Caderno de Resumos - XII Congresso Internacional de Estética e História Da Arte

1 Caderno de Resumos | XII Congresso Internacional de Estética e História da Arte | Emergências Transversais: Territórios e Perspectivas para a Arte
{18 a 21 outubro de 2022}
Caderno de Resumos
REALIZAÇÃO APOIO
2 Coordenação Geral:
Profa. Dra. Jane Marques (EACH USP)
Comitê Científico:
Profa. Dra. Jane Marques (EACH USP)
Profa. Dra. Denise Dias Barros (FFLCH USP)
Prof. Dr. Arthur Hunold Lara(FAU USP)
Profa. Dra. Carmen Sylvia Guimarães Aranha (MAC USP)
Prof. Dr. Edson Leite (MAC USP)
Profa. Dra. Cristina Freire (MAC USP)
Profa. Dra. Elza Ajzenberg (ECA USP)
{18 a 21 outubro de 2022} Profa. Dra. Irene de Araujo Machado (ECA USP)
Profa. Dra. Maria Cristina Castilho Costa (ECA USP)
Profa. Dra. Rita de Cássia Giraldi (EACH USP)
Prof. Dr. Ricardo Nascimento Fabbrini (FFLCH USP)
Prof. Dr. Rodrigo Cristiano Queiroz (FAU USP)
Comitê de Avaliação de Graduação:

Cássia Pérez da Silva
Carolina Cristina S. C. Rezende
Joseane Alves Ferreira
Leandro Raphael de Paula Nascimento
Mélodi Dall’agnese Perin Franquine Ferrari
Nicole Palucci Marziale
Comitê Curatorial de Propostas Artísticas:

Prof. Dr. Arthur Hunold Lara
Aila Regina da Silva
Fabiane Schafranski Carneiro
Gustavo Aragoni
Equipe de Produção:
Aila Regina da Silva
Antônio Herci Ferreira
Carolina Barbosa de Melo
Cássia Pérez da Silva
Carolina Cristina S. C. Rezende
Fabiane Schafranski Carneiro
Gustavo Aragoni
Joseane Alves Ferreira
Josias Padilha
Lia Damasceno
Maria Cristina Caponero
Neusa M. F. Brandão (MAC USP)
Paulo Cesar Lisbôa Marquezini (MAC USP)
Rosane M. D. Bussmann
Sara Vieira Valbon (MAC USP)
Wladimir Wagner Rodrigues
Realização:
Programa de Pós-Graduação Interunidades de Estética e
História da Arte da Universidade de São Paulo
Apoio:
CAPES
Sobre o Congresso
O XII Congresso Internacional de Estética e História da Arte - Emergências
Transversais: Territórios e Perspectivas para a Arte, do PGEHA-USP, trará
em seus quatro dias de palestras e mesas de comunicação, provocações
para discutir as (des)construções da Estética e História da Arte.
O objetivo é refletir sobre estratégias que respondam às profundas trans-
formações no modo de vida, à construção de grandes centros culturais, à
influência dos meios de comunicação e, especialmente, à cultura digital
que marcam as cidades e territórios emergentes no processo de configura-
ção espacial e na construção de uma nova perspectiva na estética e história
da arte.
Em sua XII edição, o PGEHA busca continuar estabelecendo possibilidades
de troca de conhecimento, aprofundamento histórico e ampliação das dis-
cussões teóricas acerca desses fenômenos. Este ano, contaremos com o
aceite de artigos da comunidade de pós-graduação e pesquisadora, aceite
de pôsteres da comunidade de graduação, expandindo o diálogo com a
comunidade de futuras pessoas pesquisadoras e, ainda, com a mostra de
trabalhos artísticos abertos à comunidade.
Em nossa agenda teremos a presença de pensadoras e pensadores, do Bra-
sil e do exterior, compondo mesas de debate no Auditório István Jancsó,
mesas de comunicação junto a apresentação de pôsteres e propostas artís-
ticas na sede do PGEHA, montando um calendário para estimular a convi-
vência no campus e o diálogo. Os eixos temáticos serão:
Vistoriando Muros: a instituição, a institucionalização e o extrainstitucional

O eixo visa trazer bases teórico-práticas para pensar o fazer artístico res-
ponsivo ao seu tempo face ao caráter prescritivo das instituições.
(Trans)passando: desafios extrainstitucionais em ambientes virtuais

Esta mesa contemplará a necessidade de pensar a reinvenção das institui-
ções artísticas face às injunções de presença em ambiente virtual, assim
como as miríades de práticas e de recepção alternativas da obra de arte
mediada e midiatizada por interfaces digitais.
Criando Fendas: desterritorializações e reterritorializações epistemológicas

Relação entre as vivências transterritoriais, tanto geopolíticas quanto epis-
temológicas e ontológicas, e as práticas que emergem desta pesquisa em
criação artística.
Fora dos Muros: a busca por novos territórios

Esta mesa traz as sabedorias de fora da academia, criações artísticas e ma-
nifestações culturais que romperam, de fora para dentro, o ambiente aca-
dêmico abrindo portas para novos modos de fazer e existências.
Programação
Cronograma Geral do Evento
Terça • 18/10
Auditório István Jancsó
9h00 - Credenciamento | 9h30 - Abertura
10h - Vistoriando muros: a instituição, a institucionalização
e o extrainstitucional
com Prof. Dr. Jérôme Glicenstein, Ms. Luiza Crosman e mediação
de Prof. Dr. Felipe Chaimovitch
Sede PGEHA
das 14h às 15h30 das 15h45 às 17h15
Sala 1 Sala 1
Artvismo-Arte, Política e Resistência Artes nas Margens
no contexto institucional Aline A. Zimmer da Paz Pereira
Diogo Moraes Larissa Rachel Gomes Silva
Elaine Fontana Gabriela Traple Wieczorek
Anna Luisa Castanheira Costa Maria Cristina Caponero, Jane Marques
Barbara Passeau Cood. Mesa: Lia Damasceno
Bruna Fernanda Vieira Silva
Atena Pontes de Miranda, Robson Sala 2
Xavier da Costa, Leandro Alves Garcia Espaços e Experiências Museais
Cood. Mesa: Rosane Bussmann Angelo Cuissi
Thais Lopes
Sala 2
helena magon
Museus em Trânsito
Maria Cristina A. Pereira, Adriana
Nina Paschoal
Nascimento
Alessandro Sbampato
Cood. Mesa: Gabriela Abraços
Giulia Silveira
Paola Maués, Orlando Maneschy
Felipe Bortoluzo Mamone Sala 3
Cood. Mesa: PC Mello As Amazônias e o Campo da Arte
Jessica Matos
Sala 3 Laura Camila Silva da Silva
(Re)Leituras Contemporâneas Marcela Cabral
Rosana Dalla Piazza Silvia Marques
Lucas Procópio de Oliveira Tolotti Brenda O. S. Cavalcante, Rita Giraldi
Stefanie Moysés Cood. Mesa: Leandro Raphael de Paula
Leonardo dos Santos, Flávio Nogueira
Dóris K. R. da Costa, Sávio Luis Stoco
Luis Fernando Silva Sandes
Cood. Mesa: Aila Regina da Silva
Auditório István Jancsó das 17h30 às 18h30

Exibição do documentário Incomuns seguido de roda de conversa
Quarta • 19/10
9h30 - (Trans)passando: desafios extrainstitucionais
em ambientes virtuais
com Prof. Dr. Juan Martín Prada, Ms. PV Dias e mediação de
Prof. Dr. Evandro Nicolau
Sede PGEHA
Sala 1 Sala 1
Tecnologias, Mídia e Arte Mídia Artes e/em Deslocamento
Kevin Damásio Diana Silva, Elizabeth Lima
Ana Roman et al Barbara dos Santos
Josias Padilha Yasmin Elganim Vieira
Jose Arispe Rodriguez Cammila Ferreira
Rafael Percino Cood. Mesa: Renata D.F.M. Rocco
Cood. Mesa: PC Mello
Sala 2
Sala 2 Artes Gráficas e da Palavra
Arte Digital, Mercado e Possibilidades Lilian W. F. V.Arbex, Elaine D. Castro
Gabriel Salviano Maria dos Remédios de Brito,
Jane Marques, Laura Dias Porto Lindomberto Ferreira Alves
Júlia Abs Mélodi Dall'agnese P. F. Ferrari
Thiago Alcântara Kelly Braz
Cood. Mesa: Cássia Pèrez da Silva Cood. Mesa: Rachel V. Rodrigues
Sala 3 Sala 3
(Re)Leituras Contemporâneas
Epistemologias das Artes
Rosane M. D. Bussmann, Wladimir
Patricia Borin Ribeiro
W.Rodrigues
Patricia Ghuidotte de Faria
Wladimir W. Rodrigues, Jane Marques
Guilherme W. Rodolfo
Orlando M. Ferreira Neto
Marina Nogueira
Adriel Dalmolin Zortéa
Cood. Mesa: José Bento
Marina de Aguiar Casali Dias
Maria Carolina Rodrigues Boaventura
Cood. Mesa: Maria Cristina Caponero
das 17h30 às 18h30
Performance
Vaca Amarela, de Jayme Menezes
Quinta • 20/10
9h30 - Criando Fendas: desterritorializações
e reterritorializações epistemológicas
com Moara Tupinambá, Prof. Dr. Abdoulaye Niang, Prof. Dr. António
Pinto Ribeiro e mediação de Dep. Me. Erica Malunguinho
Sede PGEHA
Sala 1 Sala 1
Artes e Povos Originários Arte das Diásporas Africanas
Daiane Marques Bianca C. de A. Silva, Luciana Dadico
Fabiane Bicalho Gabriel de Souza Santana
Renata Guimaraes Hoffmann Luiz Carlos Zeferino
Daniel Ciardullo Maira Vieira de Paula
Cood. Mesa: Deba Tacana Cood. Mesa: Luciara Ribeiro
Sala 2 Sala 2
Acervos, Leituras e Resistências Dissidências Sexuais, de Gênero e as
Amanda Moraes, Valéria Pereira Políticas dos Corpos
Valéria Pereira, Amanda Moraes Alexandre Nepomuceno Targino
Carolina Barbosa de Melo Danilo Baraúna
Luciana Frazão Débora Visini
Cood. Mesa: Joseane Alves L. Becker Savastano
Cood. Mesa: Lia Damasceno
Sala 3
África Hoje Sala 3
Rizzia Rocha Teorias da Arte
Luiz Carlos Zeferino Aniely Cristina Mussoi, Elizabeth Lima
Carolina Goetten de Lima Rosa Gabriella de Castro Gonçalves
Antonia Costa de Thuin Mariany Araujo
Cood. Mesa: Lígia Meneghel Marco Calil
Juliana di Grazia Costa
Cood. Mesa: Maria Cristina Caponero
das 17h30 às 18h30

Performance
A origem do mundo, de Nike Krepishe
Sexta • 21/10
9h30 - Fora dos Muros:
a busca por novos territórios
com Profa Dra. Inaicyra Falcão, Profa. Ms. Deba Tacana e
mediação de Profa. Dra. Irene Machado
Sede PGEHA
Sala 1 Sala 1
Crítica, Curadoria e Fronteiras Interações e Hibridações nas Artes
Denilson Conceição Santana Evandro Nicolau
Rosane M. D. Bussmann, Jane Marques Jeane Cooper
Lilian Cardoso Bado Martins Paula R S Santos
Antonio De Padua Rodrigues Franey Nogueira, Maira Fróes
Luisa de Godoy Alves Jose Arispe Rodriguez
Cood. Mesa: Gabriela Abraços Cood. Mesa: Eunice Silva
Sala 2 Expo
Artes, Resistências, Dissidências
Obras em exposição durante o
Léa Araujo
evento:
Renan Marcondes
Rafael Silva
• Terra Garrida, de Bianca Lana
Agel Pimenta
Rodrigo de Santana Gonçalves
• Possession/Ownership, de
Joseane Alves Ferreira, Jane Marques
Giorgio Ludi (Daniel Ciardullo)
Cood. Mesa: PC Mello
Sala 3 • Memórias Akáshikas de um
Arte Urbana Terena, de Irineu N'jea
Maria Cristina Caponero
Diogo Gomes dos Santos • Jornada imagística pela
Flavia Ramos inteligência artificial, de Jeane
Juliana Monticelli Cooper
Carolina C. S. C. Rezende, Maria Caponero
Marcos Roberto da Silva do Carmo • você tem o controle, de Mariana
Cood. Mesa: Paulo de Tarso Zeminian Muraoka
Exibição fixa de pôster

de Cezar Mezzomo Keinnet, Rafael Augusto da Silva, Sara Vicente Minaré e
Bráulio Vinícius Ferreira
das 17h30 às 18h30
Encerramento
Resumos
Caderno de Resumos | XII Congresso Internacional de Estética e História da Arte | Emergências Transversais: Territórios e Perspectivas para a Arte 11
1. Vistoriando Muros: a
instituição, a institucionalização
e o extrainstitucional
Instituições de arte, contrapúblicos e
guerras culturais no Brasil pós-2017
Autor(es): Diogo Moraes, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Arte Contemporânea, contrapúblicos, guerras culturais,
instituições de arte, mediação cultural
Resumo: O artigo discute os atos de repúdio a exposições artísticas no
Brasil, com ênfase no segundo semestre de 2017, quando uma onda
detratora se alastrou por diferentes cidades do país, indagando o modo
como as instituições de arte e seus agentes responderam às investidas
ultraconservadoras. Atrelado a um projeto compreensivo do fenômeno, o
texto se vale dos conceitos de contrapúblico e de guerras culturais, a eles
articulando uma abordagem descritivo-analítica do problema, voltada à
caracterização das condutas e discursos de seus protagonistas.
O corpo político na instituição de arte - as transformações das

