As ações desenvolvidas no âmbito da Política de Assistência
Social orientam-se pela Constituição Federal/88; pela Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS/93), atualizada pela Lei 12.345/11; pela Política Nacional de Assistência Social (PNAS/2004); pela Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social (NOB/SUAS/2012); pela Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS(NOB-RH/SUAS/2006); pela Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais/2009; pelo Protocolo de Gestão Integrada de Serviços, Benefícios e Transferência de Renda no âmbito do SUAS, além das Resoluções dos Conselhos Nacional, Estadual e Municipal de Assistência Social e Orientações Técnicas. Normativas
Seguindo as normativas as Unidades de Acolhimento
devem estar distribuídas no espaço de forma democrática, respeitando o direito à permanência e usufruto da cidade com segurança, igualdade de condições e acesso aos serviços públicos. Serviços Tipificados
Unidades que acolhem a população em situação de rua
situação de rua, de vulnerabilidade e risco pessoal e/ou social:
Abrigos Institucionais de Adultos, Famílias e Casas de
Passagem, serviços previstos pela Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais.
* Na maioria dos municípios existem Unidades de
Acolhimento fora dos modelos tipificados. Abrigo Institucional para Adultos
Serviço de acolhimento, na modalidade Abrigo Institucional,
com estrutura para acolher pessoas adultas com trajetória de vida nas ruas, cujos vínculos familiares estejam rompidos ou fragilizados. O serviço é desenvolvido na perspectiva de favorecer a construção progressiva da autonomia, da inclusão social e comunitária, potencialização das capacidades para a realização das atividades da vida diária, com vistas a contribuir para a superação da situação de rua.
Oferta acolhimento em residência coletiva, alimentação e
atendimento socioassistencial.
Parâmetros: Capacidade máxima 50 pessoas, sendo 4 pessoas
por quarto Abrigo de Famílias
Serviço de acolhimento, na modalidade Abrigo Institucional, que
oferta acolhimento a famílias removidas de área de risco geológico e/ou em situação de rua, vulnerabilidade, risco pessoal e social.
Oferta acolhimento de famílias em cômodos individualizados e
atendimento socioassistencial.
Parâmetros: Capacidade máxima 50 famílias por Unidade
Abrigo de Famílias
É importante ressaltar que na modalidade de Acolhimento
Institucional de Famílias, as crianças e adolescentes estão sob a responsabilidade dos pais, que possuem o poder familiar. De acordo com orientações do MDS, “crianças e adolescentes (de 0 a 18 anos incompletos) só poderão ser atendidos neste serviço acompanhados dos pais e/ou responsáveis.” (MDS, 2013, p.3).
Nesta perspectiva, os parâmetros do trabalho têm como
prerrogativa fundamental desenvolver condições para fomentar a capacidade protetiva e a independência do grupo familiar, não sendo objetivo do serviço desempenhar uma função tutelar Casas de Passagem
Serviço de acolhimento, na modalidade Casa de Passagem,
previsto para pessoas em situação de rua e desabrigo por abandono, migração e ausência de residência ou pessoas em trânsito e sem condições de autossustento, de forma a garantir proteção social, contribuindo para a prevenção do agravamento de situações de negligência, violência e para o restabelecimento de vínculos familiares e sociais. Oferta acolhimento de pernoite, alimentação, local para higiene e atendimento socioassistencial.
Formas de acesso: Encaminhamentos pelos serviços que
atendem a população em situação de rua e demanda espontânea.
Parâmetros: Capacidade máxima de 100 pessoas por Unidade,
sendo que devem existir alas separadas por gênero. DESAFIOS
Atendimento dos públicos que demandam acolhimento e
para os quais não há ofertas previstas/adequadas de serviços, a saber; - Adultos e famílias ameaçados de morte; - Pessoas em cumprimento de pena e que receberam o benefício do "monitoramento eletrônico" (tornozeleira eletrônica); - Jovens que cumpriam medida de proteção ou sócio educativo e completaram 18 anos; - Famílias cuja demanda principal é habitacional (despejo; remoções compulsórias, risco construtivo, dentre outras); - Pessoas em situação de rua com transtorno mental grave e cronificado; DESAFIOS
- Pessoas em situação de rua que perderam
autonomia para AVD’s e/ou se tornaram deficientes; - Migrantes em busca de tratamento de saúde no município, fora do Programa de Tratamento Fora do Domicílio - TFD; - Acolhimento de animais de estimação; - Imigrantes; - Financiamento Tripartite; - Entendimento e apoio da sociedade. REFERÊNCIAS
• Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a
organização da Assistência Social e dá outras providências; • Resolução CNAS nº 33, de 12 de dezembro de 2012, que aprova a Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social - NOB/SUAS; • Texto de Orientação para o Reordenamento do Serviço de Acolhimento para a População Adulta e Famílias em Situação de Rua MDS/2013. • Resolução CNAS nº 145, de 15 de outubro de 2004, que aprova a Política Nacional de Assistência Social; • Resolução CNAS nº 109, de 11 de novembro de 2009, que aprova a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais; •Resolução n°425, DE 8 DE OUTUBRO 2021 que Institui, no âmbito do Poder Judiciário, a Política Nacional Judicial de Atenção a Pessoas em Situação de Rua e suas interseccionalidades