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NOVAS ORTOGRAFIAS DA LINGUA PORTUGUESA

1
Sumário
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 2
Breve História do Acordo Ortográfico .............................................................. 3
Novo Acordo Ortográfico ................................................................................. 4
Mudanças Ortográficas .................................................................................. 10
Entenda o Caso: ............................................................................................ 10
As Mudanças ................................................................................................. 11
Acentuação ................................................................................................ 11
O Caso do Hífen ............................................................................................ 14
O Caso das Letras k, w, y .............................................................................. 15
O Caso das Letras MAIÚSCULAS ................................................................. 15
Uma curiosa (e infeliz) determinação ............................................................ 16
Apreciação geral ............................................................................................ 16
Para uma Consulta mais Rápida ................................................................... 16
A – SUPRESSÃO DE ACENTOS .............................................................. 17
B – HÍFEN .................................................................................................. 18
2. fica abolido o hífen: ................................................................................ 19
C – LETRAS MAIÚSCULAS ...................................................................... 19
JOE: Jogo Ortográfico Educacional ............................................................... 20
Acordo Ortográfico......................................................................................... 21
O uso da Gamificação como Ferramenta de Ensino ..................................... 22
Trabalhos relacionados ................................................................................. 22
JOE: o Jogo ................................................................................................... 23
Regras Ortográficas Abordadas .................................................................... 24
A arquitetura do JOE ..................................................................................... 24
Projeto de Interface Gráfica ....................................................................... 26
Implementação ........................................................................................... 27
Considerações JOE ....................................................................................... 27
Referências.................................................................................................... 28

1
NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

2
Breve História do Acordo Ortográfico

Os acordos e desacordos do Acordo Ortográfico entre, primeiro, Portugal e o


Brasil, e, posteriormente, entre estes e os outros países de expressão portuguesa que
emergiram depois do 25 de Abril de 1974, como nações independentes, provocou
revezes e atrasos na aprovação do diploma, motivados, quase todos, por pressões
feitas sobre os diferentes governos.

Estas pressões ainda hoje se fazem sentir e têm expressão tanto em artigos
dos jornais como na blogosfera. Em vésperas da entrada em vigor do novo Acordo
Ortográfico, este breve apontamento pretende somente elucidar os leitores sobre
como foi trilhado o caminho que conduziu à realidade actual.

Manuel Tavares & Maria Manuel C. Ricardo

Em 1671, João Franco Barreto, publicava a Ortografia da Língua


Portugueza, onde numa primeira parte de debruça sobre: Que cousa he Ortografia,
[e] de que consta; Que[m] foy o inventor das letras; Se a lingua Portugueza foy
uma das setenta [e] duas; Se e[m] Portugal foy vulgar a Lingua Latina; Das
partes da vulgar lingua.

3
Novo Acordo Ortográfico

No Brasil, a implantação do novo acordo começou em 2008. O prazo final para


a adesão é 31 de dezembro de 2015, conforme o Decreto 7875/2012.

Este também é o prazo em Portugal, mas nem todos os países unificarão ao


mesmo tempo. Cabo Verde, por exemplo, só estará totalmente adaptado ao novo
acordo em 2019.

Até lá, concursos públicos, provas escolares e publicações oficiais do governo


estarão adaptadas às regras. A implantação nos livros didáticos brasileiros começou
em 2009.
O objetivo do acordo é unificar a ortografia oficial e reduzir o peso
cultural e político gerado pelas duas formas de escrita oficial do mesmo idioma. A ideia
é aumentar o prestígio internacional e a difusão do Português.

4
Para muitos estudantes e, até mesmo, profissionais já formados, certas
mudanças causam confusão e, até mesmo, estranheza. Portanto, para que você não
erre na hora de fazer seus trabalhos escolares ou não cometa alguma gafe ao corrigir
seus amigos, separamos as alterações mais significativas.

Alfabeto
Passou a ter 26 letras com a adição das consoantes K, W e Y. Embora muitos já
as usassem, somente com o acordo elas foram oficializadas. Veja:

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
Acentuação
Grande parte das alterações está centrada nesta área. Vejamos alguns casos.

Trema

Continua apenas em palavras estrangeiras. Bastante comum em sobrenomes e


nomes próprios estrangeiros.

Tranqüilidade = tranqüilidade/ Müller = Müller

Acento diferencial
Em palavras homógrafas, ou seja, aquelas que possuem a mesma grafia, apesar
de significarem coisas diferentes.

Agora, perde-se o acento.


Pára (verbo) = para/ Para (preposição) = para

Acento circunflexo (eem; oo)


Palavras que apresentam estes casos não são mais acentuadas.
Lêem = lêem/ Crêem = crêem/ Perdôo = perdôo/ Enjoo = enjoo
Atenção! Continua o acento diferencial de singular e plural em verbos como vir e
ter. Veja:

Ela tem / Elas têm/ Ele vem / Eles vêm


Ditongos abertos em palavras paroxítonas (ei; oi) Não
são mais acentuados.

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Geléia = geléia/ Alacatéia = alcatéia/ Jibóia = jibóia/ Heróico = heroico

Acentuação de i e u depois de ditongo nas paroxítonas.