Bienais de São Paulo a partir dos contextos contemporâneos
Autor(es): Elaine Fontana, Fundação Bienal de São Paulo
Palavras-chave: Política, Instituição, Arte Contemporânea, Curadoria,
Estética
Resumo: Apresentar os diferentes modos que a equipe curatorial e
institucional encontraram para pensar a relação com a política, ainda que
o desejo de considerar a política se repita nas exposições citadas. O político
é construído de modos diferentes nas várias Bienais entre os anos de 60 e
2000 a partir de seus contextos contemporâneos, da relação dinâmica do
artista com seus público, ativando repertórios propositivos; da concepção
de política como uma ética que desestabiliza certezas; da política como
dissenso, estimulada pelas ações no espaço público e externos à exposição.
Há um devir nestas operações que expõem pessoas e coisas e as colocam
em relação.
Dentro do vazio da 28ª Bienal de São Paulo:
a presença de uma ausência.
Autor(es): Anna Luisa Castanheira Costa, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Bienal Internacional de São Paulo, Arte Contemporânea,
Curadoria, vazio
Resumo: Uma das maneira de se entender o espaço vazio é como
representante de um lugar de oportunidades imprevistas. Este artigo tem
como intuito demonstrar as contribuições de uma discussão a respeito
da potencialidade do conceito do “vazio”. Para isso, se baseará de forma
referencial no uso e aplicação deste conceito pela curadoria da 28ª Bienal
de São Paulo, que o utilizou tanto na elaboração de seu discurso, quanto
na espacialidade da exposição, entendendo que essa discussão estimula
os diálogos relativos à arte contemporânea e ao espaço expositivo na
atualidade do campo da História das Exposições.
Trânsito entre museus: o Desfile Dourado dos Faraós (2021)

Autor(es): Nina Paschoal, Universidade Federal de São Paulo
Palavras-chave: Egito, Desfile Dourado dos Faraós, Museus
Resumo: Este trabalho se baseia no artigo “O Desfile Dourado dos Faraós
(2021): Múmias, museus e identidade nacional egípcia”, no prelo pela Revista
Espacialidades, sobre o Desfile de mesmo nome feito para transporte de 22
múmias do Museu Egípcio do Cairo para o Museu Nacional da Civilização
Egípcia, em Fustat. No artigo, explicitaremos as questões discursivas que
permeiam as escolhas para o Desfile - inclusive no que tange sua cobertura
midiática - resumiremos o histórico de ambos os museus envolvidos e,
ainda, o modo pelo qual instituições como essas podem ser utilizadas
como aparatos políticos.
Sem musas, sem muros – novos desejos para museus novos

Autor(es): Alessandro Sbampato, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Museologia, Cultura material, Plano Museológico,
Patrimônio, Artes visuais
Resumo: Em conexão com novas definições de museu a partir de discussões
que cruzam o limiar dos séculos XX e XXI – discussões oficiais da museologia
e demandas das novas relações com o território e grupos organizados –
é preciso considerar edifícios, acervos, meios, entorno, públicos e suas
relações para discutir o papel do museu em contexto de revisão, não só
como mecanismo de garantia de sua permanência em funcionamento,
mas para que se revalide a razão intrínseca de sua existência, revisando
as necessárias definições de Missão, Visão e Princípios e dando-lhes
consistência para que não sejam apenas retórica, mas prática cotidiana.
Museus em rede: desafios estratégicos de gestão e
comunicação digital em instituições museológicas de arte
Autor(es): Giulia Silveira, Universidade Federal de Juiz de Fora
Palavras-chave: Museus, Exposições de arte, cultura digital, Redes Sociais,
COVID-19
Resumo: Diante do cenário atual de revisão do papel das instituições na
participação e na construção da memória social, das mudanças que o setor
cultural vem vivenciando nos últimos anos e da intensificação do uso das
redes sociais e dos meios digitais devido, principalmente, a pandemia
de COVID-19, esta pesquisa se propõe a analisar como as instituições
museológicas de arte estão utilizando novas tecnologias digitais em
estratégias de comunicação e gestão de recursos (financeiro, humano
e estrutural), não apenas durante o enfrentamento da pandemia, mas
também no momento que se segue após esse período.
Coleção Amazoniana de Arte: por uma

estética decolonial em um acervo vivo
Autor(es): Paola Maués, Orlando Maneschy, Universidade Federal do Pará
Palavras-chave: Amazônia, Coleção Amazoniana, Museus e coleções
universitárias, Estética decolonial, Auto-identificação
Resumo: Este artigo tem como objetivo evidenciar a vocação da Coleção
Amazoniana e seu processo de constituição, abordando a complexidade
e importância das escolhas éticas e políticas empreendidas em processos
de aquisição e gestão de acervos de arte. Iremos refletir sobre de que
forma os processos curatoriais e de documentação museológica podem
ajudar a sinalizar perspectivas, realizar diagnósticos e apoiar políticas de
representatividade em museus e coleções de grupos pouco representados
ou invisibilizados, apresentando o processo de auto-identificação de
artistas da Amazoniana.
A exposição American Women Artists (1980) e o debate
crítico sobre o feminino na arte contemporânea
Autor(es): Bruna Fernanda Vieira Silva, Culturas e Identidades Brasileiras /
IEB (Instituto de Estudos Brasileiros) / Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Feminino na arte, Exposições, Crítica de Arte, MAC USP
Resumo: American Women Artists foi uma exposição realizada no ano de
1980 no MAC USP que apresentou para o público brasileiro obras em papel
de 46 artistas mulheres estadunidenses que emergiram no cenário artístico
daquele país na década de 1970. Nas narrativas sobre a arte e o sistema
artístico do período, a exposição foi pouco citada, mas se destaca por ter sido
uma das pioneiras na discussão sobre gênero por uma perspectiva feminina
e feminista em uma instituição pública brasileira. Nesta apresentação,
pretendemos apresentar a exposição a partir dos artigos de crítica de arte
que se dedicaram a analisar o conjunto de trabalhos expostos e o discurso
institucional mobilizado por ela.
Mulheres no museu: “Pour vous mesdames, la mode en temps

de guerre”
Autor(es): Atena Pontes de Miranda, Robson Xavier da Costa, Leandro
Alves Garcia, Universidade de Brasília
Palavras-chave: Segunda Guerra Mundial, Lyon, mulher, moda, Exposição
Resumo: Nossa proposta visa revisitar a exposição temporária Pour vous,
Mesdames! La Mode em temps de guerre, que aconteceu (2013- 2014)
no museu do Centre de Histoire e de la Resistance de Lyon. Por meio da
proposta curatorial, o catálogo e as decisões expográficas, cogitamos uma
espécie de disjunção entre o tema da exposição e a autoria dos objetos
expostos, majoritariamente produzidos por homens. Para esse debate,
convocamos o questionamento do lugar da mulher no museu a partir da
discussão posta por Linda Nochlin (2016), a igualdade nos museus levantada
por Irene Vaquinhas (2015) e, finalmente, a restrição do protagonismo da
mulher nos museus de gênero, discutida por Julie Botte (2017).
Pluralidade nas narrativas curatoriais das
Bienais de São Paulo de 2012 a 2018
Autor(es): Rosane M. D. Bussmann, Jane Marques, Universidade de São
Paulo
Palavras-chave: Bienal de São Paulo, Bienais de São Paulo de 2012 a 2018,
Curadorias de exposições bienais, Narrativas curatoriais, Pluralidade em
exposições bienais
Resumo: A intensificação de encontros entre diferentes culturas a partir
da globalização contribuiu para questionamentos sobre a prevalência dos
cânones ocidentais na História da Arte e a abertura para a pluralidade
nas bienais de arte. Buscamos, investigar os processos curatoriais das
Bienais de São Paulo de 2012 a 2018 visando compreender suas narrativas
e analisar como a instituição contemplou o fazer artístico responsivo ao
seu tempo. Utilizamos o método de estudo de casos múltiplos de natureza
exploratória e qualitativa. Os resultados apresentaram tentativas e práticas
em intensidades distintas em cada edição da Bienal analisada para inserir
pluralidade em seus contextos.
A curadoria e o museu virtual: aproximações,

precedentes, possibilidades
Autor(es): Felipe Bortoluzo Mamone, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Museu virtual, Curadoria, Expografia, História
Resumo: O artigo objetiva apresentar as problemáticas envolvidas na
circunscrição teórica e prática dos chamados museus virtuais. Para tal,
realizaremos uma análise comparada entre as formulações teóricas e
as configurações efetivas associadas a esta noção, depreendendo, no
processo, seus principais conceitos norteadores. Ao fim, e sob a influência
de um entendimento historicamente dinâmico de curadoria, ensaiaremos
uma definição pautada não pelos elementos tecnológicos evocados pela
noção, mas pelas relações que esta configura entre obra, exposição e
público.
Arte impressa contemporânea: mídias e suportes
Autor(es): Mélodi Ferrari, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: arte impressa, feiras de arte, Arte Contemporânea,
mercado de arte, mundo da arte impressa
Resumo: A natureza contraditória da mídia impressa gera debates quanto
à nomenclatura, às técnicas, poéticas e especificações. Portanto, esta
pesquisa busca realizar uma contextualização histórica e conceitual desse
tipo de obra no Brasil, tendo como bibliografia somente autores latino
americanos, que levam em consideração suas especificidades em relação à
marginalização do sistema da arte e suas proximidades a outras experiências
alternativas de linguagem como a arte postal e a poesia. Também apresento
novas definições de arte impressa na contemporaneidade através de
entrevistas com agentes do setor.
El cuerpo como Museografía

Autor(es): Jose Arispe Rodriguez, Universidade Federal Fluminense /
Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado
Palavras-chave: Museografia, espacio, sensorial-conceptual, instrucciones,
cuerpo
Resumo: A través del concepto teórico “El espacio sensorial-conceptual”
de Ricardo Basbaum proponemos experiencias curatoriales desarrolladas
en el Museo Nacional de Arte de La Paz-Bolivia durante la cuarentena del
año 2020. El objetivo es cuestionar la experiencia artística sobre un objeto
y trasladarla hacia el cuerpo de los participantes. Además, proponemos
este concepto como cuestionador de la museografía tradicional de centros
culturales en Bolivia.
Carlos Fajardo: esculturas em espaços públicos

Autor(es): Luis Fernando Silva Sandes, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Artigos
Resumo: O trabalho analisa duas obras expostas em espaços públicos de
Carlos Fajardo. Objetivos: investigar e analisar as formas pelas quais as duas
obras se relacionam e sondar a maneira pela qual o artista lida com a arte
pública. Justificativa: contribuir para a compreensão de obras desse artista
e com o avanço da bibliografia pertinente. Fundamentação teórica: Anna
Moszynska, Gabriel Pérez-Barreiro e Maria Lind. Fontes: as obras e seus
registros fotográficos e textos de críticos e curadores que têm discutido
a obra de Fajardo. Metodologia: análise interna das obras apoiada em
pesquisa de arquivo. Conclusão: as obras se relacionam em termos de
material compositivo, forma e método construtivo.
Genocídio do Yanomami, morte do Brasil (1989-2018): três
tempos nas experiências audiovisuais de Claudia Andujar
Autor(es): Thais Lopes Camargo, Universidade de São Paulo
Palavras-chave:
Resumo: Esta comunicação propõe-se a analisar a produção audiovisual
da artista Claudia Andujar, a partir da obra Genocídio do Yanomami,
morte do Brasil. Os audiovisuais aproximam sua produção às chamadas
tendências desmaterializadas da nascente arte contemporânea da década
de 1970, precursoras do ‘efeito cinema’ que permeia a arte contemporânea
(DUBOIS, 2009). A partir dessas constatações, cabe-nos questionar sobre
as implicações acerca da compreensão da obra de Claudia Andujar fora
do âmbito estritamente fotográfico. Os três tempos delineados pelas
exposições audiovisuais de Andujar - o início da década de 1970, 1989 e
2018 - remetem a momentos distintos na arte brasileira e na luta indígena.
2. (Trans)passando: desafios
extrainstitucionais em
ambientes virtuais
O olhar teatral na era tecnológica - recepção e percepção
Autor(es): Rafael Percino, Departamento De Artes / IA (Instituto de Artes
de São Paulo) / Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
Palavras-chave: Arte e tecnologia, interdisciplinariedade, Teatro
contemporâneo, Teoria da Recepção, Teoria da Emoção
Resumo: O artigo desenvolvido tem o objetivo de observar e refletir sobre
as mudanças no campo das artes e do teatro em relação aos meios digitais
e as diferentes perspectivas conjugadas nas percepções e modos de relação
com o público, denotando não apenas os meios do pensamento e fazeres
artísticos, mas também em modos de recepção, percepção e compreensão
entre sujeito e teatro, que se multiplicam para o pensamento artístico em
geral, assim como seus desdobramentos.
Acervos Fotográficos Digitais: Fotografias

de Reprodução e Connoisseurs
Autor(es): Kevin Damásio, Universidade Estadual de Campinas
Palavras-chave: fotografias de reprodução, connoisseurs, Acervos
Fotográficos Digitais, Metadados, coleções
Resumo: O artigo pretende discorrer sobre a importância, utilidade e
potencialidade de acervos fotográficos digitais formados por “connoisseurs”.
Estes personagens, mediadores fundamentais na formação de diversas
coleções públicas e privadas, através do colecionismo de fotografias de
reprodução de obras de arte, legaram um patrimônio inestimável para
a história de circulação das obras, para a discussão dos processos de
colecionismo e para a própria compreensão da connoisseurship. Pretende-
se, assim, demonstrar, mediante a análise de casos, as potencialidades
para a pesquisa historiográfica em arte dos metadados associados a estas
reproduções fotográficas.
Non-Fungible Token & Arte: impactos
artísticos, sociais e econômicos
Autor(es): Jane Marques, Laura Dias Porto, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Non-Fungible Token, arte digital, arte nato digital, Arte
Contemporânea, mercado de arte
Resumo: O objetivo deste trabalho é apresentar os resultados de uma
revisão sistemática sobre o termo Non-Fungible Tokens (NFT) e seu
impacto no sistema de artes. Buscou-se sintetizar a produção científica
sobre o tema em bases acadêmicas, como Periódicos Capes e Emerald
Publishing. Pela recência do tema, é alvo de muita especulação econômica,
especialmente pelos impactos que pode ter na sociedade. A busca sobre os
termos “Non-Fungible Tokens” e “NFT” gerou 157 resultados, dos quais 48
eram de periódicos revisados por pares. Quando adicionado o termo “art”
na busca, o total de resultados caiu para 62 trabalhos, sendo apenas 12 em
periódicos revisados por pares, e estes estão analisados no artigo.
EveryDays: a afirmação da arte digital

