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CTEM: COMPETÊNCIAS TÉCNICAS PARA O EMPREGO EM

MOÇAMBIQUE
UM PROJECTO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA O EMPREGO

PERFIL INSTITUCIONAL E TERMOS DE REFERÊNCIA

CTEM-07: Operação de produção e tratamento do gás natural


CTEM-08: Técnico(a) de instrumentação e automação
CTEM-09: Técnico(a) de logística – obras e transportes

Parceiro moçambicano:
Instituto Industrial e Comercial de Pemba
15 de Novembro de 2015
Índice
Sumário..................................................................................................................................................3
1.1 Apresentação da instituição e ponto de situação......................................................................6
1.2 Localização do Instituto Industrial e Comercial de Pemba.......................................................8
1.3 Histórico do IIC de Pemba............................................................................................................9
1.4 Missão, visão, valores...................................................................................................................9
1.5 Prioridades, desafios e pessoal implicado no projeto.............................................................10
2. NECESSIDADES E EXPECTATIVAS INSTITUCIONAIS............................................................12
2.1 Sector e profissão para a elaboração do programa................................................................12
2.2 Principais expectativas dos parceiros canadianos..................................................................12
2.3 Resultados esperados do CTEM...............................................................................................13
3. ELABORAÇÃO DO PROGRAMA....................................................................................................19
3.1 Quadro nacional de qualificações em Moçambique................................................................19
3.2 Processo de aprovação e acreditação do programa...............................................................21
3.3 Materiais para a formação e ferramentas actualmente disponíveis para a execução dos
programas............................................................................................................................................22
3.4 Ligações com os empregadores locais.....................................................................................22
4. CONTEXTO DO PROJECTO...........................................................................................................23
4.1 Destaques políticos em Moçambique........................................................................................23
4.2 Desenvolvimento económico em Moçambique........................................................................23
4.3 Economia da província de Cabo Delgado................................................................................24
4.4 Desenvolvimento recente do sector do gás natural em Moçambique..................................24
5. DADOS INSTITUCIONAIS................................................................................................................25
6. ANEXOS..............................................................................................................................................29

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Sumário
Desejamos-vos as boas-vindas e vos apresentamos o PERFIL INSTITUCIONAL E OS
TERMOS DE REFERÊNCIA DA PARCERIA do projecto CTEM (Competências Técnicas para o
Emprego em Moçambique) para o IIC – Instituto Industrial e Comercial de Pemba (Cabo
Delgado), em Moçambique.

O IIC de Pemba visa reforçar a formação numa abordagem por competências (APC),
desenvolvendo programas baseados na demanda dos empregadores e que respondem aos
objetivos estratégicos do PIREP e do projecto CTEM, cuja meta é incrementar a
empregabilidade dos graduados do ETFP (Ensino Técnico e Formação Profissional). As
necessidades do IIC de Pemba são, principalmente, o desenvolvimento dos currículos de
qualificações, o reforço das capacidades do pessoal e o fornecimento de equipamentos para as
aulas, particularmente das especialidades tais como a manutenção industrial (electricidade
industrial, instrumentação e automação), bem como o sector dos hidrocarbonetos e da logística
(para o suporte à implantação e ao funcionamento dos acampamentos (bases de vida), das
obras e a logística dos transportes.

Para alcançar este objectivo, decidiu-se elaborar, em colaboração com o IIC de Pemba, três
termos de referência diferentes, contemplados num único documento. A concepção de um
documento único foi pertinente, atendendo a existência de apenas um parceiro moçambicano,
o IIC de Pemba; o que garante que os três parceiros terão a ocasião de trocar ideias e de
trabalhar em equipe para alcançar um único objectivo: reforçar a capacidade institucional e a
competência do IIC de Pemba.

Consequentemente, este documento integra três termos de referência para três parcerias
diferentes. Os três objectivos finais são os mesmos para as três parcerias, embora com
domínios de especialização diferentes:

CTEM-07 irá concentrar a sua atenção sobre o sector das operações de produção e
tratamento do gás natural.

CTEM-08 irá concentrar a sua atenção sobre o sector de eletricidade industrial, de


instrumentação e de automação.

CTEM-09 irá concentrar a sua atenção sobre a logística para as obras e transportes.

As equipes canadianas deverão trabalhar em estreita colaboração, garantindo a


complementaridade no seu trabalho.

Estamos na expectativa de trabalhar convosco brevemente!

IIC de Pemba e a equipe de CTEM

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O trabalho de parceria CTEM-07 compreende três fases:

1. Fazer um ponto de situação com o PIREP, que pode ter um projecto de modelo de
progressão em desenvolvimento (missão de implementação). Elaborar um modelo de
progressão de qualificações (Progressão de Qualificações)1 juntamente com o PIREP.

2. Redigir as qualificações em falta, incompletas ou carecendo de revisão, bem como o


programa para a aprovação pela COREP/ANEP. Fazer o ponto de situação com o PIREP que
poderá possuir as qualificações já aprovadas ou em vias de aprovação.

3. Implementar o programa de estudos, incluindo a formação dos formadores para ministrarem


eficazmente o novo programa.

O trabalho de parceria CTEM–08 contempla três fases:

1. Tomar conhecimento (com o PIREP) do modelo de Progressão das qualificações


(Progressão das qualificações) existente em manutenção Industrial (missão de
implementação).

2. Redigir as qualificações em falta, incompletas ou carecendo de alguma revisão, bem como o


programa para a aprovação pela COREP/ANEP. Fazer o ponto de situação com o PIREP que
já possui as qualificações aprovadas para os níveis CV3 e CV4.

3. Implementar o programa de estudos, incluindo a formação dos formadores para ministrarem


eficazmente os novos programas.

O trabalho da parceria CTEM-09 comporta três fases:

1. Fazer o ponto de situação com o PIREP que poderá possuir um projecto modelo ou as
qualificações em desenvolvimento (missão de implementação). Elaborar um modelo de
progresso das qualificações (Progressão de qualificações) juntamente com o PIREP.