Também perderam o acento.
Feiúra = feiúra/ Sauípe = Sauipe

Hífen
Este é, provavelmente, o item da reforma que mais gera dúvidas, pois muitas
palavras que não recebiam o sinal agora precisam apresentá-lo, enquanto outras não
o possuem mais. Confira.

O hífen é utilizado:
• quando o segundo elemento da palavra começa com h.
Super-homem/ Anti-herói

• para separar vogais ou consoantes iguais.


Contra-atacar/ Micro-ondas/ Inter-racial/ Sub-base

Observe:
• Em palavras cujo prefixo termina em vogal e o próximo termo começa com
r ou s, tais consoantes são duplicadas.

Ultra-som = ultrassom/ Neo-Realismo = Neorrealismo

• Quando as consoantes do segundo termo são diferentes de r e s, também


não se usa o hífen:

Microcomputador/ Seminovo

• Palavras com prefixo re e segundo elemento iniciado por e não recebem


hífen.

Reeditar/ Reeleição
• Em palavras com prefixo co, não se usa mais o hífen. Se o segundo
elemento começar com h, a consoante é excluída.

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Co-habitante = coabitante
Co-autor = coautor

Os prefixos pré, pós e pró ainda exigem hífen.


Pré-escolar /Pós-graduação/ Pró-reitor
• Prefixos pam e circum recebem hífen quando seguidos por palavras que
começam com vogal ou pelas consoantes h, m e n.

Pan-americano/ Pan-hispânico/ Circum-navegação/ Circum-murado

Segue outros exemplos.

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“Um ladrão rouba um tesouro, mas não furta a inteligência. Uma crise
destrói uma herança, mas não uma profissão. Não importa se você não tem
dinheiro, você é uma pessoa rica, pois possui o maior de todos os capitais: a
sua inteligência. Invista nela. Estude!”

Augusto Cury

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Mudanças Ortográficas
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE A mídia costuma apresentar o Acordo como uma
unificação da língua. Há, nessa maneira de abordar o assunto, um grave equívoco.
O Acordo não mexe na língua (nem poderia, já que a língua não é passível de ser
alterada por leis, decretos e acordos) – ele apenas unifica a ortografia. Algumas
pessoas – por absoluta incompreensão do sentido do Acordo e talvez induzidas por
textos imprecisos da imprensa – chegaram a afirmar que a abolição do trema (prevista
pelo Acordo) implicaria a mudança da pronúncia das palavras (não diríamos mais o u
de lingüiça, por exemplo). Isso não passa de um grosseiro equívoco: o Acordo só
altera a forma de grafar algumas palavras. A língua continua a mesma.

Entenda o Caso:
A língua portuguesa tem dois sistemas ortográficos: o português (adotado
também pelos países africanos e pelo Timor) e o brasileiro. Essa duplicidade decorre
do fracasso do Acordo unificador assinado em 1945: Portugal adotou, mas o Brasil
voltou ao Acordo de 1943.

As diferenças não são substanciais e não impedem a compreensão dos textos


escritos numa ou noutra ortografia. No entanto, considera-se que a dupla ortografia
dificulta a difusão internacional da língua (por exemplo, os testes de proficiência têm
de ser duplicados), além de aumentar os custos editoriais, na medida em que o mesmo
livro, para circular em todos os territórios da lusofonia, precisa normalmente ter duas
impressões diferentes. O Dicionário Houaiss, por exemplo, foi editado em duas
versões ortográficas para poder circular também em Portugal e nos outros países
lusófonos. Podemos facilmente imaginar quanto custou essa ―brincadeira‖.

Essa situação estapafúrdia motivou um novo esforço de unificação que se


consolidou no Acordo Ortográfico assinado em Lisboa em 1990 por todos os países
lusófonos. Na ocasião, estipulou-se a data de 1o de janeiro de 1994 para a entrada
em vigor da ortografia unificada, depois de o Acordo ser ratificado pelos parlamentos
de todos os países. Contudo, por várias razões, o processo de ratificação não se deu
conforme o esperado (só o Brasil e Cabo Verde o realizaram) e o Acordo não pôde

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entrar em vigor. Diante dessa situação, os países lusófonos, numa reunião conjunta
em 2004, concordaram que bastaria a manifestação ratificadora de três dos oito países
para que o Acordo passasse a vigorar. Em novembro de 2006, São Tomé e Príncipe
ratificou o Acordo. Desse modo, ele, em princípio, está vigorando e deveríamos
colocá-lo em uso. No entanto, estamos ainda em compasso de espera. Há um certo
temor de que sem um consenso efetivo o

Acordo acabe se frustrando. O secretário-executivo da CPLP – Comunidade dos


Países de Língua Portuguesa esteve no Brasil em março passado buscando apoio
para obter, sem mais delongas, a ratificação do Acordo pelos demais cinco países.
Talvez por isso o governo brasileiro não tenha ainda tomado qualquer medida para
implementar as mudanças ortográficas, embora o Brasil tenha sido desde o início o
maior defensor da unificação.