Autor(es): Gabriel Salviano, Pós Graduação - Latu Sensu / Belas Artes /
Centro UNiversitário Belas Artes
Palavras-chave: NFT, mercado de arte, arte digital
Resumo: Em onze de março de 2021, quando a pandemia de coronavírus
ainda perturba o costumeiro, a renomada galeria Christie’s fecha uma venda
milionária: 69 milhões de dólares por uma imagem em JPEG certificada por
NFT, de Mikle Winklemann, surpreendendo e quebrando tradições.
Este trabalho será dedicado a, através da pesquisa descritiva, explorar os
aspectos culturais e artísticos que compõe a imagem e o contexto de sua
venda, buscando fazer uma análise sobre parâmetros significativos social
e historicamente, desde a publicação constante e massiva das obras de
Beeple sob o olhar da reprodutibilidade técnica, até a venda milionária de
um certificado digital.
Academia de Curadoria e Artemídiamuseu: A experiência
curatorial e seus desafios na constituição da primeira coleção
de artes digitais para um museu público brasileiro
Autor(es): ana roman et al, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Curadoria, exposição digital, artes digitais, Coleção, museu
Resumo: Formado em 2019, a Academia de Curadoria vem direcionando
suas pesquisas para propostas que envolvem exposições, a difusão e ações
com os públicos de arte através de plataformas digitais e redes sociais. O que
resultou no projeto Artemídiamuseu, uma parceria com o Museu Nacional
da República que tem se desdobrado em ações formativas em espaços
culturais públicos da grande Brasília. O projeto pedagógico-curatorial
digital baseia-se na ampliação e aprofundamento das experiências
realizadas durante o período de isolamento social, adaptando a atuação
das instituições brasileiras dedicadas à arte e à cultura a partir das novas
tecnologias para a educação.
Experiences with the Body-Archive: Mirroring Movements and

Disjointing the Contemporary Dance
Autor(es): Júlia Abs, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: choreography, dance and technology, dance digital
annotation, performance as research, aesthetics
Resumo: In this paper, I aim to examine the role and the use of digital
annotation in the fields of dance and choreography – taking as the object
of analysis my field research at the 14th Choreographic Coding Lab, in
Berlin, in January 2022. The topics range from 1. Algorithmic thinking
and choreography; 2. Knowledge from artificial intelligence and machine
learning updating dance annotation systems; 3. Annotation as a tool and
methodology for research. Processes with digital annotation can lead us
to better work with video sources, and annotation might contribute to
establishing ways and setting standards related to the study, sharing and
organising ideas about live performance.
Criação de um NFT e as suas implicações para o artista
Autor(es): Thiago Alcântara, Universidade do Estado de Minas Gerais
Palavras-chave: arte, NFT, Coleção, Consumo, teoria
Resumo: Pesquisa que objetivou investigar a criação de um NFT (Token Não
Fungível) e quais são os problemas que podem ser enfrentados pelo artista
que decide empreender nessa vertente. O estudo foi realizado mediante
consulta às diretrizes de uso do marketing place OpenSea, plataforma on-
line e líder em execução do serviço no mundo, neste momento, praticando
a rotina determinada por ela, além da leitura das informações do website
da blockchain Ethereum, banco de dados descentralizado utilizado pelo
OpenSea durante o processo de constituição do NFT. A pesquisa pode
adiantar a organização da produção dos artistas interessados, sem ignorar
uma crítica ao estímulo quantitativo do marketing place.
Visualidade e dispositivos de mostração online da obra de arte

Autor(es): Josias Padilha, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: exposição digital, Expografia, Circulação da Obra de Arte,
Internet, Dispositivo
Resumo: “A natureza intrinsecamente comunicacional da internet nos
leva para uma das próprias definições de exposição tal qual pretendemos
abordar, ou seja, “[…] a exposição como situação de comunicação: uma
mídia que permite a relação entre objetos e um público – através de vários
artifícios – em um determinado tempo e lugar. », (GLICENSTEIN, 2009, p.
13).
Privação em rede: A censura promovida aos

trabalhos This is Not California, de Francisco
Hurtz, e Preparar o Terreno, de Fefa Lins.
Autor(es): Rodrigo de Santana Gonçalves, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Censura, Artes visuais, Erótico, Redes Sociais, Sexualidade
Resumo: Tendo como base a produção de artes visuais contemporânea
brasileira, esse artigo visa explorar os acontecimentos de censura às artes
na atualidade, principalmente nas redes sociais Instagram e Facebook,
investigando de que maneira essas plataformas atuam como agentes
censórios de assuntos indesejados. Partindo prioritariamente da análise
dos casos de censura ocorridos na plataforma Instagram e sofridos pelas
obras This Is Not California (2020), e Preparar o Terreno (2021), dos
artistas visuais Francisco Hurtz e Fefa Lins, respectivamente, esse trabalho
visa investigar como se dá a censura às artes na era digital, de maneira a
entender as justificativas da operação censória na atualidade.
3. Criando Fendas:
desterritorializações e
reterritorializações epistemológicas
Protagonismo indígena nas artes visuais: Uýra
na 34ª Bienal de Arte de São Paulo
Autor(es): Daiane Marques, Universidade Federal de São Paulo
Palavras-chave: Arte indígena contemporânea, 34ª Bienal de São Paulo,
Uýra, Arte indígena, Protagonismo indígena
Resumo: A pesquisa mais ampla busca compreender o modo como se deu
historicamente a presença dos povos originários nas Bienais de São Paulo
e a efetiva participação de cinco artistas indígenas que vivem em território
brasileiro na 34ª Bienal de Arte de São Paulo, são eles: Jaider Esbell; Uýra;
Gustavo Caboco; Sueli Maxakali e Daiara Tukano. Para esta apresentação
daremos foco nas obras de Uýra. Foram apresentadas três obras na 34ª
Bienal, a instalação fotográfica chamada Vovó Cobra, composta por duas
séries de fotografias já existentes chamadas Elementar e Mil quase mortos.
E as obras inéditas, comissionadas pela Fundação Bienal de São Paulo,
denominadas de Retomada e Malhadeira.
Debret contemporâneo - uma nova representação

do povo brasileiro na obra de Gê Viana
Autor(es): Fabiane Bicalho, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Debret, Gê Viana, Arte Contemporânea, Representação
visual da população brasileira
Resumo: O objetivo deste artigo é analisar a importância da obra
do pintor francês, Jean-Baptiste Debret (1768-1848) na atualidade,
por intermédio do trabalho da artista maranhense Geane Viana
(1986) na série “Atualizações traumáticas de Debret” (2020).
A partir da análise crítica das representações de Debret do Tomo I e II
de “”Viagem pitoresca e histórica ao Brasil””, contemplando os seus
aspectos estéticos e ideológicos, pretende-se analisar a (re)apropriação
e a (re)interpretação das imagens dos nativos e escravizados, através de
uma nova perspectiva, feita por Gê Viana, por meio da fotomontagem e
colagem digital, não mais de caráter eurocêntrico, mas tendo em vista uma
perspectiva ‘decolonial’.

O acervo gráfico de Arthur Azevedo: um tesouro maranhense
Autor(es): Amanda Moraes, Valéria Pereira
Palavras-chave: Universidade de São Paulo Coleção, Gravura, Patrimônio,
Arthur Azevedo
Resumo: A pesquisa tem como objeto de estudo a coleção de itens
gráficos do dramaturgo Arthur Azevedo (1855-1908) que, a partir de 1873,
estabeleceu-se no Rio de Janeiro e dedicou-se a reunir um vasto acervo
imagético. Pertencente ao Governo do Estado do Maranhão desde 1910,
recebeu o título de patrimônio artístico cultural. Objetiva-se refletir o
acervo enquanto propagador do conhecimento no que diz respeito a
identidade e memória nacional, uma vez que contém itens que retratam
a iconografia brasileira. A metodologia é qualitativa de natureza descritiva,
tendo como respaldo teórico Pereira (2019), Silva (2011), Ferreira (1993) e
Costella (2003).
A gravura de Maria de Médici como recorte da coleção

Arthur Azevedo: histórico e possíveis interpretações
Autor(es): Amanda Moraes, Valéria Pereira, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Gravura, Mitologia, Coleção Arthur Azevedo, Maria de
Médici, Minerva
Resumo: A pesquisa preconiza a gravura Marie de Médicis em Minerve,
gravada em metal pelo artista Duthé no século XIX e compõe o acervo
gráfico da Coleção Arthur Azevedo. Objetiva-se fazer um levantamento
acerca da biografia da Rainha Mãe como Minerva, Deusa Romana da
Sabedoria e Da Guerra. O estudo se enquadra no eixo temático criando
fendas: desterritorializações e reterritorializações epistemológicas sob o
norteador novas epistemologias da arte. A metodologia da pesquisa foi de
cunho qualitativo de natureza descritiva, para tanto como respaldo teórico
foi utilizado Silva (2016), Panofsky (2010), Silva (2014), Eliade (2010) e
Wölfflin (2015).

A Barca da Cultura. deslocamentos, encontros
e trocas nas águas turvas da ditadura
Autor(es): Luciana Frazão, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Palavras-chave: Artes, Barca da Cultura, Ditadura militar, Pluralidade,
Transterritorialidade
Resumo: Esta escrita teve por bússola fazer emergir a história da Barca
da Cultura, uma viagem com mais de cem artistas realizada em 1974 cuja
memória ficou submersa nas águas turvas da ditadura militar. Idealizada por
Paschoal Carlos Magno, a Barca atravessou rincões do território nacional
apresentando espetáculos de música, dança, teatro e mágica, distribuindo
livros e realizando oficinas de arte em localidades onde a fome e a miséria
faziam parte da vida e da morte do Brasil profundo. Numa jornada radical,
a Barca fez de seu palco um campo transterritorial, estabelecendo uma
verdadeira “pororoca cultural” onde relações de troca e circularidade
esfumaram fronteiras e engendraram vínculos afetivos.
François Laruelle ao uso da Estética e História da Arte

Autor(es): Marco Calil , Pontificia Universidade Católica de São Paulo
Palavras-chave: François Laruelle, Estética, história da arte, Introdução,
Não Filosofia
Resumo: A apresentação deste artigo objetiva introduzir François Laruelle
(1937-) ao uso de artistas e cientistas em Estética e História da Arte. Dever-
se-á apresentar brevemente a biografia intelectual do autor, comentar a
seleta feita pelo palestrante em função da conveniência temática e aventar
horizontes de instalação no Brasil de seus textos e contextos, de interesse não
só científico-artístico ou acadêmico-universitário, mas também tradutório-
editorial. Portanto, concluir-se-á com fazer emergir aos congressistas do
PGEHA notícia da obra de François Laruelle e da anatomia do projeto não
filosófico aplicado à Estética e História da Arte, ainda bastante incógnitas
no Brasil.

As Pinturas do Café de Antonio Ferrigno no Museu Paulista
Autor(es): Stefanie Moysés, Universidade Federal de São Paulo
Palavras-chave: Museu Paulista, Fazendas do Café, Paisagem, Antonio
Ferrigno
Resumo: O objetivo é apresentar as obras do ciclo do café do artista italiano
Antonio Ferrigno (1863-1940). Datadas de 1903, as seis obras: A Florada, A
Colheita, O Lavadouro, O Terreiro, O Beneficiamento, e Café representam o
ciclo de produção do café no interior do Estado de São Paulo já no momento
de sua crise, no início do século XX. As obras fazem parte do acervo do
Museu Paulista da USP e foram encomendadas por Eduardo da Silva
Prates, o Conde Prates (1860-1928). Além de terem sido apresentadas em
exposições individuais, também participaram da Exposição Internacional
de 1904, em Saint Louis - EUA, onde representaram a produção cafeeira
brasileira e paulista.
Breve historiografia das exposições em Brasília nos anos 1960

Autor(es): Carolina Barbosa de Melo, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Brasília, Exposições, década de 1960, Arquivos,
Historiografia
Resumo: Este artigo aborda as exposições ocorridas na cidade de Brasília,
do momento de sua inauguração até o final de sua primeira década.
Observa-se em especial, a possibilidade de abordagem de exposições
como dispositivos ou plataformas complexas, capazes de articular agentes,
instituições, espaços, desejos, projetos e escolhas, sendo capazes de
apresentar-se como eventos deflagrantes de relações sociais e conjunturas.
Para a reunião de fontes para este artigo foi praticado duas formas de
organização de informações: a) sistematização de exposições descritas na
literatura sobre o assunto; b) pesquisa ativa em bibliotecas, arquivos, fontes
de imprensa sobre eventos ocorridos neste período.

