Você está na página 1de 6

DISCIPLINA: HISTÓRIA DA ARTE: DO IMPRESSIONISMO AO

SURREALISMO
TUTOR (A): Arethusa Almeida de Paula
ATIVIDADE (PORTFÓLIO) – CICLO 2

TEMA: PÓS-IMPRESSIONISMO – VINCENT VAN GOGH

FRANCISCO CÂNDIDO ALBUQUERQUE MENDES – RA 8041652


ARTES VISUAIS LICENCIATURA

SOBRAL – CE
2018

Claretiano - Centro Universitário


PÓS-IMPRESSIONISMO

Por serem raras as reuniões e por não compartilharem de uma mesma


opinião seja estética ou social, os pintores pós-impressionistas são tachados de
“solitários”, sendo o único fator de coesão entre eles o legado deixado por suas obras.
De tal maneira, ocorreu com os impressionistas, os pós-impressionistas foram pouco
aceitos pelos críticos e salões de arte da época. Nunca houve um movimento estético,
artístico ou corrente pós-impressionista, apesar de seus representantes terem
conduzido a estilos contemporâneos de pintura, podemos citar a Arte Geométrica, o
Expressionismo e as formas únicas do Primitivismo.
Os artistas que conseguiram refinar estilos individuais que derivavam
diretamente do neoimpressionismo, se desenvolvendo consideravelmente
principalmente no continente Europeu, pois tratando de um movimento artístico que
mesclou o impressionismo com outras técnicas de estilos artísticos conhecidos.
Um dos maiores teóricos das técnicas e seu ferrenho propagador foi
Georges Seurat, que desenvolveu a técnica de estilo pictórico de pontilhismo colorido
que conta com a percepção do expectador para a formação da imagem, com base
para o Pontilhismo, o Divisionismo, o Neoimpressionismo e é claro o Pós-
impressionismo. A técnica aplicada consiste em espalhar pontos de tinta pela tela, de
cores puras, regulares, distanciados e isolados. Para a obtenção das cores o artista
usava pinceladas contundentes distribuídas em variadas tonalidades para alcançar a
sutil transição de luz sombras e cores que formam o conjunto da obra.
Comtemplando a tela a certa distância acontece a mescla destes pontos, o
espectador preenche as lacunas em seu cérebro, acontecendo então a formação da
imagem como um todo, que se denominou fusão ótica.
Esta técnica foi muito apreciada e desenvolvida pelos Pós-impressionistas
que desenvolveram um conjunto estético individual, refinando o traço pictórico em
suas obras, um dos mais notórios representantes desta arte foi, Vincent Van Gogh,
um aldeão holandês de Brabant, nascido em uma família protestante, parou de
estudar e se dedicou ao seu trabalho em uma galeria de arte que proporcionou um
aumento de renda e o colocou lado a lado com vários mestres da pintura.

Claretiano - Centro Universitário


Estudou na Bélgica, Bruxelas entre outros polos de arte. Este artista
mostrava um apreço pelo social, abordando temas do cotidiano operário. Theo seu
irmão o leva para Paris e patrocinou seu trabalho, foi onde teve contato com os
impressionistas e outras referências em pinturas japonesas, que também o
influenciaram. Apesar das inúmeras telas pintadas que hoje movimentam quantias
descomunais em dinheiro, o artista em vida vendeu apenas um quadro pela quantia
de 400 francos.
Vejamos as características de uma de suas obras, intitulada “A Noite
Estrelada” é uma pintura feita no ano de 1889, o artista pintou a obra quando tinha 37
anos, nesta época Van Gogh estando em um asilo localizado na vila Saint-Rémy-de-
Provence na França, onde o pintor produziu mais de 150 obras, esta tela pode ser
vista no Museu de Arte Moderna da cidade de Nova York.