As Mudanças
As mudanças, para nós brasileiros, são poucas. Alcançam a acentuação de
algumas palavras e operam algumas simplificações nas regras de uso do hífen.

Acentuação
A) FICA ABOLIDO O TREMA:

palavras como lingüiça, cinqüenta, seqüestro passam a ser grafadas linguiça,


cinquenta, sequestro;

B) DESAPARECE O ACENTO CIRCUNFLEXO DO PRIMEIRO ‗O‘ EM


PALAVRAS TERMINADAS EM ‗OO‘:

palavras como vôo, enjôo, abençôo passam a ser grafadas voo, enjoo,
abençoo;

C) DESAPARECE O ACENTO CIRCUNFLEXO DAS FORMAS VERBAIS DA


TERCEIRA PESSOA DO PLURAL TERMINADAS EM –EEM:

palavras como lêem, dêem, crêem, vêem passam a ser grafadas leem, deem,
creem, veem;

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D) DEIXAM DE SER ACENTUADOS OS DITONGOS ABERTOS ÉI E ÓI
DAS PALAVRAS PAROXÍTONAS:

palavras como idéia, assembléia, heróico, paranóico passam a ser grafadas


ideia, assembleia, heroico, paranoico;

E) FICA ABOLIDO, NAS PALAVRAS PAROXÍTONAS, O ACENTO AGUDO


NO I E NO U TÔNICOS QUANDO PRECEDIDOS DE DITONGO :

palavras como feiúra, baiúca passam a ser grafadas feiura, baiuca;

F) FICA ABOLIDO, NAS FORMAS VERBAIS RIZOTÔNICAS (QUE TÊM O


ACENTO TÔNICO NA RAIZ), O ACENTO AGUDO DO U TÔNICO PRECEDIDO DE G
OU Q E SEGUIDO DE E OU I.

Essa regra alcança algumas poucas formas de verbos como averiguar,


apaziguar, arg(ü/u)ir: averigúe, apazigúe e argúem passam a ser grafadas averigue,
apazigue, arguem;

G) DEIXA DE EXISTIR O ACENTO AGUDO OU CIRCUNFLEXO USADO


PARA DISTINGUIR PALAVRAS PAROXÍTONAS QUE, TENDO RESPECTIVAMENTE
VOGAL TÔNICA ABERTA OU FECHADA, SÃO HOMÓGRAFAS DE PALAVRAS
ÁTONAS. ASSIM, DEIXAM DE SE DISTINGUIR PELO ACENTO GRÁFICO:

— para (á), flexão do verbo parar, e para, preposição;

— pela(s) (é), substantivo e flexão do verbo pelar, e pela(s), combinação da


preposição per e o artigo a(s);

— polo(s) (ó), substantivo, e polo(s), combinação antiga e popular de por e


lo(s);

— pelo (é), flexão de pelar, pelo(s) (ê), substantivo, e pelo(s) combinação da


preposição per e o artigo o(s);

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— pera (ê), substantivo (fruta), pera (é), substantivo arcaico (pedra) e pera
preposição arcaica.
OBSERVAÇÃO 1

A reforma de 1971 aboliu os acentos circunflexos diferenciais. Manteve apenas para


a forma verbal ‗pôde‘. O texto do Acordo mantém esta exceção e acrescenta,
facultativamente, o uso do acento na palavra fôrma.

OBSERVAÇÃO 2
O Acordo manteve a duplicidade de acentuação (acento circunflexo ou acento
agudo) em palavras como econômico/económico, acadêmico/ académico,
fêmur/fémur, bebê/bebé. Entendeu-se que, como esta acentuação reflete o timbre
fechado (mais freqüente no Brasil) e o timbre aberto (mais freqüente em Portugal e
nos demais países lusófonos) das pronúncias cultas das vogais nestes contextos, ela
não deveria ser alterada. Em princípio nada muda para nós brasileiros. A novidade é
que as duas formas passam a ser aceitas em todo o território da lusofonia e devem
ambas constar dos dicionários. Assim, se um brasileiro, que hoje é obrigado a usar o
acento circunflexo, grafar com o agudo não estará cometendo erro gráfico.

Do nosso atual Formulário Ortográfico, o Acordo aboliu as seguintes regras de


acentuação gráfica: 5ª, 6ª, 10ª, 12ª, a quase totalidade da 15ª, a observação 3ª da
regra 7ª e parte da observação 1ª da antiga regra 14ª (esta regra foi abolida pela
reforma de 1971. O Acordo abole a acentuação das paroxítonas prevista na
observação 1ª).

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O Caso do Hífen
O hífen é, tradicionalmente, um sinal gráfico mal sistematizado na ortografia da
língua portuguesa. O texto do Acordo tentou organizar as regras, de modo a tornar
seu uso mais racional e simples:

a) manteve sem alteração as disposições anteriores sobre o uso do hífen


nas palavras e expressões compostas. Determinou apenas que se grafe
de forma aglutinada certos compostos nos quais se perdeu a noção de
composição (mandachuva e paraquedas, por exemplo).