2. Redigir as qualificações em falta, incompletas ou carecendo de uma revisão, bem como o


programa para aprovação pela COREP/ANEP. Fazer o ponto de situação com o PIREP, visto
que as qualificações ou unidades de competências provenientes dos programas e gestão,
administração, hotelaria, podem ser transferíveis.

3. Implementar o programa de estudos, incluindo a formação de formadores para ministrarem


eficazmente o novo programa.

Para a totalidade do projecto está previsto um orçamento de 6 milhões de dólares canadianos,


provenientes do MAECD, para a aquisição de equipamentos. O processo de aquisição será gerido por
um especialista em compras, com a equipe CTEM. As recomendações virão dos colégios e institutos
canadianos e do seu parceiro moçambicano.

1
A secção 3 e os anexos fornecerão informações complementares relativamente aos modelos
existentes, projectos de modelos, quadro nacional de qualificações, nível de certificação (CV) , etc.

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A Secção 2.3 apresenta as informações pertinentes para orientar as Colégios e institutos na
preparação da sua proposta, indicando os resultados esperados do projecto CTEM.

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1. Mandato institucional 2
1.1 Apresentação da instituição e ponto de situação
O IIC de Pemba é uma instituição de propriedade e exploração da DINET, sob a liderança do
Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico-Profissional (MCTESTP).
Oferece um programa de longa duração (3 a 4 anos) de nível «médio», nos sectores de gestão
e da administração, da contabilidade, do turismo e da hotelaria. Também oferecem 3
programas de nível «básico», com duração de 3 anos, nos sectores de mecânica, electricidade
e contabilidade.

O IIC de Pemba foi inicialmente construído como uma escola técnica, durante a época colonial,
tendo beneficiado de algumas melhorias de modernização. O IIC de Pemba é uma escola piloto
do PIREP, actualmente em fase de transição em que todas as formações serão baseadas
numa abordagem por competências (APC). Recentemente foram construídas infra-estruturas
novas visando a implementação de novos programas em hotelaria e turismo. E cinco
programas novos foram introduzidos atendendo a APC e aprovados pela COREP.

Os cursos na área da administração, hotelaria e turismo são implantados de acordo com APC.
Os níveis CV3, 4 e 5 foram desenvolvidos e aprovados pela COREP3. A duração dos
programas é de 3 anos e aos estudantes aprovados será outorgado um diploma de nível
«médio» equivalente à 12.ª classe.

Entretanto, os programas de contabilidade (básica), mecânica e electricidade cumprem a


abordagem «tradicional» e não a APC; serão admitidos estudantes com a 7ª classe concluída.
A duração dos programas é de 3 anos e aos estudantes aprovados será outorgado um diploma
de nível «básico», equivalente à 10.ª classe. O MCTESTP decidiu retirar progressivamente o
nível «básico» e planificar a substituição dos seus cursos pelos programas de nível «médio»
aprovados pela COREP/ANEP. No entanto, o MCTESTP ainda não definiu o momento para o
estabelecimento desta alteração.

Excluindo a experiência que o IIC de Pemba teve com a implantação de cursos segundo a APC
no âmbito do projecto EPE, o IIC não tem muita experiência na implantação de cursos de curta
duração, apesar de ministrar cursos nocturnos na área da contabilidade.

O IIC de Pemba foi bem gerido ao longo do tempo, contando com infra-estruturas e
equipamentos em condições razoáveis. O que, infelizmente, não corresponde às oficinas de
mecânica e de electricidade que contam com um défice de materiais, faltando equipamentos
para a demonstração de exercícios práticos. É evidente a falta de instrumentos manuais e
materiais consumíveis. A segurança é preocupante.

Em 2013, o IIC admitiu um total de 796 estudantes (incluindo os cursos nocturnos), dos quais
um total de 206 foram admitidos para os novos programas elaborados segundo a APC.

2
Fonte principal : O projecto CTEM _Relatório de pesquisa de base _versão final 20141203, Prowater, e
dados recolhidos no terreno.
3
Ver a lista no anexo 10.

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Programas no IIC de Pemba

Os programas na área de administração, hotelaria e turismo já estão em curso no IIC de


Pemba e as qualificações foram aprovadas.

Conforme foi explicado anteriormente, o instituto oferece dois tipos de certificação, sendo uma
delas do nível «básico»:

 Mecânica geral;
 Electricidade geral;
 Contabilidade geral.

O instituto oferece os seguintes diplomas de nível «médio». Para o acesso, os estudantes


devem ter concluído com sucesso o terceiro ano do nível «básico», a 10.ª classe (nestes dois
últimos casos com um exame de admissão) ou a 12ª classe:

 Gestão;
 Contabilidade;
 Recepção;
 Gastronomia e Arte Culinária;
 Bar e Restaurante.

Estes certificados decorrem de três programas: Contabilidade, Gestão e administração,


Hotelaria e turismo.

Segundo estudo de base do CTEM4, numa avaliação da satisfação dos empregadores


relativamente ao desempenho dos graduados, constatou-se uma resposta bastante positiva
sobre os conhecimentos e competências dos mesmos. Entretanto, o estudo de base permite,
igualmente, concluir que os empregadores reconhecem que os graduados têm a necessidade
de uma formação profissional suplementar e que os conhecimentos e as competências, assim
como as atitudes, carecem de alguma melhoria.

A maior fragilidade constatada é a falta de prática.