Lost in Translation: The Rise of Indigenous Art, the plurality of
artistic views and how their Visual Sovereignty challenge the
Colonial Status Quo
Autor(es): Daniel Ciardullo, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Soberania Visual, Arte Decolonial, Artistas Indigenas,
Jaune Quick-to-See Smith, Denilson Baniwa
Resumo: Visual Sovereignty (VS) plays an important role in the fight
towards empowerment for many Indigenous groups. A case for VS can
be raised with a thematic analysis of exploratory nature applying case
studies to Jaune QTS Smith’s work Ronan Robe #4 and Denilson Baniwa’s
Reantropofagia. Both share a strong capacity to Decolonize and can be
linked to data gathered from essays of researchers and artists from both
the U.S.A. and Brazil. VS allows the reinterpretation of past static truths
and gives way for recognition of Indigenous cosmovisions in an initial step
for democratizing access to art as well as welcoming previously repudiated
peoples into mainstream acknowledgement and endorsement.
Do passado roubado à instalação da memória

como ferramenta de cura. Análise do
quadrinho “Indivisível” de Marília Marz
Autor(es): Leonardo Rodrigues dos Santos, Flávio Nogueira, Universidade
de São Paulo
Palavras-chave: Arte Afro-brasileira, Histórias em quadrinhos, Cura,
Memória;”
Resumo: A pesquisa visa analisar os conceitos de cura evocados em
“Indivisível”, história em quadrinhos da artista Marília Marz. Obra que
investiga o apagamento da memória e identidade negra no bairro da
Liberdade, em São Paulo - divulgado como distrito leste-asiático. Sendo o
apagamento histórico um aparato do racismo estrutural no Brasil, o estudo
busca discutir as modalidades, e formas pelas quais a obra interliga a ideia
de cura ao resgate da memória como a transformação de sentidos anulados
na história oficial. Para tanto, a leitura do quadrinho sob as lentes da
história, da arte e sociologia, examina as camadas e conceitos convocados
para um movimento de resgate e ressignificação.”
Constância de cor entre a neurociência
e os processos pictóricos
Autor(es): Franey Nogueira, Maira Fróes, Universidade Federal do Rio de
Janeiro
Palavras-chave: Pintura, Impressionismo, neurobiologia da visão, método
artsci, cor
Resumo: Color constancy can be described as the capacity of seeing
a color under different lightning conditions, as when we see a red coat
under sunlight or indoors. In this paper, we will analyze the scientific
concept of color constancy as understood by neuroscience in the light of
pictorial practices developed by the Impressionist and Post-Impressionist
movements. Here we show how their practices explored the natural
conditions in which color constancy occurs and that the freedom provided
by artistic practices may be helpful to elucidate scientific concepts, open
new views for experimental design and epistemological innovation.
Amazônia entre Rios e Mocambos: a

fotografia de Joelington Rios
Autor(es): Brenda de Oliveira Silva Cavalcante, Profa. Dra. Rita de Cássia
Giraldi, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Amazônia, Fotografia, Joelington Rios, Transterritorialidade
Resumo: O artista visual Joelington Rios é autor da série fotográfica “Entre
Rios e Mocambos” (2020), realizada por ocasião de uma viagem de volta
do artista à sua terra natal, o Maranhão. Nascido no Quilombo Jamary dos
Pretos, no município de Turiaçu, no norte do estado, o artista viveu até os
20 anos de idade nesta região, parte da chamada Amazônia maranhense.
Finalista do Prêmio PIPA 2022, atualmente, ele trabalha e mora entre o
seu Quilombo e o Rio de Janeiro. Para o presente congresso, propõe-se
um artigo sobre esta série de Rios, com o objetivo de identificar e analisar
as peculiaridades da cultura visual amazônica, e suas diversas narrativas e
ecologias de saberes e de paisagens.
O humor na fronteira e o riso no trânsito do Eu ao Nós na arte
contemporânea
Autor(es): Paula R S Santos, Universidade Federal de Minas Gerais
Palavras-chave: Arte Contemporânea, Humor, Comédia, Riso, Borda
A partir da análise de obras e da trajetória de Marta Neves, o artigo
propõe analisar apropriações de camadas do humor cômico na arte
contemporânea, relacionando-as ao trânsito de uma postura individual
e autobiográfica para manifestações de plurais a coletivas nos trabalhos
artísticos. Para isso, o texto passará pela concepção de comédia na cultura
clássica e sua relação com elementos de borda, com destaque para figura
do estrangeiro e personagem conceitual ‘idiota’, persistentes nas estruturas
do funcionamento do humor até a contemporaneidade, localizando a
afinidade do humor como meio expressivo para manifestações artísticas
de caráter crítico e político.
Apropriação fotográfica e fabulação crítica: as estratégias

poéticas de Rosana Paulino e Saidiya Hartman
Autor(es): Maira Vieira de Paula, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Rosana Paulino, Saidiya Hartman, Apropriação Fotográfica,
Fabulação crítica, Arquivos fotográficos da escravidão brasileira
Resumo: A comunicação examina como Rosana Paulino se apropria dos
arquivos fotográficos da escravidão brasileira. Em particular, será analisado
o processo de criação da instalação Assentamento (2013), concebida a
partir da apropriação das fotografias de uma mulher negra escravizada,
registradas por ordem de Louis Agassiz em sua viagem ao Brasil (1865-66).
A noção de fabulação crítica de Saidiya Hartman, em especial, é empregada
como ferramenta operativa na análise. Conclui-se que a performance
multissensorial, afetiva e discursiva das fotografias apropriadas em
Assentamento resultou sobretudo das estratégias poéticas de Paulino, e
não apenas do conteúdo visual originalmente representado nas imagens.
Entre Sistemas e Errantes
Autor(es): Jose Arispe Rodriguez, Universidade Federal Fluminense /
Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado
Palavras-chave: Raiz, Radicante, sistema del arte, Bolivia, Indústria Cultural
Resumo: Hacer frente a los productos de la industria cultural es una tarea
urgente desde la teoría y la práctica artística. Estos se han introducido en
la cultura y ya son parte de las expresiones híbridas que se encuentran
en la sociedad. La industria cultural está utilizando al arte para crear sus
productos serializados, pero ¿puede el arte escapar de este uso superficial
de la industria cultural? En el presente ensayo identificamos potenciales
emancipadores propias de la realidad en el sistema del arte actual en
Bolivia, los cuales se forman gracias al particular escenario político del
mismo país. Proponemos identificar quiebres en el sistema cultural para
una salida del mismo
A “face oculta” da dramaturgia: uma nova epistemologia?

Autor(es): Patricia Borin Ribeiro, Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho”
Palavras-chave: História do teatro, Dramaturgas, Arquivos, Memória
Resumo: O artigo irá tratar da volta ao arquivo como um caminho
metodológico que algumas pesquisadoras das artes se utilizaram para
refletir sobre a historiografia do teatro brasileiro. A reflexão pretende
se debruçar sobre a questão: em que medida o estudo de algumas
pesquisadoras a respeito da história do teatro brasileiro nos disponibiliza
uma nova epistemologia que enfatiza a “historicidade dos conceitos” e a
“coexistência de temporalidades”? Estas duas categorias serão observadas
sob a perspectiva de Margareth Rago, presente no artigo “Epistemologia
feminista, gênero e história”, à partir da dissertação de mestrado de Maria
Cristina de Souza, “A tradição obscura: o teatro feminino no Brasil”.
Legado e perspectiva da musicovisualidade
Autor(es): Guilherme W. Rodolfo, Comunicação / HECSA - Escola de Ciências
Sociais Aplicadas, Educação, Artes e Humanidades / FMU-FIAM-FAAM
Palavras-chave: Estética, Musicologia, história da arte, musicovisualidade
Resumo: A arte como mediadora, de ideias, de tempos e de espaços,
manteve-se autônoma em sua essência indivisível em períodos remotos e
manteve-se assim até a necessidade de classificação imposta por dogmas
ou doutrinas clássicas e românticas. Só com as mudanças de atitudes do séc
XIX é que estes paradigmas classificatórios passaram a ser questionados.
À luz de musicólogos e estetas que entendem a fusão das sonoridade às
visualidades, a proposta deste estudo é argumentar sobre pensadores da
musicovisualidade em tempos recentes de nossa história da arte e projetar
a possibilidade de observação desta referência musicovisual.
Levante Epistêmico
Autor(es): Marina Nogueira, Universidade Federal da Bahia
Palavras-chave: Cosmopercepção, Lugar de Fala, Apropriação cultural,
Afetos Políticos, Arte Afrodiaspórica
Resumo: Sabe-se que no decorrer da história da humanidade e
consequentemente, na história da arte e da filosofia há registros constantes
da destruição do pensamento africano e do pensamento produzido por
mulheres negras. Assumir o conceito de Cosmopercepção e Lugar de fala
é a tentativa de propor um espaço de tradução do pensamento filosófico
africano através da arte, a fim de estabelecer de que maneira as questões
epistêmicas, estéticas, estruturais e interseccionais podem ser reparadas
com a filosofia africana e os trabalhos de mulheres negras na arte moderna
e contemporânea afro diaspóricas, ao incentivar fissuras ao pensamento
hegemônico e amplas traduções dos trabalhos de intelectuais negras.
Experiência informe - um elo revisitado
entre o moderno e o pós moderno
Autor(es): Mariany Araujo, Universidade Federal de São Paulo
Palavras-chave: Experiência, arte, Modernidade, Pós modernidade, afeto;
A partir do choque benjaminiano como síntese da sensibilidade europeia
moderna, procura-se examinar como este vincula-se a afetos observados
na segunda metade do século XX pela experiência aporética e ambígua aqui
identificada como “informe”, triangulando o choque ao realismo traumático
de Foster e as noções de informe bataileano e dessubjetivação foucaultiana
enquanto modos de perturbação da subjetividade organizada, à época,
pela fenomenologia. Pensar o elo entre obras do final do século XIX, por
um lado, e de meados da década de 1960, por outro, visa contribuir com
sua investigação morfogenética e articular seu reposicionamento quanto à
exaltação ou supressão da experiência que promovem.
Entre “saber sem ver, ver sem saber”: novas

perspectivas ao pesquisador da arte”
Autor(es): Juliana Di Grazia Costa, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Georges Didi Huberman, saber sem ver, Rasgadura,
Metodologia, Pesquisa em Arte;
Resumo: O artigo apresenta a reflexão crítica de Georges Didi-Huberman
acerca da alienação do historiador da arte que pesquisa seu objeto
buscando ajusta-lo ao seu intelecto acadêmico reflexivo. Uma das soluções
apresentadas por Didi-Huberman ao historiador/pesquisador da arte,
seria atentarmo-nos aos movimentos pendulares entre “saber sem ver
e ver sem saber”. Gostaria de apresentar essa ideia representada pela
experiencia da vivência do percurso proporcionado pelo espaço expositivo
criado pela arquiteta Lina Bo Bardi para expor o acervo do MASP. Espaço
composto pelas obras expostas em cavaletes de vidro onde o espectador
vive a experiência de “ver sem saber antes de saber sem ver””
Aranha-mãe: corpo, sexo e feminismo
entre criadoras africanas
Autor(es): Antonia Costa de Thuin, Casa das Áfricas Amanar / Casa das
Áfricas Amanar
Palavras-chave: africa, feminismo, Literatura, Artes visuais, Curadoria
Resumo: Partindo do personagem Siga D., a aranha-mãe, do livro La Plus
Sécrète Mémoire des Hommes, o artigo pretende discutir o papel do sexo,
do corpo e do feminismo na vida e obra de três criadoras africanas. Ken
Bugul, autora senegalesa com obras que falam abertamente do sexo de
suas personagens femininas. Bernie Searle, artista visual sul africana,
que usa seu corpo em performances e fotografias também para discutir
opressão colonial e machista sobre o feminino. E Koyo Kouoh, curadora
camaronesa, que em sua curadoria se preocupa em trazer questões de
interterritorialidade e feminismo. Três possibilidades de lidar com as
questões enunciadas.
Imagens e(m) crise