A Noite Estrelada - Pintura de Vincent Van Gogh. Disponível em: MoMA The Museum of Modern Art Google Arts
& Culture – Acesso em: 05 de abril 2018 às 17:40

Na Obra “A Noite Estrelada”, foi utilizado pelo artista a técnica pictórica de


óleo sobre tela e tem as dimensões de 73,66 x 92,08. O quadro foi criado com
elementos da memória de Van Gogh, a maioria de suas obras o artista pintou usando
a observação de paisagens reais. Enquanto esteve neste asilo, o artista dedicou-se à
pintura das paisagens que viu em Provence, aflorando seu sentimento em suas
pinceladas. Naquele período, o pintor rompeu totalmente com sua estética
impressionista, apresentando um novo estilo bastante característico, em que

Claretiano - Centro Universitário


predominam o uso de fortes tons primários como o amarelo e azul, que tinha
significados próprios para Van Gogh.
O pintor levou três noites para finalizar esta obra onde observa-se a
metamorfose de elementos reais de uma paisagem típica de Provence, com os
elementos abstratos da memória de Van Gogh, vendo uma típica igreja da Holanda.
Uma característica marcante desta obra é o céu turbulento e cheio de curvas e a
tranquilidade do vilarejo abaixo que nos mostra o contraste dentre os elementos. Van
Gogh enfatiza um pensamento sobre esta obra: “A noite é muito mais viva e colorida
do que o dia”.
O quadro é dividido horizontalmente por uma linha e na verticalmente pelo
cipreste que vem em primeiro plano, contrastando densamente com a comuna
francesa apresentada ao longe, com casas pequenas colocadas em segundo plano.
Foi pintado de maneira curvilínea e as pinceladas fundem-se de maneira ritmada,
acima da superfície da imagem do vilarejo. Causando uma sensação de agitação de
espiritualidade e luz, a cidade, o cipreste o e céu fantástico se integram em uma dança
fugaz que captura o olhar e o espírito do espectador.

Comedores de Batata - Pintura de Vincent Van Gogh. Disponível em: MoMA The Museum of Modern Art Google
Arts & Culture – Acesso em: 05 de abril 2018 às 20:10

Esta obra intitulada “Comedores de Batata”, pertence à primeira fase da


pintura quando o artista pintava nos países baixos sob a influência de Milet pintor
realista, a obra foi concluída no ano 1885 com as dimensões de 82 x 114, a técnica
utilizada foi óleo sobre tela, com uma presença de uma paleta de cores escurecida,
destacando tons terrosos com a predominância do preto, marrom e ocre, com foco

Claretiano - Centro Universitário


principal no tema social da vida camponesa, Van Gogh dizia que a vida dos
camponeses devia ser pintada com suas características rudes, sem embelezamento
técnico, característica que criticou e se diferenciou de Milet. Vemos duas
características distintas na obra de Van Gogh no período holandês que podem ser
identificadas. O artista destacava a vida simples e dura do camponês, resumindo em
um jantar cujo prato é apenas batata, uma comida típica campos, a família vinha a
representar os tipos sociais do local onde o artista estava vivendo, mas não só isso,
também representavam as mazelas da sociedade.
O pintor utilizou alguns amigos como modelos, Van Gogh salientou as
características grosseiras das mãos e das faces dos trabalhadores que lidavam com
a terra. Em busca de uma maior intensidade dramática, explorou a potencialidade
expressiva dos tons escuros, que permeiam a obra de maneira icônica, os cinco
personagens sentados à volta de uma mesa tosca feita de madeira. Uma mulher mais
jovem tem uma travessa com batatas quentes em suas mãos, ainda fumegantes, e
serve os pedaços ao demais. A mulher mais velha, à sua frente, está colocando algo
nas canecas, e um velho camponês bebe. Uma fonte de luz proveniente de um
candeeiro irradia uma luz fraca sobre a sena, mostrando a grande pobreza que existe
na sena; ao irradiar uma luz trémula sobre todos os personagens de forma igual,
estabelece uma unidade na aparência destas figuras aparentemente preocupadas.

Claretiano - Centro Universitário


Referências

MoMA The Museum of Modern Art Google Arts & Culture - A Noite Estrelada - Pintura
de Vincent Van Gogh. Acesso em: 05 de abril 2018 às 17:40

MoMA The Museum of Modern Art Google Arts & Culture - Comedores de Batata -
Pintura de Vincent Van Gogh. Acesso em: 05 de abril 2018 às 20:10

Claretiano - Centro Universitário

Você também pode gostar