4
Projecto CTEM _Relatório da pesquisa de referência – Versão final 20141203, Prowater

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1.2 Localização do Instituto Industrial e Comercial de Pemba
Norte

Moçambique na Africa Austral Cabo Delgado no Pais Pemba na Província

Cidade de Pemba, é onde se encontra o Instituto Industrial e Comercial de Pemba

O Instituto Industrial e Comercial de Pemba está situada no Bairro Cimento, Rua 1° de Agosto

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1.3 Histórico do IIC de Pemba
O Instituto Industrial e Comercial de Pemba é uma das escolas de ensino técnico mais antigas
do país e foi criada em:

1961--- com o designação de «Escola Elementar Técnica de Porto Amélia»;

1963--- recebeu a designação «Escola de Comércio Jerónimo Romero de Porto Amélia»;

1964---construção dos edifícios existentes;

1967---fim das obras de edificação;

1968--- no dia 6 de Dezembro a escola foi oficialmente entregue e inaugurada. E apenas a


vertente comercial era administrada;

1976--- a escola é nacionalizada e passa a estar sob controle do Ministério de Educação e da


Cultura. Então a vertente industrial é introduzida;

2002/2003---Introdução da vertente comercial do curso nocturno para o nível médio;

2006---com a introdução da reforma, a escola serve de estabelecimento piloto e beneficia de


uma reabilitação e de equipamento;

2008 --- a escola passa à categoria de instituto;

2009--- dois domínios de formação são introduzidos: a Gestão e Administração Hoteleira e


Turística segundo novas qualificações (QNQP).

1.4 Missão, visão, valores


Missão

A missão deste Instituto consiste em formar técnicos competentes em Manutenção Industrial


(mecânica e electricidade), favorecendo o «saber», «saber-fazer» e «saber-ser», focalizando-
se na preparação dos seus destinatários em termos de integração na vida activa, respondendo
às necessidades do mercado de trabalho dos países da região, assim como à continuidade de
estudos.

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Visão

Ser uma instituição de referência nacional e internacional, reconhecida por diferentes actores,
particularmente pelos empregadores, pela sociedade civil e pelos próprios estudantes.

Valores

 Abertura;
 Comprometimento;
 Competência;
 Flexibilidade;
 Qualidade;
 Criatividade;
 Honestidade.

1.5 Prioridades, desafios e pessoal implicado no projeto


Prioridades

 Introdução do nível «médio» nos cursos de manutenção industrial, nas áreas de mecânica
e electricidade de longa e curta duração, correspondentes a três anos e três meses,
respetivamente;
 Introdução do curso de nível «médio» em montagem e reparação de computadores, de
longa e curta duração, correspondentes a três anos e três meses, respectivamente;
 Compra de equipamento industrial para as oficinas de prática e aprendizagem;
 Formação de professores para os cursos de manutenção industrial e para o funcionamento
do material de ensino e aprendizagem;
 Compra de livros para as formações industriais;
 Difusão dos cursos industriais, nas escolas secundárias e primárias (comercialização dos
cursos e de estágios industriais).

Desafios

 A admissão das raparigas nos cursos industriais, numa escala de 50% do total dos alunos
inscritos por ano;
 O acompanhamento das raparigas nos cursos industriais, até o fim de cada curso e nível;
 A formação de professoras para os cursos industriais;
 Formar anualmente 30 técnicos de cada curso e nível, para o mercado de trabalho;
 O seguimento da aceitação de raparigas nos cursos industriais.

Pontos fortes
 A maioria do corpo docente tem mais de 5 anos de experiência;
 Um número considerável de professores com formação de nível superior;
 Reabilitação das infra-estruturas;

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 Três salas de informática, cada uma equipada com 18 computadores e internet;
 Existência de uma biblioteca, refeitório e ginásio;

Pontos fracos

 Baixo nível de realização de aulas práticas por falta de equipamentos;


 Ausência de um protocolo de entendimento sobre o acolhimento de estagiários;
 Falta de residências para os professores;
 Falta de formação técnica regular de professores dentro e fora do país;
 Falta de fundos permanentes e pagamentos irregulares;
 Falta de fundos específicos para os estágios;
 Monitoria de processos de estágios por via alternativa (através das informações fornecidas
pelos estudantes);
 Fundos insuficientes para a aquisição de material didáctico em manutenção industrial;
 Falta de transporte para os professores;
 Falta de professores para os cursos industriais;
 Fraca quantidade de salas de aulas (apenas existem 10).

Pessoal envolvido
 Serão todos os professores do curso industrial e os gestores, os envolvidos neste projecto
dentro da instituição.
 Poderão participar e estar disponíveis durante o trabalho com os parceiros canadianos: 5
professores de mecânica, 5 professores de electricidade e 6 gestores da instituição, uma
pessoa de recurso para a igualdade de gênero.

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2. NECESSIDADES E EXPECTATIVAS INSTITUCIONAIS
O Instituto Industrial e Comercial de Pemba visa reforçar a formação segundo a abordagem por
competências (APC), desenvolvendo programas baseados na demanda dos empregadores e
que respondem aos objectivos estratégicos do PIREP e do CTEM de incrementar a
empregabilidade dos graduados do ETFP. As necessidades do IIC de Pemba são também o
reforço das capacidades do pessoal, bem como o fornecimento de equipamentos de formação,
particularmente nos sectores de manutenção industrial eléctrica, instrumentação e automação,
gás, logística de transportes e obras.

2.1 Sector e profissão para a elaboração do programa


São vários os programas que o IIC de Pemba propõe elaborar e implementar. Eles tocam três
eixos principais para apoiar o desenvolvimento das profissões do sector do gás, incluindo o
sector de serviços de suporte.

No que diz respeito aos três eixos de desenvolvimento, acordo com o contexto económico, as
qualificações serão transferíveis aos outros sectores tais como as minas, a energia, a
construção, os transportes, a hotelaria, os portos, a logística, a gestão de estoque e
aprovisionamento, bem como o sector industrial, em geral.