Para saber quais perderão o hífen, teremos de esperar a publicação do novo


Vocabulário Ortográfico pela Academia das Ciências de Lisboa e pela Academia
Brasileira de Letras. É que o texto do Acordo prevê a aglutinação, dá alguns exemplos
e termina o enunciado com um etc. – o que, infelizmente, deixa em aberto a questão;

b) no caso de palavras formadas por prefixação, houve as seguintes


alterações: ● só se emprega o hífen quando o segundo elemento começa
por h Ex.: pré-história, super-homem, pan-helenismo, semihospitalar

EXCEÇÃO: manteve-se a regra atual que descarta o hífen nas palavras


formadas com os prefixos des- e in- e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial
(desumano, inábil, inumano).

● e quando o prefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo


elemento Ex.: contra-almirante, supra-auricular, auto-observação, micro-onda,
infraaxilar.

EXCEÇÃO: manteve-se a regra atual em relação ao prefixo co-, que em geral


se aglutina com o segundo elemento mesmo quando iniciado por o (coordenação,
cooperação, coobrigação)

Com isso, ficou abolido o uso do hífen:

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● quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas
consoantes ser duplicadas Ex.: antirreligioso, antissemita, contrarregra, infrassom.
EXCEÇÃO: manteve-se o hífen quando os prefixos terminam com r, ou seja,
hiper-, inter- e super

Ex.: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.

● quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com


uma vogal diferente Ex.: extraescolar, aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem,
antiaéreo, agroindustrial, hidroelétrica.

OBSERVAÇÃO

Permanecem inalteradas as demais regras do uso do hífen.


.

O Caso das Letras k, w, y


Embora continuem de uso restrito, elas ficam agora incluídas no nosso alfabeto,
que passa, então, a ter 26 letras. Importante deixar claro que essa medida nada altera
do que está estabelecido. Apenas fixa a seqüência dessas letras para efeitos da
listagem alfabética de qualquer natureza. Adotou-se a convenção internacional: o k
vem depois do j, o w depois do v e o y depois do x.

O Caso das Letras MAIÚSCULAS


Se compararmos o disposto no Acordo com o que está definido no atual
Formulário Ortográfico brasileiro, vamos ver que houve uma simplificação no uso
obrigatório das letras maiúsculas. Elas ficaram restritas a nomes próprios de pessoas
(João, Maria, Dom Quixote), lugares (Curitiba, Rio de Janeiro), instituições (Instituto
Nacional da Seguridade Social, Ministério da Educação) e seres mitológicos (Netuno,
Zeus), a nomes de festas (Natal, Páscoa, Ramadão), na designação dos pontos
cardeais quando se referem a grandes regiões (Nordeste, Oriente), nas siglas (FAO,
ONU), nas iniciais de abreviaturas (Sr., Gen. V. Exª) e nos títulos de periódicos (Folha
de S.Paulo, Gazeta do Povo).

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Ficou facultativo usar a letra maiúscula nos nomes que designam os domínios
do saber (matemática ou Matemática), nos títulos (Cardeal/cardeal Seabra, Doutor/
doutor Fernandes, Santa/santa Bárbara) e nas categorizações de logradouros
públicos (Rua/rua da Liberdade), de templos (Igreja/igreja do Bonfim) e edifícios
(Edifício/edifício Cruzeiro).

Uma curiosa (e infeliz) determinação

Alegando que o sujeito de uma sentença não pode ser preposicionado, há uma
certa tradição gramatical que proíbe, na escrita, a contração da preposição com o
artigo ou com o pronome em sentenças como: Não é fácil de explicar o fato de os
professores ganharem tão pouco. É tempo de ele sair. Nem todos os gramáticos
subscrevem tal proibição. Evanildo Bechara, por exemplo, argumenta, em sua
Moderna gramática portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2000, p. 536-7), que
ambas as construções são corretas e cita o uso da contração em vários escritores
clássicos da língua. No entanto, há uma cláusula do Acordo Ortográfico que adota
aquela proibição. Assim, cometeremos, a partir da vigência do Acordo, erro gráfico se
fizermos a contração. Parece que alguns filólogos não conseguem mesmo viver sem
cultivar alguma picuinha...

Apreciação geral

O Acordo é, em geral, positivo. Em primeiro lugar, porque unifica a ortografia do


português, mesmo mantendo algumas duplicidades. Por outro lado, simplifica as
regras de acentuação, limpando o Formulário Ortográfico de regras irrelevantes e que
alcançam um número muito pequeno de palavras. A simplificação das regras do hífen
é também positiva: torna um pouco mais racional o uso deste sinal gráfico.

Para uma Consulta mais Rápida

O governo brasileiro ainda não definiu o cronograma de implantação da nova


ortografia decorrente do Acordo Ortográfico assinado pelos países de língua oficial

16
portuguesa em 1990 (ver nosso artigo ―Mudanças ortográficas no horizonte‖ neste
mesmo site). Deve, no entanto, fazê-lo em breve.
O FNDE já estabeleceu (talvez prematuramente) que os livros didáticos que
serão distribuídos às escolas em 2010 pelo PNLD (Programa Nacional do Livro
Didático) deverão estar já na nova ortografia.

