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ESTÁGIO SETORIAL DE

GESTÃO FINANCEIRA

2ª Edição
2021
UNIDADE
DIDÁTICA IV
CUSTOS

Modificações
Autor Data Assunto
Cap Santolin 08/10/2021 Revisão geral
MÓDULO IV - CUSTOS — 08/10/21 — 2/21
SUMÁRIO
1. Sistema de Informações de Custos do Governo Federal – SIC .............................................................. 6
2. Custos .................................................................................................................................................... 8
3. Terminologia ......................................................................................................................................... 9
4. Objeto de Custos e Centro de Custos.................................................................................................. 11
5. Planejamento Geral ............................................................................................................................. 13
6. Execução dos Registros de Custos nos Diversos Sistemas................................................................... 15
7. Relatórios Gerenciais........................................................................................................................... 18

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: SIC ......................................................................................................................................................................6
Figura 2: Fluxo Custos .....................................................................................................................................................10
Figura 3: Exemplos de codificação de centro de custos .................................................................................................12
Figura 4: Alimentação do SIC ..........................................................................................................................................14
Figura 5: Sistemas que alimentam o SIC .........................................................................................................................15
Figura 6: Consulta SIAFI ..................................................................................................................................................18
Figura 7: Consulta SAG....................................................................................................................................................19
Figura 8: Consulta Portal de Custos.................................................................................................................................19

MÓDULO IV - CUSTOS — 08/10/21 — 3/21


INTRODUÇÃO
A contabilidade como ciência evolui com o passar do tempo na medida em que paradigmas são
quebrados, novos desafios são impostos e perspectivas são alcançadas. Grandes são as mudanças no
Setor Público quando tratamos da Contabilidade Pública, em especial à Gestão de Custos com foco na
qualidade do gasto público.
Os órgãos responsáveis pela contabilidade governamental falam de um “Novo Modelo de
Contabilidade Aplicada ao Setor Público”, que visa resgatar a Contabilidade como ciência e seu objeto
de estudo: o patrimônio público.
A Administração Pública Brasileira tem extensa tradição na gestão das contas públicas. Iniciando-
se com a Lei nº 4.320/64, o Decreto nº 93.872/86, a implantação do SIAFI e mais recentemente com a
Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF (LC nº 101/2000). Várias ações estratégicas estão em curso, visando
à consolidação desse novo modelo para a Contabilidade Pública, que tem como objetivo a convergência
das práticas da contabilidade para os padrões estabelecidos nas Normas Internacionais de
Contabilidade Aplicada ao Setor Público.
Nesse sentido, o Conselho Federal de Contabilidade – CFC e a Secretaria do Tesouro Nacional –
STN intensificaram ações para que a contabilidade aplicada ao setor público, seja também, uma
contabilidade que siga os princípios e normas contábeis direcionados à gestão do patrimônio de
entidades, oferecendo informações úteis sobre os resultados alcançados e os aspectos orçamentários,
financeiros, patrimoniais e custos, em apoio ao processo decisório.
O CFC, órgão regulador das práticas contábeis no Brasil, estimulando à convergência com as
normas internacionais, elaborou as Normas de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público – NBCASP em
vigor desde 2010. A NBCT 16.11 (Resolução CFC nº 1.366, de 25 de novembro de 2011 e atualizada pela
Resolução CFC nº 1.437/13), estabelece a conceituação, o objeto, os objetivos e as regras básicas para
mensuração e evidenciação dos custos no setor público e apresentado, nesta Norma, como Sistema de
Informação de Custos do Setor Público (SICSP). Ainda, O SICSP deve estar integrado com o processo de
planejamento e orçamento, devendo utilizar a mesma base conceitual caso se referirem aos mesmos
objetos de custos, permitindo assim o controle entre o orçado e o executado. No início do processo de
implantação do SICSP, pode ser que o nível de integração entre planejamento, orçamento e execução
(consequentemente custos) não esteja em nível satisfatório. O processo de mensurar e de evidenciar
custos deve ser realizado sistematicamente, fazendo da informação de custos um vetor de alinhamento
e aperfeiçoamento do planejamento e orçamento futuros.
A STN/MF, órgão responsável pela Contabilidade Federal, também demonstrando engajamento
nesse processo, publicou a Portaria MF nº 716, de 24 de outubro de 2011, que dispõe sobre o Sistema
de Informação de Custos – SIC, sistema informacional do Governo Federal que tem por objetivo o
acompanhamento, a avaliação e a gestão dos custos dos programas e das unidades da Administração
Pública Federal e o apoio aos gestores na tomada de decisão.