Autor(es): Diana Silva, Elizabeth Lima, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Arte Contemporânea, Imagem, Crise
Resumo: Com a hipercirculação de imagens no contemporâneo, descritas
por Baudrillard como simulacros, pode advir certo discurso acerca de uma
crise que marca o estatuto das imagens no nosso tempo. Contudo, esse
artigo busca explorar como um discurso fechado acerca da crise pode
contribuir para o apagamento de seus contra-pontos, buscando insistir nas
possibilidades de uma imagem que ainda opera como índice de resistência.
Arte e patrimônio: indústrias culturais e criativas

na periferia da cidade de São Paulo
Autor(es): Profa. Dra. Maria Cristina Caponero, Jane Marques, Universidade
de São Paulo
Palavras-chave: arte, artesanato, Patrimônio, Indústrias Culturais e
Criativas, Periferia da Cidade de São Paulo
Resumo: Indústrias culturais e criativas, atualmente, constituem um dos
setores mais dinâmicos de economia mundial, envolvendo a arte criativa.
O objetivo deste artigo é analisar a produção artesanal de algumas
empreendedoras que atuam nas áreas periféricas das regiões Leste e
Oeste da cidade de São Paulo, visando compreender sua inserção no
campo das artes e no do patrimônio cultural. Trata-se de uma pesquisa
exploratória, com base em fontes secundárias e primárias. Espera-se que
o resultado contribua para a valorização do processo artístico, assim como
do patrimônio, trazendo luz a territórios criativos tão pouco valorizados do
ponto de vista da municipalidade e das instituições tradicionais.
Levantes feministas — a influência dos coletivos
artísticos Latino-americanos nas intervenções
urbanas do movimento Colleuses
Autor(es): Gabriela Traple Wieczorek, Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (PPGAV-Doutorado)
Palavras-chave: Arte Feminista, Colleuses, Intervenções urbanas, Levantes,
América Latina
Resumo: A partir do eixo expositivo das palavras (exclamadas) proposto
por Georges Didi-Huberman na exposição Levantes, a comunicação
pretende demonstrar um continuum de “ações que desafiam qualquer
submissão a um poder absoluto” (GILI, 2017b, p.8) através de intervenções
feministas, artísticas e políticas, realizadas a partir de 2019 no espaço das
cidades belgas e francesas pelo movimento das Colleuses, ressaltando
pontos de influência do feminismo comunitário Latino-americano nessas
intervenções, bem como de adaptação de discursos e estratégias artísticas
para um contexto diferente de sua origem.
Trânsitos entre telas e louças: proposições

warburguianas dirigidas à obra de Adriana Varejão
Autor(es): Adriel Dalmolin Zortéa, Universidade de Brasília
Palavras-chave: Adriana Varejão, Arte contemporânea no Brasil, Trânsito
de imagens, Aby Warburg
Resumo: A presente comunicação objetiva interrogar as obras Carne à
moda de Frans Post (1996), e Carne à la Taunay (1997), de Adriana Varejão
(1964), à luz de questões teóricas vinculadas, em alguma medida, à noção
de “intercâmbio de imagens” em Aby Warburg (1866-1929), bem como
aos seus desdobramentos pensados por pesquisadores dedicados aos
estudos warburguianos, no Brasil ou Exterior. Ao cortar pinturas de um
Brasil Colônia ideal, Varejão interroga o trânsito de quadros e artistas, mas
também de ideias de pintura no e do Brasil, laços comerciais e violências.
Propõe-se refletir sobre as possibilidades que a “devoluta” do Brasil tropical
pelo olhar da artista contemporânea podem fazer pensar.
Anish Kapoor: o vazio do não-objeto
Autor(es): Lucas Procópio de Oliveira Tolotti, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Anish Kapoor, vazio, não-objeto, Materialidade, pigmento
Resumo: Anish Kapoor (Mumbai, 1954) traz em sua obra questões
ligadas às tensões entre matéria e vazio. Muitas vezes, esta temática irá
se apresentar em suas produções a partir da relação com os materiais
utilizados, cores e dimensões. O artigo pretende se debruçar sobre uma
série de obras realizadas entre 2018 e 2022, intitulada “Não-objeto preto”,
relacionando-a à temática da materialidade e sua ausência. Como o artista
articula a relação entre materialidade e vazio a partir da forma e da cor? As
obras serão devidamente contextualizadas a partir da trajetória artística de
Anish Kapoor e da história da arte, visto que há uma aproximação formal
com “Quadrado preto”, de Kazimir Malevich.
Convite a criação: habitar entre rastros, vestígios, pegadas

Autor(es): Barbara dos Santos, Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho”
Palavras-chave: Ensino de Arte, experiência estética, Fotografia, Processos
de Criação, Agenciamento
Resumo: Este trabalho científico encontra-se em andamento, junto
ao Programa de Pós-Graduação em Mestrado Profissional em Artes –
PROFARTES, junto ao Instituto de Artes da UNESP – Campus de São Paulo.
Tem por objetivo investigar as imagens e suas poéticas como experiência
estética na escola, a partir da interação entre a professora e os estudantes
de um grupo de 5º ano do ensino fundamental nas aulas de Arte, numa
escola pública municipal de ensino integral de Limeira, interior de São Paulo.
Para tanto, busca-se compreender, à luz da literatura, como as imagens,
compreendidas como fotografias, textos, obras de arte, rascunhos e gestos
podem promover a experiência estética.
Quando não houver mais abismo: trajetos

têxteis na obra de Arthur Bispo do Rosário
Autor(es): Marina de Aguiar Casali Dias, Universidade Federal de Juiz de
Fora
Palavras-chave: Bordado, arte têxtil, Tessitura, trajeto, Lugar
Resumo: O presente artigo propõe uma investigação da relação de Arthur
Bispo do Rosário com a linguagem têxtil, pautada pela compreensão das
linhas como elemento estético e filosófico, com intuito de analisar a relação
entre a representação de lugar e trajeto através dos gestos de tessitura.
Para tal, propõe-se uma metodologia que relacione a literatura biográfica
sobre vida e obra do artista aos saberes específicos do campo da arte têxtil.
Curadoria e sexualidade: a censura em
duas propostas expositivas
Autor(es): Alexandre Nepomuceno Targino, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Curadoria, Censura, Exposições, Política, Sexualidade
Resumo: A ideia central do trabalho recai sobre uma breve análise de duas
propostas expositivas que sofreram interdição e censura institucional no
Brasil, cujas temáticas são centradas em torno da sexualidade: a exposição
Queermuseu: cartografias da diferença na arte brasileira e Histórias da
Sexualidade. Para o trabalho proposto, propõe-se como objetivo principal
relatar, ainda que de forma breve, um conjunto de fatos advindos do
universo da arte, que colocou as duas mostras no centro dos debates
sociopolíticos, éticos, religiosos, morais e jurídicos do país como um todo,
provocando reações acaloradas tanto pelos defensores da liberdade
artística, quanto pelos seus detratores.
Aproximações acerca de performances de artistas

rappers senegalesas a partir da web
Autor(es): Carolina Goetten de Lima, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Arte de rua, Rap senegalês, Rappers femininas
Resumo: A música rap criada por mulheres no Senegal inscreve-se em
circuitos de travessias culturais e sociais e de transterritorialidades
múltiplas. No rap senegalês (NIANG, 2018), as travessias são marcadas
pela preservação das matrizes regionais, a que se mesclam influências da
cultura e ritmos das expressões que se popularizaram nas últimas décadas,
como a estrutura percussiva do mbalax ou mbalakh e a dança popular
coupé-decalé. O presente estudo interroga os dispositivos entrelaçados
de linguagens da performance no rap em estudo de caso, considerando
o trabalho das artistas Moonaya (Benin-Senegal), Mamy Victory, Toussa e
OMG, que conquistam espaço dentro e fora do país.
Algumas inquietações acerca do
anacronismo na história da arte
Autor(es): Rosa Gabriella de Castro Gonçalves, Universidade Federal da
Bahia
Palavras-chave: anacronismo, história da arte, Cultura
Resumo: A partir da revisão de algumas ocorrências de justaposição de obras
de arte e artefatos provenientes de contextos não artísticos em exposições,
museus e por parte de movimentos artísticos como o surrealismo, o artigo
propõe uma reflexão acerca do potencial e dos limites da adoção do
anacronismo como um instrumento para o historiador e teórico da arte.
Sabe-se que muitos surrealistas, inicialmente adeptos do anacronismo, o
abandonaram e buscaram adotar uma atitude científica face aos objetos
etnográficos. Contudo, na atualidade, vemos uma revalorização do
anacronismo por Didi-Huberman, mediante a revisão de autores como Aby
Warburg, Carl Einstein e Walter Benjamin.
A produção artística desde África e os limites da Estética

Autor(es): Rizzia Rocha, Universidade Federal de Minas Gerais
Palavras-chave: Estética, arte africana, epistemologias eurocentradas,
limites
Resumo: O propósito desse trabalho é tensionar os limites de alguns pontos
de compreensão da produção artística que são comuns à estética filosófica
eurocentrada tomando como ponto de partida a tradição artística africana.
Dois artigos-chave orientam essa discussão: “Aesthetics in Traditional
Africa” escrito por Robert Farris Thompson e “Le concept d’’esthétique
africaine’: essai d’une géneálogie critique” escrito por Robert Somé. O
primeiro artigo é relevante pela forma como o autor identifica e estabelece
um vocabulário estético na arte tradicional iorubá, enquanto o segundo
é relevante por sua discussão sobre a estética africana e mesmo sobre a
existência de uma estética africana.
A importância da formação por meio de
uma episteme voltada ao oriente
Autor(es): Patricia Ghuidotte de Faria, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Literatura Africana, Nova epistemologia, Formação
Resumo: Este ensaio reflete a importância de uma nova bibliografia de
base voltada ao oriente, especificamente de regiões do continente africano
para uma educação horizontal, antirracista e humanizada.
A partir disso haverá uma trança de pensamentos que traz uma nova
literatura incluindo a literatura africana como um possível dispositivo
de transformação para a formação de uma sociedade, ao passo que um
pensamento que descortina um novo modo de pensar e agir é um potencial
agente em uma formação íntegra que permite cuidado e respeito com
existências múltiplas.
Arte popular e educação: a perspectiva de Ana Mae Barbosa

Autor(es): Barbara Passeau, Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho”
Palavras-chave: arte popular, Arte Educação, Ana Mae Barbosa
Resumo: A presente proposta pretende relacionar os conceitos de arte
popular e educação a partir da teoria da arte-educadora Ana Mae Barbosa.
Será retomada a sua sistematização da arte do povo, estética das massas
e cultura visual do povo, além de alguns exemplos em seu período como
diretora no MAC-USP, ambos da década de 80. A ideia é retomar o passado
para debater as possibilidades e desafios que ainda se impõem no presente.
A pintura como pele

Autor(es): Yasmin Elganim Vieira, Universidade Federal de Minas Gerais
Palavras-chave: Pele, Pintura, espectador, Didi-Huberman
Resumo: Pretende-se refletir sobre a pintura, seu modo de existir, sua
prestação estética, seus modos de engajar o espectador e de potencializar
a experiência. Para tal, a fundamentação teórica será pelo pensamento da
“pintura como pele” do crítico e filósofo Didi-Huberman, que permite, em
termos estéticos, pensar o entrelaçamento entre espectador e obra. Como
uma superfície que separa, mas é indivisível com aquilo que a toca, a pele
se constitui do que há dentro (materialidade pictórica) e do que há fora
(espectador). Ainda, permite refletir sobre as entranhas do quadro como
carne, que nada mais é que, na ordem fenomenológica, o abismo que olha
de volta o espectador, a latência — a profundidade.
Wimoweh na Disney: O rei leão dorme e o rato faz a festa
Autor(es): Luiz Carlos Zeferino, PGEHA / Universidade de São Paulo / USP
Palavras-chave: arte africana, Rei Leão, Música africana, Recepção da arte
Resumo: Este artigo tem como objetivo a análise sobre a recepção da arte
musical africana mbube. A fruição da arte africana estaria destinada a ser
naïf ou etnográfica? Os litígios na aura desta obra devem ser postos de
lado em busca de uma apreciação? Faz-se necessário um estudo como
este, pois verifica-se ainda a necessidade de observações mais objetivas,
com estudos de casos concretos. Carl Einstein elaborou a proposta de
metodologia que é utilizada neste estudo: uma abordagem estética e
apreciativa da arte africana, mediante a qual pode-se observar e analisá-la
exatamente como ela é: obra de arte, não artefato tribal ou etnográfico,
investigando a música-tema como um estudo de caso.
Transits of light in projective moving image installations:

a queer phenomenology of the dark corridor
Autor(es): Danilo Baraúna, Fine Art Critical Studies Department / School of
Fine Art / The Glasgow School of Art
Palavras-chave: Transit, Queer phenomenology, autoethnography,
Cruising, Moving Image Installation
Resumo: In this paper, I explore the feelings of disorientation emerging from
dark corridors as transitional spaces in art galleries through a case study of
the works SaFO5 (2019) by Charlotte Prodger, and No history in a room filled
with people with funny names 5 (2019) by Korakrit Arunanondchai and Alex
Gvojic. I argue that these dark corridors can be understood as a cruising space
where queer affects emerge as a result of the disorientation that transitioning
from a brightly lit environment (the outside of the gallery) to a darkly lit one
(the corridor and the gallery) causes in the body. To investigate these issues, I
use queer phenomenology and autoethnography as queer methods.
Mo(n)strar e não mostrar, a (In)inteligibilidade Transmasculina
Autor(es): L. Becker Savastano, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: transmasculinidade, Monstruosidade, autorepresentação,
Arte Contemporânea, Psicanálise
Resumo: O artigo estabelece um diálogo com a obra do artista
contemporâneo Lino Arruda com o objetivo de pensar naquilo que é
inclassificável pela matriz de inteligibilidade e normatividade estética
estabelecida pela coerência cisgênera. O diálogo será guiado pela obra de
HQ Monstrans: experimentando horrormônios (2021), uma autoficção na
qual o autor toma o não humano como ponto de partida para recontar
suas experiências transmasculinas interseccionadas às suas experiências
de corpo com deficiência. Essa obra será olhada na chave de uma
desestabilização epistemológica e ontológica de diferença que opera por
meio de pares de controle, por exemplo de sexo/gênero, homem/mulher,
humano/não humano.
Cemitério da Consolação: a morte esculpida