O IIC de Pemba já destacou algumas necessidades, sobretudo a transferência das formações


de mecânica e electricidade para o nível médio. A análise do mercado do trabalho demonstrou
uma demanda significativa na área de electricidade, bem como de instrumentação e
automação (que compete a este sector). Os trabalhos de análise do mercado permitiram,
entretanto, identificar outros dois sectores. Trata-se de programas ligados ao sector de
hidrocarbonetos e de logística. A escolha da sua implementação é motivada pelos seguintes
aspectos:

1. O IIC de Pemba está estrategicamente situado na província de Cabo Delgado, onde os


projectos do sector petrolífero e de gás estão em desenvolvimento;
2. O IIC de Pemba já possui professores para as áreas de electricidade, para responder a
CTEM-08 (Instrumentação e automação).
3. O IIC de Pemba já possui qualificações nos sectores da hotelaria, restauração,
administração, gestão, contabilidade, cozinha, para responder a uma grande parte das
necessidades identificadas pelo CTEM-09 (Logística).
4. O IIC de Pemba já possui professores no domínio da mecânica para apoiar certas
qualificações (sobretudo as que correspondem à instalação, soldadura e manutenção
de equipamentos) de CTEM-07 (Operações de produção – tratamento de gás natural).

(Provavelmente será necessário contratar novos professores para completar as novas


qualificações por implementar. Os colégios deverão relembrar a importância da
igualdade de gênero quando for solicitada a sua opinião ao longo deste processo).

2.2 Principais expectativas dos parceiros canadianos

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As principais expectativas do IIC de Pemba relativamente aos seus parceiros canadianos são:

a) A disponibilidade de pessoal com competências, conforme o termo de referência indicado.


Os colégios e institutos canadianos, que enviarão peritos do sexo feminino ao terreno, terão um
impacto positivo sobre os estereótipos ligados ao gênero em Moçambique. As consultas junto
às instituições parceiras moçambicanas, claramente revelaram que a presença de professoras
nas suas escolas desempenha um papel importante, visto que encoraja as raparigas a integrar
os programas (e incentiva a continuação dos estudos), porque elas actuam como modelos,
para estas raparigas, nos programas tradicionalmente masculinos;
b) A capacidade de demonstrar uma experiência para lidar com os empregadores na
elaboração de programas de estudo e na abordagem de assuntos relacionados com a
igualdade de gênero;
c) A capacidade dos parceiros canadianos partilharem as suas experiências no que diz respeito
à formação dos professores do IIC de Pemba, para a elaboração de programas que respondem
às necessidades dos empregadores e de orientar eficazmente o programa de formação dos
professores;

d) A formação dos professores, de acordo com a APC visando o domínio da metodologia;

e) A ajuda na aquisição de livros técnicos ou outros documentos relacionados com os assuntos


acima mencionados, como forma de enriquecer os recursos pedagógicos capazes de melhorar
o nível de competências técnicas dos estudantes.

f) A capacidade dos parceiros canadianos sustentarem a habilitação das instalações de


formação do IIC de Pemba, através do fornecimento de equipamentos e de materiais
adequados. Os parceiros canadianos desempenham um papel importante junto aos seus
parceiros moçambicanos no estabelecimento de uma lista de material que será necessário para
a elaboração, estabelecimento e revisão dos programas. Todavia, os parceiros canadianos
podem não ser a instância que irá fornecer, efectivamente, o equipamento.

g) A capacidade do parceiro canadiano assistir o IIC de Pemba, considerando, dentro dos


programas de estudos, as preocupações e realidades ligadas ao ambiente, ao
empreendedorismo, assim como à igualdade de gênero.

2.3 Resultados esperados do CTEM


Este documento integra TRÊS (3) Termos de referência.
Os objectivos destas três parcerias são os mesmos, mas o domínio de especialização difere.

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CTEM-07 vai focalizar-se sobre o sector das operações para a produção e tratamento do
gás natural e a implementação de um programa de nível «médio» no IIC de Pemba.

Ver o anexo 7 para os potenciais conteúdos.


Trata-se de um documento de trabalho proporcionado a título indicativo.

CTEM-08 irá focalizar-se sobre o sector de electricidade industrial, de instrumentação e


de automação e de implantação de um programa de nível «médio» no IIC de Pemba.

Ver o anexo 8 para os potenciais conteúdos.


Trata-se de um documento de trabalho proporcionado a título indicativo.

CTEM-09 irá focalizar-se sobre a logística para as obras e transportes, assim como a
implantação de um programa de nível «médio» no IIC de Pemba.

Ver o anexo 9 para os potenciais conteúdos.


Trata-se de um documento de trabalho proporcionado a título indicativo.

As equipes canadianas deverão trabalhar em estreita colaboração para garantir a


complementaridade no seu trabalho. Eles devem, efectivamente, ter presente que, a final, tem
apenas um parceiro moçambicano: o IIC de Pemba.

Para melhor compreender as fazes do projecto, as equipes canadianas devem tomar


conhecimento da seguinte terminologia:

- QNQP : Quadro nacional de Qualificações Profissionais;


- O modelo de Progressão das Qualificações;
- UC: Unidades de Competências.

A sessão 3.1 fornece as explicações detalhadas

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Para cada uma das três parcerias, o trabalho por fazer compreende três fases que,
essencialmente, são:

Fase 1

2.3.1 Tomar conhecimento do ponto de situação junto ao Departamento de Qualificações


(DQF) do PIREP no que diz respeito a um modelo de progressão de qualificações que já
pode EXISTIR ou por DESENVOLVER.

CTEM-07 CTEM-08 CTEM-09


A 15 de novembro Operações para a Electricidade industrial, Logística das obras e dos
de 2015 produção e tratamento do instrumentação e transportes
gás natural automação
O MODELO DE Não. Sim. Não.
PROGRESSÃO DE
QUALIFICAÇÕES Um exemplo de proposta é O modelo não possui, Um exemplo de proposta é
ESTÁ apresentado no anexo 7, entretanto, uma via de apresentado no anexo 9 a
DESENVOLVIDO? mas á título meramente especialização em título meramente indicativo.
indicativo. instrumentação –
automação. Uma análise da situação do
Uma análise da situação do trabalho e uma consulta ao
trabalho e uma consulta ao O exemplo no anexo 8 nível do PIREP constituem
nível do PIREP constituem mostra como poderia ser a requisitos prévios à
requisitos prévios à via de especialização, confirmação do modelo.
confirmação do modelo. embora fornecido apenas a
título indicativo.

