SILVA, H.L.R;
LEITE, J.A. Automedicação entre graduandos de enfermagem, farmácia e
odontologia da Universidade Federal de Alfenas. Alfenas, REME – Rev. Min.
Enf., n. 11, v. 1, p. 48-52, jan/mar 2007.

ISBN 978-85-65221-23-8
GALATO, D; MADALENA, J; PEREIRA, G.B. Automedicação em estudantes
universitários: a influência da área de formação. Santa Catarina, Ciência &
Saúde Coletiva, n. 17, p. 3325-3330, 2012.

JESUS, A.P.G.A.S; YOSHIDA, N.C.P; FREITAS, J.G.A. Prevalência da


automedicação entre acadêmicos de farmácia, medicina, enfermagem e
odontologia. Goiânia, Estudos rev., v. 40, n. 2, p. 151-164, abr./jun. 2013.

NETO, J.A.C; SIRIMARCO, M.T; CHOI, C.M.K; BARRETO, A.U; SOUZA, J.B.
Automedicação entre estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade
Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, HU rev., v. 32, n. 3, p. 59-64, jul./set. 2006.

SILVA, J.A.C; GOMES, A.L; OLIVEIRA, J.P.S; SASAKI, Y.A; MAIA, B.T.B; ABREU,
B.M. Prevalência de automedicação e os fatores associados entre os usuários
de um Centro de Saúde Universitário. São Paulo, Rev Bras Clin Med., v. 1, n. 11,
p.27-30, jan./mar. 2013.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA LEISHMANIOSE VISCERAL NA 20ª REGIÃO
DE SAÚDE DO CRATO CEARÁ NO PERÍODO DE 2010 A 2016

Yana Carla Bezerra Feitosa de Amorim (Relatora, UNILEÃO)


Ana Tatiane Cristino Fideles (Autora, UNILEÃO)
Edyvania Cordeiro Siebra (Autora, UNILEÃO)
Maria Natalia Soares de Lacerda (Autora, UNILEÃO)
Salmom Felipe Alves da Silva(Autor, UNILEÃO)
Aline Morais Venancio (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A leishmaniose visceral também conhecida como calazar é uma


zoonose que afeta outros animais, além do homem. É uma doença causada pelo
protozoário Tripanossomatídeo Leishmania Chagasi, transmitida ao homem (e
também a outras espécies de mamíferos) por insetos vetores ou transmissores,
conhecidos como flebotomíneos (BRASIL, 2006). A transmissão acontece quando
uma fêmea infectada de flebotomíneo passa o protozoário a uma vítima sem a
infecção, enquanto se alimenta de seu sangue. Tais vítimas, além do homem, são
vários mamíferos silvestres (como a preguiça, o gambá, roedores, canídeos) e
domésticos (cão, cavalo, etc.) (MOTA, 2011). O cão é considerado o principal
reservatório doméstico da doença e, consequentemente, a principal fonte de
infecção humana. O protozoário presente no vetor transmite a doença acometendo
principalmente os órgãos: baço, fígado e medula óssea. As manifestações clínicas,
que podem ser discretas ou acentuadas, sendo a forma clássica da doença descrita
pela tríade: febre, hepatoesplenomegalia e pancitopenia. O período de incubação da
doença é bastante variável, podendo durar de dez dias a 24 meses, com média

ISBN 978-85-65221-23-8
entre dois e seis meses (ORTIZ e ANVERSA 2015).A Leishmaniose Visceral (LV) é
uma patologia parasitária de alta incidência mundial, sendo atualmente considerada
um problema grave de saúde pública. No continente americano, 90% dos casos
encontram-se no Brasil, principalmente, na região Nordeste e seus primeiros relatos
datam desde o ano de 1934. Historicamente negligenciada pelo setor privado, se
caracteriza, principalmente, por atingir a população de classe média baixa e da zona
rural. Entretanto, nas últimas décadas, vêm sofrendo um processo de urbanização,
verificada com base no surgimento de surtos epidêmicos em grandes centros
urbanos, o que a tornou uma das prioridades da Organização Mundial da Saúde
(OMS) dentre as doenças tropicais. (SILVA et al 2013). A LV é uma doença grave
que atinge todas as faixas etárias e, quando não tratada, seu índice de morte pode
chegar a 95%. Apresenta comportamento epidemiológico cíclico, com elevação de
casos em períodos médios a cada cinco anos. Quando não tratada quase sempre
evolui para óbito, e mesmo quando tratada, a doença pode resultar em taxas de
letalidade ao redor de 10 a 20%. Frequentemente, o óbito é determinado por
infecções bacterianas e/ou hemorragias (MORAIS et al 2015). O Ministério da Saúde
considera como principais desafios para o controle da endemia: urbanização;
alterações no perfil clínico-epidemiológico da doença; dificuldades operacionais;
grau de efetividade das medidas empregadas e alto custo financeiro (BRASIL,
2006). No Brasil é encontrada a maior prevalência de todo continente Americano,
estimando-se 65.000 novos casos por ano. A leishmaniose é a segunda doença
parasitária mais comum no mundo, estimando-se 600.000 novos casos por ano.
(MOTA, 2011). Devido o conhecimento ainda limitado acerca dos diversos
elementos que compõem a cadeia de transmissão da leishmaniose visceral, tem
dificultado a implantação de estratégias eficazes para o controle da doença e para
redução da mortalidade das pessoas acometidas, seja por meio do diagnóstico e
tratamento precoce dos casos, seja pela diminuição da população de flebotomíneos
e a eliminação dos reservatórios. No decurso da pesquisa buscou-se a construção
do conhecimento científico sobre a LV na vigésima regional de saúde do Ceará, e os
resultados pretenderam contribuir na disseminação de informações sobre essa
patologia, revelando a necessidade de estratégias para seu efetivo controle.

ISBN 978-85-65221-23-8
OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de Leishmaniose Visceral
na 20ª Regional de Saúde do Crato-Ceará no período de 2010 a 2016.
METODOLOGIA: Estudo de natureza descritiva, documental, de abordagem
quantitativa no qual foram utilizados os dados disponíveis sobre os casos de
leishmaniose visceral registrados no Sistema Nacional de Notificações e Agravos
(SINAN), do Ministério da Saúde (MS), da 20ª Regional de Saúde Crato-Ceará, no
período de 2010 a 2016. A Região de Saúde de Crato é composta por doze
municípios, sendo eles Altaneira, Antonina do Norte, Araripe, Assaré, Campos
Sales, Crato, Farias Brito, Nova Olinda, Potengi, Salitre, Santana do Cariri e Tarrafas
e compreende uma área de 8.974,126 Km². Crato é classificado como município
polo, assumindo a responsabilidade de atendimento das referências dos demais
municípios. Com base nos dados do Sistema de Informação de Agravos de
Notificação – SINANNET da 20ª Região de Saúde do Crato/CE, em 2010 a 2016
foram confirmados 135 de Leishmaniose Visceral, dentre eles 106 evoluíram para
cura, 17 descartados e 12 foram a óbito por leishmaniose visceral. Os sujeitos da
pesquisa foram os indivíduos acometidos pela leishmaniose visceral, registrados na
base de dados SINAN do portal eletrônico do Ministério da Saúde, disponível para
consulta pública em seu site. As principais variáveis obtidas para as informações
epidemiológicas foram: faixa etária, sexo, escolaridade, raça dos pacientes,
município de residência, critério diagnóstico utilizado para confirmação, evolução do
caso de modo a definir as características epidemiológicas e discutir a prevalência
dos casos nos municípios que compõem essa regional de saúde, no referido
período. Os dados foram tabulados e analisados por intermédio de procedimentos
da estatística descritiva, através do cálculo das frequências relativas das variáveis
disponíveis. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com relação a distribuição de casos
confirmados de LV por município de residência e ano, ocorreram 135 casos no total
geral dos municípios da regional de saúde do Crato-CE, no período de 2010 a 2016,
destes, observou-se no ano de 2010 um quantitativo de 14 casos (9,52%) do total
geral dos municípios, o ano 2011 revelou 18 casos (12,24%), no ano de 2012
obteve-se 9 casos (6,12%), já em 2014 foram 20 casos(13,60%), o ano de 2015
evidenciou 39 casos (26,53%) e em 2016, 14 casos (9,52%). Com relação aos

ISBN 978-85-65221-23-8
municípios o Crato apresentou um percentual de (42,23%) casos, seguido de Nova
Olinda (16,28%), Assaré (11,11%), Farias Brito (9,64%), Araripe (5,18%), Campos
Sales (4,44%), Santana do Cariri (3,70%), Salitre (2,96%), Tarrafas (2,22%), Potengi
(1,49%), e Altaneira (0,75%). Dessa forma o ano mais prevalente foi 2015 e o
município do Crato apresentando maior número de casos da doença em
praticamente todos os anos, tendo um aumento significativo no ano de 2015. A
prevalência no referido município pode estar associada por possuir o maior
quantitativo populacional dentre os demais da regional de saúde. No que diz respeito
às características sócio demográficas pôde-se observar que a maioria dos casos era
do sexo masculino (60,74%), em comparação ao feminino (39,26%). Estudo
realizado por Oliveira; Dias Neto; Braga (2013); de 2001 a 2010, no Ceará também
revelou maior predominância de casos de LV em pessoas do sexo masculino, essa
maior proporção do sexo masculino sobre o feminino também foi realizado em
outros estudos em regiões diferentes como em São Luiz, Maranhão, durante 2004 a
2006 (SILVA et al, 2008). Contudo a diferença entre o sexo não tem uma explicação
científica comprovada, o que se associa é uma maior susceptibilidade em função de
maior exposição dos vetores da LV. No que concerne a idade, quando categorizada
mostra uma avaliação da faixa de menor de 1 ano até 80 anos ou mais, os
resultados revelam que a maioria dos casos de LV ocorreram entre 1 a 4 anos
(28,15%). Na análise de Batista et al (2014) da distribuição dos casos, de acordo
com a faixa etária , mostra que a LV ocorre em todas as idades, com os maiores
índices em crianças de 1 a 4 anos. Esse acometimento em crianças ocorre
principalmente porque o sistema imunológico não está totalmente desenvolvido. A
pesquisa revelou que na escolaridade predominou da 1ª a 4ª série incompleta
(16,29%), contudo uma informação que chama atenção quanto a investigação dos
anos de estudos são os ignorados (20,74%) e os que preenchem como não se
adequam (31,12%), revelando um descuido quanto ao preenchimento da ficha de
notificação. Resultados semelhantes foram apresentados por Oliveira (2007) onde
verificou-se que os sujeitos com maior ocorrência da patologia tinham a escolaridade
ignorada, branco, não preenchido ou não se aplica, possivelmente, deve-se ao fato
que 31,21% dos casos encontravam-se na faixa etária de menores de quatro anos,

ISBN 978-85-65221-23-8
os quais ainda não estudavam ou estavam em séries pré-escolares. Sobre a etnia o
estudo revelou a mais frequente parda (82,96%), seguida da branca (11,85%), preta
(2,22%) e indígena (0,75%), sendo ignorado (2,22%) dos casos. Segundo Batista et
al (2013) isso não é observado apenas no Ceará, como também em outros estados,
como o Piauí que a distribuição de casos por raça da LV foi mais elevada na cor
parda (89,5%). Como não há estudos que determine o risco pela etnia, esse dado
deve ser interpretado a partir dos dados demográficos da população residente por
cor: segundo o IBGE, a região Nordeste apresenta, em sua maioria, uma população
parda, com 61,5%, seguida da cor branca, com 29,5 (INSTITUTO BRASILEIRO DE
GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2015). Com relação ao critério de diagnóstico
utilizado para confirmação 100% foram laboratoriais. No estudo de Silva et al (2008)
o diagnóstico teve confirmação laboratorial em 93,3% dos casos. O critério clínico de
confirmação com maior segurança para LV é o laboratorial, no qual é possível
identificar o parasito por meio de exames específicos e inespecíficos (BRASIL,
2010). A frequência para evolução dos casos de LV revelaram que 78,51%
evoluíram para cura e apenas 7,41% chegaram a óbito por LV, a letalidade por
outras causas (3,70%), transferência (2,22%), abandono (0,75%) e ignorados
(7,41%). Em pesquisa feita em Campo Grande, Mato Grosso, a proporção de óbitos
de casos foi 5,5%. Já a mortalidade média encontrada no Ceará no período de 2001
a 2011 foi de 5,6% (OLIVEIRA, 2011). Para o Ministério da Saúde o critério de cura,
para essa patologia, envolve o acompanhamento do doente por 12 meses. Os
principais critérios de cura são clínicos, sendo eles: redução dos órgãos
hipertrofiados (baço e fígado), ausência de febre, regulação de índices
hematológicos, ganho gradativo de peso, presença de eusinofilia, durante ou no final
do tratamento (BRASIL, 2007). CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo realizado
permitiu ampliar o conhecimento sobre a leishmaniose visceral, revelando
informações epidemiológicas importantes para as cidades do interior cearense, que
fazem parte da vigésima Regional de Saúde. Vale destacar que apesar da
insuficiente qualidade dos registros dos Sistemas de Informação em Saúde, o que
dificulta a realização de estudos epidemiológicos as informações foram úteis para o
melhor conhecimento das características da doença na referida região. Assim, os

ISBN 978-85-65221-23-8
resultados encontrados nesta pesquisa vem reforçar a necessidade de estratégias
mais eficazes para o controle da doença e da elaboração de políticas públicas que
melhoram a vida da população.

Palavras-chave: Leishmaniose Visceral. Epidemiologia. Promoção da Saúde

REFERÊNCIAS:

BATISTA, F. M. A. et al. LEISHMANIOSE: perfil epidemiológico dos casos


notificados no estado do piauí entre 2007 E 2011. Revista Univap. São José dos
Campos-SP-Brasil, v. 20, n. 35, jul.2014

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


Vigilância Epidemiológica. Manual de vigilância e controle da leishmaniose
visceral. Brasília: MS, 2006. 120p.

BRASIL.Ministério da Saúde. Manual de Vigilância da Leishmaniose Tegumentar


Americana . 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2007

BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças infecciosas e parasitárias : guia de bolso.


8. ed. rev. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa


Nacional por Amostra de Domicílios. PNAD, 2015. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad2015/
gaficos_pdf.pdf>. Acesso em: 28 Set. 2017.

OLIVEIRA E. N. Perfil Epidemiológico da Leishmaniose Visceral no Município


de Paracatu, MG no período de 2007 a 2010. 2011 [Curso de especialização em
Atenção Básica em Saúde da Família]. Universidade Federal de Minas Gerais; 2011.

OLIVEIRA, L.S.; DIAS NETO, R. V.; BRAGA, P.E. T. Perfil Epidemiológico dos
Casos de Leishmaniose Visceral em Sobral, Ceará no Período de 2001 A 2010.
S A N A R E, Sobral, V.12, n.1, p. 13-19, jan./jun. - 2013

SILVA A.R., et al. Situação epidemiológica da leishmaniose visceral, na Ilha de São


Luís, Estado do Maranhão. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
CONSULTA DE PUERICULTURA COM ÊNFASE EM NUTRIÇÃO
COMPLEMENTAR

Nadna Larissa Ferreira Moura (Relatora, UNILEÃO)


Ana Carla Mendes Filgueiras (Autora, UNILEÃO)
Ana Raquel Bezerra Saraiva (Autora, UNILEÃO)
Darley Rodrigues da Silva (Autor, UNILEÃO)
Michele Oliveira Felizardo (Autora, UNILEÃO)
Ana Paula Ribeiro de Castro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: É cediço que a Puericultura é uma das atividades primordiais, senão


a mais importante, na prevenção e na promoção dos temas: Saúde da Infância e do
Adolescente e Estratégia de Saúde da Família. Faz parte do rol de atividades
indispensáveis ao acompanhamento do desenvolvimento e crescimento infantil.
Quando assistida de maneira integral, associada à visita domiciliar e ao
acompanhamento na Unidade Básica de Saúde, consolidará toda a diferença no
futuro da população infanto-juvenil de determinada comunidade (FIGUEIREDO;
MELO, 2003). A alimentação e a nutrição são elementos primordiais na perseguição
da garantia de um desenvolvimento e crescimento infantil adequado, e, nesse
aspecto, busca-se a inserção da Puericultura, como instrumento catalizador da
promoção de saúde, tendo como sua principal ferramenta as ações preventivas com
foco no combate a desnutrição e a obesidade infantil, os quais se firmam entre os
principais problemas nutricionais das crianças e dos adolescentes (CARNEIRO,
2010). Os profissionais de saúde devem promover e orientar a Educação em Saúde
de forma clara e prática, devendo estar atentos e preparados para, principalmente,

ISBN 978-85-65221-23-8
escutar as inquietudes dos parentes, acolhendo suas dúvidas, preocupações e
incertezas, orientando os responsáveis de maneira clara, evitando o uso de termos
técnicos ou demasiados rebuscados, sempre procurando se aproximar dos termos
tangíveis necessários para que os familiares possam realizar suas ações da maneira
correta (SILVA; ROCHA; SILVA, 2009). O Ministério da Saúde preconiza que seja
oferecido à criança, o leite materno exclusivo até os seis meses de idade e logo
após, se possível, começar a introdução de outros alimentos, a fim de promover uma
alimentação saudável e o crescimento e desenvolvimento adequados aos menores
de dois anos de idade (BRASIL, 2015). A introdução de uma dieta variada garante à
criança uma nutrição adequada, prevenindo doenças infecciosas, doença diarreica,
desnutrição, entre outras, e evitando que a mesma rejeite os alimentos. Em
contrapartida a ingesta de alimentos pobres em micronutrientes poderá acarretar
uma série de danos ao indivíduo na fase de crescimento e desenvolvimento, tendo
como uma possível consequência à anemia carencialferropriva (SANTOS et al.,
2010). Diante o exposto, fica o seguinte questionamento de pesquisa: dentro da
atual conjuntura da saúde pública no nosso País como está ocorrendo o
acompanhamento em puericultura na zona rural da ESF em Juazeiro do Norte?
OBJETIVOS: O objetivo geral do estudo foi avaliar o acompanhamento em
puericultura realizado pelos enfermeiros da Zona Rural da Estratégia de Saúde da
Família em relação à alimentação complementar. Como específicos tivemos
caracterizar o perfil socioeconômico e sócio demográfico dos enfermeiros; analisar
como se dão as orientações prestadas pelos enfermeiros em relação à alimentação
complementar de crianças; conhecer as estratégias utilizadas para prestar
orientações sobre alimentação complementar na puericultura; descrever as
facilidades e dificuldades em relação à alimentação complementar na puericultura
relatada pelos enfermeiros participantes do estudo. METODOLOGIA: O presente
estudo é pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, foi realizado no município
de Juazeiro do Norte-Ce, com as equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) da
zona Rural, que possui uma área de 248.832 km² e encontra-se localizado no sul do
estado do Ceará, na região do Cariri. Apresenta atualmente uma população de
268.248 habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ISBN 978-85-65221-23-8
(IBGE, 2016). Os participantes foram os enfermeiros que atuam nas 07 equipes na
ESF da zona rural, no ano de 2017, do referido município, seguindo critérios de
inclusão e exclusão. Para a coleta de dados foi utilizado o questionário com
perguntas abertas. Os dados foram analisados a partir da análise temática de
Minayo (MINAYO, 2004) que se divide em três fases: A primeira fase é a Pré-
Análise, a segunda fase é a Exploração do Material e a terceira fase é o Tratamento
dos Resultados Obtidos e Interpretação. Os resultados estão organizados por meio
de categorias temáticas e embasados na literatura pertinente. A pesquisa seguiu os
aspectos éticos e legais de acordo com a Resolução nº 466/2012 do Conselho
Nacional de Saúde/Ministério da Saúde (BRASIL, 2012). RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Após realizada análise dos dados sobre o objeto de estudo
emergiram três categorias temáticas denominadas: Categoria 1- Orientação sobre a
alimentação complementar do enfermeiro. Categoria 2- Estratégias para uma
alimentação complementar adequada: o que fazem os enfermeiros? Categoria 3-
Facilidades x dificuldades para orientação complementar. Em relação à Educação
em Saúde em Nutrição Complementar na ESF, as enfermeiras referiram que essas
ocorrem no momento da consulta, ou no puerpério, através de orientações/palestras
com o objetivo de reforçar a importância do aleitamento materno e de uma
alimentação complementar adequada e saudável. Segundo Vieira et al (2012) a
constante comunicação é fundamental para que aconteça a construção e a troca de
conhecimentos e experiência entre o profissional e a família e não somente na
transmissão do conhecimento por parte do enfermeiro a fim de melhorar o estado
nutricional da criança, deve-se construir um diálogo participativo podendo ser de
maneira individual durante as consultas, ou de maneira grupal a fim de
compreender quais as condições de vida dessas famílias, em relação às suas
crenças e cultura. A oferta e orientação complementar eram orientadas durante as
consultas, segundo as participantes, para as mães e/ou cuidadores, podendo
perceber como as enfermeiras frisavam essa abordagem enfatizando que a
alimentação complementar ajuda no processo de desmame, sendo essa
complementação após os seis meses, orientando evitar o uso de alimentos
industrializados, procurar incentivar o consumo de frutas nos lanches, não deixar de

ISBN 978-85-65221-23-8
insistir na oferta de alimentos antes rejeitados pelas crianças, a importância da
higienização dos alimentos e trocar o uso de mamadeiras por copos, colheres e
pratos. Santos et al.,(2010) afirmam que ao iniciar a introdução alimentar das
crianças, começa ocorrer diversos erros alimentares em virtude da má ingestão
nutricional, principalmente após o desmame, onde o leite materno é substituído por
alimentos pobres em ferro, tem-se como exemplo o leite artificial, ocorrendo ganho
ponderal insuficiente da criança, podendo ser analisado quando utilizados os
gráficos de referência padronizados pelo Ministério da Saúde. Portanto, incentivar o
hábito de uma alimentação adequada na primeira infância, reduzirá diversos
problemas alimentares da população infantil, onde a anemia ferropriva prevalece
sendo responsável por 95% dos casos desta patologia, atingindo principalmente
crianças menores de 4 anos. Corrêaet al., (2009) colocam ainda que assim como o
aleitamento materno exclusivo até os seis meses é fundamental para o bom
desenvolvimento do lactente, a introdução alimentar ofertada de forma lenta e
gradual, de consistência pastosa, frutas, verduras e carnes, a partir dessa idade,
também tem a mesma importância, para que continue atendendo as necessidades
nutricionais e o desenvolvimento infantil. Segundo Vendruscolo, (2012) é
recomendado que a criança continue em aleitamento materno até os 2 anos de
idade ou mais, para que este continue atuando como forma de protetor imunológico
evitando a morbi-mortalidade e proporcionando uma fonte importante de nutrientes.
Estes profissionais enfatizaram que seguem a pirâmide alimentar, assim como
sugerem receitas conforme a necessidade de cada criança, através de palestras
educativas, escuta qualificada sobre a rotina alimentar de cada família, elaborando
esquema alimentar conforme as necessidades socioeconômicas dos familiares,
orientações quanto à higiene no preparo dos alimentos. E que a Consulta de
Puericultura é a principal estratégia porque se tem o controle do ganho ponderal da
criança, através de medidas antropométricas. Em relação às dificuldades os
profissionais relataram existirem com relação à alimentação adequada para as
crianças, muitos relatos de baixa condição socioeconômica e escolaridade como
também as mesmas não seguirem as orientações prestadas pelos profissionais.
Mouraet al. (2015) afirmam que dentre as responsabilidades da Equipe de

ISBN 978-85-65221-23-8
Enfermagem cabe a estes profissionais a identificação precoce de problemas
relacionados à nutrição das crianças. Observado à deficiência alimentar do infante,
cabe ao enfermeiro à implementação de estratégias de cuidados a fim de possibilitar
a diminuição da morbimortalidade influenciada pelo seu estado carencial de
nutrientes, como também contribuir para que seu desenvolvimento e crescimento se
tornem positivo, favorecendo a formação de bons hábitos alimentares, até a vida
adulta. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nesse estudo foi possível analisar como são
feitas as orientações pelos profissionais com relação à alimentação complementar,
onde as mesmas são realizadas durante as consultas de puericultura, e através de
palestras de educação em saúde, frisando a relevância do aleitamento materno e de
uma alimentação complementar saudável sendo esta necessária a partir de 6
meses, sempre introduzida de forma lenta e gradual, na qual ajudará também no
processo de desmame. Dentre as estratégias realizadas pelos profissionais a título
de orientação para mães e ou cuidadores, alguns relataram que fazem uso da
pirâmide alimentar, orientações de receitas conforme as necessidades de cada
criança ressaltaram realizar palestras educativas, assim como escuta qualificada
sobre a rotina alimentar de cada família, fazem uso de esquema alimentar conforme
as necessidades socioeconômicas dos familiares, enfatizando quanto à higiene no
preparo dos alimentos, explicando que a Consulta de Puericultura é a principal
estratégia porque se tem o controle do ganho ponderal da criança, através de
medidas antropométricas. O estudo também evidenciou que os profissionais referem
sentir dificuldades com relação à alimentação adequada para as crianças, muitos
relatos de baixa condição socioeconômica e escolaridade como também as mesmas
não seguirem as orientações prestadas pelos profissionais. A realização deste
estudo me permitiu aprofundar conhecimentos teóricos sobre Puericultura com
ênfase em nutrição complementar, assim como a atuação do enfermeiro no
atendimento à puericultura. Sendo esta de fundamental importância na atenção à
saúde da criança prevenindo-as de doenças e outros agravos. Diante do exposto
sugere-se que, se faz necessário a capacitação desses profissionais de enfermagem
com relação à Puericultura, pois esta não se resume ao simples controle de medidas
antropométricas, educação em saúde e de uma visão higienista, mas também ao

ISBN 978-85-65221-23-8
conhecimento de diversas patologias relacionadas ao desenvolvimento e
crescimento adequado dessas crianças, quando não há o processo de inserção e
orientação correta alimentar em tempo hábil, e identificadas precocemente, estas
doenças evitarão resultados negativos na fase adulta.

Palavras-chave: Puericultura. Alimentação Complementar. Estratégia Saúde da


Família.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução nª 466, de 12 de dezembro, 2012.
Disponível em: http://concelho.saude.gov.br/resolucao2012/reso466.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da Criança: Aleitamento Materno e
Alimentação Complementar. Brasília-DF 2ª. Ed. Caderno de Atenção Básica nª 23.
Editor MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015.
CARNEIRO, V. G. A Puericultura realizada pelo enfermeiro: importância na
Estratégia da Saúde da Família. Corinto/Minas Gerais, 2010. Disponível em:
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2607.pdf
CORRÊA, E. N. et al. Alimentação complementar e características maternas de
crianças menores de dois anos de idade em Florianópolis(SC). Rev. Paul
Pediatr2009;27(3):258-64.Florianópolis-SC.
http://www.scielo.br/pdf/rpp/v27n3/05.pdf
FIGUEIREDO, G. L. A; MELLO, D. F. de. A prática de enfermagem na atenção a
saúde da criança em unidade básica de saúde. Rev. Latino-Am Enfermagem 2003:
julho,agosto; 11(4): 544-51. Disponível:
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v11n4/v11n4a19.pdf

IBGE. Censo Demográfico. Resultados do Universo. 2016. Disponível em:


http//www.ibge.gov.br
MINAYO, M. C. de Souza. O Desafio do Conhecimento: Pesquisa qualitativa em
saúde. 14º. Ed. São Paulo: Editora HUCITEC, 2004.
MOURA, M. Á. P. et al. Facilidades e dificuldades dos enfermeiros no cuidar da
alimentação infantil na Atenção Básica. O mundo da saúde, São Paulo. 2015;
39(2): 231-238.

SANTOS, C. S. et al. Alimentação Complementar do Lactente: subsídios para a


consulta de enfermagem em puericultura. Cogitare Enfermagem, 15(3): 536-
41,2010. Disponível em: http://revistas.ufpr.br/cogitare/article/viewArticle/18900.

ISBN 978-85-65221-23-8
SILVA, M. M.; ROCHA, L.; SILVA, S. de O. Enfermagem em Puericultura: unindo
metodologias assistenciais para promover a saúde nutricional da criança. Rev.
Gaúcha de Enfermagem, 30(1): 141-4,2009. https://www.seer.ufrgs.br.

VENDRUSCOLO,J. F. et al, A relação entre o aleitamento, transição alimentar e


os indicadores de risco para o desenvolvimento infantil, São Paulo, 24(1):41-52,
abril 2012.
VIEIRA, V. C. de L. et al. Puericultura na atenção primária à saúde: atuação do
enfermeiro.CogitareEnferm. 2012 Jan/Mar; 17(1):119-25. Mandaguari-PR-Brasil
http://revistas.ufpr.br/cogitare/article/viewFile/26384/17577

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
CUIDADOS DE ENFERMAGEM À PESSOA SOB CUIDADOS PALIATIVOS: UMA
REVISÃO DE ESTUDOS
Anna Karen Lucas Cavalcante (Relatora, URCA)
Irynna Giovanna Bezerra Costa (Autora, URCA)
John Herbert da Silva Brito (Autor, URCA)
Kildary Souza Primo (Autor, URCA)
Sarah Lucena Nunes (Autora, URCA)
Adriana de Moraes Bezerra (Orientadora, URCA/FJN)

INTRODUÇÃO: Os cuidados paliativos têm como sua pioneira e principal referência


a enfermeira, médica e assistente social Cicely Saunders, possuindo uma visão à
frente do seu tempo, observou a necessidade da atenção ao cliente que se
encontrava fora da possibilidade de cura terapêutica. Cuidados paliativos podem ser
definidos como uma abordagem que busca uma melhora da qualidade de vida do
paciente e de sua família que estão enfrentando o problema relacionado a doença
que ameaça a continuidade da vida, através de prevenção e alívio do sofrimento por
meio de identificação precoce, tratamento da dor e outros problemas de ordem
física, psicossocial e espiritual. A terminalidade é tida como um dos momentos mais
difíceis da vida, pois a certeza da morte se torna cada vez mais próxima, mesmo em
meio a tantas tecnologias e tratamentos disponíveis. Nessa abordagem há um papel
fundamental exercido pela equipe de enfermagem, que trabalha com um sistema de
valores humanístico baseado em um contato direto e mais profundo com o cliente,
possibilitando, assim, a aplicabilidade do conceito de cuidados paliativos da melhor
forma possível. Essa prática pode ser vista na Enfermagem Humanística, que é

ISBN 978-85-65221-23-8
considerada um diálogo vivo que envolve um encontro em que se tem a expectativa
de alguém para atender e alguém que será atendido, há a necessidade na qualidade
de ser receptivo e recíproco para com a outra pessoa, o relacionamento deve ser por
meio do qual um irá em direção ao outro, havendo uma promoção de uma presença
autêntica e um chamado e uma resposta que se apresenta na forma de
comunicação verbal e não-verbal. Tem-se o câncer como a patologia mais
associada ao estado terminal. Diante de uma doença incurável, pode-se observar
no paciente a presença da negação, raiva, barganha, depressão e/ou aceitação,
etapas estas, conhecidas como os cincos estágios da dor da morte. É importante
que o profissional de Enfermagem compreenda a necessidade de um cuidado
assistencial, que melhore momentaneamente a qualidade de vida de indivíduos que
se encontram em uma fase terminal, visto que, essa é uma situação na qual a busca
pela cura se torna dispensável. OBJETIVOS: Compreender como são realizados os
cuidados de enfermagem a pacientes sob cuidados paliativos. MÉTODO: Trata-se
de uma revisão integrativa de literatura, de abordagem qualitativa, com foco na
assistência de enfermagem a pessoas em cuidados paliativos. Foram realizadas as
seguintes etapas para a obtenção da amostra final de artigos: I - identificação do
tema e a elaboração da questão norteadora; II - definição do objetivo; III - seleção de
descritores; IV - estabelecimento dos operadores booleanos; V - busca na base de
dados eletrônica BVS. Na primeira etapa, foi definido cuidados paliativos como o
tema a ser pesquisado, o que levou a refletir sobre o seguinte questionamento:
Como é realizado os cuidados de enfermagem à pacientes sob cuidados paliativos?
Em seguida definiu-se o objetivo geral desta produção científica. As terceira e quarta
etapas contemplaram o cruzamento dos seguintes descritores com o operador
booleano AND: assistência de enfermagem AND oncologia AND cuidados paliativos.
Por último, foi realizada a busca no banco de dados Biblioteca Virtual de Saúde
(BVS) com o uso dos descritores supracitados, resultando em 217 artigos. Após a
aplicação dos filtros: artigos disponíveis obteve-se um total de 111 artigos; incluiu-se
artigos em inglês, português e espanhol, entre os anos de 2010 e 2017. Em seguida,
foi realizada a leitura dos títulos das produções científicas e leitura dos resumos,
aplicando-se como critério de exclusão abordagens incompatíveis com a

ISBN 978-85-65221-23-8
problemática em questão, artigos pagos e repetidos, finalizando uma amostra final
de 17. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Diante da importância da equipe de
enfermagem nos cuidados paliativos, estudos trazem que os discentes que recém
saíram da graduação sentem grande dificuldade quando se encontram no processo
de assistência paliativa a um cliente, não proporcionando um cuidado de fato
qualificado. Justifica-se tal fato devido considerarem o cuidado à pessoas com
doenças incuráveis como sinônimo de fracasso. Esse pensamento levanta um
bloqueio durante o cuidado paliativo, quando o paciente já não possui mais a
possibilidade de cura, o que acaba prejudicando a assistência que é prestada.
Percebe-se que os acadêmicos não estão preparados para lidar com a morte, que
estará presente no cotidiano do trabalho do enfermeiro. As dificuldades diante os
cuidados paliativos são relacionados com a carência da falta de preparo durante
formação profissional para lidar com o processo morte-morrer. Deve-se enfatizar que
um dos caminhos para a conquista da humanização do cuidado paliativo é a
comunicação entre profissional e paciente. O diálogo ajuda tanto o enfermeiro como
o paciente, pois atenuará os medos vivenciados pelo cliente, motivará a expressão
dos seus sentimentos e pensamentos, envolvendo-os mutuamente em uma relação
de confiança. Essas aberturas dos canais de comunicação simbolizam uma melhoria
na efetividade da identificação e da assimilação das dores sofridas pelo paciente. O
alívio da dor é uma das bases de cuidado indicada no cuidado paliativo. Pelo fato da
dor ser sempre um sintoma persistente, os profissionais procuram a todo o momento
providenciar ações de avaliação e minimização da dor. Contudo, seu
reconhecimento não deve ficar baseado apenas nos relatos verbais. Os profissionais
têm condições de identificar e perceber a dor do paciente por meio de relatos verbais
e não-verbais, como a expressão facial e o olhar. A comunicação e observações
feitas são capazes de identificar se o paciente está realmente bem ou não. Após o
falecimento do cliente, os profissionais devem transcender seus últimos cuidados à
família do paciente, buscando atenuar ao máximo esse momento traumático,
encerrando com dignidade, respeito e humanização, os cuidados paliativos
prestados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Torna-se evidente, portanto, que diante da
terminalidade a equipe de enfermagem deve auxiliar e promover um alívio dessa dor

ISBN 978-85-65221-23-8
através de cuidados paliativos. Isso deve acontecer de forma humanizada, que será
moldada durante a atuação profissional, mas iniciando esse aprendizado ainda em
âmbito acadêmico. Esse auxílio deve conter pontos indispensáveis como uma
escuta atenta por parte do profissional, comunicação, podendo ser verbal ou não
verbal, a criação de um laço de confiança na relação entre profissional, cliente e
família, além de que o cuidado não deve ser voltado apenas ao paciente, mas
também aos seus familiares.

Palavras-chave: Assistência. Cuidado. Enfermagem. Paliativo. Terminalidade.

REFERÊNCIAS

COROPES, V. B. A. S.; VALENTE, G. S. C.; OLIVEIRA, A. C. F.; PAULA, C.L.;


SOUZA, C. Q. S.; CAMACHO, A. C. L. F. A assistência dos enfermeiros ao paciente
com câncer em fase terminal: revisão integrativa. Rev. Enferm. UFPE on line, dez,
2016.
FRANÇA, J. R. F. S.; COSTA, S. F. G.; LOPES, M. E. L.; NÓBREGA, M. M. L.;
FRANÇA, I. S. X. Importância da comunicação nos cuidados paliativos em oncologia
pediátrica: enfoque na Teoria Humanística de Enfermagem. Rev. Latino-Am.
Enfermagem., v. 21, n. 3, maio-jun, 2013.

MONTEIRO, A. C. M.; RODRIGUES, B. M. R. D.; PACHECO, S. T. A.; O enfermeiro


e o cuidar da criança com câncer sem possibiliadade de cura atual. Esc. Anna
Nery., v. 16, n. 4, out-dez, 2012.

SILVA, M. M.; SANTANDA, N. G. M.; SANTOS, M. C.; CIRILO, J. D.; BARROCAS,


D. L. R.; MOREIRA, M. C. Cuidados paliativos na assistência de alta complexidade
em oncologia: percepção de enfermeiros. Esc. Anna Nery., v. 19, n. 3, jul-set, 2015.

SILVA, A. F.; ISSI, H. B.; MOTTA, M. G. C.; A família da criança oncológica em


cuidados paliativos: o olhar da equipe de enfermagem. Cienc. Cuid. Saúde., v. 10,
n. 4, 2011.
STÜBE, M.; CRUZ, C. T.; BENETTI, E. R. R.; GOMES, J. S.; Percepções de
enfermeiros e manejo da dor de pacientes oncológicos. Rev. Min. Enferm., v. 19, n.
3, jul-set, 2015.
VIEIRA, T. A.; OLIVEIRA, M.; MARTINS, E. R. C.; COSTA, C. M. A.; ALVES, R. N.;
MARTA, C. B. Cuidado paliativo ao cliente oncológico: percepções do acadêmico de
enfermagem. Res. Fundam. Care online.¸v. 9, n. 1, jan-mar, 2017.

ISBN 978-85-65221-23-8
WORLD HEALTH ORGANIZATION, Noncommunicable diseases and their risk
factors. Disponível em: <http://www.who.int/ncds/management/palliative-
care/introduction/en/>. Acesso em: 18 de maio de 2017.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
DO LUDICO À FARMACOTERAPIA: UMA ANALISE DA VARIABILIDADE
CARDÍACA EM HIPERTENSOS

Eli Carlos Martiniano (Relator, FJN)


Raimundo Luan Souza Alencar (Autor, FJN)
Daiane Hermógenes Cordeiro (Autora, FJN)
Rutherford Alves Moura (Orientador, SEAS)

INTRODUÇÃO: A música trata-se de um instrumento antigo que sofre constantes


processos, modificações e evolui na população conforme costumes e tradições tidas
em cada civilização (PAIANO; FERNANDES, 2014). Esta é tida como um
instrumento de experiência universal, capaz de transmitir sensações, e mensagens
em uma linguagem diferenciada, onde é capaz de provocar alterações no estado
emocional de pessoas (BARBOSA et al., 2014). Quando se aplica a música com
finalidades terapêuticas consegue-se diminuir níveis de estresse, desconfortos e
ansiedades, por isto muitas vezes este método é utilizado com a finalidade de
proporcionar conforto e consequentemente melhora ao quadro do paciente,
apresentando-se eficaz como método de assistência terapêutica a varias patologias
entre elas a hipertensão arterial (FEREZINI DE SÁ et al., 2013. A hipertensão
arterial é a principal causa de consulta na atenção primaria, assim como também
direta ou indiretamente em todos os níveis de atenção à saúde (SANTOS et al.,
2013). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um em cada três adultos
possui hipertensão, o que representa uma taxa bastante alarmante, devido sua
cronicidade. Esta patologia se encontra como uma das afecções mais comuns dos

ISBN 978-85-65221-23-8
tempos atuais, esta é dada como responsável por agravos mais severos que
envolvem o aparelho cardiovascular, como o acidente vascular encefálico e infarto
agudo do miocárdio (ZATTAR et al., 2013), além de fatores econômicos como
aposentadorias precoces, gastos gerados com distribuição medicamentosa,
atendimento especializado e gastos hospitalares (VELTEN et al., 2014). OBJETIVO:
Analisar a influencia da atividade lúdica de musicoterapia associada ao fármaco
sobre o controle autonômico cardíaco. MÉTODO: Trata-se de um estudo
experimental com característica quantitativa, onde foram avaliados 40 sujeitos de
ambos os sexos com diagnóstico de hipertensão arterial e que fazem uso de
medicação anti-hipertensiva. Participaram do estudo pacientes atendidos em
Estratégias em Saúde da Família da cidade de Juazeiro do Norte-CE. Inicialmente
foram coletados dados como: idade, sexo, massa, altura, índice de massa corpórea
e frequência respiratória. A modulação autonômica cardíaca foi registrada em dois
dias distintos, esta foi analisada nos seguintes períodos: 1) protocolo de controle -
período de 10 minutos antes da medicação; 2) 20 minutos; 3) 40 minutos e; 4) 60
minutos após a medicação oral. A amostra foi dividida em grupos conforme a
presença ou não do estímulo auditivo. Métodos estatísticos foram aplicados para o
cálculo das médias e desvios padrão. A distribuição normal dos dados foi verificada
pelo teste de normalidade Shapiro-Wilk (valor z> 1,0). Para as distribuições
paramétricas, aplicou-se o teste ANOVA (música e momento) e em seguida o pós-
teste de Bonferroni. Para as distribuições não paramétricas aplicou-se o teste
Friedman seguido do pós-teste de Dunn. O teste t de Student pareado foi aplicado
para distribuição paramétrica e, para distribuições não-paramétricas, aplicamos o
teste de Wilcoxon para comparar variáveis entre os mesmos pacientes. As
diferenças foram consideradas significativas quando a probabilidade de um erro de
Tipo I foi inferior a 5% (P <0,05). Utilizamos o Software Biostat® 2009 Professional
5.8.4. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As medicações antihipertensivas que fizeram
parte do estudo foram: Hidroclorotiazida 25 mg (7 participantes), Captopril 25 mg (7
participantes) e que os utilizavam associados (6 participantes), Lozartana 50 mg,
Enalapril 5 mg, Atenolol 25 mg e Anlodipine 2,5 mg. Não houve diferença
significativa entre o grupo controle e o com protocolo de música em relação aos

ISBN 978-85-65221-23-8
indicadores PAS (p = 0,25), PAD (p = 0,53) e LF/HF (p = 0,58). Por outro lado, foram
observados valores reduzidos de FC de repouso (p = 0,0014) e LF (p = 0,04) no
protocolo de música. Os índices SDNN (p = 0,032), RMSSD (p = 0,02), pNN50 (p =
0,01) e HF (p = 0,04) foram mais elevados nos primeiros 40 minutos no protocolo
musical. Em relação às respostas de PAS, PAD e FC à música após a medicação,
observou-se reação similar de PAS e PAD em ambos os protocolos, ambas as
variáveis diminuíram após a medicação nos grupos protocolo musical e no controle
durante 60 minutos após a medicação. No protocolo de música, a FC diminuiu
durante 60 minutos após a medicação, enquanto que no grupo de controle a FC
diminuiu nos ultimos 20 minutos após a medicação. Em relação à análise do domínio
do tempo da VFC, o SDNN foi reduzido 20 minutos após a medicação em
comparação com antes e 40 minutos após a medicação no protocolo de controle. No
protocolo de música, SDNN foi diminuído nos 20 minutos, 40 minutos e 60 minutos
após a medicação. RMSSD aumentou 60 minutos após a medicação em
comparação com antes, 20 minutos e 40 minutos após a medicação no protocolo de
controle, enquanto que aumentou 40 minutos após a medicação em comparação
com antes e 60 minutos após a medicação no protocolo de música. A análise
espectral da VFC é apresentada na Figura 3. A LF (nu) diminuiu nos 60 minutos
após a medicação em comparação com 40 minutos após a medicação no protocolo
de controle, enquanto diminuiu nos 20 minutos, 40 minutos e 60 minutos após a
medicação em comparação com antes no protocolo de música. HF (nu) foi
aumentado 60 minutos após a medicação em comparação com 40 minutos após a
medicação no protocolo de controle, enquanto que aumentou nos 20 minutos, 40
minutos e 60 minutos após a medicação em comparação com antes da
administração da medicação no protocolo de música. A razão LF/HF foi reduzida 20
minutos após a medicação em comparação com antes da medicação no protocolo
de música enquanto não houve alteração significativa no protocolo de controle.
Observou-se que a maior ativação parassimpática no grupo de protocolo musical é
evidenciada, entre outros indicadores, pela redução significativa da FR. No estudo
de Watanabe; Ooishi e Kashino (2015), que avaliou o efeito da música sobre a FR,
encontrou-se que esta estimulação atua sobre o SNA reduzindo a atividade

ISBN 978-85-65221-23-8
simpática, isto proporcionaria uma maior predominância parassimpática, explicando
assim a redução da atividade no sistema respiratório. A obtenção de tais resultados
faz-se refletir o porquê de a música ter influenciado essas respostas autonômicas
quando associada aos medicamentos, uma hipótese seria a de que a música pode
ter ativado o sistema parassimpático, isso acarretaria no aumento da motilidade
gastrointestinal, que viria a acelerar a absorção destes medicamentos.
CONCLUSÃO: A estimulação auditiva musical intensificou os efeitos da medicação
sobre o controle autonômico cardíaco de pessoas hipertensas.

Palavras-chave: Música. VFC. Hipertensão Arterial.

REFERENCIAS

BARBOSA, J.C. et al. Cardiac autonomic responses induced by mental tasks and the
influence of musical auditory stimulation. Complementary Therapies in Clinical
Practice. 20, 135-140, 2014.

FEREZINI DE SÁ, J.C. et al. Variabilidade da frequência cardíaca como método de


avaliação do sistema nervoso autônomo na síndrome dos ovários policísticos. Rev
Bras Ginecol Obstet. 35(9):421-6; 2013.

OMS - Organização Mundial da saúde. Disponível em:


<http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=3196:dia-
mundial-saude&catid=1016:bra-01-noticias&Itemid=875>. Acesso em 22 fev. 2016.

PAIANO, L.A.G. FERNANDES, L.M. Uso de intervenção musical em pacientes


internados em unidade de terapia intensiva: estudo piloto. Rev Enferm UFSM.
4(4):813-824; Out/Dez, 2014.

SANTOS, M.V.R. et al. Adesão ao tratamento anti-hipertensivo: conceitos, aferição e


estratégias inovadoras de abordagem*. Rev Bras Clin Med. São Paulo, 11(1):55-61;
Jan/Mar, 2013.

ISBN 978-85-65221-23-8
VELTEN, A.P.C. et al. Estudo de caso-controle sobre fatores de risco relacionados à
hipertensão. Arq. Ciênc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 18, n. 2, p. 83-88,
maio./ago. 2014.

WATANABE, K. OOISHI, Y. KASHINO, M. Sympathetic Tone Induced by High


Acoustic Time Requires Fast Respiration. PLoS One; 10(8): e0135589, 2015.

ZATTAR,L.C. et al. Prevalência e fatores associados à pressão arterial elevada, seu


conhecimento e tratamento em idosos no sul do Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de
Janeiro, 29(3):507-521, Mar, 2013.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Sheron Maria Silva Santos (Relatora, FJN)


Sílvia Letícia Ferreira Pinheiro (Autora, FJN)
Maria do Socorro Jesuíno Lacerda (Autora, FJN)
Dayse Christina Rodrigues Pereira Luz (Orientadora, FJN)

INTRODUÇÃO: A geração de resíduos sólidos é uma produção constante no


cotidiano do ser humano que necessita de descarte adequado para não ocasionar
danos à saúde da população e ao meio ambiente (ALVES, 2010). Atualmente,
existem diversos meios de eliminação do lixo que minimizam a contaminação
ambiental, mas, no Brasil, grande parte dos resíduos produzidos no país, são
descartados inadequadamente culminado em problemas ambientais e,
consequentemente, riscos à saúde humana (ALLEVATO, 2014). Resíduos em
saúde, por exemplo, merecem atenção e dispensação diferenciada, haja vista serem
meio de risco para transmissão de doenças devido se tratarem de materiais
contaminados com resíduos biológicos, químicos, radioativos e perfurocortantes
(BRASIL, 2006). Estudos apontam contaminação dos lençóis freáticos, resistência e
infecção por microrganismos, queimaduras, intoxicação, como algumas das
consequências relacionadas ao manuseio e descarte inadequado de resíduos
hospitalares (RODRIGUES; TOLENTINO; MONTEIRO, 2014). Dessa forma, é
relevante existência de um bom gerenciamento para o manuseio e eliminação
adequada dos resíduos em saúde, com o intuito de evitar danos ambientais e

ISBN 978-85-65221-23-8
sanitários, como também, consequências a saúde humana. OBJETIVOS: O
presente estudo objetiva descrever como ocorre o processo de gerenciamento dos
resíduos sólidos de saúde produzidos em uma Unidade de Pronto Atendimento
(UPA) do estado do Ceará. METODOLOGIA: trata-se de um relato de experiência
vivenciado por discentes de enfermagem em visita a uma UPA no mês de setembro
de 2015. O estudo ocorreu mediante autorização da unidade para realização do
mesmo e foi auxiliado e acompanhado pela coordenação de enfermagem da
unidade, aqui mencionada como sujeito do estudo, para explanação de como ocorre
o processo gerencial dos resíduos produzidos pela unidade. Neste sentido, foram
utilizados como instrumentos de coleta de dados a observação participante e um
checklist. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A geração do lixo na unidade é constante,
pois trata-se de um serviço de atendimento 24H e, por isso, diariamente são
utilizados materiais para prestação de assistência à pacientes que procuram a UPA.
Foi verificado que o serviço possui um Plano de Gerenciamento de Resíduos de
Serviços de Saúde (PGRSS) e que o destino final dos resíduos nela produzidos,
busca seguir as normatizações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA). De acordo com Brasil (2004), todos os estabelecimentos que produzam
resíduos em saúde devem construir um PGRSS conforme as diretrizes de manejo
dos resíduos em saúde. Além destes, outros órgãos também estabelecem diretrizes
e resoluções sobre resíduos em saúde, como o Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA), a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o
Ministério das Cidades são alguns exemplos (BRASIL, 2008; ALMEIDA; et al.,
2009). Assim, buscaram-se identificar as etapas necessárias a dispensação
adequada do lixo hospitalar, conforme descrição de Brasil (2004) a saber:
segregação, acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento
temporário, armazenamento externo, coleta, transporte externo e disposição final.
Dessa forma, constataram-se que os materiais são segregados em cada setor de
atendimento da unidade de acordo com a classificação dos resíduos: A, B, C, D ou
E, sendo estes devidamente identificados, tanto de forma escrita quanto visual, para
devido acondicionamento e precaução de acidentes, onde são lacrados e
embrulhados em sacos de coloração específica a cada tipo de lixo. Notou-se que

ISBN 978-85-65221-23-8
não há armazenamento temporário interno dos resíduos produzidos e sim, apenas,
um local para armazenamento temporário externo, localizado na área externa da
unidade, também com identificação visual e escrita. Entretanto, os resíduos
encontram-se armazenados em salas fechadas carente de ventilação, somente nos
sacos que foram segregados e em contato direto ao piso, empilhados uns aos
outros; aspecto este considerado inadequado, haja vista o armazenamento
temporário dos resíduos necessitarem serem guardados em ambiente com um
pouco de ventilação e em recipientes próprios de acondicionamento até receberem a
coleta externa para transporte e descarte final, a fim de evitar contaminação do local
e riscos ao seu manuseio (BRASIL, 2006). A coleta interna destes é feita pelos
Auxiliares de Serviços Gerais (ASG), os quais a realizam mediante uso de
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para prevenção de acidentes e, a coleta
externa, isto é, o transporte, é realizado por uma empresa contratada para correta
retirada e eliminação do lixo. O tratamento e a disposição final não foram
observados devido não serem realizados na unidade e, segundo o responsável pelo
gerenciamento desses materiais, a UPA não realiza acompanhamento externo
desses resíduos; aspecto que chama atenção, pois, compete, dentre outras funções,
aos serviços geradores de resíduos em saúde exigir comprovações de educação
permanente e/ou continuada realizadas com os profissionais que atuam diretamente
com o processo externo desses resíduos, bem como documentação legal que
comprove a execução do trabalho de acordo com as orientações dos órgãos
ambientais (BRASIL, 2004). Foi percebido falha no que tange a troca de recipientes
de segregação, pois, foi observado excesso de resíduos no coletor de materiais
perfurocortantes, bem como, improviso desse coletor com caixas de papelão em
alguns setores. Tal situação, somente acontece, segundo o participante do estudo,
quando não há coletor na unidade e que os profissionais tentam utilizar a
criatividade para dar continuidade a assistência. De acordo com o sujeito do estudo,
frequentes capacitações sobre resíduos de saúde são executadas à todos os
profissionais da unidade com intuito de promover educação continuada, fortalecendo
os conhecimentos da equipe e, consequentemente, prevenindo acidentes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A realização do estudo permitiu conhecimento prático

ISBN 978-85-65221-23-8
sobre o processo gerencial dos resíduos em saúde, possibilitando perceber que se
trata de uma função complexa que requer bastante cuidado e atenção para
minimizar os riscos de acidentes relacionado a seu manuseio e eliminação. Além
disso, pode-se compreender como acontecem os processos de segregação,
acondicionamento, coleta, armazenamento e transporte dos materiais. A unidade
estudada se preocupa com a segregação e coleta interna do lixo produzido, assim
como, do processo de educação continuada de seus funcionários. Contudo, ainda
há carência sobre as etapas de armazenamento provisório e acompanhamento do
descarte externo desses resíduos no serviço em análise, aspectos que necessitam
de resolução para evitar danos à saúde das pessoas que entram em contato com o
lixo hospitalar.

Palavras-chave: Gerenciamento. Resíduos. Saúde.

REFERÊNCIAS:
ALLEVATO, C. G. Resíduos de Serviços de Saúde: o conhecimento dos
profissionais que atuam no contexto hospitalar. 2014. 54f. Dissertação
(Mestrado em Enfermagem) – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro,
UNIRIO, Rio de Janeiro. 2014.

ALMEIDA, V. C. F.; et al. Gerenciamento dos resíduos sólidos em unidades de


saúde da família. Revista Rene, Ceará, v. 10, n. 2, 2009.

ALVES, S. B. Manejo de resíduos de serviços de saúde na atenção básica.


2010. 145F. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Faculdade de Enfermagem
da Universidade Federal de Goiás, Goiânia. 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de


gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde,
2006. Disponível em:
<http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/manual_gerenciamento_residuos.p
df>. Acesso em: 25 nov 2015.

______.______. Resolução RDC nº 306, de 7 de dezembro de 2004. Brasília:


Ministério da Saúde, 2004. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2004/res0306_07_12_2004.html>.
Acesso em: 25 nov 2015.

ISBN 978-85-65221-23-8
______. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental.
Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde: guia do profissional em
treinamento nível 2. Brasília: Ministério das Cidades. 2008. Disponível em:
<http://www.unipacvaledoaco.com.br/ArquivosDiversos/gerenciamento_de_residuos
_de_servicos_de_saude.pdf>. Acesso em: 25 nov 2015.

RODRIGUES, J. L.; TOLENTINO, L. B.; MONTEIRO, I. P. A política nacional de


resíduos sólidos: o descarte incorreto de lixo hospitalar e os problemas causados
aos catadores e ao meio ambiente. REVISTA DO CEDS, Maranhão, v. 1, n. 1, 2014.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL: DO NASCIMENTO DO SUS A
ESTRUTURAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO A SAÚDE

Monalisa Martins Querino (Relatora, UNILEÃO)


Állif Ramon Lima Felix da Silva (Autor, UNILEÃO)
Alessandra Morais Menezes Silva (Autora, UNILEÃO)
Carlos Vinicius Moreira Lima (Autor, UNILEÃO)
Maria Daniele Sampaio Mariano (Autora, UNILEÃO)
Woneska Rodrigues Pinheiro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores sistemas de


saúde pública criado no mundo até os dias atuais. Baseado nos princípios da
universalidade, equidade e integralidade, ele ampliou o conceito de saúde
fomentando que a mesma é um direito de todos e dever do Estado, abrangendo sua
ação desde o atendimento simples, ambulatorial até o de maior complexidade, como
transplantes e outras cirurgias, de modo a garantir atenção integral a saúde
gratuitamente (MENDES, 2013). O SUS possui diversos objetivos, dentre eles o
fornecimento de uma assistência á saúde de qualidade por meio de ações que
visam à promoção, proteção, recuperação da saúde e atividades preventivas através
da integração das mais diversas ações. O mesmo vem passando por diversas
transformações ao longo dos seus 25 anos de existência de modo a reestruturar
seus programas, leis, portarias, reafirmando seus princípios e diretrizes com objetivo
de qualificar a atenção em saúde (ARRUDA et al., 2015). Apesar dos avanços
obtidos pelo SUS a fragmentação e o desgaste que o mesmo tem sofrido ao longo

ISBN 978-85-65221-23-8
dos anos é perceptível. O Brasil tem sido impactado com o aumento da demanda
nos serviços de saúde e a razão está relacionada com a transição nutricional,
epidemiológica e demográfica além do crescimento na carga de doenças que resulta
no rápido envelhecimento populacional, ocasionando assim a fragmentação de
serviços e ações de saúde, pois a mesma não consegue suprir a alta demanda
(BASTOS; DUBAW, 2013). Devido ao crescimento da demanda de usuários e
consequentemente da fragmentação das ações de saúde, viu-se a necessidade da
criação de uma organização que apresentasse estratégias para reorganizar,
reestruturar e superar o modo de assistência e gestão da saúde. Dentre as
propostas de mudanças dos sistemas a ordenação dos mesmos através da Atenção
Básica começou a ter grande visibilidade, principalmente no que diz respeito ao
fortalecimento do atributo coordenação (ARRUDA et al., 2015; RODRIGUES et al.,
2014a). Levando em consideração estes aspectos e baseado na troca de saberes e
práticas entre a sociedade civil organizada, entre o estado e as empresas privadas
surgiu a proposta de intervenção denominada “Redes de Atenção a Sa de” (RAS)
para enfrentar a alta demanda. Esta proposta é organizada por um conjunto de
pontos (redes) que prestam assistência de modo contínuo e integral a determinada
população e são coordenados pela atenção primária (AMARAL; BOSI, 2017).
Existem quatro ambientes principais que fazem parte do quadro sociopolítico no qual
se desenvolvem essas redes, ambientes esses cujas dinâmicas e relacionamentos
podem avaliar o projeto, a implantação e a evolução dessas, sendo eles a estrutura
societária, organização necessária, processos de modelagem, normatização e
implantação e a organização atual (GOMES, 2014). A primeira descrição de uma
rede regionalizada completa foi apresentada em uma publicação de 1920, pelo
relatório Dawson, feita através de uma solicitação do governo inglês por meio de
debates sobre mudanças no sistema de proteção social depois da Primeira Guerra
Mundial e tinha como objetivo de organizar a provisão de serviços de saúde para
população de uma dada região (SHIMIZU, 2013; VIANA; ALBURQUERQUE, 2015).
OBJETIVOS: Descrever o processo de criação e estruturação da Rede de Atenção
a Saúde no Brasil. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática da
literatura com abordagem qualitativa de acordo com o protocolo Cochrane, realizada

ISBN 978-85-65221-23-8
nas bases de dados realizada na Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem
On-line (MEDLINE/PUBMED), na Literatura Latino-Americana e do Caribe (LILACS)
e na Scientific Electronic Library Online (SciELO), utilizando os descritores em DeCS
SUS, atenção a saúde e assistência a saúde e MeSH terms SUS, health care and
health assistance, utilizando o operador Booleano AND com os descritores
associados dois a dois. A seleção respeitou critérios de inclusão/exclusão sendo
estarem disponíveis de forma completa e gratuita, entre os anos 2010 a 2017, em
qualquer idioma e que tivessem relação com a temática abordada . Os dados foram
analisados de forma a identificar os objetivos, desfechos dos estudos, análise
temporal das publicações e análise das relações que envolvem SUS e atenção a
saúde. Foram encontradas 395 referências das quais 10 cumpriram aos critérios de
inclusão que foram incluídos no estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No Brasil
apesar do conceito da RAS ter sido trabalhado desde a reforma sanitária, apenas
em 2010 que foram estabelecidas as diretrizes para organização da RAS no SUS,
sendo a mesma recente no país (ARRUDA et al., 2015). A portaria de nº 4.279,
aprovada em 30 de dezembro de 2010 foi a responsável por estabelecer as
diretrizes para que a RAS fosse organizada no âmbito do SUS. Definindo-a como
um conjunto organizacional de serviços e ações de saúde, com diferentes tipos de
tecnologias, que tem como objetivo de garantir a integralidade do cuidado, sendo ela
integrada por meio de sistemas de apoio técnico, de logística e gestão (BRASIL,
2010). A disseminação da RAS está relacionada a diversos fatores que atingem
diretamente a forma de gerir as políticas públicas, pode-se destacar o processo de
globalização, a descentralização bem como a interdependência dos setores
(AMARAL; BOSI, 2017). A RAS possui diversos componentes que a estruturam e
fazem com que a mesma seja resoluta e eficaz, sendo eles: Atenção Primária de
Saúde (APS) que caracteriza-se como principal meio de comunicação na rede, os
serviços de atenção secundária e terciária, os sistemas de apoio, os sistemas de
logística bem como os sistemas de governança (BRASIL, 2010). A APS é
considerada o principal meio de comunicação da RAS, desempenhando significativo
papel como ordenadora e coordenadora do cuidado, visto que a mesma é a porta de
entrada do usuário ao serviço de saúde e a partir dela toda a rede vai se

ISBN 978-85-65221-23-8
desenvolver. Desse modo, ela deve exercer suas ações em todos os aspectos que
lhe cabem, no âmbito coletivo, individual, abrangendo a promoção, proteção,
prevenção e recuperação da saúde (BRASIL, 2010). A Atenção Básica (AB) possui
diversos meios e estratégias para garantir a universalidade, integralidade e equidade
em saúde, dentre eles destaca-se a Estratégia Saúde da Família (ESF) que foi
legitimada em 1994 como serviço básico e porta de entrada da AB e é um
componente importante para organização da rede (GONÇALVES et al., 2014). Os
sistemas de saúde, organizados em RAS que são coordenados pela Atenção Básica
(AB) podem contribuir para qualidade de vida dos sujeitos, tendo impacto positivo na
resolutividade de problemas e na melhoria do acesso da população a determinados
serviços (RODRIGUES et al., 2014b). CONCLUSÃO: Levando em consideração
tudo o que foi exposto a estruturação da Rede de Atenção a Saúde mostra-se como
uma ferramenta potente capaz de minimizar a fragmentação do sistema tendo como
base outros países que o utilizaram e conseguiram integrar os sistemas de saúde e
favorecer o acesso, a resolubilidade, integralidade além de racionalizar os recursos.
Através da rede se organiza o sistema de modo regionalizado e hierarquizado por
nível de complexidade assistencial a partir de um território definido, tendo a Atenção
Primária da Saúde como eixo estruturante da mesma no SUS, pois a mesma
objetiva organizar os sistemas e a forma de gerir o cuidado através da integração de
vários sistemas e serviços de modo a promover assistência de modo contínua,
integral, resoluta, responsável e humanizada tendo a APS como chave primordial
para seu sucesso.

Palavras-chave: SUS. Atenção a Saúde. Assistência a Saúde.

REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, M. V. de.; VIANA, A. L. D’A. Perspectivas de região e redes na
política de saúde brasileira. Saúde Debate. Rio de Janeiro, v. 39, n. especial, p. 28-
38, dez 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v39nspe/0103-1104-
sdeb-39-spe-00028.pdf. Acesso em: 23/09/2017

AMARAL, C. E. M.; BOSI, M. L. M. O desafio da análise de redes de saúde no


campo da saúde coletiva. Saúde Soc. São Paulo, v.26, n.2, p.424-434, 2017.

ISBN 978-85-65221-23-8
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-
12902017000200424&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 24/09/2017.

ARRUDA, C.; LOPES, S. G. R.; KOERICH, M. H. A. da L.; WINK, D. R.;


MEIRELLES, B. H. S.; MELLO, A. L. S. F. de. Redes de atenção à saúde sob a luz
da teoria da complexidade.
Esc Anna Nery 2015;19(1):169-173. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452015000100169.
Acesso em: 16/09/2017

BRASIL, Ministério da Saúde. PORTARIA Nº 4.279, DE 30 DE DEZEMBRO DE


2010. Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Disponível em:
http://conselho.saude.gov.br/ultimas_noticias/2011/img/07_jan_portaria4279_301210
.pdf. Acesso em: 15/09/2017.

DUBOW, C.; BASTOS, S. Redes de atenção à saúde: um desafio para a gestão do


SUS. Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.04, Nº. 03, Ano 2013 p.908-21.
Disponível em: http://periodicos.unb.br/index.php/rgs/article/viewFile/14160/10088.
Acesso em: 23/09/2017.

GOMES, R. M. Redes de Atenção à Saúde do SUS: 25 anos de uma contradição


fundamental entre a Organização Necessária e a Organização Atual. Saúde Debate.
Rio de Janeiro, v. 38, n. 103, p. 938-952, OUT-DEZ 2014. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v38n103/0103-1104-sdeb-38-103-0938.pdf. Acesso
em: 20/09/2017.

GONÇALVES, C. R.; CRUZ, M. T. DA.; OLIVEIRA, M. P.; MORAIS, A. J. D.;


MOREIRA, K. S.; RODRIGUES, C. A. Q.; LEITE, M. T. DE. S. Recursos humanos:
fator crítico para as redes de atenção à saúde. SAÚDE DEBATE. RIO DE JANEIRO,
V. 38, N. 100, P. 26-34, JAN-MAR, 2014. Acesso em: 22/09/2017.

RODRIGUES, L. B. B.; LEITE, A. C.; YAMAMURA, M.; DEON, K. C.; ARCÊNCIO, R.


a. Coordenação das redes de atenção à saúde pela atenção primária: validação
semântica de um instrumento adaptado. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro,
30(7):1385-1390, jul, 2014a. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2014000701385.
Acesso em: 17/09/17.

RODRIGUES, L. B. B. b; SILVA, P. C. dos S.; PERUHYPE, R. C.; PALHA, P. F.;


POPOLIN, M. P.; CRISPIM, J. de A.; PINTO, I. C.; MONROE, A. A.; ARCÊNICO, R.
A. A atenção primária à saúde na coordenação das redes de atenção: uma revisão
integrativa. Ciência & Saúde Coletiva, 19(2):343-352, 2014b. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S141381232014000200343&script=sci_abstract
&tlng=t. Acesso em: 15/09/2017.