Nos demais casos (concursos, vestibulares e edições em geral), vai haver,


necessariamente, um período de transição durante o qual as duas ortografias serão
aceitas. Até que este prazo vença, teremos tempo para nos adaptar às mudanças (que
são poucas). Elas podem ser assim resumidas:

A – SUPRESSÃO DE ACENTOS
1. não use mais o trema: linguiça, tranquilo, cinquenta, sequestro;

2. não use mais o acento agudo para marcar os ditongos abertos oi e


ei em palavras paroxítonas: paranoia, paranoico, boia, jiboia, assembleia, ideia,
plateia;

3. não acentue mais as duplas oo e ee: voo, enjoo, abençoo, leem,


creem, deem;

4. não acentue mais as seguintes palavras:

- para (verbo parar);

- pera (fruta);

- polo (substantivo: polo Norte, polo industrial);

- polo (substantivo – um tipo de falcão);

- pelo (substantivo – o pelo do gato);

- pelo e pela (verbo pelar);

- pela (substantivo – um tipo de bola e de jogo);

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- pero (substantivo – uma variedade de maçã);

5. não acentue mais o u e o i tônicos em palavras paroxítonas quando


precedidos de ditongo: baiuca, feiura;

6. não acentue mais o u tônico de verbos como averiguar, apaziguar, arguir:


averigue, apazigue, arguem;
7. a palavra forma (ô) pode ser grafada com ou sem o acento circunflexo
(forma ou fôrma).

B – HÍFEN
1. no caso de palavras formadas por prefixação, só se usa o hífen nos seguintes
casos:

● o segundo elemento começa com h: super-homem, semi-hospitalar,


subhumano;

EXCEÇÃO: manteve-se a regra atual que descarta o hífen nas palavras


formadas pelos prefixos des- e in- e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial
(desumano, inábil, inumano).

● o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com a mesma

vogal: contra-almirante, supra-auricular, auto-observação, micro-onda, infra-axilar;

EXCEÇÃO: manteve-se a regra atual que descarta o hífen com o prefixo co

(mesmo quando o segundo elemento começa com o): cooperação, coobrigação,


coordenação, coadministração, coparticipação, coprodutor.

● o prefixo é pré-, pós-, pró-: pré-primário, pré-fabricado, pós-graduação,


pósmoderno, pró-europeu, pró-reitor;

● o prefixo é circum- ou pan- e o segundo elemento começa com vogal, h,


m ou n: circum-adjacente, circum-mediterrâneo, circum-navegação, pan-americano,
pan-helenismo, pan-mítico.

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2. fica abolido o hífen:
● quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas
consoantes ser duplicadas:

antirreligioso, contrarregra, antirrugas, infrassom, antissemita,


microssistema, minissaia, contrassenso;
EXCEÇÃO: manteve-se, neste caso, o hífen quando os prefixos terminam com
r – hiper-, super-, inter-: hiper-requintado, hiper-rancoroso, inter-racial, interregional,
super-realista

● quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com


uma vogal diferente: antiaéreo, agroindustrial, hidroelétrica, aeroespacial,
autoestrada, autoaprendizagem, extraescolar.

OBSERVAÇÃO

O Acordo estipula que não se usa mais o hífen em palavras compostas em que
se perdeu o senso de composição e cita paralamas e mandachuva. O texto do Acordo,
porém, não arrola todos os casos em que isso vai ocorrer, o que constitui um problema
para a implantação da nova ortografia.

Conseqüência: para resolver esta dúvida, temos de aguardar a publicação do


Vocabulário Ortográfico Comum que deverá ser organizado, sob supervisão do
Instituto Internacional da Língua Portuguesa (da CPLP- Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa), por uma comissão com representantes da Academia das
Ciências de Lisboa, da Academia Brasileira de Letras e de entidades congêneres dos
outros países.

Enquanto aguardamos o Vocabulário Ortográfico, passe a grafar paralamas e


mandachuva.

C – LETRAS MAIÚSCULAS

Se compararmos o disposto no Acordo com o que está definido no atual


Formulário Ortográfico brasileiro, vamos ver que houve uma simplificação no uso
obrigatório das letras maiúsculas. Elas ficaram restritas:

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● a nomes próprios de pessoas ( João, Maria), lugares (Curitiba, Rio
de Janeiro), instituições (Instituto Nacional da Seguridade Social, Ministério da

Educação) e seres mitológicos (Netuno, Zeus);

● a nomes de festas (Natal, Páscoa, Ramadão);


● à designação dos pontos cardeais quando se referem a grandes
regiões
(Nordeste, Oriente);

● às siglas (FAO, ONU);

● às iniciais de abreviaturas (Sr. Cardoso, Gen. Mello, V. Ex.ª)

● e aos títulos de periódicos (Folha de S.Paulo, Gazeta do Povo).


Ficou facultativo usar a letra maiúscula nos nomes que designam os domínios
do saber (matemática ou Matemática), nos títulos (Cardeal/cardeal Seabra,
Doutor/doutor Fernandes, Santa/santa Bárbara) e nas categorizações de
logradouros públicos

(Rua/rua da Liberdade), de templos (Igreja/igreja do Bonfim) e edifícios


(Edifício/edifício Cruzeiro).