Sistema de Informações de Custos do Governo Federal – SIC


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A Secretaria de Economia e Finanças, por intermédio da Diretoria de Contabilidade, trata a gestão
de custos como uma de suas prioridades, seguindo as Diretrizes do Comandante do Exército desde
2003.
Nessa esteira desenvolveu e implementou em 2008, em todas as Organizações Militares, o
Sistema Gerencial de Custos do Exército – SISCUSTOS, evoluindo em 2018, para o Módulo de Custos do
SIGA, ferramenta que apurou os custos das atividades desenvolvidas pela Força Terrestre, sistema que
inspirou outros órgãos da administração federal e trocou experiências para o desenvolvimento desta
contabilidade gerencial aplicada ao setor público.
O Exército Brasileiro sempre esteve atento a esse movimento da Administração Pública. Em 2011,
seguindo orientação da Portaria MF nº 716, criou a Setorial de Custos do Comando do Exército por meio
da Portaria nº 20 da SEF, de 22 DEZ 11, designando a Diretoria de Contabilidade como Órgão Setorial de
Custos do Governo Federal.
A D Cont participa, acompanha, orienta e gerencia as informações de custos da Força Terrestre na
medida em que trata os dados de diversos sistemas, internos e externos à Instituição, conforme a
execução dos lançamentos realizados pelas Unidades Gestoras. Essas informações de custos são obtidas
por meio das apropriações dos serviços provenientes do Sistema Integrado de Administração Financeira
(SIAFI), do Sistema de Controle Físico (SISCOFIS) que é um módulo do Sistema de Material do Exército
(SIMATEX) com os insumos de material de consumo e depreciação do material permanente e dos
sistemas de pagamento de pessoal (SIAPPES/SIPPES) com os valores das remunerações, objetivando
assim, disponibilizar informações gerenciais às unidades do Exército em seus diversos níveis de
comando. A gestão de custos deve envolver todas as OM no que diz respeito aos gastos com pessoal,
material de consumo, depreciação do material permanente, diárias, ajudas de custo e dos serviços
executados pela Força.
O constante aperfeiçoamento da gestão de custos está sempre em voga na D Cont. O foco no
cliente e na utilização dessas informações para a tomada de decisão nos move no sentido da
racionalização administrativa, do controle e da otimização dos gastos e da qualidade da informação.
Nesse sentido, cumprindo a Diretriz Especial de Gestão Orçamentária e Financeira de 2020 do
Comandante o Exército que determina propor medidas visando à melhoria contínua da governança e da
gestão dos processos relacionados às áreas orçamentária, contábil, financeira, de custos e patrimonial,
com o intuito de buscar maior eficiência, economicidade e efetividade no emprego dos recursos
disponíveis e, ainda, orientação do Secretário de Economia e Finanças, a D Cont, após estudo técnico,
decidiu mudar o modus operandi do acompanhamento das informações de custos do Comando do
Exército, deixando de utilizar Módulo de Custos, passando a buscar informações e gerar relatórios
gerenciais por meio do Tesouro Gerencial com dados do Sistema de Informação de Custos do Governo
Federal – SIC.
Portanto, essa fase do estágio procurará tratar de assuntos relacionados a custos, focando alguns
aspectos sobre essa mudança que teve início no ano de 2021 utilizando, para isso, o material
disponibilizado até o momento de confecção deste módulo, com as devidas atualizações que
porventura venham a ocorrer. Como alguns conceitos existentes tanto no manual do SISCUSTOS, como
no material do Módulo Custos do SIGA estão de acordo com os conceitos relacionados a custos,
também nos utilizaremos desse material para o desenvolvimento desta apostila.
Sistema de Informações de Custos do Governo Federal – SIC
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1. SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE CUSTOS
DO GOVERNO FEDERAL – SIC
O SIC é uma ferramenta de TI que tem a capacidade de integrar diversos sistemas do Governo
Federal em uma única base de dados, armazenando e reunindo informações de custos que permitem
apoio à tomada de decisão. A figura abaixo, retirada do Caderno de Orientação aos Agentes da
Administração – Gestão de Custos, apresenta uma visão geral dessa integração:

