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Introdução

Tendo em vista o maior esclarecimento das pessoas em referência aos


tratamentos de saúde, seus males e seus benefícios, há maior influência nas escolhas de
tratamento de saúde. Ainda, a quantidade e eficácia dos tratamentos alternativos, a
cirurgia sem transfusões de sangue, as pesquisas cada vez mais específicas, ao se
tornarem públicas logo são absorvidas pela população que necessita destes.

Logo, o trabalho analisa o impacto do aumento da capacidade volitiva do


paciente, baseada no aumento de conhecimento, fazendo uma contrariedade com a
necessidade médica de seguir o código de ética médico, utilizando dos tratamentos que
julgar necessário para manter a vida do paciente. Ainda, analisa quais os embasamentos
jurídicos em que são dadas liminares para aplicar um tratamento de saúde que a ordem
médico acha necessária e qual o embasamento técnico jurídico que se utiliza para negar
uma liminar nesse sentido.

Para tanto, se busca analisar os princípios fundamentais da república, bem como


o princípio fundamental do direito brasileiro: a dignidade da pessoa humana.

A dignidade da pessoa humana, [...] está erigida como princípio matriz


da Constituição, imprimindo-lhe unidade de sentido, condicionando a
interpretação das suas normas e revelando-se, ao lado dos Direitos e
Garantias Fundamentais, como cânone constitucional que incorpora
“as exigências de justiça e dos valores éticos, conferindo suporte
axiológico a todo o sistema jurídico brasileiro.” (PIOVESAN, 2000, p.
54)

Como a Dignidade da pessoa humana é fulcral para os direitos do paciente, para


julgamentos em que o cerne é a capacidade volitiva do paciente, de acordo com suas
convicções religiosas?

Um importante prisma do assunto em tela é a responsabilidade civil, penal e


administrativa do profissional da saúde que, seguindo a vontade do paciente, evita usar
um tratamento tradicional e a morte do paciente, por vezes, inevitável, ocorre. A família
do paciente, que não compartilha com a sua crença, convicção ou consciência, pode
acionar o profissional médico judicialmente?

Até que ponto deve ser respeitada a capacidade volitiva de um paciente, que,
mesmo em situação de extrema dificuldade, ainda exerce seu poder de negar um
tratamento?

Quais os direitos do paciente?

Qual é a situação jurídica do médico que respeita a vontade do paciente?

É responsável pelo destino que vem a atingir o paciente?

Qual tem sido a posição dos magistrados neste assunto de suma importância?
PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e o direito constitucional
internacional. 4ed. São Paulo: Max Limonad, 2000.

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