ISBN 978-85-65221-23-8
SHIMIZU, H. E. Percepção dos gestores do Sistema Único de Saúde acerca dos
desafios da formação das Redes de Atenção à Saúde no Brasil. Physis Revista de
Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 23 [ 4 ]: 1101-1122, 2013. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312013000400005.
Acesso em: 15/09/17.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
IMPACTO DO TRÁFICO HUMANO NA SAÚDE MENTAL DE CRIANÇAS

Darley Rodrigues da Silva (Relator, UNILEÃO)


Eduarda Brennda Ferreira Gonçalves de Lima (Autora, UNILEÃO)
Elaine Cristina Barboza de Oliveira (Autora, UNILEÃO)
Maria Jacinta dos Santos (Autora, UNILEÃO)
Nadna Larissa Ferreira Moura (Autora, UNILEÃO)
Ana Raquel Bezerra Saraiva (Orientadora)

INTRODUÇÃO: O tráfico de pessoas é um crime, de ocorrência mundial que


compreende o sequestro e transporte de pessoas para diversos fins, desde o
trabalho forçado, tráfico de órgãos e exploração sexual. No entanto, os responsáveis
pelo comércio, em grande parte, são conhecidos da vítima (CHAFFEE; ENGLISH,
2015). Dentre as estratégias utilizadas para atrair as vítimas vão desde promessas
de emprego com elevados salários, até mesmo o sonho de uma vida melhor. O
recrutamento pode ser realizado pessoalmente ou utilizando ferramentas online,
como as redes sociais. O tráfico de pessoas viola os direitos humanos e os estudos
afirmam que existem vítimas em cerca de 150 países, sendo aproximadamente 30%
crianças (GREENBAUM; CRAWFORD-JAKUBIAK, 2015). A exploração sexual e
comercial de crianças (CSEC), turismo sexual ou tráfico sexual de menores é um
evento praticado por um adulto, com fins lucrativos que inclui prática sexual e
exploração através da prostituição em menores, com alta prevalência no sexo
feminino. Grande parte dos menores envolvidos com esse tipo de comércio são
infratores, com pouca ou nenhuma perspectiva de vida. Em contrapartida, ocorrem

ISBN 978-85-65221-23-8
casos cujas crianças frequentam escolas, com elevado nível socioeconômico, sem
problemas com a justiça (COLE et al, 2014). Dentre alguns fatores de risco para as
vítimas de tráficos destacam-se: abuso sexual infantil, pobreza, passagem pela
justiça, violência familiar, uso de substâncias ilícitas e ser LGBT (CHAFFEE,
ENGLISH, 2015). Esse evento, ainda, é oculto para as autoridades publicas, pois as
denúncias são mínimas, principalmente pela vergonha, medo de julgamentos e
repercussões negativas pela família. O trabalho escravo na sua caracterização se
aproxima muito com o que se entende por tráfico de pessoas. Condição análoga à
de escravo: reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a
trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições
degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em
razão de dívida contraída com o empregador ou preposto. E/ou cerceia o uso de
qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local
de trabalho e/ou mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de
documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de
trabalho. A exploração sexual caracteriza-se pela relação mercantil, mediada pelo
comércio do corpo/sexo, por meios coercitivos ou não, e se expressa de quatro
formas: pornografia, tráfico, turismo sexual e prostituição. O abuso sexual
caracteriza-se por qualquer ação de interesse sexual de um ou mais adultos em
relação a uma criança ou adolescente, podendo ocorrer tanto no âmbito intrafamiliar
– relação entre pessoas que tenham laços afetivos, quanto no âmbito extrafamiliar –
relação entre pessoas que não possuem parentesco. Existem diversos fatores de
risco que podem contribuir para surgimento de problemas psicossociais em crianças,
são eles: fatores biológicos, relacionados a anormalidades do sistema nervoso
central, causadas por lesões, infecções, desnutrição ou exposição a toxinas; fatores
genéticos, relacionados à história familiar de depressão, esquizofrenia, por
exemplo; fatores psicossociais, relacionados a disfunções na vida familiar, discórdia
conjugal, psicopatologia materna, criminalidade paterna, falta de laços afetivos entre
pais e filhos; eventos de vida estressantes, relacionados à morte ou à separação dos
pais, entre outros; exposição a maus-tratos(abuso físico e sexual, por exemplo);
e fatores ambientais, relacionados a comunidades desorganizadas (BORDIN;

ISBN 978-85-65221-23-8
PAULA, 2007). OBJETIVO: Conhecer através da literatura, qual o impacto do tráfico
humano para a saúde mental de crianças. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão integrativa, a qual tem por finalidade reunir e resumir conteúdo científico,
publicado previamente sobre o tema a ser pesquisado, constituindo, assim, um
instrumento para a Prática Baseada em Evidências. Para a elaboração da pesquisa
foram seguidas as seguintes etapas: definição da questão norteadora e dos
objetivos do estudo; definição dos critérios de inclusão e exclusão, seleção da
amostra; busca na literatura; análise, apresentação e discussão dos resultados.
Como questão norteadora (problema) da pesquisa: Quais prejuízos à saúde mental
podem surgir em crianças vítimas do tráfico humano? A realização da pesquisa
ocorreu no mês de agosto de 2017, realizada na Biblioteca Virtual em Saúde,
utilizando as bases de dados LILACS e MEDLINE. Foram utilizados os descritores
de sa de “human trafficking” and “mental health” and “child”, destaca-se a utilização
do and entre os mesmos, sendo selecionado como período temporal ao ano de 2014
ao ano de 2016. Como critérios de inclusão foram definidos: trabalhos científicos que
abordassem sobre o aspecto clínico de crianças vítimas de tráfico humano,
publicados em inglês ou português, em qualquer formato, possuindo texto completo,
disponível e gratuito. Como critérios de exclusão foram definidos: ser semelhante a
outra publicação já selecionada, não abordar sobre o assunto na infância. Após
leitura e avaliação inicial dos resumos, as publicações que se adequaram aos
critérios definidos para a pesquisa foram selecionados e lidos na íntegra, seguindo
com a análise e organização das temáticas: Quais fatores estão associados ao
desenvolvimento de problemas mentais em crianças vítimas de tráfico humano?
Quais os principais prejuízos à saúde mental de crianças vítimas de tráfico humano?
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Inicialmente foi encontrado um resultado de 245
publicações. Com a aplicação de critérios de inclusão e exclusão esse número foi
reduzido para 45. Dando seguimento, foi realizada a leitura dos títulos, reduzindo o
número para 32, com a leitura dos resumos e verificação da faixa etária a partir da
análise da metodologia, 14 trabalhos científicos foram selecionados para leitura e
revisão, sendo que 2 foram excluídos por não apresentarem resultados satisfatórios.
Assim, ao final de toda a análise 12 publicações foram incluídas no estudo. O tráfico

ISBN 978-85-65221-23-8
humano é mais prevalente em crianças do sexo feminino, traficadas para exploração
sexual e vendidas como noivas, o que possibilita o surgimento de graves problemas
de saúde. Vítimas de tráfico humano apresentam desde sintomas inespecíficos
como cefaleia, tonturas, dores nas costas, estomacais, até mesmo sintomas
específicos como distúrbios psíquicos como a depressão, ansiedade e transtorno de
estresse pós-traumático. Geralmente, as vítimas do tráfico já passaram por outras
experiências traumáticas, como a violência sexual, física e a psicológica (ROSS et
al, 2015). “Ao debater as consequências do abuso sexual infanto-juvenil, é
necessário considerar algumas particularidades que envolvem a violência praticada,
tais como: grau de penetração; acompanhamento de insultos ou violência
psicológica; uso de força ou violência física, entre outras brutalidades que,
obviamente, são variações que comprometem as conclusões sobre as
consequências do abuso sexual.” Entre os fatores associados ao desenvolvimento
de transtornos mentais e psicopatologias, podem ser destacados: violência física,
abuso sexual, restrição de liberdade. As crianças que vivenciam essa situação
apresentam 2 vezes mais risco para transtorno pós-traumático, ansiedade e
depressão, realizam trabalho doméstico forçado, por mais de 10h/dia, durante sete
dias/semana; más condições de habitação. Apesar do relato de problemas físicos,
as crianças vítimas de tráfico humano apresentam problemas psicológicos mais
severos, dentre os quais: depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-
traumático, problemas de concentração e memória, e tentativas de suicídio.
Segundo Cole et al, (2014) a identificação de prejuízos físicos e mentais associados
ao tráfico humano é mais difícil de ser avaliada em crianças advindas de famílias
tradicionais, tendo em vista o receio de julgamentos e exposição. Para os
profissionais de saúde saber reconhecer uma vítima de tráfico humano é visto como
um dos grandes desafios, principalmente por não existir protocolos, nem base em
evidências que possam nortear quais condutas que deverão ser realizadas
(CHAFFEE, ENGLISH, 2015). CONCLUSÃO: Observou-se que o setor da saúde é
de suma importância no manejo de pessoas que vivenciam esse tipo de situação,
mesmo existindo uma carência no que se diz respeito ao atendimento a saúde
mental. Torna-se necessária a capacitação e educação permanente da equipe

ISBN 978-85-65221-23-8
multidisciplinar, para que consigam enxergar uma provável vítima, bem como saber
como conduzir para restabelecer sua liberdade, sem riscos, e que possam realizar
um acompanhamento psicossocial, para minimizar os traumas sofridos.

Palavras-chave: Tráfico Humano. Saúde Mental. Crianças.

REFERÊNCIAS

COLE, Jennifer; et al. The Trauma of Commercial Sexual Exploitation of Youth: A


Comparison of CSE Victims to Sexual Abuse Victims in a Clinical Sample. UNIV OF
UTAH SALT LAKE CITY on November 23, 2014.

DOMONEY, Jill; et al. Mental health service responses to human trafficking: a


qualitative study of professionals’ experiences of providing care. Domoneyet al.
BMC Psychiatry (2015) 15:289.

CHAFFEEA, Tonya; ENGLISH, Abigail. Sex trafficking of adolescents andyoung


adults in the United States: health care provider’s role.2015 Wolters Kluwer Health,
Inc. Allrightsreserved.

KISS, Ligia; YUN, Katherine; POCOK, Nicola;ZIMMERMAN,Cathy. Exploitation,


Violence, and Suicide Risk Among Child and Adolescent Survivors of Human
Trafficking in the Greater Mekong Subregion. JAMA Pediatrics Published online
September 8, 2015.

ROSS, Claire; DIMITROVA, Stoyanka; HOWARD, Louise M; DEWEY,


Michael;ZIMMERMAN,Cathy; ORAM,Siân. Human trafficking and health: a cross-
sectional survey of NHS professionals’ contact with victims of human trafficking. Ross
C, et al. BMJ Open 2015;5:e008682.

GREENBAUM ,Jordan;CRAWFORD-JAKUBIAK, James E. Child Sex Trafficking and


Commercial Sexual Exploitation: Health Care Needs of Victims. PEDIATRICS
Volume 135, number3, March 2015.

CHESNAY, Mary de. Psychiatric-Mental Health Nurses and the Sex Trafficking
Pandemic. Issues in Mental Health Nursing, 34:901–907, 2013.

TRACY, Erin E.; Identifying and Assisting Sexually Exploited and Trafficked Patients
Seeking Women’s Health Care Services

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
IMPACTO PSICOSSOCIAL EM MULHERES VÍTIMAS DE ESTUPRO MARITAL

Eduarda Brennda Ferreira Gonçalves de (Relatora, UNILEÃO)


Darley Rodrigues da Silva (Autor, UNILEÃO)
Thallys Iury de Araújo (Autor, UNILEÃO)
Woneska Rodrigues Pinheiro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A violência contra a mulher ainda reforça a ideia patriarcal, machista


sobre o lugar de uma mulher na sociedade. O movimento das mulheres na década
de 70 quebrou muitos tabus em relação à agressão contra a mulher, porém, ainda
hoje no século 21, as mulheres vitimas de agressões sexuais são culpadas pela
violência e o próprio sistema judicial contribui para o silêncio das mesmas. (FERRO;
CERMELE; SALTZMAN, 2015). Os operadores do direito, pessoas que deveriam
estar contribuindo para o manejo e punição dos casos de estupro conjugal,
apresentam discursos com estigmatização evidente. Apresentam questionamentos
como o porquê da mulher não ter feito a denúncia anteriormente, acreditando,
muitas vezes, na palavra da vítima apenas quando a mesma apresenta
características físicas e comportamentais que a classifiquem como honesta. Este
conceito está intimamente ligado à imagem de moralidade da mulher baseada no
machismo histórico (MAZONI; MUSSKOPF; ANTONI, 2014). Os agressores sexuais
geralmente não são pessoas estranhas que ficam escondidos em becos escuros
esperando suas vitimas. (FERRO; CERMELE; SALTZMAN, 2015). As pesquisas
científicas evidenciam que a maioria das agressões sexuais é praticada por algum
conhecido (familiar, parceiros, amigos ou pessoas do convívio social).

ISBN 978-85-65221-23-8
Frequentemente a violência sexual vem associada a outras categorias de violência
como ao abuso físico e psicológico, bem como a desvalorização. A estupefação
matrimonial é um tipo de violência que vem ganhando atenção nos últimos anos tem
uma alta prevalência e consequências físicas, psicológicas e sociais. Estudos
confirmam que cerca de 50% das mulheres relataram terem sido violentadas pelos
seus parceiros 20 vezes ou mais e que esse tipo de evento sexual tende a ser tornar
constante. Muitas que passaram por esse trauma perderam a contagem de quantas
vezes foram violentadas, além disso, 14% das mulheres que já se casaram sofreram
violência sexual ou tentativa da mesma pelos conjugues ou ex- maridos. A prática da
violência sexual é um evento pouco notificado para as autoridades públicas.
(ADINKRAH, 2014), uma vez que é visto como algo banal, justificado pela visão de
que manter relações sexuais é um dever da mulher ao estar casada. O machismo e
dominação masculina colaboram para a ocorrência de violência no casamento,
inclusive violência sexual (BERGER, 2003). Apesar de o crime de estupro,
caracterizado por constrangimento à conjunção carnal com o uso de violência física
ou grave ameaça, estar presente no Código Penal Brasileiro, não há nada em
relação ao agressor ser o marido, ou seja, o estupro marital não é visto como uma
categoria específica quando classificado como crime (VASCONCELOS; PONTES;
SILVA, 2015). Dentre os países, hoje, que permitem o julgamento dos maridos por
violência marital está os EUA, Argentina, Canadá, Dinamarca, Noruega, Nova
Zelândia, Zimbabwe e Austrália. Alguns países foram contra a criminalização da
violência conjugal, sendo apresentados alguns argumentos como: Seria difícil
comprovar que a esposa estava sendo violentadas, as reclamações eram feita por
esposas vingativas e eram acusações falsas, teria impacto negativo na família
levando a uma separação da mesma e essa lei de estupro seria superficial, levando
em conta de que os maridos seriam julgados por outro tipo de agressão.
(ADINKRAH, 2014). Um estudo feito no estado do Texas revelou que uma grande
parcela das mulheres eram contras as leis de estupro devido a crença no
matrimonio. (FERRO; CERMELE; SALTZMAN, 2015). OBJETIVO: Identificar na
literatura disponível, através de método organizado e integrativo, quais os principais
impactos psicossociais da violência sexual conjugal. METODOLOGIA: A pesquisa

ISBN 978-85-65221-23-8
foi realizada durante atividades do Laboratório de Estudos Sobre Determinantes
Sociais e a Equidade em Saúde – LEDSES. Trata-se de um estudo que utiliza como
método a revisão integrativa. Para a elaboração da pesquisa foram seguidas as
seguintes etapas: definição da questão norteadora e dos objetivos do estudo;
definição dos critérios de inclusão e exclusão, promovendo assim, a seleção da
amostra; busca na literatura; análise, apresentação e discussão dos resultados.
Como questão norteadora (problema) da pesquisa foi definida o seguinte
questionamento: De que forma a violência sexual conjugal está associada ao
desenvolvimento de prejuízos a saúde mental das mulheres que a vivenciam?
Realizou-se em julho de 2017 a busca das publicações na Biblioteca Virtual em
Saúde, utilizando as bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval
System Online- MEDLINE e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da
Saúde - LILACS. As referidas bases de dados foi selecionada por entender-se que
possui um vasto acervo de trabalhos científicos publicados sobre a área de ciências
da saúde com periódicos renomados. Foram utilizados os descritores de saúde (via
DeCS) “estupro” e “casamento”, destaca-se a utilização do and entre os mesmos,
sendo selecionado como período temporal ao ano de 2002 ao ano de 2016. Como
critérios de inclusão foram definidos: trabalhos científicos que abordassem sobre os
impactos psicossociais associados à agressão sexual marital em mulheres,
publicados em espanhol, inglês ou português, em qualquer formato, possuindo texto
completo, disponível e gratuito. Como critérios de exclusão foram definidos: não se
adequar aos critérios de inclusão ou ser igual a outro trabalho já encontrado. Após
leitura e avaliação inicial dos resumos, as publicações que se adequaram aos
critérios definidos para a pesquisa foram selecionados e lidos na íntegra. Após a
leitura das publicações na íntegra, prosseguiu-se com a análise e organização das
temáticas: Quais prejuízos mentais ocasionados pelo impacto da violência sexual
conjugal? Quais os fatores justificam o desenvolvimento. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: A vivência da violência sexual conjugal expõe as mulheres à diversos
agravos. As consequências podem atingir tanto a mulher que a vivencia como a
comunidade em geral, uma vez que pode comprometer o desenvolvimento
psicossocial de membros da família, como crianças, adolescentes e integrantes da

ISBN 978-85-65221-23-8
estrutura familiar. Como principais consequências para a saúde mental, podem ser
citadas a ansiedade, disfunção sexual, distúrbios alimentares, transtornos de
personalidade, depressão e suicídio (BERGER, 2003). O impacto gerado pela
violência doméstica na saúde da mulher é de grande proporção. Quando
relacionado à saúde mental, alguns aspectos podem ser pontuados. Estudos
comprovam que sofrer abuso sexual no âmbito doméstico é fator condicionante para
5% das tentativas de suicídio em mulheres. As vítimas que não seguem desfecho
mortal desse problema apresentam altos índices de ansiedade, sintomas somáticos,
insônia, distúrbios sociais e depressão de moderada a grave. Os prejuízos
psicossociais podem ser evidenciados a partir das análises dos índices de consumo
de medicamentos psicoativos, como os ansiolíticos. O consumo dessa classe de
medicamentos é 74 vezes superior em mulheres vítimas de abuso sexual, sendo
que grande parte das mulheres que sofreram estupro marital passaram a fazer uso
de ansiolíticos ou anti-hipertensivos, independente da frequência da agressão. Um
estudo realizado em Minas Gerais apontou que, em relação às relações não
abusivas, as mulheres vítimas de violência sexual conjugal apresentam um consumo
40% maior de medicamentos para ajudar a dormir (ADEODATO et al, 2005). Há
diversos entraves no que diz respeito à identificação e manejo dos casos de estupro
conjugal pelo sistema judiciário. Essas dificuldades, geralmente, estão relacionadas
à estigmas e preconceitos pertencentes aos operadores do direito. As mulheres
vítimas de violência doméstica sofrem grande estigmatização, assumem papéis e
visões diferentes diante da sociedade, sendo vistas através de caracterizações
negativas. Com isso, as mesmas apresentam maior receio de realizar denúncias
contra os cônjuges, associando – se a isso o desenvolvimento de um sentimento de
culpa, no qual as vítimas passam a acreditar que foram responsáveis por provocar a
agressão, o que pode provocar sofrimento psíquico, agravado pelo fato de que a
violência sexual doméstica ocorre, muitas vezes, em associação com a violência
psicológica (MAZONI; MUSSKOPF; ANTONI, 2014).O sexo forçado no casamento
pode desenvolver problemas ginecológicos, como infecções sexualmente
transmissíveis, além de lesões físicas. O risco de gravidez indesejada também é
evidente. A associação entre esses fatores contribui para o sofrimento psíquico e

ISBN 978-85-65221-23-8
prejuízo mental para a mulher (KHAWA; HAMMOURY, 2008). Em conjunto, o sexo
forçado aumenta a vulnerabilidade da vítima para adquirir HIV, uma vez que a
proteção é esquecida durante o ato (MUGWENI et al, 2012). O contágio de HIV por
as vítimas promove impacto negativo na saúde mental, pois a convivência com o
vírus reflete na qualidade de vida do indivíduo, requer adaptações, e por a AIDS ser
uma doença crônica está intimamente relacionada a um alto risco de se desenvolver
depressão (REIS et al, 2011). Mulheres submetidas ao sexo anal forçado
apresentaram manifestações clinica psicóticas como transtorno obsessivo
compulsivo, depressão, ansiedade, agressividade e fobia. Os sintomas psicóticos
são consequências do transtorno de estresse pós-traumáticos. Parceiros que
praticavam o sexo anal forçado apresentavam-se violentos, ciumentos e dominavam
a relação e os que não praticaram o sexo anal apresentavam-se com um grau de
raiva, antissocial, história criminal, problemas com comunicação, aversão a pessoas
do mesmo sexo e uso de substâncias. Relações sexuais anais se relacionam com a
idade dos participantes e seus conjugues bem como a primeira relação sexual, uso
de drogas ilícitas, meio ambiente, frequências de relações vaginais, número de
parceiros, uso de anticoncepcionais e sentimento de culpa por fazer sexo. É
evidente que o sexo anal forçado trás uma série de prejuízos a sanidade mental das
mulheres. (MOHAMMADKHANI et al, 2009). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do
exposto na literatura, evidencia-se que mulheres que passaram pelo trauma do
estupro marital tem alta probabilidade de desenvolver prejuízos psíquicos, além, de
contribuir para dissociação do seu meio social em parte por as mesmas se auto-
considerar culpada, e pela sociedade que já tem os preceitos sobre mulheres já pré-
determinados. O estupro conjugal ainda é um tipo de violência oculto para as
autoridades públicas consequentemente subnotificada.

Palavras-chave: Estupro. Casamento. Saúde Mental. Saúde da Mulher.

REFERÊNCIAS

ALDEOATO, Vanessa Gurgel et al. Qualidade de vida e depressão em mulheres


vítimas de seus parceiros. Ver Saúde Pública 2005;39(1):108-13.

ISBN 978-85-65221-23-8
BERGER, Sônia Maria Dantas. Violência sexual contra mulheres: entre a
(in)visibilidade e a banalização. Escola Nacional De Saúde Pública - Fundação
Oswaldo Cruz. Agosto, 2003.

MAZONI, Carolina de Vasconcellos; MUSSKOPF, Filipe Witz; ANTONI, Clarissa de.


Concepções dos operadores do direito sobre crimes sexuais Conjugais e
extraconjugais: implicações psicossociais. Estudos Interdisciplinares em
Psicologia, Londrina, v. 5, n. 2, p. 34-59, dez. 2014.

VASCONCELOS, Maria Amanda Lima de; PONTES, Ingrid de Oliveira; SILVA, Jose
Wellington Parente. Violência sexual nas relações conjugais e a possibilidade
de configurar-se crime de estupro marital.

REIS, Renata Karina. Sintomas de Depressão e Qualidade de Vida de Pessoas


vivendo com HIV/AIDS. Rev. Latino-Am. Enfermagem jul.-ago. 2011;19(4):[08
telas].

HAMMOURY, Nadwa; KHAWAJA, Marwan. Coerced Sexual Intercourse Within


Marriage: A Clinic- Based Study of Pregnant Palestinian Refugees in Lebanon.
Journal of Midwifery & Women’s Health. Volume 53, No. 2, March/April 2008.

MUGWENI, Esther; PEARSON, Stephen; OMAR, Mayeh. Traditional gender roles,


forced sex and HIV in Zimbabwean marriages. Culture, Health & Sexuality
Vol. 14, No. 5, May 2012, 577–590.

MOHAMMADKHANI, Parvaneh et al. Associations Between Coerced Anal Sex and


Psychopathology, Marital Distress and Non-Sexual Violence. J Sex Med
2009;6:1938–1946.

ADINKRAH, Mensah. Criminalizing Rape Within Marriage: Perspectives of


Ghanaian University Students. Downloaded from ijo.sagepub.com at Swinburne
Univ of Technology on September 6, 2014.

FERRO, Christine; CERMELE, Jill; SALTZMAN, Ann. Current Perceptions of


Marital Rape Some Good and Not-So-Good News. Downloaded from
jiv.sagepub.com by guest on November 17, 2015.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
INTERVENÇÃO EDUCATIVA REALIZADA COM ACADÊMICOS DA TERCEIRA
IDADE SOBRE CÂNCER DE COLO DE ÚTERO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Jeyzianne Franco da Cruz Silva (Relatora, UNILEÃO)


Dannieli de Sousa Silva Rodrigues (Autora, UNILEÃO)
Francinubia Nunes Barros (Autora, UNILEÃO)
Jéssica Weslane Bezerra Luciano (Autora, UNILEÃO)
Ricardo da Silva (Autor, UNILEÃO)
Ariadne Gomes Patrício Sampaio (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: O câncer é um conjunto de mais de cem doenças tendo em comum


o crescimento descontrolado e desordenado de células. Realiza mitose através da
multiplicação para suprir as necessidades do tecido. Na célula cancerígena o
processo prossegue para as outras etapas e tudo depende da intensidade e
permanência da exposição aos fatores virais, químicos, físicos e hereditários (INCA,
2008). Antes considerado um fenômeno, hoje faz parte da realidade da maioria das
sociedades, o mundo está envelhecendo. Estima-se que para o ano de 2050 existirá
cerca de dois bilhões de pessoas com sessenta anos ou mais no mundo. O
envelhecimento populacional é uma resposta à mudança de alguns indicadores de
saúde, especialmente com a queda da fecundidade e da mortalidade e o aumento
da expectativa de vida, com isso, vem surgindo também diversas patologias
(BRASIL, 2006). A mulher arcaica já passou por grandes experiências, e no decorrer
de sua longevidade enfrenta desafios, passa por transformações na vida pessoal,
sobretudo, na vida sexual. Frente a isto, há a necessidade de saber quais as
doenças que afetam a higidez da mulher e como preveni-las. Em decorrência disto,

ISBN 978-85-65221-23-8
os profissionais da saúde, especificamente o enfermeiro, deve trabalhar mais esta
temática junto as mulheres na terceira idade, realizando educação em saúde para
conscientiza-las sobre a importância da realização do exame Papanicolau na vida da
mesma (SANTOS et al, 2015). Neste sentido, o conhecimento é fundamental na vida
da humanidade. Quanto mais informações as mulheres tiverem acerca do exame
Papanicolau, maior será a demanda nos serviços de saúde. Sendo assim, a
educação em saúde é uma grande aliada no combate as neoplasias do câncer de
colo de útero, bem como, a ação educativa remete às mulheres um alerta, que ela é
responsável pela condição de sua higidez, e encarrega a mesma a buscar medidas
preventivas em busca de uma melhor qualidade de vida (SANTOS, et al 2015). A
partir disso, dá-se tamanha importância para a realização frequente do exame como
forma de prevenção, ou, para diagnosticar precocemente, para obter-se maior
eficácia no tratamento (BRASIL, 2013). Partindo desses pressupostos, durante a
disciplina de Processo Ensino Aprendizagem em Saúde do curso de graduação em
enfermagem, despertou-se o interesse para intervir, na comunidade, com ações de
educação em saúde sobre a temática de prevenção do câncer de colo de útero. A
disciplina está vinculada ao Núcleo de Intervenção do Processo Ensino
Aprendizagem em Saúde (NIPEAS) que tem como objetivo geral estudar o Processo
de Ensino-Aprendizagem em suas diversas perspectivas conceituais e aplicações
nas ações de Educação em Saúde. OBJETIVOS: Sensibilizar as idosas sobre a
importância do exame Papanicolau; Identificar o nível de conhecimento sobre a
prevenção do câncer de colo de útero em acadêmicas da terceira idade; Identificar
mitos e verdades que as mesmas têm sobre o assunto; Realizar uma ação educativa
com idosas sobre câncer de colo de útero, Ressaltar a importância da prevenção do
câncer do colo de útero na terceira idade. METODOLOGIA: Trata-se de uma ação
realizada por meio de uma intervenção educativa. Para Caldeira, Fagundes, Aguiar
(2008), a intervenção educativa tem como objetivo apresentar os aspectos
relevantes. Dessa forma, contribui de forma positiva para que as idosas,
participantes da ação educativa proposta, realizem o exame preventivo
rotineiramente. A ação foi realizada em uma instituição de ensino superior, no
período de um dia, por acadêmicos do 8º. Semestre do curso de graduação de

ISBN 978-85-65221-23-8
enfermagem, por meio de diferentes estratégias como aula expositiva dialogada,
dinâmica e discussão em grupo. Escolheu-se a faculdade da terceira idade, no
Centro Universitário Doutor Leão Sampaio em Juazeiro do Norte – CE, localizado na
região metropolitana do cariri. Optou-se, como público alvo, os acadêmicos da
terceira idade para informá-los acerca do exame Papanicolau. Foi encaminhado um
ofício para os responsáveis, solicitando autorização para a vivência educativa. O dia
e horário foi agendado sem prejuízo da dinâmica do curso. Utilizou-se de recursos
educativos a provir de momentos de discussão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Ao
chegar à instituição no dia marcado, a equipe facilitadora da aprendizagem foi
encaminhada para a sala de aula e optou por iniciar a atividade com uma dinâmica a
fim de manter um vínculo com o público alvo. A dinâmica foi realizada por meio de
balões, os quais tinham perguntas a respeito da temática. Cada discente estourou
um balão de cada vez e respondeu à pergunta. Assim, a equipe facilitadora teve
condições de analisar o conhecimento do público alvo. Uma forma de analise
consiste na avaliação diagnóstica, pois constitui-se em uma abordagem de
determinado conteúdo, com o intuito de reconhecer a ausência ou presença de
conhecimentos prévios à respeito da temática em questão. É norteada pelas
experiências, pode ser realizada no início do encontro, a qual configura-se como
técnica de sondagem ou no final, que se aplica como método avaliativo dos
resultados (LORENCINI. 2013). Em seguida iniciou-se o debate, em uma roda de
conversa para que todos ficassem no mesmo nível de igualdade, quebrando a ideia
de professor/aluno. Assim, o momento de aprendizagem pautou-se numa
abordagem com base dialógica, com a valorização dos sujeitos de aprendizagem,
endossando o respeito aos saberes dos educandos proposto por Freire (2011).
Terminado a discussão sobre a temática da prevenção do câncer de colo de útero, a
equipe aplicou um pós - teste para saber se o conteúdo abordado foi eficaz para os
participantes. Segundo Andrade et al, (2016) os pós-testes são de extrema
relevância e são aplicados para avaliar o conhecimento adquirido pelos participantes
mediante alguma temática abordada após a consolidação do assunto, visando
aumentar sua compreensão à respeito da temática em questão. Ao final, houve o
momento de agradecimentos a todos pela atenção, e o espaço ficou aberto para

ISBN 978-85-65221-23-8
perguntas e discussões que surgiram no da ação educativa. Foi notório, que após
apresentação da temática os idosos conseguiram compreender bem o conteúdo
trabalhado, pois os resultados encontrados nos pós testes confirmam essa
afirmação. Dessa forma, a equipe facilitadora ficou bastante satisfeita, pois sugere
que a metodologia utilizada para a realização da ação educativa, proposta pela a
equipe, foi satisfatória, clara e objetiva para contribuir com o processo de ensino
aprendizagem de todos. Assim, favoreceu-se para uma maior adesão das mulheres
idosas ao exame preventivo e a compreensão dos idosos do sexo masculino para
incentivo a suas parceiras. Segundo Barbosa, (2014), é preciso aplicar estratégias
para aumentar a adesão dessas mulheres para realizarem o exame Papanicolau, as
quais consistem na ampliação de intervenções educativas. Portanto, as ações
voltadas para promoção da saúde possuem grande importância, podem ser
realizadas de forma individual ou coletivas. Por meio dessas ações ocorre a
disseminação de informações sobre a necessidade dos exames e da sua
periodicidade. Reconhece-se a atividade educativa realizada como um momento de
troca de saberes, pois houve um aprendizado tanto para a equipe facilitadora como
para os estudantes idosos. Em uma associação de ensino-aprendizagem o diálogo
proporciona troca de conhecimentos, os sujeitos são considerados iguais. Tanto
podem ensinar quanto aprender, todos possuem conhecimentos, seja científico ou
empírico, ambos são importantes de acordo com a sua particularidade (ANDRADE,
2010). Percebe-se que estes se sentiram importantes por terem sidos escolhidos
como público alvo da ação educativa. Portanto, as atividades em saúde sobre
câncer de colo de útero para a população idosa devem ser mais trabalhadas a fim
de desmistificar os saberes populares a respeito do exame em si contribuindo dessa
maneira para a realização do mesmo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir da
realização desse trabalho pôde-se perceber a grande relevância da comunicação
entre profissionais e comunidade, visto que se houver uma comunicação
esclarecedora, interfere-se diretamente com a aceitação para a realização do exame
Papanicolau. Assim o objetivo e a importância do exame, bem como os prejuízos
que podem ser desencadeados pela não adesão a realização é discutido com a
cliente, proporcionando-a a percepção do porquê realiza-lo. Da mesma forma, o

ISBN 978-85-65221-23-8
profissional também vai assumir um papel importante na promoção da saúde e na
prevenção do surgimento da patologia em questão. Todos esses fatores contribuem
diretamente com a confiança que a cliente deposita no profissional que está
realizando a ação. Realizar esse trabalho foi importante porque, enquanto
acadêmico de enfermagem, percebeu-se que a partir do momento em que é
viabilizado o conhecimento entre as pessoas, ocorre a troca de saberes e a
propagação de práticas saudáveis. As dúvidas, angústias e receios são esclarecidos
e os idosos começam a praticar as ações em saúde, contribuindo dessa forma para
melhor qualidade de vida, aumentando assim dados estatísticos de sobrevida maior
e a diminuição da ocorrência do câncer de colo de útero.

Palavras-chave: Câncer de Colo do Útero. Idoso. Intervenção.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Eberth David Lima de; LUZ, Alyne Barroso Araújo; OLIVEIRA, Alisson
Andrade Gomes de; RICARTE, Lara Pereira; MENESES, Richard Rarison
Cavalcante, Queiroz, Maria Goretti Rodrigues de. Uso de questionários pré-teste e
pós-teste: uma ferramenta de ensino e aprendizagem na disciplina de bioquímica
clínica II. Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 1, 2016. Disponível em: <
periodicos.ufc.br/eu/article/view/17199>. Acesso em 23/09/2017.

ANDRADE, Marcia Regina. Notas Para Discussão Sobre O Diálogo De Saberes:


Experiências Inovadoras No Ensino De Ater. 2010. Disponível em: <
w3.ufsm.br/seminarioextensaorural/arqs/Dialogo_de_saberes.pdf >. Acesso em 25/09/2017.

BRASIL. Instituto Nacional de Câncer. Ações de enfermagem para o controle do


câncer: uma proposta de integração ensino-serviço. Ed:3. Rio de Janeiro: INCA,
2008. Pág: 182-183. Disponível em: < www.inca.gov.br/enfermagem/>. Acesso em
22/09/2017.

BRASIL. Ministério da saúde. Secretaria de atenção à saúde. Departamento de


atenção básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa / ministério da saúde,
secretaria de atenção à saúde, departamento de atenção básica – brasília :
ministério da saúde, 2006. Acesso em 24/09/2017.

ISBN 978-85-65221-23-8
BRASIL. Ministério da Saúde. Controle dos cânceres de útero e da mama. 2 ed.
Brasilia: Ministério da Saúde 2013. (Cadernos de Atenção Básica, 13). Acesso em
22/09/2017.

CALDEIRA, Antônio Prates; FAGUNDES, Gizele Carmem, AGUIAR, Gabriel Nobre.


Intervenção educacional em promoção do aleitamento materno para a equipe do
Programa de Saúde da Família. Rev. Saúde Pública. vol.42, 2008. Disponível em :
< www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-89102008000600008&script=sci...tlng...>. Acesso em
24/09/2017.

BARBOSA, JULIANA LEITE; Exame De Papanicolau: Estratégias Para Melhoria


Da Adesão Das Mulheres Entre 25 E 64 Anos. Curso De Especialização Em
Atenção Básica Em Saúde Da Família. 2014. Disponível em: <
www.nescon.medicina.ufmg.br>. Acesso em 23/09/2017.

LORENCINI, Pricila Basilio Marçal. Avaliação diagnóstica: um instrumento


norteador para o trabalho docente no ensino da matemática para os alunos do
8º ano. 2013. Monografia de especialização. Disponível em: <
repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/4433/.../MD_EDUMTE_2014_2_73.pdf...>. Acesso
em 25/09/2017.

SANTOS, Rossana de Fátima Andrade; CORDEIRO,Camila Abrantes; BRAGA,


Luanna Silva; MORAES, Marina Nascimento de; ARAÚJO,Verbena Santos; DIAS,
Maria Djair. Conhecimento de idosas sobre o exame citopatológico. Rev enferm
UFPE on line., Recife, 9(2):517-25, fev., 2015. Disponível em <
periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/download/10367/11100>. Acesso em
24/09/2017.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática


educativa. 43ª. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
LESÕES POR PRESSÃO E OS ENTRAVES NO CUIDADO HOSPITALAR

Jessica Márcia (Relatora, UNILEÃO)


Eduardo Ferreira Silva (Autor, FJN)
Lívia Lima Delmondes (Autora, FJN)
Amanda Falcão Lustosa (Autora, UNILEÃO)
Antonia Natâniele Gomes Feitosa Ventura (Autora, UNILEÃO)
Maria Aylla Régis Oliveira (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A pele, órgão divido em epiderme, derme e hipoderme, possui


diversas funções importantes para o nosso corpo. Função de barreira, defesa física
e mecânica, regulador de temperatura, controle de sensação e função regeneradora,
(POTTER E PERRY, 2009). Qualquer dano em uma dessas estruturas da pele
acarretará a perda ou prejuízo da barreira física ali existente. Acarretando processo
inflamatório e deixando o indivíduo suceptível a infecções, (BRASIL, 2013). Higiene
inadequada, movimentação brusca, envelhecimento, nutrição menos que as
necessidades corporais, pressão excessiva, calor, gerenciamento e continuidade do
cuidado, são alguns dos fatores predisponentes ao aparecimento de lesão por
pressão, (OLIVEIRA, 2016). As lesões por pressão, são as ocasionados por uma
descontinuidade da pele por trauma, cisalhamento ou isquemia devido a uma força
ou pressão excessiva em determinada localidade do corpo. Essas lesões são
classificadas de acordo com o grau de comprometimento de estruturas internas.
Classificadas de I a IV, esta última comprometendo tecido muscular e ósseo,
(BRASIL,2009). De acordo com a National Pressure Ulcer Advisory Panel, European

ISBN 978-85-65221-23-8
Pressure Ulcer Advisory Panel and Pan Pacific Pressure Injury Alliance (2014), as
proeminências ósseas junto à superfícies rígidas, são as principais causas de lesão
por pressão em ambientes hospitalares, intensificadas devido a restrição ao leito e a
imposição ao repouso para recuperação. O cuidado de uma lesão, pode durar de 3
meses a anos ou mesmo tornar-se uma ferida crônica. O cuidado da ferida e o
tratamento adequado irão refletir diretamente no processo de cicatrização e
funcional da pele, bem como na qualidade de vida do paciente, (OLIVEIRA, 2016).
Assim o cuidado e atenção da equipe multiprofissional, e principalmente da equipe
de enfermagem é essencial para prevenir, acompanhar e evitar a evolução de
lesões já existente. Questiona-se então, estão os profissionais de enfermagem, no
âmbito hospitalar, realizando uma assistência adequada para prevenção de lesões
por pressão? Há algum fator que impede que essa assistência seja implementada
de forma adequadas? Esta pesquisa se justifica devido ao surgimento de lesões ser
considerado um fator de indicador de qualidade da assistência em saúde, surge
então a necessidade de avaliar a literatura existente sobre essa temática visando os
entraves nesse cuidado. Este estudo torna-se relevante devido ao grande risco e a
incidência de lesões por pressão em ambientes hospitalares, portanto o estudo
contribuirá no despertar da importância das práticas e no reconhecimento dos
pontos falhos da assistência do paciente hospitalizado. OBJETIVO: Analisar a
literatura existente sobre lesões por pressão e as principais dificuldades encontradas
no seu tratamento em meio hospitalar. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão
literária realizada de junho à agosto de 2017, utilizando como fontes de pesquisa as
bases de dados online Scientific Eletronic Library Online- Scielo, Literatura Científica
e Técnica da América Latina e Caribe -LILACS e BDENF- Banco de Dados em
Enfermagem disponível na Biblioteca Virtual de Saúde- BVS. Utilizando os
descritores em saúde, lesão por pressão and assistência hospitalar and
enfermagem. Foram utilizados como critério de inclusão, ser artigo completo em
português publicados nos anos de 2013 a 2017, alto poder metodológico, e que
tratasse do tema lesão por pressão no ambiente hospitalar. Excluindo os trabalhos
repetidos nas bases de dados, que tratasse de outro ambiente de cuidado que não o
hospitalar ou que não tratassem do tema em estudo. Foram encontrados um total de

ISBN 978-85-65221-23-8
250 artigos nas duas bases de dados pesquisadas, 203 na BDENF e 47 na SCIELO.
Desses, 21 foram selecionados para o estudo, de acordo com os critérios já pré-
estabelecidos, 09 da BDENF e 09 SCIELO. Foram categorizados para posterior
análise de acordo os fatores que prejudicam a assistência ao paciente hospitalar e
aumenta o seu risco de lesão: material, jornada laboral, equipe profissional,
gerenciamento do cuidado, uso de protocolo e pratica segura. O estudo atendeu as
normas da pesquisa bibliográfica, assegurando a fidedignidade da informação
coletada nas bases de dados eletrônicas. Respeitando a autoria dos artigos e
autores pesquisados por a normatização da Associação Brasileira de Normas
Técnicas ABNT. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O ambiente hospitalar e as lesões
por pressão possuem direta relação. O risco de desenvolver uma lesão se torna
maior devido ao confinamento ao leito, e a uma patologia já instalada, como diz
Ortega et. al. (2017) e Soares et. al. (2015). A hospitalização em idade avançada,
além das comorbidades, aumenta também o risco de lesões por fricção e o
aparecimento de lesões em estágios mais avançados. Principalmente aos acamados
que possuem limitação de movimentação e dependem de um profissional para
mudança de decúbito, (PEDROZA et. al., 2014; PULIDO, et. al., 2015). Um dos
fatores que prejudica o cuidado no ambiente hospitalar é a equipe multiprofissional,
esta deve entre suas prioridades de cuidado estar atenta aos riscos de lesão de
integridade da pele. Cuidado muitas vezes negligenciado, que quando somados a
higienização, fatores fisiológicos pessoais, doenças hipertensivas e metabólicas,
leva ao aparecimento de lesões. Comumente encontradas na região sacral e
isquiática, (QUEIROZ et. al., 2014; SOARES et. al., 2015). A enfermagem é vista
como profissional principal nesse processo, devido ao seu contato frequente com o
paciente. Porém devido à múltiplas causas e fatores de risco que abrangem
diversas áreas de atuação profissional é necessário que o enfoque seja
multiprofissional, o que não é comumente encontrado nas realidades hospitalares,
(ROLIN et. al., 2013; DANTAS et. al.,2013; ASSIS E MOSER, 2013; QUEIROZ et.
al., 2014; NOGUEIRA et. al.,2015). Outro fator que prejudica a assistência é a
incompatibilidade de números de profissionais e a quantidade de leitos, ou mesmo a
falta de profissionais suficiente. Esta gera uma sobrecarga de trabalho exacerbada,

ISBN 978-85-65221-23-8
que prejudica na qualidade da assistência prestada, frequentemente usada para
justificar a não realização do uso da escala de Braden ou um exame dermatológico
acurado para prevenir lesões futuras. Erro que gera um déficit no processo
assistencial seguro, (SIMAN E BRITO,2017). Os recursos humanos do setor bem
como a questão de rotatividade no serviço ou setores hospitalares, trazem seu
prejuízo assistencial por a descontinuidade do processo e vínculo, que facilitaria a
atenção de novos achados, (ROLIN et. al., 2013). Para avaliação do risco de lesões
por pressão, a escala de Braden traz uma avaliação em scores considerando todos
os fatores predisponentes para o aparecimento de uma lesão por pressão. Assim
todo paciente deve ser avaliado e este escore, servirá de base para a tomada de
decisão dos diagnósticos e intervenções para enfermagem ou para outros
profissionais que o acompanham, (SIMAN E BRITO, 2017; ALVES et. al., 2014).
Alguns hospitais apesar de apresentarem a escala instituída para avaliação, está
não era implementada por os profissionais, ou possuíam ambiguidades na sua
interpretação. Esse registro sobre o cuidado e integridade da pele vezes
demonstrou-se de forma ineficaz para tornar-se um instrumento para tomada de
decisão em intervenções, como evidenciado nos hospitais pesquisados por Barbosa
et. al. (2014), Vieira et. al. (2014) e Vasconcelos e Caliri (2017). Percebeu-se
também de acordo com Mauricio et. al. (2014) e Dantas et. al. (2014), há uma alta
frequência de erros no tratamento dessas lesões. Destacando a necessidade da
educação continuada e da atualização em estomaterapia, para um cuidado baseado
em evidências científicas, considerado outro agravante no cuidado hospitalar. A
pratica segura, previne eventos adversos e até cronicidade de uma ferida tratável,
(LIMA et. al., 2015). O aparecimento e o não tratamento correto dessa
descontinuidade da pele, aumentam gastos, risco de infecção, sofrimento do
paciente, da família, além do risco de mortalidade, (DANTAS et. al.,2013). O uso e a
disponibilidade de material adequado também influência no tratamento e
estadiamento das lesões existentes. (ROLIM et. al., 2013; ASSIS E MOSER, 2013).
Protocolos instituídos, fiscalização da prática, apoio institucional a educação
continuada e ao suprimento material, jornada laboral e quantidade profissional ideal,
refletirão na prevenção de eventos adversos e na segurança do paciente,

ISBN 978-85-65221-23-8
(CAVALCANTE et. al., 2016). O baixo custo emocional para o paciente e família e
financeiro para o sistema de saúde a prevenção é a melhor estratégia, (NOGUERIA
et. al., 2015; LIMA et. al., 2015; SIQUEIRA et. al., 2015; SIMAN E BRITO, 2017).
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com este estudo compreende-se que há uma
necessidade de correção no âmbito hospitalar de práticas que possam refletir
negativamente na assistência em saúde prestada. Evidenciando ainda mais, a
importância da pratica de saúde baseada em evidência, e a implementação de
protocolos, como a escala de avaliação de Braden, com foco na prevenção. Esta de
menor custo, influenciando também num melhor prognóstico. A atualização e
capacitação da equipe multiprofissional demonstra-se essencial, bem como uma
gestão hospitalar, sem muita rotatividade, com disponibilidade de material e insumo
e sem imposição de uma sobrecarga excessiva. Assim o ambiente hospitalar
tornaria-se livre de entraves para o cuidado em lesões por pressão.

Palavras-chave: Lesão por Pressão. Assistência Hospitalar. Enfermagem.


Estomaterapia.

REFERÊNCIAS

ALVES, A. G. P.; BORGES, J. W. P.; BRITO, M. A. Assessment of risk for pressure


ulcers in intensive care units: an integrative review. Revista de Pesquisa: Cuidado
é Fundamental Online, [S.l.], v. 6, n. 2, p. 793-804, mar. 2014. ISSN 2175-5361.
Disponível em:
<http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/3004>. Acesso
em: 22 sep. 2017. doi:http://dx.doi.org/10.9789/2175-5361.2014.v6i2.793-804.

ASSIS, G. M.; MOSER, A. D. L. Laserterapia em úlceras por pressão: limitações


para avaliação de resposta em pessoas com lesão medular. Texto contexto -
enferm., Florianópolis , v. 22, n. 3, p. 850-856, Sept. 2013 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
07072013000300035&lng=en&nrm=iso>. access
on 22 Sept. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072013000300035.

BARBOSA, T. P. et al. Práticas assistenciais para segurança do paciente em


unidade de terapia intensiva. Acta paul. enferm., São Paulo , v. 27, n. 3, p. 243-
248, June 2014 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-

ISBN 978-85-65221-23-8
21002014000300243&lng=en&nrm=iso>. access
on 23 Sept. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201400041.

BRASIL, MINISTÉRIO DA SA DE. A n ia Na ional de i il n ia Sanit ria:


Medidas de Pre en o de Infe o Rela ionada Assist n ia Sa de Brasília,
2013.

BRASIL, Instituto Nacional de Câncer. Tratamento e ontrole de feridas tumorais


e l eras or ress o no n er a an ado Ministério da sa de. Rio de Janeiro:
INCA; 200 . 42p. Série Cuidados Paliativos.

CAVALCANTE, M. L. S. N.; BORGES, C. L.; MOURA, A. M. F. T. M.; CARVALHO,


R. E. F. L. Indicators of health and safety among institutionalized older adults. Rev.
esc. enferm. USP, São Paulo , v. 50, n. 4, p. 602-609, Aug. 2016 . Available
from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-
62342016000400602&lng=en&nrm=iso>. access
on 22 Sept. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420160000500009.

DANTAS, A. L. FERREIRA, P. C.; DINIZ, K. D. MEDEIROS, A. B. A.; LIRA, A. L. B.


C. Practice of the intensive nurse in the treatment of pressure ulcers. Revista de
Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online, [S.l.], v. 6, n. 2, p. 716-724, mar. 2014.
ISSN 2175-5361. Disponível em:
<http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/3081>. Acesso
em: 22 sep. 2017. doi:http://dx.doi.org/10.9789/2175-5361.2014.v6i2.716-724.

LIMA, A. F. C. et al. Custo direto dos curativos de úlceras por pressão em pacientes
hospitalizados. Rev. Bras. Enferm., Brasília , v. 69, n. 2, p. 290-297, Apr. 2016
. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
71672016000200290&lng=en&nrm=iso>. access
on 22 Sept. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167.2016690212i.

MAURICIO, A. B.; LEMOS, D. S.; CROSEWSKI, N. I.; ROEHRS, H. Conhecimentos


dos profissionais de enfermagem relacionados s lceras por pressão. Rev Enferm
UFSM 2014 Out/Dez;4(4):751-760.

National Pressure Ulcer Advisory Panel, European Pressure Ulcer Advisory Panel
and Pan Pacific Pressure Injury Alliance. Prevention and Treatment of Pressure
Ulcers: Quick Reference Guide. Emily Haesler (Ed.). Cambridge Media: Osborne
Park, Australia; 2014.

NOGUEIRA, P. C. et al . Conhecimento dos cuidadores de indivíduos com lesão


medular sobre prevenção de úlcera por pressão. Aquichán, Bogotá , v. 15, n.
2, p. 188-199, Apr. 2015 . Available from

ISBN 978-85-65221-23-8
<http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1657-
59972015000200003&lng=en&nrm=iso>. access
on 22 Sept. 2017. http://dx.doi.org/10.5294/aqui.2015.15.2.3.

OLIVEIRA, R. G. Blackbook-enfermagem. Belo Horizonte, blackbloc editora, 2016.

ORTEGA, D. B. et al. Análise de eventos adversos em pacientes internados em


unidade de terapia intensiva. Acta paul. enferm., São Paulo , v. 30, n. 2, p. 168-
173, Apr. 2017 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
21002017000200168&lng=en&nrm=iso>. access
on 22 Sept. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201700026.

PALAGI, S. et al. Laser therapy in pressure ulcers: evaluation by the Pressure Ulcer
Scale for Healing and Nursing Outcomes Classification. Rev. esc. enferm.
USP, São Paulo , v. 49, n. 5, p. 826-833, Oct. 2015 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-
62342015000500826&lng=en&nrm=iso>. access
on 22 Sept. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420150000500017.

PEDROSA, I. L. et al. (2014). Úlceras por pressão em idosos e não idosos: estudo
de coorte histórica. Online Brazilian Journal of Nursing, 13(1), 82-91. Acessado
em 22 de setembro de 2017, de
http://www.revenf.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-
42852014000100010&lng=pt&tlng=pt.

POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de Enfermagem. 7 ed. Rio de


Janeiro: Elseiver, 2009.

QUEIROZ, A C. C. M. et al. Pressure Ulcers In Palliative home Care Patients:


Prevalence And Characteristics. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo , v. 48, n. 2, p.
264-271, Apr. 2014 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-
62342014000200264&lng=en&nrm=iso>. access
on 22 Sept. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-6234201400002000010.

ROLIM, J. A. et al. Prevenção e tratamento de lceras por pressão no cotidiano de


enfermeiros intensivistas. Rev Rene. 2013; 14(1):148-57.

SIMAN, A. G.; BRITO, M. J. M. Mudanças na prática de enfermagem para melhorar


a segurança do paciente. Rev. Gaúcha Enferm., Porto Alegre , v. 37, n.
spe, e68271, 2016 . Available from

ISBN 978-85-65221-23-8
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-
14472016000500413&lng=en&nrm=iso>. access on 22 Sept. 2017. Epub Apr 27,
2017. http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2016.esp.68271.

SIQUEIRA, V. B. et al. Fatores de risco para desenvolver lceras por pressão


segundo a escala de Braden: o idoso em evidência. Rev Enferm UFPI. 2015 Jan-
Mar;4(1):81-8.

SOARES, P. O.; MACHADO, T. M. G.; BEZERRA, S. M. G. Uso da escala de


Braden e caracterização das lceras por pressão em acamados hospitalizados. Rev
Enferm UFPI. 2015 Jul-Sep;4(3):18-23.

VASCONCELOS, J. M. B.; CALIRI, M. H. L. Ações de enfermagem antes e após um


protocolo de prevenção de lesões por pressão em terapia intensiva. Esc. Anna
Nery, Rio de Janeiro , v. 21, n. 1, e20170001, 2017 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
81452017000100201&lng=en&nrm=iso>. access on 22 Sept. 2017. Epub Jan 16,
2017. http://dx.doi.org/10.5935/1414-8145.20170001.

VIEIRA, C. P. B. et al. Caracterização e fatores de risco para lceras por pressão na


pessoa idosa hospitalizada. Rev Rene. 2014 jul-ago; 15(4):650-8.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
O IMPACTO DA UTILIZAÇÃO DOS MÉTODOS LUDOTERÁPICOS NO PREPARO
DA CRIANÇA PARA PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM

Ana Claudia Tavares Cadeira (Relatora, UNILEÃO)


Hercules Pereira Coelho (Autor, UNILEÃO)
Luyslyanne Marcelino Martins (Autora, UNILEÃO)
Ana Paula Martins de Araújo (Autora, UNILEÃO)
Janayle Kéllen Duarte de Sales (Autora, UNILEÃO)
Woneska Rodrigues Pinheiro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A infância é um período da vida humana que vai do nascimento até


o ingresso na puberdade, por volta dos doze anos de idade. Trazendo o conceito de
infância não somente em uma questão cronológica, podemos defini-la como um
período de vida vulnerável, curioso, movimentado, cheio de descobertas e
brincadeiras, uma etapa de experiências e aprendizados, capaz de influenciar na
vida adulta, sendo deste modo, um período indispensável ao desenvolvimento
humano (OMAR WALTER 2003). A diminuição da morbidade infantil é uma meta a
ser alcançada pela equipe de saúde, uma vez que a taxa de mortalidade infantil é
um indicador relevante do desenvolvimento humano por apresentar a situação em
que se encontra a assistência de saúde à população. A redução dos índices de
mortalidade é um desafio enfrentado em todos os países, apresentado como
principal objetivo das políticas públicas. De acordo com uma pesquisa realizada,
9.925.772 pessoas foram hospitalizadas no Brasil no período de 2002 a 2006, deste
total 17% refere-se à internação de crianças de 0 a 9 anos de idade, apresentando
um total de 1.685.681 internações infantis (FERRER, 2009). No intuito de familiarizar

ISBN 978-85-65221-23-8
o processo de hospitalização em que a criança se encontra muitas vezes frágil e
triste, surgiu no município de Juazeiro do Norte – Ceará, no ano de 2007, o grupo de
extensão Enfermagem da Alegria, que tem como objetivo humanizar a assistência
de saúde a crianças internadas em unidades hospitalares, através da encenação do
Teatro Clown, da Ludoterapia, da Musicoterapia, do Brinquedo Terapêutico, e
outros. Tendo em vista que a felicidade, o sorriso, é um fator que auxilia o processo
de restabelecimento da saúde (GARCIA LIMA 2008). Natural do seu cotidiano e
indispensável ao seu desenvolvimento neuropsicomotor, o brincar atua como fator
divisor de sentimentos e percepções, no qual permite que a criança cause uma
oscilação entre o mundo real e o imaginário, o que fornece subsídios para que o
infante se sinta mais confortável neste ambiente muitas vezes hostil (OMAR
WALTER, 2003). Para tanto, vislumbramos a Terapia do Brincar (TB), ludoterapia
que busca através de atividades lúdicas como: pinturas, desenhos, colagens, jogos,
pequenos teatros e narração de histórias, gerar um ambiente confortável pelo qual a
criança venha a se sentir melhor, minimizando assim qualquer possível trauma
decorrente do processo de hospitalização. (PEREIRA CINTRA 2006). A
musicoterapia é um método ludoterápico alternativo, que visa através da música e
seus elementos: som, ritmo, melodia e harmonia, melhorar o quadro clínico dos
pacientes, buscando atenuar seus medos, angústias e aflições, enquanto o ajuda a
expressar-se verbalmente e fisicamente (MOREIRA, 2006). Quando hospitalizada, a
criança convive com uma série de restrições impostas por seu quadro clínico. Desta
maneira, a doença e a hospitalização adicionam uma dimensão diferente, não
constituindo uma interrupção do seu desenvolvimento, mas sim, um fator que afeta a
estabilidade dinâmica do mesmo. Nesse sentido o profissional de enfermagem se
dedica a promover e restabelecer a saúde das pessoas, sendo este capaz de mudar
a percepção dos pacientes em relação ao processo saúde-doença, tornando a
hospitalização uma experiência menos desconfortável, a partir da interação dos
pequenos pacientes com os métodos terapêuticos alternativos e estratégias para a
melhoria do seu atendimento. Desse modo, é possível notar benefícios tais como:
diminuição de abandono da terapêutica pelos pacientes, autoexpressão e
estabilidade emocional, permitindo em tempo uma melhor interação entre a díade

ISBN 978-85-65221-23-8
profissional e cliente (COSTA, LIVIERI, 2016). O estudo expressa-se de maneira
relevante frente ao método instrucional da ludoterapia, considerada uma prática de
humanização, que deve ser utilizada de forma habitual pela equipe de saúde,
promovendo um estado de reintegração do bem estar físico e emocional do
indivíduo, tendo como resultado um processo hospitalar confortável, que favorece
uma melhor interação entre criança e profissional. Esta comunicação é um fator
relevante no trabalho da equipe e na assistência ao paciente. Nesse contexto é
necessário a criatividade e empatia do profissional, ao dirigir-se a criança,
fornecendo subsídios para que a mesma sinta-se acolhida com a sensibilidade
ofertada (CARVALHO, BEGNIS, 2006). O interesse pelo objeto de estudo decorre
da curiosidade do pesquisador em se compreender os efeitos dessas práticas em
pacientes pediátricos, seja na rede pública ou privada, tendo em vista as
dificuldades de interação expressas pelas crianças e os questionamentos dos pais
e/ou responsáveis quanto à melhoria da assistência. A presente pesquisa apresenta
significativa contribuição social perante a busca pela compreensão dos reais
benefícios direcionados aos infantes, submetidos a intervenções utilizando-se dos
métodos terapêuticos, bem como apresenta subsídios ao meio acadêmico e
científico, ao qual poderá vir a servir como fonte de dados para elaboração de
futuros estudos que abordem a temática expressa. OBJETIVO: Identificar o impacto
da utilização dos métodos lúdicos na assistência a pacientes pediátricos.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática de cunho qualitativo. Para a
construção do estudo foram realizadas pesquisas nas bases de dados da Lilacs,
Scopus e PubMed, bem como no diretório da Scielo e na literatura cinzenta. Sendo
para tal, elaborada uma estratégia de busca específica cruzando as palavras-chave:
Ludoterapia, Criança, hospitalização e Enfermagem. Foram indexados um total de
08 artigos que contemplavam a temática e os objetivos expressos no estudo, sendo
estes, logo que fichados, analisados e organizados, serviram de embasamento para
a presente pesquisa. A realização desse estudo aconteceu no período
compreendido entre Abril e Agosto de 2017. RESULTADOS E DISCUSSÕES: O
brincar acompanha o ser humano desde a antiguidade, quando era prática comum
entre adultos e crianças, o qual se caracteriza como um fenômeno social

ISBN 978-85-65221-23-8
impregnado de simbolismo religioso. Atualmente observa-se um movimento mundial
no sentido da valorização do brincar, atrelado à tendência holística de repensar o ser
humano como unidade, inserido em uma complexa teia de estimulações
(KUMAMOTO et al., 2006). Kumamoto et al., (2006) expressa em seus estudos que
o brincar deve ser visto não apenas como um momento prazeroso, mas como um
meio de estreitar a relação entre as crianças e os profissionais de saúde. O brincar
e, o brinquedo podem ser instrumentos importantes que vão auxiliar os profissionais
em suas intervenções com o cliente, facilitando o convívio e a comunicação entre
estes. Durante a hospitalização, a criança perpassa por experiências desagradáveis,
dentre estas o convívio temporário com pessoas diferentes das quais está
acostumada e, em um ambiente estranho, o que pode vir a deixá-la confusa, agitada
e em uma situação de crise. Para Ribeiro e Ângelo (2005), ao ser hospitalizada, a
criança encontra-se duplamente doente; além da patologia física, sofre de outra
doença, a própria hospitalização, que se não for adequadamente tratada, deixará
marcas em sua saúde mental. Estes aspectos podem desencadear uma série de
sentimentos que geram angústia e pavor frente a uma situação totalmente nova para
ela. Crianças nem sempre conseguem expressar claramente suas necessidades e
medos. A instituição e a equipe de multiprofissional de saúde precisam estar
preparadas para compreendê-las e buscarem dar respostas a estas necessidades e
medos (COLLET, OLIVEIRA, 2002). A prestação da assistência de enfermagem à
criança, independente do contexto em que esteja ocorrendo, é algo abrangente.
Sendo esta, além da execução adequada da técnica ou do domínio dos
conhecimentos relacionados à determinada patologia, necessário que a criança e
sua família sejam contempladas como um todo, ou seja, de maneira holística,
compreendendo suas necessidades emocionais, afetivas e socioculturais, de acordo
com a fase de desenvolvimento em que a mesma se encontra, especialmente,
quando vivencia um processo de doença (CINTRA et al., 2006). Sendo o brincar tão
importante para o desenvolvimento infantil, os hospitais deveriam adotar a
ludoterapia como rotina, sendo aos profissionais atribuídas cursos de
especializações para que os mesmos possam colocar em evidência essa alternativa
tão prática e eficaz (MITRE, GOMES, 2007). Entre as possíveis estratégias

ISBN 978-85-65221-23-8
utilizadas para enfrentar condições estressantes encontra-se o brincar, como sendo
um recurso utilizado tanto pela criança como pelos profissionais do hospital para
lidarem com as adversidades da hospitalização (MOTTA, ENUMO, 2004). Carvalho
e Begnis (2006) acreditam que por meio da brincadeira a criança recria regras, deixa
a imaginação e os sentimentos livres, e, como resultado, é capaz de expressar
experiências desagradáveis, atingindo um senso de controle sobre os eventos
ocorridos e aprimorando sua autoestima. O lúdico também auxilia na revelação de
sentimentos e pensamentos através de comportamentos expressos. O brincar pode
servir também como elo entre a criança e os profissionais de saúde, enfocando não
apenas a atividade desenvolvida, mas o tipo de relação estabelecida entre os
mesmos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A promoção da saúde não se restringe à
ordem curativa e reduzida ao tempo de permanência no hospital. É necessário que
se tente auxiliar a criança a atravessar a situação de hospitalização ou de doença
com mais benefícios, além de tentar fazer com que esta situação não seja somente
de dor e sofrimento, mas que ultrapasse o sentido convencional do tratamento
médico, proporcionando a ela um contexto rico e repleto de significados que
certamente auxiliará e contribuirá para a recuperação do seu bem-estar físico,
psíquico e social (CARVALHO et al., 2004). Com o desenvolvimento da pesquisa e a
compreensão da real estrutura do sistema de saúde brasileiro, vislumbra-se um
percentual inexpressivo de profissionais que atuam na promoção da assistência a
saúde infantil por meio dos métodos terapêuticos. Apesar do tema humanização e
ludoterapia serem assuntos bem abordados no âmbito das ciências sociais e da
saúde, evidencia-se uma pouca atuação junto a hospitais infantis. Tendo em vista a
elucidação dos métodos terapêuticos expostos na respectiva pesquisa, comprova-se
a necessidade de difusão e incremento dessas práticas em hospitais infantis, de
modo a minimizar possíveis danos aos infantes decorrentes da hostilidade do
ambiente de internação.

Palavras-chave: Ludoterapia. Criança. Hospitalização. Enfermagem.

REFERÊNCIAS

ISBN 978-85-65221-23-8
AQUINO, E. M. L. et al. Saúde e Trabalho de Mulheres Profissionais de Enfermagem
em um Hospital Público de Salvador, Bahia. Rev. Bras Enfermagem, São Paulo, v.
46, n.3/4, p. 245-57, 1993.

BALDINIL, S. M.; KREBS, V. L. J. A Criança Hospitalizada. São Paulo, USP, 1999.

CARVALHO, A. M.; BEGNIS, J. G. Brincar em Unidade de Atendimento


Pediátrico: Aplicações e Perspectivas. Minas Gerais, 2006.

CARVALHO, A. M.; FONSECA, D. G.; BEGNIS, J. G.; AMARAL, A. M. Ludicidade e


Saúde - Projeto de Integração Multiprofissional. Minas Gerais, UFMG, 2004.

CASTANHA, M. L.; LACERDA, M. R.; ZAGONEL, I. P. S. Hospital: Lugar para o


Enfermeiro Cuidar do Imaginário? Paraná, UFPR, 2005.

CINTRA, S. M. P.; SILVA, C. V.; RIBEIRO, C. A. O Ensino do Brinquedo/Brinquedo


Terapêutico nas Escolas de Graduação em Enfermagem no Estado de São Paulo.
Rev Bras Enferm. jul-ago; 59(4):497-501. 2006.

COLLET, N.; OLIVEIRA, B. R. G. Manual de Enfermagem em Pediatria. Goiânia:


AB Editora, 2002.

COSTA E SILVA, L. I. M.; PEDUZZI M. Os Recursos Humanos de Enfermagem da


Perspectiva da Força de Trabalho: Análise da Produção Científica. Rev. Esc.
Enferm. USP, São Paulo, v. 39, n. Esp., p. 589-96, 2005.

FERREIRA, C. C. M.; REMEDI, P. P.; LIMA, R. A. G. L. A Música como Recurso no


Cuidado à Criança Hospitalizada: Uma Intervenção Possível? Rev Bras Enferm.
set-out; 59(5): 689-93. 2006.

FERRER, A. P. S. Estudo das Causas de Internação Hospitalar das Crianças de


0 a 9 Anos de Idade no Município de São Paulo. Dissertação Apresentada a
Faculdade de Medicina de São Paulo. São Paulo, 2009.

KUMAMOTO, L. H.; GADELHA, E. C. M.; MONTEIRO, F. R.; SILVA, L. R. M.; LEITE,


M. C.; SANTOS, R. G. C. Apoio à Criança Hospitalizada: Uma Proposta de
Intervenção Lúdica, 2006.

MITRE, R. M. A.; GOMES, R. A Promoção do Brincar no Contexto da


Hospitalização Infantil como Ação de Saúde. Rio de Janeiro, 2004.

MOTTA, A. B.; ENUMO, S. R. F. Brincar no Hospital: Estratégia de


Enfrentamento da Hospitalização Infantil. Espírito Santo, 2004.

RIBEIRO, C. A.; ANGELO, M. O Significado da Hospitalização para a Criança


Pré-Escolar: Um Modelo Teórico. São Paulo, 2005. Disponível em:

ISBN 978-85-65221-23-8
http://www.ee.usp.br/reeusp/upload/pdf/60.pdf> Acesso em: 14 de Abril de 2017.

KOHAN, W. O. Lugares da Infância: Filosofia. Corazza, Infancionática, 2003, p.


101. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
O PARECER DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE ACERCA DA INSERÇÃO DO
PRONTUÁRIO ELETRÔNICO NAS ESTRATÉGIAS DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF)

João Edilton Alves Feitoza (Relator, UNILEÃO)


Janayle Kéllen Duarte de Sales (Autora, UNILEÃO)
Hercules Pereira Coelho (Autor, UNILEÃO)
Lídia Raiane Barbosa Leite (Autora, UNILEÃO)
Ozeias Pereira de Oliveira (Autora, UNILEÃO)
Woneska Rodrigues Pinheiro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Objetivando a melhoria da saúde pública brasileira, ressalta-se a


importância de ser lavrado o Art. 196 da Constituição Federal de 1988, o qual
estabelece a saúde como direito de todos e dever do Estado, firmado deste modo a
partir da concepção e admissão da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que
dispõe sobre a promoção, proteção, recuperação da saúde, organização e laboração
dos serviços prestados, revelando de maneira clara as finalidades do Sistema Único
de Saúde (SUS), suas aptidões e atribuições, bem como, os atributos da União, dos
Estados e dos Municípios (BRASIL, 2007). Mediante a concretização do Sistema
Único de Saúde, buscou-se a constituição de ferramentas de atenção a saúde,
sendo estas definidas inicialmente como atenção primária, as quais vislumbraram
uma maior competência e o aumento dos laços entre os serviços de saúde e os
cidadãos no domínio particular e coletivo, capazes de envolver e abranger a
promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o
tratamento, e a reabilitação da saúde (BRASIL, 2012). A partir da alocação da
Atenção Básica, sentiu-se a necessidade de um acompanhamento dos serviços
prestados pelas equipes de saúde da família aos pacientes, sendo elaborado então
o prontuário do paciente (BRASIL, 2000). O prontuário é um documento oficial, que

ISBN 978-85-65221-23-8
deve conter informações do paciente, desde dados particulares, como o histórico
clínico de saúde e enfermidades, a exames prévios, procedimentos cirúrgicos e
históricos de terapêuticas medicamentosas pregressas, ou seja, uma gama de
informações que podem vir a contribuir para o tratamento atual, e um melhor manejo
do profissional de saúde frente à penúria do paciente (MARTINS, LIMA, 2015). As
unidades de saúde têm buscado a modernização dos serviços prestados, com a
finalidade de favorecer uma assistência de qualidade à população que busca
atendimento. Assim as inovações tecnológicas têm se mostrado como uma aliada
frente aos processos de modernização dos sistemas das unidades de saúde da
família (MARTINS, LIMA, 2015). Para tanto, no ano de 2002 foi implementado no
Brasil o advento do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) que é composto por um
banco de dados de informações que constituem o histórico clínico do cliente, tendo
como finalidade possibilitar o armazenamento e recuperação dos dados clínicos de
um indivíduo, de modo que todos os profissionais de saúde, em seus diversos
âmbitos, tenham acesso, permitindo assim a oferta de melhores subsídios aos
pacientes (MOURÃO, NEVES, 2015). Mourão e Neves (2015) aludem à relevância
do estudo a partir do pressuposto de que a implantação dos prontuários eletrônicos
possibilita a utilização dos dados do paciente para realizar uma comparação com
resultados pregressos e gerar novos conhecimentos. A respectiva pesquisa justifica-
se pela necessidade vislumbrada por parte dos pesquisadores em explorar o tema
exposto, com o objetivo de compreender a implantação do prontuário eletrônico nas
estratégias saúde da família, e os benefícios advindos deste. O presente estudo
apresenta como contribuição social a elucidação do parecer dos profissionais de
saúde acerca da utilização do prontuário eletrônico, visando ainda compreender o
seu funcionamento, e o conhecimento dos supracitados profissionais acerca da
utilização do mesmo. Bem como, poderá vir a servir como fonte de dados, para
elaboração de novas pesquisas no meio acadêmico e científico que abordem a
temática expressa no estudo. OBJETIVOS: Compreender os benefícios da
implantação de tecnologias do cuidado, prontuário eletrônico, na unidade saúde da
família, analisando o conhecimento dos profissionais de saúde acerca da utilização
de tal sistema. METODOLOGIA: Trata-se de um levantamento bibliográfico com

ISBN 978-85-65221-23-8
caráter descritivo, qualitativo. Para a elaboração do presente estudo foram
realizadas pesquisas nas bases de dados da Lilacs, Scopus e PubMed, bem como
no diretório de revistas da Scielo, acrescentando-se ainda a literatura cinzenta
pertinente. Sendo para tal, elaborada uma estratégia de busca específica, cruzando
as palavras-chave: Conhecimento, Profissionais da saúde, Prontuário Eletrônico.
Foram indexadas um total de 14 fontes de dados que contemplavam o período de
2000 a 2015. Logo que fichados e catalogados, serviram como embasamento para a
elaboração do presente estudo. A realização desse estudo aconteceu no período
compreendido entre Abril e Julho de 2017. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Além
de contribuir nos processos de tomada de decisões, a informatização na área da
saúde possibilita a ampliação dos sistemas de informação das organizações de
saúde (públicas e/ou privadas), contribuindo para que o Brasil, em um futuro
próximo, conceba redes interligadas, permitindo o acesso à história do paciente por
profissionais autorizados em qualquer lugar do mundo, por meio da Internet,
estabelecendo links com alto nível de segurança, e resguardando o sigilo médico
exigido legalmente (BEZERRA, 2009). O prontuário do paciente é um documento
único, de suma importância nas diversas instâncias do atendimento à saúde do
cidadão, uma vez que é constituído de informações relevantes a respeito de
enfermidade, medidas paliativas, procedimentos e históricos clínicos, decorrentes de
fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente. Bem como, o PEP
apresenta-se como um respaldo para os profissionais de saúde, pois registra todas
as ações efetivadas pela equipe multiprofissional, possibilitando ainda a
comunicação entre os membros do grupo (BENTES PINTO, 2006). O prontuário é
de uso obrigatório em todos os atendimentos. No passado, os atendimentos eram
realizados unicamente através de registro em papel e hoje em alguns municípios
pode ser efetivado de modo eletrônico, desde que sejam exercidas as normas e
exigências legais e o sigilo profissional (BEZERRA, 2009). No Brasil são realizados
em média 360 milhões de atendimentos médicos por ano, o que suscita em um
volume crescente de documentos clínicos, tornando inviável o arquivamento e a
conservação dessa quantidade de papel devido aos custos operacionais e à
necessidade de um amplo espaço físico (PATRÍCIO et al., 2011). Mediante isto,

ISBN 978-85-65221-23-8
dentre os tipos de prontuários, destacamos o eletrônico, um registro que habita um
sistema projetado especialmente para apoiar os usuários, subsidiando acesso a um
sistematizado conjunto de informações corretas, alertas, sistema de apoio e outros
recursos, como links para compor a base de dados de conhecimento dos
profissionais. Esse modelo de prontuário é sugerido para atender as demandas do
modelo de atenção e de gerenciamento da atenção de saúde (ORGANIZAÇÃO
PAN-AMERICANA DE SAÚDE, 2003). De acordo com a literatura, a modalidade
eletrônica de prontuário, hoje conceituado como Prontuário Eletrônico do Paciente
(PEP), garante que as informações do paciente possam ser compartilhadas de
forma concretizada e rápida por toda a equipe que atende o mesmo, sendo este
intercâmbio viável também a longas distâncias. Essa ferramenta extingue o
problema comum de ilegibilidade das informações escritas à mão pelos profissionais
nos prontuários de papel, fato este que pode gerar interpretações errôneas dos
dados clínicos e, consequentemente, propedêuticas e terapêuticas inadequadas
para o cliente (PATRÍCIO et al., 2011). O incremento do PEP possibilita que as
informações referentes aos pacientes sejam arquivadas por um maior período de
tempo, certificando maior segurança para os usuários e suas famílias, e facilitando a
utilização dos dados em possíveis estudos epidemiológicos. O processamento
dessas informações possibilita que sejam averiguadas as tendências sanitárias em
determinada população, acordando previamente a atenção dos profissionais e
gestores da saúde para possíveis epidemias, assim provocando medidas imediatas
de prevenção e controle (GONÇALVES et al., 2006). Como todo sistema de
informação, o PEP tem seus empecilhos, que em muitas ocasiões, impedem a sua
implantação, dentre os quais podemos destacar o alto custo dessa ferramenta e a
necessidade de treinamento dos profissionais que terão acesso a mesma, bem
como a aquisição em segurança, a fim de garantir o sigilo das informações dos
pacientes. Contudo, deve-se constatar o custo benefício desse sistema, sendo que
há evidências de que ele enriquece a divisão de trabalho entre distintos prestadores
dos serviços de saúde, reduz a redundância de procedimentos, melhora o
diagnóstico e o plano de cuidado e a assistência ao usuário (WORLD HEALTH
ORGANIZATION, 2001). Esses sistemas necessitam de um nível de informatização

ISBN 978-85-65221-23-8
apropriado para que seus usuários consigam acessar facilmente às informações e
gerenciá-las (SALTMAN et al., 2006). Este autor expõe o modelo ideal, em que os
profissionais teriam acesso ao computador preferivelmente no ambiente de trabalho
de maneira paralela ao atendimento imediato, podendo ser fixo ou móvel. Com a
característica portátil do aparelho, existiria facilidade de acolhimento nas visitas
domiciliares e no cadastramento dos usuários (GONÇALVES et al., 2006). No
cenário brasileiro, para os profissionais de saúde, o prontuário familiar deve
colaborar com a integração do sistema, possibilitando a coordenação do cuidado, e
atuando em tempo, como um instrumento de intercomunicação. No ensino e na
pesquisa permite o conhecimento dos casos, dos procedentes, dos contatos e das
enfermidades e/ou condições de agravos, promove o estudo de diagnóstico e a
avaliação do tratamento. É campo para pesquisa e fonte para os mais diversos
subsídios estatísticos de incidências e prevalências, de morbidade e mortalidade.
Além disso, tornam possível a averiguação e a comparação de distintos
procedimentos terapêuticos e estabelece uma análise comparativa de sua eficiência
(GONÇALVES et al., 2006). Conquanto, alguns profissionais classificam os registros
eletrônicos como complexos e inflexíveis, no qual atribuíram essas características às
interfaces dos modelos utilizados, componentes estes que podem ser aprimorados
com o desenvolvimento dos softwares (GREIVER et al., 2011). Saltman et al., (2006)
aborda o fato de que excepcionalmente muitos profissionais que trabalham na área
da saúde acreditam que a capacitação atual sobre o uso de computadores pode ser
deficitária e insuficiente para a formação dos profissionais. Esse pensamento
dificulta a abordagem desses trabalhadores no processo de implantação dos
sistemas eletrônicos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Caracterizado como documento
único, o PEP é um meio de registro e comunicação, que intercala a interação de
distintos setores de diversas instituições de saúde. Embora seja evidente sua
importância para a melhoria da assistência de saúde da população, sua implantação
detém uma alta complexidade e um custo financeiro relativamente excedente. De
acordo com o cenário mencionado, a implantação dos prontuários eletrônicos em
todo o território nacional seria um amplo passo em direção ao progresso na
qualidade da assistência proporcionada aos clientes, por fornecer praticidade, agi-

ISBN 978-85-65221-23-8
lidade e segurança para os profissionais de saúde. Foi verificada com o presente
estudo a necessidade de habilitação por parte dos profissionais de saúde, quanto ao
manuseio do PEP, e que esse conhecimento deve partir de capacitações oferecidas
pelos órgãos responsáveis pela instalação do PEP no município de atendimento aos
pacientes. A partir da pesquisa foi visualizado que o sigilo profissional também tem
que ser trabalhado, visto que através do PEP a propagação de informações sobre os
clientes ficou mais fácil de ser disseminada. Devido ao porte da pesquisa, foi
evidenciado também a necessidade de novos estudos que elucidem a descrição do
Prontuário Eletrônico do Paciente do ponto de vista dos profissionais de saúde, visto
que essa nova tecnologia comumente não é de conhecimento de muitos
profissionais da saúde, os quais acabam operando de maneira inadequada.

Palavras-chave: Prontuário Eletrônico. Tecnologias do Cuidado. Assistência.


Saúde.

REFERÊNCIAS

BENTES PINTO, V. Prontuário eletrônico do paciente: documento técnico de


informação e comunicação do domínio da saúde. Encontros Bibli: Revista
Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Florianópolis, v. 17, n. 21, p.
34-48, 2006.

BEZERRA, S. M. Prontuário Eletrônico do Paciente: Uma Ferramenta para


Aprimorar a Qualidade dos Serviços de Saúde. 2009.

BRASIL . Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Sistema Único de Saúde:


Brasília: CONASS, 291p. 2007.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação


de Saúde da Comunidade. Sistemas de informação da atenção básica - SIAB. 2 ed.
Brasília: Ministério da Saúde, 68p. 2000.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde,
114p. 2012.

ISBN 978-85-65221-23-8
CEARÁ. Secretaria de Estado da Saúde. Metodologia de melhoria da qualidade
em APS – PROQUALIS. 2. ed. Fortaleza: Secretaria de Estado da Saúde do Ceará,
2005.

GONÇALVES, J. P. P. et al. Prontuário Eletrônico: Uma Ferramenta que Pode


Contribuir para a Integração das Redes de Atenção à Saúde. Rev. Saúde em
Debate. Rio de Janeiro, v. 37, n. 96, p. 43-50, jan./mar. 2013.

GREIVER, M. et al. Implementation of Electronic Medical Records: Effect on the


Provision of Preventive Services in a Pay-For-Performance Environment.

Canadian family physician Medecin de famille canadien, Rev. Mississauga, ON, v.


57, n. 10, p. 381-389, 2011.

MARTINS, C.; LIMA, S. M. Vantagens e Desvantagens do Prontuário Eletrônico


para Instituição de Saúde. 2015.

MOURÃO, A. D. ; NEVES J. T. R. Impactos da Implantação do Prontuário


Eletrônico do Paciente Sobre o Trabalho dos Profissionais de Saúde da
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. 2015.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE; ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE


SAÚDE. O Prontuário Eletrônico do Paciente na Assistência, Informação e
Conhecimento Médico. Washington, DC: OPAS/OMS, 2003

PATRÍCIO, C. M. et al. O Prontuário Eletrônico do Paciente no Sistema de Saúde


Brasileiro: Uma Realidade para os Médicos? Rev. Scientia Medica, Porto Alegre, v.
21, n. 3, p. 121-131, 2011.

SALTMAN, R. B. et al. Primary Care in the Dri er’s Seat? Or anizational Reform
in European Primary Care. European Observatory on Health Systems and Policies
Series. 1ed. . 2006.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. European Office for Integrated Health Care


Services. Workshop on Integrated Care. Barcelona: WHO Integrated Care
Meeting, 2001.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
ORGANIZAÇÃO DA DEMANDA DOS SER IÇOS DE EMERGÊNCIA:
PERCEPÇÃO DOS ENFERMEIROS A PARTIR DA IMPLANTAÇÃO DO
ACOLHIMENTO COM A ALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

Luzianne Clemente de Meneses (Relatora, UNILEÃO)


Wiliany Santos da Silva (Autora, UNILEÃO)
Alessandra Moraes Menezes Silva (Autora, UNILEÃO)
Carlos Vinicius Moreira Lima (Autor, UNILEÃO)
Ozeias Pereira de Oliveira (Autor, UNILEÃO)
Woneska Rodrigues Pinheiro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A procura por atendimento em unidades que prestam serviços de


urgência e emergência cresceu significativamente nos últimos anos, colocando este
setor como parte importante na prestação de atendimento à saúde, onde o aumento
da clientela que ali aporta ocorre de maneira desordenada, fazendo com que haja
sobrecarga nas mais diferentes portas de entrada emergenciais (CAVEIÃO, et al.
2014). Ao longo deste processo, houve a necessidade de se organizar o
atendimento, porém não de forma excludente, expressa em uma simples triagem,
mas sim, de maneira acolhedora e considerando a gravidade de cada caso para
priorizar a assistência aos mais graves. Diante da baixa resolutividade e à
precariedade nos atendimentos efetuados pelos serviços de saúde do Brasil, o
Ministério da Saúde (MS) formulou em 2003, a Política Nacional de Humanização da
Atenção e Gestão do Sistema Único de Saúde (HumanizaSUS), tendo como um dos
eixos principais o acolhimento nas ações de saúde associado ao sistema de
Classificação e Avaliação de Risco (JUNIOR; MATSUDA, 2012). O acolhimento com
avaliação e classificação de risco (AACR) mudou o cenário da emergência de forma

ISBN 978-85-65221-23-8
positiva para os usuários, pois o mais grave ou que necessita de atendimento
imediato é atendido de maneira mais rápida, diminuindo assim as chances de seu
quadro de saúde piorar pela demora no atendimento. Este método de acolhimento
vem sendo utilizado amplamente para a organização da demanda dos serviços de
emergência, e desta forma torna-se necessário observar sua aplicabilidade e se
efetivamente tem influência na organização desta demanda (CAVALCANTE et al.
2012). Para a aplicação desse protocolo o enfermeiro dentre os profissionais de
enfermagem tem sido mencionado para realizar a avaliação e classificar a
necessidade daqueles que buscam as unidades de emergência, adquirindo papel de
grande importância na hora de fazer a regulação e decidir a prioridade na
assistência dos usuários (SOUZA et al., 2013). OBJETIVOS: Compreender a
organização da demanda dos serviços de emergência a partir da implantação do
Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco na perspectiva do profissional
enfermeiro. METODOLOGIA: Realizou-se um estudo de natureza observacional não
participativa, transversal, descritiva de cunho qualitativo. A pesquisa foi realizada no
município de Juazeiro do Norte, Ceará (CE), em instituição de saúde pública, que
possui unidade de atendimento de emergência e que utiliza como ferramenta para
organização do serviço o AACR. A coleta de dados foi realizada durante todo o mês
de março de 2017, esse período se tornou suficiente para uma maior exploração da
pesquisa. Participaram do estudo, enfermeiros que atuam nos serviços de
emergência de instituições que prestam serviços pelo SUS. Para constituir a amostra
foram utilizados critérios de inclusão e exclusão. Assim, a população contava com
10 enfermeiros. A partir dos critérios de inclusão e exclusão, a amostra contou com
08 enfermeiros classificadores. Foi realizado previamente um pré-teste dos
instrumentos utilizados na coleta de dados. A pesquisa foi dividida em dois
momentos. No primeiro momento foi realizada a observação sistemática não
participativa guiada por um roteiro pré-elaborado, onde os dados foram analisados e
em seguida transcritos em forma de descrição. No segundo momento foi aplicado
um formulário para entrevista, deste modo os dados foram analisados a partir da
técnica de análise do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Neste estudo, após a
transcrição integral do conteúdo das entrevistas, foram realizadas leituras

ISBN 978-85-65221-23-8
cuidadosas de cada depoimento, buscando identificar os aspectos significativos
sobre a temática de interesse. Para garantir a preservação da identidade e o
anonimato dos participantes, utilizou-se a Letra “P” que representa profissional,
seguida de um número, ordenado. Exemplo: P1, P2, P3. A pesquisadora ainda
garantiu a manutenção da privacidade tanto do paciente como da equipe e total
descrição dos fatos ocorridos no momento da pesquisa. O presente estudo obedece
à resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, que trata de pesquisas e testes
em seres humanos, obedecendo às referências da bioética: autonomia, não
maleficência, beneficência e justiça (BRASIL, 2012). RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Diante da observação realizada notou-se que o enfermeiro é o
protagonista principal no processo de Classificação de risco. Corroborando com esta
informação, Souza e Bastos (2008), enfatiza que o enfermeiro é o profissional que
vem sendo o mais qualificado para aplicar o protocolo de acolhimento com
classificação de risco. A partir dos dados obtidos com as entrevistas, constatou-se
que a maioria dos profissionais, participantes do estudo, são do sexo feminino, com
idade entre 27 e 31 anos (adultos jovens), todos possuem curso de pós-graduação.
Foram citadas diversas especializações, porém a predominância foi em urgência e
emergência. Em relação aos anos de atuação no AACR a maioria foi entre 03 e 04
anos. Diante dos anos de atuação na classificação de risco os resultados
evidenciaram que os participantes da pesquisa possuem, em sua maioria, uma
experiência profissional significativa em unidade de urgência/emergência. Dentre as
informações coletadas na entrevista, a capacitação sobre o programa de AACR foi
uma delas, onde todos os profissionais relataram que receberam um curso de
capacitação abordando todo o processo de classificação de risco. Os profissionais
demonstram satisfação com a implantação do AACR relando que a porta de entrada
do serviço de emergência tornou-se eficiente. Os participantes do estudo revelam
que existe uma resolutividade das demandas urgentes/emergentes atualmente. A
população esta acostumada com o método antigo de atendimento, por ordem de
chegada, cabendo aos profissionais explicar aos usuários os benefícios que o
protocolo trás para o serviço de saúde, desde a organização até a assistência.
Diante do exposto, verifica-se que os benefícios que o sistema de classificação de

ISBN 978-85-65221-23-8
risco trás para o serviço é evidente, possibilitando qualidade no atendimento do
usuário e no trabalho do profissional. Os enfermeiros são responsáveis em definir a
prioridade do usuário através da classificação de risco, de forma segura, correta e
honesta. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pesquisa nos possibilitou um contato com a
realidade do processo de acolhimento com avaliação e classificação de risco em
uma unidade de emergência, mais especificamente com enfermeiros que atuam no
processo de AACR. Em análise os profissionais apontam sua percepção,
potencialidades, mudanças na organização e no atendimento do serviço de
emergência, fragilidades e deficiência no suporte da atenção básica, onde há uma
falta de referência e contra-referência. Ficou evidente que o AACR é uma ferramenta
útil para priorizar o atendimento no serviço de emergência, possibilitando aos
usuários o acesso mais rápido aos cuidados necessários, de acordo com a
constatação pelo enfermeiro da gravidade do caso, desta forma o paciente que se
encontra em situação de risco pode receber o devido tratamento no menor espaço
de tempo possível. O AACR possibilita a humanização do cuidado. Notou-se que os
profissionais apontam que o AACR organizou e dinamizou o processo de trabalho,
pois passou a priorizar o atendimento dos casos mais graves diminuindo, portanto,
os possíveis riscos. Sobre os desafios relatados pelos profissionais em relação à
prática da classificação de risco, estes consistem na incipiência de compreensão
que os usuários possuem sobre as prioridades atribuídas mediante o ACCR, não
aceitando de forma cordial quando atribuído aos mesmos, prioridades não urgentes
determinando um tempo de espera maior. Portanto, espera-se com este estudo,
ampliar discussões acerca do tema, mostrando a importância de se discutir sobre a
percepção dos enfermeiros a partir da implantação do AACR, mostrando alternativas
para a resolução das fragilidades encontradas e os benefícios que o protocolo trás
para os serviços de saúde.

Palavras-chave: Acolhimento. Serviço Hospitalar de Emergência. Qualidade de


Assistência à Saúde.

REFERÊNCIAS

ISBN 978-85-65221-23-8
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n o 466, de 12 de dezembro de
2012. Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo
seres humanos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 jun. 2013. Seção 1, p. 59.
Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html>.
Acesso em 08 Mar. 2017.

CAVALCANTE, R. B et al. Acolhimento com classificação de risco: proposta de


Humanização nos serviços de urgência. Rev Enferm. 2012. Set/dez; 2 (3): 428-437.

CAVEIÃO, C, et al. Desafios ao enfermeiro na implantação da classificação de risco


em unidade mista. Rev. Enferm UFSM. 2014 Jan/Mar. Disponível em:
<http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/reufsm/article/viewFile/1
0527/pdf>. Acesso em: 29 set. 2016.

JUNIOR, J. A. B; MATSUDA, L. M. Implantação do sistema acolhimento com


classificação e avaliação de risco e uso do fluxograma analisador. Texto contexto
enferm. Florianópolis. Jan-mar, 21 (1): 217-25. 2012. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
07072012000100025>. Acesso em: 21 Ago. 2016.

SOUSA, R. S; BASTO, M. A. R. Acolhimento com classificação de risco:


processo vivenciado pelo profissional enfermeiro. Belo Horizonte- MG. 2008.
Disponível em: <http://www.dx.doi.org/S1415-27622008000400018>. Acesso em: 01
Nov. 2016.

SOUZA, C.C, et al. Diagnósticos de enfermagem em pacientes classificados nos


níveis I e II de prioridade do Protocolo Manchester. Rev. esc. enferma. USP vol.47
no.6 São Paulo Dec. 2013. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S008062342013000601318&script=sci_
arttext>. Acesso em: 26 Set. 2016.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio

PROJETO DE EXTENSÃO ENFERMAGEM DA ALEGRIA: HUMANIZAÇÃO E


INTERAÇÃO COMO INTERMÉDIO PARA A ASSISTÊNCIA INFANTIL

Ozeias Pereira de oliveira (Relator, UNILEÃO)


Hercules Pereira Coelho (Autor, UNILEÃO)
Janayle Kéllen Duarte de Sales (Autora, UNILEÃO)
Gilberto dos Santos Dias de Souza (Autor, UNILEÃO)
Rayane Moreira de Alencar (Autora, URCA)
Woneska Rodrigues Pinheiro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: O projeto de extensão Enfermagem da Alegria foi elaborado há 10


anos por discentes do curso de graduação em Enfermagem do Centro Universitário
Doutor Leão Sampaio, nascendo a partir da necessidade de se estabelecer em
hospitais infantis, na região do Cariri, métodos que contribuíssem para com a
humanização da assistência a crianças hospitalizadas. Presente há dezesseis anos
na região do Cariri, o Centro Universitário Doutor Leão Sampaio – UNILEÃO
localiza-se no Extremo Sul do estado do Ceará, no município de Juazeiro do Norte.
O mesmo é reconhecido pela Portaria 1.149 do MEC, atuando em três unidades no
respectivo munícipio, pelo qual possui dentre os seus objetivos, formar profissionais
críticos reflexivos e capacitados, fundamentados na responsabilidade social, na ética
e no bem-estar da população. Atualmente o projeto concebe suas intervenções no
Hospital Infantil Maria Amélia Bezerra, situado no município de Juazeiro do Norte-
Ceará, o qual realiza visitas semanais a crianças hospitalizadas. O referido projeto
conta com a participação de 12 acadêmicos do curso de graduação em Enfermagem

ISBN 978-85-65221-23-8
da UNILEÃO, grupo este que atua de maneira voluntária, levando através de suas
ações, alegria e esperança ao ambiente hospitalar, utilizando em suas intervenções
para alcance do objetivo do projeto, a ludoterapia. Com o intuito de favorecer a
melhora do quadro clínico e humanizar a assistência de enfermagem a criança
hospitalizada, através dos métodos terapêuticos, o projeto objetiva atenuar os
sentimentos de angústia, medo e solidão, comumente perpassados pelos infantes
durante o quadro de internação. Em tempo, o ato social efetivado a partir das ações
do projeto vislumbram métodos alternativos de educação em saúde e auxílio aos
profissionais da equipe multiprofissional de saúde, visto que a criança carece de um
cuidado que leve em consideração suas necessidades básicas enquanto infante
(LEMOS, et al., 2010). O presente estudo pauta-se com expressiva relevância
perante a atuação da ludoterapia como um método alternativo de cuidado, uma vez
que ao prestar assistência a uma criança enferma deve atentar-se não apenas ao
quadro de enfermidade, mas ao indivíduo como um todo, de maneira holística,
atendendo as suas necessidades psicossociais e seu desenvolvimento motor
(CONCEIÇÃO, et al., 2011). O respectivo relato de experiência engloba significativa
contribuição social perante suas ações na atenção a saúde da criança, nas quais o
Enfermagem da Alegria busca por meio dos diversos métodos alternativos
transcender o cuidado, podendo assim atuar como agente causador de mudanças,
capaz de levar ao ambiente hospitalar, aos pequenos internos e a seus respectivos
parentes a alegria, esperança, carinho, amor e saúde. Conceito este formado a partir
de jogos e brincadeiras, que vão desde uma imensa gargalhada, a um tênue silêncio
na hora de um conto, desde um choro a um sorriso largo quando avistam os
voluntários do Enfermagem da Alegria. Ressalta-se em tempo sua contribuição
acadêmica e científica para o qual poderá vir a servir como fonte de dados para
elaboração de estudos póstumos. OBJETIVO: Descrever os benefícios do lúdico no
processo de adesão a terapêuticas infantis. METODOLOGIA: Este trabalho consiste
em um relato de experiência de cunho descritivo, no qual será abordado a
experiência voluntária, em um período de um ano (Março de 2016 a Março de 2017),
de um discente do curso de graduação em Enfermagem do Centro Universitário
Doutor Leão Sampaio no projeto de extensão Enfermagem da Alegria. Trajado como

ISBN 978-85-65221-23-8
uma ação educacional, o projeto tem como objetivo a humanização do ambiente
hospitalar através da ludoterapia, musicoterapia, brinquedo terapêutico e teatro
clown, bem como da narração de contos e educação em saúde. Para efetivação de
suas ações, no ambiente hospitalar, o projeto conta com a participação voluntária de
12 (doze) discentes do curso de Enfermagem, os quais realizam visitas semanais ao
Hospital Infantil Maria Amélia Bezerra, localizado no município de Juazeiro do Norte
– Ceará. Fragmentado em dois grupos de seis voluntários, cada grupo é
responsável por realizar uma intervenção semanal no hospital infantil, sendo as
visitas efetuadas todas as quintas-feiras no período noturno, das 18h00 as 20h00, e
aos domingos no horário diurno, das 08h00 as 10h00. RESULTADOS E
DISCUSSÕES: Tendo em vista que a internação acarreta intensas mudanças no
cotidiano do infante, as ações do Enfermagem da Alegria visam, através do emprego
dos métodos considerados ludoterapêuticos, atenuar o sentimento de angústia, de
medo, e de distanciamento do ambiente social comum da criança (SCHULTZ,
SABATÉS, 2010). Previamente sistematizadas, as intervenções não são somente
visitas, mas sim um método educacional, detentor de fundamentos técnicos e
teóricos a fim de obter resultados significativos frente ao restabelecimento do quadro
de afecção. Durante as visitas, os voluntários, agora detentores de novas
identidades, pseudônimos, caracterizam-se com pinturas faciais, apetrechos
encantados, fantasias, jalecos coloridos, balões mágicos e muito amor, atitude esta
capaz de levar alegria para cada recanto da unidade hospitalar, desde a clínica
médica ao local de internação, desde funcionários a pais e crianças presentes na
unidade hospitalar. Ao iniciar a visita, embasados nos métodos sistematizados
ludoterápicos, os voluntários começam a passar de leito em leito, - “Oi, posso
entrar?” - e com um largo sorriso no rosto e um leve balançar com a cabeça,
acenando que sim, conseguimos a permissão e assim adentramos os quartos,
recintos estes os quais nos deparamos comumente com várias crianças e seus
familiares, e tendo como foco o sorriso, começamos a interagir com os mesmos, a
partir de jogos, conversas, histórias, músicas infantis, pequenas encenações, dentre
outros. Finalizada a visita aos leitos, nos permitimos um breve momento no
parquinho do hospital com as crianças, ação esta que colabora para que as mesmas

ISBN 978-85-65221-23-8
interajam com o meio que as cercam, não se restringindo apenas ao ambiente
interno da unidade hospitalar. Atividade imprescindível na vida da criança, o brincar
denota-se de maneira relevante frente ao desenvolvimento motor, emocional e
psicossocial, sendo este o meio mais operante pelo qual a mesma consegue
expressar suas emoções, angústias e frustações (MITRE, GOMES, 2004). Durante o
período de voluntariado além das intervenções, ocorreram também pequenas
celebrações em datas comemorativas, dentre estas o nosso São João, que contou
com a participação de uma quadrilha maluca, com direito a casamento caipira e
festança dos noivos; o dia das crianças, com a realização de várias brincadeiras,
jogos interativos e distribuição de presentes; e ao final do ano o Natal, momento de
paz, harmonia, felicidade e amor, e para isso, não poderia faltar a visita do nosso
Papai Noel, para desejar um feliz natal aos profissionais, aos familiares e, aos
pequenos enfermos, em tempo acolhendo os seus pedidos. Durante as
intervenções, além de passar conhecimentos, realizar educação em saúde e levar
alegria para o âmbito hospitalar, os voluntários aprendem com as crianças, o que
remete a compreensão do real significado do cuidado realizado pela enfermagem,
atenção esta que vai além do administrar de uma medicação ou o implementar de
uma terapêutica médica, esta transcende a barreira do cuidado, atuando não apenas
na enfermidade, mas também no indivíduo como um ser social. Ao término de cada
visita, com os olhos marejados de lágrimas de felicidade, os discentes despedem-se
dos pequenos infantes e do corpo hospitalar, levando consigo o amor captado a
partir de suas ações, e a sensação de dever cumprido, ao saber que mesmo por um
curto período de tempo, foram luz na vida daqueles pequenos enfermos e de seus
familiares. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O processo de hospitalização interfere na
relação emocional do infante, nesta conjuntura, o brincar apresenta-se com uma
ferramenta imprescindível para alterar a rotina inerte da hospitalização, de modo
que, se inter-relaciona com o imaginário da mesma, o que causa uma oscilação
entre este mundo e o real, fator este capaz de ultrapassar as barreiras da doença
(MITRE, GOMES, 2004). Além de um ato social, o Enfermagem da Alegria se
apresenta ainda como uma ação de humanização, que através de suas
intervenções, estimula a esperança, alegria e a prática do amor. Dinamicidade essa

ISBN 978-85-65221-23-8
perpassada para as crianças e seus respectivos familiares, atuando deste modo,
como agente causador de mudanças, capaz de vislumbrar o pequeno enfermo não
apenas sob uma ótica da doença, mas sim, como um todo, de maneira holística. No
decorrer das intervenções é visível um expressivo semblante de alegria nos
pacientes, em seus familiares e em todo o corpo hospitalar. Com as ações do
projeto conseguimos mudar, mesmo que momentaneamente, a rotina hospitalar,
fornecendo subsídios para que o pueril mesmo enfermo brinque e sorria, pois a
alegria também cura. O referido projeto visa humanizar a assistência de saúde
perante o atendimento infantil, visto que, um amparo que vislumbre a criança
enferma como um ser em sua totalidade, compreendendo seus medos, anseios e
angústias, tende a melhorar o prognóstico de cura desta, atuando como um método
eficaz na melhora do seu quadro. Ressalta-se que projetos como este abarcam uma
alta gama educativa e de humanização, sendo para tanto, essencial que cada vez
mais acadêmicos das diversas áreas de saúde e a população em geral desenvolvam
medidas e ações que visem ajudar o próximo através de métodos alternativos,
sejam estes para crianças, adultos e/ou idosos.

Palavras-chave: Afecção. Enfermagem. Lúdico. Assistência Infantil.

REFERÊNCIAS

CONCEIÇÃO, C. M.; RIBEIRO, C. A.; BORBA, R. I. H.; OHARA, C. V. S.;


ANDRADE, P. R. Brinquedo Terapêutico no Preparo da Criança para Punção
Venosa Ambulatorial: Percepção dos Pais e Acompanhantes. Esc. Anna Nery
(impr.) abr -jun; 15 (2):346-353, 2011.

LEMOS, L. M. D., et. al. Vamos cuidar com brinquedos? Rev. Bras. Enferm.,
Brasília, nov-dez; 63(6): 950-5. 2010.

MITRE, R. M. A; GOMES R. A. Promoção do Brincar no Contexto da Hospitalização


Infantil como Ação de Saúde. Ciência e Saúde Coletiva. 9 (1): 147-54. 2004.

ISBN 978-85-65221-23-8
SCHULTZ, L. F.; SABATÉS, A. L. A Família Vivenciando a Doença e a
Hospitalização da Criança: Estudo Qualitativo. Online Brazilian Journal of
Nursing. Vol 9, No 2. (2010).

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
PROMOÇÃO DO ALEITAMENTO MATERNO NA PERSPECTIVA DA TROCA DE
SABERES ENTRE GESTANTES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Ana Tatiane Cristino Fideles (Relatora, UNILEÃO)


Edyvania Cordeiro Siebra (Autora, UNILEÃO)
Maria Natalia Soares de Lacerda (Autora, UNILEÃO)
Salmom Felipe Alves da Silva (Autor, UNILEÃO)
Yana Carla Bezerra Feitosa de Amorim (Autora, UNILEÃO)
Aline Morais Venâncio (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: O ato de amamentar vai além dos aspectos fisiológicos


relacionados a nutrição. Embora os benefícios do aleitamento materno exclusivo
(AME) à saúde do binômio mãe-filho sejam bem conhecidos e por isso
recomendados nos primeiros seis meses de vida da criança, observa-se que muitos
fatores influenciam para que essa meta seja alcançada. O processo de aleitamento
materno vivenciado pelo ser mulher é um ato que envolve não apenas a vontade, o
desejo e a tomada de decisão dela em amamentar. Envolve também, revisão de
seus papéis sociais, assim como o equilíbrio da relação familiar (BRASIL, 2015).
Nesse sentido, vale destacar que para a promoção do aleitamento materno é
necessário respeitar e valorizar a participação e autonomia dos indivíduos nas ações
relativas ao seu bem-estar, onde não deve prevalecer apenas a cultura científica,
mas para atingir os sujeitos no processo de trabalho em especial na atenção básica
e transformar os saberes dentro de um grupo que não possui o conhecimento
provindo da ciência, o aprendizado deve ser um processo integrador e qualitativo.
Dessa forma a pessoa busca de forma ativa e reflexiva aprender a aprender,

ISBN 978-85-65221-23-8
apreendendo, então o novo conhecimento (BRASIL, 2009). No entanto a gestante
deve ter corresponsabilidade com sua saúde e a de seu filho, a partir do momento
que torna-se instrumentalizada através do conhecimento, compreende o desafio da
sua realidade e com isso busca soluções para transformá-la. Assim é necessário o
entendimento que os benefícios da amamentação exclusiva, nos primeiros seis
meses de vida, constituem prática indispensável para a saúde da criança a curto e a
longo prazo. É consenso na literatura científica a importância desta prática na
proteção das crianças contra doenças infecciosas, como diarreia, infecções
respiratórias inferiores, otite média aguda (QUELUZ et. al., 2012). Contudo a
realidade revela o desmame precoce que aumenta os níveis de desnutrição e
morbimortalidade infantis no país. A partir da constatação de que o desmame
precoce insere-se num contexto social, educacional e de responsabilidade dos
serviços de saúde, enfatiza-se a necessidade de desenvolvimento de ações pró-
amamentação, com vistas a sustentar a prática do aleitamento materno por seis
meses (CONTARATO et al., 2016). Estudos da Organização Mundial de Saúde
(OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) apontam que esta
prática contribui, anualmente, para a prevenção de mais de seis milhões de mortes
de crianças com menos de 1 ano de idade e que cerca de dois milhões de mortes
também poderiam ser evitadas, se a prática do Aleitamento Materno Exclusivo
(AME) até 6 meses fosse praticada universalmente (BRASIL, 2014). A II pesquisa de
prevalência de aleitamento Materno realizada nas capitais brasileiras e no Distrito
Federal mostrou que a mediana de tempo de aleitamento materno exclusivo no
Brasil foi de 54,1 dias (1,8 meses) e de aleitamento materno foi de 341,6 dias (11,2
meses). Na mesma pesquisa observou-se que o início do processo de desmame
ocorre precocemente dentro das primeiras semanas ou meses de vida, com a
introdução de chás, água, sucos e outros leites e progride de modo gradativo
(BRASIL, 2014). Apesar das inúmeras vantagens da prática da amamentação,
evidenciadas em estudos, e da melhora da situação do aleitamento materno no
Brasil, seus indicadores têm revelado uma tendência à estabilização e, ainda, estão
aquém do recomendado pela Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde
(BRASIL, 2015). A promoção e o incentivo do aleitamento materno devem ser ações

ISBN 978-85-65221-23-8
prioritárias e pautadas na melhoria da saúde e da qualidade de vida das mães,
crianças e seus familiares. O sucesso da amamentação está intimamente ligado a
condições socioculturais e relações pessoais da nutriz com seu meio (GONÇALVES,
2013). OBJETIVO: Mediante contexto percebeu-se a necessidade de sensibilizar
gestantes quanto a importância leite materno, buscando fomentar a prática da
amamentação. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo relato de experiência. A
referida pesquisa compõe uma ação do projeto de extensão denominado criando
laços de amor: a importância do aleitamento materno exclusivo, realizado na
Estratégia de Saúde da Família (ESF) 59, localizada na Rua Professora Maria
Pedrina, Bairro Salesianos, município de Juazeiro do Norte – Ceará. A intervenção
educativa foi realizada seguindo um planejamento em conjunto com os agentes
comunitários, a equipe de saúde da família, os discentes de enfermagem e a
professora orientadora. Foi realizado uma revisão de literatura, a fim de aprofundar o
conhecimento sobre a temática e fundamentar a elaboração do plano de
intervenção. Ocorreu dia 13 de setembro de 2017, os sujeitos do estudo foram
gestantes participantes do projeto, sendo um total de oito mulheres, com idades
entre 15 e 41 anos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Inicialmente procedeu-se o
acolhimento na sala de reunião, onde as gestantes foram recebidas com música
ambiente. Em seguida foi realizada uma roda de conversa, entregue a cada
gestante presente tarjetas contendo informações relacionadas ao aleitamento
materno exclusivo, onde cada participante deveria classificar a afirmação sorteada
como mito ou verdade, buscando dessa forma compreender o conhecimento delas
sobre a temática e desvendar suas crenças sobre o processo de amamentar. Após
deveriam fixar a informação em um mural, depois de todas elas terem feito as suas
escolhas, os integrantes do projeto esclareceram as dúvidas, explicando cada
informação, mas tentando sempre sensibiliza-las sobre os mitos que envolvem a
prática do aleitamento materno podendo levar ao desmame precoce, embasados no
conhecimento científico, mas respeitando o saber individual de cada gestante. Após
a dinâmica, foi aberto um momento para que todas pudessem se manifestar e
questionar o que ainda não havia sido abordado. Mesmo algumas participantes já
sendo mães e tendo passado pelo processo de amamentação, ainda traziam

ISBN 978-85-65221-23-8
consigo muitas dúvidas, estas sendo esclarecidas no decorrer do evento. Em
seguida foi ofertado um lanche e entrega de mimos para os presentes, como forma
de agradecimento a valiosa contribuição. CONCLUSÃO: A vivência proporcionada
pela atividade educativa foi de suma importância para os acadêmicos de
enfermagem, pois revelou que se pode ensinar e, sem dúvida, aprender, através de
cada gesto e palavra expressos pelas gestantes. A ação permitiu refletir quanto ao
conhecimento das mulheres grávidas presentes, como também proporcionou a
oportunidade de compartilhar, naquele momento, o conhecimento adquirido na
academia. Além disso, a realização desse processo dialético que envolve teoria e
prática mostrou resultados positivos sendo relevante para a compreensão e
conscientização quanto à importância do aleitamento materno exclusivo, bem como
despertando nelas o desejo de praticá-lo. No final do momento as participantes
ressaltaram a importância da prática realizada. Através da educação e saúde é
possível ampliar nossa visão para o processo de construção de uma assistência
integral e humanizada. Concluímos que se fazem necessárias mais ações serem
desenvolvidas com essa temática, para que haja a consolidação da prática com as
gestantes.

Palavras-chave: Aleitamento Materno. Gestante. Conhecimento. Promoção da


Saúde.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Área Técnica de


Saúde da Criança e Aleitamento Materno. Departamento de Atenção Básica. Rede
Amamenta Brasil. Caderno do tutor. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Dez passos para


uma alimentação saudável: guia alimentar para crianças menores de dois anos:
um guia para o profissional de saúde na atenção básica. 2ed. Brasília: Ministério da
Saúde, 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação
complementar. 2ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.

ISBN 978-85-65221-23-8
CONTARATO A. A. P. F. et al. Efeito independente do tipo de aleitamento no risco
de excesso de peso e obesidade em crianças entre 12-24 meses de idade. Cad.
Saúde Pública. 2016; 32(12):e00119015. Disponível em
http://www.ensp.fiocruz.br/csp. Acesso em 21.09.2017.

QUELUZ . M. C.; et al. Prevalência e determinantes do aleitamento materno


exclusivo no município de Serrana, São Paulo, Brasil. Rev. esc. enferm.
USP vol.46 no.3 São Paulo June 2012.

GONÇALVES, M. R. dos S. Ações de promoção do aleitamento materno na


atenção básica no Município de Ribeirão das Neves. Dissertação (Mestrado) –
Centro Universitário UNA, 2013. Curso do Mestrado em Gestão Social, Educação e
Desenvolvimento Local.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO FRENTE À DOENÇA RENAL CRÔNICA

Elis Nayane Rudrigues Cipriano (Relatora, UNILEÃO)


Carla Rayanne Bento Ferreira (Autora, UNILEÃO)
Crisângela Santos de Melo (Autora, UNILEÃO)
Izabel Cristina da Silva Belarmino (Autora, UNILEÃO)
Pedro Henrique Vieira Nunes (Autor, UNILEÃO)
Alessandra Bezerra de Brito (Orientadora, UNILEÃO)

NTRODUÇÃO: a Insuficiência Renal Crônica (IRC) é uma problematização


irreversível, que consiste na incapacidade dos rins de excretar substâncias filtradas
em fluxo sanguíneo e glomerular. As complicações da IRC são dispostas em cinco
estágios, onde se baseia de acordo com o nível de disfunção renal. No mundo, as
doenças do rim e do trato urinário são responsáveis por aproximadamente 850
milhões de mortes por ano, e a incidência da IRC aumenta em torno de 8%
anualmente. No Brasil, a prevalência de pacientes acompanhados no tratamento da
doença aumentou 150% em uma década, passando de 24 mil em 1994 para 60 mil
em 2047.4 A expectativa de vida vem aumentando a cada década, isso significa que
também aumenta a probabilidade de ocorrências em doenças degenerativas. As
doenças que mais atingem a idade avançada é a Hipertensão Arterial e Diabetes
Mellitus, sendo uma das principais causas para Doença Renal Crônica. O número de
registro de pessoas em tratamento hemolítico cresce juntamente com a taxa de
mortalidade, sendo que o autocuidado e o serviço oferecido para o tratamento
inadequado pode vir a comprometer a evolução clinica deste paciente. Alguns
estudos pode se observar o predomínio do sexo masculino e da cor branca, a

ISBN 978-85-65221-23-8
prevalência de ambos mostra que o sexo masculino pode estar mais susceptível ao
acometimento de tal patologia. Outra variável clinica é em relação às doenças de
base, que a mais prevalente foi à hipertensão arterial sistêmica. A IRC é um fator
que se predispõem a acometer mais pessoas do sexo masculino ou na idade senil.
No entanto, não se exclui a possibilidade do sexo feminino ser também acometido,
mas em menor porcentagem¹. OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida de
portadores idosos com Insuficiência Renal Crônica. METODOLOGIA: Trata-se de
um estudo documental de natureza qualitativa. A busca dos dados foi realizada pela
Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando as bases de dados MEDLINE (Medical
Literature Analysis and. Retrieval System Online) e LILACS (Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) nos anos de 2013 a 2016. Foram
utilizados os seguintes descritores: idoso, qualidade de vida, doença renal crônica;
Foram encontrados mais de 36 trabalhos que ao serem filtrados com os seguintes
critérios de inclusão: texto completo disponível, idioma português e modalidade
artigo; e os critérios de exclusão: trabalhos repetidos e que não se encaixavam na
temática, restaram apenas 8 artigos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Portanto é
possível observar que os idosos apresentam uma porcentagem de fragilidade que se
relaciona não só com a doença, mas, também com seu meio de vida, sejam na sua
família, amigos ou até mesmo com a expectativa sobre a doença. Ou seja, à
enfermagem surge em promover intervenções que facilitem e esclareçam dúvidas
frequentes do paciente e/ou familiares, minimizando assim possíveis problemáticas
e promovendo uma qualidade de vida². A atuação do enfermeiro na vida de um
paciente com essa patologia vai além dos cuidados paliativos, pois o profissional
enfermeiro valoriza a individualidade do idoso, promovendo melhorias na qualidade
de vida, realmente eficaz no dia a dia, contribuindo assim para o melhor
desempenho do paciente relacionado à saúde. Como citado acima o maior
acometimento da doença renal crônica, vem se ligando diretamente a homens, por
isso é de total importância à sensibilidade do profissional em observar que aquele
momento é extremamente difícil para o paciente que se encontra em um regime
alimentar, físico, mental, tendo como o espiritual o seu único horizonte sem limites e
sem regras. Porém a muito caminho a percorrer a fim de diminuir a mortalidade

ISBN 978-85-65221-23-8
associada à DRC. Com isso, deverão ser aplicados esforços para estabelecer as
medidas sistemáticas e direcionadas de prevenção e controle das complicações do
tratamento e contribuir de forma significante para a qualidade de vida dos
pacientes5. O enfermeiro deverá prestar uma assistência continua e eficaz
mostrando para o paciente a grande possibilidade de aumentar sua expectativa de
saúde. É necessário também que a família encontre-se presente para que o
paciente se sinta mais assegurado e menos desconfortável com tais procedimentos
frisando melhoramento social, psicológico e físico¹. CONCLUSÃO: Conclui-se que o
portador renal crônico idoso, precisa de cuidados que o ajude a desenvolver sua
confiança, consequentemente promovendo sua qualidade de vida contribuindo para
seu desenvolvimento e tratamento eficaz. O bem estar do individuo influencia
diretamente na consciência da importância de mudanças diante da IRC. Como
fundamental função, o enfermeiro deve focar em não só estabelecer
direcionamentos, mas também respeitar o direito do paciente idoso de decidir qual a
melhor forma de diminuir a ansiedade e a problemática relacionada ao tratamento. O
paciente idoso necessita que o ambiente seja agradável, para que possa depositar
sua confiança frente à situação que está diretamente relacionado, portanto o
enfermeiro deve questionar o paciente sobre seus objetivos e escutar quando
surgem perguntas. A doença renal crônica vem crescendo e atingindo pessoas no
mundo inteiro, então se faz necessário que esse profissional tenha um olhar holístico
diante dessas condições. Para que os indicies de mortalidade decaiam, é necessário
não só atenção a doença, mas também, atenção com o paciente e seus familiares
para promover uma melhor qualidade de vida.

Palavras-chave: Idoso. Qualidade de Vida. Doença Renal Crônica.

REFERÊNCIAS

OLIVEIRA, Carilene S. et al. PERFIL DOS PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM


TRATAMENTO HEMODIALÍTICO. Revista Baiana de Enfermagem, Salvador, v. 29,
n. 1, p. 42-49, jan./mar. 2015. Disponível em:

ISBN 978-85-65221-23-8
https://portalseer.ufba.br/index.php/enfermagem/article/view/12633. Acesso em 14
ago.2017

SCHUSTER, Joel T. et al. Avaliação de sintomas depressivos em pacientes com


insufi i n ia renal rôni a submetidos hemodi lise em Tubar o–Santa
Catarina – Brasil. Disponível em: www.amrigs.com.br/revista/59-
01/03_1457_Revista%20AMRIGS.pdf. Acesso em 13 ago.2017

SOUZA Orlandi, Fabiana ; DUTRA Gesualdo, Gabriela. Avaliação Do Nível De


Fragilidade De Idosos Com Doença Renal Crônica Em Tratamento Hemodialítico.
Acta Paul Enferm. 2014; 27(1):29-34.

GABRIELA, Suzana Rusa, e et Al. Qualidade de vida/espiritualidade, religião e


crenças pessoais de adultos e idosos renais crônicos em hemodiálise.
Disponivel: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v22n6/pt_0104-1169-rlae-3595-2495.pdf.
Acessado em 10.09.2017 as 17:10.

LIMA, Pamila Cristina, e et Al. Insuficiência renal crônica e as causas múltiplas


de morte: uma análise descritiva para o Brasil, 2000 a 2004. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
462X2014000400372&lng=pt&nrm=iso . Acessado em 04.09.17 as 02:00

LIMA, Pamila Cristina, e et Al. Insuficiência renal crônica no Brasil segundo


enfoque de causas múltiplas de morte. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414462X2014000100075&l
ng=pt&nrm=iso. Acessado em 04.09.17 as 02:00

ANDRADE, Maria Margarida de. Pesquisa Cientifica: Noções Introdutórias. In____.


Introdução à Metodologia do Trabalho Cientifico. 6º Edição. São Paulo: Atlas,
2013, p.125.

ISBN 978-85-65221-23-8
BASTOS, Marcos Gomes, KIRSZTAJN, Gianna Mastronni. Publicação Eletrônica:
Doença Renal Crônica, São Paulo, 2011. Disponível em:
www.scielo.br/.php?script=sci_arttext. Acesso em 11 mar. 2015

BORTOLOTTO, Luiz Aparecido. Hipertensão Arterial e Insuficiência Renal Crônica.


Revista Brasil Hipertenso. Vol. 15, Rio de Janeiro, 2008, p. 152-155. Disponível
em: departamentos.cardiol.br/dha/revista/15-3/09-hipertesao.pdf

GRADY, Christine. Questões Éticas Relacionado a Enfermagem em Cuidados


Críticos. In: MORTON, Patricia Gonce, FONTAINE, Dorrie K. Cuidados Críticos da
Enfermagem. 9º edição Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011, p.94-100.

HOLCOMBE, Dorene. Insuficiência Renal. In: MORTON, Patricia Gonce FONTAINE,


Dorrie K. Cuidados Críticos da Enfermagem. 9º edição Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2011, p.779-781.

LIMA, Antônio Fernandes Costa et al. Unidade de Hemodiálise. In: GAIDZ INSKI,
Raquel Raponi et al. Diagnóstico de Enfermagem na Prática Clinica. Porto
Alegre: Armed, 2008, p.117-119.

MULLEN, Patricia C. Mc. Tomada de Decisão Ético no Modelo no Projeto de


Enfermagem. In: MORTON, Patricia Gonce. FONTAINE, Dorrie K. Cuidados
Críticos da Enfermagem. 9º edição Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011,
p.115-117.

SILVA, Sandra Regina da. Cap.12. Diabetes Mellitus. São Paulo: Marttinari, 2013,
p.78-80.

SNYDER, Kara Adms. Histórico do Paciente Renal. In: MORTON, Patricia Gonce
FONTAINE, Dorrie K. Cuidados Críticos da Enfermagem. 9º edição Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2011, p.719-724.

ISBN 978-85-65221-23-8
TRAVAGIN, Darlene Suelen. Progressão da Doença Renal Crônica. Rio de
Janeiro: Rev. Enfermagem VERJ.17, 2009. Disponível em:
file:///C:/Users/Bel/Downloads/DARLENESUELLENANTEROTRAVAGIM.pdf.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
RELATO DE EXPERIÊNCIA: ELABORAÇÃO/ IMPLEMENTAÇÃO DAS
PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM EM UNIDADE DE CUIDADOS INTENSIVOS

Luciana Feitosa Lucas (Relatora, E.E.E.P. ADERSON BORGES DE CARVALHO)


Luciana Maria Pereira dos Santos (Orientadora, URCA)

INTRODUÇÃO: O profissional enfermeiro atua gerenciando a equipe de


Enfermagem, como também seguimentos das instituições de saúde, públicas ou
privadas onde exerce as mais diversas atividades, cada setor/ segmento compõe de
atribuições específicas, que devem ser desempenhadas com fito na segurança e na
qualidade da assistência. A Sistematização da Assistência em Enfermagem (SAE)
ou Processo de Enfermagem (PE), trata-se de um método para oferecer ao cliente
um cuidado de forma sistematizada, que vem sendo implantada gradativamente nas
instituições de saúde, a mesma é composta por cinco etapas integradas entre si,
que fornecem ao enfermeiro, informações e achados clínicos, sobre o estado de
saúde atual e pregresso dos pacientes sob sua supervisão, identificando problemas
reais e de risco em saúde, subsidiando e documentando um cuidado preciso, de
acordo com as necessidades individuais de cada cliente (MONTEIRO et al., 2013;
NEVES; SHIMIZU, 2010). Neste sentido destacaremos no presente estudo, a
elaboração da prescrição informatizada de Enfermagem, quarta etapa do PE ou
SAE, como ferramenta para conduzir o trabalho da equipe de Enfermagem.
OBJETIVO: Relatar a experiência da autora, na elaboração informatizada das
prescrições de Enfermagem, destacando a compatibilidade entre os procedimentos

ISBN 978-85-65221-23-8
e cuidados prescritos, aos que são realizados pela equipe de Enfermagem, de
acordo com a competência técnica e investigar fatores positivos e negativos para a
implementação das prescrições de Enfermagem, em unidade de cuidados intensivos
de um hospital de referência situado na região do Cariri. MATERIAIS E MÉTODOS:
Trata-se de um estudo de cunho descritivo-exploratório na modalidade relato de
experiência, acerca da elaboração informatizada das prescrições de Enfermagem,
em uma unidade de cuidados intensivos, de um hospital de referência situado na
região do Cariri, na pesquisa descritiva ‘‘[...] os fatos são observados, registrados,
analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira neles [...]’’
(ANDRADE, 2003, p.124), ou seja, os dados apresentados descrevem as reflexões,
com exatidão das situações investigadas do comportamento humano, seja no
contexto individual ou coletivo da sociedade. Já a abordagem exploratória tem várias
finalidades, dentre elas a formulação de hipóteses, definição de objetos e
possibilidade de um direcionamento novo, para um estudo futuro (ANDRADE, 2003).
A pesquisa, foi realizada no mês de Agosto de 2017, em um hospital de referência,
situado na região do Cariri, por meio da elaboração informatizada das prescrições de
enfermagem admissionais dos pacientes em unidade de cuidados intensivos. A
elaboração das prescrições é atribuição obrigatória do Enfermeiro, após a avaliação
dos pacientes. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em meio as transformações
ocorridas no cenário político, econômico, social e mundial, os avanços técnico
científicos envolvem, os mais variados campos de atuação, com a área da saúde
não poderia ser diferente, o emprego da tecnologia para auxiliar no diagnóstico,
acompanhamento e tratamento de enfermidades, porém, vale ressaltar que alguns
pacientes/ clientes mediante a gravidade do seu estado de saúde, necessitam de
cuidados ininterruptos, recursos físicos, materiais e humanos, altamente
especializados, capazes de tornar o cuidados prestado mais eficiente
(BELLAGUARDA et al, 2013). Por isso, o enfermeiro para consolidar sua liderança,
perante a equipe de Enfermagem, além da formação de nível superior, o mesmo
continua a aprofundar seus conhecimento por meio de cursos de pós-graduação,
construindo uma gama de conhecimentos, dispensados a um cuidar sistematizado,
tendo como base, os estudos das necessidades humanas básicas e o processo de

ISBN 978-85-65221-23-8
Enfermagem, realizados por Wanda de Aguiar Horta (NETO; NÓBREGA, 1999;
BELLAGUARDA et al, 2013). Neste sentido, em decorrência do grau de
complexidade que circunda a elaborar da prescrição de Enfermagem, devido à
indissociabilidade e importância da interação direta entre as etapas do processo,
anamnese/ exame físico, diagnósticos de Enfermagem, planejamento e avaliação da
assistência, A SAE, é uma atividade que compete privativamente ao enfermeiro
(MONTEIRO et al., 2013; NEVES; SHIMIZU, 2010). No entanto, cabe aos demais
membros da equipe de Enfermagem, no nosso caso em particular o técnico em
Enfermagem, colaborar e cumprir, para a implementação das prescrições de
Enfermagem e a SAE, como um todo (MONTEIRO et al, 2013). Porém, as
pesquisadoras durante suas atividades diárias na assistência e supervisão de
Enfermagem, em uma unidade de cuidados intensivos, observaram que as
prescrições de Enfermagem, apresentavam lacunas quanto ao direcionamento do
profissional da equipe de Enfermagem responsável por executar os procedimentos/
cuidados de Enfermagem prescritos. Este fato, pode contribuir para a prestação de
cuidados especializados/ complexos, implementados por profissional não habilitado,
aumentando a suscetibilidade a agravos à saúde, gerando conflitos quanto as
competências e habilidades técnicas de cada membro da equipe de Enfermagem.
Outro ponto importante foi a repetitividade da prescrição de cuidados direcionados
aos pacientes, da prescrição de Enfermagem, em prescrições médicas e em alguns
protocolos internos, levando a um desgaste por parte da equipe de Enfermagem,
especialmente aos técnicos de Enfermagem, na leitura, interpretação, realização,
checagem e avaliação dos procedimentos prescritos e realizados, como também
uma sob checagem dos procedimentos prescritos, podendo levar a supressão dos
mesmos. CONCLUSÃO: Devido à gravidade e criticidade do estado de saúde dos
pacientes atendidos na unidade em questão, necessitarem de cuidados intensivos
em saúde, sendo a prescrição de Enfermagem, instrumento norteador indispensável,
para conduzir as ações da equipe de Enfermagem, com fito na qualidade da
assistência e no reestabelecimento da saúde dos pacientes sob os cuidados da
equipe. Destacamos a importância dos procedimentos/ cuidados contidos nas
prescrições de Enfermagem serem implementados pela equipe de Enfermagem de

ISBN 978-85-65221-23-8
acordo com sua competência técnica legal, maximizando a qualidade dos cuidados
prestados aos clientes criticamente enfermos, ao mesmo tempo estimular a
realização do processo de Enfermagem de forma adequada, subsidiar a gestão na
área da Enfermagem, na construção de instrumental eletrônico mais adequado,
direcionando na elaboração das prescrições de Enfermagem, incluindo campo
específico de cuidados para cada membro da equipe de Enfermagem.

Palavras-chave: Elaboração. Cuidados Intensivos. Enfermagem.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, M. M. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 6 ed. São


Paulo, Atlas, 2003, p. 123-124.

BELLAGUARDA, M. L. R; PADILHA, M. I; PEREIRA NETO A. F; PIRES, D; PERES


M. A. A. Reflexão Sobre a Legitimidade da Autonomia da Enfermagem no Campo
das Profissões de Saúde à Luz das Ideias de Eliot Freidson. Esc. Anna Nery, 2013,
Abr - Jun; 17 (2): p. 369 – 374.

MONTEIRO, A. K. C; MONTEIRO, A. K. C; ARAÚJO, P. R. S; GOUVEIA, M. T. O;


ALENCAR, A. A. Relato de experiência: implantação da prescrição de enfermagem
em uma unidade de terapia intensiva. Rev. Interd.v.6, n. 3, p. 174-177, jul.ago.set.
2013.

MOREIRA, M.C.N; Imagens no Espelho de Vênus: Mulher, Enfermagem e


Modernidade. Rev. Latino-Am. Enferm. Ribeirão Preto, Jan. 1999, V. 7, Nº 1, p. 55-
65.

NETO, D.L; NOBREGA, M. M. U. Holismo nos Modelos Teóricos de Enfermagem. R.


Bras. Enferm, Brasllia. v. 52, n. 2, p. 233-242, abr-jun, 1999

NEVES, R. S; SHIMIZU, H. E. Análise da implementação da Sistematização da


Assistência de Enfermagem em uma unidade de reabilitação. Rev. Bras. Enferm,
Brasília 2010 mar-abr; 63(2): 222-9.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio

RISCO DE QUEDAS RELACIONADO AOS FATORES DO ENVELHECIMENTO

Letícia Lima de Ararújo (Relatora, UNILEÃO)


Isabela Maria de Carvalho Reis (Autora, UNILEÃO)
Maria Aylla Régis Oliveira (Autora, UNILEÃO)
Amanda Falcão Lustosa (Autora, UNILEÃO)
Eduardo Ferreira Silva (Orientador, FJN)

INTRODUÇÃO: No Brasil considera uma pessoa idosa a partir dos 60 anos de


idade, sendo a compreensão do envelhecimento produtivo a manutenção funcional,
mantendo sua participação nas questões sociais, culturais, religiosas e civis. O
envelhecimento é peculiar de indivíduo para indivíduo, sendo um processo
relacionado a um estilo de vida, possibilitando ou não a pratica de conseguir realizar
determinadas tarefas (DIAS et al., 2011). O envelhecimento está relacionado a uma
diminuição da capacidade física e funcional. Diminuição da massa corporal e a perca
da capacidade funcional estão relacionadas as quedas evidenciadas nesse período.
Durante a terceira idade as pessoas temem a quedas e tendem andar
vagarosamente, evitando assim o desequilíbrio. Ainda assim, com os passos em
menor velocidade não é eficaz para evitar quedas, pelo contrário, aumenta o risco
de desequilíbrio (MOREIRA et al., 2013). Faz-se necessário o estudo sobre quedas
durante o envelhecimento pois é o acidente mais evidenciado nos idosos, de grande
importância social, para a epidemiologia e para economia. Considera que 90% dos
casos de quedas são fraturas no quadril, ocorrendo em indivíduos idosos acima dos

ISBN 978-85-65221-23-8
60 anos de idade. O aumento de morbidade e mortalidades estão presentes durante
essa faixa etária (KARUKA et al., 2011). Assim questiona-se, Quais os principais
riscos de quedas relacionado aos fatores de envelhecimento? Como os profissionais
de enfermagem podem reduzir esses riscos? A população brasileira teve um
aumento significativo durante os últimos anos, assim houve uma necessidade para
estudo em decorrência do déficit de conhecimentos acerca do processo de
envelhecimento, surgindo a necessidade de investigar as causas que acarretam
quedas em idosos. O presente estudo torna-se importante tendo em vista que a
terceira idade passa por inúmeras mudanças em seu estado físico, psíquico e
funcional de forma peculiar. Portanto, o estudo poderá contribuir assim no
aprimoramento dos profissionais acerca da temática facilitando a construção de
novas estratégias para minimizar os riscos de acidentes. OBJETIVO: Discutir
através de uma revisão de literatura os cuidados com idosos frente ao risco de
quedas ocasionado pelo processo de envelhecimento. METODOLOGIA: Trata-se de
uma revisão de literatura, realizada com artigos disponíveis nas bases de dados do
portal Scientific Electronic Lbrary Online (SCIELO), utilizando critério de inclusão ser
artigos completos em português publicados entre 2013 a 2017. Com o descritor :
quedas and idoso. Foram encontrados um total de 99 artigos, onde apenas 10 foram
utilizados para o seguinte estudo. Foi utilizado como critério de exclusão, artigos
cuja temática evidenciava em fragilidades relacionadas a patologias e segurança do
idoso institucionalizado. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No Brasil nos últimos anos
teve uma redução na taxa de natalidade e um aumento no número de idosos. Muitas
famílias não estavam preparadas para lidar com o processo de envelhecimento e se
adequar as necessidades do processo de envelhecimento. Dessa forma houve
aumentando do risco de queda devido a uma pobre qualidade de vida. Ao passar
dos anos a motilidade vai ficado comprometida, a ausência de equilíbrio postural
determina a dependência nas atividades diárias (FERREIRA et al., 2016;
CARNEIRO et al.; 2016; NASCIMENTO,TAVARES, 2016). Com o progresso da
idade, é comum os comprometimentos como perda da força muscular, diminuição da
agilidade e perda de equilíbrio. Pesquisas mostram que o exercício físico é capaz de
minimizar os riscos de quedas, apesar de vários fatores estarem relacionados as

ISBN 978-85-65221-23-8
quedas. Geralmente, as marchas mostram uma diminuição da velocidade e
comprimento do passo e um aumento da largura do passo em comparação com
adultos jovens (ABDALA et al., 2017, MARTINEZ et al., 2016, MARTINEZ et
al.,2016a). A queda está relacionada a fragilidade devido a perca da massa
muscular, denominada sarcopenia. Não há um acordo sobre a fragilidade, porém a
debilidade muscular, fragilidade óssea, desnutrição e risco de quedas estão
associado a vulnerabilidade com uma pobre resolução homeostase. A fragilidade
também pode ser compreendida como uma multidimensional, deve ser examinada
de forma holística, estabelecida ou alterada por fatores biológicos, psicológicos e
sociais (FHON et al., 2016, GESUALDO et al., 2016). Ao prejudicar a falta de
motilidade, a perca de equilíbrio postural estabelece a dependências nos afazeres
de vida diária, sequelas psicológicas (pavor de cair e exclusão social), crescimento
no número de quedas e pobre qualidade de vida. Idosos com restrição de motilidade
evidenciam um maior número de quedas no decorrer das suas realizações de
atividades (FERREIRA et al., 2016, ABREU et al., 2016). CONCLUSÃO: Com este
estudo entende-se que os familiares de indivíduos idosos não estão preparadas para
lidar com o processo de envelhecimento, consequentemente não sabendo o que se
deve fazer para minimizar os riscos de quedas. Esse é um processo fisiológico em
que o corpo passa por varias transformações para que haja uma hemostasia e se
adeque ao novo estilo de vida. Percebeu-se também uma lacuna em publicações
com essa temática, reforçando a necessidade de estudos com foco no processo de
envelhecimento saudável, o que minimizaria os riscos de quedas relacionados ao
envelhecimento.

REFERÊNCIAS

ABDALA, Roberta Pellá et al . Padrão de marcha, prevalência de quedas e medo de


cair em idosas ativas e sedentárias. Rev Bras Med Esporte, São Paulo , v. 23, n.
1, p. 26-30, Feb. 2017 . .

ISBN 978-85-65221-23-8
CARNEIRO, Jair Almeida et al . Falls among the non-institutionalized elderly in
northern Minas Gerais, Brazil: prevalence and associated factors. Rev. bras. geriatr.
gerontol., Rio de Janeiro , v. 19, n. 4, p. 613-625, Aug. 2016 .

DIAS, Juliana Araújo et al . Ser idoso e o processo do envelhecimento: saúde


percebida.Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro , v. 15, n. 2, p. 372-379, June 2011
. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
81452011000200021&lng=en&nrm=iso>. access
on 23 Sept. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452011000200021.

FERREIRA, Lidiane Maria de Brito Macedo et al . Prevalence of falls and evaluation


of mobility among institutionalized elderly persons. Rev. bras. geriatr.
gerontol., Rio de Janeiro , v. 19, n. 6, p. 995-1003, Dec. 2016 .