Figura 1: SIC – Fonte: STN

Compete à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) tratar de assuntos relacionados à área de custos
na Administração Pública Federal, manter e aprimorar o sistema de informações de custo, para permitir
a avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e patrimonial.
Nessa perspectiva de utilizarmos o SIC para a Gestão de Custos da Força, algumas mudanças
foram necessárias para atingirmos esse objetivo. Para levantarmos o custo com pessoal, alterações no
SiCaPEx foram realizadas para registro e apontamento do centro de custos de cada militar e, ainda,
mudanças das consultas nos sistemas de pagamentos, SIAPPES e SIPPES, para envio desses dados ao
SIAFI. Para o custo de material, evoluções no SISCOFIS foram executadas a fim de apurarmos a
depreciação do material permanente e a baixa do material de consumo, sendo gerados novos relatórios
por centro de custos para registros no SIAFI. Ainda, em relação ao custo dos serviços, foram cadastrados
novos centros de custos no SIAFI.
As informações geradas pelo SIC são disponibilizadas por meio do Tesouro Gerencial. Então
percebe-se que é um sistema que não existe um usuário (login e senha) para realizar lançamentos
diretos, mas integra informações de diversos sistemas em um banco de dados gerenciado pela STN.
Sistema de Informações de Custos do Governo Federal – SIC
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Desse modo, com a implantação do SIC no âmbito do Exército, a Diretoria de Contabilidade,
Setorial de Custos do Comando do Exército, tem como objetivos aperfeiçoar a Gestão de Custos da
Força, potencializar a vertente gerencial da contabilidade de Custos, melhor subsidiar os processos
decisórios em todos os níveis, bem como aumentar a transparência governamental e accountability.
Assim torna-se importante não só a leitura das orientações constantes no Caderno de
Orientação aos Agentes da Administração – Gestão de Custos, como a constante atenção a ser
dispensada a futuras orientações sobre o assunto.
Conforme consta no referido Caderno, ele tem por finalidade orientar aos agentes da
administração das unidades do Exército sobre os diversos procedimentos para a apropriação de custos,
visando à obtenção de informações necessárias à contabilidade gerencial.

Sistema de Informações de Custos do Governo Federal – SIC


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2. CUSTOS
A Contabilidade de Custos é o ramo da Contabilidade que se destina a produzir informações
para os diversos níveis gerenciais de uma organização, constituindo-se em uma técnica utilizada para
identificar, mensurar e informar os custos dos produtos e/ou serviços sob seu encargo.
No Exército Brasileiro, por meio da Diretriz do Comandante do Exército de 2003, deram-se início
os trabalhos para a criação de um sistema de custos que atendesse à legislação vigente.
“... Aperfeiçoar o processo orçamentário, realizando um levantamento de necessidades coerente
com o quadro econômico-financeiro presente, seguido por um planejamento detalhado dos custos
levantados, passando por uma gestão eficiente, eficaz e efetiva dos recursos disponibilizados e
culminando com auditorias de avaliação da gestão dos programas executados pelo Exército.”
Os principais objetivos da metodologia para apropriação de custos na Força Terrestre são:
a. Identificar o custo das Organizações Militares do Comando do Exército, como também, de
seus Programas Estratégicos.
b. Proporcionar aos dirigentes, nos seus respectivos níveis, as informações gerenciais referentes
aos custos apropriados por OM (pessoal, material e serviços) e programas estratégicos afetos ao
Comando do Exército.
c. Realizar o acompanhamento gerencial das OM.
d. Disponibilizar informações, em tempo hábil, para auxiliar nos processos decisórios.
e. Permitir ajustes no planejamento, para uma gestão eficiente, eficaz e efetiva dos recursos
disponibilizados ao Comando do Exército.