como expressões identitárias
Autor(es): Marcos Roberto da Silva do Carmo, Instituto de Arte / Unesp
(Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho - Campus São
Paulo
Palavras-chave: Arte tumular, Cemitério da consolação, Patrimônio,
Memória, Identidade
Resumo: Este artigo se propõe a investigar a constituição da representação
social dos grupos, economicamente, dominantes da cidade de São Paulo, de
modo especial a partir das construções tumulares presentes no Cemitério
da Consolação, desde a sua instituição na cidade, em 1858 até 1960, a
partir da seleção de elementos materiais e simbólicos, com uma pesquisa
bibliográfica somada à pesquisa de campo. É certo que a simbologia
cemiterial objetiva a expressão ou transmissão de valores culturais para
o estabelecimento e a reafirmação das identidades e relações sociais, e
entendidos como lugar de memória, cultura e arte.
Ativismo coletivo no cone sul: relacionando
experiências transterritoriais e geopolíticas de
mulheres e dissidências de sexo e gênero.
Autor(es): Débora Visini, Universidade Estadual de Campinas
Palavras-chave: Cone Sul, Arte Política, Espaço público, gênero e sexualidade
Resumo: O trabalho visa refletir sobre alguns eventos sociais e artísticos
que configuram o espaço público na atualidade e que serão observados a
partir do ativismo coletivo de mulheres e dissidências de sexo e gênero no
Cone Sul latino-americano, entre 2018 e 2022, na Argentina, Brasil e Chile,
representados respectivamente pela Marea Verde, as ações promovidas
pelo Instituto Marielle Franco e a performance do coletivo Lastesis, “Un
violador en tu caminho”, replicada internacionalmente. Para relacionar as
experiências propomos a elaboração de uma reflexão pautada na análise
de conjuntura (SOUZA, 2014), afim de visualizar como os grupos mobilizam
os nexos entre arte e política.
Atravessando o espelho de Orlan

Autor(es): Rosana Dalla Piazza, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Arte Contemporânea, Orlan, Corpo Espelho, Espelho,
Identidade
Resumo: O artigo traz reflexões sobre as transmutações do corpo no
manifesto performático A Arte Carnal (1990-95) criado pela artista
francesa Orlan (1947-). Suas performances no espaço midiático e físico
criticam esses padrões impostos pela mídia e pela história da arte .Assim
serão tratadas algumas reflexões sobre o corpo como objeto da arte, bem
como, qual é o limite deste corpo? Como cumprir esta função na arte e
na sociedade como um todo. Como os corpos são afetados dentro desta
relação corpo e identidade. A carne e o sangue atuam como elementos
transgressores, problematizando e potencializando os debates do corpo
espetáculo na sociedade do espetáculo e consumo.
Anita Malfatti: importante presença na
renovação estética da arte brasileira
Autor(es): Rosane M. D. Bussmann, Jane Marques, Wladimir Wagner
Rodrigues, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Anita Malfatti, Arte moderna brasileira, Exposições de
Anita Malfatti, Exposição Pintura Moderna: Anita Malfatti, Anita Malfatti:
100 anos de arte moderna
Resumo: Anita Malfatti é de tal relevância na renovação da arte brasileira
que Mário da Silva Brito a menciona como “o estopim do modernismo”. O
objetivo desta investigação é analisar o que Anita Malfatti, como mulher e
artista plástica, apresentou como expressão e interpretação da arte para o
Brasil no início do século XX, após vivência transterritorial na Alemanha e
nos Estados Unidos. Buscou-se compreender o que alguns teóricos e críticos
revelam sobre sua vida e obra a partir de revisão teórica e documental,
além das visitas à exposição de 2017. Os resultados da pesquisa apontaram
que, ao contrário do que alguns críticos comentaram, Anita foi uma mulher
corajosa e fiel a si mesma.
Retratos: rastros e cultivo de memória

Autor(es): Maria Cristina A. Pereira, Adriana Nascimento, Universidade
Federal de São João del-Rei (UFSJ)
Palavras-chave: Fotografia, Imagem, Memória, Retratos, Fototerapia
Resumo: O texto discute a fotografia, seu processo histórico-sócio-cultural
e seus rebatimentos na construção de visões pessoais e de mundo. Ela é
um potente objeto de pesquisa que compreende a relação entre sociedade
e espaço, e tem gerado conhecimento nos campos das artes, memória
social, sociologia da imagem, antropologia visual e psicologia subsidiando a
compreensão da relação entre os registros fotográficos, as representações,
os discursos e as narrativas. Sobre a produção de retratos, entende-se a
fotografia como produto histórico e social, sendo um recurso estratégico
na arteterapia, pois contribui e ativa a comunicação entre a consciência e o
inconsciente, o mundo real e o imaginário.
Espaço-entre: Como a arte pode subverter
o uso do espaço público?
Autor(es): Cammila Ferreira, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Arte Contemporânea, Espaço público, Intervenções
urbanas, Cidade
Resumo: Considerando o avanço desenfreado do mercado imobiliário
promovendo um projeto de arquitetura hostil à população, atrelado
à crescente desigualdade social, é possível observar que as disputas
territoriais geram tensões político-econômicas que têm afetado a forma
com que se faz uso do espaço coletivo. A partir de 4 obras do artista Marcelo
Cidade instaladas em áreas urbanas no Brasil e em outros 3 países, o artigo
propõe investigar em diálogo com o artista a ideia de deslocamento da
obra de arte do ambiente privado para o público como instrumento de
reivindicação deste espaço e, como a obra pode subverter seu uso a fim de
promover um bem estar social através da arte.
Onde o sol Nasce em fagulhas: Investigação

do “eu-outro” no Processo Cênico do Projeto
Iurupari – Grupo de teatro da Ufopa
Autor(es): Jessica Matos, Universidade Federal de São Paulo
Palavras-chave: Teatro, Antropologia, Dramaturgia, Amazônia, Investigação
Resumo: O artigo proposto é fruto do meu Trabalho de Conclusão de Curso
da graduação em Antropologia (Ufopa) e articula antropologia e teatro
como disciplinas que dialogam com a investigação do “eu” e do “outro”
na representação da cena e na vida cotidiana. O intuito da pesquisa é
tecer discussões e reflexões sobre o processo cênico “Onde o Sol nasce em
fagulhas” baseado na dramaturgia “Dentro é um lugar longe” (2013) de
Rudinei Borges dos Santos, dramaturgo Amazônia, que moram no interior
da Amazônia brasileira e vivenciam relações de afeto com o tempo, as
lembranças, as paisagens e as pessoas.
Os artistas e intelectuais europeus no

cenário artístico paraense
Autor(es): Laura Camila Silva da Silva, Universidade Federal de São Paulo
Palavras-chave: Circulação de Artistas, Belém do Pará, Exposições
Resumo: Pretendo explorar os significados políticos da inserção de
artistas como Maurice Blaise, Joseph Cassé, David Widhopff e Johann
Karl Wiegandt. No intuito de analisar a presença desses artistas na arena
das consideradas belas artes do Pará da virada do século XIX para o XX,
enfatizando a participação na Exposição Artística e Industrial de 1895, bem
como o caráter histórico das obras dos artistas em questão.
Goethe “em solo clássico”: uma estranha capela
e os dilemas da imaginação histórica
Autor(es): Orlando Marcondes Ferreira Neto, FFLCH, USP, Depto. de
Filosofia, pós-doutorando
Palavras-chave: Goethe, Solo clássico, imaginação histórica, classicismo,
Paisagem
Resumo: Nesse artigo tratamos da relação que Goethe, em seus
escritos italianos, estabelece com o passado antigo sobrevivente em sua
materialidade, inscrita na paisagem na forma de conjuntos urbanos, edifícios
e a “natureza” italiana – o que ele designa pelo termo “solo clássico”. A
experiência de visitar um local mencionado por um autor da Antiguidade
seria capaz de ativar, por meio da “imaginação”, a memória histórica,
forjando uma relação “viva” com o passado. Por outro lado, ele também
julga difícil adquirir uma ideia correta da Antiguidade através dos restos do
mundo antigo, sentido em que a imaginação se torna um problema. Como
resposta ele propõe uma disciplina do olhar sobre a paisagem.
Selfie, um curta-metragem à luz de Walter Benjamin

Autor(es): Helena Magon, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Walter Benjamin, Flânerie, construção imagética, Edward
Hopper, Feminino
Resumo: Propomos uma reflexão acerca de experiências estéticas e
visualidades tendo como objeto o curta-metragem Selfie (Alex Sernambi,
2021). A partir do legado visionário de Walter Benjamin (1892–1940),
sugerimos um espaço de observação da constelação composta por temas
fundamentais do pensador alemão, aspectos do filme, uma animação, e
sua inspiração na obra do pintor americano Edward Hopper (1882–1967).
Mirando ideias e conceitos como flânerie, aura, montagem, experiência,
bem como imagem dialética, pretendemos ilustrar a amplitude das leituras
e das possibilidades estéticas da produção contemporânea.
Esqueceram de mim! Yvonne Daumerie,
a bailarina da Semana de 22
Autor(es): Wladimir Wagner Rodrigues, Jane Marques, Programa de
Pós-graduação Interunidades em Estética e História da Arte PGEHA /
Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Modernismo, Mulheres Artistas, Semana de Arte Moderna,
Arte brasileira, Dança
Resumo: A Semana de Arte Moderna, também conhecida como Semana
de 1922, contou com representantes da literatura, das artes visuais, da
arquitetura, da música e do teatro. Um desses nomes é o da bailarina
Yvonne Daumerie, que atuou com dança no palco do Teatro Municipal de
São Paulo. A presente pesquisa foi feita com base na bibliografia sobre a
Semana de Arte Moderna e em registros e documentos encontrados em
periódicos entre as décadas de 1910 a 1960 e tem por objetivo preencher
uma lacuna na historiografia da Semana de 22, de artistas que tiveram seus
nomes “apagados”. Por essa lógica, cria-se uma fenda na historiografia da
Semana de Arte Moderna que nos permite ampliar sua compreensão.
Valor estético e valor cognitivo na Arte Conceitual e no

Conceitualismo Global: um embate com Clement Greenberg
Autor(es): Aniely Cristina Mussoi, Elizabeth Lima, Universidade de São
Paulo
Palavras-chave: Arte Conceitual, Conceitualismo Global, Clement
Greenberg, Estética, Modernismo
Resumo: A desmaterialização na Arte Conceitual e no Conceitualismo
Global tem levado ao desafio de encontrar um valor para a obra conceitual
que seja substitutivo ao antigo valor estético. Neste trabalho, refletiremos
sobre a distinção entre valor estético e valor cognitivo no contexto da
contenda entre o modernismo de influência greenberguiana e as artes
conceituais/conceitualistas no século XX. Tentaremos mostrar que (1) tal
distinção não é definitiva em demarcar as possibilidades da experiência
artística em ambas as frontes, e que (2) mesmo nas obras conceituais, é
possível encontrar algum valor estético relevante.
O museu é a mensagem: o fotojornalismo brasileiro
em busca de uma mídia (1960-1980)
Autor(es): Angelo Cuissi, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita
Filho”
Palavras-chave: Fotografia, Fotojornalismo, museu, galeria de arte,
fotolivro
Resumo: Neste artigo, definimos algumas características do subgênero
que denominamos “fotojornalismo autoral”, abordando sua emergência
no cenário internacional após a Segunda Guerra, bem como as estratégias
empregadas por seus praticantes para assegurar sua liberdade criativa.
Em seguida, identificamos a existência deste subgênero e a ocorrência
das mesmas estratégias no campo da fotografia brasileira, mapeando suas
origens, na década de 1960, e seu amadurecimento, na década de 1970,
Finalmente, elencamos alguns dos fotógrafos e fotógrafos vinculados a
essa prática no Brasil do período.
Instalações Encontro das águas I e II (1998-2013):

artivismo em ação na trajetória de Bené Fonteles
Autor(es): Dóris Karoline Rocha da Costa, Sávio Luis Stoco, Universidade
Federal do Pará
Palavras-chave: Bené Fonteles, Arte e ativismo, Arte brasileira, Arte
Contemporânea
Resumo: Estudaremos a trajetória artivista - transterritorial entre o campo
da Arte e da política dos movimentos sociais - do artista visual paraense
Bené Fonteles, focalizando as instalações públicas coletivas Encontro das
águas I e II (1998, 2013), com artistas de todas as regiões do Brasil, a partir
da proposição de Fonteles sob a chancela do Movimento Artistas Pela
Natureza. Embasaremo-nos pela bibliografia específica sobre o conceito
e as práticas artísticas ativistas, bem como iremos fundamentar nossas
análises a partir de fontes sobre as obras, de modo a estabelecer os
parâmetros para a compreensão do fazer artivista deste artista.
Um estudo entre Candido Portinari e
Antonio Berni: a figura das crianças
Autor(es): Maria Carolina Rodrigues Boaventura, Universidade de São
Paulo
Palavras-chave: Candido Portinari, Antonio Berni, arte moderna latino-
americana, iconografia infantil
Resumo: Esta comunicação tem como objetivo apresentar a trajetória
de um estudo comparativo no período histórico de 1930 a 1960, que se
propõe a investigar como personagens (reais ou ficcionais) construídos
pelos pintores Candido Portinari (brasileiro, 1903 – 1962) e Antonio Berni
(argentino, 1905 – 1981) podem revelar temáticas sociais importantes.
Apontamentos sobre performances em Belém