FHON, Jack Roberto Silva et al . Queda e sua associação à síndrome da fragilidade


no idoso: revisão sistemática com metanálise. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo
, v. 50, n. 6, p. 1005-1013, Dec. 2016 .

GESUALDO, Gabriela Dutra et al . Fatores associados à fragilidade de idosos com


doença renal crônica em hemodiálise. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v.
21, n. 11, p. 3493-3498, Nov. 2016

KARUKA, Aline H; SILVA, José A. M. G; NAVEGA, Marcelo T. Análise da


concordância entre instrumentos de avaliação do equilíbrio corporal em idosos. Rev.
bras. fisioter., São Carlos , v. 15, n. 6, p. 460-466, Dec. 2011.

MARTINEZ, Bruno Prata et al . Segurança e reprodutibilidade do teste timed up and


go em idosos hospitalizados. Rev Bras Med Esporte, São Paulo , v. 22, n. 5, p.
408-411, Oct. 2016 .

MARTINEZ, Bruno Prata et al . Viabilidade do teste de velocidade de marcha em


idosos hospitalizados. J. bras. pneumol., São Paulo , v. 42, n. 3, p. 196-
202, June 2016A .

ISBN 978-85-65221-23-8
MOREIRA, Mayle Andrade et al . A velocidade da marcha pode identificar idosos
com medo de cair?. Rev. bras. geriatr. gerontol., Rio de Janeiro , v. 16, n. 1, p.
71-80, Mar. 2013 .

NASCIMENTO, Janaína Santos; TAVARES, Darlene Mara dos Santos.


PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS A QUEDAS EM IDOSOS. Texto
contexto - enferm., Florianópolis , v. 25, n. 2, e0360015, 2016 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
07072016000200312&lng=en&nrm=iso>. access on 23 Sept. 2017. Epub June 27,
2016. http://dx.doi.org/10.1590/0104-07072016000360015.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PRÉ-NATAL DE
INÍCIO TARDIO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Maria Clara Gomes de Sousa (Relatora, UNILEÃO)


Janayle Kéllen Duarte de Sales (Autora, UNILEÃO)
Hercules Pereira Coelho (Autor, UNILEÃO)
Gilberto dos Santos Dias de Sousa (Autor, UNILEÃO)
Francisca Layra Lima de Souza (Autora, UNILEÃO)
Maryldes Lucena Bezerra de Oliveira (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Evento fisiológico, singular na vida de uma mulher, a gestação é


marcada por diversas alterações, sejam elas físicas, psicológicas e hormonais, que
predispõem o organismo materno para conceber um novo organismo vivo, um filho.
Na gestação ocorrem modificações implexas e individuais, que se distinguem entre
as mulheres e podem direcioná-las a episódios de dúvidas, angústias e medos, ou
simplesmente a curiosidade de saber o que está ocorrendo com o seu corpo
(PICCININI, 2008). O Pré-natal é vislumbrado como uma assistência materno-infantil
prestada pela equipe multiprofissional de uma estratégia de saúde da família (ESF),
direcionada a gestante e ao concepto, durante o seu período gestacional e no
decorrer do parto. Esse acompanhamento visa não somente o cuidado da saúde
física, mas também uma atenção psicossocial e orientações acerca do concepto,
visto que é durante o pré-natal que a equipe de saúde orienta a gestante quanto à
gravidez, os cuidados necessários durante esse período, à atenção nutricional, o
trabalho de parto, a realização de exercícios, os cuidados com o recém-nascido, o
aleitamento materno e outros. Durante a efetivação da assistência de enfermagem

ISBN 978-85-65221-23-8
abre-se a oportunidade de um diálogo com a parturiente com o intuito de elucidar
suas dúvidas, e atenuar seus medos e possíveis quadros de angústia, advindos do
período gestacional. É imprescindível a atuação da equipe multiprofissional de
saúde, tendo em vista que comumente não basta apenas a assistência obstétrica,
mas a atenção psicológica, nutricional, física, dentre outros (SILVA et al., 2010). No
ano de 2000, com o objetivo de ampliar o acesso ao sistema de saúde, apurar a
assistência, abrangência e a qualidade do atendimento, foi criado o Programa de
Humanização do Pré-Natal e Nascimento (PHPN). Esse programa visa estimular as
gestantes a procurarem o Sistema Único de Saúde (SUS) e institui a quantidade
mínima de seis consultas de pré-natal, devendo estas ser intercaladas entre os
profissionais: enfermeiro e o médico, caso a gestação seja de baixo risco (BRASIL,
2012). O presente estudo pauta-se com expressiva relevância perante as falas de
Garcia e Nóbrega (2009), que afirmam que o processo de enfermagem visa
diagnosticar, programar metas e implementar ações, que visem a obtenção de
resultados benéficos para o cliente, visando sistematizar uma assistência de
enfermagem efetiva que busque a atenuação de situações adversas, e o alcance de
bons resultados, visto que através desta, a equipe de enfermagem consegue
assegurar um atendimento de qualidade para o paciente (GARCIA, NÓBREGA
2009). A efetivação da pesquisa acerca da implementação da SAE a pacientes de
início de pré-natal tardio, apresenta como justificativa a necessidade vista por
discentes do curso de graduação em enfermagem de difundir as peculiaridades
atribuídas à assistência de pré-natal materno infantil para as gestantes e puérperas
da comunidade social, objetivando expressar a necessidade da adesão destas ao
sistema de saúde. A supracitada pesquisa apresenta como contribuição social a
elucidação da sistematização da assistência de enfermagem frente a pacientes com
início tardio de pré-natal. Em tempo expressa grande atributo ao meio acadêmico e
científico, ao qual poderá vir a servir como fonte de dados e pesquisa para a
elaboração de estudos futuros. OBJETIVO: Descrever os princípios norteadores da
sistematização da assistência de enfermagem a paciente com início de pré-natal
tardio. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, de cunho descritivo e
qualitativo, perpassado no ano de 2017, em uma Estratégia de Saúde da Família

ISBN 978-85-65221-23-8
(ESF) do município de Farias Brito - Ceará. Para a coleta de dados foi utilizado o
histórico de enfermagem através de anamnese, prontuário, exames físico e
laboratoriais. Na fase do histórico de enfermagem procurou-se abordar os aspectos
socioeconômicos, a história familiar, e a gestação atual e pregressa, o que
fortaleceu a fase investigativa para a identificação dos problemas de enfermagem.
Conseguinte a esta, vislumbrou-se a elaboração de intervenções de enfermagem,
tendo como base as definições de diagnósticos apresentadas na Taxonomia II da
North American Nursing Diagnosis Association – NANDA, na Classificação dos
Resultados de Enfermagem - NOC, e na Classificação das Intervenções de
Enfermagem - NIC. A realização desse estudo aconteceu no período compreendido
entre julho e setembro de 2017. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A sistematização
da assistência de enfermagem é um método empregado para coletar dados,
planejar, implementar e avaliar o cuidado. Podendo em tempo, atuar como subsídio
frente à identificação das necessidades particulares de cada paciente, familiares
e/ou comunidade. A SAE possibilita a congregação das etapas e dos artifícios
científicos ao julgamento clínico do quadro do cliente, visando através deste,
elaborar diagnósticos de enfermagem, traçar metas e buscar resultados benéficos
para o cliente. Histórico de Enfermagem: Paciente, M. A. V, 39 anos, do sexo
feminino, casada, branca, agricultora e residente no município de Farias Brito
compareceu no dia 06 de Julho de 2017 na estratégia saúde da família relatando
quadros de amenorreia, náuseas, aumento de peso corporal e presença de
movimentos abdominais, sinais presuntivos de gravidez, a mesma não recordava a
data da última menstruação (DUM). Perante a coleta de dados a mesma
apresentava como antecedentes obstétricos: duas gestas prévias concebidas
através de dois partos vaginais com conceptos nativivos, relatando em tempo, a
ocorrência de precedentes psicossociais de quadros depressivos. Durante a
consulta médica foi obtido como hipótese diagnóstica um possível quadro gravídico,
para o qual foi solicitado um exame de BETA HCG e uma ultrassonografia
obstétrica. A referida paciente retornou à unidade de saúde da família no dia 18 de
Julho do decorrente ano para apresentar os resultados dos exames, dos quais a
ultrassonografia obstétrica revelou a idade gestacional de 33 semanas, gravidez

ISBN 978-85-65221-23-8
única. A cada consulta foi realizada a anamnese e o exame físico da gestante,
sendo estes logo que catalogados, indexados ao prontuário. Para a pesquisa optou-
se pela exposição dos dados iniciais e finais, aos quais se prossegue de modo
decursivo da anamnese e exame físico primário: Pressão Arterial (PA):
120x80mmHg; Peso (P): 68,5 Kg; Altura (A): 1,54cm; Índice de Massa Corpórea
(IMC): 28,88; Altura Uterina (A.U): 32 cm; Batimentos Cardio fetais (BCF): 140bpm;
Idade Gestacional (IG): 34 semanas. Perante a investigação do início tardio do pré-
natal, traçaram-se os diagnósticos de enfermagem de acordo com os eixos
prioritários da NANDA (2015-2017), os resultados esperados (RE) seguidos através
da taxonomia NOC, e as intervenções de enfermagem (IE) conforme as premissas
do NIC. NANDA/NOC/NIC: Domínio de Nutrição: Risco de sobrepeso
caracterizado por comportamentos alimentares desordenados e inadequados; RE:
manter o peso adequado; IE: realizar orientações sobre a importância de manter o
peso adequado. Domínio de Atividade e Repouso: Fadiga caracterizada por culpa
devido à dificuldade em cumprir com suas responsabilidades, relacionado ao quadro
depressivo; RE: aumentar a disposição; IE: realizar tarefas que lhe tragam prazer.
Domínio de Percepção/Cognição: Conhecimento deficiente caracterizado por
conhecimento insuficiente, relacionado a informações insuficientes; RE: subsidiar a
adesão e conhecimento acerca da assistência de pré-natal; IE: orientar a paciente
sobre a importância do início precoce da assistência pré-natal materno e infantil.
Domínio de Auto Percepção: Risco de identidade pessoal perturbada caracterizada
por baixa autoestima; RE: aumentar a autoestima; IE: solicitar acompanhamento
com o Centro de Referência de Assistência Social - CRAS. Domínio de Papéis e
Relacionamentos: Paternidade ou Maternidade prejudicada caracterizada por
declarações negativas a respeito da criança, relacionado a quadro depressivo; RE:
aumentar vínculo familiar; IE: orientar a paciente quanto à importância do vínculo
familiar e solicitar o acompanhamento com psicólogo. Domínio de Sexualidade:
Disfunção sexual caracterizada por alteração na atividade sexual, relacionado a
alterações na estrutura corporal; RE: melhorar o padrão sexual; IE: conversar com o
parceiro sobre seus medos, sentimentos e perspectivas sexuais. Riscos para o
binômio mãe-feto perturbado caracterizado por cuidado pré-natal inadequado; RE:

ISBN 978-85-65221-23-8
aumentar a interação entre mãe e filho; IE: promover a adesão da gestante ao pré-
natal e atenuar a ocorrência de faltas da mesma as consultas e, em tempo, realizar
orientações acerca das prescrições dos demais profissionais de saúde. Domínio de
Enfrentamento/Tolerância ao Estresse: Negação ineficaz caracterizada por
retardo a procura de assistência à saúde, relacionado à ameaça de realidade
desagradável; RE: aceitação de diagnóstico clínico; IE: acompanhamento da equipe
multiprofissional de saúde. Domínio de Segurança/Proteção: Riscos de infecção,
caracterizado por conhecimento insuficiente para evitar exposição a patógenos; RE:
diminuir os riscos de infeções; IE: orientar a paciente sobre o risco de exposição à
infecção e modos preventivos, solicitar exames e prescrever terapêuticas, se
necessário. Riscos de sangramento caracterizado por complicações relativas à
gravidez; RE: evitar quadros hemorrágicos durante a gestação; IE: orientar a
paciente sobre a incidência de sangramentos vaginais, e a necessidade de procurar,
o quanto antes, a assistência hospitalar. Domínio de Conforto: Náuseas
caracterizadas por aversão a comida, relacionado à gravidez; RE: reduzir náuseas;
IE: solicitar avaliação médica. Isolamento social caracterizado por doença,
relacionado a alterações no estado mental; RE: promover a interação social; IE:
solicitar acompanhamento psicológico em consonância com o psiquiátrico.
Avaliação: Além das intervenções planejadas a partir dos diagnósticos de
enfermagem supracitados, baseados na teoria de enfermagem das Necessidades
Humanas Básicas de Wanda Aguiar Horta, também foram realizadas as seguintes
intercessões: Solicitação dos exames laboratoriais, sendo estes: Teste Rápido de
Hepatite B, Hepatite C, HIV e Sífilis, os quais apresentaram resultados negativos e,
Hemograma completo e TOTG, sendo subsecutivamente prestadas as orientações
quanto às imunizações necessárias. Perante a assistência dispendida ao pré-natal
foram planejadas consultas de modo consecutivo, para as quais foram indexadas as
medidas antropométricas maternas e fetais, ao tempo em que a paciente retornava a
unidade de saúde da família, e realizada a prescrição de suplementação com ácido
fólico e sulfato ferroso. A gestante foi encaminhada para sala de imunização, na qual
foi realizada a aplicação de um reforço da vacina de Difteria (DT) e a primeira dose
de hepatite B, sendo posteriormente direcionada ao obstetra de referência municipal,

ISBN 978-85-65221-23-8
no CRAS. Foi administrada a suplementação de ácido fólico e sulfato ferroso, e
prestadas às devidas orientações quanto às demais doses terapêuticas. Tendo em
vista o quadro pregresso de depressão, a mesma foi encaminhada para a atenção
psiquiátrica. Decorrente do episódio de evasão da paciente foram realizadas
somente três consultas de pré-natal, o que vai contra os princípios apontados pelo
Ministério da Saúde, que preconiza a necessidade da realização mínima de seis
consultas. Com a utilização da SAE foi possível à obtenção de resultados esperados
positivos, frente aos domínios de: atividade/repouso, percepção/cognição, papéis e
relacionamentos, sexualidade e, segurança e proteção. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
De maneira evidente a SAE tem se mostrado imprescindível para o atendimento de
enfermagem, uma vez que a mesma pode ser aplicada a qualquer paciente, seja no
caso supracitado, ou na assistência de saúde em um globo geral, proporcionando a
elaboração de diagnósticos, a implementação de intervenções de enfermagem e os
resultados esperados com estas, visando garantir subsídios para uma assistência de
enfermagem qualitativa.

Palavras-Chave: Sistematização da Assistência de Enfermagem. Pré-Natal.


Gestação. Saúde. Cuidados.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.


Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco. Brasília: Ministério da Saúde. 2012.

DOCHETERMAN, J. M. & BULECHEK, G. M. (2008). Classificação das


Intervenções de Enfermagem (NIC). (4ª ed.). Porto Alegre: Artmed.

GARCIA, T. R.; NÓBREGA, MARIA, M. L. Processo de Enfermagem: Da Teoria à


Prática Assistencial e de Pesquisa. 2009.

ISBN 978-85-65221-23-8
JOHNSON, M., MASS, M. & MOORHEAD, S. (org.) (2004). Classificação dos
Resultados de Enfermagem (NOC). (2ª ed.). Porto Alegre: Artmed.

MELO, M. C. P.; COELHO, N. H. N.; CREÔNCIO, S. C. E. Atuação da Enfermeira no


Pré-Natal: Uma Revisão a partir da Sistematização, da Humanização e da Educação
em Saúde. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.6,
N.10, Pág.17. 2010.

MOURA, E. R. F.; RODRIGUES, M. S. P. Comunicação e Informação em Saúde no


Pré-Natal. Revista Interface: Comunicação, Saúde, Educação, v.7, n.13, p.109-
118, ago. 2003.

NANDA. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: Definições e Classificação


2015-2017 - NANDA International. 10 ed; tradução Regina Machado Garcez. -
Porto Alegre: Artmed, 2015.

PICCININI, C. A.; GOMES, A. G.; DE NARDI, T.; LOPES, R. S. Gestação e a


Constituição da Maternidade. Rev. Psicologia em Estudo. 13(1), 63-72. 2008.

SILVA, D. F. G.; GUILHERME, L. M. N. Más Formações Congênitas Devido à


Captação Tardia das Gestantes nas Áreas de Abrangência dos PSF’s. Revista
científica de medicina online. v.1, n.4, 2010.

TANNURE, M. C.; GONÇALVES, A. M. P. SAE Sistematização da Assistência de


Enfermagem Guia Prático. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio

QUALIDADE DA TÉCNICA DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR NOS


SERVIÇOS DE EMERGÊNCIA DE JUAZEIRO DO NORTE E BARBALHA-CE

Alessandra Morais Menezes Silva (Relatora, UNILEÃO)


Állif Ramon Lima Felix da Silva (Autor, UNILEÃO)
Bruna Raquel Morais Cunha (Autora, UNILEÃO)
Ozeias Pereira de Oliveira (Autor, UNILEÃO)
Isa Maria de Oliveira Morais (Autora, UNILEÃO)
Woneska Rodrigues Pinheiro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de


mortalidade na população brasileira. No ano de 2013, essas patologias foram
responsáveis por cerca de 200.000 eventos de parada cardiorrespiratória somente
no Brasil (GONZALEZ et al,. 2013). Entre os agravos cardiovasculares a parada
cardiorrespiratória (PCR) representa o evento mais grave ameaçador da vida,
responsável pelo índice de mortalidade global no Brasil, necessitando que a equipe
multiprofissional atuante nesses casos, preste uma assistência imediata e de
qualidade, capaz de reverter o agravo (MOURA et al., 2012). PCR é a interrupção da
pulsação cardíaca, cessação da função respiratória seguidos de declínio
hemodinâmico. Devido a isso, faz-se necessário uma ação rápida com manobras de
reanimação cardiopulmonar e desfibrilação precoce favorecendo assim o melhor
resultado possível para o paciente (COUTINHO; CÂNDIDO, 2016). É de extrema
importância que a equipe tenha um olhar crítico e atento para o reconhecimento
precoce de uma PCR, garantindo assim o retorno da função cardíaca e menor risco

ISBN 978-85-65221-23-8
de danos a nível de córtex cerebral. Se as manobras de reanimação forem iniciadas
nos primeiros segundos pós-parada cardíaca e o reconhecimento precoce de um
ritmo passível de desfibrilação, o paciente terá bom prognóstico (NACER;
BARBIERI, 2015). É inegável os grandes avanços ocorrido nos últimos anos em
relação a prevenção e tratamento das PCR’s, porém ainda tem se perdido muitas
vidas relacionadas ao insucesso da Reanimação Cardiopulmonar (RCP).
Percebendo a problemática da incipiência de qualificação e protocolos que
norteassem os profissionais mediante caso de PCR, a International Liason
Committee on Ressuscitation (ILCOR), criou as primeiras diretrizes internacionais
em RCP no ano de 2000, ou seja, nos últimos 17 anos tem se promovido ainda mais
o aperfeiçoamento de técnicas através de embasamento científico fazendo-se
necessário que os profissionais em saúde cada vez mais se aperfeiçoe e atualizem-
se por meio de cursos como: Suporte básico de vida e suporte avançado de vida.
Lembrando que a ILCOR também se direciona para leigos buscando assim
promover mudanças comportamentais nos profissionais (MENEZES et.al., 2009).
Para ILCOR (2015), a cada 5 anos deve ser revisado todo o processo e diretrizes da
reanimação cardiopulmonar. Por tanto diversos revisores de variados países que
analisam os principais tópicos sobre RCP, definindo as diretrizes desta revisão em
importantes revistas internacionais. As diretrizes publicadas no ano de 2015 foram:
Suporte Básico de vida (SBV); qualidade das compressões e desfibrilação externa;
suporte avançado de vida; síndrome coronariana aguda no pré-hospitalar; e nos
serviços de emergência, educação e treinamento. Ressalta-se que a American Heart
Association (AHA) possui suas diretrizes para RCP baseada nas revisões realizadas
pela ILCOR e aplicadas no atendimento Suporte Avançado de Vida em Cardiologia
(ACLS), padronizando o atendimento para RCP mundialmente. Nesse sentido, a
American Heart Association (AHA) a cada 5 anos divulga diretrizes atualizadas,
podendo também ser chamada de corrente de sobrevivência, que auxiliam a
aumentam as expectativas e chances de sobrevida desses pacientes que forem
atendidos imediatamente após PCR. São cinco pontos que se interligam para
garantir o sucesso da RCP: Reconhecimento e acionamento da equipe,
compressões torácicas precoces, desfibrilação precoce, suporte avançado de vida

ISBN 978-85-65221-23-8
eficaz e sistematização dos cuidados pós-PCR. Nesses casos a corrida contra o
tempo é algo constante para que se garanta um resultado positivo se faz necessário
que toda a equipe assistencial se faça presente e comece as manobras de forma
urgente, possibilitando assim grandes chances de resultados favoráveis para o
paciente em PCR (COUTINHO; CÂNDIDO, 2016). Na década de 90 foi criado um
protocolo, padrão que avalia as manobras de RCP e a qualidade da manobra,
permitindo inclusive atrelar perfis epidemiológicos de diversos países e serviços de
saúde analisando também a capacidade de sobrevida deste paciente submetido às
manobras de reanimação, o mesmo é denominado protocolo Utstein. A força tarefa
de Utstein e o comitê de padronização da Sociedade Brasileira de Cardiologia
(SBC), a fim de melhorar os registros de reanimação intra-hospitalar, identificaram
os principais grupos de variáveis que requer maior definição: variáveis do hospital,
do paciente, do evento, e dos resultados (GRISANTE et al., 2013). Portanto faz-se
necessário a implementação de protocolos, que auxiliem a equipe multiprofissional a
prestar assistência em uma PCR, assessorando assim estes profissionais a agirem
de forma coesa e decisiva. A escolha desta temática se deu devido a necessidade
de verificar e analisar a realidade de cada instituição para que estes protocolos
tornem-se um coadjuvante e garantia da qualidade na assistência prestada, e não
um obstáculo. (MACHADO; REZENDE, 2013). Diante desse contexto o
desenvolvimento desta pesquisa apresenta-se de extrema relevância, tendo em
vista que avalia a qualidade da assistência prestada aos pacientes em parada
cardiorrespiratória através do preenchimento do protocolo de Utstein, e assim
colabora para a evolução e consequente melhora das condutas e diretrizes seguidas
no momento da PCR, favorecendo a diminuição de iatrogenias por parte da equipe
assistencial, promovendo a diminuição de óbitos por PCR e elevando o prognostico
e sobrevida desses pacientes. Desta forma o presente estudo contribuiu de forma
positiva, pois analisará deficiências relacionadas à assistência da equipe
multiprofissional em RCP e auxilia os profissionais entender a importância do
preenchimento desse protocolo pós-PCR, tanto para ele se resguardar quanto a
qualidade do serviço que foi ofertado ao paciente, quanto para o paciente e família
terem certeza de que está sendo feito tudo de forma impecável para com o paciente

ISBN 978-85-65221-23-8
em questão. OBJETIVO GERAL: Avaliar qualidade da técnica de reanimação
cardiopulmonar nos serviços de emergência de Juazeiro do Norte e Barbalha-Ce.
OBJETIVOS ESPECIFICOS: Analisar a qualidade da assistência prestada pelos
profissionais da emergência em parada cardiorrespiratória; Verificar a padronização
da assistência nos serviços de emergência diante de um evento de PCR; Registrar
os esforços de Reanimação Cardiopulmonar (RCP) conforme o preconizado pelo
protocolo de Utstein; Apresentar os resultados de acordo com o recomendado pelo
protocolo de Utstein; METODOLOGIA: realizou-se um estudo observacional não
participativa, descritiva de cunho quantitativo. O estudo observacional não
participativo não esta restrito apenas no que se observa, vai, além disso, é tudo
aquilo que de alguma forma nos sensibiliza. É consideravelmente relevante que
essa observação possa ser sugestionável, para que outras pessoas também
possam observa-la diante dos fatos citados pelo pesquisador e entende-la
(RICHARDSON, 2014). A pesquisa foi realizada em duas cidades da região do cariri,
Juazeiro do norte e Barbalha – CE, em instituições que possuem atendimento de
emergência, que recebam vitimas em PCR. A amostra foi constituída por 12
pacientes em PCR, que tiveram o protocolo de Utstein adaptado, preenchidos
durante o evento de RCP. Os critérios de inclusão na pesquisa foram pacientes que
sofreram parada cardiorrespiratória e tiveram o protocolo de Utstein “adaptado”
preenchido pelo pesquisador, durante e após o procedimento de reanimação
cardiopulmonar. A coleta de dados se deu através do preenchimento desse
protocolo de Utstein pela pesquisadora em dias aleatórios durante a semana no
período diurno. Foi realizado um pré-teste que garantiu a qualidade do instrumento,
não havendo modificações após adaptação. O presente estudo está de acordo com
a Resolução Nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, Ministério da Saúde, que
aborda as pesquisas com seres humanos (GOLDIM, 1997-2009). RESULTADOS:
Dos participantes: 8 eram do sexo feminino e 4 do sexo masculino. A idade que
prevaleceu foram a de pacientes entre 60 a 70 anos (5), de 20 a 30 anos (2), de 40 a
50 (1) e > 80 (4). Nesse estudo os dispositivos pré-existentes considerados são os
que se encontram contidos no protocolo de Utstein, sendo eles: 11 faziam uso de
drogas vasoativas, 10 estavam em Ventilação Mecânica, 10 em uso de Tubo

ISBN 978-85-65221-23-8
Orotraqueal, 8 com Acesso Venoso Central, 4 com Acesso venoso Periférico, 1 com
Antiarrítmico e 1 com Marcapasso. As principais causas das PCR foram: 10 por
causas metabólicas, 6 por Infarto Agudo do Miocárdio, 5 por causas Respiratórias, 1
por arritmia e 1 por hipotensão. O ritmo cardíaco inicial desses indivíduos na PCR
foram: 5 em assistolia, 3 em bradicardia, 2 com atividade elétrica sem pulso, 1 em
fibrilação ventricular e 1 em taquicardia ventricular. A duração da PCR: 3 duraram
em média de 0 a 20 minutos, 7 de 21 a 40 minutos e 2 de 41 a 60 minutos. As
principais drogas utilizadas durante a PCR: 11 fizeram uso de epinefrina, 8
bicarbonato de sódio, 4 atropina e 1 utilizou amiodarona. CONCLUSÃO: As equipes
assistenciais vêm desenvolvendo de forma satisfatória o que é estabelecido pelas
diretrizes da Ilcor 2015, garantindo qualidade na assistência prestada aos pacientes
em PCR. Com tudo, devido à complexidade que envolve a RCP, se faz necessário o
envolvimento, comprometimento e atualização contínua de toda equipe, pois o
trabalho em conjunto fortalece e agrega qualidade na assistência prestada,
facilitando o processo de atendimento, aumentando a eficácia das condutas
utilizadas, garantindo o cuidado individualizado para cada caso e permitindo a
interação de diversos saberes.

Palavras-chave: Parada cardiorrespiratória. Reanimação cardiopulmonar. Protocolo


de Utstein.

REFERÊNCIAS

COUTINHO, D. R. V; CÂNDIDO, E. T. S. O Enfermeiro Frente ao Atendimento a


Parada Cardiorrespiratória em Unidade Básica de saúde. 2016, 22 p.
Monografia. Universidade de Tiradentes Centro de Ciências Biológicas e da Saúde,
Aracajú, 2016.

GONZALES, M. M. et al. I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados


Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia: Resumo
Executivo. Arq. Brasileiros de Cardiologia. v. 100, n. 2, p. 105-113, 2013.

ISBN 978-85-65221-23-8
GRISANTE, D. L. et al. Avaliação dos Registros de Enfermagem Sobre
Ressuscitação Cardiopulmonar Baseada no Modelo UTSTEIN. Rev. Rene. v. 14, n.
6, p. 1177-84, 2013.

ILCOR. Internacional Consensus on Cardiopulmorary Resuscittion and Emergency


Cardiovacular Care Science With Treatment Recommendations Circulation.
Resuscittion 95. 2015.

MACHADO, E. C. M.; REZENDE, M. S. Sentimentos Expressos Pelos Profissionais


de Enfermagem Frente a Uma Parada Cardiorrespiratória. Rev. Saúde e
Desenvolvimento. v. 4, n. 2, p. 131-141, 2013.

MENEZES, M. G. B. et al. O conhecimento dos Profissionais de Enfermagem Sobre


Atendimento de Reanimação Cardiopulmonar em Pará de Minas, Papagaios e
Pitangui/MG. Rev. FAPAM. v. 1, n. 1, p. 293-307, 2009.

MOURA, L. T. R. et al. Assistência ao Paciente em Parada Cardiorrespiratória em


Unidade de Terapia Intensiva. Rev. Rene. v. 13, n. 2, p. 419-27, 2012.

NACER, D. T.; BARBIERI, A. R. Sobrevivência a Parada Cardiorrespiratória Intra-


Hospitalar: Revisão Integrativa da Literatura. Rev. Eletrônica de Enfermagem. v.
17, n. 3, p. 2-8, 2015.

RICHARDSON, R. J. Pesquisa Social Métodos e Técnicas. 3. ed. São Paulo:


Atlas, 04-334 2014.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
SISTEMAS INFORMATIZADOS: IDENTIFICANDO OS PRINCIPAIS PROBLEMAS
EM SAÚDE DE UM MUNICÍPIO DA REGIÃO DO CARIRI

Sheron Maria Silva Santos (Relatora, FJN)


Sílvia Letícia Ferreira Pinheiro (Autora, FJN)
Vanessa Stéffeny dos Santos Moreira (Autora, FJN)
Maria do Socorro Jesuíno Lacerda (Autora, FJN)
Petr cya Frazão Lira (Orientadora, FJN)

INTRODUÇÃO: A evolução tecnológica dos meios de comunicação e informação


permitiu identificar problemas e melhorias na saúde de maneira rápida e em âmbito
nacional. Como exemplo disso, se menciona os sistemas de informação de saúde
criados pelo governo brasileiro, que contemplam dados sobre a saúde de todos os
estados e municípios do Brasil (BRASIL, 2017). Neste sentido, ainda segundo o
mesmo autor, os sistemas informatizados de saúde ofertam, de forma quali-
quantitativa, indicadores dos problemas em saúde, facilitando, por sua vez, a
avaliação do aumento e/ou redução das taxas de morbimortalidade que acomete um
país, bem como, a assistência prestada à população. O Ministério da Saúde (MS)
contempla diversos sistemas de informações que são alimentados diariamente por
todos os níveis de atendimento, ou seja, primário, secundário e terciário. Dentre
estes, direciona-se o olhar para a Sala de Apoio à Gestão Estratégica (SAGE) e a
TABNET/DATASUS devido serem sistemas amplos, de fácil acesso, compreensão e
por possuírem informações sobre os indicadores epidemiológicos dos problemas de
saúde em caráter municipal, estadual, regional e federal (BRASIL, 2012).
OBJETIVO: Dessa forma, o presente estudo objetiva identificar os principais

ISBN 978-85-65221-23-8
problemas em saúde existentes no município de Crato-CE conforme dados
disponíveis na SAGE e TABNET/DATASUS. METODOLOGIA: Trata-se de uma
pesquisa científica, de abordagem qualitativa, realizada a partir de busca on line aos
sistemas de informação do MS SAGE e TABNET/DATASUS, entre os meses de
fevereiro e março de 2017.O município de estudo foi Crato-CE, selecionado para
análise devido os altos índices de enfermidades relacionadas a falta ou inadequado
saneamento básico e infecções sexualmente transmissíveis (IST), conforme dados
dos sistemas de informação selecionados, como também, por se referir a uma das
cidades mais desenvolvidas do estado do Ceará, com 1.009,202 km 2 e cerca de 130
mil habitantes (IBGE, 2016). Utilizou-se como instrumento de coleta a análise
documental dos últimos dados disponíveis nos sistemas informatizados em saúde
brasileira. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os dados disponibilizados pela SAGE e
TABNET/DATASUS variaram entre os anos 2015 e 2016 e surpreenderam os
pesquisadores, haja vista os indicadores de saúde demonstrarem, dentre variadas
morbidades, aumento dos casos de sífilis congênita, infecção pelo Vírus da
Imunodeficiência Humana (HIV), doenças infecciosas e parasitárias e
esquistossomose em Crato-CE; achado preocupante, pois a elevação dos casos de
infecções sexualmente transmissíveis e parasitárias, com toda evolução que a
saúde possui, representam precariedade da assistência e das condições sanitárias
do município (LUNA; SILVA JÚNIOR, 2013). Fenômeno importante que merece ser
destacado, diz respeito as informações identificadas na SAGE, onde se verificou
ausência na descrição sobre quais as doenças infecciosas e parasitárias que
acometem a população estudada, trazendo apenas dados gerais sobre essa classe
de doenças. Contudo, a TABNET/DATASUS identifica essas patologias, e destaca a
esquistossomose como sendo um agravante de saúde. Constatou-se que o Ceará
apresentou em 2015, último período com indicadores sobre esquistossomose nesse
sistema de informação, 28.414 casos notificados de esquistossomose, sendo que
10.077 destes índices correspondem a Crato-CE, representando, aproximadamente,
36% das notificações existentes no estado. Diante desse resultado, percebeu-se a
esquistossomose como um problema em saúde de Crato-CE, que merece olhar
diferenciado por sobressair-se de forma bastante relevante sobre as demais

ISBN 978-85-65221-23-8
cidades, se destacando a nível estadual. O Brasil apresenta as Regiões Nordeste e
Sudeste como áreas endêmicas da esquistossomose, devido possuírem quantidade
significativa de moluscos de espécies propícias ao amadurecendo do protozoário
Schistossoma mansoni (agente etiológico da esquistossomose) (BRASIL, 2014).
Ainda segundo o mesmo autor, os estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Minas
Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe, compreendem áreas
endêmicas de esquistossomose no Brasil. Embora o Ceará não esteja na lista
desses sítios, também representa área focal de ocorrência da patologia, contudo,
com menor intensidade quando se comparado com esses estados. A elevada
incidência de casos relacionados a esta patologia, diz respeito a determinantes
culturais, comportamentais e socioeconômicos, ao trabalho da equipe de atenção
básica, ao acesso e qualidade do SUS, bem como, dos órgãos governamentais
(VITORINO, 2012). Acrescentando, Souza (2012) afirma que para minimizar,
controlar e até mesmo erradicar a doença, é fundamental que haja trabalho em
conjunto entre os profissionais de saúde, a população e os órgãos governamentais.
Além disso, é relevante realizar educação continuada com os profissionais de saúde
e educação em saúde com a população sobre esquistossomose, de forma a
empoderá-los sobre a doença, prevenindo infecções e/ou reinfecções pelo
Schistossoma mansoni; assim como, incentivar a construção de fossas ecológicas,
criação e/ou melhoria do saneamento básico nas localidades de risco ao
desenvolvimento da doença e aplicação de moluscicidas nas áreas que contenham
caramujos, interrompendo, portanto, o ciclo de vida do protozoário (COSTA; et al,
2017; COSTA; GUILHOTO, 2014). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do exposto,
verificou-se que os principais problemas em saúde de Crato-CE, conforme os
sistemas SAGE e TABNET/DATASUS são sífilis congênita, HIV e esquistossomose,
sendo este último um problema com destaque estadual. A pesquisa proporcionou
percepção da importância dos sistemas de informação em saúde, tendo em vista
promover conhecimento sobre problemas em saúde existentes na população de
Crato-CE, cuja proporção era desconhecida e imaginável, como é a realidade da
esquistossomose.

Palavras-chave: Sistemas informatizados de saúde. Problema de saúde. Crato-CE.

ISBN 978-85-65221-23-8
REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS. Sistemas e


aplicativos. Ministério da Saúde. Brasília, 2017. Disponível em:
<http://datasus.saude.gov.br/sistemas-e-aplicativos>. Acesso em: 08 mar 2017.
Descrição da doença. Brasília, 2014. Disponível em:
<http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-
ministerio/656-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/esquistossomose/11240-descricao-
da-doenca>. Acesso em: 05 mar 2017.

Departamento de Atenção Básica. Sala de apoio à Gestão Estratégica. Ministério


da Saúde. Brasília, 2012. Disponível em:
<http://dab.saude.gov.br/portaldab/sala_apoio_gestao_estrategica.php>. Acesso em:
08 mar 2017.

COSTA, C. C.; GUILHOTO, Saneamento rural no Brasil: impacto da fossa séptica


biodigestor. Eng Sanit Ambient. São Paulo, v. 51, n. 60, 2014.

COSTA, C. S.; et al. Programa de Controle da Esquistossomose: avaliação da


implantação em três municípios da Zona da Mata de Pernambuco, Brasil. Saúde
debate, Rio de Janeiro, v. 41, n. especial, 2017.

IBGE. Ceará: Crato. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2016. Disponível


em: <http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=230420>. Acesso em: 05
mar 2017.

LUNA, E. J. A.; SILVA JÚNIOR, J. B. Doenças transmissíveis, endemias,


epidemias e pandemias. Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro:
Fiocruz/Ipea/Ministério da Saúde/Secretaria de Assuntos Estratégicos da
Presidência da República, 2013. Vol. 2. p. 123-176.

ISBN 978-85-65221-23-8
SOUZA, G. D. Estratégias para o controle da esquistossomose mansoni no PSF
Dr. Edésio Soares de Carvalho Ferros-MG. 2012. 27f. TCC – Universidade
Federal de Minas Gerais. Minas Gerais. 2012.

VITORINO, R. R.; et al. Esquistossomose mansônica: diagnóstico, tratamento,


epidemiologia, profilaxia e controle. Rev Bras Clin Med, São Paulo, v. 10, n. 1,
2012.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA GESTANTE
COM PLACENTA PRÉVIA TOTAL: UM ESTUDO DE CASO

Francisco Idelfonso de Sousa (Relator; UNILEÃO)


Eduarda Brennda Ferreira Gonçalves de Lima (Autora; UNILEÃO)
Nadna Larissa Ferreira Moura (Autora; UNILEÃO)
Wélida Apolinário Lima (Autora; UNILEÃO)
Crisangela Santos de Melo (Autora; UNILEÃO)
Juliana Fechine Braz de Oliveira (Orientadora; UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Placenta Prévia (PP) possui um alto índice de acometimento nas


gestações, geralmente acomete mais mulheres com múltiplas gestações
(multíparas) e pacientes que tem uma idade mais avançada, que são os principais
fatores de risco, porém há outras condições que podem ocasionar, como história de
aborto, cesarianas anteriores e gestação gemelar. PP é caracterizada pela
implantação da massa no segmento inferior do útero. Como sua implantação ocorre
em um local que não corresponde à cavidade uterina é denominada ectópica.
Quando a placenta fixa-se a camada do miométrio (camada intermediária) classifica-
se como placenta acreta, ao fixar-se um pouco mais profundamente recebe o nome
de placenta increta e ao implantar-se na camada serosa ou outros órgãos próximos,
é denominada percreta. A PP, também se divide em três formas clínicas, a primeira
é a Placenta Prévia Total que acontece quando o orifício do colo está totalmente
coberto pela placenta. A segunda é a Placenta Prévia Parcial, tendo como
característica a cobertura parcial do orifício do colo. A terceira recebe o a
denominação de Placenta Prévia Marginal, onde parte da placenta está no orifício do

ISBN 978-85-65221-23-8
colo, porém não o ultrapassa. Com relação a uma manifestação clínica, a
hemorragia ao ser apresentada sem esforços ou qualquer trauma é o sinal clínico
mais considerável. A PP geralmente ocorre no primeiro trimestre, de forma insidiosa
e indolor, incialmente em pequenas quantidades, porém a medida que vai se
aproximando o parto esses sintomas vão intensificando-se, além de poder ser
assintomática. (MONTEIRO; FILHO, 2014). A vivência no campo de estágio sobre o
que foi estudado em sala de aula incentivou aos acadêmicos pesquisarem um pouco
mais sobre a patologia na qual é tão recorrente, despertando assim a curiosidade
em saber quais sãos as principais medidas tomadas pela equipe multiprofissional
para diminuir a incidência de PP. Dessa forma essa pesquisa torna-se relevante por
disseminar informações sobre a Placenta Prévia Total, permitindo uma avaliação
dos principais fatores de risco e a qualidade da assistência no pré–natal, no parto e
pós- parto. A detecção precoce da mesma permitirá que a equipe multiprofissional
tenha cautela no planejamento antenatal e do parto para consequentemente reduzir
a mortalidade materna e fetal. (SANTANA; FILHO; MATHIAS, 2010). OBJETIVO:
Descrever a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) a gestante
acometida pela Placenta Previa Total. METODOLOGIA: O presente estudo foi
realizado no Hospital Municipal São Lucas (HMSL), situado no município de Juazeiro
do Norte-CE. Trata-se de um estudo descritivo do tipo estudo de caso. O estudo de
caso é realizado quando o pesquisador não dispõe de uma grande quantidade de
amostras, mas que mesmo assim deseja descrever as características de um
indivíduo acometido por um determinado agravo (ROUQUAYROL, 2013). Foi
escolhido como amostra o caso de uma paciente com Placenta Prévia Total,
ocorrido no HMSL, onde os dados foram colhidos através de entrevistas e análise do
prontuário. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Gestante E.B.A.S, 29 anos, sexo
feminino, G3PC2A0, com 37s e 3d (DUM), (USG 37s e 4d), residente e domiciliada
na cidade de Caririaçu- CE, internada no Hospital Maternidade São Lucas, no dia
01/06/2017 às 06 horas. Aguardando por procedimento cirúrgico (cesariana) devido
à Placenta Prévia Total. Foi solicitado ao Hemoce bolsa sangue (B+), caso fosse
necessário no procedimento cirúrgico. No momento a paciente mostrava-se
orientada, consciente, verbalizando, normocorada e deambulando, demonstra estar

ISBN 978-85-65221-23-8
bastante ansiosa e relata cefaleia, nega perda de TM, LA, STV. Aos exames, HIV e
VDRL, com resultado negativado. No seu pré-natal foi vacinada contra o tétano e
hepatite B. A paciente diz ter apresentado a mesma complicação (PP) na gestação
anterior e por isso estava com medo. No dia 01/06/2017 ás 07:20 minutos, gestante
admitida na maternidade proveniente da triagem, G3PC2A0, IG: 37 semanas e 3
dias (DUM), encaminhada do ambulatório com HD: Placenta Prévia Total. Sem
queixas no momento. Nega STV e perda de LA. Nos testes rápidos, HIV e VDRL,
com resultados negativos. A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)
entende-se como o processo de identificação de problemas, interpretação e
organização de atitudes no exercício da enfermagem. (CHIESA, BARROS, 2007). A
Sistematização da Assistência de Enfermagem realizada para a respectiva gestante
foi: risco de hemorragia pós-parto, relacionada à patologia. Teve como intervenções
de enfermagem orientar a paciente e acompanhante a relatar quanto aos sinais de
palidez, diminuição da FC e nível de consciência. Como meta foi escrito, diminuir o
risco de hemorragia pós-parto, assim seguido do resultado, a liberação hospitalar
sem presença de hemorragia. Sono e repouso prejudicado, caracterizado por estado
de saúde comprometido por medo. Teve como intervenções de enfermagem,
proporcionar ambiente calmo, passar conforto e segurança em tudo que é realizado
com a paciente. Como meta foi descrito, a estabilização de sono e repouso, assim
como resultado a verbalização de sono e repouso normalizado. Risco de infecção
relacionado a procedimento invasivo. Teve como intervenções de enfermagem,
realizar a lavagem correta das mãos antes e após qualquer procedimento e avaliar
sinais de infecção. Como meta foi a redução do risco de infecção, assim obtendo o
resultado de paciente liberada sem infecção hospitalar. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A manutenção da assistência de enfermagem (SAE) é de preocupação da equipe de
enfermagem, uma vez que ela dedique-se integralmente ao paciente, executando
funções específicas para a melhora do mesmo. Foi perceptível que essa assistência
foi elementar para que todos os procedimentos ocorressem bem, favorecendo para
a rápida recuperação.

ISBN 978-85-65221-23-8
Palavras-chave: Saúde da Mulher. Placenta Prévia. Sistematização da Assistência
de Enfermagem.

REFERÊNCIAS

CHIESA. A. M.; BARROS. D.G; Autonomia e necessidades de saúde na


sistematização da assistência de enfermagem no olhar da saúde coletiva. Rev
Esv Enfern USP 2007.

Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2015-2017/


NANDA International; tradução Regina Machado Garcez. - Porto Alegre: Artmed,
2015.
DIAS, J. M. G. et al. Mortalidade materna. Rev Med Minas Gerais 2015; 25(2): 173-
179.

MONTENEGRO. C.A.B; FILHO. J.R. Obstetrícia Fundamental. Editora Guanabara,


13ª ed. Rio de Janeiro 2014.

PEREIRA, M. I. B. A. CAMPOS, D. A. Placenta prévia- classificação e orientação


terapêutica. Acta Obstet Ginecol Port 2013;7(2):125-130.

ROUQUAYROL, M. Z. Epidemiologia & Saúde. 7. ed. Rio de Janeiro: MedBook,


2013.

SANTANA, Danielly Scaranello Nunes; FILHO Nelson Lourenço Maia; MATHIAS


Lenir. Conceito, diagnóstico e tratamento de placenta prévia acreta com
invasão de bexiga: revisão sistemática da literatura. FEMINA | Março 2010 | vol
38 | nº 3.

TORLONI, M. R. MORON, A. F. CAMANO, L. Placenta Prévia: Fatores de Risco


para o Acretismo. 2001. v. 23. p. 417-422.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA PACIENTE
VÍTIMA DE OSTEOMIELITE EM MEMBRO INFERIOR DIREITO EM PRÉ-
OPERATÓRIO

Dannieli de Sousa Silva Rodrigues (Relatora, UNILEÃO)


Andressa Gonçalves da Silva (Autora, UNILEÃO)
Jeyzianne Franco da Cruz Silva (Autora, UNILEÃO)
Francinúbia Nunes Barros (Autora, UNILEÃO)
Allif Ramon Lima Felix da Silva (Autor, UNILEÃO)
Aline Moraes Venâncio (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A osteomielite é conhecida como inflamação óssea, ocasionada por


infecção bacteriana ou fúngica, podendo permanecer localizada ou propagar-se
comprometendo medula, parte cortical, parte esponjosa e periósteo. Uma causa
para essa patologia bastante relevante são as fraturas externas o que fará com que
bactérias entrem em contato com o osso ocorrendo a infecção. Outras causas
podem ser citadas portadores de tuberculose, úlceras nos pés de diabéticos,
portadores de varizes, projéteis de arma de fogo e até mesmo acidentes por
espinhos (ROBINS, 2006). A osteomielite pode ser aguda, quando as bactérias se
estende nos espaços medulares do osso, sendo o tempo insuficiente para que o
corpo reaja na presença do infiltrado inflamatório, em geral menos de um mês de
infecção. A maioria das osteomielites crônicas são pós traumáticas, nelas o corpo
tem uma resposta não apenas inflamatória, leva também a produção de tecido de
granulação, formando dessa forma uma cicatrização na tentativa de defender a área
infectada (VIEIRA; MELO, 2006). Com o tratamento os sintomas podem ser aliviados

ISBN 978-85-65221-23-8
e é realizado com a administração de antibióticos de acordo com o antibiograma,
manutenção do estado geral através de transfusões sanguíneas, elevação do
membro, imobilização em aparelho, gesso ou tração, administração de analgésicos
e sedativos, além de limpeza cirúrgica (SANTOS; SOUSA, 2016). No que concerne
aos cuidados de enfermagem com o paciente que apresenta osteomielite devem ter
como propósito de reduzir as dores, aliviar a tensão e caso tenha lesões externas,
promover os cuidados com a ferida. Dessa forma, emerge a necessidade da
construção do conhecimento científico que contribua no desenvolvimento de
habilidades e competências para promoção da assistência de enfermagem
resolutiva e humanizada. OBJETIVO GERAL: Realizar a Sistematização da
Assistência de Enfermagem a uma paciente vítima de osteomielite em membro
inferior direito (MID) em pré-operatório. E como objetivos específicos: Abordar sobre
a osteomielite; Compreender como se instalou a osteomielite nesse estudo de caso;
Descrever os Diagnósticos e Intervenções de enfermagem. METODOLOGIA: Trata-
se de um estudo de caso descritivo e exploratório com abordagem qualitativa,
realizado no período de novembro de 2015. A pesquisa foi realizada em um Hospital
de referência na cidade de Juazeiro do Norte, Ceará, durante o estágio da disciplina
de Enfermagem Cirúrgica do curso de Enfermagem do Centro Universitário Leão
Sampaio (UNILEÃO). A população do estudo foi constituída por uma paciente
admitida com Hipótese Diagnóstica (HD): osteomielite crônica com recidivamente
com abcesso agudo em MID. A promoção dos cuidados de enfermagem foram
realizados em três etapas. A primeira constituiu-se na coleta de dados no prontuário
e através do exame físico a partir da identificação da paciente, para isso utilizou-se
um formulário para pesquisa baseado no histórico de enfermagem com as variáveis
dos padrões de saúde. No Segundo momento após o levantamento de dados, foram
identificados os diagnósticos de enfermagem. Para isso, foi feito um agrupamento
das informações, seguida da utilização das orientações contidas no NANDA. A
terceira etapa foi constituída pela elaboração das intervenções de enfermagem.
Finalmente foi realizada uma pesquisa eletrônica da literatura utilizando-se as
seguintes bases de dados: Literatura Latino- -Americana e do Caribe em Ciencias da
Saude (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Durante toda a

ISBN 978-85-65221-23-8
pesquisa buscou-se obedecer aos princípios éticos e legais da pesquisa com seres
humanos, pautado na portaria 466 de 12 de dezembro de 2012. RESULTADOS E
DISCUSSÕES: HISTÓRICO DE ENFERMAGEM: M.I.P internada desde o dia
09/11/2015 ás 14:00 horas em um hospital de referência com o diagnóstico médico
de osteomielite crônica com recidiva de abcesso agudo em MID. Realizada a
entrevista pôde-se obter os seguintes dados: 35 anos, morena, união estável,
agricultora, procedente de Marcolândia, católica, nega tabagismo, bebe socialmente.
Possuindo relacionamento social satisfatório. Apresentou como principal queixa em
consulta administrativa para o processo de internação febre e dor em MID. Paciente
relatou que quando tinha idade de 7 anos de idade foi vítima de queda onde veio a
ocorrer a fratura externa no nível da rótula do joelho e no fêmur direito, não
recebendo atendimento hospitalar de imediato, só apenas 4 dias após fortes dores.
Nessa primeira consulta a paciente recebeu apenas tratamento clínico onde foi
medicada e retornado para a sua residência. Só após dois anos depois já com 9
anos observou que sua perna fraturada não estava acompanhando o crescimento da
sua perna sadia, realizou seu primeiro procedimento cirúrgico após teste
laboratoriais e de imagem, a mesma colocou platina mas foi rejeitado pois a perna
ficou bastante infeccionada. A paciente retirou a platina e deixou cicatrizar por si só.
Após 30 anos, com os membros inferiores bastantes assimétricos e queixa de dor
veio a ser internada e recebeu o diagnóstico osteomielite crônica com recidivamente
com abcesso agudo em MID, sendo necessária amputação. Exame físico: Diante
da avaliação paciente mostrou-se consciente, orientada, verbalizando, respirando
em ar ambiente, deambulando com auxílio de muletas. Apresentou-se normocárdica
(73bpm), normotensa: (120X80 mmHg); eupnéica: (17 rpm); afebril: (36°C). Ao
exame físico respiratório: murmúrios vesiculares presentes, tórax simétrico. Ao
exame físico cardíaco: Ritmo cardíaco regular em 2T, bulhas normofonéticas; ao
exame abdominal: ruídos hidroaéreos normoativo, indolor à palpação. Padrão
nutricional relata que estava aceitando bem a dieta oferecida. Padrão de
eliminações: Eliminações fisiológicas presentes e normais. Padrão de sono e
repouso preservados. Curativo em MID tipo infectante com presença de secreção
purulenta em grande quantidade. DIAGNÓSTICOS E INTERVENÇÕES DE

ISBN 978-85-65221-23-8
ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATÓRIO: DEAMBULAÇÃO PREJUDICADA
RELACIONADA À DOR EVIDENCIADO POR CAPACIDADE PREJUDICADA EM
ANDAR: Ajudar a paciente em deambular em intervalos regulares; Auxiliar a
paciente sentar-se à beira do leito para facilitar os ajustes posturais; Informar a
paciente quanto a importância da deambulação e encoraja-la; Demonstrar a técnica
do uso do instrumento de apoio muletas ,conforme o apropriado; Observar a postura
da paciente enquanto deambula com o auxílio da muleta. ANSIEDADE
RELACIONADA AO ESTADO DE SAÚDE EVIDENCIADO POR MEDO: Esclarecer
dúvidas a paciente em relação ao tratamento; Estabelecer relação de confiança a
paciente; Monitorar o estado emocional da paciente; Oferecer um ambiente calmo e
agradável; Oferecer apoio psicológico; RISCO DE INTEGRIDADE DA PELE
PREJUDICADA RELACIONADA IMOBILIZAÇÃO FÍSICA: Estimular mudanças de
posições; Manter a pele da paciente limpa e seca; Estimular a hidratação; Estimular
massagem na pele da paciente; Orientar quanto a higiene oral e corporal. RISCO
DE INFECÇÃO GENERALIZADA RELACIONA A DOENÇA: Ficar atento às
complicações; Observar quanto à presença de sinais flogísticos em outras áreas;
Monitorar os sinais vitais; Avaliar quanto ao estado mental. METAS Alivio da dor;
Manutenção da Integridade Tissular; Controle da infecção do MID; Manter a terapia
medicamentosa; Tranquilizar a paciente acerca do tratamento; Conhecimento de
como evitar a propagação da infecção. CONCLUSÃO: Diante do exposto pôde-se
verificar a importância da Sistematização da Assistência de Enfermagem para
promoção do cuidado integral ao paciente. Evidenciando a relevância da avaliação
das intervenções e metas traçadas, para ajustes necessários e alcance de
resultados satisfatórios. O estudo em questão enriqueceu grandemente o
aprendizado dos membros envolvidos de forma significativa, pois nos possibilitou a
oportunidade de explorar de forma detalhada sobre a patologia e contribuir nos
cuidados de enfermagem e prestando uma assistência efetiva. É de fundamental
importância o enfermeiro torna-se conhecedor das causas, diagnósticos e
tratamento para que o mesmo possa traçar uma assistência de qualidade.

Palavras-chave: Cuidados de Enfermagem. Osteomielite. Assistência Hospitalar.

ISBN 978-85-65221-23-8
REFERÊNCIA

ASSOCIAÇÃO NORTE AMERICANA DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM


(NANDA). North American Nursing Diagnosis Association - NANDA: definições e
classificação, 2009-2011 / NANDA International, Porto Alegre: Artmed, 2010.

ROBINS, S. L., Tratado de patologia. México: Interamericana, 2006.

VIEIRA, Camila Lins; Melo, Ricardo Eugenio Varela Ayres de. Osteomielite relato de
caso clinico. Rev. INTERNATIONAL JOURNAL OF DENTISTRY.v.1, n.35. 2006.

SANTOS, Talita Pontes dos Santos; SOUSA, Milena Nunes Alves de; SILVA,
Macerlane de Lira;SILVA, Edineide Nunes da;TEMOTEO, Rayrla Cristina de Abreu.
ESTUDO DE CASO SOBRE OSTEOMIELITE CRÔNICA. Journal of Medicine and
Health Promotion. V.1,n.3.p.290-301.2016.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
SUBNOTIFICAÇÃO DE CASOS DE VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E
ADOLESCENTES NO COMPLEXO CRAJUBAR
Darley Rodrigues da Silva (Relator, UNILEÃO)
Ana Paula Ribeiro de Castro (Autora, UNILEÃO)
Eduarda Brennda Ferreira Gonçalves de Lima (Autora, UNILEÃO)
Igor César Gonçalves de Oliveira (Autor, UNILEÃO)
Maria Lusmária Xavier da Silva (Autora, UNILEÃO)
Ana Raquel Bezerra Saraiva (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Acidentes e violências configuram – se como a principal causa de


morbimortalidade entre crianças com idade superior a 1 ano e entre adolescentes,
podendo, assim, serem considerados graves problemas de saúde pública. Segundo
a Organização Mundial da Saúde (OMS) aproximadamente 830 mil crianças morrem
ao ano em decorrência de causas externas. No ano de 2010, por estimativas do
DATASUS, no Brasil ocorreram 3.815 mortes de crianças por tais causas, sendo
destacadas as quedas, agressões e asfixia (MALTA et al, 2015). O Complexo
CRAJUBAR é composto com as cidades de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha,
localizadas na Região do Cariri, sul do estado do Ceará. Marcada por intensas
transformações, é considerada uma região metropolitana, sendo ao segundo maior
pólo industrial do estado, composta por uma diversidade de públicos, diferenças
culturais e problemas sociais (QUEIROZ, 2014). Analisar índices torna – se
importante, uma vez que permitem o monitoramento da ocorrência de uma ação,
podendo quantificar e avaliar os avanços das ações implantadas para manutenção,
aumento ou redução de um determinado número. Um único indicador, em geral, não

ISBN 978-85-65221-23-8
e suficiente para apontar com clareza a abrangência e o impacto de um determinado
problema. Durante a análise da ocorrência de agravos em saúde, o contexto
sociopolítico em que os indivíduos ou comunidades estudadas estão envolvidos
deve ser levado em conta (DESLANDES; MENDES; PINTO, 2015). A notificação é
definida como a comunicação ao Conselho Tutelar da ocorrência do abuso sexual
contra a criança e/ou adolescente. Quando realizada pelo serviço de saúde, uma
cópia da ficha de notificação é encaminhada para a secretaria de saúde do
município, servindo de instrumento para alimentação de sistemas de informação. No
Brasil, além de ser considerada obrigatória pelo Artigo 13 do Estatuto da Criança e
do adolescente (ECA) a comunicação de violência contra essa população está
respaldada por duas portarias do Ministério da Saúde, a 1.968, que dispõe sobre a
notificação pelos profissionais responsáveis no âmbito do Sistema Único de Saúde,
e a 2.406 que institui o fluxo do sistema de notificação. O ato de notificar tem por
objetivo (MOREIRA et al, 2013). A notificação, apesar de todos os entraves
envolvidos na sua realização, é de extrema importância, pois é através da mesma
que dados epidemiológicos sobre esse fenômeno multifacetado e multideterminado
serão obtidos, permitindo a criação de políticas públicas, realização de capacitação
para os profissionais lidarem com esse problema, além da formação de serviços
articulados para o enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes
(FARIAS et al, 2016). OBJETIVO: Avaliar a notificação de casos de violência sexual
contra crianças e adolescentes nos municípios de Crato, Juazeiro do Norte e
Barbalha, no Ceará, Brasil. METODOLOGIA: O presente estudo foi realizado
durante atividades do Grupo de Pesquisa Sobre Envelhecimento e Saúde Coletiva –
GPESC, do Centro Universitário Doutor Leão Sampaio. Trata – se de um estudo
quantitativo, realizado em Agosto de 2017. Segundo Marconi, Lakatos (2011), a
pesquisa exploratória busca proporcionar uma maior familiaridade com um
determinado assunto, sendo realizada com objetivo de disseminar para a
comunidade em geral o conhecimento sobre o que se é estudado. Já a abordagem
quantitativa possibilita expressar os resultados através de representações
numéricas, assim como quantificar os resultados obtidos, permitindo a apresentação
dos mesmos através de gráficos e tabelas. Para construção do estudo, foi realizada

ISBN 978-85-65221-23-8
uma busca no banco de dados do Departamento de Informática do SUS –
DATASUS, sendo buscadas as informações sobre epidemiologia e morbidade, onde
estão agrupadas as Doenças e Agravos de Notificação de 2007 em diante, em
seguida, foi selecionado o índice de Violência doméstica, sexual e/ou outras
violências, sendo selecionado o estado do Ceará. Posteriormente o ano de 2015 foi
selecionado por ser o mais recente. A apresentação dos dados no sistema foi
organizada na seguinte distribuição: o índice de violência sexual por linhas e o
município de ocorrência em colunas. Após, foi selecionada a ocorrência de violência
sexual por faixa etária no estado do Ceará. Após a obtenção dos dados estatísticos,
buscou – se na literatura nacional dados sobre a notificação de violência sexual
contra crianças e adolescentes, aspectos associados à baixa notificação ou à
realização da mesma de maneira inadequada, com o objetivo de compreender e
explicar os resultados obtidos através da pesquisa no sistema de informação. Para
isso, foi realizada uma pesquisa na Biblioteca Virtual de Saúde, utilizando a base de
dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde – LILACS,
utilizando os descritores de ciência da sa de (via DeCS) “violência” and “criança”
and “adolescente” e a palavra-chave “subnotificação”. Para seleção dos trabalhos
científicos a serem incluídos no estudo, foram definidos critérios de inclusão, sendo
eles: trabalho científico publicado na década atual (2011 – 2017), sendo
consideradas as produções publicadas até o mês de Agosto de 2017, período de
realização do estudo; ter texto completo, disponível e gratuito; ser publicado em
português ou inglês; ser realizado no Brasil. Como critérios de exclusão foram
definidos: não se adequar aos critérios de exclusão e/ou ser um trabalho científico
igual a outro já selecionado. A seleção seguiu o processo de leitura dos títulos,
leitura dos resumos, dando ênfase na metodologia para verificar as faixas etárias
abordada pelos estudos, e leitura das produções científicas na íntegra para revisão.
Os dados da literatura obtidos foram sintetizados e apresentados a seguir. Algumas
referências foram incluídas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados obtidos
com a pesquisa no DATASUS indicam a ocorrência de 0 (zero) casos de violência
sexual contra crianças e adolescentes no Complexo CRAJUBAR. Sendo
demonstrado apenas a ocorrência de 3 casos de violência sexual em pessoas com

ISBN 978-85-65221-23-8
faixa etária de 30 a 59 anos no município de Caririaçu. A atenção à violência sexual
contra crianças tem recebido uma atenção maior nos últimos anos, apesar disso, os
índices da ocorrência desse problema ainda são desconhecidos por vários países.
Porém, a existência de evidências de que há um aumento na incidência de abuso
infantil, demonstra a presença de um problema no que diz respeito à informação. A
violência sexual contra crianças e adolescentes vêm tomando proporções
epidêmicas. Isso torna – se um problema mais grave ainda quando se tem a
dimensão de que apenas aproximadamente 1 em cada 20 casos de abuso sexual é
notificado. Apesar de ser uma ação obrigatória no Brasil, a notificação parece não
ser realizada, uma vez que os índices mantêm – se baixos (RIBEIRO et al, 2015).
Alguns problemas explicam a realização de poucas notificações, podendo ser
destacadas entre elas: a ausência de crença de que o trabalho realizado pelo
conselho Tutelar é efetivo, falta de informação dos profissionais de saúde, ausência
de regulamentos que estabeleçam procedimentos técnicos; o cuidado baseado no
modelo biomédico, voltando – se apenas para a doença, e problemas de cunho
pessoal (BANNWART; BRINO, 2011). A violência intrafamiliar também configura –
se como um entrave a notificação, pois é difícil para a criança e para os membros da
família explicitarem a violência que ocorre dentro de onde a vítima deveria ter maior
proteção. A violência nesse ambiente é um grave problema, uma vez que é
necessária alta competência profissional para identificar e lidar com esse fato
(CIUFO; RODRIGUES; PACHECO, 2014). Outro problema é a realização de
notificações incompletas. A ausência de dados como cor, raça, possível agressor,
local de ocorrência apresentam índices elevados de falta de informação (ASSIS et
al, 2012). A identificação da violência or si próprio configura – se, muitas vezes, uma
dificuldade na realização de notificação. A ausência da investigação minuciosa e a
culpabilização da vítima por agressões sofridas são fatores presentes (Egry et al,
2017). CONSIDERAÇÕES FINAIS: A violência sexual contra crianças e
adolescentes constitui-se como um grave problema de saúde pública, por ser um
agravo que provoca conseqüências imediatas e tardias, físicas e mentais,
prejudicando o desenvolvimento psicossocial da população afetada. Apesar de
obrigatório no Brasil, os índices de notificação desse agravo permanecem baixos,

ISBN 978-85-65221-23-8
apesar das evidências mostrarem outros resultados. É necessária a realização de
estudos que busquem disseminar informações acerca da importância da notificação,
bem como capacitar os profissionais para tal, preparando os também para o manejo
correto das vítimas.

Palavras-chave: Abuso Sexual Infantil. Criança. Adolescente. Violência.

REFERÊNCIAS

ASSIS, Simone Gonçalves de, et al. Notificações de violência doméstica, sexual e


outras violências contra crianças no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 17(9):2305-
2317, 2012.

BAWNNWART, Thais Helena Bannwart; BRINO, Rachel de Faria. Dificuldades


enfrentadas para identificar e notificar casos de maus-tratos contra crianças e/ou
adolescentes sob a óptica de médicos pediatras. Rev Paul Pediatr 2011;29(2):138-
45.

CIUFO, Lia Leão; RODRIGUES, Benedita Maria Rego Deusdará; PACHECO,


Sandra Teixeira de Araújo. Violência intrafamiliar à criança: uma revisão de
literatura. Rev. Soc. Bras. Enferm. Ped. | v.14, n.2, p 148-53 | Dezembro 2014.

DESLANDES, Suely; MENDES, Corina HELENA Figueira; PINTO, Liana


Wernesbach. Proposição de um índice do enfrentamento governamental à violência
intrafamiliar contra crianças e adolescentes. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro,
31(8):1709-1720, ago, 2015.

EGRY, Emiko Yoshikawa et al. Enfrentar a violência infantil na Atenção Básica:


como os profi ssionais percebem? Rev Bras Enferm [Internet]. 2017 jan-
fev;70(1):119-25.

FARIAS, Marilurdes Silva et al. Caracterização das notificações de violência em


crianças no município de Ribeirão Preto, São Paulo, no período 2006-2008.
Epidemiol. Serv. Saude, Brasília, 25(4):799-806, out-dez 2016.

ISBN 978-85-65221-23-8
LUNA, Geisy Lanne Muniz; FERREIRA, Renata Carneiro; VIEIRA, Luiza Jane Eyre
de Souza. Notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes por profissionais
da Equipe Saúde da Família. Ciência & Saúde Coletiva, 15(2):481-491, 2010.

MALTA, Deborah Carvalho et al. Atendimentos por acidentes e violências na infância


em serviços de emergências públicas. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro,
31(5):1095-1105, mai, 2015.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica. 6.


ed. São Paulo: Atlas, 2011.

MORAIS, Roberta Laíse Gomes Leite et al. Ações de proteção a crianças e


adolescentes em situação de violência. J. res.: fundam. care. online 2016. abr./jun.
8(2):4472-4486.

MOREIRA, Gracyelle Alves R. Instrumentação e conhecimento dos profissionais da


equipe saúde da família sobre a notificação de maus-tratos em crianças e
adolescentes. Rev Paul Pediatr 2013;31(2):223-30.

QUEIROZ, Ivan da Silva. Região metropolitana do cariri cearense, a metrópole fora


do eixo. Mercator, Fortaleza, v. 13, n. 3, p. 93-104, set./dez. 2014.