Custos
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3. TERMINOLOGIA
Para podermos entender um pouco mais sobre custos, torna-se interessante apresentar
algumas terminologias que foram extraídas do Caderno de Orientações aos Agentes da Administração
– Gestão de Custos:
Gasto – Compra de um produto ou serviço que geram um sacrifício financeiro
para a organização (desembolso). É o dispêndio de um ativo ou criação de um passivo
para a obtenção de um produto ou serviço.
Despesa Pública – Conjunto de dispêndios do Estado ou de outra pessoa do
direito público, destinado ao funcionamento dos serviços públicos.
Custo - É todo gasto, com bens ou serviços, utilizados na elaboração de outro
produto ou na execução de um serviço (consumo de recursos).
Investimento – É o gasto ativado em função da sua vida útil ou de utilização
futura. São todos os bens e direitos adquiridos e registrados no ativo.
Perda – São bens ou serviços consumidos de forma anormal ou involu ntária.
Correspondem a reduções do patrimônio que não estão associadas a qualquer geração
de produtos ou serviços.
Custo Direto – São os custos que se podem identificar ou associar
diretamente com o produto, o objeto do custo ou com o processo de trabalho.
Custo Indireto – São os custos que não são identificados diretamente com o
produto ou com o objeto do custo, ainda que sejam essenciais para a sua produção.
Depende, portanto, de critérios de rateio (entre produtos, processos ou outros objetos
de custo).
Objeto de Custo: É a unidade que se deseja mensurar e avaliar os custos.
Representa a razão pela qual as atividades se realizam.
Centro de Custos (CC) - É o menor nível de alocação de recursos humanos,
serviços e materiais (consumo e depreciação), representando um objeto de custeio
com base nos custos finalístico e de suporte da Organização Militar. Também podem
ser criados com base nos Programas Estratégicos de Defesa ou nas necessidades dos
diferentes órgãos do Exército.

Terminologia
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A figura abaixo, retirada do Caderno de Orientações aos Agentes da Administração – Gestão de
Custos, ilustra o fluxo percorrido desde o momento do gasto até a sua efetiva transformação em
custo:

Figura 2: Fluxo Custos

Terminologia
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4. OBJETO DE CUSTOS E CENTRO DE
CUSTOS
Os Objetos de Custos qualificam o que será medido e a forma como será acumulada, estruturada
e gerada a informação de custos conforme as necessidades de gestão do Comando do Exército. Assim,
com a utilização do SIC, os nossos objetos de custos serão a Organização Militar e os Programas
Estratégicos de grande relevância para a Força Terrestre.
Os Centros de Custos são as unidades mínimas de acumulação de recursos. Inicialmente o
Exército decidiu que a melhor estratégia para a gestão de custo será apurar os custos pessoal,
material e serviços de forma agregada, à nível da OM, nas suas áreas finalísticas e de suporte. Em
casos de grande relevância, poderão ser criados centros de custos específicos para os Programas
Estratégicos de Defesa do Exército Brasileiro. Dessa maneira, para facilitar o entendimento, eles estão
divididos em03(três) áreas de abrangência:
a. Centros de Custos Finalísticos – São aqueles que dizem respeito aos setores finalísticos de
cada Organização Militar, levando-se em conta a missão institucional da unidade;
b. Centros de Custos de Suporte – São aqueles que dizem respeito aos setores que prestam
apoio às áreas-fins de cada Organização Militar, sempre respeitando a missão institucional da unidade;
e
c. Centros de Custos Específicos – São aqueles que visam medir os custos de Programas
Estratégicos de Defesa e outros de grande relevância para a Força Terrestre.
Na prática, os centro de custos são códigos que foram criados pela D Cont a fim de realizar o
acompanhamento dos gastos de pessoal, material e serviços para registro nos diversos sistemas
utilizados pelo Exército.
A próxima figura, retirada do Caderno de Orientações aos Agentes da Administração – Gestão de
Custos, ilustra a codificação dos novos Centros de Custos a partir de 2021:

Objeto de Custos e Centro de Custos


MÓDULO IV - CUSTOS — 08/10/21 — 11/21
Figura 3: Exemplos de codificação de centro de custos

Cabe aqui orientar que, visualizando a missão institucional de cada Organização


Militar, Centro de Custos Finalístico é aquele identificado pela área fim da OM. Então,
por exemplo, para direcionar os custos de pessoal, material e serviços da unidade,
deve-se levar em conta os processos mapeados pela OM, de modo que os processos
finalísticos receberão os custos da área fim. Por conseguinte Centro de Custos de
Suporte é aquele identificado pela área de apoio da OM. Então, por exemplo, para
direcionar os custos de pessoal, mater ial e serviços da unidade, devem-se levar em
conta os processos mapeados pela OM, sendo que os processos de apoio receberão os
custos da área de suporte.

Objeto de Custos e Centro de Custos


MÓDULO IV - CUSTOS — 08/10/21 — 12/21
5. PLANEJAMENTO GERAL
Todas as OM são estruturas de acumulação de custos. Dessa forma deverão estar
inseridas nessas ações de maneira a gerar e facilitar que sejam geradas as informações
de custos conforme previsto nas orientações emandas pela D Cont e pelos CGCFEx
utilizando os sistemas SIAFI, SCDP, SISCOFIS, SiCaPEx e SIAPPES/SIPPES.
Em relação aos registros contábeis dos custos de serviços no SIAFI WEB e SCDP, o
processo realizado pela UG consiste na indicação do código de centro de custo, que
antes representava as atividades e a partir de JAN 21 representa as áreas finalísticas e
de suporte da OM. Assim os dados de custeio relativos aos serviços e contratos serão
apropriados no SIAFI/SCDP, quando da liquidação das despesas, na aba “centro de
custos”, indicando o código de cent ro de custos da OM benecifiada pelo custo. Cabe
ressaltar que esses lançamentos no SIAFI caberão à unidade que tem autonomia
administrativa e que estas deverão executar os lançamentos de suas unidades
administrativamente vinculadas, seguindo o centro de cu stos de cada OM (Finalístico
ou Suporte).
Os dados de custos relativos aos materiais serão considerados em duas situações
distintas utilizando o Sistema de Controle Físico (SISCOFIS). O material de consumo
será custo no momento da saída do almoxarifado po r meio do pedido de material com
a indicação do centro de custos. Já o material permanente será considerado custo
somente o valor da depreciação mensal de cada item, após sair do almoxarifado e
colocado em uso, também indicando o centro de custos. Para ess e controle, e
posterior lançamento no SIAFI da baixa de estoque e da depreciação, será gerado no
SICOFIS um relatório com essas informações para que a unidade possa realizar os
devidos registros.
O custo com pessoal militar (ativa e PTTC) será considerado a partir dos dados de
pagamento de pessoal processados, mensalmente, pelo Centro de Pagamento do
Exército (CPEx) por meio do SIAPPES/SIPPES . Para que possamos direcionar a força de
trabalho da OM, todas as unidades terão a responsabilidade de definir no S iCaPEx em
que centro de custos cada militar está desempenhando suas funções, considerando as
áreas finalística ou de suporte.
A figura a seguir, também do Caderno de Orientações aos Agentes da Administração – Gestão
de Custos, ilustra a dinâmica de alimentação de informações de custos dos diversos sistemas junto ao
SIC, destacando a importâcia dos agentes do setor financeiro nesses processos:

Planejamento Geral
MÓDULO IV - CUSTOS — 08/10/21 — 13/21
Figura 4: Alimentação do SIC

Figura 4: Alimentação do SIC

Diante desse contexto, é necessário destacar que o Fiscal Administrativo das


unidades continua sendo o Gestor de Custos com a competência de coordenar e
orientar aos agentes da administração envolvidos nos processos citados acima,
sobremaneira quanto à definição dos processos finalístico ou de suporte. Caberá,
então, reunir-se com os encarregados do setor de pessoal, do setor financeiro
(tesoureiro), do setor de material (almoxarife) e com a própria fiscalização, a definição
das áreas finalísticas e de supo rte da OM para que todos tenham o mesmo
entendimento das suas áreas conforme os processos da unidade.