EXISTEM Não. Sim. Não.


QUALIFICAÇÕES JÁ
APROVADAS PELO Uma proposta de CV3 em Pelo CV3 e pelo CV4, sim. Algumas unidades de
COREP ? recursos naturais para o competências (UC)
sector petrolífero e do gás Falta o CV5. poderiam decorrer dos
é proposta pelo PIREP, programas actuais de
mas trata-se de um hotelaria, turismo,
documento de trabalho. administração, gestão,
contabilidade.
OS TRABALHOS Sim. Sim. Sim.
PODEM COMEÇAR
MESMO SEM A É necessário consultar É necessário consultar É necessário consultar
APROVAÇÃO DA frequentemente o PIREP. frequentemente o PIREP. frequentemente o PIREP.
TOTALIDADE DO
MODELO, DESDE O
INÍCIO?

Entregáveis: A elaboração ou a revisão do modelo de progressão de qualificações.


Relatório de consultas junto aos empregadores (se necessário), PIREP e o
MCTESTP. A análise deveria também identificar se as barreiras académicas
específicas às mulheres estão potencialmente presentes.

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Fase 2

2.3.2 Elaboração de um programa que envolva os professores e concebido para


responder aos critérios de acreditação da COREP/ANEP.

OS COLÉGIOS E OS CTEM-07 CTEM-08 CTEM-09


INSTITUTOS Operações para a Electricidade Logística das obras e
DEVERÃO : produção e tratamento industrial, dos transportes
do gás natural instrumentação e
automação
DESENVOLVER AS Sim Sim Sim
QUALIFICAÇÕES?
Entre quatro e cinco Uma qualificação para o Entre quatro e cinco
qualificações, de acordo CV5 qualificações, de acordo
com o modelo de com o modelo de
progressão escolhido. progressão escolhido.

O IIC de Pemba desejaria que os parceiros canadianos o apoiem na elaboração dos


programas, incluindo a transferência da metodologia da abordagem por competências. Os
colégios e institutos canadianos irão ajudar o IIC de Pemba, disponibilizando pessoal
competente para prestar apoio na elaboração do programa baseado na APC, conforme ao
QNQP.
Entregáveis: Documento Proposta para submissão à COREP, de acordo com o QNQP
(Quadro Nacional de Qualificações Profissionais) e outros documentos
necessários para a aprovação do programa pela COREP/ANEP.

Documentos enviados ao DQF (Departamento de Qualificações e Formação)

2.3.3 Programa elaborado de modo a permitir uma lecionação autónoma dos módulos,
como cursos de curta duração para os trabalhadores portadores de um nível de entrada
ou para uma reciclagem de técnicos em exercício.

O IIC de Pemba pretende elaborar e gerir programas de formação de longa duração, mas
também de curta duração, correspondentes às necessidades dos empregadores.

Entregáveis: (referir-se aos entregáveis da secção 2.3.2)

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Fase 3

CTEM-07 CTEM-08 CTEM-09


OS COLÉGIOS E OS Operações para a ElectricIdade Logística das obras e
INSTITUTOS produção e tratamento industrial, dos transportes
DEVERÃO : do gás natural instrumentação e
automação
DESENVOLVER Sim Sim Sim
CONTEÚDOS ?

DESENVOLVER Sim Sim Sim


INSTRUMENTOS DE
AVALIAÇÃO ?

SUSTENTAR A Sim
COMPRA DE Sim Sim
EQUIPAMENTOS ?

FORMAR OS
FORMADORES ? Sim
Sim Sim

2.3.4 Planos de aulas, material didáctico, instrumentos de avaliação concebidos para o


novo programa, de acordo com as políticas de regulamentação/certificação da
COREP/ANEP.

O IIC de Pemba gostaria que as suas instituições parceiras reunissem competências


pertinentes e que partilhassem a sua experiência na elaboração de módulos: planos de aulas,
material de aprendizagem, instrumentos de avaliação. Os colégios/institutos parceiros
canadianos devem ajudar a reforçar as capacidades do pessoal e oferecer formações para o
pessoal em Moçambique e/ou em Canadá, segundo a metodologia baseada na APC.

Entregáveis: Planos de aulas, material de aprendizagem e instrumentos de avaliação


(pelo menos para duas disciplinas pertinentes em cada curso) e de
acordo com a documentação exigida pela COREP/ANEP. O material
concebido deve também considerar as realidades ligadas à igualdade de
gênero.

2.3.5 Apoio na compra de novos equipamentos

O IIC de Pemba gostaria que as instituições parceiras garantissem uma assistência técnica
para acompanhá-lo na aquisição de equipamento e de material necessários para ministrar os
programas de formação segundo a APC. Contudo, é possível que os parceiros canadianos não
sejam a instância que efectivamente irá fornecer o equipamento.

Entregáveis: Lista de equipamentos, do material e dos consumíveis. Uma atenção


particular deve ser dada sobre a escolha de certas ferramentas ou
equipamentos, procurando evitar a discriminação associada ao gênero.

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2.3.6 Actualização das competências técnicas dos intructores para ministrar os novos
programas de estudo

Este é o principal pedido do parceiro moçambicano. O IIC de Pemba gostaria que os seus
parceiros canadianos apoiassem os professorem permitindo-os ministrar eficazmente os
programas de estudo, a serem implantados ou elaborados. O IIC de Pemba espera que os
seus parceiros tenham uma experiência junto às empresas e que lhes assegure a
disponibilidade de professores com experiência, para apoiar a actualização de competências
dos seus professores, nomeadamente o saber e o saber-fazer. Esperam, igualmente, que os
seus parceiros formem os seus professores para a utilização dos novos equipamentos por
adquirir e instalar no IIC de Pemba.