Autor(es): Marcela Cabral, Universidade do Estado do Pará (UEPA)
Palavras-chave: performance, Belém do Pará, Sistema da Arte
Resumo: O texto apresentado é parte da pesquisa que ocorre no âmbito do
doutorado no Programa de pós-Graduação em Arte na Universidade Federal
do Pará. Aqui será comentado um recorte acerca do desenvolvimento
das performances em Belém Pará. O objetivo é apresentar brevemente
o cenário do sistema da arte local, a partir de autores e autoras,
principalmente paraenses, com vistas a perceber o surgimento das ações
de performance em Belém-PA. Referências bibliográficas, entrevistas com
artistas e pesquisadores das artes contemporâneas em Belém, tratando
brevemente da atuação de alguns atores e obras até este início da terceira
década do século XXI.
Poesia, Cidade e Memória na Deriva do Bem

Autor(es): Sara Vicente Minaré, Bráulio Vinícius Ferreira, Universidade
Federal de Goiás
Palavras-chave: Deriva do Bem, Poesia, Cidade, Memória, Fotografia
Resumo: O presente estudo visa discutir a relação do indivíduo com a cidade
na construção de memórias através de um viés poético. Busca-se analisar
como a poesia se expressa além de uma estrutura linguística e abrange os
detalhes capturados pelo olhar derivante dos participantes do projeto de
extensão Deriva do Bem. O artigo pretende discorrer sobre a relação de
ocupação entre o homem e a cidade, as influências mútuas que ocorrem
e como essa conexão atua na elaboração de memórias essencialmente
de cunho sensível. Para isso, serão utilizados estudos sobre antropologia,
urbanismo, linguística, poesia e filosofia, além dos relatos e fotografias dos
derivantes do projeto de extensão.
Problemas da História da Arte diante da
Arte Indígena: breves apontamentos
Autor(es): Rafael Augusto da Silva, Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho”
Palavras-chave: história da arte, Arte indígena, Novas Epistemologias,
mascaras
Resumo: O poster usa como mote um conto ficcional de Jorge Luís Borges
para falar dos problemas que ocorrem ao englobar a Arte Indígena dentro
do conceito ocidental/europeu tanto de arte quanto de História da Arte.
O autor se utiliza de bibliografias no tema para gerar uma reflexão que
leva a pensar que a abordagem institucional e acadêmica da Arte Indígena
ainda é mal traduzida ou mesmo que a História da Arte faz adaptações
conceituais amplamente baseadas em sua própria arte e cultura (ocidental
europeia) para falar da arte e cultura dos povos originários.
(À) deriva: performances artísticas, territorialização e

apropriação do espaço urbano na cidade de São Paulo
Autor(es): Cesar Keinert, Universidade Federal de São Paulo - Campus
Baixada Santista
Palavras-chave: deriva, territorialização, espaço urbano, performances
artísticas, cartografia
Resumo: A pesquisa visa investigar a relação de apropriação e territorialização
no espaço urbano de São Paulo. A cidade, território simbólico, tem sido
palco de fluxos cada vez mais velozes de corpos, informações, mercadorias
e serviços . À despeito da literatura que coloca o cenário contemporâneo
como desterritorializado, acredita-se que toda desterritorialização leva a
uma reterritorialização. Realiza-se derivas - caminhadas sem destino fixado
-, individuais e em grupo, com coletivos de arte urbana, em São Paulo, a
fim de resgatar a experiência sensorial e simbólica da vivência urbana.
Realiza-se cartografia a fim de acompanhar tais processos subjetivos de
apropriação e territorialização.
4. Fora dos Muros: a busca
por novos territórios
Oceano Imóvel, a 5ª Bienal do Sertão de Artes Visuais

Autor(es): Denilson Conceição Santana, Universidade Estadual de Feira de
Santana
Palavras-chave: Artes visuais, história da arte, Curadoria, bienal, Arte
Contemporânea
Resumo: Em vias de sua quinta ediçao, a Bienal do Sertão de Artes Visuais,
firma-se como o mais importante evento das artes contemporaneas e plano
historico no nordeste e centro oeste do pais, contactandp plataformas
internacionais de curadoria, museologia e intercambios em arte, alem de
ser determinante para as pesquisas de eventos e acervo em artes visuais
para a historia da arte como um todo. Para o congresso foi-se pensando
uma palestra e artigo que junta as linhas de curadoria e outros modos de
exibiçao, adequamentos e melhorias do conjunto educativo e pedagogico
dentro do cambio da propria Bienal, sendo primordial seu contacto com o
publico leigo e de intelectuais que permitem uma leitura ...
Planos, lugares, ações: uma breve incursão aos

espaços ocupados por Robert Jasper Grootveld
Autor(es): Léa Araujo, Universidade Federal de Minas Gerais
Palavras-chave: Ações, Arte Contemporânea, Happenings, Grootveld
Resumo: A presente proposta de artigo aborda duas ações do artista Robert
Jasper Grootveld, realizadas na primeira metade da década 1960. O “plano
de impressão rotativa” em parceria com o artista plástico Aat Veldhoen e
seus happenings periódicos. Ambas ações tomam como parte primordial
o espaço público da cidade de Amsterdam e seus habitantes. Deslocando
o espaço institucional e instaurando uma horizontalidade entre artista e
público, por meio ações lúdicas e críticas. A abordagem se constrói a partir
uma análise das práticas amparadas pelo referencial teórico e crítico, que
por vez, embasam o pouco explorado trabalho de Grootveld, seus ecos, e
sua atualidade frente aos paradigmas contemporâneos.
Nem desistir, nem tentar - Walter Benjamin e técnica
Autor(es): Renan Marcondes, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Walter Benjamin, performance, TRABALHO, Técnica
Resumo: Nesta comunicação, perseguiremos a abordagem utópica que
Walter Benjamin faz da noção de técnica, visando compreender como ela
pode nuançar um olhar sobre práticas performativas contemporâneas.
Usaremos, como estudo de caso, três obras de artistas mulheres que
se lançam sobre o tema do trabalho, a fim de desarticular suas formas
habituais.
Arte urbana: o caso da obra Brigadista

da Floresta, de Mundano
Autor(es): Profa. Dra. Maria Cristina Caponero, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: arte urbana, Grafite paporreto, Mundano, Brigadista da
Floresta, Cidade de São Paulo
Resumo: A arte urbana é um processo comunicacional de grandes centros
urbanos, que tem a rua como lugar de manifestação e se destaca pelos seus
aspectos plásticos, apesar de se encontrar fora dos espaços tradicionais. Por
meio do estudo de caso da obra Brigadista da Floresta (2021), do “artivista”
Mundano, releitura da obra O Lavrador de Café (1934), de Portinari, o
presente artigo visa discutir questões referentes a essa forma expressão
artística, trazendo luz ao “grafite paporreto” (MUNDANO, 2021), que gera
transformações no tecido social e interferência estética na paisagem e no
tecido urbano, afirmando-se como uma arte com territorialidades próprias.
Costurando a síntese política: arpilleras do

Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
Autor(es): Aline Alessandra Zimmer da Paz Pereira, Universidade Federal
do Rio Grande do Sul
Palavras-chave: Arpilleras, Movimento dos Atingidos por Barragens,
Educação popular
Resumo: Esta comunicação apresenta a pesquisa em desenvolvimento
acerca das arpilleras produzidas pelas mulheres organizadas no Movimento
dos Atingidos por Barragens (MAB). Arpilleras são um tipo de bordado feito
em juta, utilizado como forma de resistência durante a ditadura chilena e
hoje, no Brasil, como forma de denúncia das violações aos direitos humanos
nas áreas de barramentos. Esta pesquisa articula, através das arpilleras,
que relações existem entre arte contemporânea e movimentos sociais, ao
explorar os intercâmbios das arpilleras com o campo institucionalizado da
arte, ao retomar suas origens chilenas, e ao analisar as narrativas visuais
produzidas e suas relações com a educação popular.
Improvisação livre: crítica da representação na música.
Autor(es): Rafael Silva
Palavras-chave: Improvisação livre, Música, Crítica da representação,
Filosofia da diferença, Esquizoanálise
Resumo: Este trabalho é uma entrada e propõe, a partir de um ponto de
vista transdisciplinar entre a prática artística da improvisação livre musical e
a filosofia de Gilles Deleuze e Félix Guattari, a existência de um conceito de
representação na música como pressuposto condicionante de sua prática.
Assim como propõe uma crítica desse conceito ao afirmar a improvisação
livre do ponto de vista das multiplicidades, como prática de fazer existir
na música as diferenças desvinculadas de pressupostos organizativos, de
significação e subjetivação.
A representação da mulher negra no espetáculo IDA: reflexões

sobre o teatro negro contemporâneo e as lutas identitárias
Autor(es): Bianca Camila de Andrade Silva, Luciana Dadico, Universidade
de São Paulo
Palavras-chave: Teatro Negro, Identidade, Interseccionalidade, Estética,
Estudos Culturais
Resumo: A crescente produção do teatro negro contemporâneo no
Brasil fomenta novas possibilidades estéticas e políticas para a população
negra. Desde Abdias do Nascimento, o teatro negro propõe-se a refletir
sobre sua identidade, característica que se mantém até a atualidade com
diferentes demandas e perspectivas. O objetivo desta pesquisa é analisar o
espetáculo contemporâneo IDA, obra que centraliza a identidade da mulher
negra brasileira, considerando suas fragmentações e intersecções. Como
resultado deste trabalho, espera-se oferecer uma melhor compreensão
acerca da posição e possibilidades estéticas e políticas do teatro negro
frente às relações de disputa identitária enquanto práxis.
Solstícios e Equinócios: Movimentos elípticos na arte
contemporânea pós-pandemia da Covid - 19
Autor(es): Evandro Nicolau, Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho”
Palavras-chave: redes culturais, Ambiente digital, Meio Ambiente, Arte
Contemporânea, Tecnologia
Resumo: Pesquisa sobre artistas e ações orientadas para a ampliação das
possibilidades da arte e seu devir. Parte de uma “rede cultural” que traça
linhas e conexões digitais desenhando uma elipse por meio da arte, na
criação de circuitos, trocas de conhecimento, organização e amplificação
do trabalho artístico. Em meio às crises políticas, ambientais, sociais e
culturais, múltiplas linguagens se manifestam, refletindo a necessidade
“de uma cura ou uma saída que não existe”, conforme Bruno Latour. Arte,
polissemia, ubiquidade e digitalidade, a partir de corpos e espaços virtuais,
altera o tempo e o espaço, com vistas a aberturas pluridimensionais e
transdisciplinares.
Violências Mortas-Vivas: o racismo e a obra de Rosana Paulino

Autor(es): Gabriel de Souza Santana, Universidade Federal de Minas Gerais
Palavras-chave: Representação visual da população brasileira, Arte Negra,
Rosana Paulino, pathosformel, racismo
Resumo: Este artigo apresenta uma análise das obras Atlântico Vermelho
(2016) e Paraíso Tropical (2017) de Rosana Paulino pela perspectiva das
sobrevivências proposto pelo historiador Warburg. Nesta abordagem,
observa-se o anacronismo que a constelação destas obras suscita e os
retornos de fantasmas mórbidos da representatividade do corpo negro,
em exploração e morte que prevalecem até os dias de hoje. Por meio desta
leitura, percebe-se o estado Pathosformel do racismo que se faz estrutural
no Brasil e que é criticado pela artista.
Entre linhas e agulhas: saberes femininos na arte

Autor(es): Larissa Rachel Gomes Silva, Universidade Federal do Piauí
Palavras-chave: Mulheres, artesanato, Artes visuais
Resumo: Vidas que transbordam histórias, mulheres artesãs/artistas
brasileiras, ganhando seu sustento e que carregam conhecimento
ancestral partilhado entre seus pares, por meio dos saberes. Este artigo
tem por objetivo mostrar o processo de pesquisa de doutorado ainda em
andamento, sobre os saberes populares das femininos que vão sendo
compartilhando para além dos muros de suas casas.
Altermundos e arte indígena
Autor(es): Renata Guimaraes Hoffmann, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: visão de mundo, Cultura, perspectivismos, Arte indígena
Resumo: Como ponto de partida ao artigo, faz-se o postulado de Merleau-
Ponty: “a linguagem artística celebra o papel do corpo cultural como uma
condição de apreensão articulada do mundo, sendo ela uma “ manifestação
codificada da própria vivência do artista”. Com base nessa visão, apresento
pontos de vista de do filósofo Vilém Flusser em consonância com a teoria
do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro que ponderam sobre as
relações do trinômio Humanidade, Natureza e Cultura em cada cultura
(indígena versus eurocêntrica). Em uma tentativa de apresentar o impacto
dessa visão na obra de arte, seleciono o estudo de caso da artista plástica
e cineasta Sueli Maxakali, da etnia T?km?’?n/Maxakali.
Maurício Ianês: a performance / presença

corporal em acervos artísticos
Autor(es): Joseane Alves Ferreira, Jane Marques, Universidade de São
Paulo
Palavras-chave: Maurício Ianês, perfrormance, reperformance, corpo
Resumo: Maurício Ianês questiona as linguagens verbal e artística, suas
possibilidades expressivas e limites em suas performances. O presente
artigo faz um paralelo entre as obras: O nome, de 2011, que se encontra
no acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo, desde 2015, que sua
execução é pelos funcionários da instituição e a obra a “Recusa” (Refus),
acervo do Centre National des Arts Plastiques [CNAP], na qual a execução
necessita da presença física de Ianês, exigência do artista, que significa
que, quando o performer falecer, a obra não poderá mais ser executada,
restando somente os registros., sem a possibilidade de ser reperformada.
Arte Independente, território ressignificado
e coletividade: um estudo de caso sobre a
ocupação artística Centro Cultural Ouvidor
Autor(es): Agel Pimenta, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Ouvidor63, Centro Cultural Ouvidor 63, Arte Independente,
Arte Ativista, Ocupação artística
Resumo: Este artigo objetiva investigar a produção de arte independente
que opera fora dos sistemas e circuitos tradicionais e são consideradas
insurgentes e ativistas tanto pelo seu posicionamento político quanto por
suas construções estéticas inovadoras e narrativas contra hegemônicas.
Apresenta, como estudo de caso, a análise da ocupação artística Centro
Cultural Ouvidor 63, situada no centro da Cidade de São Paulo, na rua do
Ouvidor nº 63.
Palavra como imagem em Poemóbiles