Planejamento Geral
MÓDULO IV - CUSTOS — 08/10/21 — 14/21
6. EXECUÇÃO DOS REGISTROS DE
CUSTOS NOS DIVERSOS SISTEMAS
Em relação aos procedimentos necessários para o registro de custos nos diversos sistemas,
estão todos bem detalhados no item 8 do Caderno de Orientações aos Agentes da Administração –
Gestão de Custos, disponível na intranet da SEF e da D Cont, de modo que sua leitura será
considerada como complemento deste tópico. De qualquer forma, neste módulo do setor financeiro,
iremos destacar alguns pontos importantes referentes ao SIAFI.

Figura 5: Sistemas que alimentam o SIC

6.1. A apropriação de custos será realizada no Contas a Pagar e Receber – CPR do


SIAFI Web preenchendo as informações necessárias na aba “Centro de Custos”.
6.2. Então neste momento da liquidação será o ponto chave para definirmos o
momento em que o gasto transforma-se em custo.
6.3. É de fundamental importância o entendimento pelos agentes da administração
responsáveis pelas liquidações (setor financeiro) que o custo será medido por
OM. Dessa forma, no SIAFI, na aba “Centro de Custo”, quando abordamos a UG
Beneficiada, estamos tratando da OM que recebe o custo do serviço executado
Execução dos Registros de Custos nos Diversos Sistemas
MÓDULO IV - CUSTOS — 08/10/21 — 15/21
ou do material consumido. Assim, a UG executora deve apontar qual OM (todas
tem CODUG e código SIORG) está recebendo o custo no mome nto da liquidação
(ver anexo B do caderno Gestão de Custos).
6.4. No caso das liquidações dos serviços será obrigatório indicar o centro de
custos, pois consideramos o serviço executado, consequentemente o gasto
transformou-se em custo. Em regra, não utilizar o código 999, mas sim, os
códigos previstos no Anexo caderno Gestão de Custos.
6.5. Nas liquidações das diárias e passagens, devem ser informados os códigos dos
CC das áreas em questão, Finalística (FXXXXXXS) ou de Suporte (SXXXXXXS)
conforme a missão a ser realizada. Este procedimento será realizado pelo
Sistema de Concessão de Diárias e Passagens – SCDP.
6.6. Nas liquidações dos Serviços Públicos e Outros Contratos Gerais (energia,
água, esgoto, telecomunicações, serviços postais, conservação e limpeza,
diárias e passagens), a Unidade deverá realizar o rateio d o valor da fatura
indicando que percentual será para a área Finalística e para a área de Suporte,
utilizando critérios objetivos, tais como: efetivo da unidade por áreas
Finalística/Suporte, medidores independentes de controle de energia elétrica e
de água (caso seja possível), quantidade de metragem quadrada, entre outras
que possa melhor indicar esse custo.
6.7. Destacamos que esses custos globais mencionados no item anterior, caso a
Unidade Gestora – UG possua outras OM vinculadas/beneficiadas, devem ser
consideradas no momento desse rateio.
6.8. As apropriações com OCS/PSA liquidadas por OMS serão consideradas custo s
finalísticos da unidade (FXXXXXXS), enquanto que as liquidações com OCS/PSA
realizadas por OM que não sejam de saúde serão considerados custos de
suporte (SXXXXXXS).
6.9. Considerando que o objeto de custo deixou de ser as atividades
desenvolvidas pela OM, passando a ser a própria OM, assim os gastos com
Ajuda de Custo, Bagagem e Passagem referentes à movimentação de militares
não serão considerados custos para a unidade. Desse modo a D Cont orienta
que no momento da liquidação da despesa , na Aba “Centro de Custo”, as
unidades utilizem o código centro de custo 999, UG Beneficiada e SIORG a
própria UG que está executando a liquidação e a competência será o mês/ano
da publicação da sua tranferência.
6.10. Caso a Ajuda de Custo, passagem, diária seja para capacitação de militar
(cursos/estágios) ou a serviços de visitas e inspeções, dentre outras, esses
gastos deverão ser para a OM do militar, podendo ser finalístico ou de suporte,
conforme a função desempenhada na OM.