Entregáveis: Actividades de formação e material concebido para a formação.

2.3.7 Módulos de aprendizagem ou resultados da formação criados e utilizados


especialmente em relação ao espírito de empreendedorismo, igualdade de sexos e
ambiente

O IIC de Pemba gostaria que os parceiros canadianos tenham a capacidade de apoiá-lo na


integração da igualdade de gênero, no empreendedorismo e nas considerações ambientais no
programa. Também é importante que os professores moçambicanos participem numa formação
de sensibilização sobre a igualdade de gênero. Efectivamente existe um risco de que, na falta
desta sensibilização, persistam estereótipos fortemente enraizados.
Entregáveis: Actividades de formação e material concebido para a formação.

2.3.8 Estabelecimento de novos hábitos de saúde e segurança na instituição

O IIC de Pemba gostaria que os parceiros canadianos ajudassem a criar um ambiente


saudável e duradoiro, favorecendo as melhores práticas de saúde e de segurança no trabalho,
nas suas instituições. Os seus parceiros irão apoiá-lo partilhando as suas experiências sobre
as práticas nas suas instituições, e fornecendo conhecimentos e ferramentas apropriados para
desenvolver e implementar as suas próprias práticas no IIC de Pemba. Uma atenção particular
deve ter tida em conta relativamente a certos tipos de trabalho físico, ou a exposição aos
produtos químicos utilizados em certos domínios específicos.
Entregáveis: Actividades de formação e material concebido para a formação.

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3. ELABORAÇÃO DO PROGRAMA
3.1 Quadro nacional de qualificações em Moçambique
As qualificações e os programas que serão concebidos deverão cumprir o quadro de trabalho
da COREP/ANEP e do Quadro Nacional de Qualificações Profissionais (QNQP) e ser
coerentes relativamente à APC.

O IIC de Pemba é um instituto médio, apesar de oferecer também cursos de nível «básico» de
contabilidade, mecânica e electricidade. Consequentemente, os colégios e os institutos
canadianos vão trabalhar sobretudo no níveis 3, 4 e 5, (CV3, CV4 e CV5). Os 5 níveis do
quadro nacional de certificações em Moçambique são mencionados abaixo e eles deverão ter
em conta do que consta no nível CV2.

Uma nova lei designada Lei da Educação Profissional 5 se encontra em vigor em Moçambique.
Esta lei foi aprovada no fim de 2014 e apresenta mudanças relativamente à antiga estrutura da
COREP.

Então, devem ser introduzidas novas disciplinas com o sistema nacional de acreditação,
regulamentação e certificação, gerida pela Autoridade Nacional da Educação Profissional –
ANEP.

5
Ver o CTEM – RFP documento principal, Apresentação de Power Point “Lei da Educação Profissional”

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O princípio de aprovação das qualificações em Moçambique e a implementação dos programas
de ETFP, entre outros, assentam sobre:

- O QNQP : Quadro Nacional de Qualificações Profissionais;


- A Progressão das Qualificações;
- As Unidades de Competência.

O modelo de progressão é um diagrama onde se pode observar como cada qualificação está
associada às outras.

No mapa abaixo, é possível ver UM EXEMPLO, o modelo de progressão das qualificações para
a manutenção industrial. São observáveis três níveis: III, IV, e V. Nota-se claramente que o
nível III comporta duas qualificações, sendo uma delas o «Certificado Vocacional III em
Electricidade» por exemplo.

No seu conjunto, o gráfico representa o «Modelo de Progressão das Qualificações».

E cada qualificação contempla duas unidades de competências (genéricas e profissionais).

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3.2 Processo de aprovação e acreditação do programa
Tendo em conta a nova reforma do ETFP, o PIREP tem a responsabilidade de elaborar o
programa de formação de longa duração e à ANEP cabe a aprovação do programa. O
processo começa pela recolha e análise das informações sobre o mercado de trabalho.

Se os dados recolhidos indicam as necessidades razoáveis do mercado de trabalho, um


Comité Técnico Sectorial (CTS) será constituído envolvendo os representantes dos
empregadores de um sector, o PIREP, o MCTESTP e outros elementos. Contudo, realmente
não existem informações sólidas e fiáveis sobre o mercado do trabalho. A nova lei deveria
melhorar a informação, através da criação de um observatório do mercado do trabalho sob
controle do Ministério do Trabalho.

Os programas de estudos concebidos são primeiramente enviados ao Departamento de


Qualificações e Formação (DQF) para a validação da sua coerência no âmbito do QNQP. O
DQF pode propor modificações do programa de estudos e retorná-lo aos seus elaboradores
para introduzirem as alterações.

A seguir, o DQF envia aos Comités Técnicos Sectoriais. O CTS analisa, apresenta um retorno
e propõe as alterações ou correcções para o DQF, que reencaminha aos elaboradores.
Quando o CTS aprovar o programa de estudo, o DQF o envia à Comissão de Avaliação (Painel
de Validação) que, por sua vez, recomenda à COREP/ANEP para a aprovação.
Após a sua aprovação, o programa é difundido pelos elementos chaves envolvidos como os
institutos e escolas do MCTESTP, que deve dar as autorizações, após as quais o programa
está pronto para a sua implementação.

O processo de aprovação é ilustrado na página seguinte. No projecto CTEM, espera-se que o


parceiro canadiano seja envolvido como membro chave de cada Equipe Técnica de Elaboração
de Padrões e deva interagir, com o PIREP, junto ao Comité Técnico Sectorial.

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Reforma do ensino profissional
Processo de elaboração e aprovação das qualificações

3.3 Materiais para a formação e ferramentas actualmente disponíveis


para a execução dos programas
O material de formação disponível no IIC de Pemba é obsoleto e não está adaptado à
formação dos estudantes segundo as normas actuais. O que se aplica aos três termos de
referência. Por outro lado, será necessário introduzir novos tipos de equipamentos.