RIBEIRO, Iglê Moura Paz et al. Prevalência das várias formas de violência entre
escolares. Acta Paul Enferm. 2015; 28(1):54-9.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
TUBERCULOSE UMA REFLEXÃO SOBRE O PAPEL DO ENFERMEIRO NA
SAÚDE PÚBLICA

Ana Cláudia Tavares Cadeira (Relatora, UNILEÃO)


Ana Paula Martins Araújo (Autora, UNILEÃO)
Nataliana Gomes Silva (Autora, UNILEÃO)
Daniely da Silva Santana (Autora, UNILEÃO)
Camila Maria do Nascimento (Autora, UNILEÃO)
Maryldes Lucena Bezerra de Oliveira (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) é eliminar a


doença TB até o ano de 2050. Para tal, o Plano Mundial de Controle da TB (2000-
2005), traz que o percentual de cura seja de 85% de casos novos de TB bacilífera e
a detecção de 70% dos casos estimados (OMS, 2006). A forma pulmonar é a mais
frequente que acomete a saúde pública, tendo como sintomas: tosse persistente,
produtiva ou não, com muco e eventualmente sangue, febre vespertina, sudorese
noturna e emagrecimento (BRASIL, 2010). Os doentes, cuja baciloscopia é positiva,
é a principal fonte de infecção, por isso o diagnóstico precoce é o principal fator para
controle da doença, com ele é possível interromper a disseminação da TB
(BRASIL,2010). O Ministério da Saúde preconiza a implantação dos DOTS
(Tratamento Diretamente Observado de Curta Duração) para controle da doença e
visa realizar um diagnóstico efetivo, tratamento e monitoramento dos casos de TB e
o tratamento supervisionado (VENDRAMINI, VILLA, SANTOS, GAZETTA, 2007).
Esta estratégia tem sido utilizada em vários serviços de saúde do Sistema Único de

ISBN 978-85-65221-23-8
Saúde (SUS). As equipes de saúde tem um papel muito importante junto ao doente,
pois ao adotarem as medidas necessárias Um instrumento que revela esta
importância do relacionamento doente/profissional é o protocolo de enfermagem
para o Tratamento Diretamente Observado (TDO) que descreve como estratégias
para sua realização o planejamento e execução das atividades a serem realizadas
com os doentes, que seguem a seguinte ordem: identificação dos problemas de
saúde do cliente, o delineamento do diagnóstico de enfermagem, a instituição de um
plano de cuidados, a implementação das ações planejadas e a avaliação (BRASIL,
2011). OBJETIVO: Analisar o papel do enfermeiro frente à tuberculose.
METODOLOGIA: A pesquisa trata-se de uma revisão da literatura, com abordagem
descritiva. Esse tipo de estudo visa à aproximação e familiaridade com o fenômeno-
objeto da pesquisa, descrição de suas características, criação de hipóteses,
apontamentos e estabelecimento de relações entre as variáveis estudadas no
fenômeno Os descritores utilizados para o levantamento dos dados foram:
Tuberculose, Assistência de Enfermagem ao paciente com Tuberculose,
Enfermagem e Tuberculose. As informações para a elaboração desta pesquisa
foram obtidas a partir do levantamento de artigos científicos, publicados em língua
portuguesa nos últimos seis anos, em periódicos do Socielo, Bireme, Medline,
Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) e de livros e manuais do Ministério da Saúde, que
abordam o tema em questão. RESULTADOS: A descentralização e a
horizontalidade das ações de controle da TB para a ESF necessitam do
envolvimento de distintos atores, de acordo com as responsabilidades inerentes à
função de cada um, com adequação de recursos humanos, de modo a
operacionalizar e a desenvolver ações estratégicas com a eficiência e a eficácia
necessária, para que bons processos de trabalho possam levar a bons resultados
(CAMPOS, et al., 2012; MONROE, et al., 2008; BARRÊTO, et al., 2012). Para
assegurar a adesão ao tratamento da Tuberculose, os profissionais de saúde devem
“conhecer as necessidades de sa de dos usuários e ajustar a assistência a elas,
desenvolvendo sua corresponsabilidade no tratamento, estabelecendo relações
pautadas no acolhimento e no vínculo”, elementos norteadores das práticas da
Estratégia Saúde da Família (HINO, et al., 2012). Para isso, a elaboração da

ISBN 978-85-65221-23-8
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) surge para viabilizar a
aplicação dos conhecimentos técnico-científicos de maneira humanizada, gerando
também a facilitação do registro das informações, bem como da comunicação. O
Enfermeiro necessita estabelecer o conhecimento das fases do processo de
enfermagem, sob o contexto de um referencial teórico e assim promover o cuidado e
o restabelecimento do paciente. Ao dispor desse instrumento, o Enfermeiro pode
prestar assistência ao paciente de maneira sistematizada e individualizada, o que
favorece suas atividades gerenciais, além de contribuir para a qualidade do cuidado
de enfermagem (SPERANDIO, ÉVORA, 2005; SANTOS, et al., 2012).A SAE e o
Processo de Enfermagem, regulamentados na Resolução do Conselho Federal de
Enfermagem - COFEN nº 358/2009, representam uma necessidade colocada cada
vez mais frequentemente pelos serviços de saúde (MALUCELLI, et al., 2010).
Constata-se que, quando as informações estão organizadas e documentadas de
forma sistematizada, a comunicação é operacionalizada e facilita a resolução dos
problemas específicos de cada paciente, impulsionando os enfermeiros a explicitar
seus conhecimentos técnico-científicos e humanos (SPERANDIO, ÉVORA, 2005). O
profissional enfermeiro deve assumir um papel de protagonista na assistência ao
paciente com Tuberculose Pulmonar, desenvolvendo ações de orientação,
desmistificação, conscientização, e informando ao paciente sobre a importância do
tratamento para que o mesmo possa alcançar a cura. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O
presente estudo aponta diversos fatores correlacionados às atuações da
Enfermagem, com papel protagonista no destaque da promoção de cuidados diretos
a pacientes com Tuberculose. O profissional de Enfermagem tem sua importância
na assistência ao paciente portador de Tuberculose, pois é ele que conquista maior
vínculo com o cliente, ao acolhê-lo na unidade de saúde aumentando assim a
adesão ao tratamento. O enfermeiro desenvolve atividades importantes como
supervisionar o tratamento, orientar sobre uso das medicações, reconhecerem o
quadro clínico da patologia sendo capaz de realizar diagnósticos precoces,
diminuindo os autos-índices desta patologia, pois atualmente os índices estão autos,
pois os profissionais ainda confundem os sinais e sintomas da Tuberculose com
uma simples gripe, aumentando assim a disseminação do bacilo.

ISBN 978-85-65221-23-8
Palavra-chave: Tuberculose. Medidas de Controle. Profissionais de Saúde.

REFERENCIAS

ARCÊNCIO, RA; ARAKAWA, T; OLIVEIRA, MF; GONZALES, RIC; SCATENA, LM;


NETTO, AR; VILLA, TCS. Barreiras econômicas na acessibilidade ao tratamento da
tuberculose em Ribeirão Preto – São Paulo. Rev Esc Enferm USP, v.45, n.5, p.
1121-7, 2011.

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Recomendações para o Controle


da Tuberculose no Brasil, Programa Nacional de Controle da Tuberculose, 2010.

BRUNELLO, MAF MA; PONCE, MAZ; ASSIS, EG de; ANDRADE, RLP; SCATENA,
LM; PALHA, PF; VILLA, TCS. O vínculo na atenção à saúde: revisão sistematizada
na literatura, Brasil (1998-2007). Acta Paul Enferm, v. 23, n.1, p. 131-5, 2010.

CHIRINOS, NEC; MEIRELLES, BHS. Fatores associados ao abandono do


tratamento da tuberculose: uma revisão integrativa. Texto Contexto Enferm,
Florianópolis, v.20, n.3, p. 599-406, 2011.

FARIAS, NMP; RODRIGUES, DCS; VILLA, TCS .Organização dos serviços de


saúde e a gestão do cuidado à tuberculose. Ciência & Saúde Coletiva, v.17, n.7,
p.1875-1884,2012.

FIGUEIREDO, D. A. (2010). Abandono do tratamento de tuberculose e relações de


vínculo com a equipe de saúde da família. Revista Escola de Enfermagem da
USP. 44(4): 904-911.

GONZÁLES RIC, VILLA TCS, SCATENA LM. Vínculo doente-profissional de saúde


na atenção a pacientes com tuberculose. Acta Paul Enferm, v.22,

MALUCELLI, A.; OTEMAIER, K. R.; BONNET, M.; CUBAS, M. R.; GARCIA, T. R.


(2010). Sistema de informação para apoio à Sistematização da Assistência de
Enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem. Brasília, jul-ago; 63(4): 629-36.

ISBN 978-85-65221-23-8
MONTENEGRO, HRA; FILHO AJA; SANTOS, TCF; LOURENÇO, LHSC. A
enfermeira diplomada e a luta contra tuberculose no Brasil: 1961- 1966. Rev Esc
Enferm USP, v.43, n.4, p.945-52, 2009. n.2, p. 176-82, 2009.

ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. Alianza alto a latuberculosis y


Organización Mundial de laSalud. Plan Mundial paradetener la tuberculosis 2006-
2015. Ginebra; 2006.

SCATENA, LM; VILLA, TCS. Acesso aos serviços de atenção á tuberculose: análise
da satisfação dos doentes. Rev Esc Enferm USP, v.46, n.2, p.342-8, 2012.

SOUZA, M. S. P. L.; PEREIRA, S. M.; MARINHO, J. M.; BARRETO, M. L. (2009).


Características dos serviços de saúde associadas à adesão ao tratamento da
tuberculose. Revista de Saúde Pública. 43(6): 998-1005.

SOUZA, S. S.; SILVA, D. M. G. V. (2010). Passando pela experiência do tratamento


para tuberculose. Texto & Contexto Enfermagem. Florianópolis, Out-Dez; 19(4):
636-643.

SPERANDIO, D. J.; ÉVORA, Y. D. M. (2005). Planejamento da assistência de


enfermagem: proposta de um software-protótipo. Revista Latino-americana de
Enfermagem, Novembro Dezembro; 13(6): 937-43.

Tuberculose na Atenção Básica, Protocolo de Enfermagem, 2011.

VENDRAMINI, SHF ; VILLA, TCS; SANTOS,MLSG; GAZETTA, CE. Current


epidemiological aspects of tuberculosis and the impact of the DOTS strategy in
disease control. Rev. Latino-Am. Enfermagem [online],v. 15, n. 1, p.171-173, 2007.

VENDRAMINI, SHF; VILLA, TCS. Envolvimento de equipes da Atenção Básica à


Saúde no Controle da Tuberculose. Rev Esc Enferm USP, v.42, n.2, p.262-7,2008.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global tuberculosis control: WHO report


2011.Geneva, 2011

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR, A SAÚDE MENTAL SOB OS ASPECTOS
PSICOLÓGICOS

Letícia Lima de Ararújo (Relatora, UNILEÃO)


Ednayra Grazyela Silva dos Anjos (Autora, UNILEÃO)
Amanda Falcão Lustosa (Autora, UNILEÃO)
Maria Aylla Régis Oliveira (Autora, UNILEÃO)
Eduardo Ferreira Silva (Autor, FJN)
Maryldes Lucena Bezerra de Oliveira (Orientadora, FJN)

INTRODUÇÃO: No entorno do ambiente familiar, sabe-se que a família é


responsável por grande parte da influência no desenvolvimento infantil. Pois é
através dela que a criança tem seus primeiros contatos sociais. O que preocupa é
quando esse vínculo transforma-se em relação de submissão imposta por os pais ou
cuidadores. Fator preocupante em termos de saúde, tendo em vista que, em fase de
desenvolvimento, a criança tende a ter possíveis alterações comportamentais que
futuramente serão expressas, de alguma maneira. Estudos mostram que
adolescentes e adultos que sofreram de violência intrafamiliar desencadeiam
comportamentos como rebeldia, uso álcool e drogas psicoativas, depressão entre
outros (ARAÚJO, 2002). Sendo a criança estimulado a ser possível agressor na sua
vida adulta. Tons de voz exacerbados, castigos, privação de determinadas
atividades ou objetos de lazer. Traz a criança uma relação psicológica de opressão e
dominação. Deixando-a frágil e submissa. O que torna-se característica marcante da
violência psíquica ou intrafamiliar. O processo de educação necessitaria de atitudes
tão severa? Estariam os profissionais de saúde capacitados e orientados perante a

ISBN 978-85-65221-23-8
investigação e quanto ao processo de intervenção em casos de violência
intrafamiliar? Torna-se uma grande luta frente a quem mantém a relação de chefe ou
impositor no meio familiar. Os pais ou cuidadores não possuem conhecimento
acerca do processo de educação correta, acreditam que a forma de opressão a
atitudes ou restrição são consideradas formas eficientes. Esquecendo de educá-los
subjetivamente. Há grande incidência de crianças que sofrem desse tipo de
violência. Em uma pesquisa realizada por Padovani e Williams (2008), constatou-se
que num estudo aleatório de 23 crianças apenas uma relatou que não sofreu
violência psíquica. Número preocupante para a sociedade. Tendo em vista também,
que sempre vêm associadas com outro tipo de violência. Assim torna-se um estudo
relevante em vista da deficiência encontrada em estudos e intervenções, no âmbito
da proteção da saúde e cidadania da criança. Mesmo com a existência de políticas
já voltadas para a promoção da saúde dessa população, ainda encontra-se um
déficit de informação frente aos profissionais e o grande número de casos de
violência existentes. OBJETIVO: Discutir acerca de um tipo subjetivo de violência,
denominado violência intrafamiliar e verificar quais os fatores que são agravantes no
que se refere a agressão psicológica. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de
literatura, realizada com artigos disponíveis nas bases de dados do portal BIREME;
Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Sa de (LILACS), utilizando critério de inclusão ser artigos
completos em português publicados entre 2002 2013. Com os seguintes
descritores: Violência psicológico, saúde mental infantil, maus tratos. Foram
encontrados um total de 36 artigos, onde apenas foram selecionados 11 para o
seguinte estudo. Foi utilizado como critério de exclusão, artigos cuja temática
evidencia outros tipos de violência que não à intrafamiliar. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: A violência é uma questão preocupante em saúde, devido a sua
apresentação em diversas formas (ABRANCHES e ASSIS,2011). Seja ela de forma
física, sexual, psicológica ou verbal. Em estudos realizados por Padovani e Williams
(2008) um tipo de violência sempre vem associado a outro. Dentre elas a mais
comumente encontrada nesse binômio é a violência psicológica, pouco estudada
ainda. A violência afeta todas as idades. Porém nas crianças, vulneráveis, causam

ISBN 978-85-65221-23-8
maior dano. (MASCARENHAS et al., 2010). Esse tipo de agressão ocorre
comumente no ambiente familiar, as vítimas geralmente são as crianças que no
processo de educação acabam sofrendo. A família vista como responsável por
transmissão de valores, costumes e por a formação da personalidade, passa para a
criança uma visão negativa frente a posição paterna cuidadora (ESTEVES e
BORGES, 2007). Uma geração que sofreu violência pode ser influenciada a cometer
tal atitude com seus filhos. Caso não houver uma intervenção nesse processo.
(BÉRGAMO E BARZON, 2011). Já em meninas geram uma disfunção da posição de
lugar, que delega poder ao seu futuro marido, companheiro. Deixando presente
sentimento de inferioridade constante, Araújo (2002). Fator também predisponente
para outros tipos de violência. Em vista aos diversos comportamentos e na tentativa
de administrar o desenvolvimento de valores e respeito os pais ou cuidadores
acabam gerando na criança sentimentos impertinentes a idade. Segundo
Araújo(2002), o fator paterno como dominante no ambiente familiar ou situações
relacionadas a perdas individuais e repercussões familiares, como prejuízos
econômicos e sociais. (ANDRADE et al.,2008)também torna-se um fator
predisponente. O que por conseqüência traz frustrações e pensamentos
incoerentes. Em meio aos diversos cenários, (PADOVANI; WILLIAMS, 2008;
MASCARENHAS et al., 2010) padrastos e madrastas, são os que mais cometem
violência psíquica. Sabe-se que a falta de informação da criança faz com que os
agressores tomem proveito em situações estressoras. Em constante
desenvolvimento e no processo de construção de uma visão da sociedade, a
criança, por sua vez desenvolve sintomas não ideais para uma saúde psíquica ideal.
Os pais fazem com que a criança tenham visões sobre a morte, doença, renuncia e
restrição da própria vontade em virtude de outros bens, segundo Veludo e Viana
(2012). Com isso a ansiedade, depressão e o abuso de substâncias psicoativas, são
possíveis comportamentos desencadeados por adultos que sofreram de violência
intrafamiliar quando crianças (PADOVANI; WILLIAMS, 2008). Coutinho e Sani
(2010), diz que nas vítimas de violência tendiam as crianças a apresentarem
sintomas de desesperança e pessimismo. Sem perspectiva de futuro. Evidenciando
mais uma vez a importância do profissional de saúde como apoio para a inserção da

ISBN 978-85-65221-23-8
criança violentada nos processos e programas para sua recuperação adequada do
trauma. No ponto de vista das políticas públicas existem diversos recursos em
saúde, a Política Nacional de redução de Morbidade por Acidentes e Violências-
PNRMAV, é uma das que apóiam aos profissionais para estabelecer algumas metas
de acordo com a situação encontrada no país. (BRASIL, 2001). A atenção em
saúde, segundo Souza et al. (2008), traz uma abordagem do reconhecimento da
violência bastante complexa. Necessita de um profissional com uma escuta
qualificada, bem como apoio e equipe multidisciplinar disponível quando necessário
atendimento. Acioli et al. (2011), afirma que os profissionais estão em constante
contato com crianças que possivelmente sofrem de algum tipo de violência.
Destacando que de acordo com a pesquisa realizada muitos profissionais não
conseguem reconhecer possíveis casos suspeitos. Assim evidenciando uma falta de
sensibilização dos profissionais de saúde frente a essa questão de combate a
violência intrafamiliar que vêm em conjunto com outros tipos de violência. Assim
observa-se o grande desafio do poder público junto a sociedade civil e aos
profissionais que lidam com essa realidade (ARAUJO, 2002). Observa-se também a
grande dificuldade de identificação por os profissionais, tendo em vista que em
muitas graduações não exploram a temática de forma a sensibilizar o profissional.
Mostrando mais uma vez a necessidade de uma capacitação junto a equipe
multidisciplinar de saúde (ACIOLI et al., 2011). Abranches e Assis (2011), afirmam
que a violência intrafamiliar ainda encontra-se com limites do ponto de vista cultural,
social, ideológico e geográfico. Trazendo como disfarce o silêncio, o que dificulta
mais ainda a intervenção perante esses casos. Muitos profissionais que descobriam
ou suspeitavam casos de violência intrafamiliar, não realizavam as devidas condutas
junto ao conselho tutelar e serviço social. Por ser considerado ainda como
problemas de subnotificação. Ainda encontra-se pouco evidenciada como problema
de saúde, em estudos realizados por Acioli et al. (2011). Em vista dessas situações,
o profissional traz uma função extremamente importante para a criança vítima de
violência psíquica, associada ou não a outros tipos, realizando uma mudança de
perspectiva de vida. O profissional proporciona um bem-estar para a superação ao
estado traumático. Que se torna uma tarefa árdua quando a criança distorce toda a

ISBN 978-85-65221-23-8
hierarquia familiar devido ao trauma vivenciado. (COUTINHO e SANI, 2010).
CONCLUSÃO: A situação de vulnerabilidade infantil é bastante preocupante, pois
deixa uma porta de entrada para início de tipos de agressões. Métodos educacionais
adequados necessitam ser difundidos a cada vez mais na sociedade atual, sabendo-
se que as crianças são bastante influenciadas no momento da primeira infância
onde ocorre o seu processo de socialização e desenvolvimento infantil. Um maior
fiscalização e encorajamento frente a família procurar ajuda de outros órgãos, deve
ser estimulada. Visando a proteção e o cumprimento de medidas de proteção frente
a crianças em risco. A difusão das políticas existentes é de extrema importância
nesse contexto, trazendo uma segurança maior aqueles que sofrem ou conhecem
alguém que vivencia situações de violência. No âmbito profissional a capacitação em
saúde sobre a problemática da violência seria uma ótima estratégia para aprimorar
esse conhecimento. Assim ações psicoeducativas resultariam num processo de
conscientização com conseqüente mudança de hábitos por os agressores. Que
muitas vezes não conhecem os prejuízos ocasionados por as imposições
consideradas de cunho educacional. Tendo em vista os que sofreram a violência
psicológica, necessitam de uma atenção multidisciplinar para que possam além de
superar o trauma, entender como deve ser o processo educacional. Para que assim
não ocorra repressão novamente, por desconhecimento. A visão crítica com uma
maior abordagem nos aspectos acadêmicos, tendo em vista à inclusão de temas
voltados a conscientização do profissional, em problemas de saúde mental, traz uma
repercussão indireta na situação futura de saúde das populações.

Palavras-chave: Violência Intrafamiliar. Psicológico. Saúde Mental.

REFERÊNCIAS

ABRANCHES, Cecy Dunshee de e ASSIS, Simone Gonçalves de. A (in)visibilidade


da violência psicológica na infância e adolescência no contexto familiar. Cad. Saúde
Pública, Rio de Janeiro, 2011, vol 27, n.5, pg 843-854.

ACIOLI, Raquel Moura Lins et al. Violência intrafamiliar contra crianças e


adolescentes: identificação, manejo e conhecimento da rede de referência por

ISBN 978-85-65221-23-8
fonoaudiólogo em serviços públicos de saúde. Ver. Bras. Saude Mater. Infant.
2011, vol.11, n.1, pg. 21-28. ISSN 1519-3829.

ANDRADE, Sonia Maria Oliveira de et al. Vítimas da violência em Campo Grande:


um retrato de seis anos revelado pelos dados oficiais. Saude soc. 2008, vol.17, n.3,
pg. 201-210. ISSN 0104-1290.

ARAÚJO, Maria de Fátima. Violência e abuso sexual na família. Psicol. estud.


2002, vol.7, n.2, pg. 3-11. ISSN 1413-7372.

BERGAMO, Lilian Paula Degobbi e BAZON, Marina Rezende. Experiências infantis


e risco de abuso físico: mecanismos envolvidos na repetição da violência. Psicol.
Reflex. Crit. 2011, vol.24, n.4, pg. 710-719. ISSN 0102-7972.

COUTINHO, Maria José e SANI, Ana Isabel. Casa abrigo: a solução ou o


problema?. Psic.: Teor. e Pesq. 2010, vol.26, n.4, pg. 633-641. ISSN 0102-3772.

ESTEVES, Carolina Marocco e BORGES, Edson Sá. O resgate do vínculo mãe-


bebê: estudo de caso de maus tratos. Psicol. cienc. prof. 2007, vol.27, n.4, pg. 760-
775. ISSN 1414-9893.

MASCARENHAS, Márcio Dênis Medeiros et al. Violência contra a criança: revelando


o perfil dos atendimentos em serviços de emergência, Brasil, 2006 e 2007. Cad.
Saúde Pública. 2010, vol.26, n.2, pg. 347-357. ISSN 0102311X.

PADOVANI, Ricardo da Costa e WILLIAMS, Lúcia Cavalcanti de Albuquerque.


Histórico de violência intrafamiliar em pacientes psiquiátricos. Psicol. cienc. prof.
2008, vol.28, n.3, pg. 520-523. ISSN 1414-9893.

SOUZA, Edinilsa Ramos de et al. O tema violência intrafamiliar na concepção dos


formadores dos profissionais de saúde. Ciênc. saúde coletiva. 2009, vol.14, n.5, pg
1709-1719. ISSN 1413-8123.

ISBN 978-85-65221-23-8
VELUDO, Cássio Marcelo Batista e VIANA, Terezinha de Camargo. Parentalidade e
o desenvolvimento psíquico na criança. Paidéia (Ribeirão Preto). 2012, vol.22,
n.51, pg. 111-118. ISSN 0103-863X.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
ITILIGO: UM IMPACTO DESORGANIZADOR NO PADRÃO SOCIAL QUE
REQUER UMA RESSIGNIFICAÇÃO E RE ISÃO DE CONCEITOS

Maria Welinadia Tavares Figueiredo (Relatora, UNILEÃO)


Jessivânia Rodrigues Silva (Autora, UNILEÃO)
Nadna Larissa Ferreira Moura( Autora, UNILEÃO)
Tallys Iury de Araujo (Autor, UNILEÃO)
Tamisya Laiana de Carvalho Silva (Autora, UNILEÃO)
Ana Paula Ribeiro de Castro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: O vitiligo é uma dermatose adquirida crônica caracterizada por


manchas esbranquiçadas que pode ocorrer em qualquer área da pele e/ou mucosa
devido à perda dos melanócitos, produtores de melanina que protege a pele. Sua
etiologia não é bem compreendida, apesar de vários fatores estarem relacionados
ao seu surgimento. Por ser uma doença que afeta diretamente a aparência física,
seu aspecto psicossocial não pode ser negligenciado. OBJETIVOS: A pesquisa
teve como objetivo geral analisar o impacto social e emocional das pessoas
acometidas por vitiligo. Os objetivos específicos foram: Caracterizar
socioeconomicamente as pessoas do estudo; Identificar os sentimentos vivenciados
após a descoberta da doença; Conhecer o processo de auto aceitação da patologia
com a nova imagem diante da sociedade; Verificar atitudes de preconceitos, em
relação à doença, vivenciadas pelos participantes. METODOLOGIA: O estudo de
abordagem qualitativa, de caráter exploratório, descritivo e de campo, para o
desenvolvimento do estudo selecionamos um grupo de portadores de vitiligo
existente na cidade de Trindade-Pe. Contou com a participação 07 portadores de

ISBN 978-85-65221-23-8
vitiligo, a coleta de dados foi realizada no período de março e abril de 2017, foi
realizado como instrumento de coleta de dados um de grupo focal mediado por um
roteiro de entrevista. Todos os participantes da pesquisa foram reunidos em um
encontro marcado de acordo com o local, dia e horário estabelecido pela
pesquisadora, utilizando como unidade de registro gravação das falas do grupo
focal. Ressaltando que foram respeitados os aspectos éticos e legais da pesquisa de
acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Partindo da análise dos dados, todas as falas dos participantes foram
transcritas na íntegra, foi realizado uma leitura flutuante, seguida pela pré-análise,
feita a construção das categorias e por fim, a descrição de toda a análise
correlacionando com embasamento científico. Surgiram duas partes, a primeira
sendo a caracterização da amostra e a segunda as categorias temáticas que foram
as seguintes: Vivendo com Vitiligo: da descoberta aos dias atuais; Processo de
autoaceitação do Vitiligo x Sociedade; Preconceitos vivenciados pelo processo de
adoecimento por Vitiligo. Os resultados foram significativos, revelando que o vitiligo
pode causar danos psicológicos e sociais em seus portadores e os mesmos podem
se sentir discriminados, principalmente em pessoas nos quais a desfiguração for
mais evidente, ou seja, em portadores de pele negra, resultando sentimentos
negativos como: tristeza, solidão, vergonha da sua autoimagem, rejeição das
pessoas, entre outros. Ficou evidente, também, que a auto aceitação por partes dos
mesmos ainda é um processo difícil até mesmo emocionalmente delicado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do exposto, faz-se necessária a propagação de
informações sobre a doença em questão, pois a comunicação deve transmitida, de
forma correta e clara, esclarecendo determinadas dúvidas em relação ao vitiligo.
Como também, a implementação de discussões em grupos e rodas de conversas
nas unidades de saúde, como também o aperfeiçoamento do tratamento nas UBS,
sendo incluído a terapêutica psicológica paralelamente ao tratamento
dermatológico, proporcionando-lhes, assim, melhores perspectivas para solucionar
ou aliviar os problemas que a doença traz consigo.

Palavras-chave: Vitiligo. Impacto Psicossocial. Aparência Física.

REFERÊNCIAS

ISBN 978-85-65221-23-8
BRAGA, L. K. L.; BARCELOS, V. A.; SILVA, L. R. Desenvolvimento Profissional,
Qualidade de Vida, Bioética. XI Congresso Brasileiro de Estomaterapia, 2015,
Gramado/RS. A importância da enfermagem no apoio psicossocial ao paciente
portador de vitiligo. 04 de novembro de 2015, Gramado/RS.

BRASIL, Ministério da Saúde. Resolução 466 de 12 de dezembro de 2012. Brasília,


13 Jun. 2013. Disponível em:
<http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf. > Acesso em:
23/09/2016.

CORREIA, K. M. L.; Psicodermatologia e abordagem cognitivo-comportamental:


contribuições para o enfrentamento do vitiligo. UFES, Vitória, Dezembro, 2011.

CORREIA, K. M. L.; BORLOTI, E. Convivendo com o vitiligo: uma análise descritiva


da realidade vivida pelos portadores. Acta Comportamentalia. v. 21, n. 2, p. 227-
240, 2013.

COSTA, D. G.; MOREIRA, J. A.; PINTO, N. M. M. Vitiligo: Influência na autoestima


das pessoas acometidas. Rev. Enfermagem Integrada. v. 2, n. 2, p. 358-360, 2009.

GOFFMAN, E.; ESTIGMA - Notas Sobre A Manipulação Da Identidade Deteriorada.


4 ed, p.05, 2004.

GOMES, R.; Analise e Interpretação de Dados de Pesquisa Qualitativa. In: MINAYO,


M.C.S. Pesquisa social: Teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ, Vozes,
2010, p.7-108, 2010.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Contagem


Populacional, Censo Demográfico. 2010. IBGE, 2016. Disponível
em:<http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=261560&search=||inf
ogr%E1ficos:-informa%E7%F5es-completas>. Acesso em: 06/09/2016

ISBN 978-85-65221-23-8
LUZ, L. L.; SANTOS, S. L.; PARTATA, A. K. Vitiligo e Seu Tratamento. Rev.
Científica do ITPAC. v.7, n.3, 2014.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia Científica. 5 ed. São Paulo: Atlas,


2010.

MINAYO, M. C. S.; Pesquisa Social: Teoria, método e criatividade, 12ª ed.; Editora
Hucitec. São Paulo, 2010.

NETO, A. T. M. et al. Vitiligo: O problema que não está apenas na pele. Rev.
Interdisciplinar do Pensamento Científico. v.1, n.2, p. 251-252, 2015.

NOGUEIRA, L. S. C.; ZANCANARO, P. C. Q.; AZUMBUJA, R. D.; Vitiligo e


Emoções. An Bras de Dermatol. v. 84, n.1, p. 39-43, 2009.

SACRAMENTO, A. R. A.; Percepção da Intervenção Psicológica Grupal por


Mulheres com Vitiligo. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. p. 162, São
Paulo, 2016.

SILVA, C. M. R.; et al. Vitiligo na infância: características clínicas e epidemiológicas.


An Bras Dermatol. v. 82, n. 1, p. 47-51, 2007.

SZABO, I.; BRANDÃO, E. R. “Mata de Tristeza”: representações sociais de pessoas


com vitiligo atendidas na Farmácia Universitária da Universidade Federal do Rio de
Janeiro. Rev. Interface – Comunicação, Saúde, Educação. Rio de Janeiro, Brasil,
2016

TABORDA, M. L. V. V.; WEBER, M. B.; FREITAS, E. S.; Avaliação da prevalência de


sofrimento psíquico em pacientes com dermatoses do espectro dos transtornos
psicocutâneos. An Bras Dermatol. v. 80, n. 4, p. 351-354, 2005.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio

RESUMO SIMPLES

Modalidade Pôster
ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
PLANO DE AÇÃO PARA HANSENÍASES NA ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE

Vanessa Stéffeny S. Moreira (Relatora, FJN)


Maria Jucilania Amarante Rodrigues (Autora, FJN)
Francisca Alana Alves da Silva (Autora, FJN)
Fernanda David de Lima (Autora, FJN)
Sheron Maria Silva Santos (Autora, FJN)
Petrucya Frazão Lira (Orientadora, FJN)

INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infecciosa, crônica, causada por uma bactéria
denominada Micobaterium leprae, que atinge pessoas de todas as idades, principalmente
aquelas na faixa etária economicamente ativa, portanto é considerado um problema de
saúde em nível mundial decorrente de seu potencial de incapacitação, podendo ser evitados
ou minimizados quanto mais precoces o diagnóstico da doença. OBJETIVO: Elaborar um
plano de ação para reduzir os casos de hanseníases no território de abrangência de um
PSF de Caririaçu. METODOLOGIA: O cenário da pesquisa foi composto a partir da área
demográfica pelos dados da sala de apoio a gestão de estratégia (SAGE). A partir da
pesquisa realizada foi selecionada a problemática através dos indicadores demonstrados,
logo os números de casos novos e a prevalência eram altos, após o levantamento do
diagnostico situacional seguindo o método de planejamento estratégico situacional.
RESULTADOS E DISCUSSÕES: As principais causas possíveis de contribuir para não
quebra da transmissão da doença infectocontagiosa consiste: As pessoas não conhecem a
sintomatologia da doença; Desorganização do crescimento populacional e Incidência maior
nos segmentos empobrecidos; Falta de qualificação e experiência dos profissionais;
Dificuldade de recursos e métodos preventivos. As intervenções a serem adotadas
mediantes as possíveis causas são respectivamente: mapear e identificar os indivíduos mais
expostos; qualificar as equipes da área para orientar estes pacientes para que não
abandonem o tratamento; orientar aos pacientes sobre alguns efeitos da medicação que
será realizado no tratamento; realizar educação em saúde para essa população; comunicar
aos gestores sobre a alta incidência da doença para que possa traçar planos sobre o tema.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Faz-se necessário fortalecer as políticas voltadas a
hanseníases na atenção primária na tentativa de diminuir os números de casos novos e
seus indicadores, bem como agravos gerados pela a doença. Tornando-se a abordagem do

ISBN 978-85-65221-23-8
empoderamento da população de extrema relevância, para desempenhar medidas
preventivas no âmbito individual e coletivo.

Palavras-chave: Hanseníase. Enfermagem. Prevenção.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio

O COMBATE A DENGUE COMEÇA DESDE A INFÂNCIA: Um relato de


experiência

Anna Caroline Leite (Relatora, UNILEÃO)


José Valentim Belém (Autor, UNILEÃO)
Thais Bezerra H. G. Rodrigues (Autora, UNILEÃO)
Alana Morais Venâncio (Autora, HRC)
Nalia Alves Gonçalves (Autora)
Aline de Morais Venâncio (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A dengue é uma arbovirose, doença febril, aguda, causada por um


arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. É
transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e
subtropicais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100
milhões de pessoas se infectem anualmente e cerca de 550 mil doentes necessitam
de hospitalização e 20 mil morrem em consequência das complicações dessa
patologia. A melhor maneira de combate é atuando de forma preventiva, educando
desde a infância a impedirem a reprodução do mosquito. OBJETIVO: Realizar
atividade educativa em crianças menores de cinco anos enfatizando medidas
preventivas de combate a dengue de forma lúdica. METODOLOGIA: O presente
estudo apresenta uma ação de intervenção realizado na Creche EMEI Joarivar
Macedo, localizada no bairro Salesiano, município de Juazeiro do Norte – Ceará. A
atividade foi previamente planejada pelos acadêmicos de enfermagem em estágio
curricular na ESF que abrange a área da creche, juntamente com a preceptora e a
equipe de saúde, ocorrendo em 25 de Abril de 2017. O público alvo contemplou
todos os alunos matriculados na referida creche. A amostra foi composta por todas
as crianças que estiveram presentes na data e horário previamente marcado pelo
agente comunitário de saúde da área, sendo um total de 30 participantes.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante o desenvolvimento da atividade educativa
sempre se buscou a interação com o público alvo, através de estratégias ativas de
aprendizagem, onde foram exposto medidas de combate a dengue e as causas

ISBN 978-85-65221-23-8
desta na vida das pessoas, em especial das crianças, através de uma apresentação
com teatro fantoche. Após como forma de fixar melhor o assunto, foi escolhido
aleatoriamente umas das crianças participante e, foi colocado uma fantasia do
mosquito da dengue e escondida em um dos pavilhões da creche. Em seguida
convidamos as demais crianças e foi-se a procura do mosquito fantasiado, onde se
discutia na ocasião medidas de combater a proliferação bem como o mosquito.
Foram ainda estimuladas que conversassem em casa sobre o aprendizado adquirido
com atividade que participaram. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A intervenção refletiu
de forma positiva não só nas dependências da unidade escolar, bem como na vida
cotidiana das crianças, pois poderão compartilhar com os pais, em seus domicílios o
que poderia ser feito para combater o mosquito da dengue assim como os malefícios
para a sua saúde. Com isso, além de toda a vivência presenciada pelos
acadêmicos, percebeu-se a necessidade de abordar o mais precoce medidas
preventivas de combate a dengue nas escolas e creches através de estratégias
lúdicas para melhor absorção do aprendizado e interação com as crianças.

Palavras-chave: Dengue. Educação Infantil. Educação em Saúde. Promoção da


Saúde.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
COMUNICAÇÃO E RELAÇÃO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NA
ASSISTÊNCIA AO IDOSO: REVISÃO INTEGRATIVA

Vanessa Stéffeny S. Moreira (Relatora, FJN)


Maria Jucilania Amarante Rodrigues (Autora, FJN)
Adylla C. Vieira (Autora, FJN)
Marina de Souza Santos (Autora, FJN)
Sheron Maria Silva Santos (Autora, FJN)
Petrucya Frazão Lira (Orientadora, FJN)

INTRODUÇÃO: A comunicação permeia a vida desde o nascimento, é ela que revela a


existência humana. Pode receber vários conceitos, dentre eles que é um processo de
compreender e compartilhar mensagens enviadas e recebidas. Portanto, o enfermeiro deve
desenvolver uma comunicação adequada e efetiva, utilizando-se de procedimentos técnicos,
escuta e atenção adequada. OBJETIVO: Identificar como ocorre a comunicação do
profissional de enfermagem na assistência ao idoso. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão integrativa realizada na biblioteca virtual de saúde, utilizando os seguintes
descritores comunicação and enfermagem and idoso, foram encontrados 175 artigos, porém
apenas 30 atendiam os critérios de inclusão: está disponível em portugês na íntegra e de
forma gratuita e publicados no período de 2012 à 2017, aos que não atendiam a esses
critérios, foram excluído automaticamente. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo, os
artigos a comunicação é importante em qualquer fase da vida é o que permeia a criação de
vínculos, sendo crucial na assistência em enfermagem no momento da prestação de
cuidados.Salientar-se, que muitos profissionais possuem desconhecimento sobre o
processo de envelhecimento o que dificulta no ato do cuidado, todavia acaba não
compreendendo as diferentes limitações físicas que os idosos possuem no decorrer da vida,
o que interfere na relação entre o profissional e o paciente. Neste sentido, evidencia-se que
o ato de cuidar é um desafio, no qual abrange a forma de dialogar e o saber lidar em
determinadas situações. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Constatou-se que para os
profissionais da saúde desenvolverem habilidades que melhorem a comunicação é preciso
afetividade na prestação do cuidado, visando o outro como ser que precisa de cuidado que
necessita além de técnicas e conhecimento científico, mas paralelemente necessita existir
um elo entre profissional e paciente, afim de alcançar grandes resultados. A comunicação é
indispensável no momento das ações, as quais podem facilitar o relacionamento

ISBN 978-85-65221-23-8
terapêutico, a conduta profissional, o plano de cuidado e proporcionar confiança e bem-estar
ao cliente, favorecendo assim resultados positivos em relação ao restabelecimento da saúde
do cliente assistido.

Palavras-chave: Idoso. Comunicação. Enfermagem.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
PERFIL DOS HIPERTENSOS DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA
FAMÍLIA, NO MUNICÍPIO DE JUAZEIRO DO NORTE, CEARÁ

Bruna da Conceição Fernandes da Silva (Relatora, UNILEÃO)


Sara Amy da Silva Alves dos Santos (Autora, UNILEÃO)
Maria Rebeca de Vasconcelos Cândido (Autora, UNILEÃO)
Rainara Gomes de Sousa (Autora, UNILEÃO)
Lívia Lima Delmondes (Autora, UNILEÃO)
Andréa Couto Feitosa (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica é considerada um grave problema


de saúde pública, sendo um dos principais fatores de risco para as doenças
cardiovasculares. A hipertensão é uma doença crônica não transmissível
caracterizada por níveis elevados e sustentados da pressão arterial. Constitui-se
como uma das principais causas de mortes e internações na terceira idade, devido a
ocorrência de complicações como o acidente vascular encefálico, infarto agudo do
miocárdio e insuficiência renal aguda e crônica. OBJETIVOS: A pesquisa teve como
objetivo geral conhecer o perfil de pacientes hipertensos em uma unidade básica de
saúde da família em Juazeiro do Norte, Ceará, e como objetivos específicos traçar o
perfil sociodemográfico dos participantes do estudo, identificar os fatores de risco e
as doenças concomitantes associadas à hipertensão arterial e verificar as principais
complicações e a classificação da pressão arterial de acordo com os valores
pressóricos existente no hipertenso. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa
descritiva, com abordagem quantitativa, onde foi desenvolvida na estratégia saúde
da família, em Juazeiro do Norte, Ceará, no mês de setembro de 2015. A amostra foi
constituída por prontuários dos pacientes hipertensos que obedeceram aos
seguintes critérios de inclusão: terem a ficha do Sistema de Cadastramento e
Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (HIPERDIA) anexada ao prontuário,
ser cadastrado e acompanhado na unidade com acompanhamento ativo nas
consultas médicas e de enfermagem e que apresentaram letra legível. Foram
excluídos os que não atenderem aos critérios de inclusão descritos anteriormente.
Utilizou-se como coleta de dados um formulário, onde a apresentação dos dados foi
realizada através de tabelas e gráficos, que foram construídos a partir dos

ISBN 978-85-65221-23-8
programas word e excel 2010. A pesquisa obedeceu a Resolução 466/12.
RESULTADOS: Quanto aos resultados do perfil sociodemográfico, 60% eram
mulheres, 90% possuíam idade entre 50-90 anos, 48% tinham cor parda, 74% eram
casadas, 28% com apenas o ensino fundamental incompleto e 22% apresentaram-
se como domésticas. Com relação aos fatores de riscos e as doenças
concomitantes, 40% eram sedentárias e 10% possuíam diabetes mellitus tipo 2. No
que diz respeito às complicações, 40% relataram que não possuíam, seguidos de
5% que referiram ter tido infarto agudo do miocárdio. Os resultados obtidos sugerem
a importância de implementar ações de promoção à saúde, direcionada
principalmente no que se diz respeito a educação para prevenção dos fatores de
riscos e as complicações da hipertensão arterial sistêmica. CONCLUSÃO: Conclui-
se que é indispensável proporcionar uma melhor adesão e um controle mais eficaz
da doença pelo paciente e pelos profissionais, tornando-se necessário o paciente ter
um entendimento sobre a doença, para prevenir o seu desenvolvimento e manter um
melhor padrão de cuidados.

Palavras-chave: Hipertensão. Perfil. Unidade Básica de Saúde.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
CÂNCER INFANTIL: UMA VISÃO GERAL DA PATOLOGIA

Rayllanne Bezerra Barbosa (Relatora, UNILEÃO)


Martins Rodrigues de Sousa (Autor, UNILEÃO)
Lisandra Vieira da Silva (Autora, UNILEÃO)
Tallys Iury de Araújo (Autor, UNILEÃO)
Ozeias Pereira de Oliveira (Autor, UNILEÃO)
Ana Raquel Bezerra Saraiva (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Câncer infantil é toda neoplasia maligna que acomete indivíduos


menores de 15 anos, assim como no adulto corresponde a um grupo de várias
doenças. Dentre as suas características está proliferação desordenada de células,
que poderá formar um tumor, disseminando para outras partes do corpo, chamada
de metástase. Mesmo sendo considerada patologia rara, o câncer está entre as
principais doenças que levam ao óbito de milhares de crianças em todo o mundo. No
Brasil, o câncer infantil representa a primeira causa de morte entre crianças a partir
de cinco anos de idade, perdendo, somente, para as mortes ocasionadas por
violências e os acidentes. OBJETIVOS: Avaliar na literatura como ocorrem os casos
de Câncer Infantil. METODOLOGIA: Estudo de revisão sistemática da literatura,
realizada na Biblioteca Virtual da Saúde, utilizando as seguintes palavras-chave:
Câncer, oncologia pediátrica e assistência de enfermagem. Como critérios de
inclusão utilizados, foram: artigos publicados nos últimos cinco anos, em português e
na íntegra. Foram excluídos da amostra: editoriais, resumos de teses e dissertações.
Evidenciou-se um total de 128 artigos, após a primeira avaliação foram encontrados
22 artigos, após uma nova avaliação apenas 18 artigos atendiam aos critérios de
seleção. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Percebeu-se que é comum nos casos de
câncer infantil que a doença se instale nas células do sistema sanguíneo e nos
tecidos de sustentação, dentre os quais estão: as leucemias, os tumores do sistema
nervoso central e os linfomas. Assim, geralmente, os tumores são de origem
embrionária, e possuem entre as características maior agressividade e evolução
rápida, por vezes em estágio avançado. Logo, outro ponto evidenciado foi a relação
dos fatores ambientais que podem ou não estar relacionados ao seu surgimento, o
que dificultam as medidas de prevenção primária. Observou-se o aumento

ISBN 978-85-65221-23-8
progressivo das taxas de incidência dos tumores pediátricos, principalmente a
leucemia linfoide aguda (LLA), os tumores do sistema nervoso central (SNC), os
linfomas não-hodgkin, e outros tumores renais. Apesar do conhecimento sobre o
surgimento do câncer pediátrico, vale resaltar que todo câncer formado no cérebro e
na medula espinhal podem ter surgidos de metástase, sendo difícil a localização do
primeiro câncer que originou a metástase. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O
reconhecimento da doença pelo pediatra é dificultado, por vezes, pela falta de
experiência desde os sinais e sintomas, que levaram a suspeita de câncer, bem
como a forma de aparecimento que é insidiosa, com manifestações de sintomas
inespecíficos, que só aprecem quando a doença atinge estágios avançados.
Portanto, o reconhecimento tardio da doença, ou até mesmo a demora em consultar
uma assistência médica, podem contribuir para o agravamento da patologia, com
possíveis complicações, que poderão comprometer não só o tratamento, mas
também, o seu resultado.

Palavras-chave: Câncer. Oncologia Pediátrica. Assistência de Enfermagem.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA
FAMÍLIA NA ATENÇÃO A SAÚDE DO HOMEM

Carla Jacilene Lemos Oliveira (Relatora, UNILEÃO)


Ana Gláucia Ferreira de Sousa (Autora, UNILEÃO)
Fredielma Alexsandra Santos de Souza (Autora, UNILEÃO)
Macsuelma Michelly Correia de Lima (Autora, UNILEÃO)
Verinha Alderina Leite (Autora, UNILEÃO)
Damiana Geanice Gregório Ribeiro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: O Enfermeiro desempenha um papel imprescindível para o bom


funcionamento da Estratégia Saúde da família. À saúde do homem, ainda é um tema
muito complexo de se estabelecer estratégias de cuidado, tanto pelas internações
por causas evitáveis, por uso de álcool e outras drogas, como estatísticas
alarmantes de mortalidade por causas externas (violência no transito, homicídios,
suicídios) e neoplasias, ou seja, um público considerado vulnerável. OBJETIVOS:
Descrever a importância da atuação do enfermeiro da ESF na atenção à saúde do
homem. METODOLOGIA: este estudo foi produzido através da pesquisa
bibliográfica descritiva, utilizando-se de fontes seguras como livros, periódicos,
artigos e teses, encontrados através de buscas nas base de dados Scientific
Electronic Library Online (SciELO), portal de periódicos do Ministério da Saúde e
bibliotecas virtuais, utilizando descritores como: Saúde do Homem e enfermagem;
ESF e saúde do homem. Optando-se apenas por publicações nacionais, dos últimos
dez anos. RESULTADOS: Os resultados apontam relativa dificuldade do Enfermeiro
em realizar assistência à saúde do homem, por ser um público resistente em buscar
a ESF, onde muitos acabam reprimindo suas dores, negando vulnerabilidades e
fraquezas, levando ao adoecimento. Constatou-se ainda que há deficiência no
cuidado e pode estar relacionada à falta de capacitação profissional no acolhimento
e abordagem, pois desde surgimento da PNAISH em 2009, constam poucos
registros de capacitações das equipes para a assistência conforme as necessidades
masculinas. Sinalizando uma necessidade de mudanças na forma e na qualidade da
assistência ofertadas para esse público, buscando oferecer estratégias que levem os
homens até o serviço, através de formação de grupos específicos, campanhas de

ISBN 978-85-65221-23-8
vacinação, educação em saúde, dia D do homem, para que a ESF seja de fato a
porta de entrada. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O objetivo deste estudo foi atendido,
compreendendo que o profissional Enfermeiro é extremamente importante no
processo do cuidado da saúde do homem na ESF, devendo estar atento e se
capacitar constantemente, avaliando-se com poder de auto crítica de sua própria
atuação, identificando fragilidades nas execuções de suas tarefas, e as
necessidades de cuidado de cada indivíduo a fim de proporcionar uma melhor
qualidade de vida e garantir uma assistência qualificada ao referido público.

Palavras-chave: Saúde do Homem. Atuação. Enfermeiro.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
A IMPORTANCIA DA FORMAÇÃO DOS CUIDADORES DE IDOSOS
INSTITUCIONALIZADOS

Jessivânia Rodrigues Silva (Relatora, UNILEÃO)


Maria Welinádia Tavares Figueiredo (Autora, UNILEÃO)
Maria Gessilânia Rodrigues Silva (Autora, UNILEÃO)
Nadna Larissa Ferreira Moura (Autora, UNILEÃO)
Tallys Iury de Aráujo (Autora, UNILEÃO)
Ana Paula Ribeiro de Castro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A capacitação dos cuidadores de idosos institucionalizados vem se


tornando indispensável dentro das instituições. Pois, os cuidadores exercem uma
enorme responsabilidade na melhoria da qualidade de vida dos mesmos, e a
formação traz consigo, principalmente conhecimentos acerca das doenças crônicas
degenerativas. Elevando dessa forma, o nível da assistência prestada pelos
cuidadores, e a maneira adequada de como lidar com diversas situações no seu
cotidiano, já que os idosos estão cada vez mais dependentes de seus cuidados.
OBJETI OS: Verificar o processo de formação dos cuidadores de idosos
institucionalizados em uma cidade do interior cearense. METODOLOGIA: Estudo do
tipo descritivo e de campo com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi
realizada através de um questionário composto pela própria pesquisadora.
Inicialmente a população foi composta por todos os cuidadores, participando, assim,
da pesquisa 15 cuidadores que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão de
quatro Instituições de Longa Permanência para Idosos do município de Juazeiro do
Norte. No período de março a abril de 2017. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Constatou-se que 12(80%) dos cuidadores tem curso de capacitação, enquanto que
somente 3 (20%) não possui. Os cuidadores, são os responsáveis por suplantar as
dificuldades dos idosos, durante o curso do envelhecimento, colaborando
diretamente na sua capacidade cognitiva, física e social, bem como, no auxílio de
diversas atividades, como por exemplo, alimentação, higienização, colaboração na
administração de medicamentos, entre outros. Por isso, é de fundamental
importância a formação desses profissionais. Vale ressaltar que os cuidadores ainda

ISBN 978-85-65221-23-8
aguardam uma aprovação e regulamentação no Congresso Nacional Brasileiro,
dificultando assim, sua formação. CONCLUSÃO: A pesar de todas as dificuldades
encontradas no que diz respeito, formação desses profissionais, os mesmos estão
ganhando espaço e reconhecimento na sociedade. Então, torna-se necessário que o
poder p blico demonstre mais interesse em definir os responsáveis pela formação
dos cuidadores, assim, eles poderão se respaldar, podendo assegurar-se quanto a
sua carga horaria e demais negligencias que surgirem em seu ambiente de trabalho.

Palavras-chave: Formação. Cuidadores. Idosos institucionalizados.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio

INFLUÊNCIA DA SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS DE


ENFERMAGEM DA UTI: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Francisco Idelfonso de Sousa (Relator, UNILEÃO)


Crisângela Santos de Melo (Autora, UNILEÃO)
Nadna Larissa Ferreira Moura (Autora, UNILEÃO)
Eduarda Brennda Ferreira Gonçalves de Lima (Autora, UNILEÃO)
Wélida Apolinário Lima (Autora, UNILEÃO)
Woneska Rodrigues Pinheiro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Burnout é conhecida como um modelo


tridimensional, que envolve a exaustão emocional, despersonalização e falta de
realização profissional, manifestando-se do estresse proveniente do trabalho.
Apesar de reconhecida como patologia ocupacional, ainda é pouco utilizada como
diagnóstico. Os profissionais da área da saúde são os mais vulneráveis à síndrome,
entre esses profissionais, os enfermeiros intensivistas são os que mais vivenciam o
estresse, decorrente do esforço em superar o cansaço físico e mental e o contato
direto com os pacientes e familiares. OBJETIVO: Descrever o impacto nos
profissionais da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) acerca do diagnóstico da
Síndrome de Burnout. METODOLOGIA: A presente pesquisa foi do tipo revisão de
literatura. Foi realizado um levantamento bibliográfico por meio da utilização das
bases de dados LILACS, MEDLINE e Scielo no período de agosto a setembro de
2017, utilizando os seguintes descritores: Síndrome de Burnout, UTI e influência nos
profissionais Os critérios de inclusão utilizados foram: artigos disponíveis na íntegra,
publicados entre o ano de 2011 a 2017 e que atendessem ao objetivo do estudo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A Síndrome de Burnout é desenvolvida após uma
série de fatores estressores, em que os profissionais de UTI estão intimamente
relacionados a esses eventos. Podemos destacar uma sobrecarga de trabalho, uma
não conversação entre a equipe multidisciplinar, pressão das chefias e insatisfação

ISBN 978-85-65221-23-8
profissional, onde o profissional pode desenvolver um sobrepeso psíquico,
consequentemente um sofrimento levando ao desenvolvimento de psicopatologias.
Alguns estudos brasileiros discutem esses fatores estressores na enfermagem, e
chegam à conclusão em que cada área possuem as suas particularidades. A
Síndrome de Burnout afeta diretamente na saúde mental e pessoal, entretanto
estudos mostram também que não há uma grande diferença entre profissionais
intensivistas e os que estão atuando nas enfermarias. Contudo, a UTI possui uma
peculiaridade, pois os trabalhadores do setor estão frequentemente dialogando com
os familiares sobre o óbito de algum paciente, tendo em vista o estado geral dos
clientes que ali estão. Os riscos físicos estão interligados na unidade, pelo fato de
ruídos sonoros emitidos por todo o aparato tecnológico e frio, levando a alterações
fisiológicas e psicológicas entre os trabalhadores. CONCLUSÃO: Diante do exposto,
é possível concluir que os profissionais mais acometidos pela Síndrome são aqueles
que estão em constante sobrecarga de trabalho. Dessa forma, os enfermeiros que
trabalham na UTI sofrem uma influência da patologia de forma mais intensificada,
assim solicitando demissão e perda do gosto pela área. É necessário que as
instituições de saúde trabalhem em harmonia para promoverem uma promoção e
prevenção da saúde dentro dos próprios hospitais.

Palavras-chave: Síndrome de Burnout. Saúde Mental. UTI.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio

A LUDOTERAPIA COMO RECURSO PARA A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM


À CRIANÇA HOSPITALIZADA

Guilherme Caetano de Sousa (Relator, UNILEÃO)


Merley da Silva Bezerra (Autora, UNILEÃO)
Hercules Pereira Coelho (Autor, UNILEÃO)
Raiza Barbosa Batista (Autora, UNILEÃO)
Janayle Kéllen Duarte de Sales (Autora, UNILEÃO)
Woneska Rodrigues Pinheiro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A Ludoterapia é uma forma psicoterápica na qual se utiliza a terapia


por meio do brincar e tem como objetivo favorecer ou revigorar o bem estar
psicológico do homem por meio de ações lúdicas. Onde se aplica pintura, criação e
pratica de estórias, modelagem, entre outros. A internação provoca uma enorme
sensação de abandono, pois a mesma é obrigada a deixar sua casa, amigos e
família, subsistindo em um ambiente absolutamente estranho e hostil, sendo assim
no hospital, o brinquedo deve ser usado para brincar, instigar e socializar, cumprindo
assim sua função terapêutica, constituindo a base da ludoterapia e do brinquedo
terapêutico aplicado pelos enfermeiros que assiste as crianças hospitalizadas.
OBJETIVOS: Analisar os benefícios da ludoterapia como prática auxiliar para o
tratamento de crianças hospitalizadas sob ótica de acervos literários sobre esta
temática. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa com abordagem
qualitativa, realizada nas bases de dados Lilacs, Scielo e BVS, utilizando os
descritores em DeCS, ludoterapia e criança hospitalizada. A pesquisa incluiu
estudos publicados entre 2002 e 2013, nas línguas portuguesa e inglesa. A revisão
foi realizada durante o período de abril de 2017. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Conclui-se que o brincar pode auxiliar a criança manifestar sentimentos e a entender
circunstâncias e procedimentos diagnósticos e terapêuticos aos quais será
submetido, contribuindo para seu bem-estar, sua segurança, seu aceitamento do
procedimento, além de simplificar a harmonia com os profissionais de saúde.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Trabalhando com a ideia de que o organismo, segundo
a Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), precisa encontrar um ambiente favorável
para se atualizar, torna-se cada vez mais importante os estudos a cerca da
humanização hospitalar, pois somente assim a criança que necessita da internação
não perderá a congruência entre sua noção de eu e a realidade. Diante do estudo
realizado, observa-se na literatura a comprovação dos benefícios terapêuticos do
brincar para as crianças hospitalizadas.

Palavras-chave: Ludoterapia. Criança Hospitalizada. Brincar.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
AÇÃO EDUCATIVA DE PREVENÇÃO CONTRA A HIPERTENSÃO ARTERIAL NA
ADOLESCÊNCIA BASEADA NA TEORIA DE OREM

Lídia Raiane Barbosa Leite (Relatora, UNILEÃO)


Francisca Denise Rodrigues Correia (Autora, UNILEÃO)
Maria do Socorro Ferreira da Luz (Autora, UNILEÃO)
Maryldes Lucena Bezerra de Oliveira (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica


multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial, ou
seja, é quando a força exercida pelo sangue contra a parede das artérias é acima de
140(sístole) X 90(diástole) mmHg. Apesar desta condição ser rara em adolescentes
comparando com a população adulta, a mesma é um importante fator de risco para
doenças coronarianas, renais e cerebrais, devendo pois ser prevenida e/ou
identificada em todas as faixa etárias. Devido a patologia em questão ser prevenida
basicamente com mudanças no estilo de vida e alimentação da população, os
cuidados de enfermagem para o público adolescente deve estar pautado na Teoria
de enfermagem do Auto cuidado de Orem. OBJETIVOS: relatar a experiência das
autoras na condução de um grupo de adolescentes para prevenção da HAS.
METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por acadêmicas
de enfermagem do 5º período, em setembro de 2017, durante a realização de uma
ação de enfermagem, baseada na Teoria do auto cuidado, feita em uma escola
pública na cidade de Jardim-CE. O público alvo foram alunos do 2º ano ensino
médio. No primeiro momento foi promovida breve exposição sobre conceitos, fatores
de risco, consequências, sintomas, tratamento e prevenção da HAS. Em um
segundo momento foi verificada a pressão arterial (PA) casual dos participantes.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Participaram da ação de enfermagem 37 alunos,
destes 21 eram do sexo feminino e 16 do sexo masculino. Os alunos participantes
mostram ter pouco conhecimento sobre o assunto e expressaram que muitas
informações novas foram colocadas durante a ação. Os adolescentes foram
incentivados à prática do auto cuidado, instigados a prevenir a HAS, se tornando
responsáveis por sua saúde. Foram aferidas a pressão arterial dos alunos, sendo

ISBN 978-85-65221-23-8
observada ligeira hipotensão nas meninas e leve hipertensão nos meninos. Todos
os participantes foram esclarecidos de que se tratava apenas de uma verificação
casual, não se caracterizando em diagnóstico de HAS. Porém foi esclarecido a
necessidade de acompanhamento dos níveis pressóricos para a saúde do
adolescente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Partindo do princípio de que educação em
saúde não é um mero repasse de informação, e sim uma forma de sensibilização do
público alvo/população para o empoderamento do conhecimento, é que ações com
adolescentes devem ser executadas. A prática do autocuidado priorizada por Orem
afirma que o indivíduo quando provido de conhecimento sobre determinado assunto,
é capaz de cuidar de sua própria saúde.

Palavras-chave: Hipertensão. Autocuidado. Adolescentes.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
AÇÃO INTERSETORIAL NAS PRÁTICAS EDUCATI AS EM SAÚDE: O LÚDICO
COMO ESTRATÉGIA PARA ENSINAR

Antonia Natâniele Gomes Feitosa Ventura (Relatora, UNILEÃO)


Rayane Moreira de Alencar (Autora, UNILEÃO)
Jessica Marcia Saraiva Amaro (Autora, UNILEÃO)
Cicera Raniele Vieira de Souza (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A educação em saúde é percebida como estratégia de promoção da


saúde, como eixo orientador na integralidade articulada e com a participação ativa
da comunidade. A Educação e a Saúde são categorias indissociáveis, sendo que
nesse âmbito, a produção intelectual sobre Educação na Saúde, sob a óptica da
Promoção da Saúde, pode ser identificada como movimento emancipatório do ser
humano com referenciais de cidadania e democracia. Quando acontece a
comunicação entre os setores, estratégias de ensino para promover a saúde são
elaboradas mediante a utilização de metodologias ativas. OBJETIVO: Analisar a
ação intersetorial nas práticas educativas em saúde como estratégia para ensinar.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão sistemática da literatura, de
caráter descritivo e qualitativo, realizado utilizando o banco de dados da Biblioteca
Virtual em Saúde, no período de agosto de 2017. Utilizou-se para busca dos
materiais para análise nos bancos de dados eletrônicos os Descritores em Ciência
da Saúde: Ação Intersetorial and Educação em saúde and Ensino. Como critérios de
inclusão determinou-se publicações na integra e disponíveis, nos idiomas português,
inglês e espanhol publicados entre os anos de 2015 a 2017. Em seguida excluíram-
se, a partir da leitura dos resumos, as publicações que se encontravam duplicadas e
as que não versam explicitamente sobre a temática. RESULTADOS E
DISCUSSÕES: Na busca dos materiais obteve-se 62 publicações, após aplicar os
critérios de inclusão encontrava-se 17 publicações, por sua vez, resultando em 15
publicações que foram analisadas criticamente para construção dos resultados. A
literatura evidência que as potencialidades das práticas intersetoriais, quando
orientadas, promovem a comunidade uma mudança do paradigma da saúde. Ainda

ISBN 978-85-65221-23-8
há muito que se fazer no sentido amplo que é a intersetorialidade, como
compreendendo a importância da abordagem dos determinantes sociais da saúde
para com o planejamento integrado e local. Os autores consideram como um desafio
no trabalho em saúde à mediação/ação intersetorial para utilizar com seu conceito
ampliado, e ainda, uma linguagem para que a população alvo compreenda e
dissemine o conhecimento, neste sentido, encontra-se assim a possibilidade de
inovar, de inserir novas metodologias de ensino que proporcionem a compreensão
por meio de propostas intermediadas pelo lúdico, o dinamizado. Para tanto, o uso de
metodologias problematizadas instrumentaliza a construção de capacidades,
possibilitando que a teoria se aproxime da prática e proporcionando uma formação
crítica e reflexiva. CONCLUSÕES: Conclui-se que a implementação de ações
intersetoriais em âmbito escolar é tida ainda como um grande desafio, pois parte do
pressuposto de que é necessário utilizar metodologias ativas que conversem e
perpassem os setores, entretanto, o uso de técnicas como o lúdico está sendo
desenvolvida no intuito de facilitar e desenvolver novas possibilidades de ensinar e
de disseminar o conhecimento de maneira eficaz. Assim, o planejamento das ações
educativas mais coerentes com as necessidades e interesses da população se faz
necessário no processo ensino-aprendizado, pois os saberes e as práticas
correlacionam uma comunicação que alcance o público alvo.

Palavras-chave: Ação Intersetorial. Educação em Saúde. Ensino.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
AÇÕES DE PROMOÇÃO DA SAÚDE: REFERENTE À AUTOADMINISTRAÇÃO
DE INSULINA EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

Jamilla Nogueira Landim Rufino (Relatora, UNILEÃO)


Dannieli de Sousa Silva Rodrigues (Autora, UNILEÃO)
Jeyzianne Franco da Cruz Silva (Autora, UNILEÃO)
Francinubia Nunes Barros (Autora, UNILEÃO)
Andressa Gonçalves da Silva (Autora, UNILEÃO)
Mônica Maria Viana da Silva (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A Diabetes Mellitus (DM) é doença causada devido à insuficiência


ou a incapacidade da insulina em metabolizar a glicose nas células fazendo com que
haja um aumento da mesma no sangue. A DM pode ser classificada em tipo 1
quando as células betas são destruídas fazendo com que não tenha produção de
insulina, tipo 2 que ocorre resistência ou defeito na ação da insulina, diabetes
gestacional relacionado ao aumento da glicose sanguínea durante o período
gestacional e que cessa após o parto. O tratamento da DM baseia-se na reeducação
alimentar, prática de exercícios físicos, medicamentos orais ou insulinoterapia a
depender de cada caso, desse modo os níveis glicêmicos ficarão estáveis
diminuindo a chance de possíveis complicações. Partindo do pressuposto que os
pacientes que fazem uso de insulina podem apresentar algumas dificuldades na
administração, fator esse que pode desencadear graves consequências resolveu-se
trabalhar com a temática. OBJETIVOS: Demonstrar a prática correta quanto à
administração da insulina e esclarecer dúvidas para pacientes diabéticos tipo I em
uma Unidade Básica de Saúde (UBS). METODOLOGIA: Trata-se de uma
intervenção educativa realizada por acadêmicos do 9º semestre de enfermagem da
UNILEÃO-Centro Universitário Leão Sampaio. A intervenção foi realizada em uma
UBS – Unidade Básica de Saúde, no período de um dia. Foram abordados temas
sobre insulinoterapia, armazenamento, preparo, aplicação e rodízio. RESULTADOS
E DISCUSSÃO: No dia 20/04/2017 às 08:30, foi dada início a ação educativa em
saúde para os pacientes diabéticos da Estratégia de Saúde da Família (ESF) em um
bairro da cidade de Juazeiro do Norte-CE. Procedeu-se da seguinte maneira: foram
elaboradas perguntas no total de quatro, referentes ao local da administração da

ISBN 978-85-65221-23-8
insulina; formas de armazenamento, conservação da insulina e rodízio. As perguntas
foram colocadas dentro de balões de assopro e ao som de uma música o balão
passava em sentido horário, à medida que, o som parava, o paciente que segurava
o balão estourava e respondia a pergunta. Após a dinâmica, em um segundo
momento, foram esclarecidas as dúvidas do público, observou-se que as mais
comuns estavam relacionadas ao local de administração, armazenamento e
conservação, na ocasião também foi demonstrada a técnica de administração da
insulina. CONCLUSÃO: Ações educativas possuem grande relevância tanto para
população que as recebe como também para seus mediadores. Uma vez que, essas
informações compartilhadas os ouvintes tornam-se multiplicadores para o restante
da população. Desse modo, vale ressaltar a importância dos trabalhos relacionados
à educação em saúde como forma de disseminação de saberes.

Palavras-chave: Insulina. Autoadministração. UBS.

ISBN 978-85-65221-23-8

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
ANÁLISES LABORATORIAIS NO DIAGNÓSTICO DO LÚPUS ERITEMATOSO
SISTÊMICO

Ana Célia Alves da Silva (Relatora, UNILEÃO)


Adolfo Ítalo Vieira Ferreira (Autor, UNILEÃO)
Joice dos Santos Rocha (Autora, UNILEÃO)
José Wendallo Silva do Nascimento (Autor, UNILEÃO)
Bruna da Conceição Fernandes da Silva (Autora, UNILEÃO)
Alessandra Bezerra Brito (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) trata-se de uma doença


inflamatória crônica de caráter autoimune. De acordo com o local do envolvimento
do seu processo inflamatório, pode apresentar-se com diversos sinais e sintomas, o
que pode dificultar o seu diagnóstico nas fases iniciais da doença. Os exames mais
utilizados no auxílio ao diagnóstico desta patologia são os hematológicos e
imunológicos. OBJETIVO: Relatar os principais exameslaboratoriaisutilizados no
diagnóstico do Lúpus Eritematoso Sistêmico. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão bibliográfica baseada na literatura especializada, com base em consultas de
artigos científicos selecionados através de uma busca no banco de dados do Scielo,
a partir da fonte Lilacs, além de fontes secundárias como livros acadêmicos entre
outras fontes em saúde disponível na internet. A pesquisa bibliográfica serviu
inicialmente para embasamento teórico do estudo. Para a efetivação da busca de
artigos foram utilizados os seguintes descritores: Lúpus Eritematoso, definição,
métodos de diagnóstico. A amostra foi, portanto, constituída por publicações
nacionais, sendo a mais antiga do ano 2010 e a mais atual de 2017, obtendo-se um
total e dez artigos, sendo cinco selecionados para compor a mostra, tendo como
critérios de inclusão que fossem escritos em português e de exclusão artigos
publicados antes de 2010 e\ou repetidos, realizando assim uma revisão narrativa da
literatura nacional sobre o tema proposto. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os
exames laboratoriais são importantes no diagnóstico e acompanhamento de
pacientes portadores de LES, pois são capazes de avaliar as alterações primárias
imunológicas e inflamatórias da doença assim como o acompanhamento secundário

ISBN 978-85-65221-23-8
dos órgãos. As provas inflamatórias de fase aguda, como a velocidade de
hemossedimentação (VHS) e a proteína C reativa (PCR), são úteis para o
diagnóstico, a VHS geralmente está aumentada na atividade da doença, refletindo a
fase aguda dos procedimentos inflamatórios, contudo, pode persistir elevada mesmo
após o controle da doença, não correlacionando com sua atividade inflamatória.
Entretanto, a PCR é geralmente baixa no LES e aumenta nos processos infecciosos,
auxiliando por vezes no diagnóstico diferencial dessas duas condições. A presença
do exame chamado FAN (fator ou anticorpo antinuclear), principalmente com títulos
elevados, em uma pessoa com sinais e sintomas característicos de LES, permite o
diagnóstico com muita certeza. A avaliação imunológica é fundamental para a
caracterização da doença autoimune. CONCLUSÃO: A abordagem proposta nos
forneceu um conhecimento especifico sobre a doença, além disso, também nos
permitiu uma pesquisa mais aprofundada, sobre os sintomas e diagnósticos. Foi
possível perceber a importância dos exames laboratoriais na detecção do Lúpus
Eritematoso Sistêmico, fornecendo um diagnóstico precoce, possibilitando uma
melhor assistência.

