Conforme a evolução social, nos primórdios a decisão que o Médico
tomasse em relação do paciente, deveria ser acatada e realizada de acordo com a imperatividade do médico, pois o mesmo exercia de maneira autoritária e seus pacientes não havia possibilidade de recorrer ou até mesmo se negar a fazer determinado procedimento cuja sua vontade principal. Anteriormente, a medicina como um todo era vista como uma arte, trazendo consigo três importantes pilares a ser discutido atualmente, uma arte divina, sobrenatural e os pacientes quase não possuía direitos. Com o decorrer e a evolução do mundo, a medicina evoluiu e acompanhou todos os fatores sociais, o avanço tecnológico foi de suma importância para que a arte divina fosse deixada de lado e a medicina clínica ganhasse espaço e credibilidade no meio social. A partir disso, houve o surgimento de alguns Direitos que acompanha o paciente, podendo ele no momento de sua vontade expor sua decisão real ao se tratar de qualquer área da saúde, desde de tratamento paliativo aos tratamentos intensificados. O senhor X está amparado pelo ordenamento jurídico brasileiro, onde há presença de algumas ferramentas norteadoras para garantir o Direito do cidadão, que se trata dos princípios jurídicos. Neste caso, estamos diante de uma situação em que está presente o Princípio da Autonomia da vontade do paciente, onde o senhor X poderá optar pelo tratamento natural alternativo sim, ou até mesmo se negar a realizar procedimento algum, devido ao princípio normativo supracitado. Abarcando este princípio, é dever do profissional de saúde, neste caso o médico, agir de maneira que seja atingido e levado em consideração a vontade do Senhor X, a realização de tratamento natural alternativo, sendo realizado com o profissionalismo do médico, atentando-se ao princípio ideário da justiça, respeitando a decisão do paciente, e que o tratamento seja realizado de maneira eficaz e imparcial. Com relação ao princípio da autonomia da vontade do paciente, será respeitado e iniciado o tratamento alternativo, atestando que é de vontade do paciente e em alguns casos de seus familiares, mediante ao termo de consentimento livre e esclarecido para cada quadro e tratamento de saúde.
Liberdade de escolha de tratamentos médicos no contexto dos Direitos Humanos: a escolha de tratamentos médicos isentos de sangue por pacientes Testemunhas de Jeová