3.4 Ligações com os empregadores locais


Actualmente, o IIC de Pemba não possui ligações com as indústrias do sector petrolífero e do
gás. A assinatura de protocolos de entendimento que poderia auxiliar o IIC de Pemba através
de visitas às industriais e estágios, para os estudantes, é um factor decisivo para o sucesso da
implementação dos novos programas de estudo.

A equipe local do CTEM já iniciou a construção de uma rede envolvendo empresas do sector
do gás, de energia, de serviços, da construção e da logística.

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4. CONTEXTO DO PROJECTO
4.1 Destaques políticos em Moçambique
Em 1992, no fim da guerra civil que durou 16 anos, Moçambique passa de uma economia
comunista para uma economia de tipo liberal. Moçambique, progressivamente introduziu um
quadro legal e fiscal favorável ao investimento estrangeiro e o primeiro projecto de grande
escala – conhecido em Moçambique sob designação de mega projecto, a fundição de alumínio
Mozal abriu as suas portas em 19996.

Ao longo do último decénio, Moçambique continuou a registar um certo número de mudanças,


principalmente com o início, em 2011, da exploração e exportação das suas enormes reservas
de carvão e a descoberta, em 2010, de grandes reservas de gás natural offshore. Os campos
offshore de Moçambique contem 200 triliões de pés cúbicos (tpc) de gás.

4.2 Desenvolvimento económico em Moçambique


Perfil de
Mozambique
(fonte :
Banco
Mundial)

6
Criado em 1999 como primeiro mega projecto, com um investimento inicial de 1,4 bilhões de dólares (aumentados a 2,2 bilhões
em 2003), esta fábrica de alumínio actualmente ocupa o segundo nível de importância em África. O investimento nesta fábrica foi
feito com o objectivo de aproveitar as vantagens comparativas do país, tais como a sua localização geográfica favorável, a
disponibilidade de electricidade acessível (fornecida pelas fontes moçambicanas de hidro-electricidade) e incentivos fiscais
substanciais. Por outro lado, Moçambique recebeu uma ajuda da União Europeia, beneficiando do Acordo de Lomé que permite a
isenção de taxas na exportação para os Estados Unidos.

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No fim da guerra civil, em 1992, Moçambique figurava entre os países mais pobres do mundo.
Ainda hoje, com os indicadores socioeconómicos muito baixos, continua a constar entre as
nações com menor nível de desenvolvimento no mundo. Contudo, o país registou um
crescimento económico notável, entre 2001 e 2010. Período durante o qual, o produto interno
bruto (PIB) do país registou um crescimento anual global de 6,8 por cento7. Pressupondo um
ambiente político estável, as perspectivas são positivas para 2014 e 2015, com um crescimento
previsto acima dos 8 porcento, graças ao investimento público contínuo e a implementação
prevista de trabalhos preparatórios de uma fábrica de gás natural liquefeito (GNL) avaliada em
bilhões de dólares.

4.3 Economia da província de Cabo Delgado


Potencial do gás da Bacia do Rovuma

Anadarko (EUA) e ENI (Itália) prosseguem


constantemente com os seus planos de
desenvolvimento da produção do GNL e das suas
instalações de exportação; o país espera que a
construção dessas instalações arranque no momento
previsto, provavelmente em 2016-2017. Contudo, a
queda do preço do petróleo desde a segunda metade
de 2014 significa que certos projectos correm o risco
de serem atrasados, o que implicaria uma série de
riscos de decréscimo das previsões de crescimento
económico.

Considerando os prováveis atrasos no


desenvolvimento das infra-estruturas, agravados pelas crenças de um possível
congestionamento da oferta global do gás, a produção do GNL, provavelmente, não terá início
antes de 2020 (2018 é o alvo governamental). Uma demanda europeia inferior às previsões ou
o grande abrandamento económico previsto na China poderiam também comprometer o
aumento dos sectores actuais de exportação de Moçambique.

O desempenho do sector da indústria, com grande intensidade laboral, continuará a


baixar devido a forte concorrência internacional e a um ambiente doméstico desfavorável,
incluindo a rigidez do mercado de trabalho, a falta de saber-fazer, uma regulamentação pesada
e a corrupção.

O fraco desenvolvimento do capital humano e a deficiência de infra-estruturas no país


fragilizam seriamente o desenvolvimento económico-social. O fraco capital humano, a falta do
saber-fazer local devido à grande parte da população sem formação, associados a um sistema
de atribuição de licenças de trabalho cada vez mais exigente é um desafio constante. Por outro
lado, a pressão política visando garantir que as populações do país tirem proveito das riquezas
naturais: o carvão, o gás, a energia hídrica tem sempre aumentado.

7
Perspectivas Económicas Mundiais, Abril 2012.

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4.4 Desenvolvimento recente do sector do gás natural em
Moçambique

 18 de Agosto 2014 Publicação da nova Lei do Petróleo.


 23 de Setembro 2014 Publicação do regime específico de taxação e de incentivos
fiscais aplicáveis aos operadores petrolíferos.
 2 de Dezembro 2014 Publicação do Decreto-Lei 2/2014, estabelecendo a lei especial e
os arranjos contractuais aplicáveis ao Projecto do Gás
Natural Liquefeito nas zonas 1 e 4 da Bacia do Rovuma.
 Junho de 20158 Anadarko avisa que procederá limitativamente e escolhe
CB&l, Chiyoda e SAIPEM.
 15 de Julho 2015 Date limite de licitação para a quinta onda de licenças
para os blocos petrolíferos.
 9
27 de Outubro 2015 Atribuição dos blocos petrolíferos a ENI, Sasol, Exxon.
 Fim de 2015 Apresentação dos planos de desenvolvimento do gás ao INI pela
Anadarko e ENI.
 Fim de 2015 Decisão final de investimento (DFI) para o GNL flutuante.
 Meados de 2016 Decisão final de investimento (DFI) de Anadarko (onshore).
 Meados de 201710 Chegada de 14 000 trabalhadores para a construção do projecto
de GNL d’Anadarko.
 Meados de 2018 11
Chegada de 14 000 trabalhadores para a construção do projecto
de GNL onshore da ENI
 201912 Chegada de 2 000 trabalhadores para construção do projecto de
GNL offshore de ENI.