JOE: Jogo Ortográfico Educacional

O Novo Acordo Ortográfico tem como objetivo facilitar o intercâmbio, tanto


cultural como político, entre todos os países que fazem parte da Comunidade de
Países de Língua Portuguesa (CPLP). Apesar da estimativa de que as mudanças no
vocabulário da língua portuguesa não ultrapassem a 2% no número de palavras
alteradas, alunos e professores ainda passam por dificuldades em se adaptar às novas
regras (CLCP 2014).

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A vigência obrigatória da nova ortografia no Brasil estava prevista para iniciar
dia 31 de dezembro de 2012, mas foi adiada para janeiro de 2016 para se alinhar ao
cronograma de outros países. O ministério da educação tem incentivado que os
materiais escolares já estejam dentro das normas, mas ainda ocorrem dificuldades em
assimilar as alterações nas regras e palavras, sendo cada vez mais necessárias novas
formas de ensinar (Tarini 2011).

Os jogos educacionais estão se tornando uma opção de complemento ao


ensino, sendo uma ferramenta motivadora para o aprendizado na sociedade atual. A
utilização de jogos didáticos tem se mostrado eficiente no estudo e fixação do
conteúdo ensinado. É uma forma de exercitar as atividades de uma maneira divertida
e estimulante, além de aumentar a criatividade e atenção dos alunos (Antunes e
Sabóia-Moraes 2010).

Com base nesses dados, desenvolvemos o Jogo Ortográfico Educacional


(JOE), que busca estimular a adaptação das pessoas às novas normas ortográficas
de uma forma mais interessante.

Nesse jogo, o usuário pode tanto testar seus conhecimentos, de forma


avaliativa, quanto treinar, recebendo dicas sobre as regras ortográficas em um formato
dinâmico e atrativo. Este trabalho é dividido em mais três seções além desta
introdução. Na seção 2, são apresentados os jogos de ortografia da língua portuguesa.
Na seção 3, é apresentado o JOE. Finalmente, a seção 4 conclui o trabalho.

Jogos de Ortografia da Língua Portuguesa Esta seção apresenta uma visão


geral do acordo ortográfico, o uso da gamificação como ferramenta de ensino e os
principais trabalhos relacionados.

Acordo Ortográfico

21
O período de transição para o uso das novas regras seria até o ano de 2013
para a maioria dos países da CLPL adeptos ao acordo. Todavia, no Brasil, o prazo
fora estendido para o ano de 2016. A partir dessa data, o uso das novas normas
ortográficas se tornará obrigatório. Cabe salientar que o novo acordo ortográfico
propõe-se a unificar exclusivamente a grafia (escrita) em língua portuguesa nos países
da lusofonia, sendo mantidos, portanto, a pronúncia e o vocabulário próprios de cada
país ou região.

O uso da Gamificação como Ferramenta de Ensino

Gamificação é um termo que possui como origem a palavra em inglês


Gamification, também sendo chamado de gamificação ou ludificação. Trata-se do
processo de usar características e princípios de jogos para facilitar o aprendizado e a
resolução de problemas, por meio do qual, de forma lúdica, se tem a motivação de
continuar a vencer os desafios do dia a dia.

Algo recorrente nas salas de aulas é a falta interesse dos alunos no que se está
sendo ensinado pelos professores. A didática adotada pelas escolas tradicionais não
é atraente na sociedade atual, gerando a falta de atenção dos alunos. Esses evitam
estudar algo desgastante, cansativo ou complexo, pois não lhes aparenta valer a pena
aprender sob esses atributos negativos, adiando ao máximo estudar tais lições
(Oliveira e Alves 2005).

Trabalhos relacionados
Existe um conjunto de jogos clássicos que envolve a ortografia: Forca, Caça
Palavras, Palavras Cruzadas e Soletrando são alguns exemplos. Esses jogos têm um
aspecto lúdico e de recompensa, que estimula os alunos a estudarem mais.
Entretanto, na sua essência, não têm por finalidade ensinar e nem explicar as regras
gramaticais envolvidas. Já na linha de jogos computacionais educacionais, pode-se
citar três: ―Alfagame‖, ―SoletrandoMob‖ e ―OrtograFixe‖.

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O jogo ―Alfagame‖ (Netto e Santos 2012) é direcionado para crianças na faixa
etária de 5 a 10 anos que estão em processo de alfabetização. O jogo objetiva que o
jogador fixe os conteúdos previamente aprendidos da matemática e língua portuguesa
de modo lúdico. Os conteúdos são abordados por meio de desafios, explorando-se a
fixação do aluno no reconhecimento de consoantes, vogais e associação de palavras,
bem como resoluções de operações da matemática de adição e subtração.
O Soletrandomob é um jogo no qual é apresentado o som de uma palavra e
jogador deve soletrá-la corretamente, podendo solicitar dicas, como o uso da palavra
em uma frase. Tal dica é uma tentativa de ajudar o jogador, inserindo a palavra em um
contexto de interpretação. Ao final, é apresentada a quantidade de acertos realizados
durante a execução do jogo. Também são apresentadas mensagens com a palavra
correta, nos casos em que o jogador erra (Filho 2010). O Soletrandomob possui o
mesmo princípio do JOE, que é ensinar ortografia a partir de uma metodologia que
trabalhe os elementos lúdicos encontrados em jogos, mas faz isso trabalhando a ideia
de memorização das palavras. Sua opção de dica somente dita uma frase que
contenha a palavra atual. No JOE, a didática vai além da memorização, pois, durante
o treino, a cada erro ou acerto, são ensinadas ao jogador dicas relacionadas às regras
ortográficas daquela palavra e não, somente, a escrita correta.