Palavras-chave: Análise Laboratorial. Lúpus Eritematoso Sistêmico. Diagnóstico.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
APRENDIZAGEM SOBRE GERENCIAMENTO EM ENFERMAGEM ATRAVÉS DA
UTILIZAÇÃO DA PLANILHA 5W2H: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Maria Regilânia Lopes Moreira (Relatora, URCA)


Patrícia Pereira Tavares de Alcântara (Autora, UFCA)
Álissan Karine Lima Martins (Orientadora, UFC/URCA)

INTRODUÇÃO: A dimensão de trabalho em Enfermagem administrar ou gerenciar


objetiva integrar os agentes do cuidado e os recursos empregados no assistir em
enfermagem. A autora reforça que o cuidado somente será possível através da
coordenação do processo de trabalho assistir em enfermagem, finalidade do
processo administrar. Para isso, o enfermeiro é o único profissional que domina os
métodos empregados nesse processo, como o planejamento, a tomada de decisão,
a supervisão e a auditoria. Considerando isso, diversas ferramentas gerenciais
podem ser utilizadas para subsidiar o enfermeiro no desenvolvimento de suas
atividades profissionais. A planilha 5W2H é utilizada para organizar um plano de
ação que vise à solução de determinado problema. O 5W correspondem às palavras
de origem inglesa What (O quê), When (Quando), Why (Por quê), Where (Onde) e
Who (Quem) , e o 2H, à palavra How (Como) e à expressão How Much (Quanto).
Essa ferramenta consiste numa forma de prever e registrar as ações para
desenvolver projetos de melhoria, além de subsidiar o acompanhamento gerencial
do desenvolvimento dos processos. OBJETIVO: Objetiva-se, com este relato,
descrever a utilização da planilha 5W2H no ensino de gerenciamento em
enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência ao se utilizar a
planilha 5W2H na graduação em Enfermagem, durante a disciplina de Gestão das
Ações e Serviços de Saúde e Enfermagem, da Universidade Regional do Cariri
(URCA), em Iguatu/CE. Foi proposta para os alunos a elaboração de um plano de
ação, utilizando-se a planilha 5W2H, para solução de uma situação hipotética que
evidenciava o desperdício de medicamentos em uma unidade hospitalar. A atividade
foi realizada em agosto de 2016. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Através do uso
desta ferramenta, os alunos foram capazes de elencar e operacionalizar ações para
a resolução do problema proposto. As ações sugeridas pelos alunos abrangiam
desde atividades de educação permanente de recursos humanos (inclusive da

ISBN 978-85-65221-23-8
enfermagem) quanto a manipulação adequada destas medicações, bem como a
supervisão das práticas profissionais e utilização de instrumentos para
registro/controle na dispensação destes insumos. Percebeu-se facilidade no
manuseio desta ferramenta pelos alunos, bem como boa receptividade destes em
executar a tarefa proposta. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este relato evidencia a
aplicabilidade da planilha 5W2H na enfermagem, integrando as suas dimensões de
trabalho. Notou-se a utilização prática desta ferramenta no ensino do gerenciamento
de processos que podem interferir na assistência. Assim, sugere-se sua utilização
como tecnologia para o planejamento do cuidado de enfermagem, podendo ser,
inclusive, ensinado desde a graduação em Enfermagem.

Palavras-chave: Gerenciamento em Enfermagem. Planilha 5W2H. Unidade


Hospitalar.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
ASPECTOS FISIOPATOLÓGICOS DA MOLÉSTIA INFLAMATÓRIA PÉLVICA
AGUDA

Ana Paula Martins de Araújo (Relatora, UNILEÃO)


Janayle Kéllen Duarte de Sales (Autora, UNILEÃO)
Hercules Pereira Coelho (Autor, UNILEÃO)
Ozeias Pereira de Oliveira (Autor, UNILEÃO)
Carlos Vinicius Moreira Lima (Autor, UNILEÃO)
Rayane Moreira de Alencar (Orientadora, URCA)

INTRODUÇÃO: A Moléstia Inflamatória Pélvica Aguda (MIPA) incide de uma


síndrome de características clínicas e agudas, que afeta os órgãos genitais
femininos internamente na região superior, a partir do óstio interno do colo uterino.
Dados epidemiológicos denotam que a incidência se torna maior quanto mais
expressiva for a atividade sexual. Este quadro patológico acomete cerca de um
milhão de mulheres por ano nos Estados Unidos, acarretando em altos índices de
morbimortalidade. OBJETIVOS: O presente estudo visa compreender os
mecanismos fisiopatológicos da moléstia inflamatória pélvica aguda. MÉTODOS:
Trata-se de uma revisão bibliográfica, descritiva, com caráter qualitativo. Foram
realizadas pesquisas nas bases de dados da Lilacs, Scopus e no portal PubMed,
bem como no diretório da Scielo e na literatura cinzenta pertinente, sendo para tal,
elaborada uma estratégia de busca específica cruzando os descritores moléstia and
inflamação and fisiopatologia and pélvica. Foi encontrado um total de 12 fontes de
dados, sendo para tal utilizado como critérios de inclusão: estudos que abordasse a
temática expressa, e que fossem compreendidos no período de 2010 a 2017.
Conquanto foram utilizados como critérios de exclusão: as pesquisas que não
abordassem a temática proposta, e estudos anteriores ao ano de 2010. Após leitura
de título e resumo na integra, apenas 06 estudos se enquadraram nos critérios,
sendo que estes, após fichados e catalogados serviram como embasamento para
elaboração da pesquisa. A realização desse estudo aconteceu entre os meses de
Abril e Agosto de 2017. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A MIPA é uma doença de
natureza infecciosa, gerando um processo inflamatório que atinge o útero, as tubas
uterinas, os ovários e estruturas anexas, podendo provocar ainda endometrite,

ISBN 978-85-65221-23-8
abscesso tubovariano, salpingite e peritonite. Tal patologia advém de um processo
infeccioso decorrente da elevação da concentração de microrganismo do trato
gênito-urinário baixo, habitualmente se iniciando a partir de uma infecção
sexualmente transmissível, sendo esta geralmente causada por clamídia ou
gonococos. As trompas de falópio são os órgãos mais atingidos podendo levar a
diversas sequelas, tais como algias pélvicas, gravidez ectópica e esterilidade. O
diagnóstico é feito através de gestações ectópicas, torção de anexo uterino ou de
tumor de ovário, ruptura de cisto ovariano, apendicite e pielonefrite aguda. Nos
casos mais graves é imprescindível a internação da paciente, visto que pode ocorrer
um diagnóstico duvidoso, podendo ainda se desenvolver quadros de leucocitose ou
leucopenia. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A MIPA caracteriza-se como um processo
infeccioso no trato genital e outros órgãos, fazendo-se necessário refletir sobre o
impacto dessa na qualidade de vida da mulher, sendo o diagnóstico precoce de
suma importância para se evitar a esterilidade. Devido ao porte da pesquisa, foi
evidenciado a necessidade de novos estudos que elucidem a descrição
fisiopatológica da MIPA.

Palavras-chave: Moléstia. Inflamação. Fisiopatologia. Pélvica.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A CRIANÇA COM AUTISMO: UMA RE ISÃO


DE LITERATURA

Maria Erika Viana de Souza (Relatora, UNILEÃO)


José Nairton Coelho da Silva (Autor, UNILEÃO)
Mariana Teles da Silva (Autora, UNILEÃO)
Karielle Gomes de Carvalho (Autora, UNILEÃO)
Fernanda Luna (Autora, UNILEÃO)
Maryldes Lucena Bezerra de Oliveira (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: O autismo é considerado uma alteração sindrômica que afeta


criança, jovem ou adulto que envolve alterações severas e precoces nas áreas de
desenvolvimento e interação social, levando a desenvolver a má adaptação ao longo
de todo seu ciclo da vida, como dificuldade na comunicação, no estabelecimento de
relações sociais e comportamento. A criança autista comporta-se de forma
diferenciada das outras crianças, apresentando um distanciamento social, e não se
envolve com o meio em que vive, criando assim seu próprio mundo, dando a
sensação de estar interagindo com alguém imaginável. Portanto faz se necessário a
assistência de enfermagem, pelo crescente número de crianças autistas e pouco
conhecimento da enfermagem quanto a percepção dos sinais e sintomas e o apoio
a ser prestada a família. OBJETIVO: Analisar o papel do enfermeiro na assistência
prestada na descoberta do autismo. METODOLOGIA: Estudo de revisão de
literatura bibliográfica, de caráter descritivo, exploratório de abordagem qualitativa.
Realizado através de bases de dados MedLine bem como o diretório de revista da
Scielo. Os descritores utilizados foram: “autismo infantil” e “Assistência de
enfermagem”. Dentre os critérios de inclusão, artigos publicados de 2010 a 2016,
que estavam em português e que abordavam o tema proposto. Dos critérios de
exclusão foram os artigos que não atendiam aos critérios anteriormente descritos.
Perfazendo um total de oito artigos durante a leitura bibliográfica. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: É de grande importância que o profissional de enfermagem tenha
conhecimento sobre o autismo e saiba avaliar as famílias que convivem com o
autista, de forma em que a intervenção de enfermagem possa dar apoio ao cuidado
prestado a criança, diminuindo assim o impacto causado pelo autismo na família, o
profissional poderá criar estratégias para diminuírem o impacto na descoberta do
autismo. o enfermeiro tem como principal ação diante do autismo, “o cuidar”, tendo
assim a atenção voltada não só para o autismo, mas também ao que ele representa
para a família ou cuidador, principalmente a mãe da criança, o enfermeiro devera
tentar diminuir através do contato com a família o medo do preconceito diante da
sociedade e o sentimento de inferioridade perante o transtorno do filho que é visto
com preconceito. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O papel do enfermeiro como
profissional no autismo infantil é estar atento aos sinais e sintomas apresentados
pela criança com suspeita dessa patologia, prestando assistência de enfermagem o
mais precoce possível, apoiando a família, transmitindo segurança e tranquilidade,
garantindo o bem estar da criança, esclarecendo dúvidas e incentivando o
tratamento e acompanhamento do autista.

Palavras-chave: Autismo Infantil. Assistência de Enfermagem. Família.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM PRÉ- OPERATÓRIO DE
HISTERECTOMIA

Francinubia Nunes Barros (Relatora, UNILEÃO)


Dannieli de Sousa Silva Rodrigues (Autora, UNILEÃO)
Jeyzianne Franco da Cruz Silva (Autora, UNILEÃO)
Jéssica Weslane Bezerra Luciano (Autora, UNILEÃO)
Ricardo da Silva (Autor, UNILEÃO)
Andréa Couto Feitosa (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: O adoecimento é uma condição que pode acometer um indivíduo,


em qualquer momento na vida, principalmente na fase idosa, onde estão mais
susceptíveis a contrair doenças. A internação é um processo desconfortável, uma
vez que o paciente está em um ambiente diferente do habitual associado a
realização de um procedimento cirúrgico. A histerectomia consiste em um
procedimento cirúrgico feito no útero, bastante realizada nas instituições
hospitalares, em que a equipe de enfermagem é de grande importância no que diz
respeito às orientações no pré e pós-operatório dessas pacientes, ofertando uma
assistência humanizada a partir de uma visão holística. OBJETIVO: Realizar a
sistematização da assistência de enfermagem a uma paciente em pré-operatório de
histerectomia. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de caso, o qual foi realizado
durante o estágio curricular supervisionado, em uma instituição hospitalar de
referência da região do Cariri. A coleta dos dados ocorreu no mês de novembro de
2015. A paciente encontrava-se em pré-operatório de histerectomia. Utilizou-se um
formulário para a coleta e registro dos dados através do prontuário,
sendoidentificados os diagnósticos de enfermagem. Para isso, foi realizado um
agrupamento das informações e realizado a SAE. O estudo obedeceu a Resolução
Nº 466/12. RESULTADOS E DISCUSSÃO: HISTÓRICO DE ENFERMAGEM:
Paciente M.M.C. 85 anos, casada, católica, residente na cidade de Juazeiro do
Norte-CE, com internação no dia 05 de maio de 2015, na clínica médico-cirúrgica em
pré-operatório de histerectomia. No momento da admissão, encontrava-se
consciente, orientada, verbalizando, sendo esclarecidas todas as dúvidas da
paciente. O padrão das atividades de vida diária da paciente estava prejudicada,

ISBN 978-85-65221-23-8
pois a mesma relatou que não podia mais realizar nenhum esforço físico devido a
exteriorização do útero. Não tive nenhum problema em relação à reprodução nem
sexualidade, em relação ao padrão do sono e repouso preservado. Estava em uso
de analgésicos. Paciente trouxe os exames solicitados pelo médico para realização
do procedimento cirúrgico, os quais foram conferidos e anexados junto ao
prontuário. A partir da realização da anamnese e exame físico, foi possível
estabelecer os diagnósticos de enfermagem, assim como metas e intervenções.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Risco de alteração ao padrão de sono e
repouso relacionado ao ato cirúrgico. META: Proporcionar ambiente calmo e
tranquilo. INTERVENÇÕES: Proporcionar conforto ao paciente, manter ambiente
arejado e em temperatura agradável e evitar deixar as luzes acesas. DIAGNÓSTICO
DE ENFERMAGEM: Risco de infecção relacionada ao período de internação
hospitalar. META: Evitar ao máximo que paciente adquira uma infecção hospitalar.
INTERVENÇÕES: Realizar a higiene das mãos antes de todo procedimento, realizar
trocas de lençóis diariamente e sempre que necessário. AVALIAÇÃO: Demonstra
que após os esclarecimentos realizados, a mesma de sentiu mais segura em relação
ao procedimento cirúrgico. Em relação às intervenções e metas de enfermagem
executadas, estas foram eficazes, evidenciando que durante o acompanhamento
com a paciente obteve uma melhora do seu quadro clínico. CONCLUSÃO: Concluiu-
se que a assistência de enfermagem prestada foi de grande importância para o
processo do ato operatório, contribuindo para redução da ansiedade, e
consequentemente, melhorando o pré e o pós-operatório da mesma.

Palavras-chave: Enfermagem. Histerectomia. Assistência.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL

João Edilton Alves Feitoza (Relator, UNILEÃO)


Joseane Ferreira Parente (Autora, UNILEÃO)
Bruna Mendonça Vasconcelos (Autora, UNILEÃO)
Maria Lucineide de Souza Melo (Autora, UNILEÃO)
Hercules Pereira Coelho (Autor, UNILEÃO)
Maryldes Lucena Bezerra de Oliveira (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A enfermagem que paradoxalmente nasceu no hospício também foi


esquecida ou pouco lembrada pela academia e enfermeiros quanto à necessidade
de qualificação na área da psiquiatria. Recentes mudanças nos modos de conceber
a doença mental e o tratamento dispensado às pessoas com transtornos mentais e
suas famílias, impulsionadas pelo movimento da reforma psiquiátrica, vêm
requerendo dos profissionais de enfermagem uma prática fundamentada na ética, na
cidadania e na humanização. OBJETIVO: Analisar a assistência de enfermagem em
saúde mental, considerando o modelo biopsicossocial de saúde. METODOLOGIA: O
presente estudo possui como suporte a realização uma revisão de literatura,
utilizando as bases de dados LILACS, BDENF, MEDLINE, e SCIELO. Utilizando os
seguintes descritores: Saúde Mental, Cuidados de Enfermagem e Serviços de
Saúde Mental. Seguindo os seguintes critérios: artigos em português e inglês,
completos disponíveis. Resultaram 14 estudos após critérios pré-estabelecidos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O enfermeiro deve ser capaz de compreender o
problema da pessoa que sofre mentalmente, entender os efeitos de suas atitudes e
habilidade para intervir neste contexto assistencial. Ressalta-se que a relação
interpessoal constitui ferramenta importante para o enfermeiro e mediante a qual ser
capaz de identificar, descrever e avaliar o efeito dos cuidados que dispensa ao
paciente, à família e à comunidade. Este cuidado tem a finalidade de promover a
saúde mental, prevenir ou enfrentar a experiência da enfermidade. Trabalhar com as
pessoas em sofrimento mental exige do enfermeiro, cuidar respeitando os princípios
da cidadania e dos direitos humanos, participar na construção de planos
terapêuticos individuais e enfatizar em suas ações o sujeito e as suas
potencialidades. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As transformações na prática da

ISBN 978-85-65221-23-8
enfermagem psiquiátrica ocorreram concomitantemente à evolução da assistência
nos manicômios e asilos. Entretanto, com a Reforma Psiquiátrica, o cuidado torna-se
mais complexo e desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, da qual o enfermeiro
faz parte. As mudanças na área da saúde mental têm repercussão no papel do
enfermeiro; este profissional passa a desempenhar atividades com finalidades
terapêuticas por intermédio do relacionamento terapêutico e programas de educação
permanente a equipes, pacientes e familiares.

Palavras-chave: Saúde Mental. Cuidados de Enfermagem. Serviços de Saúde


Mental.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE A NOTIFICAÇÃO DA
VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UMA
REVISÃO DE LITERATURA

Mayara Arraes Alencar (Relatora, URCA)


Patrícia Pereira Tavares de Alcântara (Orientadora, URCA)

INTRODUÇÃO: A violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes é um grave


problema de saúde pública, que vem apresentando um crescente número de vítimas
trazidas aos hospitais pediátricos em decorrência dos maus tratos em suas
diferentes manifestações. A ação dos profissionais da enfermagem frente à
abordagem dos casos de violência intrafamiliar está relacionada com a percepção
ou não deste fenômeno em seu cotidiano de trabalho, pois tradicionalmente não
cabe ao profissional de enfermagem somente cuidar das lesões físicas e dos
traumas emocionais provocados pela família, mas também de notificar aos órgãos
competentes para dar continuidade ao processo de proteção à vítima. OBJETIVO:
Esse estudo teve por objetivo analisar as dificuldades encontradas pelos
profissionais de enfermagem na decisão de não notificar os casos atendidos sobre
violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes. METODOLOGIA: Trata-se de
uma revisão sistemática através de um estudo bibliográfico, onde buscou-se
embasamento teórico em artigos de periódicos publicados, através de pesquisas nas
bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe (LILACS), Scientific
Eletronic Library On line (SCIELO), MEDlars Online Literatura Internacional
(MEDLINE). As referências utilizadas incluem autores nacionais, assim como artigos
publicados no período de 2014 a 2016, sobre o tema violência intrafamiliar e o
contexto da notificação da enfermagem sobre casos de violência contra crianças e
adolescentes na Estratégia de Saúde da Família. Seguindo os critérios de inclusão
adotados neste estudo foram selecionados 31 produções científicas sobre o tema.
Após a leitura dos respectivos artigos, foram excluídos 15 artigos de acordo com os
critérios de exclusão. A pesquisa conta com 16 artigos científicos, no qual 7 artigos
foram de Revisão de literatura, 8 do tipo descritivo exploratório e 1 relato de
experiência. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise dos resultados apontou que
a decisão de notificar não se prende à orientação geral da legislação, mas sim às
peculiaridades de cada caso, e é influenciada por fatores de ordem pessoal dos

ISBN 978-85-65221-23-8
profissionais, pelas especificidades do caso atendido e pelas próprias estruturas dos
serviços, na sua maioria insuficientes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A análise conclui
pela necessidade de: Esclarecimento da noção legal de maus-tratos e da concepção
de suspeita; Preparação de manuais técnicos de orientação; Melhoria da infra-
estrutura de serviços; Realização de outros estudos sobre as conseqüências do ato
de notificar, especialmente sobre a concepção de justiça que a notificação transmite
à família brasileira.

Palavras-chave: Maus Tratos Infantis. Saúde da Família. Saúde da Criança.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NA ENUCLEAÇÃO DO
GLOBO OCULAR: REVISÃO DE LITERATURA

Maria Clara Gomes de Sousa (Relatora, UNILEÃO)


Francisca Láyra Lima de Souza (Autora, UNILEÃO)
Hercules Pereira Coelho (Autor, UNILEÃO)
Janayle Kéllen Duarte de Sales (Autora, UNILEÃO)
Marcella de Araújo Ribeiro (Autora, UNILEÃO)
Maryldes Lucena Bezerra de Oliveira (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Localizada na região anterior do globo ocular, a córnea, é uma


membrana transparente que em consonância com o cristalino controla as
características focais da visão. Quando esta membrana torna-se turva, em
decorrência de afecções, quadros patológicos e/ou processos biológicos, é
necessário substitui-la de maneira cirúrgica, por outra nítida, para tanto
vislumbramos o transplante de córnea, ceratoplastia. A atuação do enfermeiro como
mediador frente à aceitação da família do potencial doador, e como transplantador
de córneas, tem se apresentado com expressiva relevância, tendo em vista a
minimização das filas de espera no Ceará para o respectivo transplante, e a
acentuação dos bons resultados. Segundo o Ministério da Saúde no ano de 2016,
respaldados pela aprovação da resolução que normatiza a assistência de
enfermagem frente ao procedimento de ceratoplastia, foram realizados um total de
1.183 transplantes de córneas no estado, ação esta que possibilitou o englobamento
de todos os pacientes que aguardavam o transplante. OBJETIVO: Compreender a
atuação técnica do profissional de enfermagem com transplantador, frente ao
procedimento de enucleação do globo ocular. METODOLOGIA: A presente
pesquisa é trajada como uma revisão literária, de caráter exploratória, acerca da
atuação do profissional de enfermagem na captação e transplante de córneas. Para
a construção do estudo foram realizadas pesquisas nas bases de dados da BDENF,
Lilacs, acrescendo-se ainda do diretório da Scielo. A captação das fontes de dados
deu-se através do cruzamento das palavras-chave: Enfermeiro, Transplante e
Córneas, com o intuito de apreender, organizar e analisar as evidências científicas
acerca da temática. O estudo foi concretizado no período de agosto a setembro de
2017. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A Resolução do COFEN - 292/2004

ISBN 978-85-65221-23-8
regulamenta as normas e diretrizes quanto à atuação dos profissionais de
enfermagem na captação e transplante de órgãos e tecidos. Em tempo, no mesmo
documento, em seu art. 2°, é outorgada a atuação do enfermeiro na Enucleação do
Globo Ocular (EGO), desde que o mesmo tenha habilitação técnica para tal
procedimento, documento este expedido pela Associação Panamericana de Banco
de Olhos – APABO. O Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) destaca o estado
do Ceará como sendo o segundo conglomerado que mais realiza o transplante de
córneas no país. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O papel do enfermeiro dentro das
instituições de saúde, frente à doação de córneas, é de fundamental importância,
haja vista que ele participa de todo processo de captação e doação, desde a
entrevista familiar à conservação do instrumento captado. Estudos afirmam que
conseguinte a atuação do enfermeiro como agente captador, regulamentado, houve
considerável redução nos índices de rejeição ao transplante, bem como um maior
aproveitamento das córneas captadas, comprovando assim a expressiva
contribuição do profissional de enfermagem perante o processo de captação e
transplante de córneas.

Palavras-chave: Enfermeiro. Transplante. Córneas.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS E AMBIENTAIS DE UM
BAIRRO SITUADO NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE – CE

Eduardo Lourenço dos Santos (Relator, UNILEÃO)


Flavia Eduarda Vidal Barbosa (Autora, UNILEÃO)
Felipe Raimundo Bezerra Barros (Autor, UNILEÃO)
Dannieli de Sousa Silva Rodrigues (Autora, UNILEÃO)
Érika Denise Braga Sobral (Autora, UVA)
Fabíola Fernandes Galvão Rodrigues (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: O emprego do saneamento básico como instrumento de promoção


da saúde pressupõe a superação dos problemas tecnológicos, políticos e gerenciais
que têm dificultado a extensão dos benefícios aos residentes em áreas rurais,
municípios e localidades de pequeno porte. A maioria dos problemas sanitários que
afetam a população está concomitantemente relacionado com o meio ambiente. Um
exemplo disso é a diarreia que, com muitos casos por ano, é uma das doenças que
mais aflige a humanidade, já que causa 30% das mortes de crianças com menos de
um ano de idade. OBJETIVO: Avaliar as condições higiênico-sanitárias e ambientais
de um bairro próximo a um lixão a céu aberto, localizado na cidade de Juazeiro do
Norte-CE. METODOLOGIA: Entre os meses de agosto e setembro de 2016, foi
aplicado um questionário em (30) casas das redondezas do bairro Pelo Sinal da
cidade de Juazeiro do Norte-CE. O referido bairro encontra-se em uma área de
risco, já que o mesmo fica a poucos metros do lixão do município. O questionário foi
formulado com 10 variáveis acerca das condições higiênico-sanitárias bem como
perguntas sobre as condições ambientais e de saneamento básico das casas dos
entrevistados onde as resposta eram objetivas com “Sim” ou “Não”. Os dados foram
analisados estatisticamente e expressos em tabela com valores absolutos e
relativos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em relação ao item proveniência da água
consumida, todos (100%) responderam que a origem da água é de poços. Contudo
essa variável torna-se preocupante, devido ao fato de que em período chuvoso pode
ocorrer o arraste do lixiviado para esses poços, causando assim a contaminação dos
mesmos. Referente a variável “A água consumida tem tratamento”, 60% dos

ISBN 978-85-65221-23-8
entrevistados relataram que segundo a companhia de água e esgoto do município, a
água passava apenas por um tratamento através da adição de cloro na estação de
tratamento. Observou-se que o sistema de esgotamento sanitário do bairro escoava
a céu aberto e sem sistema de valas receptoras. Foi perguntado ainda aos
domiciliares qual a destinação final dos resíduos sólidos produzidos, onde 100%
respondeu que era o lixão a céu aberto, o qual se localiza a menos de 1Km das
residências. Neste estudo foi evidenciado um percentual de 80% de vetores como
moscas, mosquitos, baratas e roedores em moradias, identificando-se com dados
considerados preocupantes para a prevenção e promoção de saúde coletiva.
Perguntou-se se aos moradores do bairro se na residência relatou-se algum caso de
verminose durante moradia, onde relatou-se que dezesseis (16) das 30 residências
entrevistadas disseram ter existido algum caso na sua casa. CONCLUSÃO: Há
necessidade de preocupação maior dos governantes municipais frente aos
problemas de saneamento básico do local, sendo que pode ser detectado esgotos
sem valas de escoamento, facilitando assim possível contágio de doenças. A
péssima qualidade sanitária constatada no bairro revela que o lixão constitui
importante fonte de contaminação ao meio ambiente e ao ser humano, requerendo o
gerenciamento adequado para garantia da promoção, proteção e recuperação da
saúde pública.

Palavras-chave: Higiênico-Sanitária. Saneamento Básico. Bairro. Saúde.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
CARACTERÍSTICAS E SINTOMAS DA DEPRESSÃO PÓS-PARTO (DPP): REVISÃO
DE LITERATURA

José Rafael Eduardo Campos (Relator, FJN)


Ana Patrícia Ramos Pires (Autora, FJN)
Palomma Rafaelly Teixeira Alencar (Autora, FJN)
Maria Patrícia Vitorino de Sousa (Autora, FJN)
Maryldes Lucena Bezerra de Oliveira (Orientadora, FJN)

INTRODUÇÃO: A depressão Pós-Parto sucede quando a gestante sofre alterações de


humor e crises de choro após o parto, que se desvanecem rapidamente. Elas
acontecem principalmente devido às alterações hormonais decorrentes do término da
gravidez. No entanto, algumas mães experimentam esses sintomas com mais
intensidade, dando origem à depressão pós-parto. OBJETIVO: Identificar, na literatura
disponível, as características e os sintomas da depressão pós-parto. METODOLOGIA:
Este estudo trata-se de uma revisão sistemática onde foi realizada uma busca de
artigos nas bases de dados LILACS, SCIELO, PUBMED durante o período de agosto e
setembro de 2017. Após isto, foram aplicados os seguintes critérios de inclusão no
idioma Português entre os anos de 2016 e 2017, que trouxeram como assunto
principal características e sintomas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após a aplicação
de todos os critérios, obtivemos uma totalidade de 12 artigos utilizados na confecção
do estudo. As características e os sintomas mais recorrentes são humor deprimido ou
mudanças de humor severas, choro excessivo, dificuldade de desenvolver uma ligação
amorosa com o bebê, afastamento da família e dos amigos, alterações no apetite,
incapacidade de dormir, perda de energia, redução do interesse e prazer nas
atividades que a mãe costuma realizar, intensa irritabilidade e raiva, medo frequente
da mulher não ser uma boa mãe, sentimentos de inutilidade, ataques de pânico,
pensamentos relacionados a prejudicar a si mesma ou ao bebê, pensamentos
recorrentes de morte ou suicídio. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Entende-se que por ser
um distúrbio que afeta o emocional e vinculo mãe e filho é importante que ocorra o
tratamento sem interrupções, no qual inclui terapia, antidepressivos ou tratamento de
reposição hormonal. Por este motivo é importante o auxilio da enfermagem na saúde

ISBN 978-85-65221-23-8
da gestante, para que haja um dialogo sobre sintomas e características do transtorno
no inicio da gestação como promoção de saúde.

Palavras-chave: Depressão. Parto. Sintomas. Características.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio

A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE NO TRATAMENTO DO


TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)
Rutherford Alves Moura (Relator, SEAS)
Rebeca Félix Nascimento de Lima (Autora, SAMU)
Mycaelle da Silva Tavares (Autora)
Izanete Cavalcante dos Santos (Autora)
Aurya Rayane Fernandes de Oliveira (Autora, FJN)
Eli Carlos Martiniano (Orientador, FJN)

INTRODUÇÃO: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado pela ausência


ou diminuição exacerbada de certo individuo em praticar ou manter relações sociais no
meio em que está inserido, causando prejuízos na linguagem e comunicação do
acometido. A criança com diagnóstico de autismo apresenta inúmeras dificuldades de
interação com outras crianças e muitas vezes até com seus familiares mais próximos,
levando-se assim a uma importante observação de que estes se fecham no mundo do
si mesmo, sem importar-se com o ambiente que os cercam, nem tendo interesse de se
inserir nestes cenários, os tornando alheios à realidade vivenciada. OBJETIVOS:
Analisar a produção cientifica à respeito da importância do diagnóstico precoce para o
tratamento eficaz do TEA. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, de
caráter qualitativo, caracterizado por uma revisão sistemática, realizada na Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS) em setembro de 2017, utilizando os Descritores em Ciências
da Saúde (DECs), transtorno do espectro autista, diagnóstico precoce e tratamento,
usando o operador Booleano AND entre estes termos. Foi obtido 471.485 publicações.
Logo após foram aplicados os critérios de inclusão do estudo: estudos publicados com
um lapso temporal de dez anos (2007 a 2017), disponíveis na integra e gratuitos, com
o assunto principal transtorno autístico, com idioma português, chegando-se a um
resultado de 156 artigos. Foram adotados os seguintes critérios de exclusão: artigos
não referente diretamente à temática especificada, publicações duplicadas, estudos
inconclusivos, totalizando um 11 publicações que foram lidas na integra e analisados
com reflexões teóricas e criticas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os estudos
evidenciaram a extrema importância do olhar mais aguçado e atento aos processos
psíquicos por parte dos profissionais da saúde no momento das suas avaliações das

ISBN 978-85-65221-23-8
crianças e adolescentes, seja esta na consulta de puericultura eletiva, consultas
ambulatoriais, de rotinas, grupos de atividades, como também em ambientes escolares
que atendam estes públicos e os pais que estão em contato maior contato com seus
filhos, uma vez que estes variados elementos permitem a correta diferenciação do
componente fisiológico e particular do paciente do acometimento patológico, que foge
da aparelhagem biológica dentro dos parâmetros esperados. Ainda não existe um
marcador biológico natural capaz de se afirmar o diagnóstico do autismo, sendo uma
enfermidade baseada na clinica ampliada do individuo, daí a importância da
observação global da criança ou adolescente, conversa com os pais, e a busca por
profissionais especializados no manejo dos pacientes com suspeita de acometimento
por autismo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Evidencia-se que o preciso fechamento do
diagnóstico do TEA, no momento oportuno é de extrema importância, sobretudo para o
planejamento da conduta terapêutica a ser implementada, proporcionando melhor
manejo e qualidade de vida para o acometido como também para seus familiares.
Diante destes fatores é imprescindível a utilização de práticas que possam retratar o
cotidiano do paciente e família, como também consultas mais prolongadas e criteriosas
por parte dos profissionais de saúde, diálogos com os educadores e condutas
interdisciplinares, possibilitando assim um cenário mais propicio ao correto e eficaz
tratamento precoce do TEA.
Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista. Diagnóstico Precoce. Tratamento.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
AS RELAÇÕES DE GÊNERO NO CONTEXTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE:
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.

Rutherford Alves Moura (Relator, SEAS)


Rebeca Félix Nascimento de Lima (Autora, SAMU, HRC)
Mycaelle da Silva Tavares (Autora)
Daiane Hermógenes Cordeiro (Autora, FJN)
Aurya Rayane Fernandes de Oliveira (Autora, FJN)
Eli Carlos Martiniano (Orientador, FJN)

INTRODUÇÃO: Comportamentos relativos ao sexo podem ter os mais variados


sentidos, dependendo do contexto cultural em que são produzidos e vivenciados. As
práticas sexuais se diferenciam no interior de cada sociedade, variando de acordo com
os referenciais dos diversos segmentos sociais que as compõem. No campo das
políticas de saúde, observam-se alguns avanços que não só asseguram os direitos a
particularidade do sujeito e suas identidades, como também garantem o atendimento
das demandas de saúde advindas das diferentes orientações sexuais. O SUS traz o
conceito de equidade que remete ao entendimento de que existem indivíduos ou
grupos populacionais mais vulneráveis, como a população de Gays, Bissexuais,
Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT). OBJETIVOS: Analisar a produção
científica no que diz respeito ao contexto vivenciado pelas relações de gênero no
Sistema Único de Saúde (SUS). METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão
sistemática simples, de caráter qualitativo, realizada através da base de dados da
Biblioteca Virtual em Saúde - BVS, em agosto de 2017, utilizando os Decs-descritores
em saúde: gênero and sexualidade and SUS. Totalizando 672 publicações. Aplicaram-
se os critérios de inclusão: pesquisas realizadas nos últimos cinco anos, disponível na
íntegra na base de dados SCIELO e LILACS, na língua portuguesa, obtendo 37
artigos. Depois os critérios de exclusão: artigos não referente a temática abordada,
revisões sistemáticas, estudos de casos, e artigos duplicados, restando apenas 30
artigos que foram analisados com base de reflexões críticas. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Mediante a análise das produções selecionadas para compor o estudo,
identificou-se que a presente configuração do SUS, mesmo com todos os direitos
assegurados em lei e valorização da equidade em saúde, se percebe claramente que
os profissionais e o sistema não estão qualificados a prestar uma assistência

ISBN 978-85-65221-23-8
qualificada livre de preconceito e estigmas. A identidade de gênero não deve
confundir-se com a sexualidade, bem com, os estereótipos impostos na sociedade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Desta forma, a garantia dos direitos de saúde para essas
populações, trata-se de um desafio para SUS, principalmente do tocante da
qualificação dos profissionais, acesso aos serviços a da promoção de saúde dentro
das redes de atenção e cuidado.

Palavras-chave: Gênero. Sexualidade. SUS.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
A ALIAÇÃO DE PREMATURIDADE EM RELAÇÃO A IDADE MATERNA EM UM
MUNICÍPIO CARIRIENSE

Rayllanne Bezerra Barbosa (Relatora, UNILEÃO)


Rosa Amélia de Melo Nogueira (Autora, UNILEÃO)
Thaina Freire Quinteiro (Autora, UNILEÃO)
Lisandra Vieira da Silva (Autora, UNILEÃO)
Maria Sulamita Alves da Silva (Autora, UNILEÃO)
Ana Raquel Bezerra Saraiva (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A prematuridade representa em todo mundo um grande desafio


para os serviços de sa de p blica, tendo em vista que a sua ocorrência está mais
evidente, principalmente quando oriunda de uma gravidez na adolescência.
Considera-se parto prematuro todo aquele que ocorre antes da 37ª semanas de
gestação (RAMOS; CUMAN, 200 ). A gestação durante a adolescência é um
fenômeno de repercussão mundial, representa, assim, um desafio para as políticas
p blicas de sa de, que podem acarretar problemas desde emocionais,
socioeconômico e, principalmente, complicações obstétricas, comprometendo a
sa de materna e do neonato (SANTOS et al., 2014). A baixa idade materna não
pode ser apenas qualificada de risco, devem ser considerados outros aspectos,
desde o baixo nível socioeconômico, a falta de acesso aos serviços de sa de,
comportamentos de risco, hábitos inadequados de alimentação. Existe uma
necessidade de controle dos diversos fatores que podem colocar em risco a
gestante adolescente, o que irá minimizar a evolução e desfecho gestacional
negativo, tanto para a mulher quanto para o recém-nascido (SANTOS et al., 2014).
Torna-se essencial realizar estudos que mostrem a relação da baixa idade materna
em relação a prematuridade, para que assim, consigam realizar medidas de
prevenção da gravidez na adolescência e de suas complicações para o binômio
mãe e filho. OBJETI OS: Avaliar a taxa de prematuridade e a baixa idade materna
no município de Juazeiro do Norte – CE. METODOLOGIA: Pesquisa quantitativa,
realizada em um banco de dados secundários nacional (DATASUS), sendo
avaliados os dados do município de Juazeiro do Norte-CE. Com isso, foi avaliada a
relação entre o n mero de partos prematuros associados as taxas de mortalidade,
sendo destacados os períodos de maior ocorrência 2006, 2007 e 2008. Foram

ISBN 978-85-65221-23-8
utilizadas, ainda, pesquisas nacionais disponíveis na Biblioteca Virtual da Sa de
(BVS), para ajustar os resultados em consonância com a literatura. RESULTADOS
E DISCUSSÃO: A ocorrência de um parto prematuro pode estar relacionada a
várias e imprevisíveis circunstâncias e exige das unidades de sa de equipamentos
adequados e profissionais capacitados para prestar atendimento imediato ao
binômio mãe e filho (RAMOS; CUMAN, 200 ). Diante do n mero expressivo de
casos de partos prematuros optou-se por fazer uma relação com a idade materna,
sendo visto a partir da ocorrência do total de partos nos anos de 2003 a 2008. Os
anos de 2003, 2004 e 2005, apresentaram as menores taxas de prematuridade
respectivamente com 3,5%, 4% e 5% dos bebês eram prematuros. Dessa forma,
avaliando os mesmos períodos percebe-se que 21,4% 23,2% e 22% dos partos
eram de mães adolescentes. Já os anos que apresentaram maiores ocorrências
foram 2006, 2007 e 2008, respectivamente com 4146, 4217 e 4087 nascimentos,
dos quais 8,2%, 7,2% e 5,7% foram partos prematuros. Fazendo a relação com a
idade materna revelou que 22,1%, 21,8% e 20,7% das parturientes eram mães
adolescentes. Sabe-se que as complicações pelo parto prematuro podem ser
consideradas uma das causas que levam ao aumento da mortalidade neonatal,
dessa forma, deve-se avaliar formas de prevenção de sua ocorrência que tenham
relações com complicações futura (SILVEIRA et al., 2013). Dessa forma, a gravidez
na adolescência é vista com muita preocupação, tanto pela família quanto pelos
serviços de sa de, pois as consequências podem ser evidenciadas sob vários
aspectos, desde desenvolvimento da adolescente, até mesmo ao risco de
mortalidade neonatal precoce, com consequente aumento dos custos dos serviços
de sa de. CONCLUSÕES: Conhecer e avaliar as principais causas da
prematuridade em relação a idade materna de uma área em um determinado
período, permite reconhecer todos os aspectos envolvidos, até mesmo as causas
de mortalidade neonatal. Assim, estratégias poderão ser planejadas para viabilizar
uma assistência de qualidade ao binômio mãe e filho, sendo indispensável rever
as orientações e a qualidade da assistência a gestante, de forma mais efetiva, para
acesso a todas as informações necessárias na unidade de sa de.

Palavra-chave: Idade Materna. Prematuridade. Gestação na


Adolescência.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
AVALIAÇÃO DO ÍNDICE TORNOZELO-BRAQUIAL COMO FERRAMENTA DE
ANÁLISE DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS
CARDIOVASCULARES

Rebeca Félix Nascimento de Lima (Relatora, SAMU)


Eli Carlos Martiniano (Autor, FJN)
Jacqueliny Barbosa Gomes (Autora, SECRETÁRIA DE SAÚDE DE CAMPOS SALES)
Ludmila Cavalcante Liberato (Autora, FJN)
Rutherford Alves Moura (Orientador, SEAS)

INTRODUÇÃO: Estas morbidades do aparelho cardiovascular atualmente


apresentam-se em grande quantidade, devido a isto aumentou-se bastante a
investigação de métodos preditivos de tais agravamentos, procurando assim o
estabelecimento de ferramentas eficazes no processo de combate a morbidades. Um
indicador que vem sendo muito investigado é a análise do Índice Tornozelo-Braquial
(ITB), este tem como fundamento básico sinalizar obstruções arteriais periféricas,
assim como indicar alterações na distribuição pressórica arterial decorrente de outros
agravos. OBJETIVO: Analisar a eficácia do método de analise de fatores de risco para
complicações cardiovasculares através do índice tornozelo-braquial. MÉTODO: Este
estudo trata-se de uma revisão integrativa realizada durante o mês de Setembro de
2017, onde foram realizadas buscas nas bases de dados LILACS, IBECS E MEDLINE
via BVS, utilizando os descritores em ciências da saúde índice tornozelo-braço, fatores
de risco e doenças cardiovasculares entre estes foi aplicado o operador booleano
AND. Foram utilizados como filtros artigos que fossem publicados entre os anos 2014
a 2017, nos idiomas português, inglês e espanhol, que apresentassem texto completo
disponível de forma gratuita. Como critérios de inclusão utilizaram-se artigos que se
delimitassem fidedignamente a proposta do estudo e que não se encontrassem
repetidos em outras bases de dados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com a busca
inicial obteve-se uma totalidade de 266 artigos, onde após aplicação de todos os filtros
e critérios estabelecidos restaram um total de 46 artigos utilizados neste estudo.
Evidenciou-se que este método é considerado como padrão neste quesito de
avaliação, tanto pela sua capacidade preditiva e de controle na avaliação de
distribuição pressórica referente a complicações cardiovasculares como também por

ISBN 978-85-65221-23-8
ser um método não invasivo e de baixo custo, além de apresentar uma sensibilidade
de 95% e especificidade de 99% quando comparado a métodos mais sofisticados
como a angiografia. São consideradas dentro dos padrões normais medidas de ITB
que se encontram entre 0,90 e 1,30, pessoas em que esse índice se encontre fora
destes valores citados, apresentam grande probabilidade de serem acometidas por
patologias como doença aterosclerótica difusa, assim como também HAS, IAM e AVE.
No que se refere a analise destes indicadores indicam-se que valores de 0,71 a 0,90
precede uma obstrução leve; de 0,41 a 0,70 obstrução moderada; 0,00 a 0,40
obstrução grave. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O método de análise do índice
tornozelo-braquial é classificado como um instrumento eficaz no que se refere à
análise de complicações no processo de distribuição do fluxo sanguíneo seja por
episódios tromboembolíticos ou por outros processos que causem
desproporcionalidade neste distribuição, assim é tido como método capaz de detectar
a anormalidade e a partir deste ponto dar-se início a uma terapêutica adequada.

Palavras-chave: Índice Tornozelo-Braquial. Fatores de Risco. Doença Cardiovascular.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio

AVALIAÇÕES DE ENFERMAGEM FRENTE A UM PACIENTE IDOSO COM


QUADRO CLÍNICO DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

Rebeca Félix Nascimento de Lima (Relatora, SAMU; HRC)


Rutherford Alves Moura (Autor, SEAS)
Jacqueliny Barbosa Gomes (Autora, SECRETÁRIA SAÚDE CAMPOS SALES)
Ludmila Cavalcante Liberato (Autora, FJN)
Eli Carlos Martiniano (Orientador, FJN)

INTRODUÇÃO: Umas das patologias que acometem em sua maioria os idosos é a


insuficiência cardíaca que é caracterizada como uma síndrome endêmica em todo o
mundo, que pode se manifestar como doença crônica estável ou descompensada. O
principal objetivo do tratamento da IC consiste em manter a instabilidade clínica dos
pacientes, e os profissionais de saúde tem papel fundamental no processo de
educação e acompanhamento dos idosos. OBJETIVO: Descrever o processo de
sistematização da assistência de enfermagem prestada à um idoso com quadro de
insuficiência cardíaca. MÉTODO: Trata-se de um relato de caso sobre um paciente
idoso que recebe acompanhamento por uma equipe de Estratégia em Saúde da
Família (ESF) de Juazeiro do norte - CE, com quadro clínico de insuficiência cardíaca.
O estudo foi realizado durante o estágio da disciplina de estágio supervisionado em
atenção primária. Todos os dados foram obtidos através de visitas ao paciente e
consulta ao prontuário, foram traçados diagnósticos e intervenções utilizando as
taxonomias NANDA, NOC e NIC. Todos os aspectos éticos e de consentimento foram
rigorosamente respeitados. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Diversos problemas de
saúde acometem com frequência a população idosa, por ser um grupo mais vulnerável
em meio a barreiras imunológicas e físicas, no caso em questão, observou-se que
diagnósticos de enfermagem como comportamento de saúde propenso a risco; risco
de desequilíbrio eletrolítico e débito cardíaco diminuído, foram estabelecidos. Frente a
este caso a equipe de enfermagem traçou intervenções que explorassem o ser como
um todo, desde de medidas de promoção do cuidado como a adesão correta do

ISBN 978-85-65221-23-8
componente medicamentoso, afim de não se agravar o quadro, como também
medidas diretas de cuidado à patologia como monitorização de sinais vitais, respostas
à atividades físicas, observar sinais de arritmias, monitorar ingesta e eliminação de
líquidos, avaliar presença de edemas, adesão de dieta adequada, hidratação, entre
outros. Frente ao processo de avaliação, observou-se que houve adesão em quase
que totalidade dos planos por conta de familiares e do próprio cliente, o aspecto de
maior positividade observado foi o de adesão a terapêutica medicamentosa, os demais
planos traçados foram realizados, porém em visitas posteriores relatou-se que ainda
restam dúvidas, o que poderia interferir na eficácia total do método.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com a intervenção observou-se melhora da qualidade de
vida do cliente, tanto em redução de agravo do quadro por método de investigação de
fatores de risco quanto por maior autonomia no processo de autocuidado, ressaltando
apenas a necessidade de se dar continuidade ao acompanhamento para não haver
regressão do resultado obtido, assim consolida-se a importância da intervenção da
equipe de enfermagem no processo de acompanhamento destes pacientes,
executando seus processos de sistematização da assistência, melhorando a qualidade
e a resposta à assistência prestada.

Palavras-chave: Assistência de Enfermagem. Idoso. Insuficiência Cardíaca.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
CUIDADORES DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E SUA SITUAÇÃO LABORAL

Jessivânia Rodrigues Silva (Relatora, UNILEÃO)


Maria Welinádia Tavares Figueiredo (Autora, UNILEÃO)
Tamisya Laiana de Carvalho Silva (Autora, UNILEÃO)
Thais Gomes Torres (Autora, UNILEÃO)
Rozeneide Carla da Silva (Autora, UNILEÃO)
Ana Paula Ribeiro de Castro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Os cuidadores vêm apresentando diversos problemas de saúde por


conta de sua situação laboral, sendo os sintomas osteomusculares os mais
prevalentes devido sua árdua jornada de trabalho. Cuidar de um idoso
institucionalizado não é tarefa fácil. Pois, esse tipo de cuidado exige muito do
profissional, o que acaba gerando uma tensão e consequentemente uma sobrecarga
nos cuidadores, desencadeando dessa forma um processo de adoecimento.
OBJETIVOS: Conhecer o impacto laboral em cuidadores de idosos institucionalizados
em uma cidade do interior cearense. METODOLOGIA: Estudo do tipo descritivo e de
campo com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada através de um
questionário composto pela própria pesquisadora. Inicialmente a população foi
composta por todos os cuidadores, participando, assim, da pesquisa 15 cuidadores
que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão, de quatro Instituições de Longa
Permanência para Idosos do município de Juazeiro do Norte. No período de março a
abril de 2017. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Constatou-se que devido as mudanças
fisiológicas e as doenças crônicas degenerativas os idosos tem se tornado mais
dependentes dos cuidadores tornando assim, o trabalho mais exaustivo, deixando os
mesmos predispostos a uma má qualidade de vida decorrente da situação laboral em
que se encontram, dificultando até mesmo sua assistência para com os idosos. Os
sintomas que obtiveram um maior número de frequência de resposta foram: dor na
coluna (11), preocupação (6) e estresse (6). Pois, esses profissionais se encontram em
exaustiva carga horaria de trabalho. Assim, como suas atividades requerem muito

ISBN 978-85-65221-23-8
esforço físico. CONCLUSÃO: É fundamental que ações voltadas para esse público
sejam desenvolvidas, afim de estabelecer uma assistência qualificada aos idosos, bem
como, proporcionar um ambiente favorável para os cuidadores desenvolverem suas
atividades sem maiores danos a sua saúde. Ressaltando ainda, a importância de
orientar esses profissionais, quanto à uma prática segura no momento de sua
assistência podendo assim, estarem preservando lesões em sua coluna preservando
lesões em sua coluna.

Palavras-chave: Idoso. Cuidador. Instituição.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
CUIDADOS INTENSIVOS EM UTI: DESAFIOS VIVENCIADOS PELA EQUIPE DE
ENFERMAGEM

Carlos Vinícius Moreira Lima (Relator, UNILEÃO)


Maria Daniele Sampaio Mariano (Autora, UNILEÃO)
Állif Ramon Lima Félix da Silva (Autor, UNILEÃO)
Luzianne Clemente Meneses (Autora, UNILEÃO)
Monalisa Martins Querino (Autora, UNILEÃO)
Woneska Rodrigues Pinheiro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A assistência voltada a pacientes críticos em situações que ameaçam


a vida, necessitam de um atendimento rápido e sistematizado que organize e
qualifique o processo assistencial. Neste contexto, o trabalho da equipe torna-se
essencial para assegurar a continuidade do cuidado, assim como, possibilitar uma
evolução satisfatória do quadro clínico do paciente. Tem-se como OBJETIVO:
proposto para a pesquisa, realizar uma revisão integrativa da literatura sobre os
cuidados intensivos em UTI e os desafios vivenciados pela equipe de enfermagem.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura brasileira, realizada
no mês de Agosto de 2017. Como critérios de seleção foram usados apenas artigos
em português dos últimos seis anos. Para o levantamento de artigos para compor este
estudo foram utilizados os descritores Paciente crítico, UTI, Assistência de
enfermagem, em português, na Biblioteca Virtual de Saúde, nas bases de dados
LILACS (Literatura em Ciências da Saúde) e SciELO (Scientific Eletronic Library
Online). Através destes descritores foram levantados 4 estudos no LILACS e 6 estudos
indexados no SCIELO, totalizando 10 artigos. Chegou – se a esses números após
seleção de filtros específicos no site, são esses: artigos, do período de 2010 a 2016,
nacionais e em língua portuguesa. Foram excluídos da amostra, os que não estavam
relacionados com a temática em estudo, os que não continham resumos e os que
estavam em língua estrangeira. Dessa forma, a amostra final ficou composta por 6
estudos científicos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dos artigos selecionados foi
realizado uma leitura exaustiva em busca de ideias que tratassem do assunto. Em
relação ano de publicação, os artigos selecionados datam do ano de 2010 a 2016, com
um maior número de publicações no ano de 2011 (5 artigos). Mediante a leitura e

ISBN 978-85-65221-23-8
análise dos artigos, foi possível averiguar os principais enfrentamentos vivenciados
pela equipe na sua prática assistencial na unidade de terapia intensiva. Percebesse
nas leituras, que os profissionais se sentem sobrecarregados quanto a suas
responsabilidades diante do paciente, pois na maioria das vezes não conseguem
desempenhar o seu real papel na assistência, sendo isso um dos motivos pelo qual se
culpam em relação a não ter feito algo a mais para assegurar a sobrevida do paciente.
CONCLUSÃO: A realização deste trabalho possibilitou a reflexão e compreensão dos
desafios vivenciadas pela equipe de enfermagem que atua em um ambiente
estressante, como a terapia intensiva. Alguns relatos evidenciados nas falas dos
participantes nos artigos, demonstram que os mesmos se sentem desmotivados, e
isso produz relações de trabalho inadequadas. Dessa maneira, é necessário
possibilitar a discussão e a reflexão sobre os dilemas da prática profissional e viabilizar
o desenvolvimento de mecanismos de adaptação que tornem a equipe apta para lidar
com as situações presentes no ambiente de terapia intensiva.

Palavras-chave: Paciente Crítico. UTI. Assistência de Enfermagem.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
CUIDADOS NO PROCESSO DE DOAÇÃO E TRANSPLANTES DE ORGÃOS:
RESPONSABILIDADES DO ENFERMEIRO

Cícera Raniele Vieira de Souza (Relatora, UNILEÃO)


Cicera Kassiana Rodrigues Vieira (Autora, UNILEÃO)
Erislane Laiane Silva Vieira (Autora, UNILEÃO)
Ívina Keila Batista de Oliveira (Autora, UNILEÃO)
Antonia Natâniele Gomes Feitosa Ventura (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Com o avanço dos estudos, técnicas de ressuscitação e suporte vital,


atividade cerebral veio definir a vida e a morte do indivíduo, vinculando assim a morte
á critérios neurológicos, evoluindo para o que conhecemos atualmente como Morte
Encefálica (ME), tornando o paciente, um potencial doador de órgãos. Inicialmente,
deve-se definir a causa do coma, para declarar que um paciente esteja em ME. As
causas mais frequentes são o traumatismo crânio-encefálico (TCE), acidentes
automobilísticos ou agressões e hemorragia subaracnoidea, entre outras. O
diagnóstico de ME é determinado pelo exame clínico neurológico, a partir da ausência
evidente de reflexos do tronco cerebral em um paciente em coma. As principais causas
da não efetivação das doações incluem: contraindicação médica e morte encefálica
não confirmada, á não autorização familiar, ressaltando ainda, que deve-se respeitar
culturas e religiões das famílias que são contra á doação de órgãos. Cabe à equipe de
enfermagem auxiliar nos cuidados dos pacientes potenciais doadores, realizando
procedimentos rotineiros como: manutenção mecânica, higiene corporal e oral, manter
olhos umedecidos com soro fisiológico, manter débito urinário, avaliar hipovolemia e
obstrução ou vazamento das sondas, uso de cobertores térmicos e nebulização
aquecida, controle de pressão arterial e realização de exames laboratoriais, entre
outros. Por tanto, que este estudo possa trazer subsídios para o planejamento de
ações, que venham á melhorar a qualidade da assistência prestada aos potenciais
doadores, que resultará em maior viabilidade dos órgãos. OBJETIVO: Contextualizar
por meio da literatura, a atuação do enfermeiro na assistência para manutenção
fisiológica de um potencial doador de órgãos. METODOLOGIA: O estudo é de caráter
bibliográfico, descritivo com abordagem qualitativa. Foram realizadas pesquisas no
banco de dados Scielo, em período de agosto de 2017. Empregou-se como descritores
da saúde: Morte encefálica and Enfermagem and Transplantes de órgãos. Obtendo -

ISBN 978-85-65221-23-8
se de início 4.350 artigos. Como critérios de inclusão, foram utilizadas publicações na
íntegra, em idioma português de 2013 a 2015. Através de tal busca, encontrou-se 06
publicações, onde 03 enquadravam-se no estudo, foram descartadas outras 3 por não
terem discutido objetivamente sobre o assunto e não se enquadrarem nos critérios de
inclusão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com base na literatura os autores revelam,
que a equipe de enfermagem é bastante relevante na assistência. Cabe à equipe
auxiliar nos cuidados dos pacientes potenciais doadores, e, para tanto, o enfermeiro
deve possuir domínio de todas as situações clínicas que podem ocorrer em
decorrência da ME. O paciente deve ser tratado com seriedade e engajamento por
toda a equipe, pois negligências nesse período poderão acarretar disfunção de órgãos
no paciente potencial doador. CONCLUSÃO: Portanto, a manutenção do potencial
doador inclui, o pleno conhecimento de todas as formalidades legais envolvidas no
processo, á prevenção e detecção precoce de sinais de deterioração dos sinais vitais,
evitando complicações advindas da ME, para que os órgãos possam ser retirados e
transplantados nas melhores condições funcionais possíveis. O enfermeiro deve estar
capacitado a identificar tais alterações fisiopatológicas, para que possa instituir
medidas terapêuticas adequadas.

Palavras-chave: Enfermagem.Transplantes de Órgãos. Morte Encefálica.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
DEPRESSÃO EM IDOSOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA
PERMANÊNCIA EM JUAZEIRO DO NORTE-CE

Bruno Bezerra André (Relator, UNILEÃO)


Sildelania de Oliveira Gonçalves (Autora, UNILEÃO)
Silvio Soares de Caldas (Autor) UNILEÃO
Jacione Silva de Oliveira (Autora, UNILEÃO)
Daniele Rodrigues da Silva (Autora, UNILEÃO)
Andréa Couto Feitosa (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: O envelhecimento é um processo natural que pode gerar


desestruturação no organismo, sendo amenizado através deum estilo de vida
saudável, promovendo um envelhecimento com qualidade. A depressão é uma doença
que pode ocorrer tanto em jovens como em idosos, estando mais frequente nos
idosos, porque muitos confundem a depressão na terceira idade com a tristeza
relacionada ao estado de velhice. A depressão requer um diagnóstico minucioso para
poder ser tratada. O vínculo familiar é muito importante em qualquer idade, mas para
os idosos são muito enriquecedores, tanto pela questão de saúde física como
emocional, sendo a institucionalização um fator que pode colaborar para o surgimento
ou agravo da depressão. OBJETIVOS: A pesquisa teve como objetivo geral conhecer
a depressão em idosos de uma instituição de longa permanência, e como objetivos
específicos, caracterizar o perfil sócio demográfico dos participantes do estudo,
identificar os motivos que levaram a institucionalização dos idosos e verificar o grau de
depressão nos idosos através a escala de depressão geriátrica abreviada.
METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa,
realizada em uma instituição de longa permanência, em Juazeiro do Norte-CE. A
coleta de dados ocorreu no período de fevereiro a março de 2017. A população foi
constituída por 50 idosos institucionalizados e a amostra por 25 participantes
selecionados pelos critérios de inclusão: possuir idade a partir de 60 anos, de ambos
os sexos, orientados e que aceitaram participar da pesquisa assinando o termo de
consentimento livre e esclarecido e o termo de consentimento pós-esclarecido. Os
critérios de exclusão foram os que não obedeceram aos critérios de inclusão citados
anteriormente. Utilizou-se como coleta de dados um roteiro de entrevista
semiestruturada e a escala de depressão geriátrica abreviada. Após a coleta, os dados

ISBN 978-85-65221-23-8
foram organizados por meio de tabela e gráficos, sendo analisados por estatística
simples e com base na literatura pertinente à temática, a partir do programa Word e
Excel versão Office 2010. A pesquisa respeitou a Resolução Nº 466/12.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com os resultados, observou-se que 52%
(n=13) dos participantes eram do sexo feminino, 40% (n=10) possuíam idade entre 71
a 80 anos, 72% (n=18) tinham nível fundamental incompleto e 44% (n=11) eram
solteiros. Destacou-se como principal motivo para a institucionalização o abandono
familiar com 64% (n=16) dos casos. Em relação ao grau de depressão nos idosos,
44% (n=11) apresentaram depressão moderada, o qual é acompanhado de mais de
cinco sintomas e ocorrem mudanças nos hábitos diários do indivíduo. Nenhum idoso
apontou depressão leve. CONCLUSÃO: De acordo com os resultados obtidos,
concluiu-se que a depressão é predominante nos idosos do sexo feminino, com idade
entre 71 a 80 anos, com nível fundamental incompleto, solteiros, tendo o abandono
familiar como principal causa da institucionalização e com depressão moderada.
Dessa forma, espera-se uma melhor atenção à população idosa institucionalizada, a
fim de prevenir e/ou tratar a depressão de forma adequada, proporcionando uma
melhor qualidade de vida e uma maior conscientização quanto à importância do
vínculo familiar para com o idoso.
Palavras-chave: Depressão. Idoso. Instituição de Longa Permanência.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
DESAFIOS PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA:
REVISÃO DE LITERATURA BASEADO NO MÉTODO DE PAULO FREIRE.

Cícera Raniele Vieira de Souza (Relatora, UNILEÃO)


Cicera Kassiana Rodrigues Vieira (Autora, UNILEÃO)
Erislane Laiane Silva Vieira (Autora, UNILEÃO)
Ívina Keila Batista de Oliveira (Autora, UNILEÃO)
Antonia Natâniele Gomes Feitosa Ventura (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: No final do Século XX, ocorreram mudanças impulsionando o


movimento da Promoção da Saúde a nível mundial, que culminou com a criação do
Sistema Único da Saúde (SUS) em 1990. O Programa Saúde da Família (PSF) foi
implantado no Brasil pelo Ministério da Saúde em 1994, o mesmo conhecido hoje
como Estratégia Saúde da Família (ESF), aprovado pelo governo em 2006. A
promoção da saúde permanece em constate debate teórico e conceitual, é ainda
diversa, nos diversos campos da saúde humana e sociedade. A promoção da saúde
reforça o conceito de determinação social da saúde, com objetivo de impactar
favoravelmente a qualidade de vida. Esses desafios correspondem à aplicabilidade de
ação da Carta de Ottawa, que compreende a criação de ambientes saudáveis, o
desenvolvimento de habilidades pessoais, a proposição de políticas públicas
saudáveis, o reforço da ação comunitária, e principalmente a reorientação do sistema
de saúde. OBJETIVO: Analisar as bases para uma nova promoção da saúde e sua
aproximação com o pensamento e a obra de Paulo Freire. METODOLOGIA: O estudo
é de caráter bibliográfico, descritivo com abordagem qualitativa. Foram realizadas
pesquisas no banco de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, durante o mês de
agosto de 2017. Empregou-se como descritores da saúde: Promoção da saúde.
Educação em saúde. ESF. Como critérios de inclusão, foram utilizadas publicações na
íntegra, em idioma português de 2011 a 2015. Através de tal busca, encontrou-se 75
publicações, que após analisadas foram excluídas 56 por não terem discutido
objetivamente sobre o assunto e não se enquadrarem nos critérios de inclusão,
restando 19 para construção dos resultados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A
literatura evidência que diante das relações teóricas entre educação em saúde e
promoção da saúde, o empoderamento, a cultura e o entendimento por parte dos

ISBN 978-85-65221-23-8
profissionais frente as suas ações de promoção da saúde, faz-se necessário que se
apropriem da compreensão teórica que envolve essas temáticas. Ações que se dá por
meio de consultas, procedimentos técnicos, ações coletivas como os grupos e salas de
espera, onde existe a possibilidade de estabelecer o diálogo. Para que essas ações
educativas sejam efetivas e relevantes, é necessário ainda, resgatar os princípios da
comunicação, informação e educação, para uma melhor qualificação das atividades na
ESF. CONCLUSÃO: No entanto, o método de Paulo Freire apresentou-se oportuno,
considerando que uma relação de diálogo permita que as reflexões dos profissionais
os levem a novas propostas de ação sobre o cotidiano de promoção da saúde. Embora
a educação em saúde seja um dos instrumentos da promoção da saúde, tal prática
tem sido pouco difundida no sistema de saúde, destacando-se a necessidade dos
profissionais dessa área receber educação permanente que abranjam novas
possibilidades metodológicas de atuação.

Palavras-chave: Promoção da Saúde. Educação em Saúde. ESF.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL PARA DETECÇÃO PRECOCE DA
SEPSE NEONATAL

Williane Rodrigues Lima (Relatora, UNILEÃO)


Ana Beatriz Linard de Carvalho (Autora, UNILEÃO)
José Wendallo Silva do Nascimento (Autor, UNILEÃO)
Mikaelle Rodrigues Leite (Autora, UNILEÃO)
Paula Leticia Wendy de Souza Nunes (Autora, UNILEÃO)
Alessandra Bezerra de Brito (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: O período neonatal é caraterizado pelo intervalo do nascimento até


aproximadamente os vinte e oito dias de nascido. Após a primeira semana de vida, o
neonato que se adapta a vida extrauterina, está susceptível a adquirir infecções com
maior facilidade, a sepse (infecção generalizada), por exemplo, é um dos quadros
infecciosos mais frequentes nesse período é caracterizada como uma síndrome
clínica em resposta inflamatória, onde os sinais e sintomas são apresentados nas
primeiras setenta e duas horas em unidade hospitalar. A sepse neonatal precoce
ocorre nos primeiros seis dias de vida, relacionada diretamente a fatores maternos
gestacionais e periparto, a sepse neonatal tardia, por sua vez, é relacionada a germe
hospitalar, ocorrendo após seis dias de vida. OBJETI O: Apresentar uma revisão
sobre os principais métodos laboratoriais utilizados no diagnóstico precoce de sepse
neonatal. METODOLOGIA: O estudo trata-se de uma revisão de literatura baseada
na consulta de artigos científicos selecionados do banco de dados da scielo, a partir
da fonte Lilacs. A pesquisa bibliográfica serviu inicialmente como embasamento
teórico para o estudo. Para conclusão da busca de artigos foi utilizados os seguinte
descritores: Sepse, diagnóstico e neonatal. A pesquisa foi composta de dez
publicações nacionais onde oito foram selecionadas para compor a amostra
utilizando-se como critérios de inclusão artigos publicados em português e de
exclusão artigos publicados antes de 2010, possibilitando então uma revisão
narrativa da literatura sobre o tema proposto. RESULTADOS E DISCUSSÃO: trata-
se de um diagnóstico difícil, principalmente quando se trata se sepse neonatal
precoce por não haver testes diagnósticos específicos. No entanto a partir do
levantamento bibliográfico pode-se observar a utilização de alguns testes e

ISBN 978-85-65221-23-8
marcadores no diagnóstico da sepse neonatal tardia: hemocultura, que apesar de
ser considerado padrão áureo apresenta baixa sensibilidade, dependendo muito do
meio de cultura utilizado e do microrganismo; Avaliação de líquor para pesquisa
bacteriológica, bacterioscópica, contagem de células e bioquímica do líquor em todo
recém-nascido propenso a tratamento antimicrobiano para sepse; A proteína
C reativa tem sido utilizada como um importante marcador neste tipo
de avaliação, seguido desta vem a velocidade de hemossedimentação (VHS), porém
sendo ambas pouco sensíveis e inespecíficas; O leucograma e os índices
leucocitários, identificando a neutropênia como o mais fidedigno preditor de sepse
neonatal; O fator de necrose tumoral é o principal mediador de choque séptico e de
lesão tecidual difusa, sendo de sua importância no diagnóstico, geralmente utilizado
em combinação com interleucina seis (IL-6), apresentando sensibilidade de 8,5%
quando combinados. CONCLUSÃO: Apesar de se tratar de um diagnóstico difícil, é
notório que existe uma gama de meios laboratoriais que, quando usados em
conjunto possibilitam a conclusão diagnóstica. É valido ressaltar que quando
identificado precocemente, a sepse neonatal, maiores são as possibilidade de
tratamento, bem como a não evolução da doença, evitando dessa forma a utilização
de tratamentos extraordinários, diminuindo assim, as taxas de morbimortalidade.

