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Desafios do atendimento a população em

situação de rua no âmbito da PSE de Alta


Complexidade

Belo Horizonte 09 de abril de 2024


Normativas

As ações desenvolvidas no âmbito da Política de Assistência


Social orientam-se pela Constituição Federal/88; pela Lei Orgânica
de Assistência Social (LOAS/93), atualizada pela Lei 12.345/11; pela
Política Nacional de Assistência Social (PNAS/2004); pela Norma
Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social
(NOB/SUAS/2012); pela Norma Operacional Básica de Recursos
Humanos do SUAS(NOB-RH/SUAS/2006); pela Tipificação
Nacional de Serviços Socioassistenciais/2009; pelo Protocolo de
Gestão Integrada de Serviços, Benefícios e Transferência de Renda
no âmbito do SUAS, além das Resoluções dos Conselhos Nacional,
Estadual e Municipal de Assistência Social e Orientações
Técnicas.
Normativas

Seguindo as normativas as Unidades de Acolhimento


devem estar distribuídas no espaço de forma
democrática, respeitando o direito à permanência e
usufruto da cidade com segurança, igualdade de
condições e acesso aos serviços públicos.
Serviços Tipificados

Unidades que acolhem a população em situação de rua


situação de rua, de vulnerabilidade e risco pessoal e/ou social:

Abrigos Institucionais de Adultos, Famílias e Casas de


Passagem, serviços previstos pela Tipificação Nacional de
Serviços Socioassistenciais.

* Na maioria dos municípios existem Unidades de


Acolhimento fora dos modelos tipificados.
Abrigo Institucional para
Adultos

Serviço de acolhimento, na modalidade Abrigo Institucional,


com estrutura para acolher pessoas adultas com trajetória de
vida nas ruas, cujos vínculos familiares estejam rompidos ou
fragilizados. O serviço é desenvolvido na perspectiva de
favorecer a construção progressiva da autonomia, da inclusão
social e comunitária, potencialização das capacidades para a
realização das atividades da vida diária, com vistas a contribuir
para a superação da situação de rua.

Oferta acolhimento em residência coletiva, alimentação e


atendimento socioassistencial.

Parâmetros: Capacidade máxima 50 pessoas, sendo 4 pessoas


por quarto
Abrigo de Famílias

Serviço de acolhimento, na modalidade Abrigo Institucional, que


oferta acolhimento a famílias removidas de área de risco
geológico e/ou em situação de rua, vulnerabilidade, risco pessoal e
social.

Oferta acolhimento de famílias em cômodos individualizados e


atendimento socioassistencial.

Parâmetros: Capacidade máxima 50 famílias por Unidade


Abrigo de Famílias

É importante ressaltar que na modalidade de Acolhimento


Institucional de Famílias, as crianças e adolescentes estão sob a
responsabilidade dos pais, que possuem o poder familiar. De
acordo com orientações do MDS, “crianças e adolescentes (de 0
a 18 anos incompletos) só poderão ser atendidos neste serviço
acompanhados dos pais e/ou responsáveis.” (MDS, 2013, p.3).

Nesta perspectiva, os parâmetros do trabalho têm como


prerrogativa fundamental desenvolver condições para fomentar
a capacidade protetiva e a independência do grupo familiar, não
sendo objetivo do serviço desempenhar uma função tutelar
Casas de Passagem

Serviço de acolhimento, na modalidade Casa de Passagem,


previsto para pessoas em situação de rua e desabrigo por
abandono, migração e ausência de residência ou pessoas em
trânsito e sem condições de autossustento, de forma a garantir
proteção social, contribuindo para a prevenção do agravamento
de situações de negligência, violência e para o restabelecimento
de vínculos familiares e sociais.
Oferta acolhimento de pernoite, alimentação, local para higiene e
atendimento socioassistencial.

Formas de acesso: Encaminhamentos pelos serviços que


atendem a população em situação de rua e demanda espontânea.

Parâmetros: Capacidade máxima de 100 pessoas por Unidade,


sendo que devem existir alas separadas por gênero.
DESAFIOS

Atendimento dos públicos que demandam acolhimento e


para os quais não há ofertas previstas/adequadas de
serviços, a saber;
- Adultos e famílias ameaçados de morte;
- Pessoas em cumprimento de pena e que receberam o
benefício do "monitoramento eletrônico" (tornozeleira
eletrônica);
- Jovens que cumpriam medida de proteção ou sócio
educativo e completaram 18 anos;
- Famílias cuja demanda principal é habitacional
(despejo; remoções compulsórias, risco construtivo,
dentre outras);
- Pessoas em situação de rua com transtorno mental
grave e cronificado;
DESAFIOS

- Pessoas em situação de rua que perderam


autonomia para AVD’s e/ou se tornaram
deficientes;
- Migrantes em busca de tratamento de saúde no
município, fora do Programa de Tratamento
Fora do Domicílio - TFD;
- Acolhimento de animais de estimação;
- Imigrantes;
- Financiamento Tripartite;
- Entendimento e apoio da sociedade.
REFERÊNCIAS

• Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a


organização da Assistência Social e dá outras providências;
• Resolução CNAS nº 33, de 12 de dezembro de 2012, que aprova a
Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social -
NOB/SUAS;
• Texto de Orientação para o Reordenamento do Serviço de
Acolhimento para a População Adulta e Famílias em Situação de Rua
MDS/2013.
• Resolução CNAS nº 145, de 15 de outubro de 2004, que aprova a Política
Nacional de Assistência Social;
• Resolução CNAS nº 109, de 11 de novembro de 2009, que aprova a
Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais;
•Resolução n°425, DE 8 DE OUTUBRO 2021 que Institui, no âmbito do
Poder Judiciário, a Política Nacional Judicial de Atenção a Pessoas em
Situação de Rua e suas interseccionalidades

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