Finalmente, o jogo ―OrtograFixe‖ (Marques e Silva 2012) também é bem


correlato, uma vez que aborda a questão da nova reforma ortográfica utilizando tablets
para Android. O jogo apresenta palavras que vão se movendo de cima para baixo em
velocidades diferentes. O usuário deve pressionar a palavra que estiver grafada de
modo correto. O jogo trata regras de hifens baseadas em prefixação e recomposição.
Toda vez que o usuário erra, aparece uma mensagem de erro, indicando a regra
errada. No entanto, não existe modo de treinamento e desafio, deixando o lado lúdico
do jogo menos interessante com muitas interrupções. A proposta do JOE é incorporar
um espectro maior de regras do novo acordo e separar a etapa de treinamento da
parte do jogo propriamente dito. Além disto, no JOE, o usuário ouve a palavra e deve
grafá-la de modo correto, o que torna diferente a perspectiva do jogo.

JOE: o Jogo

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O JOE foi desenvolvido para possibilitar o aprendizado de conceitos importantes
do novo acordo ortográfico por meio de um ambiente que busque estimular o aluno a
continuar dedicado em seus estudos. É uma ferramenta de prática e treino que exercita
as regras ortográficas necessárias para uma escrita adequada à norma padrão da
língua portuguesa, verificando, a partir de uma avaliação, onde estão ocorrendo os
erros, reforçando, assim, o aprendizado.

Regras Ortográficas Abordadas

O jogo JOE teve como enfoque apoiar as mudanças promovidas pelo novo
Acordo Ortográfico, com foco principal nas regras de acentuação e hífen, consideradas
aquelas que despertam as principais dúvidas nas pessoas em geral. Além das regras
gerais de acentuação e paroxítonas homógrafas, foram abordados os seguintes
empregos do hífen: em palavras justapostas, em topônimos compostos, em palavras
compostas; em palavras formadas por prefixação, recomposição ou sufixação.

A arquitetura do JOE

É baseada em MVC (do inglês, Model, View e Controller). O MVC permite dividir
as funcionalidades do jogo em três camadas: Model, View e Controller. O Diagrama
de Classes (Figura 1) foi definido na linguagem de modelagem unificada (UML). O
modelo foi desenvolvido de modo incremental e consolidado após a fixação do escopo,
das regras e da elaboração do formulário de avaliação experimental, visando garantir
que a implementação do jogo seguisse o que fora planejado.

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A camada Model é composta por seis classes destacadas em amarelo. A classe
Norma é formada por uma composição de regras e representa as normas utilizadas
no jogo, ―Acentuação‖ e ―Hífen‖. A classe Regra contém a palavra chave para
identificar a regra de ortografia utilizada, uma descrição e a dificuldade que é usada
na pontuação do jogador. A regra é composta por um conjunto de dicas contidas na
classe DicaRegra. A classe DicaRegra contém um texto que é apresentado no modo
Treinar durante cada palavra avançada, para ajudar no aprendizado das regras
relacionadas. A classe Palavra é onde estão todas as palavras do jogo, o caminho de
seus respectivos áudios, seu uso (comum ou incomum), a quantidade de erros e de
visualização. Possui um identificador da regra e do modo de jogo relacionados. A
classe ModoJogo apresenta os dois modos possíveis de utilização do jogo: modo
Jogar e modo Treinar, importantes para definir o formato da partida. A classe Historico
armazena a pontuação e o total de acertos no modo jogar e o tempo dedicado no
modo treinar.

A camada View possui as telas do jogo que foram montadas em arquivos XML
e carregadas em classes que estendem da classe Activity, recebem ou enviam as
interações nos componentes usados, alterando valores em suas propriedades, como
os sons das palavras, as mensagens e efeitos. É formada pelas classes destacadas
em azul no diagrama de classes. Cada Activity possui seu respectivo arquivo XML.

A camada Controller é representada pela classe Controller. Essa é a


responsável por intermediar as requisições de dados para montar a View, retornando
o necessário da camada Model ou enviando para ela as alterações nas tabelas. Além
disso, ela também possui os métodos que realizam as mudanças de telas, recebendo
da tela inicial o modo de jogo e abrindo a tela de partida, onde realiza os seus

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tratamentos e registra os dados do resultado no Controller para ser mostrado no final
da partida ao jogador.

