Você está na página 1de 2

Apresentação:

Artista: Edouard Manet

Título: Um Bar no Folies-Bergère (A Bar at the Folies-Bergère)

Localização atual: Courtauld Institute Galleries, Londres

Medidas: 96 cm × 1301 cm

Genero: Pintura

Técnica: Óleo sobre tela

Ano: 1882

Considerada sua última obra prima, a tela pintada por Manet um ano antes de sua morte, está dentro
das temáticas do movimento impressionista que surgira na França no século XIX de cuja vanguarda ele
representa uma das principais referênicas desse estilo, que compunha as cores fragmentadas e rompia
com as regras do modelo tradicional vigente até então na academia. Apesar de que Manet não se
conciderava um pintor impressionista, influenciou vários outros pintores ao movimento. Á partir da obra:
Impressão: nascer do sol de (1872) de Claude Monet deu-se a origem do nome Impressionismo, em um
periodo em que a Europa vivia a chamada Belle epoque.

Um Bar no Folies-Bergère, representa categoricamente o estilo de vida da burguesia parisiense da época,


na busca pelos deleites sociais, das festas e dos lazeres dos clubes e cassinos em meio a um contexto
externo de fortes embates sociais e políticos.

A composição foi elaborada e executada não no estabelecimento do Café-conceto, mas no próprio ateliê
de Manet, porém a jovem Suzon que servira de modelo, realmnte trabalhava no local.

Na tela, em ultimo plano, o ambiente iluminado refletido nos espelhos atras da garçonete deixa entrever
entre as foramas de vulto fragmentadas da platéia, em um ambiente alegre e iluminado totalmente
contrastante com o olhar melancólico da garçonete que aparenta estar alheia daquele mundo.

Os objetos representam o típico ambiente de um bar de luxo da época; a sua frente em primeiro plano
o balcão em mármore sustenta as garrafas de champaign e bebidas de marca conhecidas atravéz dos
detalhes do rótulo, um recipiente com laranjas e um copo com flores, destas também em um arranjo no
decote da garçonete, ha controvérsias a respeito dos reais significados desses elementos. Dentre os
demais detalhes, nos reflexos do espelho aparecem dois pés ao lado dos lustres no canto superior
esquerdo dando a enteder estar ocorrendo uma apresentação de um trapezista, isso após um tempo de
observação revela-se bastante contraditório diante do formato real de um teatro, colocando em questão
a configuração espacial do bar e a platéia. Porém o elemento mais enigmático da obra, também fato
pelo qual foi muito criticada e mal aceita na época, está nos erros de referência das posições dos
personagens. Oreflexo no espelho atras da garçonete não corresponde com sua posição no centro da
tela, e o reflexo do cliente que ela atende só seria logicamente possivel se este bloqueasse a visão do
expectador da obra, ou o cliente estando no lugar deste. Contudo as particularidades
aparentamparentemente foram intencionais de Manet, que ainda geram longas discussões a respeito e
instigam a curiosidade a respeito desta misteriosa obra que dentre as possibilidades está a
representação de dois momentos diferentes no tempo.

A obra faz parte das características do movimento impressionista de desconstrução do espaço pictórico
clássico e a divisão convencional dos planos bem como a ausência de localisação do Ponto de Fuga, mas
ao contrário da paleta pictórica tipicamente variada e o movimento desse estilo, na obra em questão,
Manet usa cores sóbrias e uma predominância de luz e sombra. A personagem principal centralizada e o
modo com que os objetos foram colocados formando uma composição de modelo piramidal e um efeito
estático à obra. Particularmente ao utlilizar o espelho ao fundo, Manet cria o que se pode chamar de
duas pinturas em uma só, uma ela dentro de outra. O estilo de vida burguês retratado na obra é uma
recorrente onde pode ser comparada as de outras obras impressionistas da época, como A Grenouillère
(1869) de Claude Monet, e Baile no Moinho da Galette, 1876 de Pierre-Auguste Renoir.

Por fim, Edouard Manet coloca os questionamentos através dessa obra sobre vários aspectos que
envolvem o espectador observante, os personagens retratados e ele mesmo como pintor. As estruturas
enigmáticas dão várias margens a interpretações que talvez eram uma característica intencional do
pintor que embora negando a natureza estilística, faz parte das varias nuances do próprio movimento
Impressionista.

Você também pode gostar