Palavras-chave: Sepse. Neonatal. Diagnóstico.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
DIFICULDADE DA REALIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER
INFANTIL

Eduardo Lourenço dos Santos (Relator, UNILEÃO)


Dannieli de Sousa Silva Rodrigues (Autora, UNILEÃO)
Aline Hellen Silva (Autora, UNILEÃO)
Francinubia Nunes Barros (Autora, UNILEÃO)
Jeyzianne Franco da Cruz da Silva (Autora, UNILEÃO)
Andréa Couto Feitosa (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: O câncer é um conjunto de várias patologias que ocorrem devido à


proliferação desordenada das células anormais. Possui uma característica de invasivo,
podendo penetrar e prejudicar outros tecidos e órgãos. É de extrema importância ser
realizado o tratamento logo após o diagnóstico, mas nem sempre o diagnóstico é
realizado com exatidão, podendo ser confundido com outras patologias, e por vez,
comprometendo as chances de vida do paciente. OBJETIVO: Fazer uma análise das
dificuldades e da relevância na realização do diagnóstico precoce do câncer em
crianças através de revisão de literatura. MÉTODO: Trata-se de uma revisão
bibliográfica, onde o levantamento dos dados foi feito através de artigos pré-
selecionados em banco de dados, como Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Base de
Dados de Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências
da Saúde (LILACS), Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE) e
Instituto Nacional do Câncer (INCA). Foram utilizados os descritores: câncer infantil e
diagnóstico precoce, totalizando uma busca inicial de 169 artigos correlacionados ao
tema e coletados no mês de setembro de 2017. Após aplicação dos critérios de
inclusão que foram: texto completo disponível, nos idiomas em português e inglês,
publicados em 2011 a 2017, obteve-se 28 artigos. Os critérios de exclusão foram todos
aqueles que não se adequaram nos critérios citados anteriormente. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Após a leitura minuciosa dos artigos, observou-se que umas das
dificuldades para o diagnóstico precoce em crianças é o fato do câncer, em muitas
situações, ser confundido com outras doenças que geralmente são comuns de
acontecerem na infância, tendo como exemplo, dores de cabeça, caroços no pescoço,
nas axilas e na virilha, manchas na pele, febre constante, dores nas articulações e
vômitos. Estas manifestações podem facilmente ser diagnosticadas em doenças como

ISBN 978-85-65221-23-8
a virose, rubéola, catapora, caxumba e sarampo . Os cânceres infantojuvenis
apresentam menores períodos de latência, geralmente crescem de forma rápida e são
mais invasivos. Contudo, apesar de todas as implicações, é de extrema relevância
abordar sobre a rápida resposta ao tratamento quando diagnosticado precocemente,
visto que estima-se que 70% das crianças podem ser curadas quando descoberto o
câncer em seu estágio inicial. CONCLUSÃO: Foi evidenciado que o câncer quando
apresentado em crianças não é tão simples de ser diagnosticado e essa demora pode
repercutir em toda uma vida, pois quando invadido é difícil de controlar. Contudo,
quando diagnosticado cedo e iniciado o tratamento, a criança tem muitas chances de
obter a cura.

Palavras-chave: Câncer Infantil. Diagnóstico Precoce. Dificuldade.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS ENFERMEIROS PARA A
IMPLEMENTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
(SAE) EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
Luzianne Clemente de Meneses (Relatora, UNILEÃO)
Carlos Vinicius Moreira Lima (Autor, UNILEÃO)
Monalisa Martins Querino (Autora, UNILEÃO)
Maria Daniele Sampaio Mariano (Autora, UNILEÃO)
Alessandra Moraes Menezes Silva (Autora, UNILEÃO)
Woneska Rodrigues Pinheiro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Os cuidados de enfermagem são fundamentados em uma base


teórico-científica, a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), definida
como uma metodologia científica, estruturada para qualificar o cuidado, por meio de
uma assistência holística, individualizada, consolidando o comprometimento e a
responsabilidade do profissional perante os pacientes. A mesma é aplicada através do
Processo de enfermagem (PE), promovendo maior organização dos serviços,
estimulando o pensamento crítico do profissional enfermeiro, buscando maximizar a
assistência e minimizar erros. Nesse contexto, sendo a Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) o nível mais complexo e avançado dentro da hierarquia dos serviços
hospitalares, composto de pacientes gravemente enfermos, se torna indispensável à
implementação da SAE neste setor. Contudo, sua implementação enfrenta desafios,
onde se destaca uma lacuna em sua aplicabilidade, por parte dos enfermeiros.
OBJETIVO: Identificar as dificuldades vivenciadas pelos profissionais enfermeiros na
implementação da SAE em Unidades de Terapia intensiva, através de revisão
sistemática da literatura. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática da
literatura cujo levantamento bibliográfico foi realizado a partir de busca online das
produções científicas indexadas na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, no
mês de Setembro de 2017, utilizando os seguintes Descritores em Ciências da Saúde:
Processo de Enfermagem e Unidade de Terapia Intensiva, correlacionando os
mesmos. Como critérios de inclusão foram selecionados artigos que estivessem
disponíveis na íntegra para leitura, publicados nos anos de 2012 à 2016, ter sido
realizado no Brasil, e publicados em português. Uma análise inicial foi realizada com
base nos títulos dos manuscritos; leitura dos resumos dos para filtragem, organizados

ISBN 978-85-65221-23-8
por relevância, segundo opção disponível na base de dados. Foram excluídos artigos
que não estivessem disponíveis na base de dados mencionada, não estivessem em
português como também, artigos que não contemplassem o tema em estudo.
Obedecendo aos critérios previamente estabelecidos, perfizeram-se um total de 14
artigos e estes foram lidos na íntegra. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da
análise dos estudos selecionados nesta revisão, percebeu-se que a operacionalização
da SAE pelos enfermeiros nas UTIs tem se esbarrado em múltiplas dificuldades onde
destaca-se cargas excessivas de trabalho, devido número reduzido de profissionais
no setor, que denota da Enfermagem inúmeras atribuições assistenciais e burocráticas
no atendimento contínuo e vigilante de pacientes em estado crítico; falta de
conhecimento teórico-prático, domínio e desconhecimento do PE, como também
muitos dos enfermeiros consideram a mesma como atividade puramente burocrática,
que se expressa longe da realidade e está apenas descrita em papel, implicando
diretamente em sua desvalorização cultural por parte da categoria. CONCLUSÃO:
Diante dos resultados desta pesquisa pode-se inferir que a SAE e sua implementação
na UTI necessita de maior interesse e atenção por parte dos enfermeiros, pois o
simples ato de implementa-la traria maior valorização da profissão, maior visibilidade e
principalmente excelência no cuidado prestado aos pacientes. É necessário
sensibilizar os enfermeiros de que sua o utilização seria o diferencial que falta para
alavancar a Enfermagem nos dias atuais.
Palavras-chave: Enfermagem. Processo de Enfermagem. Unidade de Terapia
Intensiva.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio

EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA REDUÇÃO DE CESÁREAS


DESNECESSÁRIAS- REVISÃO DE LITERATURA

Bianca Lima Miranda (Relatora, UNILEÃO)


Crisângela Santos de Melo (Autora, UNILEÃO)
Amanda Falcão Lustosa (Autora, UNILEÃO)
Maria de Fátima Pereira de Oliveira (Autora, UNILEÃO)
Marcelo Pereira da Silva (Autor, UNILEÃO)
Juliana Fechine Bras de Oliveira (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: O Brasil está entre os países que possuem as mais elevadas taxas
de cesárea, de aproximadamente 40%, ainda muito acima do limite de 15%
esperado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Durante as últimas décadas,
o setor de saúde privado é o que mais tem colaborado com valores crescentes de
cesáreas desnecessárias. Dados estatísticos apontam que taxas de cesáreas
ocorridas no Sistema Único de Saúde e nos serviços particulares (não públicos)
foram de 30,1 e 80,7%, respectivamente. Sendo assim é fundamental a
conscientização de profissionais sobre as consequências reais dessa decisão e a
necessidade de capacitação e atualização constantes para o manejo das diversas
situações possíveis para o nascimento. OBJETIVOS: Analisar estratégias que
promovam a redução de cesáreas desnecessárias. METODOLOGIA: Trata-se de
um estudo descritivo, do tipo revisão de literatura narrativa com base na pesquisa de
artigos relacionados à temática proposta utilizando-se das seguintes bases de dados
– Scielo, LILAC’s, e BVS. Para a efetivação da busca de artigos foram utilizados os
seguintes descritores: cesáreas desnecessárias, educação permanente,
enfermagem. A população da pesquisa foi composta por quinze artigos, onde sete
artigos compuseram a amostra. Foram incluídos todos os artigos originais indexados
entre o período de 2009 a 2016, respeitando os seguintes critérios de inclusão:
artigos escritos em português e artigos completos. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Nenhum fator ou explicação é capaz de justificar as influências que interferem na

ISBN 978-85-65221-23-8
decisão pelo parto tipo cesárea. Visto que a antecipação do parto, as cesáreas
eletivas propriamente ditas acarretam serias complicações materno-fetais. Estudos
discutem estratégias que possibilitam a diminuição de cesáreas desnecessárias,
como Definição das indicações precisas; Uso de protocolos e fluxogramas baseados
em evidência; uma segunda opinião antes da realização; a Indução de parto e parto
vaginal após cesárea; Condutas expectantes; Mecanismos de combate à dor, entre
outros procedimentos especiais. Porém um dos principais déficits que colabora para
essas cesáreas desnecessárias é o sistema de educação, pois há uma falta de
preparo na condução ao parto normal de forma mais fisiológica. Visto assim que
diante de todas as estratégias, a educação permanente de profissionais é a principal
estratégia na condução das mesmas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que
diante do estudo a educação permanente ainda possui déficit nos serviços
obstétricos, os profissionais de saúde devem assumir uma posição de destaque para
as estratégias de redução das cesáreas desnecessárias. É fundamental a
conscientização dos possíveis agravos à saúde, e da necessidade de capacitação e
atualização constantes para o manejo das mais diversas situações possíveis.

Palavras-chave: Cesárea. Educação Permanente. Enfermagem.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
ENSINO DE GERENCIAMENTO EM ENFERMAGEM UTILIZANDO DIAGRAMA DE
CAUSA E EFEITO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Maria Regilânia Lopes Moreira (Relatora, URCA)


Patrícia Pereira Tavares de Alcântara (Autora, UFCA)
Álissan Karine Lima Martins (Orientadora, URCA)

INTRODUÇÃO: Segundo Behr, Moro e Estabel (2008), o Diagrama de Causa e Efeito


(espinha de peixe / diagrama de Ishikawa) tem como objetivo evidenciar e organizar as
causas de determinado problema. Segundo Franklin e Nuss (2006), este diagrama foi
desenvolvido para representar a relação entre um efeito e todas as possibilidades de
causas, que podem contribuir para esse efeito. Para sua construção, deve-se
primeiramente definir o problema ou efeito a ser analisado. Esta é uma ferramenta
gerencial frequentemente utilizada e se adequa a situações de natureza variável,
incluindo no âmbito da saúde. OBJETIVO: Objetiva-se, com este relato, descrever a
utilização do Diagrama de Causa e Efeito no ensino de gerenciamento em
enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência ao se utilizar o
referido diagrama na graduação em Enfermagem, durante a disciplina de Gestão das
Ações e Serviços de Saúde e Enfermagem, da Universidade Regional do Cariri
(URCA), em Iguatu/CE. Foi proposta para os alunos a identificação das causas de uma
situação hipotética que evidenciava o monitoramento do desperdício de medicamentos
numa unidade hospitalar., utilizando-se o Diagrama de causa e efeito, A atividade foi
realizada em setembro de 2016. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Através do uso desta
ferramenta, os alunos foram capazes de identificar diversas causas do problema
proposto, variando desde causas relacionadas ao despreparo e/ou falta de qualificação
dos profissionais na manipulação destes insumos, a interferência de fatores ambientais
na validade dos medicamentos, a falta de instrumentos/formulários para controle
quantitativo e qualitativo das medicações, bem como a necessidade de reforçar
atividades de supervisão da equipe de enfermagem pelos enfermeiro. Com o diagrama
pronto, a visão da problemática foi ampliada e sua análise facilitada. Percebeu-se
facilidade no manuseio desta ferramenta pelos alunos, bem como boa receptividade
destes em executar a tarefa proposta. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este relato

ISBN 978-85-65221-23-8
evidencia a aplicabilidade do Diagrama de Causa e Efeito na enfermagem, integrando
as suas dimensões de trabalho. Notou-se a utilização prática desta ferramenta no
ensino do gerenciamento de processos que podem interferir na assistência. Diante dos
achados, sugere-se sua utilização como tecnologia para o planejamento do cuidado de
enfermagem, podendo ser, inclusive, ensinado desde a graduação em Enfermagem.

Palavras-chave: Gerenciamento. Enfermagem. Diagrama.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
ENVELHECIMENTO E SEUS REFLEXOS BIOPSICOSSOCIAIS: Uma Revisão da
Literatura.

Regina Maria Mota Arrais (Relatora, UNILEÃO)


José Nairton Coelho da Silva (Autor, UNILEÃO)
Mariana Teles da Silva (Autora, UNILEÃO)
Andriela dos Santos Pinheiro (Autora, UNILEÃO)
Iasmin de Oliveira Costa (autora, UNILEÃO)
Ana Paula Ribeiro de Castro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: O envelhecer traz consigo diversas mudanças dentre elas funcionais


bioquímicas o que determinam a progressiva perda da capacidade de adaptação do
indivíduo ao meio ambiente, ocasionando maior vulnerabilidade e maior incidência de
processos patológicos que culminam por levá-los a morte. OBJETIVOS: Analisar os
principais aspectos biopsicossociais que caracterizam o processo do envelhecimento
humano e sua influência na qualidade de vida da população idosa. Os objetivos
específicos foram analisar as variáveis que interferem na adaptação do indivíduo ao
processo do envelhecimento e entender o envelhecimento não só nos aspectos
cronológicos, mas num contexto social específico de cada indivíduo. MÉTODO: Estudo
do tipo revisão de literatura, exploratório, de abordagem qualitativa. Foram utilizadas
como bases de dados o “Google acadêmico”, e “Scielo Brasil”, além de livros sobre a
temática. Como descritores foram utilizados “idoso” e “Sa de do idoso”. Dentre os
critérios de exclusão foram: artigos publicados antes de 1996 e que não se referiam a
os objetivos do trabalho e o idioma, sendo escolhido para analise apenas artigos que
estavam em português e que falavam sobre o tema proposto. Foram encontrados 22
artigos. E ao decorrer da leitura foi possível observar que em alguns deles não se
enquadravam nos critérios do estudo, resultando em 20 artigos, após a exclusão.
Dentre os artigos citados foram encontrados com maior frequência entre o período de
1996 a 2011. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após a leitura criteriosa do material
selecionado foram organizados três capítulos intitulados: 1- Processo de
envelhecimento humano; 2- Principais aspectos biológicos, sociais e psicológicos do
envelhecimento; 3 - Qualidade de vida na terceira idade. Realizando uma discussão
crítica e reflexiva a partir da fonte de informações dos autores pesquisados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Entender o envelhecimento como um todo é poder

ISBN 978-85-65221-23-8
compreender aspectos dinâmicos e progressivos ocorridos com o passar do tempo. As
alterações no campo físico, psicológico e social decorrentes do processo do
envelhecimento, influenciam na capacidade funcional da terceira idade, então, a
compreensão dos aspectos teóricos pode embasar uma prática mais qualificada. A
partir da analise bibliográfica foi possível compreender como se dá o processo do
envelhecimento humano em um entendimento fisiológico, morfofuncional, social e
psicológico, como também pode analisar a qualidade de vida na terceira idade. Assim,
os aspectos biopsicossociais possuem grandes influencias no processo de
envelhecimento, contribuindo para que se tenha uma maior ou uma menor expectativa
de vida conforme as alterações ocorridas. Dessa forma, torna-se relevante na medida
em que se propõe contribuir com reflexões acerca do que e envelhecer, bem como as
principais mudanças advindas com essa etapa da vida. E elucidar tecnologias do
cuidado para a melhoria desse processo de envelhecer.

Palavras-chave: Idoso. Saúde do Idoso. Qualidade de Vida. Envelhecimento.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDI IDUAL E SUA RELAÇÃO COM A SAÚDE DO
TRABALHADOR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Alana Mirella Rodrigues Tupiná (Relatora, UNILEÃO)


Carlos Vinicius Moreira Lima (Autor, UNILEÃO)
Luzianne Clemente de Meneses (Autora, UNILEÃO)
Ozeias Pereira de Oliveira (Autor, UNILEÃO)
Janayle kellen Duarte de Sales (Autora, UNILEÃO)
Aline Morais Venâncio (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Todo processo de trabalho envolve riscos que se caracterizam pela


combinação da probabilidade e gravidade de um determinado evento ocorrer e este
varia de acordo com o tipo de bens de serviço produzido. Para se evitar ou reduzir
esses riscos a Norma Regulamentadora 6 recomenda o uso de equipamento de
proteção individual (EPI), sempre que as medidas coletivas não forem aplicadas ou
sejam incapazes de sanar os riscos. Compreende-se por EPI, o dispositivo ou produto
de uso individual utilizado pelo trabalhador para proteção dos riscos que o ambiente e
a atividade laboral oferecem a sua saúde e segurança. Dessa forma, emerge a
necessidade de discussão sobre a importância do uso desses equipamentos, bem
como a sensibilização dos profissionais para sua utilização correta e contínua. Diante
do exposto, é necessário implementar estratégias de educação junto aos
trabalhadores, de forma a enfatizar, cada vez mais, a importância da utilização dos
equipamentos de segurança. OBJETIVO: Relatar experiência do desenvolvimento de
uma ação educativa sobre a relação do uso de EPI e sua importância para prevenção
dos riscos para a saúde do trabalhador. MÉTODO: Trata-se de um relato de
experiência que discorre sobre uma ação proposta pela disciplina de saúde do
trabalhador, do curso de graduação em enfermagem, do Centro Universitário Doutor
Leão Sampaio (UNILEÃO), realizado pelos acadêmicos do curso, em uma fábrica de
produtos de limpeza na região do Cariri cearense, no mês de novembro de 2016.
Participaram da ação 28 funcionários do setor de produção da empresa. Durante a
realização da atividade, os participantes tiveram oportunidade de expressar seu
entendimento sobre a temática, através de uma dinâmica realizada com os mesmos,

ISBN 978-85-65221-23-8
que tinha como objetivo avaliar o conhecimento dos participantes antes da explanação
da temática e observar a familiaridade para com o EPI. Após avaliar conhecimento
prévio dos participantes, foram esclarecidas as principais dúvidas e realizada roda de
conversa sobre os riscos das atividades que realizam e a importância do uso correto
do EPI, esclarecendo os direitos e deveres dos laboriosos e do empregador. A
coordenação do curso de enfermagem da instituição de ensino enviou um ofício à
empresa comunicando acerca da ação a ser realizada, obtendo assim, o
consentimento para exequibilidade da atividade. RESULTADOS: Os trabalhadores se
mostraram prestativos, interativos com os discentes e relataram situações em que
entraram em contato acidental com produtos químicos corrosivos durante a atividade
laboral e por estarem paramentados adequadamente, evitaram a ocorrência de um
possível acidente de trabalho. Durante a discussão, demonstraram conhecer a
exposição diária aos riscos e ao final da ação reconheceram a importância do uso do
EPI, para minimizar os riscos e a importância de realização de ações preventivas no
ambiente de trabalho. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, o desenvolvimento da
ação propiciou aos acadêmicos de enfermagem correlacionar teoria à prática,
contribuindo com a formação de enfermeiros aptos a identificarem a relação saúde,
trabalho e adoecimento, além de sensibilizar os trabalhadores da empresa sobre a
importância do uso de EPI.
Palavras-chave: Equipamento de Proteção Individual. Riscos Ocupacionais. Saúde do
Trabalhador.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
ESTRATÉGIAS ATI AS PARA ADESÃO DOS HIPERTENSOS AO TRATAMENTO:
Um relato de ex eri n ia

Thais Bezerra H. G. Rodrigues (Relatora, UNILEÃO)


José Valentim Belém (Autor, UNILEÃO)
Anna Caroline Leite (Autora, UNILEÃO)
Gessyca Natalia Ferreira (Autora, UNILEÃO)
Aline de Morais Venâncio (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma síndrome multifatorial,


caracterizada pelo aumento dos valores pressóricos arteriais, está relacionada a
elevada morbimortalidade cardiovascular, tornando-se um problema de saúde pública
devido a gastos e múltiplas internações devido ao descontrole e falta de tratamento
adequado. No tocante ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso, conseguir
o controle da doença e adesão ao tratamento ainda é um desafio. OBJETIVO:
Realizar atividade educativa voltada para a importância de um estilo de vida saudável
juntamente com a tomada de medicações anti-hipertensivas de forma adequada onde
os usuários participassem de forma ativa na aquisição do conhecimento.
METODOLOGIA: O presente estudo apresenta uma ação do projeto de intervenção
realizado na Estratégia de Saúde da Família (ESF) 59, localizada no município de
Juazeiro do Norte – Ceará. A atividade foi previamente planejada pelos acadêmicos de
enfermagem em estágio curricular nesta unidade, juntamente com a preceptora e a
equipe de saúde, ocorrendo em 25 de Abril de 2017, no período da tarde. O público
alvo contemplou todos os hipertensos associados ou não a diabetes ou outras
comorbidades, que faziam parte da área de abrangência de atendimento da ESF 59. A
população foi composta por todos os clientes que se fizeram presentes na data e
horário previamente marcados e divulgados pelos agentes comunitários de saúde,
sendo um total de 35 participantes. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante o
desenvolvimento da atividade educativa sempre se buscou a interação com o público
alvo, através de estratégias ativas de aprendizagem, onde os participantes saíssem da
passividade e tornassem atores do aprendizado. Inicialmente foi disposto um painel,
entregue imagens sobre hábitos que prejudicam ou melhoram sua patologia e todos
participavam tendo que decidir, refletir e afixar sua imagem no painel. Após foi feita

ISBN 978-85-65221-23-8
uma explanação sobre a importância de bons hábitos de vida, uso da medicação, os
horários corretos, a forma de uso adequada e o uso contínuo dos fármacos. Os
pesquisadores com finalidade de auxiliar os participantes a dividir as medicações de
acordo com o horário correto de tomada e assim evitar esquecimento ou não
entendimento do uso correto do fármaco, produziram caixas que continham divisórias
com pictogramas indicando através de símbolos diurnos e noturnos os horários para
tomada da medicação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A intervenção refletiu de forma
positiva na comunidade, e após ela pode-se presenciar um controle mais adequado
dos níveis pressóricos dos pacientes com HAS, bem como um aumento no número de
hipertensos nas consultas de enfermagem. Com isso, além de todo conhecimento
adquirido pelos acadêmicos, os pacientes demonstraram também a necessidade de
adquirir mais conhecimento sobre o tema abordado, assim como manter-se sempre
informado sobre eles para uma melhoria constante de sua saúde.

Palavras-chave: Hipertensão. Adesão a Medicação. Educação em Saúde. Promoção


da Saúde.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio

FATORES DE RISCO PARA ANEMIA FERROPRIVA NO PERÍODO GRAVIDÍCO

Bruna da Conceição Fernandes da Silva (Relatora, UNILEÃO)


Werika Ferreira Gomes (Autora, UNILEÃO)
Isla Mônica Soares de Oliveira (Autora, UNILEÃO)
Marceliana Oliveira Felex (Autora, UNILEÃO)
Crisângela Santos de Melo (Autora, UNILEÃO)
Alessandra Bezerra de Brito (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: O período gestacional está associado a uma série de alterações


fisiológicas e anatômicas, tais como mudanças no sistema hematológico, respiratório
e cardiovascular. Além das alterações funcionais, a anemia por deficiência de ferro
(anemia ferropriva) destaca-se como uma das complicações mais comuns de uma
gravidez. A identificação do quadro clínico na forma leve ou moderada de anemia na
gestação pode ser difícil, visto que os sinais e sintomas têm instalação insidiosa e na
maioria das gestantes não são evidentes ao exame físico. O tratamento e a
profilaxia da anemia durante o período gestacional funcionam de uma forma a
prevenir distúrbios que podem repercutir na infância, como parto prematuro, baixo
peso ao nascer e dificuldades cognitivas do recém-nascido. OBJETIVO: Descrever
através de uma revisão de literatura os principais fatores de risco para o
desenvolvimento da anemia ferropriva no período gravídico. METODOLOGIA: Trata-
se de uma revisão de literatura de cunho quantitativo que obteve os dados para
analise através das bases de dados SCIELO, MEDLINE e LILACS, publicados entre
o ano 2006 a 2016. Foram encontrados 57 trabalhos que ao serem filtrados,
restaram apenas 8 artigos. Com os seguintes critérios de inclusão: texto completo
disponível e modalidade artigo; e os critérios de exclusão: trabalhos repetidos e que
não se encaixavam na temática. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As publicações
analisadas possibilitaram o entendimento de que a anemia na gravidez configura o
problema hematológico mais frequente da gestação, sendo diagnosticada em mais
de 50% das grávidas. Como a anemia ferropriva é uma causa multifatorial,
avaliaram-se fatores epidemiológicos pregativos e gestacionais que influenciam a
causalidade da anemia: idade (predominância de gestantes com menos de 19 anos),
paridade, causas de sangramento intenso 6 meses antes da gestação,

ISBN 978-85-65221-23-8
características da menstruação, influência da ingestão de café, tabagismo,
hiperemese gravídica, doenças gastrointestinais e outras doenças associadas, uso
crônico de drogas anti-inflamatórias, alguns fatores socioculturais (Escolaridade, a
maioria não frequentavam escolas, ou só estudaram ate o ensino fundamental.
Estado policlínico e familiar), e hábitos alimentares, que alarmava uma preocupação,
pois não tinham condições de uma alimentação adequada e específica. Desta forma,
torna-se de extrema importância a identificação da anemia ferropriva em gestantes
a fim de que sejam adotadas medidas preventivas relativas à ocorrência de
complicações decorrentes dessa carência nutricional. CONCLUSÃO: Há uma
evidente necessidade de trabalhos bem conduzidos e randomizados, com série
observacional de longo período sobre o binômio materno-fetal. Sendo assim,
conclui-se que a reposição de ferro durante o período gestacional, apesar de
inúmeros relatos na literatura, continua a ser um tema controverso.

Palavras-chave: Anemia Ferropriva. Gestantes. Fatores de


Risco.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
FATORES DE RISCO PARA INCIDÊNCIA E RECIDIVA DE ACIDENTE
VASCULAR ENCEFÁLICO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Nairla Gerônimo Ferreira (Relatora, UNILEÃO)


Maria Thamylle Ramos Nery (Autora, UNILEÃO)
Marília Enézia Bezerra de Oliveira (Autora, UECE)
Cícera Luciana da Silva Sobreira (Orientadora, URCA)

INTRODUÇÃO: O AVE (Acidente Vascular Encefálico) é um dano na região


cerebral, decorrente de alterações na circulação, pode ser do tipo hemorrágico, onde
ocorre um sangramento causado pelo rompimento de um vaso, ou isquêmico no
qual acontece a oclusão do vaso, assim obstruindo o fluxo sanguíneo de uma
determinada região do cérebro. Manifesta-se através de déficits motores e
sensoriais e distúrbios de linguagem e equilíbrio. É uma das razões mais frequentes
de internamentos, incapacidades e uma das primeiras causas de óbitos. Pode
acometer pessoas de todas as idades, porém com maior incidência em idosos,
afetando a qualidade de vida do paciente e dos familiares. OBJETIVO Identificar na
literatura estudos que abordem sobre os principais fatores de risco para incidência e
recidiva de acidente vascular encefálico. METODOLOGIA Trata-se de uma revisão
de literatura realizada no mês de Agosto de 2017, nas seguintes bases de dados:
LILACS (Literatura em Ciências da Saúde), SCIELO (Scientific Eletronic Library
Online) e BVS Enfermagem (Biblioteca Virtual em Saúde). Foram utilizados a
associação dos descritores “acidente vascular cerebral”; “fatores de risco” e
“etiologia” na busca das publicações. Os critérios de inclusão foram artigos em
português, disponíveis gratuitamente nas referidas bases de dados, publicados entre
os anos de 2013 a 2016. Foram encontrados 63 artigos, no entanto, após a leitura
dos títulos e resumos dos mesmos verificou-se que 11 abordavam o estudo
proposto. RESULTADOS De acordo com a análise, predomina o AVE do tipo
isquêmico, a incidência ocorre mais no sexo masculino, com relação a idade a
média varia de 60 a 102 anos E os principais fatores de riscos encontrados foram:
hipertensão arterial, diabetes Mellitus, cardiopatias, dislipidemia, sedentarismo,
tabagismo, etilismo e obesidade. Um dos trabalhos traz que mulheres

ISBN 978-85-65221-23-8
menopausadas com presença de calcificação arterial mamaria (CAM) são mais
propensas a desenvolver um AVE do que aquelas com CAM ausente, sendo que no
estudo analisado a calcificação revelou-se independente dos demais fatores de risco
para doença AVE. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com a realização do trabalho
conclui-se que apesar do elevado número de publicações sobre a temática, há uma
carência de pesquisas na literatura de artigos que se propõe a analisar os fatores de
risco para a ocorrência da patologia, sendo mais frequentes publicações voltadas
para complicações decorrentes da mesma. Assim, a realização de pesquisas nessa
temática são essências para alertar os profissionais de saúde, acerca das
estatísticas alarmantes da patologia e da necessidade de realização de campanhas
para identificação e prevenção desses fatores, com vistas a reduzir a incidência e
recidiva da patologia, e consequente diminuição da morbimortalidade e melhoria da
qualidade de vida dos clientes já acometidos. Tendo em vista que, a prevenção do
AVE é função de toda a equipe de saúde, torna-se necessário que as intervenções e
implementações de promoção da saúde voltadas para população identificado como
vulnerável para doença, seja realizada de forma multidisciplinar abordando as
necessidades do cliente em sua totalidade.
Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral. Fatores de Risco. Etiologia.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
MANEJO DA FERIDA CIRÚRGICA: EVIDENCIANDO OS CUIDADOS
DE ENFERMAGEM NECESSÁRIOS

Bianca Lima Miranda (Relatora, UNILEÃO)


Sara Virgínia Nogueira do Nascimento (Autora, UNILEÃO)
Amanda Falcão Lustosa (Autora, UNILEÃO)
Tallys Iury de Araújo (Autor, UNILEÃO)
José Walber Gonçalves Castro (Autor, UNILEÃO)
Rayane Moreira de Alencar (Orientadora, URCA)

INTRODUÇÃO: A ferida cirúrgica é uma ferida resultante de uma intervenção


cirúrgica, seja ela por questões estéticas ou necessidades de saúde. No geral o
enfermeiro presta seus cuidados de forma continua até que a integridade da
pele seja recuperada, sendo preciso que o mesmo detenha de conhecimentos
teóricos e práticos. OBJETIVO: Traçar um plano de cuidados de enfermagem
para o manejo de ferida cirúrgica. MÉTODO: Para elaboração do plano de
cuidados utilizou-se das Taxonomias de Enfermagem North American Nursing
Diagnosis Association International (NANDA) e Nursing Interventions Classification
(NIC). Inicialmente identificou-se o diagnóstico de enfermagem e posteriormente
elencaram-se os critérios de avaliação, as metas a serem alcançadas e por fim as
intervenções a serem implementadas. RESULTADOS: Diagnóstico de
enfermagem: Integridade da pele prejudicada relacionada à fragilidade da pele,
evidenciado pela ferida cirúrgica. Critérios para avaliação: 1-Avaliar a presença de
sinais flogísticos, como dor, calor, rubor, edema, na incisão cirúrgica; 2-Monitorar
temperatura da pele do paciente; 3- Avaliar as condições da ferida cirúrgica; 4-
Avaliar as condições do curativo sobre a ferida cirúrgica. Metas: Propiciar a
recuperação adequada da pele. Intervenções de enfermagem: 1-Aplicar
compressas; 2-Analisar a cobertura ideal; 3-Realizar e anotar o curativo realizado;

ISBN 978-85-65221-23-8
4-Estimular o autocuidado; 5-registrar quaisquer alterações e 6- Observar e anotar
estado de consciência. CONCLUSÃO: O manejo da ferida cirúrgica é
imprescindível, considerando que a mesma apresenta-se como uma porta de
entrada para microorganismos e desenvolvimento de processos
patológicos. O enfermeiro deve estar sempre atento aos cuidados que presta e
atualizando-se constantemente em prol da melhoria da sua assistência. Destaca-
se o registro de informações referentes à ferida cirúrgica como atividade relevante.

Palavras-chave: Ferida Cirúrgica. Enfermagem. Plano de


Cuidados.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
O CUIDADO AO PORTADOR DE ALZHEIMER EM INSTITUIÇÕES DE LONGA
PERMANENCIA

Odilânia Paulino de Souza (Relatora, UNILEÃO)


Maryldes Lucena B. de Oliveira (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: O processo de envelhecimento é acompanhado por diversas


alterações progressivas que ocorrem a nível celular, tecidual e visceral. Estima-se
que em 2020 a população mundial atinja um número de 1,2 bilhões de indivíduos
com mais de 60 anos no mundo. Diante do aumento da expectativa de vida da
população observa-se o surgimento de várias patologias associadas à diminuição da
capacidade funcional, entre elas a Doença de Alzheimer (DA) que é caracterizada
pela presença de placas senis e emaranhados neurofibrilares nas regiões do
hipocampo e córtex cerebral. As Instituições de Longa Permanência para Idosos
(ILPI) têm como objetivo garantir a atenção integral às pessoas com mais de 60
anos, defendendo a sua dignidade os seus direitos, nesses locais é comum a
presença da Doença de Alzheimer (DA). Por mudar profundamente o cotidiano dos
idosos, pode-se visualizar a DA como um problema que exige cuidados especiais. A
função de assistência em saúde torna os cuidadores responsáveis pelo bem estar
dos idosos diante a progressão da doença de Alzheimer. OBJETIVOS: O presente
estudo teve como objetivo analisar o cuidado ao portador de Alzheimer em
instituições de longa permanência. METODOLOGIA: O estudo teve como caráter
uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa, foi desenvolvido em ILPI’s da
região CRAJUBAR, Cariri Cearense. Os dados foram coletados entre os meses de
Fevereiro à Abril do ano de 2017. A população foi composta por 13 cuidadores.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os entrevistados, apesar de relatarem ter formação
para o trabalho com a DA não demonstraram conhecer todas as mudanças que a
patologia ocasiona na vida do idoso. A maioria referiu apenas a demência como
sintomatologia do Alzheimer. Esse dado demonstra uma incapacidade para o
cuidado aos idosos, já que não considera os outros aspectos incapacitantes da
doença e as necessidades de saúde individuais, que diferem de acordo com a

ISBN 978-85-65221-23-8
progressão da patologia. CONCLUSÃO: Torna-se necessário o esclarecimento aos
cuidadores sobre as intervenções apropriadas para a DA, uma melhor formação
profissional ajudará a direcionar estratégias para à melhora e à manutenção da
qualidade de vida dos idosos.

Palavras-chave: Alzheimer. Cuidador. Instituição de Longa Permanência.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
O ENFERMEIRO E SUA ATUAÇÃO ENQUANTO INTEGRANTE DA EQUIPE DE
PROFISSIONAIS ATUANTES NA ASSISTÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR

Monalisa Martins Querino (Relatora, UNILEÃO)


Állif Ramon Lima Felix da Silva (Autor, UNILEÃO)
Carlos Vinicius Moreira Lima (Autora, UNILEÃO)
Luziane Clemente de Menezes (Autor, UNILEÃO)
Maria Daniele Sampaio Mariano (Autora, UNILEÃO)
Woneska Rodrigues Pinheiro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Na assistência pré-hospitalar a enfermagem configura-se como um


serviço regulamentado por uma política de comunicação, interação e cuidados
específicos, pautados e desempenhado cientificamente. O exercício da enfermagem
no serviço de atendimento pré-hospitalar está regulamentado pela resolução do
Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) Nº 375/2011, a mesma dispõe sobre a
presença do enfermeiro em qualquer tipo de unidade móvel destinada ao APH.
OBJETIVO: Analisar, sob uma ótica literária, a importância da atuação do
enfermeiro enquanto integrante da equipe de profissionais atuantes no serviço de
atendimento móvel de urgência. METODOLOGIA: Trata se de uma revisão
sistemática da literatura. Foram realizadas buscas nas bases de dados SCIELO,
LILACS, com as palavras chave enfermeiro, pré-hospitalar, atuação profissional, no
período de setembro de 2017 Foram encontrados 20 artigos que após a aplicação
dos critérios de inclusão: trabalhos em português, publicados no período de 2012 a
2017 restaram apenas 5 artigos para a realização do presente estudo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O enfermeiro é participante ativo da equipe de APH
e assume a responsabilidade na prestação da assistência às vítimas graves sob
risco de morrer, define prioridades, inicia intervenções que são necessárias para
estabilizar a vítima durante o transporte e desempenha a reavaliação como
componente importante na prestação do cuidado e no tratamento. A aplicação do
processo de enfermagem por meio da Sistematização da Assistência de
Enfermagem (SAE) é de responsabilidade do enfermeiro, devendo essa ser aplicada
em instituições de saúde públicas ou privadas, em que ocorre o cuidado de

ISBN 978-85-65221-23-8
enfermagem, e está regulamentada pela resolução do COFEN de nº 358/2009,
podendo o técnico participar da execução sob orientação do enfermeiro. As
informações são registradas em papel ou por meio eletrônico garantido dessa forma
a comprovação da realização das condutas de acordo com o caso do paciente. A
SAE organiza o trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos,
tornando possível a operacionalização do processo de enfermagem e evidencia a
contribuição da enfermagem na atenção à saúde da população, aumentando a
visibilidade e o reconhecimento profissional. CONCLUSÃO: O enfermeiro e um
profissional indispensável no serviço de APH, pois o mesmo além de desempenhar
suas habilidades na execução de práticas assistenciais é responsável pela equipe
de enfermagem, prezando por uma atuação qualificada, de forma a garantir que as
vítimas tenham um atendimento especializado, podendo assim contribuir para a
sobrevivência das mesmas, sem sequelas.

Palavras-chave: Enfermeiro. Atuação Profissional. Pré-Hospitalar.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
O ENFERMEIRO FRENTE A DECISÃO FAMILIAR NO PROCESSO DE DOAÇÃO
DE ORGÃOS.

Ana Caroline Oliveira de Sousa (Relatora, UNILEÃO)


Ana Carolina Tavares de Viveiros (Autora, UNILEÃO)
Luana Medeiros Viana (Autora, UNILEÃO)
Ana Paula Ribeiro de Castro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Transplantar significa transferir um órgão ou porção deste, de uma


para outra parte do mesmo indivíduo, ou de indivíduo vivo ou morto para outro. Os
transplantes atualmente são reconhecidos como opção terapêutica curativa para
in meras enfermidades que antigamente apresentavam prognósticos negativos.
Frente a isto observamos que o crescimento da demanda é muito maior do que a
sua oferta. Uma das possibilidades para aumentar a disponibilidade de órgãos é
um aumento do n mero de doações efetivadas pelos familiares, porém, existe uma
grande dificuldade das famílias que vivenciam o processo de morte encefálica a
permitir a doação de órgãos e tecidos. Esta dificuldade pode estar atrelada ao
desconhecimento e pouca compreensão sobre o que significa morte encefálica, s
preocupações com o funeral, costumes, etnias, culturas e restrições religiosas.
Para que se reduza o conflito sobre a doação, faz-se necessária uma boa
abordagem familiar pelos profissionais de sa de, sendo ainda priorizada a melhor
comunicação, sendo inegável a contribuição do enfermeiro para o sucesso do
transplante, promovendo uma ampla assistência. OBJETI OS: Realizar uma
revisão literária de forma sistemática evidenciando as atribuições do profissional
enfermeiro nos dilemas familiares acerca da doação de órgãos. METODOLOGIA:
Este trabalho consiste numa revisão sistemática da literatura, realizada nas bases
de dados eletrônicas, Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem On-line
(MEDLINE/PUBMED), na Literatura Latino-Americana e do Caribe (LILACS) e na
Scientific Electronic Library Online (SciELO), utilizando os descritores em DeCS:
Enfermagem, transplante, família. A seleção respeitou critérios de inclusão sendo
estudos disponíveis de forma completa e gratuita, nos idiomas inglês, espanhol e
português. Foram encontradas 384 referências das quais 15 cumpriram aos

ISBN 978-85-65221-23-8
critérios de inclusão. RESULTADOS: Levando em consideração os trabalhos
recuperados através da pesquisa sistemática constatou-se que o enfermeiro
desempenha papel fundamental na conscientização dos familiares quando se trata
do aval necessário para que a doação dos órgãos e tecidos seja efetivada.
Encontra-se ainda grande dificuldade por parte dos profissionais para lidar com as
fases do luto das famílias dos potenciais doadores. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Frente aos resultados obtidos diante do estudo em evidências cientificas, observa-
se que o profissional de enfermagem desempenha um importante papel no
processo de transplantes de órgãos, tendo como umas das principais
competências atender as necessidades, fornece um melhor esclarecimento,
priorizando uma ampla assistência ao familiar.

Palavras-chave: Enfermagem. Transplante. Família

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
O MANEJO DA DOR A LUZ DA TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS
BÁSICAS
Maria de Fátima Pereira de Oliveira (Relatora, UNILEÃO)
Tallys Iury de Ara jo (Autor, UNILEÃO)
Hercules Pereira Coelho (Autor, UNILEÃO)
Sara Virgínia Nogueira do Nascimento (Autora, UNILEÃO)
Bianca Lima Miranda (Autora, UNILEÃO)
Rayane Moreira de Alencar (Orientadora, URCA)

INTRODUÇÃO: A dor é considerada por alguns autores como o quinto sinal vital, a
mesma está presente desde os primórdios das civilizações e os indivíduos buscam
constantemente procedimentos para garantir o seu controle. Na prestação de
cuidados ao paciente com dor, para garantir uma prática assistencial adequada e
individualizada, o enfermeiro precisa recorrer a planos de cuidados que por vezes
devem estar baseados em uma teoria específica. Dentre as Teorias de Enfermagem,
a das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta, ressalta que a enfermagem
deve estar direcionada a assistência das necessidades humanas básicas, de modo
que, possibilite ao cliente tornar-se independente, parcial ou totalmente, dos
cuidados oferecidos pelos profissionais o mais breve possível. OBJETIVOS: Traçar
um plano de cuidado ao paciente com dor mediante as concepções da Teoria das
Necessidades Humanas Básicas. METODOLOGIA: Para elaboração do plano de
cuidados utilizou-se das Taxonomias de Enfermagem North American Nursing
Diagnosis Association International (NANDA) e Nursing Interventions Classification
(NIC). Inicialmente identificou-se o diagnóstico de dor e posteriormente elencaram-
se os critérios de avaliação, as metas a serem alcançadas e por fim as intervenções
a serem implementadas. A criação do plano foi feita tendo como arcabouço teórico a
Teoria das Necessidades Humanas Básicas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Para o
diagnóstico de enfermagem ‘Dor caracterizada por gestos protetores, relacionada a
agentes lesivos biológicos’, traçou-se como critérios a serem avaliados: 1-Condição
física (mobilidade física prejudicada, autocuidado prejudicado, interrupção do sono e
outros fatores estressantes); 2-Nível de ansiedade; 3-Experiências anteriores de

ISBN 978-85-65221-23-8
hospitalização; 4-Estressores específicos: ambiente hospitalar e procedimentos
invasivos. As metas destacadas foram: 1-Reduzir ou extinguir a dor; 2-Melhorar o
bem-estar pessoal; e 3-Proporciona satisfação do cliente. As intervenções a serem
implementadas: 1-Investigar com o paciente os fatores que aliviam/pioram a dor; 2-
Realizar uma avaliação abrangente da dor, que inclua o local, as características, o
início, a duração, a frequência, a qualidade, a intensidade ou a gravidade da dor e
os fatores precipitantes; 3-Utilizar uma abordagem multidisciplinar no controle da
dor, quando apropriado; 4-Determinar a frequência necessária para fazer uma
avaliação do conforto do paciente e implementar um plano de monitoração; 5-
Reduzir ou eliminar os fatores que precipitam ou aumentem a experiência de dor; 6-
Selecionar e implementar uma variedade de medidas para facilitar o alívio da dor,
quando necessário; 7-Implementar o uso de analgesia controlada pelo paciente, se
apropriado. CONCLUSÃO: A dor tem um impacto direto na qualidade de vida do
paciente, a elaboração de um plano de cuidados que vai de encontro a suas
necessidades básicas representa uma possibilidade de oferta de uma assistência de
enfermagem cada vez mais qualificada.
Palavras-chave: Dor. Enfermagem. Teoria de Enfermagem.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
O PAPEL DO ENFERMEIRO DIANTE DE UM QUADRO DE APENDICITE

Mauro Mccarthy de Oliveira Silva (Relator, UNILEÃO)


Chesla de Alencar Ribeiro (Autora, UNILEÃO)
Joicy Winne Batista Ferro (Autora, UNILEÃO)
Maria das Dores Felipe de Lacerda (Autora, UNILEÃO)
Antonia Marcella Bezerra Holanda (Autora, UNILEÃO)
Alessandra Bezerra de Brito (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Apendicite é caracterizada como uma inflamação do apêndice


intestinal, também conhecido como apêndice vermiforme, uma bolsa em forma de
verme situada no intestino grosso no lado inferior direito do abdome. A enfermagem
possui crucial relevância nos cuidados aos pacientes acometidos com o quadro
patológico de apendicite, influenciando de forma direta na magnitude da descrição
dos sinais e sintomas considerando que, os cuidados de enfermagem são prestados
durante toda estadia do cliente no hospital desde sua admissão até a alta.
OBJETIVOS: Descrever os mecanismos de cuidados prestados pela equipe de
enfermagem diante de um quadro de apendicite. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão sistemática, onde há planejamento das ações, sendo uma observação
direcionada, com estudo documental a partir de arquivos contemporâneos ou
retrospectivos. A análise foi realizada através de artigos pré-selecionados em
bancos de dados(MEDLINE, BVS, LILACS e DeCS) com os descritores: apendicite,
cuidados pós-operatórios, cuidados de enfermagem, totalizando uma busca inicial
de 28(vinte e oito) artigos correlacionados ao tema e coletados no período de agosto
a novembro de 2016. Após empregar critérios de inclusão e exclusão estabelecidos
previamente, foram selecionados 07(sete) artigos, além da utilização de literatura
cinzenta, em um total de 02(dois) livros, com fundamental importância na descrição
de procedimentos operacionais padrões, elementos que fundamentaram a síntese
das evidências encontradas e dispostas nesse trabalho. A pesquisa respeitou as
normas do CNS n°466/2012. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Conclui-se que o
trabalho da equipe de enfermagem é de suma importância diante de um quadro
patológico de inflamação do apêndice, pois, este profissional atua diretamente antes,

ISBN 978-85-65221-23-8
durante e após o procedimento cirúrgico, auxiliando no diagnóstico e apresentando
visão crítica dos sintomas. Atuando na intervenção cirúrgica(caso necessário) com o
preparo do paciente, instrumentação e monitorização dos sinais vitais, incluindo uma
infusão intravenosa para repor a perda de líquidos e promover a função renal
adequada, bem como a antibioticoterapia para evitar a infecção. O trabalho da
mobilização e mudança de posição diminuindo a pressão sobre a incisão e os
órgãos abdominais e aliviando a dor. Prescrições de fármacos analgésicos
habilitados. Instrução do paciente para eventuais consultas e remoção da sutura.
Visitas assistenciais domiciliares. Além de tratamentos paliativos em pacientes que
não necessitam de cirurgia, acarretando a esses profissionais grandes
responsabilidades diante da patogenia apresentada. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Diante dos fatos expostos, conclui-se que o trabalho da equipe de enfermagem tem
papel primordial na evolução satisfatória da patologia estudada, com atuação ativa
em todas as fases do processo patológico e ação direta na melhoria do prognóstico.
Referimos também à necessidade de novos estudos na área, enriquecendo a valia
da prestação de serviços dessa equipe profissional de saúde.
Palavras-chave: Apendicite. Enfermagem Cirúrgica. Papel do Enfermeiro.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
O PAPEL DO NÚCLEO DE APOIO A SAÚDE DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE
MATRICIAMENTO DAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO
MUNICÍPIO DE SERRITA-PE
Míriam Alves Ferreira (Relatora, SECRETARIA DE SAÚDE DE SERRITA)
Cícera Cruz Leite Pereira (Autora, SECRETARIA DE SAÚDE DE SERRITA)
Daniela Cavalcanti e Silva Novais Carvalho (Orientadora, FMABC)

INTRODUÇÃO: A Estratégia de Saúde da Família (ESF)caracteriza-se como a porta


de entrada prioritária de um sistema de saúde constitucionalmente fundado no
direito à saúde e na equidade do cuidado. Assim é que, dentro do escopo de apoiar
a inserção da Estratégia de Saúde da Família na rede de serviços e ampliar a
abrangência, a resolutividade, a territorialização, a regionalização, criou-se os
Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). O processo de trabalho do NASF
depende de algumas ferramentas onde no referido estudo será focado no apoio
matricial.O apoio matricial é um suporte técnico especializado que é ofertado a uma
equipe interdisciplinar em saúde a fim de ampliar seu campo de atuação e qualificar
suas ações, sendo uma ferramenta de transformação, não só do processo de saúde
e doença, mas de toda a realidade dessas equipes. OBJETIVO: Implementar o
matriciamento das 08 unidades básicas de saúde da família(UBSF) dentro das
dimensões de suporte: assistencial e técnico-pedagógico. MATERIAIS E
MÉTODOS: O município de Serrita-PE realiza apoio matricial de 08 UBSF, situadas
02 na zona urbana e 06 na zona rural. O relato de experiência foi desenvolvido de
janeiro a agosto de 2017 onde a ferramenta metodológica foi o apoio matricial. Com
isso há facilitação do vínculo entre o usuário e os serviços de saúde, sem que haja a
diluição de responsabilidades, pois os casos são compartilhados no momento das
reuniões periódicas de equipe, da discussão de casos, da definição de linhas de
intervenção e de projetos terapêuticos. A equipe do NASF é composta por:
profissional de Educação Física, Assistente Social, Psicóloga, Fisioterapeuta e
Fonoaudióloga. Vale salientar que a Coordenação fica a cargo de mais duas
profissionais: Nutricionista e Técnica em Enfermagem, que também contribuem com
seus conhecimentos. No que se refere as visitas compartilhadas há uma média de
20 atendimentos ao mês, seja entre profissionais do NASF ou seja entre

ISBN 978-85-65221-23-8
profissionais da UBSF e do NASF. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após o início do
matriciamento pode-se observar uma melhor compreensão das UBSF sobre o
processo de trabalho do NASF, diminuição de encaminhamentos desnecessários,
maior adesão dos usuários aos grupos de educação em saúde e assim maior
vínculo com as equipes, além do aumento da corresponsabilidade das equipes
envolvidas nos respectivos territórios adscritos. Destacamos que internamente
consegue-se ter mais foco nas ações e os sistemas de registros facilitam o
acompanhamento e monitoramento dos casos que, antes desta proposta ficavam
sob a responsabilidade de poucos profissionais, não eram padronizados e muitas
informações eram perdidas. CONCLUSÃO: Considerando as finalidades deste
processo de trabalho e analisando os resultados, o matriciamento constitui-se numa
ferramenta de transformação, não só do processo de saúde e doença, mas de toda
a realidade dessas equipes e comunidades. É perceptível esta mudança após a
implantação do projeto, sendo hoje uma ferramenta imprescindível para o NASF.
Palavras-chave: Matriciamento. Saúde. Apoio.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
O USO DO MAPA DE RISCOS COMO FERRAMENTA EDUCATIVA NA
PREVENÇÃO DE ACIDENTES E REDUÇÃO DE RISCOS LABORAIS

Jéssica Weslane Bezerra Luciano (Relatora, UNILEÃO)


Dannieli de Sousa Silva Rodrigues (Autora, UNILEÃO)
Francinubia Nunes Barros (Autora, UNILEÃO)
Jeyzianne Franco da Cruz Silva (Autora, UNILEÃO)
Tamiris Barbosa Cordeiro (Autora, UNILEÃO)
Aline Morais Venâncio (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: O mapa de risco é uma forma gráfica de expor os riscos nos


ambientais laborais, inerentes ou não do processo produtivo, devendo conceber fácil
visualização e acessibilidade aos trabalhadores no intuito de evitar agravos e
prevenir acidentes. OBJETIVO: Realizar uma intervenção educativa sobre a
importância do mapa de risco para prevenção da saúde de trabalhadores de um
supermercado em Crato-CE. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo exploratório,
descritivo, do tipo relato de experiência, que permite ao investigador aumentar sua
experiência em torno de um determinado problema. A ação foi realizada por
acadêmicos do curso de enfermagem da UNILEÃO como requisito da disciplina
saúde do trabalhador. Inúmeras foram as dificuldades encontradas, uma vez que,
muitas empresas procuradas negaram o pedido para tal. O cenário do estudo e
intervenção foi o Mercadão São Luiz, localizado na cidade do Crato-CE, em
setembro de 2016. Disponibilizou-se um auditório e participaram 8 funcionários,
dentre estes, o presidente da CIPA e representantes dos diversos setores que o
compõe (Mercearia, salão, câmara fria, baterias de caixas, depósito, hortifruti e
cozinha). A exposição do conteúdo foi através de dinâmica e explanação oral sobre
a temática. RESULTADOS: A intervenção educativa foi iniciada através de uma
dinâmica, foi montado um mural que continha os nomes dos principais riscos
ocupacionais, sendo eles físicos, químicos, ergonômicos, biológicos e mecânicos,
em seguida foram entregues figuras com indivíduos realizando atividades laborais
ou seja imagens de trabalhadores em cozinhas, vendedores de verduras, dentre
outros ofícios análogos dos participantes da ação e assim solicitado aos mesmos

ISBN 978-85-65221-23-8
que fixassem a ilustração no respectivo risco que envolvia a atividade, dessa forma
constatou-se alguns erros de associação e em seguida a equipe procedeu a
explanação sobre o assunto, apresentando modelos de mapa de risco,
esclarecendo a sua importância para a empresa e o colaborador, na oportunidade foi
exibido o mapa de riscos da empresa e elucidadas as dúvidas sobre o mesmo,
reforçando a importância do conhecimento dos riscos para proteção e prevenção da
saúde do trabalhador. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O desenvolvimento desta ação
em saúde foi relevante para a equipe e para a empresa, por que foi a partir desta
ação que a maioria dos funcionários entenderam o mapa de risco, bem como os
possíveis riscos que eles estavam expostos, levando a compreensão que o mapa de
risco é de grande valia na vida do trabalhador, pois é uma ferramenta que vai
norteá-los sobre os risco que estão expostos durante a realização do trabalho
laboral. Além disso, foi possível avaliar melhor o conhecimento dos participantes,
onde expuseram o conhecimento prévio e experiências vividas, acreditamos que
esse trabalho pode contribuir para a discussão e reflexões no processo ensino-
aprendizagem relacionadas à saúde do trabalhador.

Palavras-chave: Mapa de Risco. Riscos Ambientais. Saúde do Trabalhador.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
OCORRÊNCIA DE ÓBITOS POR SEPTICEMIA NO ESTADO DO CEARÁ NOS
ANOS DE 2012 – 2016

Dannieli de Sousa Silva Rodrigues (Relatora, UNILEÃO)


Jamila Nogueira Landim Rufino (Autora, UNILEÃO)
Ana Carolina Justino de Araújo (Autora, UNILEÃO)
Eduardo Lourenço dos Santos (Autor, UNILEÃO)
Janiele Cândido de Sousa (Autora, UNILEÃO)
Andrea Couto Feitosa (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A septicemia, também conhecida como sepse, é uma infecção


sistêmica grave que se dissemina por todo o corpo, surge como uma resposta
inflamatória do organismo e é causada por agentes infecciosos que invadem a
corrente sanguínea. O ambiente onde mais ocorre a septicemia é o ambiente
hospitalar, com prevalência maior nas unidades de terapia intensiva. É considerado
um problema de saúde pública preocupante por atingir parte significante da
população, principalmente, a população idosa, com um desfecho desfavorável de
morbidade e mortalidade. Diante desta problemática, em 2002, foi criado um comitê
internacional na realização de implantação de protocolo de septicemia, com o
objetivo de reduzir em 25% o número de óbitos, sendo bastante divulgado pela
Campanha Sobrevivendo à Sepse”. OBJETIVOS: Quantificar a ocorrência de óbitos
por septicemia no estado do Ceará nos anos de 2012-2016. METODOLOGIA: Trata-
se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, realizado no mês de
setembro de 2017. A coleta de dados se deu por dados secundários, disponíveis
publicamente em base de dados do Departamento de Informática do Sistema Único
de Saúde (DATASUS), em Informações Epidemiológicas e Morbidade, em setores
públicos e privados. A população foi composta por todos os óbitos ocorridos no
estado do Ceará e a amostra obtida através da aplicação dos critérios de inclusão,
que foram: óbitos ocorridos no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2016, em
todas as idades e sexo, causados por septicemia, de acordo com a 10ª revisão da
Classificação Internacional de Doenças (CID-10). Utilizou-se como instrumento de
coleta de dados um formulário, através de dados secundários, disponíveis

ISBN 978-85-65221-23-8
publicamente em base de dados do Departamento de Informática do Sistema Único
de Saúde (DATASUS), em Informações Epidemiológicas e Morbidade, em setores
públicos e privados. Após a coleta, os dados foram organizados por meio de tabela,
sendo analisados por estatística simples. A pesquisa obedeceu à resolução 466/12.
RESULTADOS E DISCUSSÕES: Verificou-se que um total de 6.564 óbitos por
septicemia ocorreram na população cearense nos anos de 2012 a 2016. Percebeu-
se que, a cada ano, foi crescente o número de óbitos, sendo, respetivamente, para o
ano de 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016 os seguintes números e percentuais obtidos:
184 (2,80%), 1.192 (18,16%), 1.255(19,12%), 1.793 (27,32%) e 2.140(32,60%)
casos de óbitos por septicemia no estado do Ceará. Em 2012, observou-se o menor
número de óbitos com 184 (2,80%), enquanto que, em 2016, foi o maior com 2.140
(32,60%). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do exposto, pôde-se evidenciar que o
número de mortes ocasionadas pela sepse cresce de forma significativa, a cada
ano. Assim, torna-se necessário e relevante que os profissionais da saúde
envolvidos no atendimento ao paciente estejam capacitados para a identificação da
sepse, assim como reconhecer os sinais e sintomas da doença para que a
instituição da terapêutica seja realizada de forma efetiva, proporcionando a redução
da mortalidade.

Palavras-chave: Sepse. Óbitos. Hospital.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
PERFIL DOS ACIDENTES DE TRABALHO FATAL DA MACRORREGIONAL
CARIRI NO PERÍODO 2013 A 2015

Maria Solange Cruz (Relatora, CEREST)


Ana Glória de Albuquerque Novais Tavares (Autora)
Erivane Rodrigues de Alencar Santos (Autora, CEREST)
Fernanda Cândido Santos Euzebio (Autora, CEREST)
Maria Daniela Balbino Silva (Autora, UNILEÃO)
Silvia Paula Soares Rodrigues (Orientadora, CEREST)

INTRODUÇÃO: Acidente de trabalho fatal é todo aquele que ocorra morte imediata
ou posteriormente, após acidente de trabalho, em ambiente hospitalar ou não.
Podendo ocorrer quando o trabalhador esteja exercendo uma atividade laboral,
independente do vinculo empregatício, ou ainda no percurso de trabalho – casa e
vice – versa, ou quando o trabalhador esteja a serviço da empresa ou em defesa do
seu patrimônio. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico dos acidentes de
trabalho fatal na macrorregional cariri no período de 2013 a 2015. METODOLOGIA:
Trata – se de um estudo descritivo, tendo como base de dados coletados do
DATASUS no período de 2013 a 2015 da macrorregião Cariri, os mesmo foram
tabulados, sendo escolhido como variáveis: grupo classificação internacional da
doença (CID); faixa etária; sexo; cor/raça; escolaridade; estado civil; local de
ocorrência; óbito por causas ignoradas (não se sabe se é ou não relacionada ao
trabalho). Foram feitas análises quantitativas dos mesmos e realizada proporção dos
dados, calculando o valor relativo do ano pelo total do ano correspondente.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Ocorreram no período de 2013 a 2015, 31 casos de
óbito relacionado ao trabalho na macrorregional cariri, sendo estes 11 no ano de
2013, o mesmo valor em 2014, e em 2015 houve 9 casos, observando uma redução
no ano de 2015. Foi identificado o número maior de casos ignorados em relação ao
trabalho, estes sendo, em 2013: 935; 2014: 849; 2015: 832. Quanto às mortes que
foi feita a relação com o trabalho, observou - se referente à faixa etária, a maioria
foram adultos jovens na faixa etária de 20 – 39 anos, sendo em 2013, 36,36%
tinham de 30 - 39 anos; no ano de 2014 e 2015, tinham 20 - 29 anos,

ISBN 978-85-65221-23-8
correspondendo a 36,36 % e 55,55% respectivamente. Em sua maioria ocorreu com
homens, sendo 100% dos casos em 2013 e 2015 e só um caso com o sexo feminino
em 2014. Mais de 70% dos casos ocorreram com pessoas de cor/raça parda em
todos os anos, referente ao estado civil em sua maioria estavam casados, em 2015
foram 44,44% e em 2013, 54,59%, só em 2014 ocorreu menor número 36,36%. Em
relação ao local do óbito, teve maior incidência na via pública, 55,55% em 2015,
63,33% em 2014 e no ano de 2013, 36,36%, em relação ao grupo CID, em 2013
houve 45,45% dos casos, com outros acidentes de transporte terrestre, em 2014 e
2015 foram 03 casos com motociclista traumatizado em um acidente de transporte,
sendo 27,27% e 33,33% correspondentes. CONCLUSÃO: Há um número relevante
de casos ignorados, ocorrendo subnotificação do número de óbitos relacionados ao
trabalho, sendo este dado importante para criação de medidas preventivas, como
também demonstra a importância dos órgãos responsáveis para a prevenção dos
acidentes de trabalho, pois muitos casos acontecem em via pública, principalmente
no trânsito. Faz necessária a divulgação com as instituições competentes para a sua
ampliação do olhar para o trabalhador, já que este muitas vezes é o provedor de sua
família, podendo ocasionar perdas irreparáveis.

Palavras-chave: Acidente de Trabalho. Óbito. Saúde do Trabalhador.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE NOS MUNICÍPIOS DA 20ª REGIÃO DE
SAÚDE DO CRATO NO PERÍODO DE 2015 A 2017

Yana Carla Bezerra Feitosa de Amorim (Relatora, UNILEÃO)


Ana Tatiane Cristino Fideles (Autora, UNILEÃO)
Edyvania Cordeiro Siebra (Auto, UNILEÃO)
Maria Natalia Soares de Lacerda (Autor, UNILEÃO)
Salmom Felipe Alves da Silva (Autor, UNILEÃO)
Aline Morais Venancio (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A dengue é uma das arboviroses de maior relevância


epidemiológica presentes no Brasil. É uma afecção causada por vírus e transmitida
pelo vetor aedes aegypti, possui quatro sorotipos, facilitando assim sua transmissão.
Classifica-se em dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave. OBJETIVO:
Relatar a epidemiologia da dengue nos municípios da Regional de Saúde do Crato,
Ceará no período de 2015 a 2017. METODOLOGIA: Estudo descritivo, documental
com abordagem quantitativa. Foram utilizados os dados disponíveis sobre os casos
de dengue registrados no Sistema Nacional de Notificações e Agravos (SINAN), do
Ministério da Saúde (MS), da 20ª Regional de Saúde Crato-Ceará, no período de
2015 a 29 de setembro de 2017. A referida regional é composta por doze
municípios, sendo eles: Altaneira, Antonina do Norte, Araripe, Assaré, Campos
Sales, Crato, Farias Brito, Nova Olinda, Potengi, Salitre, Santana do Cariri e
Tarrafas. A cidade do Crato é considerada como município pólo, assumindo a
responsabilidade de atendimento das referências dos demais municípios.
RESULTADOS: No que se refere a distribuição de casos confirmados de dengue
por município de residência e ano, ocorreram no ano de 2015, 674 casos, em 2016
registrou-se 1103 casos e até setembro 2017, apresentou-se 843 casos do total
geral dos municípios da regional de saúde do Crato-CE. Com relação a distribuição
dos municípios por ano e classificação da doença. Revelou-se dengue em 2015 e
2016 mais prevalente em Crato (61,63%, 46,63%) respectivamente e 2017 em
Farias Brito (78,71%). No que concerne a dengue com sinais de alarme em 2015
(57,14%) em 2016 e 2017 Crato revelou 100% dos casos. Já a dengue grave em

ISBN 978-85-65221-23-8
todos os anos a frequência mais elevada foi na cidade do Crato. Sobre a evolução
da doença, todos os pacientes progrediram para cura sendo que em 2015 ocorreram
dois óbitos, um confirmado na cidade do Crato e outro em Farias Brito. No ano de
2016 um óbito confirmado na cidade de Assaré e um óbito na cidade de Crato.
Acerca do perfil sócio demográfico, a frequência por faixa etária foi mais prevalente
entre 30 a 39 anos (20,91%) em 2015, já em 2016 e 2017 revelaram de 20 a 29
anos (18,76%, 18,38%) respectivamente. Com relação à raça, parda teve maior
representatividade em todos os anos. No que concerne ao sexo, o feminino obteve
maior porcentagem em todos os anos, 2015 (61,12%), 2016 (59,48%) e 2017
(61,33%). O estudo revelou que na escolaridade predominou em 2015 da 5ª a 8ª
série incompleta do ensino fundamental (5,63%), em 2016 e 2017 ensino médio
completo (4,80% e 20,04%) respectivamente. CONCLUSÃO: Com isso, pode-se
afirmar que os resultados obtidos nesta investigação é de grande relevância, pois
permite conhecer o perfil mais afetado pela doença e dessa forma reforçar ações
educativas direcionadas a essa população com o intuito de orientar a importância
para a erradicação do vetor, transmissão do vírus, com maior impacto e precisão,
visando a diminuição da ocorrência ao menor número de casos possíveis.