Projeto de Interface Gráfica


O jogo foi concebido para a plataforma de dispositivos móveis Android. Antes
da implementação das telas do jogo, para que todos os envolvidos estivessem de

Figura 1-Diagrama de Classes Conceitual


acordo no quesito interface, principalmente no que se refere à usabilidade, foi
apresentado um protótipo de telas (Figura 2) usando a ferramenta Mockups (Balsamiq
2014). O jogo possui três telas principais que interagem com o jogador. A inicial
contém as opções de modo de jogo, além de um histórico do conjunto de acertos, a
pontuação e o tempo dedicado de todas as partidas realizadas.

Ao selecionar o modo, a tela com as perguntas é gerada. Foram colocadas no


protótipo duas observações referentes a essa tela. Existe uma contagem regressiva
caso esteja sendo executada uma avaliação. No modo treino, ao selecionar o botão

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de ‗verificar palavra‘, uma mensagem de dica relacionada à regra ortográfica daquela
palavra é exibida para que o jogador aprenda a cada passo.

Quando o contador chegar a zero ou o conjunto de palavras da partida acabar,


uma tela de resultado é exibida, revelando dados que foram registrados durante a
execução, sendo eles a quantidade de acertos e o número de erros no hífen e na
acentuação. Esses dados são importantes para o jogador identificar seu desempenho.

Implementação

O jogo foi construído usando a ferramenta Android Studio, desenvolvida pela


Google. O Android Studio difere das outras ferramentas mais populares, como o
Eclipse, usando o plugin do Android Developers Tools (ADT), por ter uma estrutura
própria para o desenvolvimento para Android e utilizar nativamente o Gradle para
automatizar funções que fazem parte do processo de implementação.

Para atingir uma grande quantidade de aparelhos, o jogo foi desenvolvido


usando a API 8 (Android 2.2 Froyo). Ele está disponível gratuitamente no PlayStore
da Google. As informações do jogo como as palavras e as mensagens foram
armazenadas múltiplas tabelas em um único arquivo no disco no aparelho por meio
da biblioteca SQLite.

Considerações JOE

O JOE é uma ferramenta educacional baseada em gamificação voltada ao


aprendizado no novo acordo ortográfico. A ferramenta é gratuita e está disponível no
Play Store do Google. Na próxima etapa serão conduzidos experimentos com alunos
tanto de ensino médio-técnico quanto de graduação. A partir dos experimentos,
espera-se observar se a nossa abordagem, baseada no ensino por meio de jogos,
para ortografia consegue trazer alguns resultados importantes e nos direcionar para
próximos desenvolvimentos para a língua portuguesa.

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Referências

Antunes, A., Sabóia-Moraes, S., (2010), "O jogo educação e saúde: Uma proposta
de mediação pedagógica no ensino de ciências", Experiências no Ensino de Ciências,
Porto Alegre, v. 5, n. 2, p. 55–70.

CLCP, (2014), Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa,


http://www.cplp.org/id176.aspx.

DECRETO Nº 7.875, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2012, Altera o Decreto nº 6.583,


de 29 de setembro de 2008, que promulga o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Disponível em https://www.normaculta.com.br/novo-acordo-
ortografico/,acessado em 09 de Fevereiro de 2020,às 10h20 minutos;

Filho, A. F. G. de M., (2010), "SoletrandoMob: Um Jogo Educacional Voltado para


o Ensino da Ortografia na Língua Portuguesa em Plataformas Móveis". In: V
CONNEPI-2010

JOE: Jogo Ortográfico Educacional Luan Paschoal, Tiago Bento, Tauan


Velasco, Carlos Otávio Schocair, Rafael Castaneda, Talita Oliveira, Eduardo
Ogasawara 1 EIC - Escola de Informática & Computação Centro Federal de Educação
Tecnológica Celso Suckow Fonseca – CEFET/RJ schocair, rcastaneda, toliveira,
eogasawara}@cefet-rj.br, III Congresso Brasileiro de Informática na Educação (CBIE
2014) XXV Simpósio Brasileiro de Informática na Educação (SBIE 2014);

Marques, D. L., Silva, A. P. S., (2012), "OrtograFixe - Um jogo para apoiar o


ensinoaprendizagem das regras da nova reforma ortográfica". In: Anais dos

Workshops do XXIII Congresso Brasileiro de Informática na Educação


Netto, D. P. da S., Santos, M. W. A. dos, (2012), "AlfaGame: Um Jogo para auxílio
no processo de alfabetização". In: XXIII Congresso Brasileiro de Informática na
Educação

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO por Carlos Alberto Faraco distribuição gratuita


Artigos publicados na coluna do autor no site da rádio CBN-Curitiba

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(www.cbncuritiba.com.br);

Oliveira, C. B. E. de, Alves, P. B., (2005), "Ensino fundamental: papel do professor,


motivação e estimulação no contexto escolar", Paidéia (Ribeirão Preto), v. 15, n. 31
(ago.), p. 227–238.

Tarini, A. M., (2011), "Idas e vindas do acordo ortográfico brasileiro: construindo


limites para uma língua des-limite", O VII Encontro Internacional de Letras– Literatura
e Linguística, p. 58.

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