Execução dos Registros de Custos nos Diversos Sistemas


MÓDULO IV - CUSTOS — 08/10/21 — 16/21
6.11. Considerando que os gastos com Auxílio Funeral são classificados como
despesas para a Força, no momento da sua liquidação no SIAFI, na Aba Centro
de Custo, o campo Centro de Custo deverá ser preenchido com o código 999.
6.12. Na situação das liquidações de material, apesar de o material ter sido
recebido pela unidade, ele ainda não foi consumido, então ainda não será
custo. Este material somente será custo quando ocorrer os registros contábeis
das apropriações de custos decorrentes da execução patrimonial, também pe lo
CPR, por meio de Documento Hábil “PA”, por ocasião da baixa de estoque ou
do registro de depreciações e amortizações dos bens da Unidade. OBS.: O
SISCOFIS emitirá os relatórios com essas informações para o lançamento no
SIAFI.
6.13. Nos casos específicos em que a unidade realize Suprimento de Fundos, no
momento da sua concessão, utiliza -se o subitem 96 e após o agente suprido
prestar contas, reclassifica-se o subitem de acordo com a despesa realizada e
informa o centro de custos (cc) correspondente à área f inalística ou de suporte
onde o material ou serviço foi consumido (ver lista cc no anexo do caderno
Gestão de Custos).

Execução dos Registros de Custos nos Diversos Sistemas


MÓDULO IV - CUSTOS — 08/10/21 — 17/21
7. RELATÓRIOS GERENCIAIS
Os relatórios gerenciais de custos poderão ser obtidos pelas unidades por meio
do Módulo de Custos do SIGA (dados até dezembro de 2020), pelo Sistema de
Informações de Custos do Governo Federal – SIC disponibilizados por meio do Tesouro
Gerencial – TG e, ainda, pelo Sistema de Acompanhamento da Gestão - SAG. Também
há a possibilidade de visualizar informações de custos do Comando do Exército por
meio do Portal de Custos do Governo Federal – Tesouro Transparente.
A partir de 2021, os relatórios gerenciais de custos das OM serão gerados por
meio do SAG e do Tesouro Gerencial/SIC, lembrando que para ter acesso a essa
informação o usuário deverá ter cadastro no SIAFI com o perfil “TESCUSTOS”.
A D Cont disponibilizará alguns relatórios de custos pré-definidos no TG, no seguinte
caminho “Tesouro Gerencial>Relatórios Compartilhados>SIC -Sistema de Informações de
Custos> Setorial de Custos> 52121-Comando do Exército” e no SAG como por exemplo:

Figura 6: Consulta SIAFI

Legislação de Referência
MÓDULO IV - CUSTOS — 08/10/21 — 18/21
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Figura 7: Consulta SAG

Figura 8: Consulta Portal de Custos

Legislação de Referência
MÓDULO IV - CUSTOS — 08/10/21 — 19/21
19
CONCLUSÃO
A Contabilidade de Custos no Comando do Exército compreende não somente o
cumprimento de dispositivos legais, mas também um importante instrumento de
gestão capaz de indicar o nível de desempenho da Instituição com relação aos
produtos e aos serviços gerados, às atividades desenvolvidas e aos processos
finalístico e de suporte executados para o atendimento às suas inúmeras demandas.
Assim com a Gestão de Custos da Força Terrestre sendo medida por meio do SIC,
busca-se maior efetividade e melhoria na execução dos procedimentos de custos na
medida em que racionaliza processos e recursos com vistas na melhoria do gasto
público e na transparência dos recursos disponibilizados ao Exército Brasileiro .