Autor(es): Lilian Waleska Farinazzo Vitral Arbex, Elaine Dias de Castro,
Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte
da Universidade de São Paulo / MAC-USP / USP
Palavras-chave: Poemóbiles, Julio Plaza, Livro de artista, Imagem
Resumo: O artigo propõe um aprofundamento na análise do livro de
artista Poemóbiles, de Julio Plaza e Augusto de Campos, com o objetivo de
introduzir a discussão do uso da palavra como imagem na referida obra,
possibilitando novas trocas de conhecimento ao se levar em consideração
aspectos plásticos e relacionais da obra de arte, em especial dos livros de
artista. Para esta reflexão, buscou-se referenciais teóricos na fortuna crítica
do próprio Julio Plaza, bem como outros da arte, da poesia concreta e da
semiótica.
As linguagens artísticas na Escola de Cartum

Autor(es): Luiz Carlos Zeferino, PGEHA / Universidade de São Paulo / USP
Palavras-chave: arte africana, Escola de Cartum, Novas Historiografias
Resumo: O presente trabalho faz parte de uma pesquisa maior, dedicada
exclusivamente em investigar a obra de Ibrahim El-Salahi. E neste breve
ensaio o interesse é o mapeamento da estética sudanesa, mais precisamente
a da Escola de Cartum, origem do trabalho artístico de El-Salahi. A história
da Escola de Cartum se funde com a da Faculdade de Belas Artes Aplicadas
do Sudão. Então, como breve análise curatorial das linguagens e estéticas
presentes nesse movimento, cabe uma leitura mais panorâmica de sua
historiografia estética (WOOD, 2019).
Claudio Tozzi: Arte Cidade
Autor(es): Diogo Gomes dos Santos, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Claudio Tozzi, Arte Cidade, Cinema, Murais urbanos
Resumo: O artigo analisa murais a céu aberto na cidade de São Paulo, do
artista plástico Claudio Tozzi, num conjunto dos três murais horizontais:
Viaduto Tutóia/Avenida 23 de maio, da Avenida dos Bandeirantes/Aeroporto
de Congonhas e da Avenida dos Bandeirantes/Rodovia Imigrantes, como
tramas narrativas e estéticas, no tecido urbano. Essas obras dialogam
entre a produção e a fruição dos munícipes, no contexto da paisagem da
cidade, tecendo ponte metafórica com a linguagem do cinema, pela ideia
de sensação de movimento, sugerido pelos registros oriundos do cinema,
mas decorrente do deslocamento do observador e não das imagens, que
carregam valores simbólicos e significados.
Artista do texto: palavra, imagem e processo de criação

Autor(es): Kelly Braz, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Processos de criação, artista do texto, Imagem, palavra,
plástica da linguagem
Resumo: A pesquisa tem o objetivo de observar e apresentar a potência
do processo de criacão das artistas Ana Júlia Vilela e Daniela Avelar, que
trabalham entre escrita e artes pla?sticas (palavra nas plásticas e imagem
na escrita), além de introduzir o conceito “text based conceptual artist”
(artista do texto), bastante trabalhado nos EUA e Europa e quase inusual
no Brasil, pensando borda e fronteira entre gêneros artísticos, a partir
do conceito “queer” da Filosofia (mas não necessariamente, arte queer),
esgarçado e ampliado para ser experimentado e trabalhado na Estética.

A forma artística das moradias de rua
Autor(es): Antonio de Padua Rodrigues, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Moradias de rua, Estética, Mediação Institucional,
Reconhecimento
Resumo: Este artigo analisa as moradias de rua como estruturas que operam
a estética superando os atos de transgressão dados pela forma bruta das
intervenções urbanas e reposicionam o conceito de forma artística no
sentido de alargar sua restrição ao uso vinculado a certa produção cultural.
Através da análise das referidas estruturas e de relações com moradores de
rua, busca-se evidenciar a estética presente no trato cotidiano de sujeitos
em condições extremas. Procura-se demonstrar que há um vínculo entre
moradias de rua e forma artística desvinculado da noção de sistema mais
efetivo como ato social, posto que não depende da processualidade que
transforma certas materialidade em arte.
O que se passa e o que permanece entre a

cidade atelier e as poéticas sociais
Autor(es): Silvia Marques, Universidade Federal do Amapá
Palavras-chave: Cidade Atelier, Ações Ordinárias, Poéticas Sociais,
Visualidades, Amazônia
Resumo: Ideias/sentidos organizados para esse texto me fizeram intuir
em propor reflexões acerca das interações sociais no espaço urbano,
observando as circunstâncias pelas quais percepção, sensações e
intervenções sobre espaço/tempo convergem em experiências convivências
com o lugar. Enxergar essas combinações, dispostas por imagens, objetos,
artefatos e artes encontrados pela cidade foi o encaminhamento acionador
e articulador de acesso aos imaginários, memórias e afetações sobre as
visualidades que compõem e contornam a dinâmica amazônica na cidade
de Macapá/AP.
A escrita como extensão da obra de arte
Autor(es): Maria dos Remédios de Brito, Lindomberto Ferreira, Universidade
Federal do Pará
Palavras-chave: Escrita, Pesquisa em Artes, Memoriais poéticos
Resumo: O artigo busca suscitar o debate sobre a dificuldade dos artistas-
pesquisadores em pensar a escrita nos memórias poéticos dos processos de
criação em arte. Baseado em uma pesquisa teórica, associada a entrevistas
abertas semi-estruturadas, realizadas com artistas discentes das linhas de
poéticas de diferentes programas de pós-graduação do país, buscamos
discutir a hipótese de que essa dificuldade estaria relacionada ao fato
do artista assumir a escrita como representação da obra, o que levaria a
pensar na escrita como descrição dogmática. Um problema que deve ser
refletido na medida em que interfere no trabalho do artista em operar com
a escrita como extensão da obra de arte.
A arte como modelo para os meios sociais

Autor(es): Jeane Cooper
Palavras-chave: arte-digital, arte contemporânea, arte interativa,
colaboração artística, meios sociais
Esta pesquisa acadêmica propõe uma análise comparativa do trabalho
do artista mediático Douglas Davis, intitulado ”The World’s First
Collaborative Sentence”, de 1994, com a plataforma de social media
Twitter, de 2006. A ‘Sentença’ de Davis pode ser considerada um
modelo conceitual e diagramático para o Twitter já que ambos se
caracterizam pela proposta de colaboração através da linguagem textual.
Este estudo propõe uma análise estrutural comparativa dos dois sistemas
citados, envolvendo questões de autoria, interatividade, expressão verbal
coletiva e multiculturalismo, avaliando ainda questões culturais, políticas e
filosóficas pertinentes à atual era digital.
Instituição in and out - Harald Szeemann e Walter Zanini, suas
contribuições e comparações para uma curadora em formação
Autor(es): Lilian Cardoso Bado Martins, Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho”
Palavras-chave: práticas curadorias, curadoria híbrida, Exposições de arte,
Walter Zanini, Harald Szeemann
Resumo: Para esse Congresso trago pare da minha pesquisa de Doutorado
em andamento pela UNESP-IA, em Processos e Procedimentos em Artes,
que tem o título Curadoria Híbrida - curador(a), artista, ambiente. O
presente artigo é sobre 2 curadores do meu estudo em práticas curadorias,
com foco no discurso dos curadores que marcaram a história da curadoria
relacionando-os com minhas exposições que realizei como curadora em
colaboração com os artistas convidados.
Os curadores são Harald Szeemann e Walter Zanini, contemporâneos, um
atuando na Europa e outro no Brasil, como agentes propositores de modo
de exibir arte contemporânea mais adequado ao tempo com inovações
que reverteram até hoje.
Siegbert Zanettini: Igreja Nossa Senhora de Fátima em Goiânia

Autor(es): Flavia Ramos, Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Siegbert Zanettini, Goiânia, arquitetura contemporânea
brasileira, Igreja
Resumo: O presente estudo aborda a aplicação da linguagem estética
contemporânea ao espaço religioso da Igreja Nossa Senhora de Fátima
construída em Goiânia em 1974 com projeto do arquiteto e professor
Siegbert Zanettini (1934). O objetivo dos Padres Agostinianos era congregar
os fiéis em um amplo espaço para os cultos e atividade assistenciais da
paróquia. O arquiteto procurou ajustar o projeto à realidade urbanística da
cidade e, ao mesmo tempo, a proximidade com a avançada arquitetura de
Brasília, utilizando a técnica construtiva do concreto armado.
Os murais de concreto de Maria Bonomi e
Roberto Burle Marx em São Paulo
Autor(es): Juliana Monticelli, Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho”
Palavras-chave: síntese das artes, arte pública, murais de concreto
Resumo: Este artigo pretende estudar os murais de concreto na cidade de
São Paulo, a partir das obras murais dos artistas Maria Bonomi e Roberto
Burle Marx. Estes trabalhos murais apesar de estarem em diferentes
pontos da capital paulista ainda são pouco estudados e discutidos como
arte pública. Com este trabalho pretende-se entender como deu a proposta
de integração arte e arquitetura na cidade de São Paulo e se os murais
de concreto podem ser considerados uma marca do muralismo paulista.
Estudar a arte na cidade é uma forma de expandir os horizontes em relação
as propostas artísticas para além das instituições.
Encarnar, incorporar, estar no limiar como

metodologia para a escrita na crítica das artes
Autor(es): Luisa de Godoy Alves, Universidade Federal de Minas Gerais
Palavras-chave: Crítica das Artes, Metodologia, limiar, Lygia Clark, Escrita
Resumo: Escrita de Crítica das Artes sobre os trabalhos “Caminhando”
(1963) e “Diálogo das mãos” (1966) de Lygia Clark como uma oportunidade
de praticar uma metodologia baseada na noção de limiar como uma maneira
de encarnar ou incorporar a imagem. Para pensar e escrever sobre essas
obras em que o corpo desempenha um papel importante, pretendemos
considerar o corpo escritor como todo um instrumento de pensamento
por meio das respostas ao refazer os trabalhos. A noção de limiar é tecida
por meio dos autores Herman Hertzberger, Walter Benjamin, Louis Aragon
e Jeanne Marie Gagnebin. O pensar do ateliê é instrumentalizado para a
crítica das artes na prática dessa pesquisa.
A arte urbana e a legitimação social de empresas privadas
Autor(es): Carolina Cristina S. C. Rezende, Maria Caponero, Jane Marques,
Universidade de São Paulo
Palavras-chave: arte urbana, murais encomendados, empresas privadas,
legitimação social, economia
Resumo: Com alicerces em atos transgressivos praticados no espaço
público, a arte urbana, derivada do graffiti New York Style, avançou para,
além de se aproximar do mundo da arte, abarcar contextos que envolvem
o interesse de empresas privadas. Estas, como agentes da política cultural,
fazem uso de estratégias culturais ao se aproximarem de manifestações
artísticas, buscando obter uma legitimação social. Pretende-se, pelo
presente estudo, discutir a ligação entre murais realizados por artistas
urbanos, sob encomenda, para empresas privadas; ao mesmo tempo em
que podem provocar uma atmosfera de encantamento podem também
evocar questionamentos quanto às origens e à evolução da arte urbana.
60
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Caderno de Resumos - XII Congresso Internacional de Estética e História Da Arte

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1 Caderno de Resumos | XII Congresso Internacional de Estética e História da Arte | Emergências Transversais: Territórios e Perspectivas para a Arte

{18 a 21 outubro de 2022}

Comitê de Avaliação de Graduação:

Comitê Curatorial de Propostas Artísticas:

Vistoriando Muros: a instituição, a institucionalização e o extrainstitucional

(Trans)passando: desafios extrainstitucionais em ambientes virtuais

Criando Fendas: desterritorializações e reterritorializações epistemológicas

Fora dos Muros: a busca por novos territórios

Cronograma Geral do Evento

Auditório István Jancsó das 17h30 às 18h30

das 17h30 às 18h30

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Trânsito entre museus: o Desfile Dourado dos Faraós (2021)

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