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Arte na Pré-história

Ainda no período pré-histórico, ou seja, antes da invenção da escrita, o ser humano já produzia a
arte pré-histórica. Tudo o que sabemos sobre essas civilizações foi descoberto por pesquisadores através
da análise de objetos e pinturas desses povos. Esse período da humanidade foi bastante longo e,
portanto, dividido em 3 fases: Paleolítico Inferior (500 mil a.C.); Paleolítico Superior (30 mil a.C.) e
Neolítico (10 mil a.C.).
Foi na época do Paleolítico Superior que se descobriu as primeiras expressões artísticas, como a
arte rupestre das cavernas de Lascaux (França) e Altamira (Espanha).

● A Arte no Período Paleolítico

A Arte no Período Paleolítico (Idade da Pedra Lascada) é a arte produzida durante o primeiro
período da pré-história, conhecido (junto ao Neolítico) de “Idade da Pedra”, ou seja, abrange desde o
surgimento da humanidade, por volta de 4,4 milhões de anos, até de 8000 a.C.

Trata-se de um dos maiores períodos da história, sendo dividido em:

● Paleolítico Inferior (2000000 a 40000 a.C.)


● Paleolítico Superior (40000 a 10000 a.C.)

Características da arte no paleolítico


A arte no período paleolítico é considerada a arte mais antiga da humanidade, desenvolvida pelos
povos pré-históricos durante o paleolítico superior.
Essas primeiras manifestações artísticas da humanidade foram localizadas por meio de escavações
arqueológicas, realizadas a partir do século XX sobretudo na Ásia, África e Europa.
Em grande parte, a arte nesse período era produzida nas cavernas, local onde os nômades,
caçadores e coletores, se protegiam das intempéries e dos animais selvagens.
No entanto, além das pinturas, eles também produziram objetos decorados e esculturas de formas
humanas, sobretudo de formas femininas volumosas (supostamente indicando a fertilidade). Os
materiais utilizados eram rochas, ossos ou madeira. Acredita-se que as formas femininas eram utilizadas
em rituais associados à fertilidade e à sexualidade. Outros tipos de figuras abstratas foram encontradas,
por exemplo, riscos e linhas emaranhadas.

A chamada Arte Rupestre era feita utilizando resíduos vegetais, sangue, carvão, argila, terra ou
excrementos humanos, além de ser produzida com impressões nas pedras, seja de figuras (humanas e
animais), relevos ou desenhos abstratos (riscos, símbolos, etc.). Era comum encontrar figuras humanas
caçando os animais (bisontes, cervos, cavalos, etc.).
A arte no paleolítico está intimamente relacionada ao campo espiritual. Naquela época já se
buscava explicações sobrenaturais para a vida na Terra. Segundo pesquisas, o artista era considerado um
“ser superior”, que possuía poderes mágicos e fazia uma mediação entre a realidade e a arte divina.
Embora tenha havido a substituição do homem neandertal pelo homo sapiens no paleolítico superior, os
humanos do paleolítico ainda não conseguiam distinguir muito bem a realidade do sonho, mesclando
assim, a vida e a arte. Em resumo, a arte fazia parte da vida e possuía uma finalidade mágica.
A arte representava um "ritual de iniciação", ou seja, eram representadas cenas de caça nas paredes
das cavernas. Acreditava-se que, de alguma maneira, aquilo se tornaria realidade e, portanto, permitiria a
sobrevivência do grupo.
Da mesma maneira, as esculturas femininas podiam trazer a fertilidade, garantindo assim, a
reprodução humana. A mais conhecida é a "Vênus de Willendorf", encontrada na Áustria.
Em resumo, a arte nesse período possuía um objetivo, finalidade ou propósito de interação do homem e
da natureza. Assim, apresentava características realistas e naturalistas.
No entanto, é importante destacar que essa arte distingui-se do conceito que aceitamos hoje, pois
não tinha um objetivo de contemplação e/ou adorno.
Assim, acredita-se que os povos do paleolítico não estavam preocupados com os valores estéticos
dos objetos artísticos, e sim com a sua capacidade de atuação no mundo sobrenatural.

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