5. DADOS INSTITUCIONAIS
1) Número de estudantes inscritos (programas «básicos» e programas anteriores a
introdução do novos programas segundo a APC.

Duração do Número de
programa e nível inscrições Actualmente inscritos
Nome do programa atribuído recebidas

2013 2014 M F Total

Administração e Gestão 3 anos/Médio 146 177 51 115 166


8
http://www.euro-petrole.com/anadarko-selects-contractor-for-initial-onshore-mozambique-lng-
development-n-i-11409
9
http://www.clubofmozambique.com/solutions1/sectionnews.php?secao=mining&id=2147492681&tipo=one
10
Estimação no dia 30 de Abril de 2015
11
Idem
12
Idem

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Hotelaria e turismo 3 anos/Médio 60 49 15 16 31

Técnica de contas 4 anos/Médio 310 341 168 159 327

Mecânica 3 anos /Básico 66 28

Electricidade 3 anos /Básico 262 135 31 4 35

Contabilidade 3 anos /Básico 262 126 7 22 23

2) Resultados dos graduados, novos programas

Número de Contratados no seu Que prosseguiram


graduados sector de estudos os seus estudos
Programa Informação desconhecida

M F Total M F Total M F Total M F Total

2014 11 16 27 4 6 10 5 6 11 2 4 6
Contabilidade
2013 10 10 20 3 7 10 5 3 8 2 0 2

2014 15 12 27 5 3 8 7 5 13 3 4 7
Gestão
2013 Não houve graduação porque ainda não tinham terminado os três anos regulamentados pelo nível

2014 2 1 3 2 1 3
Restaurante e Bar
2013 Não houve graduação porque ainda não tinham terminado os três anos regulamentados pelo nível

2014 3 4 7 0 2 2 0 0 0 3 2 5
Recepção e
Andares
2013 1 6 7 1 2 3 0 2 2 0 2 2

2014 3 1 4 2 1 3 0 0 0 1 0 1
Cozinha
2013 Não houve graduação porque ainda não tinham terminado os três anos regulamentados pelos nível

3) Perfil dos professores


Nome Sector de Anos de ensino Qualificação Experiência no sector
especialização no IICP (Mestrado, industrial
Licenciatura,
Bacharelato,
Médio)

Electricidade Ensino de cursos de


Samuel Sampaio Gaita 10 Medio electricidade

Electricidade Electricidade: Montagem,


manutenção de linhas de média
Luís Laurindo Manuel 8 Bacharel e baixa tensões. (EDM)

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Electricidade Electricidade: montagem,
manutenção de linhas de média
Rogério Marenga 25 Bacharel e baixa tensões. (EDM) *

Joaquim J. de B. Chauma Electricidade 6 Licenciado Electricidade

Agido Assane Mecânica 1 Licenciado

Maquinas Têxteis, Oficinas


mecânicas de reparações
Rosário Pedro Pueremuere Mecânica 19 Licenciado

Paulo José Hermínio Mecânica 9 Licenciado Ensino de cursos de Mecânica

Mecânico Maquinas ferramentas, oficinas


Gustavo Barrote 12 Licenciado de reparações (CFM)

João Jorge Bonde Mecânica 17 Licenciado Gestor de Maquinas ( TDM) *

Marufo Achirafe Mecânica 26 Bacharel Ensino de cursos de Mecânica**

Mecânica Ensino de cursos de Mecânica


Ricardo Manuel 26 Licenciado **

*Trabalha na Telecomunicações de Moçambique


** Trabalha na Escola Secundaria da SOS - Pemba

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4) Perfil dos administradores

Anos de Qualificação Outras experiências


Nome Cargo experiência em pertinentes
gestão

Director Licenciado Gestor Provincial de bolsas


Júlio Luís Madidi 12

Directora Adjunta Gestora das escolas Primárias


Rosa Tunia Ernesto Administrativa 18 Licenciada completas

Director Adjunto Formador de padrões de


Pedagógico Nível 5 Licenciado competências, gestor
Jacob Acácio Médio institucional

Chefe de Gestor de educação, Membro


Secretaria 13 Licenciado de Mesa e porta-voz da
Agido Assane Assembleia Provincial

Chefe do Gestor das empresas têxteis,


Departamento de Licenciado conselheiro sobre rendimentos
Práticas e 11 dos equipamentos industriais
Rosário Pedro Pueremuere Produção Escolar

Director Adjunto Médio Gestor de educação


Pedagógico Nível 12
Armando Félix Básico

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6. ANEXOS
Anexo 1: Lei da Educação Profissional
Anexo 2: Organograma IICP

Apresentados a título ilustrativo, mas sujeitos à revisão pelos parceiros canadianos e


moçambicanos:
Anexo 3: Lista de equipamentos de mecânica para eventual actualização
Anexo 4: Lista de equipamentos de electricidade para eventual actualização.
Anexo 5: Equipamentos de mecânica existentes no IIC de PEMBA
Anexo 6: Fotos IIC de PEMBA
Anexo 7: Documento de trabalho para CTEM-07
Anexo 8: Documento de trabalho para CTEM-08
Anexo 9: Documento de trabalho para CTEM-09
Anexo 10: Lista de qualificações aprovadas COREP a 15 Novembro de 2015
Anexo 11: CTEM-Estratégia para a igualdade de gênero - FINAL com anexos

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