Caros participantes, chegamos ao final dest a unidade. Esperamos que todos


tenham conseguido assimilar os aspectos apresentados sobre custos e como eles são
tratados pelo Exército.
O assunto foi pautado com base no Caderno de Orientações aos Agentes da
Administração – Gestão de Custos, objetivando mostrar ao participante onde buscar
orientações relacionadas aos novos procedimentos adotados pelo Exército .
Os agentes do setor financeiro tornam-se atores fundamentais neste processo,
assim, é primordial que mantenham-se informados e atualizados sobre os assuntos e
procedimentos relacionados ao tema.
Esperamos que o módulo tenha cumprido a finalidade de ambientá-los sobre aspectos
relacionados a gestão de custos.

Realize um quiz para autoavaliação da compreensão sobre o assunto

Realize, também, uma avaliação somativa que fará parte da nota final do estágio

Bons estudos!

Subseção de Custos/Seção de Contabilidade/D Cont

Legislação de Referência
MÓDULO IV - CUSTOS — 08/10/21 — 20/21
19
Legislação de Referência
BRASIL. Decreto Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre a organização da administração federal,
estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e da outras providências. Diário Oficial da República
Federativa do Brasil, Brasília, Seção I, Parte I, Suplemento Nº 39, de 27 de fevereiro de 1967, retificado em 8
de março, 30 de março e 17 de julho de 1967.

______. Decreto-lei nº 93.872, de 23 de dezembro de 1996 – Dispõe sobre a unificação dos recursos do
tesouro Nacional, atualiza e consolida legislação pertinente. Diário Oficial da República Federativa do Brasil,
Brasília, de 23 de outubro de 1998.

______. Decreto n° 6.976, de 7 de outubro de 2009. Dispõe sobre o Sistema de Contabilidade Federal e dá
outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, de 8 de outubro de 2009.

______. Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças públicas voltadas
para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do
Brasil, Brasília, de 05 de maio de 2000.

______. Lei 4320/64, de 17 de março de 1964 – Estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e
controle dos orçamentos e balanços da União, Estados, Municípios e do Distrito Federal. Diário Oficial da
República Federativa do Brasil, Brasília, DF, de 23 de março de 1964.

______. Lei nº 10.180, de 6 de fevereiro de 2001. Organiza e disciplina os Sistemas de Planejamento e de


Orçamento Federal, de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de Controle Interno do
Poder Executivo Federal, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília,
DF, 07 de
fevereiro de 2001.

_______. Portaria MF nº 184, de 25 de agosto de 2008. Dispõe sobre as diretrizes a serem observadas no
setor público (pelos entes públicos) quanto aos procedimentos, práticas, elaboração e divulgação das
demonstrações contábeis, de forma a torná-los convergentes com as Normas Internacionais de
Contabilidade Aplicadas ao Setor Público. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 25 de
agosto de 2008, Seção 1.

_______. Portaria STN nº 157, de 09 de março de 2011. Cria Sistema de Informações de Custos do Governo
Federal – SIC.

_______. Portaria STN nº 716, de 24 de outubro de 2011. Dispõe sobre as competências dos
Órgãos Central e Setoriais do Sistema de Custos do Governo Federal.

_______. Portaria STN nº 518, de 17 de julho de 2018. Aprova o Manual de Informações de Custos do
Governo Federal – MIC.

______. Resolução CFC nº 750, de 29 de dezembro de 1993, Dispõe sobre os Princípios Fundamentais de
Contabilidade - Conselho Federal de contabilidade.

______. Resolução CFC nº 774, de 16 de dezembro de 1994, Aprova o Apêndice à Resolução sobre os
Princípios Fundamentais de Contabilidade - Conselho Federal de contabilidade.

______. Resolução CFC nº 1.366, de 25 de novembro de 2011, Aprova a NBC T 16.11 – Sistema de
Informação de Custos do Setor Público (alterada pela Resolução CFC nº 1473/13) - Conselho Federal de
Contabilidade.
Legislação de Referência
MÓDULO IV - CUSTOS — 08/10/21 — 21/21
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