Palavras-chave: Infecções por Arbovirus. Dengue. Perfil de Saúde. Epidemiologia.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO, TAXA DE MORTALIDADE E CUSTOS
RELACIONADOS ÀS INTERNAÇÕES POR ACIDENTE ASCULAR CEREBRAL
NO CEARÁ

João Emanuel Pereira Domingos (Relator, URCA)


José Alexandre Albino Pinheiro (Autor, UNILEÃO)
Ana Carolina Ribeiro Tamboril (Autora, URCA)
Ana Maria Machado borges (Autora, UNILEÃO)
Antonia Daniele Auto Aleixo Turbano (Autora, UNILEÃO)
Maria Corina Amaral Viana (Orientadora, URCA)

INTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Cerebral é definido pela ocorrência de


distúrbios focais ou globais da função cerebral, evidenciados pela depressão aguda
dos níveis de consciência e/ou déficits motores, descartando-se causas senão de
origem vascular. No Brasil, é considerada a terceira causa de óbitos entre as
patologias clínicas e a segunda entre as doenças neurológicas, correspondendo a
80% das Internações pelo Sistema Único de Saúde, gerando uma descarga
econômica considerável para o setor saúde. OBJETIVO: Caracterizar as internações
por acidente vascular cerebral isquêmico e hemorrágico do Estado do Ceará, entre
os anos de 2008 e 2017. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico,
de inquérito transversal e abordagem quantitativa, realizado através dos Sistemas
de Informação Hospitalar e Sistema de Morbidade Hospitalar, ambos do
Departamento de Informática do SUS. Os sistemas consolidam as informações
presentes nas fichas de Autorização de Internação Hospitalar, possuindo dados a
partir do ano de 2008. Desse modo, utilizamos todo o horizonte temporal passível de
análise. Existem apenas dois procedimentos relacionados ao acidente vascular
cerebral: tratamento de acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico e
tratamento do acidente vascular cerebral isquêmico agudo com uso de trombolítico.
Os dados foram exportados para o programa Excel versão 2010 para Windows®,
organizados em tabelas e categorizados de acordo com o sexo, faixa etária,
cor/raça, valor total dos serviços hospitalares e número de óbitos. As variáveis foram
descritas em suas frequências relativa e absoluta. RESULTADOS: Os dados

ISBN 978-85-65221-23-8
extraídos do Sistemas de Informação Hospitalar demonstraram tendência crescente,
sendo registradas 65.079 internações por acidente vascular cerebral. Dessas,
64.163 (98,59%) foram registrados como tratamento de acidente vascular cerebral
isquêmico ou hemorrágico e 916 (1,40%) como tratamento do acidente vascular
cerebral isquêmico agudo com uso de trombolítico. O custo total dos dois
procedimentos foi de R$ 65.703.125,44. Segundo o Sistema de Morbidade
Hospitalar, prevaleceu entre as internações o sexo feminino, como 33.538 (52,04%)
internações, raça parda, com 35.765 (55,50%), e a idade maior que 60 anos, com
46.051 (71,46%). A taxa de mortalidade, segundo o sistema, foi de 16,02%.
CONCLUSÃO: O acidente vascular cerebral deve receber destaque pela sua
epidemiologia e taxa de morbimortalidade. A incidência crescente implica em
grandes custos aos cofres públicos e sobrecarga da atenção especializada, além de
denotar uma falha das estratégias de prevenção vigentes.

Pala ras- ha e: Acidente Vascular Cerebral. Custos e Análise de Custos. Perfil de


Sa de.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
PERFIL SOCIOECONÔMICO E DEMOGRÁFICO DE MULHERES EM SITUAÇÃO
DE VIOLÊNCIA

Anna Carla Terto Gonçalves (Relatora, UNILEÃO)


Maryldes Lucena Bezerra de Oliveira (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A violência contra as mulheres, designada violência de gênero, é


considerada um problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde
desde 1990. A maioria desses atos violentos ocorre no ambiente doméstico e a
vítima geralmente conhece o agressor. Violências baseadas em gênero
compreendem agressões de caráter físico, psicológico, sexual e patrimonial e
podem culminar na morte da mulher por suicídio ou por homicídio. OBJETIVO:
Analisar a relação do perfil socioeconômico e demográficode mulheres em situação
de violência. METODOLOGIA:Este estudo possui como abordagem metodológica
análise exploratória fundamentada na revisão de literatura. Os artigos selecionados
foram oriundos de buscas realizadas nas bases de dados MEDLINE, LILACS e
SciELO, utilizando os seguintes descritores: “agressão”, “violência” e “mulher”.Foram
selecionados artigos completos, disponíveis em português, publicados entre 2012 e
2017. A priori, foram identificados 22 artigos e, após aplicar os critérios de inclusão
elencados previamente, 09 estudos compuseram a amostra final. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: vítimas possuem condições sociais e econômicas que variam de
acordo com o país e as circunstâncias. O padrão do femicídio que se repete na
maioria dos países indica que as mulheres possuem risco muito maior que os
homens de serem mortas pelo parceiro íntimo e que esse risco aumenta quando
existem desavenças entre o casal. Entre os fatores socioeconômicos e demográficos
associados ao assassinato de mulheres pelos parceiros, incluem-se a pobreza das
famílias, a disparidade de idade entre os cônjuges e a situação marital não
formalizada. Em vários países, uns terços das mulheres tentavam obter a separação
ao serem assassinadas, especialmente nos três meses que antecederam o crime, e
possuíam histórias repetidas de violência e agressões. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
As situações de violência contra a mulher são permeadas de ambivalências e
contradições que fazem parte do cotidiano da mulher, por envolver relações afetivas

ISBN 978-85-65221-23-8
que requerem medidas de enfrentamento que vão além da prisão. É necessário não
apenas a punição, mas também o atendimento ao agressor a fim de construir
estratégias mais efetivas em relação à prevenção da violência de gênero.

Palavras-chave: Agressão. Violência Contra a Mulher. Mulheres.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO ÂMBITO DA
ENFERMAGEM

Maria dos Santos Fernandes (Relatora, UNILEÃO)


Hercules Pereira Coelho (Autor, UNILEÃO)
Isabelly Rayane Alves Dos Santos (Autora, UNILEÃO)
Merley da Silva Bezerra (Autora, UNILEÃO)
Raniele Luna Barbosa (Autora, UNILEÃO)
José Diogo Barros (Orientador, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Dentre os recursos terapêuticos apresentados a partir das Práticas


Integrativas e Complementares, vislumbramos ações que envolvem estimulação
direta dos mecanismos naturais de recuperação e promoção de saúde através de
tecnologias eficazes, priorizando vínculo terapêutico e integração biopsicossocial por
meio do desenvolvimento de escuta acolhedora. Na Medicina Tradicional Chinesa
(MTC), a prática de Acupuntura está inclusa em um conjunto de conhecimentos
teórico-empíricos que equivale a uma terapia milenar que emparelha-se à promoção,
prevenção, tratamento e cura de enfermidades a partir da introdução de agulhas
peculiares em significativas regiões do corpo denominadas de “acupontos”,
terapêutica esta que apresenta excelentes resultados, reconhecidos pela OMS,
frente a minimização do estresse físico e emocional e no tratamento de quadros
patológicos, terapêutica esta amplamente referenciada em estudos e trabalhos
científicos OBJETIVOS: Objetiva-se por avaliar a efetividade e estimulação da
realização das práticas integrativas e complementares no âmbito da saúde pública e
averiguar a aceitação da população e o interesse em utilizados. METODOLOGIA:
Trata-se de um levantamento bibliográfico, descritivo, com caráter exploratório. Para
efetivação do estudo foram realizadas pesquisas nas bases de dados da Lilacs,
MedLine, no diretório da revista Scielo e banco de dados do Ministério da Saúde
(DATASUS), nas quais utilizou-se uma estratégia de busca específica cruzando as
palavras-chave: PIC na enfermagem, práticas integrativas e complementares,
acupuntura na enfermagem, medicina integrativa no Sistema Único de Saúde (SUS)
e medicina complementar no SUS. Sendo indexado um total de 04 estudos que

ISBN 978-85-65221-23-8
abarcavam o tema proposto. O estudo foi realizado no período de janeiro a março de
2017. RESULTADOS: Concluem significantes interesses por parte da população em
ter aceso ás PIC em atenção primária. Apresentam análises da distribuição
percentual do número de consultas em acupuntura entre médicos e não-médicos
revelou que, já no primeiro ano desses registros (2007), 28% das 391.048 consultas
foram efetuadas por profissionais não-médicos. CONCLUSÕES:
Consequentemente, torna-se fundamental a ampliação dos horizontes conceituais
dos benefícios das PIC´s com expansão terapêutica para o enfermeiro em
universidades e instituições de saúde, para que se tornem terapias compartilhadas,
éticas, em benefício da população brasileira.

Palavras-chave: Acupuntura. Enfermagem. Terapias Complementares.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
QUALIDADE DE VIDA DOS IDOSOS ATENDIDOS EM UMA UNIDADE BÁSICA
DE SAÚDE DA FAMILIA, EM BARBALHA, CEARÁ

Maria Raquel Vieira da Silva (Relatora, UNILEÃO)


Sandra Braz Pereira (Autora, UNILEÃO)
Lauridete de Oliveira Leite Lira (Autora, UNILEÃO)
Karina da Silva Pereira (Autora, UNILEÃO)
Maria Laíde Gomes de Sousa (Autora, UNILEÃO)
Andréa Couto Feitosa (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: O conceito de qualidade de vida está relacionado à autoestima e ao


bem estar pessoal, compreendendo uma série de aspectos. Ao longo do
envelhecimento, podem surgir alguns fatores que interferem na qualidade de vida
dos idosos, fazendo-se necessária uma avaliação. OBJETIVOS: O objetivo geral foi
conhecer a qualidade de vida de idosos atendidos em uma Unidade Básica de
Saúde (UBS), em Barbalha-Ceará, e os objetivos específicos: traçar o perfil
sociodemográfico e econômico dos participantes do estudo, identificar os fatores de
risco e as doenças existentes associadas à qualidade de vida dos idosos e
caracterizar as respostas em cada faceta do questionário WHOQOL-OLD.
METODOLOGIA: Pesquisa descritiva, quantitativa, realizada em uma UBS, em
Barbalha-CE. A coleta de dados ocorreu no mês de fevereiro de 2017. A população
foi composta por 415 idosos atendidos em uma UBS, em Barbalha-CE e a amostra
por 30 idosos selecionados pelos critérios de inclusão: ser idoso, de ambos os
sexos, com idade a partir de 60 anos, estar em acompanhamento ativo na UBS,
estar em condição física e mental para responder as perguntas e aceitar participar
da pesquisa, assinando o termo de consentimento livre e esclarecido e o termo de
consentimento pós-esclarecido. Os critérios de exclusão foram os que não
obedeceram aos critérios de inclusão citados anteriormente. Utilizou como coleta de
dados um formulário sociodemográfico e o questionário WHOQOL. Após a coleta, os
dados foram organizados por meio de tabelas e gráficos, sendo analisada por
estatística simples, A pesquisa respeitou a Resolução Nº 466/12. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: De acordo com os resultados, observou-se que 17 (57%) dos
participantes tinham entre 60 a 70 anos de idade, 21 (70%) eram do sexo feminino e

ISBN 978-85-65221-23-8
casados, 18 (60%) possuíam ensino fundamental incompleto, 27(90%) tinham
religião católica, 25 (83%) viviam da aposentadoria, 28 (93%) possuíam renda de até
1 salário mínimo e 21 (70%) moravam em casa própria. Com relação à existência de
fatores de risco, 23 (77%) afirmaram não fazer uso de bebida alcoólica, 25 (83%)
não serem fumantes e 20 (77%) não serem praticantes de atividade física. Quanto
aos problemas de saúde, verificou-se que 26 (87%) relataram ter alguma doença,
onde 16 (54%) possuíam hipertensão arterial sistêmica e 10 (33%) diabetes mellitus.
No tocante à avaliação da qualidade de vida dos idosos através da aplicação do
questionário de WHOQOL, percebeu que a média das respostas nas seis facetas foi:
15,9 (74,3%) quanto ao funcionamento do sensório, 11,9 (49,3%) da autonomia, 15
(68,7%) das atividades passadas, presentes e futuras, 14,4 (65%) da participação
social, 14,9 (68,1%) na morte e morrer e 14 (62,5%) da intimidade. Quanto à
qualidade de vida geral, 14,3 (64,6%) dos idosos apresentaram uma qualidade de
vida considerada alta. CONCLUSÃO: Conclui-se que, mesmo diante dos resultados
obtidos, não se exclui a necessidade de medidas estratégicas que possibilitem a
melhoria da qualidade de vida dos idosos. É fundamental que os profissionais de
saúde realizem atividades educativas, orientando sobre as ações de prevenção e
promoção da saúde, contribuindo para a preservação da qualidade de vida.

Palavras-chave: Qualidade de Vida. Idoso. Unidade Básica de Saúde.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
RELATO DE EXPERIÊNCIA: A RELE ÂNCIA DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA NA
IDA DO ACADÊMICO DE ENFERMAGEM

Jeyzianne Franco da Cruz Silva (Relatora, UNILEÃO)


Dannieli de Sousa Silva Rodrigues (Autora, UNILEÃO)
Francinubia Nunes Barros (Autora, UNILEÃO)
Jéssica Weslane Bezerra Luciano (Autora, UNILEÃO)
Ricardo da Silva (Autor, UNILEÃO)
Andréa Couto Feitosa (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Sabe-se que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e


Tecnológico (CNPq) proporciona aos discentes o custeio de uma bolsa para os
projetos de pesquisa, tanto na graduação quanto para os pesquisadores. A bolsa
que é disponibilizada é uma forma de incentivo para que os acadêmicos possam
aderir melhor às práticas de produção científica, além de contribuir para a vida
profissional. Nesse viés, o programa de Iniciação Científica (IC) é uma ferramenta de
construção que permite ao estudante de graduação tornar-se eventualmente mais
promissor no âmbito do desenvolvimento de pesquisas, além de colocar em prática
o conhecimento adquirido na graduação, sendo um itinerário para a pós-graduação.
Nesse sentido, a pesquisa científica na área de enfermagem está progredindo
mundialmente, mas se faz necessário que seja desenvolvida mais pesquisas nessa
área. OBJETIVO: Descrever como ocorreu a experiência dos discentes de
enfermagem na participação da IC durante a graduação, dando ênfase a importância
que a produção científica ocasiona na vida dos mesmos. METODOLOGIA: Trata-se
de um estudo exploratório, descritivo, do tipo relato de experiência, que permite ao
investigador aumentar sua experiência em torno de um determinado problema. A
ação foi vivenciada por 5 (cinco) discentes vinculados a um projeto de extensão
chamada de IC, ocorrida durante a graduação do curso de enfermagem em uma
Instituição de Ensino Superior, na cidade do Juazeiro do Norte-CE, no ano de 2016.
O grupo da IC tem uma professora orientadora, a qual faz parte do corpo docente do
referido curso. Inicialmente, todos participavam de reuniões quinzenais, que
posteriormente, passaram a acontecer de forma mensal. RESULTADOS E

ISBN 978-85-65221-23-8
DISCUSSÃO: A vivência de ter participado da IC é de grande valia na vida do
graduando, pois é o momento em que ele pode aprender e adquirir habilidades para
o desenvolvimento de pesquisas, como uma melhor capacidade e análise crítica. O
foco da educação para as competências visa ampliar a capacidade do aluno em
trabalhar determinadas situações, devendo ocorrer, ao mesmo tempo, o estudo de
conteúdos às experiências práticas, como os trabalhos em campo. Nos encontros
realizados, além de serem discutidas as ações desenvolvidas pelo grupo em
unidades de saúde, mercados, praças públicas, farmácias, entre outros, desenvolve
também a coleta de dados, tabulação de resultados obtidos, pesquisa de artigos
científicos para o desenvolvimento de trabalhos e apresentações em eventos
científicos. Realizou-se também um levantamento de dados acerca de idosos
diagnosticados com hipertensão arterial sistêmica, atendidos em uma unidade de
saúde da atenção secundária, no interior cearense, estimulando uma melhor
formação dos alunos para a pesquisa, possibilitando a interação entre as atividades
realizadas na prática com o processo científico vivenciado. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Diante do exposto, a trajetória percorrida oportunizou uma experiência única
de conhecimentos para a vida e para a graduação, proporcionando um olhar mais
alerta e consciencioso do universo da pesquisa científica, oportunizando ao discente
o desenvolvimento de habilidades e de se recriar quanto a conceitos e novas
descobertas.

Palavras-chave: Iniciação. Enfermagem. Graduação.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
RELATO DE EXPERIÊNCIA: ADESIVANDO PARA COMBATER O AEDES
AEGYPTI NO MUNICÍPIO DE SERRITA-PE

Daniela Cavalcanti e Silva Novais Carvalho (Relatora, FMABC)


Cícera Cruz Leite Pereira (Autora, SECRETARIA DE SAÚDE DE SERRITA)
Míriam Alves Ferreira (Autora, SECRETARIA DE SAÚDE DE SERRITA)
Luciano Lindolfo (Orientadora, SECRETARIA DE SAÚDE DE SERRITA)

INTRODUÇÃO: A dengue é a mais importante arbovirose que afeta o homem,


sendo transmitido pelo mosquito do gênero Aedes, mais frequentemente pelo Aedes
aegypti. A experiência em questão foi implantada em caráter"piloto" abrangendo
100% do povoado de Santa Rosa, localidade rural do município de Serrita. O
povoado tem um total de 2059 habitantes, e de importância para a vigilância das
arboviroses tem 314 imóveis. OBJETIVO: Reduzir os casos suspeitos de dengue e
suas complicações. MATERIAIS E MÉTODOS: O projeto teve duração de 08 meses
e foi realizado de maio de 2016 a janeiro de 2017, pelos Agentes Comunitários de
Endemias(ACE) em conjunto com Agentes Comunitários de Saúde(ACS) da
microárea Santa Rosa. Vale salientar a parceria da estratégia de saúde da família
(ESF) de Santa Rosa, Coordenação de Vigilância em Saúde (VS),Atenção Básica
(AB) e Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) do município de Serrita.O intuito
era adesivar as casas do povoado simbolizando o cuidado do responsável pelo
estabelecimento através das cores dos adesivos. A cor preta significava que o
prédio estava fechado, a cor vermelha afirmava presença de foco no local, a cor
amarela alertava a população que naquele ponto havia condições para se
desenvolver um foco de Aedes e a cor verde afirmava que o estabelecimento estava
seguro e livre do mosquito.Houve as seguintes etapas: apresentação do projeto no
Conselho Municipal de Saúde; realização de oficina conjunta com ACE e ACS da
microárea de Santa Rosa, NASF, ESF, Coordenação de VS e AB, sobre a logística
do projeto; a elaboração, confecção e distribuição dos adesivos para os ACE;
reunião no povoado de Santa Rosa para lançamento do projeto,envolvendo ACE,
ACS, ESF, representantes do povoado, escola, igreja e associação de agricultores
local; desenvolvimento das atividades casa a casa pelo ACE; monitoramento mensal

ISBN 978-85-65221-23-8
através das planilhas de atividades do ACE; ficha específica das ações de controle
das arboviroses pelo ACS e ficha de notificação de casos de arboviroses enviadas
pela ESF. Por fim foi realizada avaliação e apresentação da conclusão do projeto,
em fórum, no município. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir de julho de 2016,
os adesivos passaram a fazer parte do material da bolsa dos ACE nos trabalhos do
programa de controle das arboviroses na localidade do povoado de Santa Rosa,
durantes 03 ciclos consecutivos. O período de realização foi de julho a dezembro de
2016, perfazendo 01 visita do ACE a cada 60 dias, no entanto o adesivo só poderia
ser trocado de cor na 2ª ou 3ª visita, após a nova inspeção do ACE. CONCLUSÃO:
Conclui-se que o projeto implantando foi executado de forma viável, aparentemente
de baixo custo, e com resultados positivos e efetivos, impactando sobretudo na
qualidade de vida das pessoas que ali residem, e proporcionando a sensibilização
dos moradores quanto ao combate do transmissor das arboviroses, o Aedes aegypti.

Palavras-chave: Dengue. Aedes Aegypti. Arbovirose.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
RELATO DE EXPERIÊNCIA DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS PELO PROGRAMA
SAÚDE NA ESCOLA NO MUNICÍPIO DE BARBALHA-CEARÁ

Daniela Cavalcanti e Silva Novais Carvalho (Relatora, FMABC)


Aline Franca (Autora, SECRETARIA DE SAÚDE DE BARBALHA)
Pollyana Callou de Morais Dantas (Autora, SECRETARIA DE SAÚDE DE BARBALHA)
Petrúcya Frazão Lira (Orientadora, ESCOLA TÉCNICA DO SUS DE BARBALHA)

INTRODUÇÃO:O Programa Saúde na Escola (PSE) é instituído pelo decreto


presidencial nº 6.286 de 5 de dezembro de 2007 no âmbito dos ministérios da saúde
e da educação, com finalidade de contribuir para a formação integral dos estudantes
da rede básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde. As
equipes da atenção básica em saúde e as equipes das escolas se articulam para o
desenvolvimento de doze ações de saúde preconizadas pelo programa saúde na
escola e fundamentadas na portaria nº 1.055, de 25/04/2017: ações de combate
ao mosquito aedes aegypti; promoção das práticas corporais, da atividade física e do
lazer nas escolas; prevenção ao uso de álcool, tabaco, crack e outras drogas;
promoção da cultura de paz, cidadania e direitos humanos; prevenção das violências
e dos acidentes;identificação de educandos com possíveis sinais de agravos de
doenças em eliminação; promoção e avaliação de saúde bucal e aplicação tópica de
flúor; verificação da situação vacinal; promoção da segurança alimentar e nutricional
e da alimentação saudável e prevenção da obesidade infantil; promoção da saúde
auditiva e identificação de educandos com possíveis sinais de alteração;direito
sexual e reprodutivo e prevenção de DST/AIDS; promoção da saúde ocular e
identificação de educandos com possíveis sinais de alteração.OBJETIVOS:Realizar
ações prioritárias baseadas na política nacional do PSE com abordagem intersetorial
entre as unidades básicas de saúde da família e as escolas vinculadas. MATERIAIS
E MÉTODOS:Trata-se de um relato de experiência das ações desenvolvidas pelo
programa saúde na escola através do grupo de trabalho intersetorial(GTI) formado
por técnica da atenção básica,técnico da educação e representante técnico da
escola ET-SUS foi realizada capacitação sobre a política nacional do programa
saúde na escola(PSE) onde foram discutidas as estratégias e os sistemas de

ISBN 978-85-65221-23-8
alimentação do programa(SISAB/E-SUS) foram capacitados os profissionais de 22
unidades básicas de saúde da família(UBSF) e 21 escolas pactuadas no programa.
Realizou-se a pactuação das 12 capacitações a serem realizadas de agosto 2017 à
junho de 2018 vinculadas as ações pactuadas no termo de compromisso enviado
para o ministério da saúde e todo planejamento estratégico foi aprovado no
conselho municipal de saúde do município. RESULTADOS E DISCUSSÃO:As
escolas envolvidas no estudo tem um total de 6578 educandos os quais são
assistidos por 22 unidades básicas de saúde da família que possuem
médicos,enfermeiros,dentistas,técnicos de enfermagem,auxiliares e/ou técnicos de
consultório dentário , agentes comunitários de saúde realizando as intervenções de
acordo com planejamento estratégico do grupo de trabalho local e cronograma
mensal sobre a supervisão de coordenação do PSE.CONCLUSÃO :Conclui -se que
o programa de saúde na escola está realizando suas ações respeitando a
integralidade e intersetorialidade de forma eficaz e respeitando as diretrizes do
programa.

Palavras-chave: Saúde. Escola. Atenção Básica.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
RELATO DE EXPERIÊNCIA DE REPASSE DO PROTOCOLO SOBRE ACIDENTE
DE TRABALHO GRAVE, FATAL E COM CRIANÇA E ADOLESCENTE EM UMA
UNIDADE HOSPITALAR

Fernanda Cândido Santos Euzebio (Relatora, CEREST)


Ana Glória de Albuquerque Novais Tavares (Autora)
Erivane Alencar(Autora, CEREST)
Maria Daniela Balbino Silva (Autora)
Maria Solange Cruz (Autora, CEREST)
Silvia Paula Soares Rodrigues (Orientadora, CEREST)

INTRODUÇÃO: A Política Nacional da Saúde do trabalhador (a) visa a promoção e


a proteção da saúde dos trabalhadores, buscando compreender a ocorrência dos
problemas de saúde à luz das condições e dos contextos de trabalho que deverão
ser orientadas para mudar o ambiente laboral. Com base nisso, o Centro Regional
de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) vem desenvolvendo ações de
educação permanente nos repasses dos protocolos do Ministério da Saúde (MS),
entre esses encontra-se o de Acidentes de trabalho fatais, graves e com crianças e
adolescentes. Vale ressaltar que esse agravo está na relação das notificações
compulsórias universais, segundo a portaria vigente da época a 1.271 de 06 de
junho de 2014, revogada pela portaria 204 do dia 17 de fevereiro de 2016.
OBJETIVO: Capacitar os trabalhadores da saúde de unidade hospitalar em Juazeiro
do Norte para realização da notificação de acidentes de trabalho fatais, Grave e com
criança e adolescente. METODOLOGIA: O presente trabalho trata de um relato de
experiência da capacitação do protocolo de acidentes de trabalho fatais, graves e
com criança e adolescente, desenvolvida pelo CEREST de Juazeiro do Norte, em
setembro de 2015, com os profissionais de saúde de uma unidade hospitalar da
mesma cidade. No primeiro momento ocorreu a sensibilização do gestor da unidade
para a realização da referida capacitação, posteriormente ocorreram encontros com
profissionais da saúde no período matutino, vespertino e noturno, para ampliar o
número de participantes. Foi apresentado o protocolo diferenciado de acidentes de
trabalho fatais, graves e com criança e adolescente do ministério da saúde, 2006,

ISBN 978-85-65221-23-8
com conteúdo teórico e a ficha do sistema de informação de agravos de
notificação(SINAN) do agravo com a mesma titulação do protocolo, logo após foi
realizado estudo de caso fictício de acidente de trabalho e preenchimento da ficha
notificação. RESULTADOS E DISCUSSÕES: com participação de 77 profissionais
de saúde de diversas áreas: enfermeiros, técnico de enfermagem, assistentes
sociais e fisioterapeuta. Os mesmos demonstraram interesse pela temática e
identificaram casos que atenderam como passíveis de notificação, aumentando o
entendimentodo papel deles na alimentação dos dados do SINAN, já que muitas
vezes o estabelecimento em que trabalha é porta de entrada para os trabalhadores
que sofrem acidentes de trabalho, assim foi atingido o objetivo proposto.
CONCLUSÃO: O CEREST é de fundamental importância para o matriciamento da
política nacional da saúde do trabalhador(a) como pólo irradiador para desenvolver
educação permanente, desenvolvendo pensamento crítico para os profissionais da
rede a fim de incorporar o processo saúde – doença com o trabalho.

Palavras-chave: Saúde do Trabalhador. Acidente de Trabalho. Notificação.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
RELATO DE EXPERIÊNCIA: ORGANIZAÇÃO HOSPITALAR PARA DOAÇÃO E
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS

Maria de Fátima Pereira de Oliveira (Relatora, UNILEÃO)


Sara Virgínia Nogueira do Nascimento (Autora, UNILEÃO)
Jayne Cavalcante Torres (Autora, UNILEÃO)
Bianca Lima Miranda (Autora, UNILEÃO)
Tallys Iury de Ara jo (Autor, UNILEÃO)
Ana Maria Machado Borges (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A doação de órgãos e tecidos é um método no qual doa-se uma ou


mais partes do corpo, com o intuito de salvar vidas ou melhorar a qualidade de vida
de um indivíduo, substituindo uma parte do corpo que não está funcionando
adequadamente. A atual situação brasileira reflete uma baixa oferta de doações de
órgãos e tecidos. Esse fato geralmente é consequência da deficiência de
informações. Assim, desenvolver atividades com o intuito de informar a população
sobre a importância da doação de órgãos e tecidos pode contribuir com a elevação
do número de doadores. Para que o nível de doações aumente é necessário que
haja conscientização da população sobre o assunto, através de esclarecimentos
sobre o tema, e sua real importância. OBJETIVO: Relatar a experiência da
organização de uma ação de extensão sobre doação de órgãos e tecidos em uma
instituição de ensino superior. METODOLOGIA: Este estudo consiste em um relato
de experiência vivenciado pelas discentes da disciplina Gerenciamento Hospitalar do
curso de Graduação de Enfermagem do Centro Universitário Doutor Leão Sampaio,
campus Saúde, Juazeiro do Norte, Ceará, no período de 02 de agosto a 21 de
setembro de 2016. A qual houve a organização de uma palestra informativa junto
com a comunidade acadêmica da referia instituição. RESULTADOS: Foi abordado o
tema organização hospitalar para doação e transplante de órgãos, agregando
conhecimento aos alunos do curso de enfermagem e, também, de outros cursos da
instituição que se interessaram em participar. A palestra foi ministrada no dia 21 de
setembro de 2016, por ocasião da comemoração do Dia Nacional de Doação de
Órgãos. Os recursos utilizados foram audiovisuais (caixa de som, microfone,
computador e data show). A palestra foi ministrada pela Enfermeira do Hospital

ISBN 978-85-65221-23-8
Regional do Cariri, que gerencia atividades da doação de órgãos do referido
hospital. CONCLUSÃO: A vivência possibilitou aos discentes uma oportunidade de
refletir sobre todo o processo de doação de órgãos e tecidos, e assim ampliando o
conhecimento teórico. A experiência ainda contribuiu para proporcionar novas
oportunidades no processo de ensino aprendizagem a qual foi de fundamental
importância para influenciar a vida acadêmica e profissional.
Palavras-chave: Obtenção de Tecidos e Órgãos. Educação Continuada. Estudantes
de Enfermagem.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
SATISFAÇÃO DOS ENFERMEIROS NO EMPREGO: UMA REVISÃO
SISTEMÁTICA
Carlos Vinicius Moreira Lima (Relator, UNILEÃO)
Luzianne Clemente de Meneses (Autora, UNILEÃO)
Állif Ramon Lima Félix da Silva (Autor, UNILEÃO)
Monalisa Martins Querino (Autora, UNILEÃO)
Maria Daniele Sampaio Mariano (Autora, UNILEÃO)
Woneska Rodrigues Pinheiro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A satisfação no trabalho é uma condição emocional positiva ou


agradável, resultante da autoavalição acerca do trabalho desenvolvido ou das
experiências adquiridas em relação a esse. Está satisfeito no emprego colabora
positivamente para que o indivíduo alcance seu desenvolvimento pleno,
proporcionando ao trabalhador aumento da motivação e produtividade, favorecendo
assim, maior dedicação profissional, melhor qualidade dos serviços ofertados e o
desenvolvimento da autonomia. OBJETIVO: Avaliar os fatores de
satisfação/insatisfação no emprego apontado pelos enfermeiros, através de revisão
sistemática da literatura. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática da
literatura cuja busca foi realizada na base de dados da biblioteca virtual em saúde,
no mês de setembro de 2017. Os estudos foram obtidos por meio do uso de
descritores em ciências da saúde, vinculado a operador booleano e aspas, para
identificação de palavra composta (enfermeiro AND “satisfação no emprego”),
delimitando a busca nos seguintes campos: título, resumo e assunto. Para inclusão
os artigos deveriam ser realizados no Brasil, publicados em português, entre os anos
de 2012 a 2016, e estarem disponíveis na integra. Foram exclusos estudos que
trouxessem dados da categoria de enfermagem como um todo, não sendo possível
separar os achados entre enfermeiro e demais profissionais da categoria, e aqueles
que não contemplassem a temática em estudo. Foram identificados pela estratégia
de busca 28 artigos, dos quais 20 não atenderam aos critérios de elegibilidade e
foram exclusos, resultando em oito elegíveis para revisão. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Os estudos selecionados abordaram enfermeiro que atuavam na

ISBN 978-85-65221-23-8
atenção básica, na rede hospitalar e na docência, permitindo desse modo uma
análise ampla da satisfação profissional. Mediante avaliação dos artigos
selecionados, foram apontados como fontes de satisfação: a autonomia, ambiente
de trabalho, reconhecimento, assistência ao enfermo, suporte organizacional e
remuneração. Como principais fatores de insatisfação estão: relação profissional
com a equipe de saúde, falta de reconhecimento, infraestrutura, carga de trabalho e
baixa remuneração. Observa-se a existência de fatores ambíguos, revelando que
um único fator pode levar a satisfação ou até mesmo a insatisfação, visto que são
fenômenos subjetivos e dependem da percepção do sujeito. Os achados
demonstram reduzido reconhecimento social e baixa visibilidade profissional,
acarretando insatisfação e intenção de abandono da profissão, podendo repercutir
negativamente na qualidade da assistência oferecida aos usuários. CONCLUSÃO:
Quanto maiores os fatores geradores de satisfação, maiores serão os esforços
profissionais para prestar uma assistência de qualidade ao usuário, família e
comunidade. Desta maneira, os estabelecimentos onde atuam o profissional
enfermeiro, devem avaliar o índice de satisfação desse profissional, os fatores que
predispõem a insatisfação no emprego e traçar intervenções que minimizem as
insatisfações, visando influenciar positivamente a melhoria da qualidade da
assistência e redução do absenteísmo.
Palavras-chave: Enfermagem. Enfermeiro. Satisfação no Emprego.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM OLTADA A UMA
CRIANÇA COM HIDROCEFALIA: UM ESTUDO DE CASO

Jéssica Weslane Bezerra Luciano(Relatora, UNILEÃO)


Celiane Pereira de Souza (Autora, UNILEÃO)
Tamyres Pereira da Silva (Autora, UNILEÃO)
Jeyzianne Franco da Cruz Silva (Autora, UNILEÃO)
Francinubia Nunes Barros (Autora, UNILEÃO)
Rochdally Alencar Brito Santos (Orientadora, URCA)

INTRODUÇÃO: A hidrocefalia, também conhecida como ventriculomegalia,


caracteriza-se pelo acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano (LCR) dentro dos
ventrículos e cavidades cerebrais que comportam o LCR. As manifestações clínicas
em crianças maiores de dois anos são: cefaleia intensa, irritabilidade, visão dupla e
sonolência. A derivação ventricular peritoneal (DVP) é utilizado como estratégia de
tratamento, pois através de um cateter o LCR é drenado dos ventrículos cerebrais
para o peritônio. A assistência de enfermagem possibilita a implementação dos
cuidados baseados na humanização e cientificidade promovendo a saúde da
criança. OBJETIVOS: Relatar a sistematização da assistência de enfermagem a
uma criança com hidrocefalia. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo
com abordagem qualitativa do tipo estudo de caso. Realizado em domicilio, com
uma criança, em agosto de 2017 no município do Crato-Ce. Os dados foram obtidos
através da anamnese, exame físico e análise de exames de imagens; os elementos
encontrados foram analisados segundo o raciocínio clínico de enfermagem com
base na Classificação dos Diagnósticos de Enfermagem (NANDA), Classificação das
Intervenções de Enfermagem (NIC) e Classificação dos Resultados de Enfermagem
(NOC). RESULTADOS E DISCUSSÃO: S.R.C, 8 anos, natural do Crato-CE, com
diagnóstico de hidrocefalia congênita. Apresentando hemiplegia unilateral direita,
dependência total em suas atividades, afasia, sem histórico de convulsões, realizou
inserção de válvula ventricular peritoneal (dvp) aos 6 meses de idade. Não deambula
e se locomove através de cadeira de rodas. Não faz uso de fármacos e nem de
fisioterapia motora. Ao exame físico apresentou-se: consciente, desorientado, crânio

ISBN 978-85-65221-23-8
assimétrico (PC:38cm) e pupilas isocóricas, acuidade visual comprometida,
normocorado, eupineico (20rpm), normotenso (100x60 mmHg), normocárdico
(72bpm), afebril (36°C). Tórax simétrico com expansibilidade torácica bilateral,
ausculta pulmonar com murmúrios vesiculares fonéticos. Ausculta cardíaca com
bulhas rítmicas normofonéticas em dois tempos. Abdome plano sem dor a palpação
e ruídos hidroaéreos presentes, aceitando dieta por via oral, porém com auxílio.
Eliminações espontâneas através de fralda e pele íntegra. Apresenta estatura de
1,14cm. Analisando o estado clínico da paciente foram identificados três principais
diagnósticos de enfermagem: comunicação verbal prejudicada relacionada ao
prejuízo da função motora, especificadamente aos músculos da fala secundário a
dano cerebral evidenciada por afasia; atraso no desenvolvimento e crescimento
relacionado à capacidade física comprometida e à dependência secundárias a
hidrocefalia evidenciado por baixa estatura e dificuldade nas habilidades cognitivas e
risco para integridade da pele prejudicada relacionada a imobilidade física. Diante
dos diagnósticos levantados foram traçadas intervenções de enfermagem,
consistindo na elaboração de um plano de cuidados constituídos pelas seguintes
atividades de enfermagem: incentivar a procura de uma pessoa capacitada para
linguagem de sinais, estimular a ingesta de alimentos ricos em proteínas, vitaminas
e carboidratos, incentivar o uso de jogos lúdicos para melhorar habilidade cognitiva,
suspender a acriança da cadeira a cada duas horas ou sempre que necessário e
não deixar o paciente úmido afim de evitar lesões por pressão. Os resultados
esperados incluem: crescimento e desenvolvimento melhores, melhora na
comunicação e ausência de lesão por pressão. CONCLUSÃO: a sistematização da
assistência de enfermagem possibilita um cuidado holístico e seguro ao paciente
melhorando sua qualidade de vida.
Palavras-chave: Hidrocefalia. Saúde da Criança. Sistematização da Assistência de
Enfermagem.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
USO DE TECNOLOGIAS LEVES: PRÁTICA PROFISSIONAL DO ENFERMEIRO
NO CONTEXTO HOSPITALAR

Patrícia Pereira Tavares de Alcantara (Relatora, UFCA)


Maria Regilânia Lopes Moreira (Autora, URCA)
Maria Andréia Facundo (Orientadora, HRC)

INTRODUÇÃO: O ato de cuidar é uma das premissas da enfermagem. É através


dele que a profissão apoia sua assistência e humaniza o atendimento. Para Souza
et al. (2005), o cuidar é concretizado na vida em sociedade e significa zelo, atenção,
colocar-se no lugar do outro. Também utilizado como ferramenta de construção de
conhecimento e autonomia, o ato de cuidar, segundo Pires (2005), pretende atingir
dimensões sociais, políticas, ecológicas e epistemológicas. As tecnologias leves
foram definidas por Mehry et al. (2006) como o processo da produção de
comunicação entre os usuários com necessidades de atendimento em saúde e
profissionais da área. OBJETIVO: Assim, o presente trabalho objetiva identificar a
utilização das tecnologias leves no processo do cuidar dos enfermeiros no ambiente
hospitalar. METODOLOGIA: Realizou-se, portanto, uma pesquisa descritivo-
exploratória que visou refletir sobre a prática profissional do enfermeiro no contexto
hospitalar na microrregião Crajubar (interior do Ceará), desenvolvida entre abril e
maio de 2010. A amostra da pesquisa foi composta por 24 enfermeiros
assistencialistas da região, obedecendo os critérios de inclusão e exclusão. Inclusão
atuarem como enfermeiros assistenciais no hospital local da pesquisa, e exclusão
não atuarem como enfermeiros assistenciais no local citado. Utilizaram-se para a
coleta de dados a observação não-participante e a entrevista semi-estruturada. Os
dados de natureza qualitativa apresentados e analisados em categorização
temática. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Diante da análise, verificou-se que os
conceitos de tecnologia do cuidado e humanização estão intimamente relacionados
na enfermagem. Os participantes apontaram a escuta do paciente, o levantamento
do histórico de enfermagem e a educação em saúde como as principais tecnologias
leves utilizadas em seu processo de trabalho. Conforme Nietsche et al. (2005), a
tecnologia na enfermagem não se limita a utilização de meios, mas atua como

ISBN 978-85-65221-23-8
instrumento facilitador entre o homem e o mundo, construindo um saber que
favorece a expansão do conhecimento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Logo,
compreende-se que mudanças simples, como a implantação de formas efetivas e
empáticas de comunicação com pacientes, podem consistir num modo humanizado
de cuidar e favorecem uma implantação satisfatória do processo de enfermagem.

Palavras-chave: Enfermagem. Cuidados de Enfermagem. Hospitais.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
ESTINDO-SE COM A ALMA PARA SE FAZER ENXERGAR A ESPERANÇA DA
MELHORA NA SAÚDE DAS CRIANÇAS HOSPITALIZADAS: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Isa Maria de Oliveira Morais (Relatora, UNILEÃO)
Alessandra Morais de Menezes(Autora, UNILEÃO)
Állif Ramon Lima Félix da Silva (Autor, UNILEÃO)
Woneska Rodrigues Pinheiro (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Vivenciar o cotidiano da criança hospitalizada representa um


processo de sofrimento não só para os familiares, mas também para a mesma, pois
muitas das suas atividades são involuntariamente adiadas e todos precisam se
ajustar a uma realidade de privações. O mundo da criança sofre transformações e é
necessário ajudá-la a se adaptar e existir neste novo contexto, tendo em vista que
as rotinas estabelecidas no hospital desapropriam a criança e seus familiares de
seus planos. Neste contexto, em 2007 surgiu o grupo Enfermagem da Alegria (EA),
um Projeto de Extensão do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Doutor
Leão Sampaio (UNILEÃO), que foi idealizado por um grupo de estudantes da
referida instituição, com o intuito de associar a atuação lúdica e as brincadeiras
infantis com a assistência do cuidar em um hospital do município de Juazeiro do
Norte-Ceará. OBJETIVOS: Relatar a experiência da vivência voluntária no Projeto
de Extensão Enfermagem da Alegria. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
descritivo, qualitativo do tipo relato de experiência, vivenciado pela voluntária do
grupo Enfermagem da Alegria, no ano de 2015, o qual utiliza o lúdico como
ferramenta para promoção da humanização da assistência de crianças
hospitalizadas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As intervenções do referido grupo
acontecem todas as quintas e domingos com durabilidade de 2h, no Hospital Maria
Amélia. Os voluntários caracterizam-se de palhaços com a missão de alegrar o dia
das crianças hospitalizadas. Em todas as visitas o grupo é desafiado promover
momentos especiais a fim de contribuir positivamente para a melhora da saúde das
crianças, com as quais os membros do grupo aprendem valorizar momentos mais
simples da existência do ser. O grupo EA, a cada visita realizada as crianças
hospitalizadas, rompe com o modelo mecanicista do cuidar e, amenizando e

ISBN 978-85-65221-23-8
transformando a dor, medo e saudade em sorriso, “ remédio”, que só a ludoterapia
pode ofertar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O projeto Enfermagem da Alegria não tem
como finalidade apenas auxiliar na melhora das crianças hospitalizadas, mas
também revigorar e restaurar a alma do voluntário participante dessa extensão, pois
ver uma criança esperançosa quanto a melhora do seu quadro clínico depois da
intervenção, faz valer a pena cada esforço que foi exercido para chegar até elas,
participar do mesmo é um privilégio e uma tarefa difícil, pois brincar também é coisa
séria.
Palavras-chave: Criança. Hospital. Lúdico. Brincadeiras.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
VIVÊNCIAS E ESTÁGIOS NA REALIDADE DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: A
CONSTRUÇÃO DE DIÁLOGOS COLETIVOS

Eduarda Brennda Ferreira Gonçalves de Lima (Relatora, UNILEÃO)


Darley Rodrigues da Silva (Autor, UNILEÃO)
Nadna Larissa Ferreira Moura (Autora, UNILEÃO)
Tallys Iury de Araújo (Autor, UNILEÃO)
Janayle Kellen Duarte de Sales (Autora, UNILEÃO)
Rayane Moreira de Alencar (Autora, URCA)

INTRODUÇÃO: Em 2001 a Escola Estadual de Saúde Pública do Estado do Rio


Grande do Sul, com apoio de movimentos estudantis, lançou a proposta da criação
de um projeto que estimulasse a formação de profissionais para o Sistema Único de
Saúde (SUS) comprometidos eticamente com seus princípios e diretrizes, e que
fossem aptos para se tornarem agentes políticos e sociais capazes de promover
transformação na sociedade, a partir daí surgiu as Vivências e Estágios na
Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS). A escolha em elaborar este
relato se deu devido o projeto VER-SUS ter possibilitado a ampliação de diversos
horizontes no âmbito da saúde pública local. A relevância se dá na concepção de
que em 2004 o projeto se tornou estratégia de educação permanente em saúde do
Ministério da Saúde, configurando-se VER-SUS/Brasil. OBJETIVO: Relatar a
experiência de acadêmicos que participaram do VER-SUS sobre as possibilidades e
contribuições de se construir práticas e discursos coletivos no âmbito da saúde
pública. MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência de acadêmicos, advindo
de um processo de vivências e reflexões durante o VER-SUS, que ocorreu na região
do Cariri, Ceará, entre os dias 18 e 28 de janeiro de 2016, totalizando 10 dias de
vivências. Durantes os dias citados os acadêmicos estiveram em imersão total na
realidade do SUS na região do Cariri, realizando visitas às diversas organizações
públicas de saúde. A vivência contou com a participação de acadêmicos de diversos
cursos, como direito, nutrição, enfermagem, psicologia, medicina e fisioterapia.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante as visitas às organizações de saúde
discutia-se sobre o funcionamento, os pontos positivos e as dificuldades

ISBN 978-85-65221-23-8
encontradas nas mesmas, questionando-se como se dava o atendimento a
comunidade neste contexto e de que forma os profissionais articulavam-se na
prestação de cuidados. Após este processo, em roda de conversa na unidade, o
grupo dialogava com os profissionais e responsáveis locais sobre o processo de
gestão e principais atores sociais envolvidos. No período da noite a participação de
representantes de movimentos sociais, gestão e unidades de saúde enriquecia as
rodas de conversas, nesse momento os acadêmicos compartilhavam experiências e
construíam juntos reflexões coletivas. A participação no VER-SUS oportunizou que
os acadêmicos pudessem ver e perceber realidades sobre outras óticas, não se
limitando a visão restrita apenas do seu respectivo curso. A troca de informações e o
olhar do grupo fortaleceu concepções que se voltam para o cuidado holístico,
compreendendo que a atuação em grupo enriquece as práticas profissionais, bem
como fortalecem a saúde pública, gerando reflexos positivos em todo o processo. O
VER-SUS possibilitou ainda a disseminação de conhecimento para o fortalecimento
individual e conscientização coletiva, reforçando a valorização do trabalho
multiprofissional. CONCLUSÃO: A iniciativa do VER-SUS, aliada ao fortalecimento e
ampliação dos processos de mudança de graduação e da construção de novos
compromissos entre as instituições de ensino, os serviços e os movimentos sociais,
pode vir a nortear novas práticas de saúde, evidenciando a importância de se
construir saberes coletivos e uma consciência profissional que fortalece a atuação
multiprofissional.

Palavras-chave: Sistema Único de Saúde. Fortalecimento Institucional. Serviços de


Saúde.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
CUSTOS EM PROMOÇÃO, PREVENÇÃO À SAÚDE, TRATAMENTO E
REABILITAÇÃO NA REGIÃO DO CARIRI

João Emanuel Pereira Domingos (Relator, URCA)


José Alexandre Albino Pinheiro (Autor, UNILEÃO)
Ana Carolina Ribeiro Tamboril (Autora, URCA)
Ana Maria Machado Borges (Autora, UNILEÃO)
Amanda Suélen da Silva (Autora, UNILEÃO)
Maria Corina Amaral Viana (Orientadora, URCA)

INTRODUÇÃO: Métodos de análises epidemiológicas e de avaliações econômicas


são cada vez mais necessários diante o atual cenário de crescimento populacional
atrelado à escassez de recursos. Tais análises oferecem suporte aos gestores de
sistemas de saúde para a tomada de decisão, seja para o investimento em novas
tecnologias ou para a realocação de recursos, conforme as necessidades da
população. No que tange aos recursos dispensados às ações de promoção,
prevenção, tratamento e reabilitação em saúde, observa-se um desequilíbrio na
alocação dos recursos, cujos reflexos estão no perfil de adoecimento da população.
OBJETIVOS: Descrever os gastos públicos com ações de promoção, prevenção e
reabilitação da saúde, na região do Cariri – CE. METODOLOGIA: Trata-se de um
estudo descritivo, com abordagem quantitativa e caráter retrospectivo, realizado
em junho de 2017, cujos dados foram obtidos por meio do Sistema de Informação
Ambulatorial (SIA), através do Departamento de Informática do SUS (DATASUS).
Foram coletados dados gerados no período entre 2008 a 2016, na região do Cariri,
referentes aos gastos públicos com ações de promoção e prevenção, tratamento e
reabilitação em saúde. Após extração, os dados foram analisados no Excel versão
2010 para Windows® e organizados em tabelas contendo o valor total dos gastos
por grupo de procedimento (Promoção e prevenção em saúde, tratamento ou
reabilitação) e valor dos gastos de acordo com as categorias de ações e/ou
procedimentos que foram realizados. RESULTADOS: Para melhor compreensão
dos resultados, as ações foram categorizadas em três grandes blocos (promoção
e prevenção, tratamento e reabilitação em saúde), em cada um foram destacadas

ISBN 978-85-65221-23-8
as ações ou procedimentos que mais demandaram a utilização do recurso
destinado a cada bloco. O valor aprovado para ações depromoção e prevenção
em saúde corresponderam a R$ 216.052,72; tratamento, R$ 333.209.201,29 e
reabilitação R$ 13.219.613,47. O bloco de promoção e prevenção em saúde
agrupou três grupos de ações/procedimentos, sendo que do valor total destinado
ao mesmo, 146,364,30 (67,74%) foram alocados em ações de Educação em
saúde, seguida pelas ações de Vigilância Sanitária (R$ 45.619,00; 21,11%) e de
ações voltadas para alimentação e nutrição (R$ 24.069,00; 11,14%). O
segundo bloco agrupou 28 ações/procedimentos relacionados ao custeio de
tratamento em saúde. Destacaram-se as ações para tratamento em nefrologia
que foram responsáveis por 34,27% (R$ 114.195.135,59) do valor
aprovado para as ações de tratamento em saúde, seguida por
consultas/atendimentos/acompanhamentos (R$ 97.622.401,87; 29,30%) e
procedimentos relacionados ao tratamento em oncologia (R$ 59.329.102,85;
17,81%). No bloco de reabilitação, observaram-se duas categorias: órteses,
próteses e materiais especiais não relacionados ao ato cirúrgico (R$
11.416.588,73; 83,36%) órtese, próteses e materiais especiais relacionados ao ato
cirúrgico (R$ 1.803.024,74; 13,64%). CONCLUSÕES: As ações de tratamento em
saúde foram as que mais demandaram recursos financeiros na região do Cariri
entre os anos de 2008 a 2016. Dentre essas ações, destacam-se principalmente
os gastos em nefrologia, superando os custos em tratamentos oncológicos.
Dessa forma, vale salientar a importância de estudos e planejamento dos
gestores, considerando uma distribuição de verbas nos três âmbitos da saúde,
baseada no cenário epidemiológico atual, contingentes populacionais, taxa de
mortalidade e morbidade.

Palavras-chave: Custos e Análise de Custos. Saúde Pública. Gestão em Saúde.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
DIABETES MELLITUS TIPO 2: fatores que interferem na adesão ao tratamento

Tatielli Lopes de Lima (Relatora, UNILEÃO)


Dilma Maria de Almeida (Autora, UNILEÃO)
João Edilton Alves Feitoza (Autor, UNILEÃO)
Regina Maria Mota Arrais (Autora, UNILEÃO)
Andréa Couto Feitosa (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus (DM) pode ser definido como um grupo de


distúrbios metabólicos, caracterizada por um aumento dos níveis de glicose
sanguínea, decorrente do distúrbio na secreção e/ou na ação da insulina. Em
relação ao tratamento dessa patologia, alguns fatores podem influenciar na sua
adesão. OBJETIVOS: O objetivo geral foi conhecer quais os fatores que interferem
na adesão ao tratamento do DM tipo 2 e os específicos: traçar o perfil sócio
demográfico e econômico dos participantes do estudo; verificar os tratamentos
utilizados pelos portadores de DM tipo 2 e identificar os fatores dificultadores e
facilitadores para adesão do tratamento. METODOLOGIA: Trata-se de uma
pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, realizado no Centro Integrado de
Diabetes e Hipertensão (CIDH), em Barbalha - CE. A coleta de dados ocorreu no
mês de março de 2017. A população foi constituída por 1620 portadores de DM tipo
2 atendidos no CIDH, sendo que destes, 510 são homens. A amostra foi composta
por 25 participantes selecionados pelos critérios de inclusão: ser portador de DM tipo
2, ser homem e aceitar participar da pesquisa assinando o termo de consentimento
livre e esclarecido e o termo de consentimento pós-esclarecido. Os critérios de
exclusão foram os que não obedeceram aos critérios de inclusão citados
anteriormente. Utilizou-se como coleta de dados um formulário. Após a coleta, os
dados foram organizados por meio de tabelas e gráficos, sendo analisados por
estatística simples e discutidos de acordo com a literatura pertinente. A pesquisa
respeitou a Resolução Nº 466/12. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com
os resultados, verificou-se que 14 (56%) dos participantes tinham entre 43 e 60 anos
de idade, 16 (64%) possuía o ensino fundamental incompleto, 18 (72%) eram
casados, 15 (60%) recebiam até 1 salário mínimo, 13 (52%) residiam na zona rural e
24 (96%) moravam acompanhados por algum familiar. Quanto ao tratamento dos

ISBN 978-85-65221-23-8
pacientes com DM tipo 2, percebeu-se que 23 (92%) realizavam tratamento, sendo
que 20 (80%) utilizavam o medicamentoso. No tocante à existência de alguma
dificuldade na adesão ao tratamento do diabetes, 20 (80%) dos entrevistados
afirmaram possuir dificuldades, sendo que 14 (43%) citaram a falta de atividade
física como a mais prevalente. Quando se refere à existência de facilidades na
adesão ao tratamento, 30 (100%) dos participantes afirmaram que existem fatores
facilitadores, sendo assim, 20 (61%) relataram o fácil acesso aos medicamentos o
mais predominante. CONCLUSÃO: Portanto, conclui-se que é necessário a adoção
de estratégias que visem a redução ou eliminação dos fatores que dificultam a
adesão ao tratamento do DM tipo 2, para que sejam prevenidas complicações
advindas dessa patologia.

Palavras-chave: Diabetes Melittus. Tratamento. Fator.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
EPIDERMÓLISE BOLHOSA: AS DIFICULDADES DO ENFERMEIRO FRENTE À
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Jennifer Ferreira Figueiredo Cabral (Relatora, UNIFOR)


Geise Moreira Sales de Oliveira (Autora, UNIFOR)
Maria Regilânea Lopes Moreira (URCA)
Thaís Rogério dos Santos (Autora, UNIFOR)
Fernanda Maria Silva (Orientadora)

INTRODUÇÃO: A Epidermólise Bolhosa (EB) é definida como uma dermatose


hereditária rara, cujas fibras protéicas de colágeno que ligam as camadas da pele
não funcionam eficazmente, levando ao surgimento de feridas crônicas. São
classificadas em três grupos: simples, juncional e distrófica. Os subtipos mais
graves estão associados a complicações, incluindo extracutâneas como: anemia
crônica, osteoporose, problemas gastrintestinais e cardíacos. No Brasil, não há
relato oficial do n mero de pacientes com EB. Já nos EUA, a incidência é de
50:1.000.000 de nascidos vivos. Apesar de rara, a EB gera grande impacto na vida
do paciente e de sua família, seja em função da dor física, do sofrimento
emocional ou do impacto econômico. A qualidade de vida desses pacientes é
diretamente prejudicada pela patologia, necessitando assim de uma assistência
individualizada e holística nos serviços de sa de, sobretudo do profissional
enfermeiro. OBJETI O: identificar as dificuldades do enfermeiro na assistência ao
paciente com epidermólise bolhosa. MÉTODO: Trata-se de um estudo teórico-
reflexivo. Para esta reflexão, buscaram-se artigos originais publicados entre 2011 a
2016, periódicos da CAPES, SciELO e na revista eletrônica Estima, utilizando os
descritores Epidermólise Bolhosa, Enfermagem e Tecnologias em sa de.
DISCUSSÃO: A raridade da doença gera uma carga de ansiedade aos
profissionais, geralmente resultando em uma condição de incapacidade de
atuação efetiva. Assim, os enfermeiros têm dificuldade em realizar o cuidado, por
este ser muitas vezes extensivo e complicado, além de não gerar tantos resultados
positivos em função da EB ser incurável, fazendo sentirem- se despreparados
frente s necessidades que a patologia exige. O bem-estar de profissionais de

ISBN 978-85-65221-23-8
sa de que lidam com estes pacientes pode ser afetado negativamente devido
carência de especialistas em EB, bem como pela preocupação com o estado de
sa de do paciente. Os profissionais que lidam diretamente com esse p blico
afirmam a necessidade de um trabalho mais planejado e organizado, pois assim
facilitar-se-á a qualidade do cuidado na tomada de decisões. CONCLUSÃO:
Atualmente não há diretrizes específicas que contribuam para o cuidado dos
profissionais frente EB. O desenvolvimento de estudos metodológicos para
conceber tecnologias em sa de seria primordial, visto que a utilização de
protocolos é uma importante estratégia para o enfrentamento de diversos
problemas na assistência e na gestão dos serviços. Com um instrumento de
intervenção baseado no perfil dos diagnósticos de enfermagem em pacientes com
EB, os erros poderiam ser minimizados, condicionando uma maior padronização e
melhorando as ações direcionadas a este cuidado.

Pala ras- ha e: Enfermagem. Epidermólise Bolhosa. Tecnologias em Sa de.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS ENCONTRADOS NAS POPULAÇÕES
DE HIPERTENSOS E DIABÉTICOS NA REGIÃO DO CARIRI – CE

José Alexandre Albino Pinheiro (Relator, UNILEÃO)


João Emanuel Pereira Domingos (Autor, URCA)
Ana Carolina Ribeiro Tamboril (Autora, URCA)
Maria Corina Amaral Viana (Autora, URCA)
Jamilla Nogueira Landim Rufino (Autora, UNILEÃO)
Ana Maria Machado Borges (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares, representam a maior causa de


morte em todo o mundo. Só em 2008, mais de 17 milhões de indivíduos foram a
óbito devido às mesmas. A OMS estima que aproximadamente 23,6 milhões
pessoas morrerão por causas relacionadas a essas doenças, até o ano de 2030.
Nesse contexto, destaca-se a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e a Diabetes
Mellitus (DM). Tratar essas patologias e identificar indivíduos que se encontram em
situações de risco para o desenvolvimento de complicações relacionadas a elas, é
fundamental para controla-las e prevenir complicações. Os fatores de risco podem
ser divididos em modificáveis (sobrepeso, distribuição central de gordura corporal,
dislipidemias, tabagismo, entre outros) e não modificáveis (idade, genética,
antecedente familiar, etc). OBJETIVOS: Descrever os fatores de risco presentes
nos casos de HAS, DM e ambas patologias associadas na região do Cariri, entre
os anos de 2003 a 2013. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico
descritivo, cujos dados foram coletados por meio do Sistema de Cadastramento e
Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (HIPERDIA), através do
Departamento de Informática do SUS (DATASUS). A população do estudo foi
constituída por casos de HAS, DM e casos de HAS e DM associados, no período
de 2003 a 2013 referentes a região do Cariri - CE. Foram selecionadas as
categorias de Tabagismo; Sedentarismo e Sobrepeso. Após extração, os dados
foram categorizados em tabelas a partir do programa Excel versão 2010 para
Windows®, contendo as variáveis coletadas. Os dados de cada categoria foram
avaliados, segundo a frequência absoluta e relativa. RESULTADOS: No período

ISBN 978-85-65221-23-8
correspondente ao estudo estavam disponíveis no DATASUS os dados referentes
a 17.473 indivíduos portadores de HAS, 154 diabéticos tipo I, 655 diabéticos
tipo II e 3.914 portadores de Hipertensão associada à DM. O tabagismo
prevaleceu nos indivíduos com HAS e DM (1.083 casos; 27,67% da população
total), seguidos por pacientes com HAS (4.287; 24,53%), diabéticos tipo II (143;
21,83%) e diabéticos tipo I (21; 13,63%). O sedentarismo foi mais prevalente
também em indivíduos com HAS e DM (1.789; 45,71%), em seguida os diabéticos
tipo II (267; 40,76%), Hipertensos (7.201; 40,19%) e diabéticos tipo I (57;
37,01%). Da mesma forma, o sobrepeso apresentou maior taxa de prevalência
nos indivíduos com HAS e DM (1.853; 47,34%), Diabéticos tipo II (294; 44,88%),
hipertensos (6.207; 35,52%) e diabéticos tipo I (33; 21,43%). CONCLUSÕES:
Indivíduos com HAS associada ao DM foram os que mais apresentaram os
fatores de risco pesquisados (tabagismo, sedentarismo e sobrepeso), bem como
também nos diabéticos tipo II. Logo, deve se considerar essas populações como
alvo de maior atenção dos profissionais de saúde, em especial os da Estratégia
Saúde da Família (ESF), no sentido de criarem estratégias para redução dos
mesmos. Vale salientar a importância da implementação das estratégias já
existentes, considerando o instrumento de cálculo do escore de risco para o
desenvolvimento de complicações cardiovasculares (Escore de Framingham),
como um importante parâmetro da área clínica e da atenção básica, para identificar
os indivíduos mais suscetíveis a desfechos desfavoráveis, na tentativa de reduzi-
los.

Palavras-chave: Hipertensão Arterial Sistêmica. Diabetes Mellitus. Saúde


Pública.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
O DIAGNÓSTICO DE REAÇÕES PÓS-TRANSFUSIONAIS A PARTIR DE
ANÁLISES LABORATORIAIS

Gilberto dos Santos Dias de Souza (Relator, UNILEÃO)


Hercules Pereira Coelho (Autor, UNILEÃO)
Luyslyanne Marcelino Martins (Autora, UNILEÃO)
Jenifer Maciel Pinheiro (Autora, UNILEÃO)
Wilian Alves Bezerra (Autor, UNILEÃO)
Alessandra Bezerra de Brito (Orientadora, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: A hemoterapia é um procedimento ou tratamento terapêutico que


consiste na transfusão sanguínea de componentes e derivados do sangue, que pré-
dispõe a um alto risco de transmissibilidade de doenças infectocontagiosa, sendo
necessário que este procedimento seja realizado por profissionais capacitados. Os
incidentes transfusionais imediatos ocorrem durante a transfusão ou até 24 horas
após, e os notificáveis são: Reação hemolítica aguda, reação febril não hemolítica,
reações alérgicas (leve, moderada e grave), sobrecarga volêmica, reação por
contaminação bacteriana da bolsa, edema pulmonar não cardiogênico, reação
hipotensiva e hemólise não imune. Incidentes transfusionais que ocorrem após 24
horas do término da transfusão, são chamados de tardios e, dentre eles estão:
Reação hemolítica tardia, síndrome de hiperhemolíse, púrpura pós transfusional,
doença enxerto versus hospedeira relacionada à transfusão, hepatites, HIV, doença
de chagas, SIFILIS, malária, aloimunização e sobrecarga de ferro. OBJETIVO:
Identificar reações pós transfusionais através de analises laboratoriais, em pacientes
submetidos à hemoterapia. METODOLOGIA: O presente estudo consiste em uma
revisão bibliográfica da literatura nacional a partir de uma pesquisa nas bases de
dados Lilacs, PubMed, Scielo e na literatura cinzenta pertinente. A pesquisa foi
composta por dez artigos sendo quatro selecionados para compor a amostra dos
quais foram obtidos artigos no período entre 2004 e 2008. O estudo foi construído no
período de abril a maio de 2017 realizando assim uma narrativa sobre o tema
proposto. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Alguns exames laboratoriais auxiliam
nesse diagnóstico de reações pós transfusionais, dentre eles estão: Inspeção visual

ISBN 978-85-65221-23-8
do soro ou plasma para detectar hemólise; determinação do grupo ABO e fator Rh
do receptor e da bolsa; Coombs direto e indireto (pesquisa e identificação de
anticorpos irregulares); teste direto e indireto da antiglobulina humana; prova de
compatibilidade com o resíduo da bolsa; pesquisa de anticorpos irregulares
utilizando técnicas que aumentam a sensibilidade do método; cultura bacteriológica
tanto da bolsa quanto do paciente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do estudo
conclui-se que a atuação do profissional de enfermagem e sua visão laboratorial irá
garantir a segurança no procedimento, proporcionando tanto aos doadores como
aos receptores produtos com qualidade, seguindo a captação e a seleção de
doadores, dispensação e avaliação pré, intra e pós transfusional interferindo e
conduzindo melhores resolutividades em caso de reações adversas tenda em vista
que os riscos de reações transfusionais podem aumentar de acordo com as
repetidas necessidades do paciente em receber a transfusão.

Palavras-chave: Hemoterapia. Reações Transfusionais. Diagnóstico.

ISBN 978-85-65221-23-8
16 A 20 de Outubro de 2017
Local: Unidade Saúde - Centro Universitário Dr. Leão Sampaio
PRINCIPAIS SINTOMAS E ALTERAÇÕES OBSERVADAS EM PACIENTES
ACOMETIDOS COM A DOENÇA DE PARKINSON

Jenifer Maciel Pinheiro (Relatora, UNILEÃO)


Hercules Pereira Coelho (Autor, UNILEÃO)
Janayle Kéllen Duarte de Sales (Autora, UNILEÃO)
Luyslyanne Marcelino Martins (Autora, UNILEÃO)
Gilberto dos Santos Dias de Souza (Autor, UNILEÃO)
Irwin Rose Meneses de Alencar (Orientador, UNILEÃO)

INTRODUÇÃO: Trata-se de um distúrbio neurológico progressivo do movimento


muscular, ocasionado pela constante perca dos neurônios dopaminérgicos
pigmentados da substância negra, o que direciona ao surgimento de inclusões
intracelulares conhecidas como corpúsculos de Lewis. OBJETIVO: Determinar a
relevância da assistência de enfermagem como fator predisponente para a melhora
dos principais sintomas clínicos em pacientes acometidos pela doença de Parkinson.
METODOLOGIA: O presente estudo foi realizado a partir de uma revisão
bibliográfica, nas bases de dados da Lilacs e PubMed, e na literatura cinzenta
usando os descritores: Assistência de Enfermagem, Sintomas Clínicos e Parkinson.
Como critério de inclusão foram selecionados artigos compreendidos no período de
2012 ao ano de 2017, sendo os artigos não enquadrados nesses critérios excluídos
do estudo. Foram encontrados e catalogados 14 artigos nas bases indexadas.
Porém, após a aplicação dos critérios de inclusão e eliminação das obras duplicadas
foram selecionados 05 obras que abordavam a temática expressa, as quais após
fichadas, analisadas e organizadas, serviram como embasamento para a construção
do estudo. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A doença de Parkinson é caracterizada
como uma síndrome clínica, enquanto que o Parkinsonismo é a expressão dos
sintomas presente no paciente com Parkinson. Neste sentido, há quatro principais
manifestações, sendo estas: bradicinesia, rigidez muscular, tremores involuntários e
desequilíbrio postural, o que pode direcionar o cliente a riscos de traumas físicos
e/ou dificuldades na marcha. Dentre os principais fatores que remetem ao
acometimento por esta afecção, apresentam-se de maneira expressiva os danos ao

ISBN 978-85-65221-23-8
sistema dopaminérgico nigroestriatal, podendo ainda ser induzida pela utilização de
alguns fármacos como os antagonistas dopaminérgicos. Os sintomas de Parkinson
refletem de um desequilíbrio entre os neurônios colinérgicos excitatórios e o número
reduzido de neurônios dopaminérgicos inibitórios. O diagnóstico do Parkinson é
baseado na história clínica do paciente, através da anamnese, pela qual pode-se
estabelecer o surgimento e/ou agravamento dos seus principais sintomas. O
processo de enfermagem é um método utilizado para coletar informações, planejar
ações, implementar e avaliar o cuidado. Sendo este empregado perante a
compreensão das necessidades peculiares de cada paciente e/ou coletividade.
Neste processo, segundo os diagnósticos de enfermagem da Nanda, podemos
destacar dentre as principais análises de enfermagem: o comprometimento da
mobilidade física, relacionada à contratura muscular; déficit de autocuidado, devido
aos episódios de distonia; alteração do grau nutricional, caracterizado pelo tônus
muscular ineficiente; diminuição da comunicação verbal, e outros. A principal forma
de terapia é farmacológica, cuja proposta busca a minimização e/ou retardo dos
quadros sintomáticos, uma vez que, estes não podem reverter ou inibir a progressão
da mesma. As principais ações farmacológicas para o tratamento ocorrem através
do aumento da atividade dopaminérgica estriada, ou por meio da redução da
influência dos neurônios colinérgicos excitatórios sobre o trato extrapiramidal,
reduzindo, assim, o desequilíbrio entre as atividades dopaminérgicas e colinérgicas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A enfermagem pode avaliar as mudanças decorrentes
da alteração no cotidiano dos pacientes, visando assim, metas terapêuticas para a
sua assistência, que vislumbrem a melhora da mobilidade funcional, aquisição da
autonomia, a manutenção de seu estado nutricional e a obtenção da comunicação
efetiva.

Palavras-chave: Assistência de Enfermagem. Sintomas Clínicos. Parkinson.

ISBN 978-85-65221-23-8

Você também pode gostar